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PROFESSORES
Esp. Bruno Augusto de Oliveira
Esp. Simone Reis Roque Gallette
DESIGN EFÊMERO
NEAD
Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4
Jd. Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
2
Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos excelência, com IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos
com princípios éticos e profissionalismo, não somente entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil.
para oferecer uma educação de qualidade, mas, acima A rapidez do mundo moderno exige dos educadores
de tudo, para gerar uma conversão integral das soluções inteligentes para as necessidades de todos.
pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos em 4 pilares: Para continuar relevante, a instituição de educação
intelectual, profissional, emocional e espiritual. precisa ter pelo menos três virtudes: inovação,
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de coragem e compromisso com a qualidade. Por
graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia,
estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor
campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e do ensino presencial e a distância.
Londrina) e em mais de 500 polos de educação a distância Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
espalhados por todos os estados do Brasil e, também, promover a educação de qualidade nas diferentes áreas
no exterior, com dezenas de cursos de graduação e do conhecimento, formando profissionais cidadãos
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros que contribuam para o desenvolvimento de uma
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por ano. sociedade justa e solidária.
Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de Vamos juntos!
boas-vindas
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja,
iniciando um processo de transformação, pois quando estes materiais têm como principal objetivo “provocar
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta
profissional, nos transformamos e, consequentemente, forma possibilita o desenvolvimento da autonomia
transformamos também a sociedade na qual estamos em busca dos conhecimentos necessários para a sua
inseridos. De que forma o fazemos? Criando formação pessoal e profissional.
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível e construção do conhecimento deve ser apenas
com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita.
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos
se educam juntos, na transformação do mundo”. fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe
Os materiais produzidos oferecem linguagem das discussões. Além disso, lembre-se que existe
dialógica e encontram-se integrados à proposta uma equipe de professores e tutores que se encontra
pedagógica, contribuindo no processo educacional, disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em
complementando sua formação profissional, seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe
desenvolvendo competências e habilidades, e trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, acadêmica.
autores
DESIGN EFÊMERO
Caro(a) aluno(a), você iniciará, agora, o estudo sobre design efêmero, que será de grande
importância em seus conhecimentos profissionais e pessoais. Tal aprendizado abrirá
campos para o emprego do design, sendo, também, uma possibilidade a mais de atuação.
Esse material foi pensado para que você exerça sua criatividade e aprenda
os processos de execução dos projetos efêmeros. Tendo isso em vista, iniciare-
mos fazendo um gancho sobre o que é design efêmero e sobre como a história
influenciou na chegada ao conceito que conhecemos hoje. Conceituado o tema,
apresentaremos sua pluralidade, mostrando que o design efêmero é importante
em várias áreas, sejam elas de lazer ou trabalho, referenciando as possibilidades
de aplicação do conhecimento.
Conhecendo as áreas, explicaremos a você sobre a relação com o homem e,
para isso, falaremos sobre a motivação cognitiva em se fazer o design efêmero e
sobre os sentimentos que ele transmite. A seguir, apresentaremos a importância
da sustentabilidade e o design social, ferramentas que estão atreladas ao uso do
design.
Depois, demonstraremos como a efemeridade está presente no meio urba-
no, nas áreas corporativas, no âmbito artístico e, até mesmo, na publicidade. Por
fim, você analisará como o design efêmero é usado diante de grandes eventos ou
festivais. Fecharemos o estudo da unidade analisando a tecnologia, ajudando na
produção e desenvolvimentos dos projetos efêmeros.
Na última etapa, procuramos demonstrar exemplos, retomando os assuntos
estudados no decorrer deste material, por isso, faremos a mistura entre arte, en-
tretenimento, urbanismo e vitrinismo, trazendo, novamente, a pluralidade, fri-
sando que a área do design efêmero é muito abrangente.
Esperamos que você possa continuar com o trabalho que foi iniciado neste livro;
nosso intuito é que compreenda que um projeto de design efêmero deve levar em
conta vários aspectos em seu momento de criação, dentre eles os principais: sustenta-
bilidade, geração de emoções, design social e inovação. Tenha um bom estudo e que
seus projetos se realizem.
sum ário
______________
UNIDADE I 111 Referências
FUNDAMENTOS DO DESIGN EFÊMERO 113 Gabarito
14 Conceitos e Fundamentos do que é Efêmero _______________
UNIDADE IV
16 Breve Histórico da Relação do Design com o
Efêmero OUTRAS POSSIBILIDADES DO EMPREGO DO DESIGN
EFÊMERO
19 Design Efêmero na Contemporaneidade
120 Eventos Festivos e Eventos Culturais Étnicos
21 Pluralidade Efêmera nos Espaços
123 Shows e Festivais de Música
24 A Relação da Efemeridade com a Arquitetura
126 Tecnologias na Produção e Divulgação do Efêmero
38 Referências
129 Equipamentos Urbanos Efêmeros
40 Gabarito
132 Urbanização Efêmera
141 Referências
_______________
UNIDADE II 143 Gabarito
RESPOSTAS COGNITIVAS NO DESIGN EFÊMERO
46 A Relação do Homem com o Design Efêmero _______________
UNIDADE V
48 Estímulo Psicosensorial no Design Efêmero
CORRELATOS DO DESIGN EFÊMERO
51 Design Social
150 Obras de Christo e Jeanne Claude
54 Sustentabilidade
153 Arte Urbana, Os Gêmeos
58 Acessibilidade Atribuída no Design Efêmero
155 As Vitrines da Louis Vuitton
73 Referências
158 Feira Livre da Av. Mauá na Cidade de Maringá
76 Gabarito
160 Burning Man Festival
170 Referências
_______________
UNIDADE III 171 Gabarito
TIPOS DE DESIGN EFÊMERO
173 Conclusão Geral
82 Intervenção e Requalificação Urbana
85 Cenário e Arte
89 Instalação Expográfica
93 Vitrinismo
97 Stands Corporativos e Arquitetura Promocional
FUNDAMENTOS DO
DESIGN EFÊMERO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Conceitos e fundamentos do que é efêmero
• Breve histórico da relação do design com o efêmero
• Design efêmero na contemporaneidade
• Pluralidade efêmera nos espaços
• A relação da efemeridade com a arquitetura
Objetivos de Aprendizagem
• Discorrer sobre o que é Efêmero em seus aspectos gerais,
explicando a expressão e contextualizando em relação ao
design.
• Demonstrar acontecimentos históricos que reforçam a
importância entre design e efemeridade, até chegar à
definição do design efêmero.
• Contextualizar a época atual com os diferentes tipos de
design efêmero.
• Exemplificar aplicações de design efêmero relacionadas
aos espaços.
• Apresentar os modelos de arquitetura efêmera e sua
contribuição.
unidade
I
INTRODUÇÃO
CONCEITOS E FUNDAMENTOS
DO QUE É EFÊMERO
Anteriormente, conhecemos as ocorrências efême- Ao contextualizar o que é design efêmero, preci-
ras como temporário e transitório, sendo assim, pre- samos expor o significado das expressões “design” e
sente em nossas relações desde sempre. Porém, hoje “efêmera”.
em dia, o termo “design efêmero” é mais utilizado, O design é, para Miller (1988), o processo de
devido ao fato da sociedade contemporânea produ- pensamento da criação de algo, seja um produto,
zir, de forma muito rápida, informações, produtos, uma fala, uma escrita, um desenho, uma mode-
consumo, ou seja, toda a vida é mais rápida na atua- lagem, uma construção e etc. Esse processo pode
lidade, exigindo, assim, uma valorização do conceito acontecer de diversas maneiras, por meio das nos-
do design efêmero. sas vivências, das experiências emocionais, visuais e
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DESIGN
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DESIGN EFÊMERO
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DESIGN
SAIBA MAIS
importantes até hoje; para Heskett (2008 apud SILVA Fonte: adaptado de
2012, p. 17), os produtos criados existentes não são Gropius (2001).
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DESIGN EFÊMERO
P
odemos observar que os dados históricos do passado implicam, até
hoje, na contemporaneidade, então, perguntaremos a você quando a
expressão do design se fundiu com o efêmero?
Foi após o fim da guerra, em que houve um crescimento das peque-
nas empresas, auxiliando na produção em grande escala e tornando estes produ-
tos acessíveis a toda a população, com isso, a publicidade surgiu para singularizar
os produtos e incentivar o consumo.
Desse modo, a vida das pessoas se tornou mais dinâmica, aumentando, por
consequência, o consumo. Como diz Zacarias e Takada (2015), vivemos uma era
de consumismo, no qual perdemos nossa identidade e buscamos mais o reflexo
da efemeridade.
No século XX, o crescimento da população, bens capitais e império tecnoló-
gico geraram uma mudança importante que reflete, até os dias atuais, o consumo
individualizado. O produto que, antes, era construído para obter durabilidade,
agora, passou a ser elaborado com rapidez e ter a vida programada, ou seja, são
renováveis e efêmeros. A partir daí, surgiu a junção do design com o efêmero e,
consequentemente, que reflete na identidade e na vida das pessoas.
O consumidor é atraído pelo o que é novo, belo e luxuoso, valorizando a
estética como uma necessidade que traz a felicidade e prazer. Isto não implica na
falta de personalidade, e, sim, em uma projeção de um modelo que você quer ser.
O presente se torna desinteressante, e o novo sendo algo desejável.
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DESIGN
Figura 6 - Videomapping no
festival das luzes, Bratislava
DESIGN EFÊMERO
NA CONTEMPORANEIDADE
Neste conteúdo, queremos dar sequência e relacio- No ocidente isto é bem implícito, por exemplo, nos
nartudo que vimos nos estudos anteriores com a Estados Unidos, os produtos têm influência sobre as
atualidade. Fazer você compreender que aconteci- grandes produções em massa, pois o objetivo é ter
mentos importantes resultam no modo em que vi- vida útil programada e renovação, fazendo com que
vemos e evoluímos, nos âmbitos da sociedade e de a necessidade seja “ter mais”, ser efêmero. Como diz
comportamento. Silva (2012), esta abordagem é chamada styling. Na Su-
Para melhor entendimento, é necessário a com- íça, o objetivo tem um apelo mais social, valorizando
preensão sobre a história do consumismo pós-guerra. o produto, sendo algo durável e com qualidade maior.
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DESIGN EFÊMERO
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DESIGN
PLURALIDADE EFÊMERA
NOS ESPAÇOS
Segundo Carlos (2007), o lugar pode ser descrito Para isso, observe que o efêmero, nos espaços, é
como a base do desenvolvimento da vida com a lei- relacionado a elementos como: design gráfico, de-
tura da identidade criada na relação dos usos dos es- sign de produtos, arquitetura e urbanismo, comuni-
paços. No decorrer do dia, você passa ou permanece cação visual, arte, moda, eventos, intervenção urba-
em vários locais, pare e pense: quantos deles pos- na, promoções sociais, publicidade, corporativismo
suem composições temporárias? Queremos ampliar dentre outros. Esses conhecimentos podem funcio-
sua visão sobre o que é passageiro e explicar quanto nar juntos ou separados, interferindo na maneira
diversificado pode ser. em que lemos os lugares ou criando novos espaços.
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DESIGN EFÊMERO
Obras de arte temporárias e intervenções urbanas desmontada, os caminhos que se abrem diante des-
podem mudar a maneira como você enxerga o espaço ta condicionante de projeto são diversos” (SCÓZ,
em um determinado momento, durando pouco tempo 2009. p. 53).
ou permanecendo. Segundo Cartaxo (2009), as poéti- Uma rua, uma praça ou um vazio urbano, tam-
cas contemporâneas voltadas para as intervenções nos bém, pode ser modificado por meio do uso, criando
espaços públicos inscrevem a cidade na obra. espaços temporários. A Feira Livre, por exemplo,
Outro exemplo é a arquitetura para habitações formada pelas barracas, caminhões e pessoas intera-
emergenciais, que deve ser ágil, com produto final gindo, gera novas qualidades para o espaço ocupado
eficaz e transitório, que acomode populações afeta- por atividades diferentes das cotidianas.
das por catástrofes e razões diversas, que necessitam A maneira como compramos e consumimos é
de abrigo temporário. “Uma obra efêmera é aquela influenciada pelo uso do design efêmero. Você pode
que tem já em seu início a anuência que precisa ser ser surpreendido com elementos que chamem sua
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DESIGN
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DESIGN EFÊMERO
Figura 13 - Concerto na
Marina Bay, Singapura
A RELAÇÃO DA EFEMERIDADE
COM A ARQUITETURA
É fato que a arquitetura efêmera tem data antiga e o profissional, um amplo campo de trabalho, exigindo
sempre esteve presente por meio do mundo, porém interação com outros profissionais, investigadores e, até
consolidada de forma independente, por meio de téc- mesmo, conhecimento de novas tecnologias. Assim, é
nicas primitivas herdadas. Os povos precisavam se lo- importante salientar que devemos traçar estratégias com
comover em busca de alimento e melhores condições; desempenho econômico e social, tendo em vista adequar
assim, surgiam, como exemplo de efemeridade às ha- a função e valorizar a vida comunitária em seus vários as-
bitações nômades, os iglus ou as tendas no deserto. pectos, citados por Duarte (2007, on-line)2, a Arquitetura
Hoje, as necessidades de arquiteturas que se desmon- de emergência, a de representação, a de acontecimentos
tam vão além de abrigar o homem, criando, assim, para sociais, a de espetáculo ou de festa, dentre outros.
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DESIGN
Na arquitetura do espetáculo, temos um forte Outro fator, é a maneira de viver de alguns povos,
exemplo com a música. Os shows saíram das salas que querem distanciamento das cidades ou criar um
de concerto tomando as praças, as ruas, os estádios novo modelo de sociedade; a arquitetura efêmera
e os parques. Ao assimilar a escala da cidade e do vem de maneira espontânea, começando, mais tar-
território, os espetáculos tiveram a preocupação em de, a ser estudada e aprimorada. Exemplo disso são
demarcar espaços e criar identidade pessoal, usando os circos com suas tendas e moradias itinerantes. É
estruturas temporárias variadas. nítido um sistema estrutural pensado na resistência
perene e na facilidade de montagem e transporte, as
lonas tensionadas, agora, são mais aprimoradas por
meio da tecnologia.
Os acontecimentos comemorativos, como casamen- Fora os conceitos físicos, outro fator importante é
tos e aniversários, carregam, por vezes, um imaginá- como organizam suas moradias, criando espécies de
rio lúdico que é montado pela arquitetura efêmera. pequenos vilarejos que devem conversar com o ter-
ritório local. Para Kuhlhoff (2012), a manutenção de
Ao tratar um evento como um espaço de entrete- um objeto arquitetônico nômade, como o circo, só é
nimento, onde é necessária a criação de atrações e
a capacidade de seduzir diversos públicos, se abre possível devido a um rígido sistema baseado nas rela-
espaço para exercer a criatividade, desta forma ções familiares, e, desta forma, existe um padrão que se
aqueles que criam e gerenciam eventos acabam repete e é aprimorado ao longo das gerações circenses.
por romper as barreiras já conhecidas e fazem
que os eventos conhecidos pelo público se tornem Além dos fatores citados anteriormente, trare-
mega eventos que proporcionam entretenimento, mos, agora, para você a relação do efêmero com ar-
lazer e diversão para os mais diversos públicos quitetura emergencial.
(NETO, 2012 apud SANT’ANA, 2016, p. 27).
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DESIGN EFÊMERO
REFLITA
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DESIGN
ralmente, possuem estrutura rígida de alumínio em locais quentes, é indicado estruturas que ofere-
ou aço que servem de tirantes. Esses modelos são çam sombreamento e que possibilitem circulação
interessantes, pois permitem cobrir desde peque- de ar, prevenindo doenças; já, no frio, a retenção do
nas estruturas até grandes espaços, construindo calor é o principal elemento a ser observado. Outro
ambientes que possam ser divididos internamente, fator é que, por muitas vezes, as estruturas tempo-
gerando flexibilidade. rárias acabam permanecendo por tempo maior do
Outra possibilidade são as estruturas pneumá- que o planejado, arriscando a gerar assentamentos
ticas, de fácil transporte e com pouco peso. Elas ne- urbanos irregulares.
cessitam da força do ar pressionado entre as mem- Percebemos que a alternativa adequada de abri-
branas de lona para gerarem as habitações; suas gos temporários permeia o estudo do custo e facili-
desvantagens são a fragilidade do esvaziamento e a dade de transporte, da agilidade na construção, da
constante necessidade de energia elétrica. aceitabilidade cultural, da adequação ao clima, da
Para escolher a solução de abrigos temporários é observação do local a ser implantado e os efeitos fu-
importante fazer a análise do local referente ao clima turos da permanência estendida ou a sua transfor-
e ao modo de morar das pessoas. Vale lembrar que, mação em outras estruturas.
SAIBA MAIS
REFLITA
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considerações finais
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atividades de estudo
2. (Enade design 2015) Os objetos não morrem; sobrevivem, nem que seja
como lixo ou resíduos. É claro que os artefatos podem ser destruídos, no
sentido de serem desagregados a ponto de perderem as especificidades
formais que os caracterizam. Surpreende, porém, o quanto são resistentes
a isso. Nos últimos cinquenta anos, a humanidade produziu maior quan-
tidade de artefatos do que em toda a sua história pregressa. Como resul-
tado, estamos em processo de sermos soterrados pelo acúmulo de coisas
que descartamos. O que o design pode fazer nesse sentido? Os designers
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atividades de estudo
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atividades de estudo
4. (Enade artes visuais 2014) A intervenção urbana é uma forma de arte inte-
racional, criativa e poética, voltada para o espaço público, o cotidiano e as
pessoas.
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atividades de estudo
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LEITURA
COMPLEMENTAR
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LEITURA
COMPLEMENTAR
Ela é o oposto da produção in loco, que necessita de todos os esforços de construção no local.
Em situações de desastres, uma população desabrigada não consegue imediatamente reconstruir
tudo o que perdeu com seus próprios esforços, pois ela é frágil. E é por isso que uma resolução
“pré-pronta”, já solucionada e facilmente construída parece ser a mais adequada. A questão tem-
poral é bastante relevante.
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O futuro do design no Brasil
Danilo Corrêa Silva et al.
Editora: Cultura Acadêmica
Ano: 2012
Sinopse: neste livro, os autores retratam o design
no Brasil e no mundo. Suas origens históricas nos
dias atuais e do que se espera da área para o fu-
turo. Eles analisam como o design foi sendo mol-
dado ao longo do tempo, suas aplicações e impli-
cações nos campos econômico, tecnológico, social
e ambiental, além do papel do designer enquanto
profissional criativo e científico.
Comentário: este é um livro sucinto, que fala a
respeito do contexto atual e o que se espera do
futuro sobre o design. É interessante pois os auto-
res abordam desde o início do surgimento do design e como se transformou no Brasil e no
mundo, nos âmbitos sociais e profissionais.
ABRIGOS para sem-teto: arquitetos tem soluções de curto e longo prazo em pro-
jetos inovadores. São Paulo São. 27 ago. 2018. Disponível em: https://saopau-
losao.com.br/conteudos/outros/4054-abrigos-para-sem-teto-arquitetos-tem-
-solu%C3%A7%C3%B5es-de-curto-e-longo-prazo-em%20projetos-inovadores.
html. Acesso em: 22 ju. 2020.
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O Espaço urbano: Novos escritos sobre a cidade.
São Paulo: Labur Edições, 2007.
GROPIUS, Walter. Bauhaus, nova arquitetura. 6 ed. São Paulo: editora Perspec-
tiva. 2001.
MENDES, Raísa Coelho; AIBE, Yukari Benedetti; BARBOSA, Lara Leite. De-
sign Emergencial. São Paulo, 21 de agosto de 2012. NOAH- Núcleo Habitat sem
Fronteiras. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
OZIO, Bianca Rei Freitas. Design do efêmero: o corpo feminino da moda na so-
ciedade contemporânea. e-Com, v. 4, n. 1, 2011. Disponível em: <http://revistas.
unibh.br/index.php/ecom/article/view/616>. Acesso em: 30 maio. 2017.
38
referências
SILVA, Danilo Corrêa; et al. (2012). O futuro do design no Brasil. Coleção PRO-
PG Digital: UNESP, 2012. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/109221>.
Acesso em: 09 jun. 2017.
Referências On-Line
1
Em: <http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/06/10-intervencoes-urbanas-
-simples-e-surpreendentes.html>. Acesso em: 31 maio. 2017.
2
Em: <https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/1792/1/FAUTL_13_D_
RDuarte.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2017.
3
Em: <http://www.dw.com/pt-br/alojamento-emergencial-para-refugiados/av-
18694865>. Acesso em: 31 maio 2017.
4
Em: <http://wwwo.metalica.com.br/container-city-um-novo-conceito-em-ar-
quitetura-sustentavel>. Acesso em: 31 maio 2017.
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gabarito
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UNIDADE
II
RESPOSTAS COGNITIVAS
NO DESIGN EFÊMERO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• A relação do homem com o design efêmero
• Estímulo psicosensorial no design efêmero
• Design Social
• Sustentabilidade
• Acessibilidade atribuída no design efêmero
Objetivos de Aprendizagem
• Explicar a percepção do homem e os efeitos emocionais gerados a
partir de exemplos do design efêmero.
• Mostrar as formas de interação do design efêmero com o sistema
sensorial do homem (olfato, paladar, visão, audição, tato).
• Identificar as mudanças positivas sociais com o uso do design efêmero.
• Analisar e apresentar a sustentabilidade no design efêmero.
• Mostrar a importância da acessibilidade no design efêmero.
unidade
II
INTRODUÇÃO
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DESIGN
do espaço não é uma classe particular de “estados da ganhando significado de acordo com o contexto
consciência” ou de atos, suas modalidades exprimem urbano e as características locais, que, juntos, irão
sempre a vida total do sujeito, a energia com a qual determinar os usos.
ele tende para um futuro por meio de seu corpo e de Para Labaki (2012, et al.), a dimensão da vida
seu mundo. cotidiana pode ser avaliada mediante o uso de seus
espaços públicos. A rua, por exemplo, é projetada
para mobilidade, passagem e interação entre pesso-
as e representa a espacialidade das relações sociais,
porém é por meio de suas funções e o que acontece
ali, que gerará sua tipologia.
Para alguns, a rua é só um espaço de passagem,
de uso temporário, já para outros, ela pode signifi-
car mais que um caminhamento itinerário, poden-
do ser espaços de convívio e descanso. Porém, para
que isso aconteça, deve-se receber estruturas, equi-
pamentos, segurança, criando qualidade ambiental.
Como é o caso dos Parklets, que são áreas contíguas
às calçadas, onde são construídas estruturas a fim de
criar espaços de lazer e convívio, onde, anteriormen-
te, havia vagas de estacionamento de carros. Neste
Figura 2 - Street Art, grafite do artista Kobra, mural do
High Line, Nova York caso, as estruturas efêmeras vão trazer conforto,
tranquilidade, segurança e proporcionar ao homem
O design efêmero é um campo que revela mudanças viver momentos mais prazerosos no seu cotidiano.
temporárias, isso afeta os hábitos e estilo de vida do
homem, influenciando a produção cultural e social
de cada um. Portanto, mesmo sem intenção, o efê-
mero traz a valorização do sensível, da poética e da
diversidade presente nas relações do nosso tempo.
Muitas vezes, a efemeridade gera desestabilizações,
incômodos, questionamentos, provocações, mas
também leva à reflexão do espaço e da relação do
homem com ele.
Além dos aspectos visuais de percepção emo-
cional, temos, também, a efemeridade relacionada
às características ambientais nos espaços públi-
cos, sendo agente transformador. O efêmero pode
tornar os espaços mais atrativos à convivência, Figura 3 - Parklet no bairro da Liberdade, São Paulo
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DESIGN EFÊMERO
ESTÍMULO
PSICOSENSORIAL
NO DESIGN
EFÊMERO
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DESIGN
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DESIGN
DESIGN
SOCIAL
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DESIGN EFÊMERO
Quando aplicado o design social, deve ser estu- responsável cuida das necessidades das pessoas de
dado o local, as necessidades reais da população que uma forma diferente do que o design comercial, vol-
o projeto atingirá e fazer uma imersão, nesse modo tado para o mercado. Enquanto este último tipo se
de viver, para, assim, conseguir um resultado final sa- preocupa, principalmente, com a venda e o lucro, o
tisfatório à população. Para Oliveira (2004), a função chamado Design Social cuida de outros problemas,
social do design está pautada na consciência coleti- como a falta de acesso à água, à desnutrição, à gera-
va, no comprometimento de descobrir alternativas ção de energia etc. São projetos que se preocupam,
que contemplem o ser humano, pois, fazendo isto, essencialmente, em contribuir para o aumento da
ter-se-á sucesso em mudar a motivação da invenção qualidade de vida de determinada comunidade.
humana, direcionando-a para a realidade dos con- Pensando nisso, lançamos mão, também, da efe-
ceitos, verdadeiramente, significativos da existência. meridade que, neste caso, não é analisada, apenas,
O modelo de desenvolvimento econômico, como algo passageiro. Porém é tida como uma solução
como se apresenta hoje, já nos provou que não é rápida, que, ligada ao design social, pode favorecer a
sustentável, não, apenas, pela questão ambiental, vida das pessoas. Um forte exemplo é uma iniciativa
que sempre nos preocupa, mas porque não poderá criada na Cidade do Cabo, que já está difundida pelo
ser mantido para sempre. O Design, socialmente, mundo, inclusive, no Brasil, as Street Store. Estas são
52
DESIGN
lojas criadas na rua, com roupas e acessório arreca- tado e montado em outros terrenos ociosos.
dados, que são doados. O diferencial é que a pessoa A efemeridade é importante no Design Social,
pode escolher o que quer levar, devolvendo sua dig- porém projetos de design ligados a produtos e so-
nidade. De forma simples e intuitiva, desenvolveram luções perenes carregam grande relevância. Como
um material gráfico de comunicação, que pode ser exemplo, temos a criação do Eliodomestico, um
baixado e usado em todas estas lojas de ruas. Cabides forno capaz de transformar a água salgada em doce.
de papelão são pendurados em pontos estratégicos da Essa tecnologia foi desenvolvida pelo designer ita-
cidade, como grandes araras, assim, quem estiver pre- liano Gabrielle Diamanti, a intenção é dar suporte
cisando pode chegar e escolher sua peça, realmente, às comunidades que costumam sofrer pela falta de
como uma loja, porém, totalmente, gratuito. água. O designer alega que o equipamento é capaz
Outro exemplo de design efêmero social é uma de produzir até cinco litros de água potável por dia.
horta comunitária criada em um terreno abandona- Existem desafios, e estamos numa época da so-
do no bairro do Cosme Velho, no Rio de janeiro. O ciedade do espetáculo, do efêmero, da fluidez. A rea-
local que servia de esconderijo e depósito de entu- lidade é: quanto mais consumo, melhor. Logo, temos
lhos se transformou em uma horta comunitária, mó- que pensar em uma saída para mudar e incluir o so-
vel, graças à utilização de caixas em madeira criadas cial dentro dos modos de produção e pensamento.
pela arquiteta Bel Lobo. Este projeto contemplou to-
dos os elementos soltos, visto que pode ser desmon- SAIBA MAIS
Fonte: os autores.
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DESIGN EFÊMERO
SUSTENTABILIDADE
Atualmente, a cultura de consumo traz reflexões que a população gera. Isto se deve à superpopula-
importantes, como a sustentabilidade. O con- ção e às diversidades de materiais, como o plástico,
sumo efêmero, os objetos não permanentes, a que é um grande vilão para o meio ambiente; sua
maneira acelerada que vivemos e produzimos, degradação pode demorar cerca de 200 a 500 anos;
submetem-nos a pensar em soluções que ameni- outro exemplo é uma fralda que demora 600 anos
zem os impactos gerados por estas ações. Podemos para decompor totalmente, como diz a pesquisa da
dizer que uma delas é a grande quantidade de lixo UNICAMP ([2017] on-line)5.
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DESIGN
SAIBA MAIS
Figura 16 - luminárias de Bambu, criada pelo
designer David Trubridge
Uma curiosidade importante é que, atual-
mente, no Brasil, muitos materiais não são
Os mobiliários efêmeros, associados à questão am-
recicláveis, por não haver a tecnologia para
biental, utilizam materiais reutilizados, como ma- o tipo específico de material. Fique atento ao
deira de reflorestamento, paletes, insumos metálicos comprar uma embalagem que é reciclável. Os
de reaproveitamento e de fibras orgânicas. Cuida- materiais não recicláveis mais conhecidos são:
dos, como a utilização de tintas e adesivos a base de - Papéis não recicláveis: adesivos, etiquetas,
água, também, são importantes. fita crepe, papel carbono, fotografias, papel
Nós, como indivíduos e profissionais, temos a toalha, papel higiênico, papéis e guardanapos
responsabilidade de ter esta consciência de preser- engordurados, papéis metalizados, parafina-
dos ou plastificados.
var e cuidar do meio em que vivemos. Buscar pensar
desde o consumo à criação e concepção dos objetos. - Metais não recicláveis: clipes, grampos, es-
ponjas de aço, latas de tintas, latas de com-
Sempre procurar alternativas que amenizarão os im-
bustível e pilhas.
pactos degradantes. Ao comprar um produto, analise
se a embalagem tem a possibilidade de reuso, para - Plásticos não recicláveis: cabos de panela,
tomadas, isopor, adesivos, espuma, teclados
não estimular o consumo de alguns determinados
de computador, acrílicos.
produtos que não são recicláveis; ao criar, pense nos
materiais, seu ciclo de vida e destino. A maior difi- - Vidros não recicláveis: espelhos, cristal, am-
polas de medicamentos, cerâmicas e louças,
culdade, hoje, além de ter estes atributos citados, é a
lâmpadas, vidros temperados planos.
relação do processo de reciclagem com o seu destino
final. Muitas vezes, para tornar um material reutili- Fonte: adaptado da USP (2016, on-line)7.
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DESIGN EFÊMERO
ACESSIBILIDADE ATRIBUÍDA
NO DESIGN EFÊMERO
Atualmente, as condições oferecidas pelas cidades A norma brasileira ABNT NBR 9050 visa le-
dificultam a mobilidade das pessoas realizarem suas gislar e estabelecer a acessibilidade nos ambientes,
atividades, influenciando a exclusão social. Porém tornando possível ações que ajudam a ter espaços
existem ações e práticas que permitem melhorar a acessíveis. Diante disso, é importante que você com-
acessibilidade nos espaços, sejam públicos ou priva- preenda a responsabilidade da acessibilidade físi-
dos. Assim, perguntaremos a você: o que é acessibi- ca, de comunicação e atitudinal, cujo significado é
lidade? Que ações e práticas são essas? fazer com que as pessoas entendam a necessidade
Acessibilidade, segundo Carvalho (2014, p. da implantação da acessibilidade, compreendendo
25; ABNT NBR 9050, 2004), é a possibilidade e e promovendo nos espaços onde atuam, vivem ou
condição de alcance, percepção e entendimento, frequentam; garantindo a inclusão, participação e o
para a utilização, com segurança e autonomia, de entendimento das pessoas com limitações.
edificações, espaços, mobiliários, equipamentos Anteriormente, os portadores de deficiência que
urbanos e elementos. eram nascidos em famílias com conhecimentos e con-
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DESIGN
dição financeira melhor recebiam acesso ao desenvol- no presente momento, ainda, há preconceito e falta de
vimento pessoal. Os demais indivíduos eram escon- informação. Por isso, é importante nós, como pessoas e,
didos ou internados em sanatórios, segundo Sarraf principalmente, como profissionais criadores de ideais,
(2008). Os primeiros movimentos sociais em defesa procurarmos obter conhecimento e informação sobre os
dos direitos acessíveis foram iniciados no século XX, direitos da sociedade, para promover e defender a acessi-
com o término da Segunda Guerra Mundial. bilidade bem como assegurar os direitos de todos. Todos
Estas pessoas que, durante séculos, foram excluídas devem ter acesso à arte, à cultura, à educação e ao lazer,
representam, hoje, uma população, social e economica- tendo como possibilidade participar, interagir, entender,
mente, ativa. Conquistando, cada vez mais, segundo Sar- produzir e formar opinião, como diz Carvalho (2014).
raf (2008), os espaços na mídia, no ambiente acadêmico, Os espaços que respeitam estas diversidades, proporcio-
no poder público e nas manifestações culturais, contri- nando acolhimento, oferecendo informação e acessibi-
buindo para novas formas de concepção de produtos lidade, tornam-se mais atrativos para todos os seus fre-
e serviços que privilegiam a diferença, a ergonomia, a quentadores. Levando em consideração esses aspectos,
melhoria de qualidade de vida e a acessibilidade. Mes- apresentaremos exemplos de atribuições acessíveis em
mo com estas conquistas ao longo do tempo, vemos que, espaços efêmeros e ações que ajudam na inclusão social.
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DESIGN EFÊMERO
SAIBA MAIS
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DESIGN EFÊMERO
o programa chamado “Programa Educativo para Pú- Cássia Eller, patrocinado pela Petrobrás, na cidade
blicos Especiais”; o Museu de Zoologia da Universi- de Maringá, em que havia uma tradutora para a lín-
dade de São Paulo com o Projeto para Deficientes gua de libras. A peça “Um amigo diferente”, reali-
Visuais; o ECCO; Espaço Cultural Contemporâneo zada em Belo Horizonte, utilizou um intérprete de
de Brasília com o Programa Educativo Inclusivo; o libras e legenda para surdos e braille.
Museu de Ciências Morfológicas da Universidade Também, temos, como modo de auxílio, a Leitura
Federal de Minas Gerais com o Programa “A Célula Dramática, que é um recurso usado no meio teatral.
41 ao Alcance das Mãos”; e o Museu de Arte Moder- Segundo Santos (2015), é uma prática antiga e que
na de São Paulo com o programa “Igual Diferente”. nos remete a radionovelas, sendo realizado por meio
Outro exemplo é o Museu Histórico Nacional do da leitura de um texto dramático para apreciação do
Rio de Janeiro, que teve ajuda por meio de projetos público. Aqui, o sentido mais aguçado é a audição. É
patrocinados por iniciativa privada, foram implan- a partir da escuta que cada um dos espectadores cria
tadas adequações físicas, seguindo os conceitos de sua própria fantasia; é interessante para a acessibili-
acessibilidade da NBR 9050. dade a arte para as pessoas com deficiência visual.
Além dos museus, os espetáculos de teatros são
importantes para inclusão social e cultural. Podem
REFLITA
ser utilizados como ferramenta, além das atribui-
ções físicas à língua de sinais. Nós, autores deste li-
vro, tivemos a honra de presenciar um musical da Sobre o “Teatro dos Sentidos”, Wenke (1997,
p. 1) afirma que é teatro para NÃO ser visto,
ou ser visto de outra maneira. A imagem do
que ocorre é fruto da criação interna e pessoal
de cada espectador. O que é provocado é o
que chamamos de intravisão.
62
considerações finais
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atividades de estudo
2. (ENADE DESIGN 2015) Os Objetos não morrem; sobrevivem, nem que seja
como lixo ou resíduos. É claro que os artefatos podem ser destruídos, no
sentido de serem desagregados a ponto de perderem as especialidades
formais que os caracterizam. Surpreende, porém, o quanto são resistentes
a isso. Nos últimos cinquenta anos, a humanidade produziu maior quanti-
dade de artefatos do que em toda a sua história pregressa.
Como resultado, estamos em processo de sermos soterrados pelos acú-
mulos de coisas que descartamos. O que design pode fazer nesse sentido?
Os designers não contrapõem políticas públicas, não comandam as redes
de fabricação nem são responsáveis pelos desenvolvimento de novos ma-
teriais de tecnologias (CARDOSO, 2012).
Considerando esse tema, avalie as asserções a seguir e a relação proposta
entre elas.
I. Em relação ao ciclo de vida de um produto, é necessário que os designers
se apropriem de uma visão linear do processo como um todo, não se limi-
tando a pensar o início (a concepção) e o final (o descarte), mas prevendo,
também, as instâncias de reciclagem, recuperação e ressignificação.
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atividades de estudo
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atividades de estudo
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atividades de estudo
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LEITURA
COMPLEMENTAR
Um museu acessível
O que é um museu acessível? Para a maioria das pessoas, é um museu com rampas e, às vezes, com
uma casa de banho para os utilizadores de cadeiras de rodas. O termo “acessibilidade” está, habi-
tualmente, associado à deficiência em geral e à deficiência motora em particular. Contudo, para
aqueles profissionais que acreditam que os museus existem para prestar serviço público, o termo
adquire outras dimensões, mais amplas e inclusivas.
A função educativa é das mais importantes nos museus e procura não, apenas, “instruir”, mas tam-
bém inspirar, maravilhar, surpreender e entreter o público dos museus. Ao contrário do que se
pode pensar, esta não é uma filosofia nova. Foi desenvolvida e seguida por visionários que, na
segunda metade do século XIX, tomaram iniciativas para tornar os seus museus interessantes,
relevantes e educativos para o grande público, as “massas”.
No início do século XX, no entanto, houve uma reviravolta, com o aparecimento de uma nova gera-
ção de curadores, muito mais preocupados com as coleções e menos com o público. Esta continua
a ser a posição de muitos profissionais dos museus e tem deixado marcas profundas na relação
dos museus com o grande público, tornando-os pouco interessantes, irrelevantes, incompreensí-
veis e, às vezes, intimidadores, noutras palavras, inacessíveis, para a maioria.
Por outro lado, a democratização das sociedades tornou o público mais exigente e muitas das
pessoas que trabalham nos museus mais conscientes das suas responsabilidades, perante a so-
ciedade e perante os contribuintes. Para esses profissionais, não se trata, apenas, de continuar a
servir uma minoria intelectual, e aquelas pessoas que, apesar de não serem peritas na matéria,
estão habituadas a visitar museus, e sentem-se bem neles. Existe um potencial público muito
mais vasto: pessoas que, por razões sociais, culturais ou econômicas, ou, então, devido à uma
limitação física, não podem ou não os querem visitar. Estamos falando de crianças; pessoas com
baixo nível de escolaridade ou analfabetas; pessoas com dificuldades de aprendizagem; pesso-
as idosas; pessoas com deficiências; imigrantes; desempregados. Estamos, igualmente, falando
de pessoas com conhecimentos, interesses e disponibilidades diferentes. Um vasto leque de
pessoas que, não tendo, obviamente, obrigação de gostar dos museus, poderiam optar por visi-
tá-los, se estivessem mais conscientes da sua existência e oferta e se os achassem interessantes
e relevantes para as suas vidas.
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LEITURA
COMPLEMENTAR
Assim, à luz desta afirmação, um museu acessível é um museu que se preocupa com o seu atual
e, sobretudo, potencial público; procura conhecê-lo melhor, a fim de poder adaptar a oferta às
suas necessidades, com o objetivo de o captar e de o fidelizar. Um museu acessível é um museu
de portas e mentes abertas. Para isto se tornar realidade, devemos considerar os seguintes passos:
• Identificação de públicos-alvo.
• Contacto com os públicos-alvo, direto ou por meio dos seus líderes e/ou representantes.
• Adaptação da nossa oferta às necessidades do público-alvo.
• Divulgação da oferta.
• Avaliação.
Identificação de públicos-alvo
A base de qualquer iniciativa deve ser o conhecimento profundo do público, tanto das pessoas
que visitam como das que não visitam. Os estudos do público permitem-nos obter informação
preciosa sobre o perfil dessas pessoas: idade, sexo, habilitações, capacidades, nível socioeconô-
mico, hábitos e opções de tempo livre. Permitem-nos, igualmente, fazer a avaliação dos nossos
serviços, emendar eventuais erros e tomar novas iniciativas, mais adequadas para a captação dos
nossos públicos-alvo.
Esses estudos podem ser realizados pelos próprios museus e/ou por outras entidades que dispo-
nibilizam esses dados, e vão dos simples registros demográficos à entrada, à observação dos visi-
tantes dentro do museu (com meios simples ou sofisticados), aos inquéritos (auto administrados
ou por entrevista), aos livros de visitas.
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Sustentabilidade em eventos acadêmicos : guia
prático para Instituições de Educação Superior
Patricia Cristina Silva Leme; Alan Frederico Mortean; Mai-
con Sergio Brandão
Editora: EESC-USP
Sinopse: este é um guia prático para eventos sustentáveis
em instituições de educação superior (IES). Foi desenvol-
vido para fomentar a discussão sobre a sustentabilidade
em eventos acadêmicos, contribuir com o aprendizado e
a formação de pessoas. Fornecer um conjunto de práti-
cas que possam ser adotadas em um evento e apresen-
tar uma ferramenta para aqueles que buscam avaliar as
ações de sustentabilidade em seus eventos.
Saiba o que vai ser feito dos ginásios e estruturas no Rio com o fim da Olim-
píada
Com o encerramento dos Jogos Olímpicos, os organizadores não querem repetir o que se viu
em outras sedes ou, depois, da Copa do Mundo: o surgimento de arenas, estádios e giná-
sios desprovidos de qualquer serventia. Para saber mais, acesse: http://zh.clicrbs.com.br/rs/
esportes/olimpiada/noticia/2016/08/saiba-o-que-vai-ser-feito-dos-ginasios-e-estruturas-no-
-rio-com-o-fim-da-olimpiada-7311099.html.
72
referências
73
referências
MIRANDA, Danilo Santos de. A cultura do design. In: LEAL, Joice Jopper. Um
olhar sobre o design Brasileiro. São Paulo: Objeto Brasil; Instituto Uniemp; Im-
prensa Oficial do Estado, 2002.
74
referências
TRIGO, Aline Monteiro Guimarães; SENNA, Janaine Santos Monteiro de. Sus-
tentabilidade em Eventos: Características, Motivações e Análise de Eventos Sus-
tentáveis. Área temática: Gestão Ambiental e Sustentabilidade. XII Congresso
Nacional excelência de Gestão & III Inovarse- Responsabilidade aplicada, 29 e
30 de Nov. 2016.
VLACHOU, Maria; ALVES, Fátima. 2. Acessibilidade nos Museus. In: Sara Bar-
riga; Susana Gomes da Silva. Serviços Educativos na Cultura. 2007. Disponível
em: <http://www.setepes.pt/Imgs/Coleccao%20Publicos%20-%20Servicos%20
Educativos.pdf#page=98>. Acesso em: 08 jun. 2017.
Referências On-Line
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Em: <https://visualhunt.com/>. Acesso em: 31 maio. 2017.
2
Em: <https://visualhunt.com/>. Acesso em: 01 jun. 2017.
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Em: <https://visualhunt.com/>. Acesso em: 01 jun. 2017.
4
Em: <https://visualhunt.com/>. Acesso em: 01 jun. 2017.
5
Em: <https://www.fec.unicamp.br/>. Acesso em: 09 de Jan. 2017.
6
Em: <https://visualhunt.com/>. Acesso em: 01 jun. 2017.
7
Em: <https://www.ib.usp.br/>. Acesso em: 01 jun. 2017.
8
Em: <http://www.lwtsistemas.com.br/tecnica-impressao-3d-cegos-arte/>.
Acesso em: 06 jun. 2017.
75
gabarito
1. B.
2. E.
3. A. As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda
é uma justificativa correta da primeira.
4. As estruturas efêmeras podem atribuir conforto, tranquilidade,
segurança e proporcionam ao homem vivências e experiências
mais prazerosas no seu cotidiano urbano.
5. B) F, V, V, V.
A função social do design está relacionada ao coletivo, no com-
prometimento de alternativas atreladas ao desenvolvimento
econômico e sustentável, que se preocupa em contribuir para
o aumento da qualidade de vida.
76
UNIDADE
III
TIPOS DE DESIGN EFÊMERO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Intervenção e requalificação urbana
• Cenário e Arte
• Instalação Expográfica
• Vitrinismo
• Stands corporativos e arquitetura promocional.
Objetivos de Aprendizagem
• Analisar as influências e transformações efêmeras urbanas.
• Apontar o trabalho do design efêmero empregado na arte
contemporânea em geral.
• Discorrer sobre o que é, e a intenção do projeto
expográfico.
• Estudar as técnicas empregadas e os objetivos do
vitrinismo.
• Relacionar o efêmero aos stands corporativos, a
comunicação visual e as estruturas promocionais.
unidade
III
INTRODUÇÃO
INTERVENÇÃO E
REQUALIFICAÇÃO URBANA
A arte como intervenção teve início como manifes- vros, o rádio, a televisão, a internet, os jornais e ou-
tos a partir da década de 60, com a nova geração de tros. Estas manifestações não estão ligadas à estética
artistas que buscava aproximar a arte e a realidade, e à forma, mas, sim, aos acontecimentos efêmeros
envolvendo questões políticas, culturais e sociais, atrelados aos cotidianos, nos quais o público fica in-
das quais surgem os espaços públicos e urbanos visível, e a cidade e seus acontecimentos atemporais
como cenário e os lugares não físicos, como os li- convertem-se em arte.
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DESIGN
Fonte: adaptado de Cartaxo (2009). O Brasil tem, como precursor, o artista Flávio Car-
valho (1899-1973); este foi um dos primeiros artistas
a manifestar expressões nas ruas por meio da provo-
cação, psicologia e vestimentas. Estes manifestos ar-
tísticos sobre os espaços públicos, na década de 60,
foram significativos para uma sociedade reprimida e
sem liberdade de expressão, devido à ditadura mili-
tar. Segundo Sampaio (2011), em contato com o co-
tidiano, a arte potencializa as efemeridades da vida
“comum” — cria esferas públicas que dialogam com
os fluxos urbanos aproximando as pessoas.
Desse modo, você pode observar que as inter-
venções temporárias geram impactos significativos
Figura 2 - Intervenção urbana efêmera, em Old Town Square aos lugares, sendo capazes de criarem transforma-
ções duradouras. A intenção é interferir nos espaços
Afinal, o que é intervenção? E como ela insere na efe- da vida coletiva em diferentes contextos urbanos,
meridade, sendo algo temporário? Entende-se como não considerando os usos cotidianos do espaço, mas
intervenção a ação de expressar, de modo escrito ou advir de formas contemporâneas de pensar, agir e,
artístico, um ponto de vista, acrescentando argu- principalmente, da espontaneidade e da informali-
mentos ou ideias. Atrelado ao cotidiano efêmero, as dade nos ambientes inseridos. Também, podemos
intervenções temporárias são ações transitórias, par- analisar que as várias situações, desde as atividades
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DESIGN EFÊMERO
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DESIGN
CENÁRIO
E ARTE
Os questionamentos enfrentados pelas artes visuais, lidade com o público. Desse modo, a arte conquista
a partir de 1960, favorecem o rompimento de con- autonomia como obra e artista, tendo a possibilida-
dicionamentos históricos e inauguram uma nova de de se expressar no meio urbano, como estudamos
forma de valores e práticas estéticas como expressão no título anterior.
artística (CARTAXO, 2009). A arte contemporânea Convido você, neste momento, a falar sobre a
entra em discussão sobre o papel e sua localidade, arte e as multifacetadas maneiras de expressão artís-
ocasionando a saída dos espaços idealizados e das tica, urbana e cênica, buscando novas possibilidades
instituições, situando-se nos espaços públicos e con- a partir das atividades cotidianas, sejam nos espaços
vertendo-se em estratégias de aproximação e de rea- singulares ou onde a efemeridade acontece.
85
DESIGN EFÊMERO
Primeiramente, abordaremos a Arte Urbana (2000). Dessa maneira, deixam marcas permanentes
cuja manifestação acontece nos espaços públicos, nos lugares, resguardando espaços que, muitas vezes,
como gestos, intervenções, eventos, instalações, es- são desqualificados pela própria dinâmica da cidade
petáculos, arquitetura, grafite, impressões, música e contemporânea. Assim, criam conexões do indiví-
outros. Essa arte exerce construção social dos espa- duo com o espaço, melhorando o meio urbano.
ços públicos, produzindo, simbolicamente, a cidade,
expondo e intervindo suas conflitantes relações so- SAIBA MAIS
Figura 7 - Arte Urbana, mural dos artistas “Os Figura 8 - Streetart do artista Eduardo Kobra, Rio
Gêmeos”, Coney Island, Nova York de Janeiro
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DESIGN
Outra maneira de manifestação artística que anali- A primeira impressão que o público tem de uma
saremos é a Arte Cênica, que é feita em um palco ou apresentação cênica, seja em palcos convencionais
com a reunião de um público. Os cenários podem ou em espaços alternativos, é a composição do es-
ser espaços de caráter público e coletivo, como as paço cênico, como diz Almeida (2011). A percepção
praças e ruas, ou em espaços singulares, como tea- do trabalho e da identidade é revelada pela visão.
tros, museus, salas de concerto e outros. Este espaço cria signos verbais, cênicos, táteis e
O teatro é elaborado por atores que interpre- sonoros; por meio do espetáculo, constrói infinitos
tam uma história para um público, seu objetivo é significados, fazendo com que o espectador receba
provocar sentimentos aos espectadores. Já a dança informações do cenário, da iluminação, do figurino,
é uma expressão artística corporal, caracterizada das expressões corporais e verbais. Por meio do pro-
pelo uso do corpo, realizando movimentos ensaia- jeto cenográfico, podemos compor, nos ambientes,
dos ou improvisados, acompanhados por músicas. conceitos de plástica, contemplando o projeto na sua
Consequentemente, a ópera é a encenação de uma composição como um todo. Definindo os estilos, as
história dramática, contada por meio do canto, da intenções, a função e a resolução da necessidade de
música e de grupos musicais, utilizando elementos cada espetáculo.
teatrais, como vestuário, cenografia e atuação. O
circo é um grupo de artistas com habilidades dis- SAIBA MAIS
tintas de arte, como malabaristas, palhaços, acro-
batas, equilibristas etc., sendo organizado em um A função dos cenários da Cia. de Dança Debo-
picadeiro circular com apresentações debaixo de rah Colker, em suas composições, é elucidar
uma grande lona. e identificar, visualmente, a ação em um am-
biente que trará significado aos elementos
dramáticos do trabalho escolhido, enfatizan-
do, assim, o tema, o enredo, o conceito e o
ambiente emocional. Urssi (2006) comenta
que, como primeiro elemento da represen-
tação teatral, o homem cria o espaço cênico
e enriquece com o uso de signos, ora verbais,
ora cênicos, táteis e sonoros. Assim, o espe-
táculo constrói um ambiente, gênese de uma
cadeia infinita de significados, no qual o es-
pectador recebe, simultaneamente, diversos
tipos de informações vindas do cenário, da
iluminação, do figurino, dos gestos e da fala.
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SAIBA MAIS
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DESIGN
INSTALAÇÃO
EXPOGRÁFICA
Segundo Souza (2012), a efemeridade das exposi- A expografia se preocupa com a definição da lin-
ções e dos espaços para acolhê-las exige adaptações guagem e com o design de uma exposição museoló-
aos procedimentos usuais na projetação do espaço gica, aberta ou fechada, abrangendo a criação de cir-
construído transitório. Os mecanismos tradicionais cuitos, suportes expositivos, recursos multimeios e
de gestão do processo de projeto, frequentemente, o projeto gráfico. Além disso, também, deve resolver
não são adequados, tornando-se necessária a propo- os aspectos comunicacionais — programação visu-
sição de mecanismos específicos de comunicação e al, diagramação de textos, imagens, legendas dentre
colaboração. Falaremos a seguir, mas, primeiramen- outros —, conseguindo aproximação e entendimen-
te, convido você a questionar: o que é expografia? to de quem for vivenciar a exposição.
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Exibir, publicamente, um conteúdo artístico, bio- Não se trata do espaço expositivo em si, mas, sim,
gráfico ou histórico com coesão e comunicabilida- de um recurso aplicado a ele, possibilitando que ele
de requer um trabalho de integração eficaz entre o assuma diferentes funções. Não corresponde tam-
conteúdo a ser exibido, a forma com que esse conte- pouco ao layout de uma exposição, pois o layout
údo será apresentado e a materialização da ideia da não abrange o espaço construído à sua volta. Logo,
exposição em um evento cultural, onde os acervos toda exposição pensada, seja pelo artista, seja pelo
passam, cada vez mais, a interagir com o ambiente, curador, tem um layout, mas não, necessariamente,
configurando uma narrativa que desafia os códigos uma expografia. A exposição independe de uma ex-
convencionais de percepção. pografia para existir, pois ela pode acontecer con-
Souza (2012, p. 66) diz que a expografia tem tando, exclusivamente, com o layout e os recursos
sua natureza pautada na materialidade do espaço. arquitetônicos preexistentes.
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DESIGN
VITRINISMO
Figura 16 - Vitrine fechada
No período pós-guerra, surge uma nova forma de a surgir. Com isso, as lojas passam a compor por
consumir, embasada no aumento das vendas dos âmbitos estéticos e convidativos, aliados às ofertas
produtos, no qual o consumidor conquista auto- e prestações de serviços.
nomia para comprar. Criando atendimento em A maneira como nos comportamos, hoje, em
autosserviço, padronização dos produtos e, conse- relação ao consumo efêmero, teve início em mea-
quentemente, gerando a crescente importância das dos de 1990, por meio da evolução do sistema de
marcas. Na década de 80, a individualidade de con- distribuição dos produtos e de ofertas. Em resposta
sumir cria força, e uma nova abordagem começa a essa nova dinâmica de consumo, as empresas re-
93
DESIGN EFÊMERO
orientaram seus produtos e marcas, dotando-os de perante a sociedade, criando a cultura do descarte.
significados, diferenciais e inovações, que transmi- A moda é um exemplo difundido neste comporta-
tiam autenticidade e engajamento com os assuntos mento efêmero, tornando-se, cada vez mais, autoral
emergentes, como valores socioculturais, consciên- e adaptando ao estilo pessoal do consumidor, que
cia ecológica, dentre outros, segundo Omine (2015). estimula, consequentemente, a obter necessidades
Portanto, perguntaremos a você: qual a importância diárias de consumo. A partir disso, vemos a impor-
das vitrines nas lojas? E por que elas são importantes tância das vitrines, pois os profissionais vitrinistas
para o consumo efêmero? necessitam da constante e rápida renovação projetu-
al, para ter respostas de consumo.
REFLITA
REFLITA
(Heloise Omine)
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A vitrine é estruturada por piso, laterais, fundo, teto e o vidro da fachada; por meio da estrutura que se
permite elaborar o projeto e estabelecer o ponto focal e o caminho visual, há duas técnicas importantes que
devemos nos preocupar. O ponto focal é a técnica para atrair o olhar do cliente aos produtos, é necessário que
os produtos estejam na altura da visão do consumidor. Outra técnica é o caminho visual, que é o percurso
que o cliente faz para olhar a vitrine; usualmente, o olhar é da esquerda para a direita e de cima para baixo.
SAIBA MAIS
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DESIGN EFÊMERO
Também, é necessário pontuar os diversos tipos de As vitrines, como podemos observar, têm muito
vitrines, que são: mais especificidades que podemos imaginar. Dian-
te disso, é importante dizer que ela faz parte de um
As chamadas Vitrines Fechadas constituem de ambiente estimulante, aguçando os interesses dos
um fechamento da vitrine para com a loja, expon- consumidores, sendo suporte para os produtos. Sua
do, somente, para o meio externo, permitindo,
apenas, o contato visual do cliente. Esse tipo é, composição é efeito realizado, para que o conjunto
usualmente, para destacar produtos sobre um projetual mais os produtos atuem no imaginário do
plano de fundo, havendo acesso restrito para os indivíduo, tornando-o satisfeito.
consumidores;
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DESIGN
STANDS CORPORATIVOS E
ARQUITETURA PROMOCIONAL
Caro(a) aluno(a), o mercado globalizado trouxe a dinâmicas sociais. As empresas e seus produtos de-
vantagem das empresas interagirem com públicos vem tornar sua imagem visível e criar uma identi-
maiores; para isso, surgiram as necessidades de di- dade distinta em relação à forte concorrência, como
vulgação de produtos e de sua marca. Foi, então, que diz em Miotto e Pupo (2014, p. 464).
as exposições ganharam força em mercados nacio- O design dos produtos já é uma característica es-
nais e internacionais. É fato que somos uma socie- sencial para os diferentes setores da indústria, valo-
dade que consome e que, hoje, temos mais estabe- rizando a qualidade e colocando-se à frente da con-
lecimentos comerciais, assim, diferentes práticas de corrência. É, nesse caminho, que você deve assimilar
consumir coexistem para dar respostas a essas novas os espaços efêmeros para a divulgação dos mesmos.
97
DESIGN EFÊMERO
Esses devem possuir sensibilidade estética, trazendo do negócio e do público. Portanto, a flexibilização
ambientes prazerosos, por muitas vezes, chamativos do espaço a ser construído, deve ser pensada a fim
e convincentes, a fim de trazer nova clientela e fir- de serem adaptadas, usando elementos construtivos,
mar a existente. equipamentos, materiais que possam ser reutiliza-
Segundo Miotto e Pupo (2014), o desafio pro- dos ou rearranjados. A montagem e desmontagem
fissional de criar um espaço efêmero comercial é de são aspectos importantes, para isso o projeto deve
estabelecer uma convivência cultural e harmonia es- estar bem detalhado, para que não ocorra problemas
tética, além de uma interação com o espaço, como, durante a execução.
também, criar um universo onde o consumidor per-
ceba a identidade da empresa. Esses projetos efême-
ros podem, também, ser considerados projetos de
arquitetura promocionais, como técnica de promo-
ver a imagem e transmitir a mensagem do expositor
ao público, conseguindo boa comunicação e publi-
cidade da empresa expositora. Não é, apenas, pro-
mover um produto e uma marca, mas proporcionar
as ideias e conceitos de uma empresa. Para Miotto e
Pupo (2014, p. 464), o marketing, o design, a arqui-
tetura, a fotografia e a publicidade se conectam em
uma única composição que formará o estande ou al-
gum outro formato de arquitetura efêmera e comer-
cial como forma de expressão. Para os espaços efê-
meros de arquitetura comercial, você deve lembrar,
Figura 21 - Pavilhão do Brasil, na
principalmente, da comunicação visual. Dentro de EXPO 2015, Milão, Itália
98
DESIGN
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considerações finais
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atividades de estudo
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atividades de estudo
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atividades de estudo
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atividades de estudo
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LEITURA
COMPLEMENTAR
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LEITURA
COMPLEMENTAR
midores. Para alguns consumidores, a luz pode ser o único fator ambiental responsável
pela atração a uma loja de serviços. Administrar sistemas de iluminação, de forma a
gerar aproximação de consumidores e/ou criar uma experiência de consumo satisfató-
ria, pode ser um uma alternativa rápida, pouco dispendiosa e eficiente para o aumento
das vendas da empresa.
Para Führ, as empresas precisam tornar-se ambientes mais dinâmicos, com equipes
capazes de surpreender o seu cliente, a cada instante, a cada visita à loja. Deve-se es-
timular o cliente a consumir por impulso. Enquanto Sá fala que, a eficiência de um co-
mércio começa pelo desenho das instalações. Ao contrário do que se pensa, a entrada
da loja não é o espaço mais chamativo para um produto, pois o cliente evita parar para
não ser surpreendido pelas costas, além de estar vindo de um ambiente externo cheio
de estímulos visuais e auditivos, necessitando de um tempo de transição até se sinto-
nizar com o ambiente da loja. Tudo que estiver dentro da zona de transição não será
percebido por ele — cartazes, display, produtos, cestas de compras. Isto vale, também,
na passagem entre um setor e outro da loja.
Finalmente, o volume de vendas está, diretamente, ligado ao tempo que o cliente pas-
sa dentro da loja, é preciso encontrar formas para neutralizar seu cansaço, avivar seu
interesse com informações e promoções, despertar sua curiosidade por seções novas,
proporcionar meios de experimentação dos produtos e a interação com funcionários
prestativos e eficientes, e isso se consegue investindo, também, em um projeto de ilu-
minação, que ajuda a dar dinamicidade ao ambiente comercial.
106
LEITURA
COMPLEMENTAR
da iluminação amplia a capacidade do cliente para avaliar um produto e faz com que
ele fique mais confiante nas suas decisões de compra. Além disso, os clientes serão
motivados para comprar artigos de preço mais alto e em maiores quantidades. Eles,
também, serão menos propensos a devolver as mercadorias.
- Atmosfera: cria uma declaração de imagem que pode diferir, enormemente, em vários
tipos de lojas. Uma boutique de roupas terá uma imagem diferente de um supermer-
cado, pois, não levando em consideração o tipo de mercadoria vendido, todas as lojas
querem a mesma coisa para os seus clientes: um passeio longo e agradável com muitas
compras.
107
Visual Merchandising: Vitrines e Interiores
Comerciais
Tony Morgan
Editora: Gustavo Gili
Ano: 2011
Sinopse: este livro apresenta informações funda-
mentais para estudantes e profissionais do setor va-
rejista, recorrendo a exemplos de boas práticas de
visual merchandising de todo o mundo. O livro abor-
da todos os aspectos do visual merchandising, como
vitrines, design de lojas, distribuição dos produtos
no interior dos estabelecimentos e uso de mane-
quins. Ilustrado com desenhos e fotografias de nu-
merosos exemplos de destaque de todo o mundo, o
livro, também, apresenta dicas e conselhos práticos.
A Linguagem Cenográfica
Caro(a) aluno(a), convido você a ler este trabalho de dissertação sobre arte e cenografia de
Nelson José Urssi. Esse texto é interessante, pois você se aprofundará mais sobre a temática
da linguagem cenográfica.
Para saber mais, acesse: http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/C%EAnica/Pesquisa/a_lingua-
gem_cenografica.pdf.
Intervalo, respiro, pequenos deslocamentos
Indicamos este livro online sobre as intervenções efêmeras na cidade, com ações do grupo
Poro, que misturam arte e intervenções, nos espaços públicos.
Para saber mais, acesse: http://poro.redezero.org/publicacoes/ebook/.
Website: IdeaFixa
O website IdeaFixa trabalha com curadoria de artes visuais, conteúdos criativos, eventos,
workshops, projetos especiais e editoriais, conectando os melhores profissionais às gran-
des ideias. É bem amplo com várias reportagens sobre manifestações artísticas, expografias
e instalações, sejam urbanas ou em ambientes fechados. Para saber mais, acesse: https://
www.ideafixa.com.
Intervenção Urbana
Este website apresenta vários grupos que realizam intervenção efêmera urbana, exemplos
dessas intervenções no Brasil e revista.
Para saber mais, acesse: <https://www.intervencaourbana.org/>.
Cases Estandes
Visite o site da empresa responsável pelo projeto e faça um tour por este estande promocio-
nal. Acesse em: <http://www.z500.com.br/case-estandes.php>.
referências
PALLAMIN, Vera Maria. Arte urbana: São Paulo, região central (1945-1998):
obras de caráter temporário e permanente. São Paulo: Annablume, 2000.
SAMPAIO, Anne Marie Moreira. Arte, cidade, esfera pública: ações efêmeras no
espaço urbano. Curitiba: EMBAP, 2011.
111
referências
Referência On-Line
1
Em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae>. Acesso em: 05 jun. 2017.
112
gabarito
113
UNIDADE
IV
OUTRAS POSSIBILIDADES DO
EMPREGO DO DESIGN EFÊMERO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Eventos festivos e eventos culturais étnicos
• Shows e festivais de música
• Tecnologias na produção e divulgação do efêmero
• Equipamentos urbanos efêmeros
• Urbanização efêmera
Objetivos de Aprendizagem
• Demonstrar o uso do design efêmero nos eventos festivos
e eventos culturais étnicos.
• Analisar as estruturas e experiências espaciais,
relacionando ao efêmero.
• Contextualizar sobre como a tecnologia pode ajudar
o processo criativo do design efêmero e relacionar a
exposição da efemeridade.
• Qualificar e analisar os equipamentos efêmeros inseridos
no ambiente.
• Apresentar e pesquisar a organização ou a espontaneidade
do urbanismo efêmero.
unidade
IV
INTRODUÇÃO
120
DESIGN
ais de contestação, celebração ou contemplação. Os cultura e seus derivados como nos dias de hoje. Este
homens comemoram, há muito tempo, seus ritos de destaque cultural é de relevância na atualidade, de-
passagem e relembram as datas festivas sagradas, vido à dimensão espacial dos eventos culturais que
profanas e de agradecimento. Esses costumes já es- criam dinâmicas e formas efêmeras de ocupar os es-
tão incorporados aos nossos calendários de tradição paços, criando as cidades espetáculo.
religiosa e festiva, tal como o carnaval. Um exemplo representativo são as festas juninas,
conhecidas como “arraiais” da região do nordeste.
Ao longo do tempo essas práticas fizeram parte Em específico, falaremos sobre a festa junina de Ma-
dos processos de transformações culturais e re-
ligiosas da sociedade e das suas relações simbó- racanaú, região metropolitana de Fortaleza. Hoje,
licas entre a realidade e a ficção, dando origem essas festas já não são, apenas, celebradas com a cul-
aos diversos protagonistas nos festejos populares tura popular da quadrilha e comidas típicas, ou seja,
(TRIGUEIRO, 2005, p. 1, on-line)1.
os eventos cresceram, tendo participação de milha-
res de pessoas, assim, a estrutura física foi aprimo-
Atualmente, tem-se dado grande valor nas manifes- rada. Para Gomes (2011), o espaço territorializado
tações culturais; os eventos festivos estão, cada vez pela festa possui dinâmicas e funcionalidades espe-
mais, mercantilizados e espetacularizados, não só cíficas, expressas em diferentes cenários, e o design
nos grandes centros urbanos, mas também nas pe- efêmero contribuiu para organizar o espaço e trazer
quenas e médias cidades. Nunca se falou tanto em identidade para quem o utiliza.
121
DESIGN EFÊMERO
122
DESIGN
SHOWS E FESTIVAIS
DE MÚSICA
Não é dos tempos atuais as necessidades humanas Atualmente, espaços, como megaconstruções
de se encontrarem em grandes grupos. Na Roma dos (estádios e casas de espetáculos) ou ruas (que se con-
Césares, a política do pão e circo reunia milhares de vertem em palco/plateia no carnaval ou réveillon),
pessoas para celebrar sacrifícios espetaculares que testemunham pequenos, médios, grandes ou me-
aproximavam as massas às divindades, resultando gaeventos cuja efemeridade está ligada à dinâmica
numa coesão social forjada a partir dos sentimen- moderna da vida urbana. Um estádio de futebol, por
tos compartilhados pelos diversos grupos, porém, exemplo, foi construído com a prioridade de sediar
em arenas específicas para isso, como era usado o jogos, porém, com adaptações, usando estrutura e
Coliseu, as estruturas eram fixas, pensadas, apenas, arquitetura efêmera podem receber shows, festivais
como uso para algumas atividades. etc. O estádio do Maracanã, em 2016, foi palco para
123
DESIGN EFÊMERO
124
DESIGN
zado na “arquitetura do entretenimento”, tendo sido Portanto, além dos aspectos estético e funcional que a
responsável, também, por projetos com o Cirque du efemeridade, nos eventos, pode trazer, esta, também, faz
Soleil e pelas cerimônias de abertura e encerramento um gancho com a publicidade e comunicação, no seg-
dos jogos olímpicos de Pequim em 2008. mento de shows, de maneira mais discreta, pois o pró-
No Brasil, com o mercado de shows crescendo, prio evento já se torna uma grande ação comunicativa.
é hora de investir no segmento. Festivais de músi-
ca, como Rock in Rio, Lollapalooza e Planeta Terra, Acreditamos que a efervescência afetiva das
grandes tribos efêmeras que se formam duran-
são responsáveis por um grande número de shows e te os festivais de rock, por exemplo, demonstra-
geram renda para as cidades e empresas envolvidas. riam mais a celebração do desejo de estar juntos
Para Lins (2013), o Rock in Rio é um bom exem- do que uma reunião de consumidores motivada
pelo consumo deste ou daquele produto (LINS,
plo da indústria de entretenimento efêmera, que 2013, p. 237).
entende o evento como um eixo principal de uma
estratégia de marketing integrada. O evento é acom- A efemeridade, nos shows e grandes eventos, pode ter
panhado de produtos e serviços de todas as ordens ligação à organização do espaço, para trazer conforto
e correntes com o consumo contemporâneo. Assim, aos participantes, como também é usada na geração de
o prazer de estar junto faz parte do repertório mer- sentimentos e identificação com o local e, até mesmo,
cadológico do certame, contando com os recursos funciona como uma ação comunicativa. As possibi-
tecnológicos e midiáticos de última geração. lidades de montagem desses grandes espetáculos são
variadas e devem ser estudados os materiais e tecnolo-
gias a serem empregados. Evitando, assim, o descarte
de matérias-primas e se preocupando com a geração
mínima possível de lixo.
125
DESIGN EFÊMERO
TECNOLOGIAS NA PRODUÇÃO E
DIVULGAÇÃO DO EFÊMERO
O design efêmero já tem, em seu aspecto, o passagei- superfície, mesmo a mais irregular, numa tela de ví-
ro, de consumo rápido. Para tanto, sua criação pode deo dinâmica, tais como fachadas de edifícios sem
ser facilitada por meio do avanço das tecnologias, qualquer distorção. Esta forma de projetar permite
sendo com maior rapidez e agilidade, combinando, criar maravilhosas ilusões de ótica e noções de mo-
assim, com a efemeridade. Até mesmo, o seu produto vimento em objetos estáticos. É como um jogo de
final pode ser tecnológico, como é o caso das insta- luzes que destaca qualquer forma, linha ou espaço,
lações usando o “vídeo mapping”, que é uma técnica alterando a percepção do espectador, reconstruindo
de projeção empregada para transformar qualquer a realidade por adição de espaço virtual.
126
DESIGN
127
DESIGN EFÊMERO
128
DESIGN
EQUIPAMENTOS URBANOS
EFÊMEROS
Os grandes desperdícios refletem nas cidades, lidas também, nas antigas áreas industriais, nas quais
mas, observados sob o conceito da continuidade e não se encontram, necessariamente, vazias em seu as-
da renovação, podem ser consequências da acele- pecto físico, sendo, por vezes, ocupadas por estruturas
ração das transformações urbanas, resultando nos em desuso, como as usinas, armazéns e outros.
vazios urbanos. Diante disso, é importante atuar sobre estes es-
Os vazios urbanos podem estar nas periferias, ter- paços, por meio das intervenções, seja permanen-
renos, ainda, não ocupados ou terrenos, anteriormen- tes ou temporárias, obtendo o uso destas áreas e
te, edificados por construções, as quais foram demo- evitando desperdícios.
129
DESIGN EFÊMERO
SAIBA MAIS
130
DESIGN
Comumente, são instaladas, no mundo todo, como cebida para fornecer uma quantidade controlado de
forma de estimular a consciência mais saudável e água a cada tubo de plantador, alimentado por uma
sustentável. Temos, como exemplo, o Farm Urban, o cisterna que faz a captação de água da chuva.
qual originou-se do Programa de Jovens Arquitetos No Brasil, mais precisamente, em Porto Alegre,
(criado pelo Museu de Nova York de Arte Moderna) temos uma singela manifestação no Bairro Moinho
cuja função era projetar instalações temporárias, uti- de Vento, que utiliza equipamentos efêmeros para
lizando materiais recicláveis, biodegradáveis e tubos promover bem-estar às pessoas. Os arquitetos Da-
de papelão. Estes tubos são compostos por varieda- niela Corso e Joel Fagundes, dos Liquens, criaram o
des de ervas, frutas e legumes. Embaixo da horta e projeto Gentileza Urbana, por meio do uso de uma
dos tubos, criaram-se diversas experiências de inte- namoradeira equipada por tomadas para carregar
rações, como um espremedor movido à energia solar equipamento eletrônicos, em 2014.
para fazer sucos, um periscópio para fornecer uma Assim, finalizamos dizendo que, em meio a tan-
vista para os campos, um tubo com toalhas, e outro tas atividades e preocupações do dia a dia, esque-
com carregador de telefone movido à energia solar, cemo-nos de parar para observar e curtir a cidade.
espelho d’água e bancos. O sistema de energia solar Os parques temporários trazem, como ferramentas,
é constituído por um conjunto de módulos fotovol- os equipamentos efêmeros urbanos, surgindo como
taicos, que abastecem televisores, caixas de som, lu- propósito à interação do indivíduo com o urbano,
zes, carregadores de celular e bombas de irrigação. O de maneira coletiva, possibilitando usos dos espaços
sistema de irrigação é por gotejamento, sendo con- que estão em desuso.
131
DESIGN EFÊMERO
URBANIZAÇÃO
EFÊMERA
Os nômades encontram-se espalhados por todos os tanto nos vilarejos quanto nas metrópoles, com um
continentes, desde os nômades culturais, como os significativo aparato pelo movimento.
ciganos e tribos indígenas, os de caráter de trabalho, Desse modo, a arquitetura efêmera passa a aten-
como a população circense. Sendo características der necessidades distintas e flexíveis. São projetos
dos primeiros homens terrenos, o nomadismo foi que reconhecem o móvel para poder constituir es-
se reduzindo quando o homem passou a usar agri- paços estáveis, como diz Bogéa (2006). Correspon-
cultura como ferramenta de trabalho e consumo do dendo a isto, apresentaremos a você a urbanização
próprio alimento. Sabemos que esses grupos fazem efêmera na atualidade, por meio de um exemplo, ob-
da ocupação territorial um permanente movimento. jetivando sua função e forma. Assim, de que maneira
Na atualidade, não, apenas, os viajantes se des- a urbanização transitória acontece?
locam, o homem ganha outras dimensões sobre a Primeiramente, é válido dizer que a urbanização
mobilidade nômade. efêmera pode acontecer devido a três fatores, as de
Segundo Bogéa (2006), constitui cidades ocasio- características culturais, religiosas e de trabalho, que
nais em expedições, as viagens dentro das cidades, passam de gerações e grupos.
nos circos, nas feiras e mesmo no crescente comér- Também, temos os assentamentos temporários,
cio informal. Os eventos contemporâneos contam, motivados pelas catástrofes naturais, que causam
132
DESIGN
a necessidade de realojar os indivíduos, durante o de algodão e entre outros, abastecidos por eletricida-
período de reconstrução de suas casas, garantindo de. É importante retratar que, após a desmontagem
condições básicas de vida. O termo alojamento tem- da cidade, se reutilizam os materiais, para as futuras
porário é definido por Johnson (2002 apud MON- edições da celebração.
TEIRO, 2015, p. 8) como o conjunto de todos os
abrigos e habitações temporários.
Vemos que estes assentamentos efêmeros repre-
sentam e adaptam-se conforme as necessidades das
pessoas. Um exemplo de assentamento temporário
que podemos citar é “Kumbh Mela”, que é uma cele-
bração religiosa hindu, que ocorre, a cada doze anos,
na confluência dos rios Ganges e Yamuna, na cidade
de Allahabad, na Índia. Este assentamento temporá-
rio abriga cerca de cinco milhões de pessoas, reali-
zando sua peregrinação até os lugares considerados Figura 20 - Ponte efêmera, no rio de Ganges, festival Kumbh Mela
133
considerações finais
Querido(a) aluno(a), é muito bom ver que você chegou até aqui, aprimorando seus
estudos. Nesta unidade, tivemos a oportunidade de desenvolver conhecimento no
design efêmero por meio de outras possibilidades do seu uso.
Você pôde ver como a cultura popular e eventos culturais étnicos têm a impor-
tante ferramenta de transformação dos espaços, criando linguagem emocional, por
meio do uso do efêmero, contando a história dos povos com o passar do tempo.
Ainda, ligados à organização, você pôde aprender sobre os grandes eventos e shows,
onde a efemeridade organiza o espaço, para trazer conforto aos participantes,
como também é usada na geração de sentimentos e identificação com o local e,
até mesmo, funciona como uma ação comunicativa publicitária.
Mais tarde, foi importante relacionar a tecnologia como peça fundamental no
processo do desenvolvimento do design efêmero. Ela influencia desde a concepção
dos projetos, produção e divulgação para o produto final. Também, percebemos
que a produção efêmera, por meio de tecnologias e mídias sociais, muitas vezes,
torna-se duradoura.
Por fim, estudamos a ligação do efêmero ao urbano. Em primeiro momento,
fizemos o estudo de mobiliários e estruturas temporárias, como forma de intervir,
temporariamente, nos espaços públicos, utilizando os equipamentos efêmeros de
maneira sustentável, concluindo que deve ser importante gerar significados e trazer
ao homem uma forma de apreciar a cidade, criando espaços para a interação. Mais
tarde, aprendemos sobre o urbanismo transitório e efêmero, que pode acontecer,
devido a três fatores, as de características culturais, religiosas e de trabalho, que
passam de gerações e grupos, ou por fatos históricos e trágicos. Concluimos que a
urbanização efêmera tem potencialidades alternativas para estruturas permanentes
e, talvez, até mais resistentes que cidades edificáveis.
134
atividades de estudo
3. (Enade design 2012) Com a Revolução Digital do final do século XX, o cam-
po do Design sofreu grandes transformações, expandindo-se do ponto de
vista tanto de suas áreas de atuação quanto de seus métodos e procedi-
mentos projetuais. O fato de um novo produto, processo ou serviço aco-
modar os propósitos comerciais do mundo globalizado, com tecnologias
emergentes, bem como as implicações sociais e ambientais dele decor-
rentes, tornaram os problemas de design mais complexos e desafiadores.
Considerando o contexto apresentado, avalie as afirmações a seguir.
I. Aos formatos tradicionais e mais lineares propostos nos primórdios da
metodologia projetual vêm sendo acrescidas novas abordagens, tais como
o Mind Mapping e as técnicas de Concepção de Cenários.
II. A metodologia projetual em design contempla, além de procedimentos ge-
néricos, o emprego de procedimentos de origem profissional diferenciada
e/ou correlata, o que reforça a natureza multidisciplinar do Design.
135
atividades de estudo
136
LEITURA
COMPLEMENTAR
137
LEITURA
COMPLEMENTAR
138
Novas mídias na Arte Contemporânea
Michael Rush
Editora: Martins Fontes
Ano: 2006
Sinopse: ao refletir e definir novos desenvolvimentos
tecnológicos, científicos e intelectuais, ampliaram-se, ra-
dicalmente, as mídias convencionais da escultura e da
pintura. Seguindo ideias inovadoras sobre representação
e o uso livre de materiais no Cubismo, Futurismo e Sur-
realismo — particularmente, na obra de Duchamp —, ar-
tistas abandonaram a adesão estrita às hierarquias tradi-
cionais das mídias e adotaram qualquer meio, inclusive o
tecnológico, que melhor atendesse aos seus propósitos.
Receitas Urbanas
Este site é interessante, pois identifica um exemplo de equipamento urbano temporário, é
um parque infantil em um vazio urbano. Para saber mais, acesse:
<http://piseagrama.org/receitas-urbanas/>.
referências
GOMES, Maryvone Moura. Um olhar sobre as festas juninas e seus novos cená-
rios: o caso do São João de Maracanaú-Região Metropolitana de Fortaleza (RMF,
Ceará). GeoTextos 7.2, Universidade Federal do Ceará, (2011).
LINS, Flávio. Artigo: Rock in Rio: a marca do coração do Brasil. In: 11ª CONFE-
RÊNCIA MUNDIAL DE ECONOMIA E GESTÃO DE MÍDIA. Rio de Janeiro:
UERJ, 2013. Anais. 2013. Disponível em: <http://revistacmc.espm.br/index.php/
revistacmc/article/view/482/pdf_23>. Acesso em: 06 jun. 2017.
MACIEL, Ana Paula Araújo. Gestão da qualidade dos serviços em eventos: uma
análise comparativa do festival folclórico de Parintins/AM e do desfile das escolas
de samba do Rio de Janeiro/RJ através da técnica momento da verdade. 2015.
200f. Dissertação (Mestrado em Turismo) - Centro de Ciências Sociais Aplica-
das, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.
141
referências
Referências On-Line
1
Em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/trigueiro-osvaldo-espetacularizacao-cultu-
ras-populares.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2017.
2
Em: <https://art.medialab.ufg.br/up/779/o/art13_AlbertoSemeler.pdf>. Acesso
em: 06 jun. 2017.
3
Em: <https://visualhunt.com>. Acesso em: 06 jun. 2017.
4
Em: <https://visualhunt.com>. Acesso em: 06 jun. 2017.
5
Em: <https://visualhunt.com>. Acesso em: 06 jun. 2017.
142
gabarito
1. Resposta: o design efêmero, relacionado aos eventos culturais e étnicos, é uma gran-
de ferramenta de transformação dos espaços, criando linguagem emocional, conse-
guindo contribuir para retratar a história dos povos, ajudando a manter vivas as tradi-
ções. O design efêmero cria a identidade e organiza, direcionando os visitantes, para
que estes possam aproveitar, ao máximo, as manifestações culturais e artísticas.
2. c) V, F, V, V.
3. c) I e II, apenas.
4. c) Os projetos de equipamentos urbanos efêmeros devem intervir, temporariamen-
te, nos espaços públicos, de maneira sustentável, gerando novos significados ao lu-
gar, criando novas áreas de interação.
5. Os assentamentos urbanos efêmeros podem ocorrer espontaneamente, muitas ve-
zes, por não conseguir tempo hábil para sua organização, devido à urgência que
acontecimentos naturais exigem. Além disso, eles podem ser temporários, de mon-
tagem e desmontagem rápida, como são os casos de circos e ciganos. Também, po-
dem ocorrer os assentamento planejados, quando já é possível realocar famílias em
condições de abrigos precárias, que se encontram em assentamentos espontâneos,
geralmente, tendo um tempo de existência um pouco maior, assim, o projeto deve
analisar as seguintes características:
- Escolha do local, em relação à topografia e geo-localização.
- Atentar ao clima da região, tais como calor, ventilação predominante, incidência de
chuvas.
- Prever equipamentos básicos coletivos para a população, tais como espaços para
unidades de saúde, refeitório, banheiros, áreas de cozinha e áreas de lavanderia.
- Promover o bem-estar da população, criando espaços de convívio e áreas comuns.
- Criar identidade e comunicabilidade do espaço, sempre, pensando no tempo pas-
sageiro, devemos informar, porém não deixar um forte apelo emocional, pois é um
assentamento transitório.
143
UNIDADE
V
CORRELATOS DO
DESIGN EFÊMERO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta
unidade:
• Obras de Christo e Jeanne Claude
• Arte urbana, Os Gêmeos
• As vitrines da Louis Vuitton
• Feira livre da Av. Mauá, na cidade de Maringá
• Burning Man Festival
Objetivos de Aprendizagem
• Expor a temática das obras de alguns artistas.
• Articular sobre o trabalho dos Gêmeos.
• Identificar a temporalidade das vitrines da Louis Vuitton.
• Demonstrar a cultura efêmera das feiras livres.
• Analisar as estruturas efêmeras do festival.
unidade
V
INTRODUÇÃO
OBRAS DE CHRISTO E
JEANNE-CLAUDE
Christo Javacheff nasceu em Gabrovo, na Bulgária, e a escala de suas obras. Criando o nome Christo e
em 13 de junho de 1935. Filho de industriais búlga- Jeanne-Claude, dividindo a autoria de sua arte.
ros, estudou na Academia de Belas Artes de Sofia, fez Para Ferreira (2013), os artistas trabalham com
estágios em Praga, em Viena e Jeanne-Claude nasceu a interface entre arte e espaço, criando discussões e
em 13 de junho de 1935, como Jeanne-Claude Denat questionamentos tão contemporâneos quanto a pró-
de Guillebon, em Casablanca, no Marrocos. Ela des- pria forma da arte que elabora. Interferindo tanto
cendia de uma família de oficiais franceses. Os dois, em áreas rurais como urbanas, eles discutem o uso e
nascidos no mesmo dia, casaram-se e formaram um a apropriação delas. O trabalho visa chamar a aten-
casal de artistas caracterizado pela proposta artística ção para o fato de que vivemos em espaços regula-
150
DESIGN
mentados, que condicionam nossa percepção e nos- ção num espaço mais complexo. Redefinir o lugar da
so movimento, os projetos são feitos para criar uma obra de arte contemporânea a partir de sua integra-
antítese no espaço e criam uma perturbação sutil. ção com outras linguagens e outros suportes.
Christo e Jeanne-Claude foram artistas contem- Os artistas apresentam a arte que se mescla com
porâneos que exploraram a arquitetura e o planeja- o urbanismo e a arquitetura, suas obras são resul-
mento urbano. Expõem a visão que tudo é efêmero, tados de referências como a pintura, escultura, ar-
até mesmo espaços urbanos considerados eternos. quitetura e urbanismo. Fortemente marcada pela
Em suas obras, podemos ver os movimentos na pai- referência pictórica, seus empacotamentos e suas in-
sagem, prioritariamente a urbana. Peixoto, (1998 tervenções em espaços urbanos que nos lembram de
apud FERREIRA, 2013) diz que a noção de especi- telas e esculturas. Porém a relação de efêmero com
ficidade do sítio, própria aos trabalhos escultóricos, os registros é muito importante nas suas obras, pois
ganha, aqui, conotação mais ampla. Trata-se de tirar elas só se completam após sua destruição, eternizan-
as obras das instituições culturais, dos circuitos de do-se com arquivos fotográficos, que testemunham
exibição estabelecidos, dos padrões convencionais sua evolução e fim. Apesar das obras terem sido
de classificação e levá-las a um diálogo mais amplo. feitas para serem destruídas, afastando qualquer
Não tomar as obras isoladamente, como interven- possibilidade de duração física, a dupla tem, como
151
DESIGN EFÊMERO
resultado final, os registros materiais fotográficos e bano, densamente, povoado, a baía de Miami. A
videográficos e, assim, conseguem uma experiência obra Surrounded Islands, onde onze ilhas na baía de
única, vivida, também, nos espaços de galerias por Biscayne, na cidade de Miami, foram cercadas com
meio de fotografias, mapas, documentos escritos, 603.850 metros quadrados de polipropileno cor-de-
desenhos, maquetes, livros e catálogos. A arte efê- rosa, cobrindo a superfície da água, pode ser vista e
mera torna-se duradoura. apreciada pelo público, pela terra, pela água e pelo
São três os aspectos que mais chamam a atenção ar. O cor-de-rosa luminoso do tecido combinou
nas obras do casal de artistas. O primeiro é o estilo com a vegetação, com a luz do céu e com as cores
de arte de envolver ou revestir, desde uma árvore até das águas da baía.
um prédio, de tecido ou membranas que são amar-
radas por cordas. O segundo é o uso da cor e textura SAIBA MAIS
delas, geralmente, coloridas e com muitas pregas. O
último é a escala das obras, geralmente, grandes as-
Neste vídeo, você conseguirá ter uma no-
sumem a condição de território. ção sobre o espaço ocupado pela obra dos
artistas, sendo possível ver a relação com a
urbanização e com o meio ambiente, acesse
em: <https://www.youtube.com/watch?v=n-
fDGK_WSFro>.
Fonte: os autores.
152
DESIGN
ARTE URBANA,
OS GÊMEOS
Nascidos em 1974, os irmãos, Otavio e Gustavo Pa- arte urbana, nas quais criam relações entre cidade e in-
dolfo, cresceram no Bairro do Cambuci, na Capital do divíduo, exercendo construção social dos espaços pú-
estado de São Paulo. Por meio de suas raízes, obtive- blicos, produzindo, simbolicamente, a cidade, expondo
ram, na regionalidade, influências significativas, como e intervindo suas conflitantes relações sociais, políticas
o contato dos grupos da cultura hip-hop, break, a ci- e de cultura, como estudamos na Unidade 3.
dade de São Paulo e o próprio grafitar. Suas obras tive- Desse modo, é necessário ter cuidado ao anali-
ram repercussão em meados de 1980, onde apontam sarmos as obras destes artistas, pois como Gombri-
propostas estéticas vinculadas sobre uma identidade ch (1999) afirma, é necessário ter a atenção para o
sociocultural, por meio dos estudos de seus traços figu- seguinte fato: do seu ponto de vista, não existiriam
rativos e de suas escolhas temáticas, segundo Pelegrini obras, mas, sim, artistas; o que, em outras palavras,
(2011, on-line)1. Observando as obras, podemos perce- significa que nos cabe observar as técnicas e os su-
ber que utilizam, como embasamentos, críticas sociais portes utilizados pelos pintores, não basta rotulá-los
expostas sobre os muros das cidades, característica da ou vinculá-los a um ou outro movimento.
153
DESIGN EFÊMERO
O desenvolvimento da representatividade de
“Os Gêmeos” contém ideias questionadoras da tensa
vida urbana paulistana. Constituindo, em suas obras,
percepções do mundo em que viviam, construíram
imagens apresentando o cotidiano das grandes ci-
dades; não necessariamente contendo desenhos de
forma realistas, mas por meio da liberdade de re-
presentar os elementos, ou seja, de criação. Sendo
apreendidas de maneira mais direta ou passada aos
seus observadores, mensagens subliminares, segun-
do Pelegrini (2011, on-line)2.
Figura 5 - Arte urbana, “Os Gêmeos”
SAIBA MAIS
154
DESIGN
AS VITRINES DA
LOUIS VUITTON
Atualmente, observamos que a imagem é que deter- interiores e das vitrines para encantar e estimular o
mina valor e prestígio do produto, experienciando a consumidor, tornando a visita à loja um lugar de la-
vender por meio de ações de comunicação, marke- zer e prazeres, como estudamos na Unidade 4.
ting, merchandising, determinando seu público-al- Descrevemos, também, que as vitrines determi-
vo e o tipo do segmento que irá atuar. Desse modo, nam conceitos e mensagens, por meio de decorações
as marcas passaram a construir identidade, determi- cênicas, sendo irreverentes e distintas. A partir dis-
nando não, somente, imagens, mas também expe- so, apresentaremos as vitrines da Louis Vuitton, ana-
riências e emoções transmitidas pela criatividade, lisando duas obras da marca.
inovação e prazer. Segundo Costa (2013, on-line)3, Inicialmente, é importante dizer que as lojas da
o Visual Merchandising passou a construir espaços Louis Vuitton são espalhadas no mundo, com a mes-
mais agradáveis e adequados às exigências do seu ma decoração na vitrine principal, segundo Costa
consumidor, utilizando da ambiência, do design de (2013, on-line)3. Iniciou com o próprio Louis Vuitton,
155
DESIGN EFÊMERO
156
DESIGN
ao feminino, delicado e jovem, contrastando com o es- europeia primavera/verão, em 2012. A concepção é
tilo retrô e sofisticado do estofamento, que lembra os por uma temática sequencial, por meio da repetição
móveis tradicionais franceses. A iluminação de efeito de elementos em movimento, e o cenário é compos-
brilhante, remete-se ao sonho alegre, divertido e doce. to por flechas coloridas posicionadas ao redor do
Podemos observar que há uma autorreferência produto, formando um degradê de cores fortes. A
dos produtos e a marca, evidenciando a inovação e iluminação provoca tridimensionalidade da instala-
tradição. Segundo Costa (2013, on-line)3, a sintonia ção, a ideia é construir um objeto de desejo intocável
com a contemporaneidade é revelada por meio da e soberano, onde o objetivo das flechas é atingir o
construção de um mundo paralelo que proporcio- alvo, mas ele é inatingível. A repetição dos elemen-
na momento irreal, encantador, forte, emocionante tos cria uma experiência visual intensa.
e divertido, criando o desejo e elevando o valor da Para Costa (2013, on-line)3, a vitrine elabora o
marca no inconsciente do consumidor. culto pelo belo e pela perfeição, por meio da brin-
A segunda vitrine que analisaremos será a vitri- cadeira, da criatividade e do inusitado da grife, que
ne Flecha da Louis Vuitton — simples com efeito vi- chama a atenção do observador, transmitindo a men-
sual e conceitual —, que foi apresentada na estação sagem que eleva o conceito do produto e da marca.
Decorrendo dessas análises, é possível perceber
que a marca Louis Vuitton, por meio das decorações,
procura obter recursos utilizados na construção do
cenário e na transmissão da mensagem, favorecen-
do a apreciação do produto, evidenciando a Louis
Vuitton, como afirma Costa (2013, on-line)3. Faz
com que esse espaço seja contemplado não, somen-
te, pela visibilidade dos produtos, mas também pela
construção do cenário que transmite mensagens e
favorece a valorização da marca.
157
DESIGN EFÊMERO
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DESIGN
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DESIGN EFÊMERO
BURNING MAN
FESTIVAL
Em todo o mundo, os festivais estão crescendo em é construída em agosto de cada ano, totalmente,
número, tamanho e em significado, muitos deles ocupada por uma semana e, em seguida, removida,
servem como espaços onde acontecem encontros completamente, ao longo do mês seguinte. Segun-
estéticos, celebrações religiosas e políticas, tornan- do White (2013), utilizando métodos arqueológicos
do-se em eventos cenográficos teatrais. tradicionais, juntamente, com abordagens etnográ-
No noroeste de Nevada, EUA, os organizadores ficas e observação participante, os organizadores se
do festival Burning Man e os participantes constro- preocupam com a construção e habitação desta ci-
em e, em seguida, removem todos os traços de uma dade, antes, durante e depois de sua utilização.
cidade que detém mais de até 50.000 participantes Todos moram e desconstroem a Black Rock
por edição, acontecendo desde o ano de 1986, sen- City, como é conhecida, tornando-se, assim, além de
do aprimorado com o passar do tempo. A cidade um festival temporário, também, uma urbanização
160
DESIGN
efêmera. Sobre o deserto de Nevada, é erguida uma emocional é a instalação chamada “o templo”, na qual
verdadeira cidade, uma grande urbanização tempo- os participantes relembram de seus entes queridos
rária em formato de lua crescente, com ruas e pra- que já não estão entre eles, escrevendo seu nome nas
ças, onde as ruas são organizadas em formato radial. paredes, é a arquitetura efêmera dando significado e
Essa cidade é formada por assentamentos efê- causando emoções. O costume do festival é que todas
meros com o uso de vários tipos de arquiteturas efê- as estruturas fixas que foram montadas para o even-
meras, muitas delas produzidas no próprio deserto, to sejam queimadas, como um ritual de purificação e
onde o festival acontece. São contêineres, tendas, passagem. O ponto alto é a incineração desta escultu-
abrigos móveis, barracas, estruturas tensionadas ra citada em primeiro momento, é, ali, que acontece o
entre outras que compõem o lugar onde as pesso- início do fogo, que é uma marca do festival.
as convivem em comunidade. As comunidades se
misturam e se dispõem sobre as condições, quase,
inóspitas do deserto, tendo que ter proteção para as
tempestades de areia que são frequentes.
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considerações finais
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atividades de estudo
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atividades de estudo
164
atividades de estudo
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LEITURA
COMPLEMENTAR
As singularidades do grafite
O grafite está, cada vez mais, presente no meio urbano e, desde a segunda metade da dé-
cada de 1980, mas parece se consolidar como arte a partir da década de 1990 – momento
no qual olhares atentos passam a perceber a sua complexidade, seu significado e sentido
social e estético.Entre os grafiteiros que tiveram participação e obtiveram destaque nes-
se período, podemos citar os irmãos gêmeos e idênticos Otávio e Gustavo Padolfo.
As palavras desses grafiteiros, abaixo transcritas, nos oferecem uma idéia do seu com-
prometimento com a arte:
Acho que estilo e traço, você nasce com ele, você pode aperfeiçoá-lo ou matar toda
aquela coisa inocente no seu traço, em busca de um estilo perfeito, nosso estilo hoje
é uma mistura de tudo que a gente gosta, desde pequeno levamos a serio desenhar,
aprender, e é engraçado que chegamos até aqui para ver que estilo é uma coisa que
você nasce com ela (apud FRANCO; PALLAMIN, 2009, p.52).
A procura desses pintores por esta forma de expressão desde cedo, com ideais de
questionadores, fez com que participassem efetivamente da efervescência da tensa
vida urbana paulista. Ao apresentarem em suas obras uma percepção do mundo em
que viviam, construíram imagens representativas do cotidiano das grandes metrópoles.
O desenvolvimento do conceito de arte, como o do grafite, envolve uma visão de mun-
do local e, simultaneamente, global, na qual o olhar é direcionado pela escolha de ele-
mentos a serem utilizados ou somente apresentados, não tendo necessariamente um
comprometimento com a representação direta da realidade, tampouco de suprimi-la,
como é possível notar abaixo:
É essa percepção que possibilita abertura à fruição, estabelece a principal característica
para pensarmos o grafite como arte, como forma de expressão que pode ser apreendi-
da de maneira mais direta ou passar aos seus observadores mensagens subliminares.
Contudo, salientamos que o grafite reafirma sua importância enquanto percepção re-
flexiva pautada pela liberdade de criação.
Seria singela a caracterização de arte pela questão de gosto, juízo estético ou escala de
significância, pois as especificidades pictóricas de cada estilo de produção artística com-
partilham licenças poéticas ou as renegam. Para podermos compreender as mudanças
da aparência de elementos nas obras de Os Gêmeos, devemos nos permitir a tentativa
de superação de convenções culturais e sociais arraigadas, não raro, capazes de nos
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LEITURA
COMPLEMENTAR
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Louis Vuitton Windows
Vanessa Friedman
Editora: Assouline
Ano: 2003
Sinopse: um livro dedicado às vitrines da maison Louis Vuitton,
com 168 páginas, o livro documenta e conserva as vitrines com
todos os detalhes. Cativantes, espetaculares, intimidantes, ad-
jetivos não faltam para definir as vitrines das várias boutiques
Louis Vuitton no mundo.
WHITE, Carolyn L. The Burning Man festival and the archaeology of ephe-
meral and temporary gatherings. Oxford Handbook of the Archaeology of the
Contemporary World, Oxford University Press, Oxford, UK, p. 591-605, 2013.
Referências On-Line
1
Em: <http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:weWBv-
Co4ZjEJ:www.cih.uem.br/anais/2011/trabalhos/310.doc+&cd=1&hl=p-
t-BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 01 ago. 2017.
2
Em: <http://www.cih.uem.br/anais/2011/trabalhos/176.pdf>. Acesso em: 07
jun. 2017.
3
Em: <http://www.coloquiomoda.com.br/coloquio2017/anais/anais/edicoes/
9-Coloquio-de-Moda_2013/COMUNICACAO-ORAL/EIXO-4-COMUNICA-
CAO_COMUNICACAO-ORAL/Vitrina-emocao.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2017.
4
Em: <https://visualhunt.com>. Acesso em: 07 jun. 2017.
5
Em: <https://visualhunt.com>. Acesso em: 07 jun. 2017.
6
Em: <http://territorios.org/blog>. Acesso em: 07 jun. 2017.
7
Em: <https://visualhunt.com>. Acesso em: 07 jun. 2017.
8
Em: <https://visualhunt.com>. Acesso em: 07 jun. 2017.
9
Em: <https://www.flickr.com/photos/thelastminute/33253780121/>. Acesso
em: 07 jun. 2017.
170
gabarito
1. As obras do casal podem ser consideradas como arte, na medida em que são leitu-
ras de um tempo histórico por meio de experimentos artísticos, anteriores, podem
ser observados. Apesar de breves em exposição, são obras calculadas e elaboradas
durante anos e que tentam dar outros significados aos espaços, dando uma nova
visão de realidade e possibilitando diversas interpretações de um mesmo local. Além
disso, o trabalho do casal pode ser acessado em mídias digitais ou em exposições,
pois os artistas se preocupavam em documentar e registrar as obras, conseguindo,
então, um impacto contínuo, com obras efêmeras.
2. d) Os grafiteiros podem conseguir projeção internacional, demonstrando que a arte
do grafite não tem fronteiras culturais.
3. Com a riqueza de detalhes, conseguida por meio do uso do design efêmero, a marca
traz o conceito de criar identificação do cliente com a loja, passando uma mensagem
e destacando o seu produto. Fazendo com que os espaços sejam contemplados não,
somente, pela visibilidade dos produtos, mas também pela construção dos cenários
que transmitem emoções e favorecem a valorização da marca, as vitrines usam o
belo e a perfeição, por meio da brincadeira, da criatividade e do inusitado da grife,
que chama a atenção do observador, revelando um cenário.
4. c) II, III e V são informações incorretas.
5. c) F, V, V, F, V.
171
DESIGN
CONCLUSÃO GERAL
Caro(a) aluno(a), chegamos ao final do estudo deste material de design
efêmero, importante etapa no seu processo de aprendizado. Este estudo,
sobre como o efêmero tem influência no design, não deve ser como o con-
ceito que aprendemos sobre efemeridade, ou seja, que é passageiro, ele
deve, sim, permanecer em seu conhecimento e, com estudos futuros, ser
aprimorado.
Passamos pelo aprendizado do que é design efêmero, sem esquecer que
a História influenciou a sua criação e entendimento, na qual os modelos
de consumo, estilo de vida e as revoluções urbanas foram processos con-
tínuos e influenciaram diretamente, acarretando o entendimento que o de-
sign efêmero é plural, visto em várias áreas, tais como a arte, design gráfico,
design de produtos, arquitetura e urbanismo, comunicação visual, moda,
eventos, intervenção urbana, promoções sociais, publicidade, corporativis-
mo, dentre outros.
Os sentimentos e as emoções foram citados por diversas vezes como
resultado do trabalho do design efêmero, até mesmo você pôde perceber
a intenção de gerá-los. Além disso, o design social e a sustentabilidade
são ferramentas primordiais a quem quer iniciar os processos de criação e
desenvolvimentos de projetos efêmeros.
Mais tarde, estudamos as aplicações, conseguindo absorver e relacio-
nar o design efêmero a esferas diferentes, por exemplo, no urbano ou em
estandes corporativos; nas intervenções artísticas ou nas festas populares.
A multiplicidade do efêmero retrata várias áreas do campo de atuação
para um profissional da área.
Com este estudo, desejamos que você possa se engajar em trabalhos
efêmeros, que sejam de amor duradouro, nos quais consiga colocar em
prática todo o conhecimento adquirido. Que você seja um profissional de
sucesso. Parabéns por mais essa realização!
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