Você está na página 1de 41

GRADUAÇÃO

Técnicas e
Procedimentos de
Primeiros Socorros
DRA. SABRINA WEISS STIES
ME. XANA RAQUEL ORTOLAN

Híbrido
GRADUAÇÃO
Técnicas e
Procedimentos
de Primeiros
Socorros
Dra. Sabrina Weiss Sties
Me. Xana Raquel Ortolan
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e
Pró-Reitor de Administração, Wilson de Matos
Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a
Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente
Distância; STIES, Sabrina Weiss; ORTOLAN, Xana Raquel. da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
Técnicas e Procedimentos de Primeiros Socorros. Sabrina
Weiss Sties; Xana Raquel Ortolan. NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Maringá-PR.: Unicesumar, 2019.
152 p. Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James
“Graduação - EAD”. Prestes, Tiago Stachon , Diretoria de Graduação
e Pós-graduação Kátia Coelho, Diretoria de
1. Técnicas. 2. Procedimentos. 3. Primeiros Socorros. 4. EaD. Permanência Leonardo Spaine, Diretoria de
I. Título.
Design Educacional Débora Leite, Head de
ISBN 978-85-459-1833-2 Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza
CDD - 22 ed. 610 Filho, Head de Metodologias Ativas Thuinie Daros,
CIP - NBR 12899 - AACR/2 Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie
Fukushima, Gerência de Projetos Especiais Daniel
Impresso por: F. Hey, Gerência de Produção de Conteúdos Diogo
Ribeiro Garcia, Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira, Supervisão do
Núcleo de Produção de Materiais Nádila de
Almeida Toledo, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho
e Thayla Guimarães Cripaldi, Fotos Shutterstock.

Coordenador de Conteúdo Lilian Rosana dos


Santos Moraes.
Designer Educacional Janaína de Souza Pontes,
NEAD - Núcleo de Educação a Distância Lilian Vespa.
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação Revisão Textual Érica Fernanda Ortega, Cintia
CEP 87050-900 - Maringá - Paraná Prezoto Ferreira.
unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Editoração Victor Augusto Thomazini.
Ilustração Bruno Pardinho, Marcelo Yukio Goto,
Marta Sayuri Kakitani, Mateus Calmon.
Realidade Aumentada Kleber Ribeiro, Leandro
Naldei e Thiago Surmani.
PALAVRA DO REITOR

Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-


mos com princípios éticos e profissionalismo, não
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos
mais de 100 mil estudantes espalhados em todo
o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá,
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo
MEC como uma instituição de excelência, com
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos
educadores soluções inteligentes para as ne-
cessidades de todos. Para continuar relevante, a
instituição de educação precisa ter pelo menos
três virtudes: inovação, coragem e compromisso
com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para
os cursos de Bem-estar, metodologias ativas, as
quais visam reunir o melhor do ensino presencial
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
promover a educação de qualidade nas diferentes
áreas do conhecimento, formando profissionais
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
BOAS-VINDAS

Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co-


munidade do Conhecimento.
Essa é a característica principal pela qual a
Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu-
nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é
importante destacar aqui que não estamos falando
mais daquele conhecimento estático, repetitivo,
local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ-
mico, renovável em minutos, atemporal, global,
democratizado, transformado pelas tecnologias
digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comu-
nicação têm nos aproximado cada vez mais de
pessoas, lugares, informações, da educação por
meio da conectividade via internet, do acesso
wireless em diferentes lugares e da mobilidade
dos celulares.
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace-
leraram a informação e a produção do conheci-
mento, que não reconhece mais fuso horário e
atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer
transformou-se hoje em um dos principais fatores de
agregação de valor, de superação das desigualdades,
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar.
Logo, como agente social, convido você a saber
cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e
usar a tecnologia que temos e que está disponível.
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg
modificou toda uma cultura e forma de conhecer,
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas,
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa
cultura e transformando a todos nós. Então, prio-
rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação
a Distância (EAD), significa possibilitar o contato
com ambientes cativantes, ricos em informações
e interatividade. É um processo desafiador, que
ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores
oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida
sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que
a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você
está iniciando um processo de transformação,
pois quando investimos em nossa formação, seja
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e,
consequentemente, transformamos também a so-
ciedade na qual estamos inseridos. De que forma
o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe-
lecendo mudanças capazes de alcançar um nível
de desenvolvimento compatível com os desafios
que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa-
nhará durante todo este processo, pois conforme
Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na
transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem
dialógica e encontram-se integrados à proposta
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como
principal objetivo “provocar uma aproximação
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita
o desenvolvimento da autonomia em busca dos
conhecimentos necessários para a sua formação
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de
crescimento e construção do conhecimento deve
ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos
pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu-
deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas
ao vivo e participe das discussões. Além disso,
lembre-se que existe uma equipe de professores e
tutores que se encontra disponível para sanar suas
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren-
dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili-
dade e segurança sua trajetória acadêmica.
APRESENTAÇÃO

Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Este material que o(a) acompanha-


rá na disciplina de Técnicas e Procedimentos de Primeiros Socorros foi
elaborado com muito cuidado para que possa servir de base para os seus
conhecimentos na área.
Ao longo dos anos, avanços relevantes na área dos primeiros socorros
levaram ao reconhecimento da importância do atendimento imediato às
vítimas que apresentam condições de agravo à saúde, que podem causar
risco de morte. Diante desse cenário, diversos protocolos foram desenvol-
vidos como referência para a condução destes procedimentos iniciais, os
quais são apresentados ao longo desta obra.
Desta maneira, este livro tem como principal escopo informar e orientar
você, acadêmico(a), sobre as condutas que devem ser seguidas diante de
situações de urgência e emergência. Para tanto, serão apresentadas, durante
as unidades deste material, situações que podem ocorrer no seu dia a dia
e durante a sua atuação profissional, assim como as condutas para o aten-
dimento de primeiros socorros.
Você irá conhecer um grupo de situações clínicas importantes, abrangendo os
tipos mais frequentes na prática do profissional da área da saúde, os quais te
auxiliarão a prestar atendimento dentro e fora do seu ambiente de trabalho.
A primeira unidade aborda temas que servem de base para o desenvolvi-
mento da disciplina, como a relevância da sua relação com o seu paciente.
Destacamos os aspectos legais relacionados aos atendimentos de primeiros
socorros. Faremos uma reflexão sobre o preparo do profissional frente aos
quadros de urgência e/ou emergência e sobre as formas de prevenir essas
situações. No último tópico, iremos tratar dos procedimentos gerais para a
avaliação da vítima.
Após você obter os conhecimentos sobre estes aspectos gerais do atendi-
mento, na Unidade 2, vamos estudar os eventos cardiovasculares e respi-
ratórios que podem levar à síncope (desmaio), ao aumento ou diminuição
da pressão arterial e situações que podem causar uma parada cardíaca e/
ou respiratória.
Em seguida, na Unidade 3, serão abordados os eventos metabólicos, como as
alterações nos níveis de glicemia e situações que podem acometer o sistema
neurológico, como convulsões, acidente vascular encefálico, traumatismo
cranioencefálico e raquimedular.
Na Unidade 4, vamos verificar as características dos acidentes por enve-
nenamento e intoxicação e enfatizar as lesões que causam hemorragia e
queimaduras.
E, para finalizar, na Unidade 5, você irá conhecer as lesões musculoesque-
léticas, que são peculiares à prática esportiva, as quais serão divididas em
lesões do tórax, abdômen, coluna, membros superiores e inferiores.
Um grande abraço e bons estudos!
CURRÍCULO DOS PROFESSORES

Dra. Sabrina Weiss Sties


Doutorado (2016) e Mestrado (2013) em Ciências do Movimento Humano pela Universidade
Estadual de Santa Catarina. Especialização em Fisioterapia Cardiorrespiratória pela Univer-
sidade Tuiuti do Paraná (2008), Licenciatura em Ciências Biológicas pela Faculdade Avantis
(2017). Possui Graduação em Fisioterapia pela Universidade do Vale do Itajaí (2007). Membro
da Brigada de incêndio, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – e do Comitê
de Biossegurança da Faculdade Avantis. Participa de treinamentos e eventos científicos rela-
cionados à atuação em situações de urgência e emergência. Profere palestras para Capacita-
ção em urgências e emergências, com ênfase em ressuscitação cardiopulmonar. Participa de
ações de extensão e do grupo de pesquisa do Núcleo de Cardiologia e Medicina do Exercício,
Florianópolis. Atua na área de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica (RCPM). Docente do
Curso de Educação Física Bacharelado e Licenciatura, do Curso de Fisioterapia, do Curso de
Odontologia e do curso de Pós-graduação-Especialização em Fisiologia do exercício e Coor-
denadora do Curso de Fisioterapia da Faculdade Avantis. Atua há cinco anos como docente
das disciplinas de urgência e emergência para diversos cursos da área da saúde.
Currículo Lattes da professora disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/
visualizacv.do?id=K4526754U4>

Me. Xana Raquel Ortolan


Mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí (2013). Licenciatura
em Ciências Biológicas pela Faculdade Avantis (2017). Possui Graduação em Enfermagem
pela Universidade do Vale do Itajaí (2010). Atuou como enfermeira assistencial na atenção
terciária, participando de equipes multidisciplinares da área da saúde. Além disso, participa
de pesquisas nas áreas de Biologia e Comportamento e Histologia. Atualmente, preside o
Comitê de Ética e o Comitê de Biossegurança da Faculdade Avantis, além de ser membro da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA. Docente dos cursos de graduação de
Fisioterapia, Enfermagem e Odontologia da Faculdade Avantis e Coordenadora do Curso de
Enfermagem da Faculdade Avantis. Atualmente leciona disciplinas relacionadas a Biossegu-
rança, Ergonomia, Saúde do Trabalhador e Primeiros Socorros.
Currículo Lattes do professor disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/
visualizacv.do?id=K4481681Z8>
Aspectos Gerais
do Atendimento
à Urgência e
Emergência

13

Urgências e
Emergências
Cardiovasculares
e Respiratórias

41
Urgências e
Emergências
Metabólicas
e Neurológicas

71

Acidentes e
Lesões em Geral

95

Lesões
Musculoesqueléticas

123
101 Graus de Queimaduras

Utilize o aplicativo
Unicesumar Experience
para visualizar a
Realidade Aumentada.
Dra. Sabrina Weiss Sties
Me. Xana Raquel Ortolan

Aspectos Gerais
do Atendimento à
Urgência e Emergência

PLANO DE ESTUDOS

Aspectos legais e órgãos Introdução aos primeiros


competentes socorros

Relação profissional de Urgência e emergência Preparo do profissional de


saúde-paciente saúde frente aos quadros
de urgência e/ou
emergência médicas

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

• Compreender a importância do bom relacionamento entre • Compreender o significado de primeiros socorros.


o Profissional de saúde e o paciente. • Refletir sobre o preparo do Profissional de Saúde frente
• Conhecer as situações de urgência e emergência mais aos quadros de urgências e emergências mais frequentes.
prevalentes durante a prática clínica. • Conhecer as condutas voltadas à prevenção de urgências
• Analisar os aspectos legais em relação ao atendimento de e emergências.
primeiros socorros. • Aprender sobre os procedimentos relacionados à avalia-
• Entender a diferença entre as situações de urgência e ção da vítima e as técnicas corretas para avaliação dos
emergência. sinais vitais.
Relação Profissional
de Saúde-Paciente

Qualquer indivíduo está sujeito a sofrer acidentes


ou lesões, e podem ocorrer independentemente
do ambiente em que se encontra, seja na escola,
universidade, na rua, seja até mesmo em casa.
A falta de conhecimento em relação aos pro-
cedimentos de primeiros socorros pode provocar
sequelas irreversíveis nas vítimas de situações de
urgência ou emergência. Em casos mais graves,
o óbito pode ocorrer, especialmente, quando há
demora entre a ocorrência do evento e a chegada
do serviço especializado.
Em locais onde há prática de atividades clí-
nicas, podem ocorrer acidentes e lesões. Neste
sentido, o(a) profissional tem um papel funda-
mental na promoção da saúde e na prevenção
de urgências e emergências que possam ocorrer
no ambiente de trabalho. Baseando-se nessa pre-
missa, é que se torna importante o conhecimento
sobre primeiros socorros.
Considerando a responsabilidade dessa pro- Para que você mantenha a integridade do seu
fissão, a maioria dos cursos de graduação, nas cliente antes, durante e após o atendimento é pre-
áreas da saúde e bem-estar, tem implementado ciso que seja feita uma anamnese de qualidade, na
em sua grade curricular disciplinas que abor- qual você irá realizar um exame físico no paciente,
dam os primeiros socorros. Portanto, a falta de investigar seu histórico clínico ou de saúde (doen-
conhecimento em relação a esse tema não pode ças, cirurgias, medicamentos em uso etc.) seus
ser uma justificativa para a omissão do socor- dados pessoais e queixas atuais. Após a anamnese,
ro ou para a adoção de técnicas inadequadas você poderá desenvolver um plano terapêutico
diante de situações de urgência ou emergência. que se adeque às necessidades deste cliente e que
Enquanto profissionais, temos responsabilida- não prejudique sua saúde/integridade física.
de sobre nossas intervenções e não podemos Apesar de todos esses cuidados, situações
admitir que nossas atitudes sejam equivocadas, inesperadas podem acontecer durante seu aten-
devido à utilização de condutas impróprias ou dimento, como: quedas, queimaduras, elevação e
da solicitação desnecessária da assistência espe- diminuição, de pressão arterial, desmaios, reações
cializada em emergência. alérgicas, choques anafiláticos, entre outras.
Neste contexto, você sabe quais são as condutas Enquanto profissional da saúde, é sua respon-
a serem tomadas frente às intercorrências mais sabilidade prestar o primeiro atendimento a este
comuns relacionadas à prática clínica e demais paciente e encaminhá-lo à Unidade de Saúde mais
situações que poderá presenciar no seu dia a dia? próxima.

UNIDADE 1 15
Aspectos Legais
e Órgãos Competentes

A prestação dos primeiros socorros ainda é mo-


tivo de dúvidas para a população e profissionais.
Qual é a nossa responsabilidade diante de uma
vítima que necessita de auxílio durante as situa-
ções de urgência e emergência? Você, enquanto
profissional da saúde, deve conhecer as leis, os
códigos de ética e as normas relacionadas às
intervenções em primeiros socorros.
O fato de ofender a integridade corporal ou
saúde de outrem, abandonar pessoa que está
necessitando de cuidados e omitir socorro em
situações em que não haja risco pessoal, são
condutas que caracterizam crime perante a le-
gislação brasileira.
O Código Civil Brasileiro (BRASIL, 2002, on-
-line) destaca, no Artigo 186, que o indivíduo que,
“por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Por sua vez, de acordo com o Código Penal mento, em lugares onde pode haver a intervenção
Brasileiro, Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, desse profissional (STEINHILBER, 2002).
qualquer indivíduo, mesmo o leigo, tem o dever Por outro lado, destaca-se que a vítima não
de ajudar a pessoa acidentada ou simplesmente pode ser forçada a receber os primeiros socor-
chamar ajuda. Do contrário, sofrerá sanções pe- ros. Em muitos casos, ela tem direito de recusar o
nais (BRASIL, 1940). atendimento, seja por crença religiosa ou por falta
Neste sentido, sabe-se que todo profissional de confiança no prestador do serviço.
que tenha obrigatoriedade de prestar socorro está Em adultos, o direito existe quando estiverem
sujeito aos estatutos legais que regem à prestação conscientes, ou caso a vítima esteja impedida de
de socorro. Nos casos omissos, o profissional so- falar em decorrência do acidente, como um trau-
frerá processos penais e responderá pela conse- ma na boca, mas demonstre através de sinais que
quência de sua omissão. não aceita o atendimento, fazendo uma negativa
O Artigo 135, do Código Penal (BRASIL, com a cabeça ou empurrando a mão do prestador
1940), fixa que deixar de prestar assistência, quan- de socorro. Nessas situações, você deve certificar-
do possível fazê-lo sem risco pessoal, à pessoa in- -se que o socorro especializado foi solicitado e
válida ou ferida, deixando-o ao desamparo ou em continuar monitorando a vítima. Por outro lado,
grave e iminente perigo, ou não pedir o socorro da em crianças, a recusa do atendimento pode ser fei-
autoridade pública, é crime. A penalidade pode ser ta pelo pai, mãe ou responsável legal. Se a criança
pagamento de multa ou detenção, que varia de um é retirada do local do acidente antes da chegada
a seis meses, podendo ser aumentada em metade do socorro especializado, o prestador deverá, se
caso haja omissão que resulte em lesão corporal possível, listar testemunhas que comprovem o fato
grave; e triplicada, se houver morte. (SILVEIRA; MOULIN, 2006).
Sendo assim, é de suma importância que o(a) Nas situações em que a pessoa não possui um
profissional esteja preparado(a) para as exigências treinamento específico ou não se sente confiante
de qualidade e de ética profissional nas interven- para atuar, o fato de chamar o socorro especiali-
ções que realizar. Ele(a) deverá estar treinado para zado já descaracteriza a ocorrência de omissão
agir em diversas situações de emergência, para de socorro. Ressalta-se que cada pessoa deve agir
compreender, analisar e aplicar o seu conheci- conforme seus conhecimento e limites.

A principal causa de morte fora dos hospitais é a falta de atendimento e a segunda é o socorro inadequa-
do. As pessoas morrem porque ninguém faz nada ou porque alguém não capacitado resolveu fazer algo.
Fonte: Rocha (2011, p. 9)

UNIDADE 1 17
Urgência
e Emergência

Algumas lesões comuns no dia a dia da população


podem ser diferenciadas em: traumáticas e clíni-
cas. As fraturas, ferimentos, hemorragias, trau-
mas de crânio, tórax e coluna são consideradas
as principais lesões traumáticas. Já como lesões
clínicas, destacam-se o mal súbito, o desmaio, a
crise convulsiva, o infarto e a parada cardiorres-
piratória (CREF4, 2014).
No que se refere às crianças, devido a suas ca-
racterísticas anatômicas, menor coordenação e
habilidade motoras, maior impulsividade e baixo
reconhecimento dos riscos, elas se tornam sus-
cetíveis aos acidentes, frequentemente graves, no
ambiente escolar.
Estudos desenvolvidos a nível mundial de-
monstraram que as quedas são os acidentes mais
frequentes em crianças e adolescentes em espaço
escolar, representando, em 2011, uma taxa de 55%
dentre o total de acidentes escolares ocorridos
(CRISTO, 2011). Esse tipo de acidente é a prin-
cipal causa de lesões traumáticas cerebrais, com
risco significativo de sequelas crônicas deman-
dando custos consideráveis (WHO, 2008).
A área de urgência e emergência exige do pro- -JACQUEMONT, 2005). Alguns exemplos são:
fissional qualificação para oferecer os cuidados lipotimia, síncope e hipoglicemia.
instantâneos e seguros à vítima, independente- As situações de emergência, porém, compreen-
mente do seu estado. Nesse sentido, saber diferen- dem uma ameaça iminente à vida, sofrimento
ciar os dois é o primeiro passo para compreender intenso ou risco de lesão permanente, havendo
o planejamento do atendimento à vítima. necessidade de tratamento médico imediato. Es-
Devido aos conceitos de urgência e emergên- sas condições podem levar a danos irreversíveis
cia não serem aplicados apenas à área da bio- e até a óbito (GIGLIO-JACQUEMONT, 2005).
médica, a leitura das definições, por vezes, não Como exemplo, temos: o infarto agudo do mio-
expressa com clareza a diferença desses termos. cárdio (IAM), parada cardiorrespiratória (PCR)
É por isso que, frequentemente, há uma dúvida e hemorragias intensas.
sobre a determinação de situações que configu- A partir disso, podemos considerar que para
ram urgência ou emergência. cada situação existe uma opção de protocolo di-
É verdade que os atendimentos urgentes ou ferenciado. Nos casos de menor gravidade, como
emergentes são, frequentemente, interligados, dores leves, ferimentos superficiais, síncopes etc., a
mas ainda assim não são sinônimos. Inicial- vítima pode ser encaminhada às Unidades Básicas
mente, pode-se dizer que a detecção do risco de Saúde. Por outro lado, em casos de emergência,
de morte iminente ou do perigo que ameaça como dores no tórax, acidente vascular encefálico,
a manutenção das funções vitais é um dos cri- traumatismo raquimedular ou parada cardior-
térios básicos para distinguir as situações de respiratória, a vítima deverá receber assistência
emergência e urgência. em Unidades Móveis de Urgência ou, se possível,
Baseado nestas informações, agora, você deverá ser levada ao pronto socorro. Vale ressaltar
consegue diferenciar situações de Urgência e que situações de urgência podem tornar-se ca-
Emergência? Caro(a) aluno(a), vamos com- sos de emergência se não conduzidas de maneira
preender os aspectos que definem e caracteri- adequada.
zam cada situação. Portanto, saber classificar essas ocorrências
As situações de urgência exigem assistência tornará possível determinar a aplicação de con-
imediata, no menor tempo possível, com o ob- dutas apropriadas, prevenindo possíveis compli-
jetivo de evitar complicações e sofrimento. São cações, além de garantir a celeridade na procura
caracterizadas por processo agudo clínico ou ci- de serviços especializados, o que possibilita a as-
rúrgico, sem risco de morte iminente (GIGLIO- sistência adequada e eficaz.

UNIDADE 1 19
Introdução aos
Primeiros Socorros

Os primeiros socorros são considerados como


“segundos de ouro”, compreendem os cuidados
que devem ser prestados, imediatamente, à vítima,
cujo estado físico põe em perigo a sua vida, com
o objetivo de garantir a manutenção das funções
vitais e evitar o agravamento das condições, apli-
cando medidas e procedimentos até a chegada de
assistência qualificada (BRASIL, 2003).
A American Red Cross Scientific Advisory
Council, a Cruz Vermelha americana (2010), ca-
racteriza os Primeiros Socorros como a assistência
prestada rapidamente a uma pessoa doente ou
ferida até chegar o serviço de emergência. São
caracterizados pelo atendimento não apenas de
lesões físicas ou doenças, mas também por ou-
tros cuidados iniciais, incluindo apoio psicosso-
cial para pessoas que sofrem estresse emocional,
causado por experimentar ou testemunhar um
trauma ou evento.
Segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente
Vermelho - IFRCRCS (2016) os objetivos dos primeiros socorros são:

Preservar a vida. Aliviar o sofrimento.

Prevenir mais doenças


Promover a recuperação.
ou lesões.

Segundo a Associação Americana do Coração (AHA, ajuda for prestada por leigos com treinamento
2010), as avaliações e intervenções em primeiros so- nesta área (VALÉRIO, 2010). No entanto, no que
corros podem ser realizadas por uma pessoa presen- concerne, efetivamente, aos procedimentos de
te, com equipamento mínimo ou nenhum. primeiros socorros, destaca-se que, no âmbito dos
Vale ressaltar que há redução da morbidade e locais onde a prática de exercício físico é frequente,
mortalidade, em até 7,5%, em situações de emer- o alcance de seus objetivos depende do preparo
gência pré-hospitalar, mesmo quando a primeira dos profissionais.

UNIDADE 1 21
Preparo do Profissional
de Saúde Frente aos
Quadros de Urgência e/
ou Emergência Médicas

Há uma constante preocupação dos especialis-


tas da área da saúde em relação aos acidentes e
intercorrências ocorridos fora do âmbito hos-
pitalar, já que a demora na busca de assistência
especializada ou o atendimento inadequado
podem causar danos maiores e até irreversíveis,
interferindo na recuperação do indivíduo ou na
qualidade de vida.
Como citado anteriormente, o profissional de
saúde deve ter conhecimentos quanto às noções
básicas de primeiros socorros para agir corre-
tamente sempre que for necessário. Entretanto,
Siqueira, Soares e Santos (2011) mostra que os
professores (pelo menos 30% deles) não se sentem
preparados para agir em situações de emergência.
Outro estudo destaca que a maioria dos profis-
sionais não estão capacitados para atender a um
mal súbito ou intervir em situações de parada
cardiorrespiratória (CASSOTE et al., 2005).
Nesta perspectiva, pode-se observar que você É imprescindível dar atenção adequada ao exame
precisa estar preparado(a) para lidar com os pri- físico, especialmente quando se trata da população
meiros socorros, pois o primeiro atendimento é idosa, que tem como característica a heterogenei-
fundamental para salvar vidas. Assim, você, como dade, com diferenças em diversos aspectos, como
futuro(a) profissional, conhecendo as técnicas de condições gerais de saúde, estado cognitivo, dentre
primeiros socorros, estará mais capacitado(a) e outras características intrínsecas ao processo de
preparado(a) para realizar seus atendimentos, envelhecimento (HUPP; ELLIS; TUCKER, 2009).
obtendo uma visão clínica/periférica com base A classificação do estado físico do paciente
no estado e integridade física de seus pacientes, depende dos seus hábitos de vida, das doenças
tendo a capacidade de minimizar a probabilidade e comorbidades. Sendo assim, é possível verifi-
de acidentes. car que, para prevenir as situações de urgência
e emergência, você precisa estar preparado para
atuar diante de relatos, como uso de álcool, drogas,
Prevenção das Emergências diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica
Médicas entre outras. Lembrando, também, que esses há-
bitos e essas doenças podem ser verificados tanto
É de suma importância levar em conta a preven- em adultos como crianças.
ção de acidentes e lesões no ambiente terapêutico/ Contudo, conhecendo o(a) seu(sua) pacien-
clínico. Os fatores de riscos podem ser extrínse- te, tomando os devidos cuidados e oferecendo
cos ou intrínsecos. Quando são relacionados ao orientações sobre a técnica que será realizada e os
ambiente, à estrutura física do local, ao tipo de produtos utilizados, pode-se minimizar os riscos
tratamento de produtos utilizados e de equipa- de acidentes e lesões e salvar vidas.
mentos, são considerados extrínsecos. No entanto,
características, como idade, sexo e presença de
doenças são fatores intrínsecos, ou seja, do pró- Avaliação da Vítima
prio praticante.
Para prevenir os fatores de risco ambientais, as Inicialmente, antes de abordar uma vítima, será
instalações e os equipamentos envolvidos na prá- preciso verificar o local para garantir a sua segu-
tica clínica devem estar em bom estado e garantir rança durante o atendimento. Caso o ambiente
a segurança do paciente. Nos locais onde serão não esteja adequado, em algumas situações, por
instalados equipamentos e nos que há técnicas exemplo, você pode desligar a rede elétrica antes de
terapêuticas que envolvam água, o piso deve ser prestar os primeiros socorros. É importante frisar
revestido com material antiderrapante para evitar que a sua segurança deve estar em primeiro lugar.
quedas. É importante que os equipamentos e ma- Portanto, ao realizar os procedimentos, você
quinários estejam a uma distância apropriada de deve utilizar materiais e equipamentos que sirvam
paredes e colunas. Além disso, todos os ambientes como barreiras para evitar o contato direto com
devem ser providos de uma boa ventilação, para sangue e outros fluidos que possam transmitir
evitar distúrbios relacionados com o desequilíbrio doenças contagiosas, como as luvas descartáveis,
térmico do paciente. máscaras faciais e óculos de proteção.

UNIDADE 1 23
Em ambientes de prática de atividades clínicas, é extremamente importante ter à disposi-
ção um kit de primeiros socorros. Além dos dispositivos de barreira citados anteriormente,
este kit deve conter:

Gel ou Saco Plástico para gelo

Lenços antibacterianos ou Sabão Termômetro oral

Tesoura Estetoscópio
Esfigmomanômetro

GEL

Esparadrapo Gazes Esterilizadas


Tipoia
Ataduras

Figura 1 - Kit de primeiros socorros


Fonte: a autora.

24 Aspectos Gerais do Atendimento à Urgência e Emergência


Agora que você já conheceu os cuidados que compressões são imprescindíveis na RCP e não
devem ser tomados antes do atendimento, ve- podem ser postergadas (GONZÁLEZ et al., 2013).
rificaremos como devemos proceder na ava- Os procedimentos de SBV contemplam o re-
liação e no atendimento nos casos de urgência conhecimento imediato de parada cardíaca, o
ou emergência. A seguir, nós descrevemos os acionamento do serviço de atendimento móvel
procedimentos de modo geral, mas, a partir da de urgência, a realização das manobras de res-
Unidade 2, você verificará as definições e con- suscitação cardiopulmonar (RCP) e uso do des-
dutas nas situações específicas. fibrilador externo automático (DEA). As ações de
Os protocolos para atendimento necessitam SBV devem ser realizadas de maneira adequada
de atitude rápida e seguem as diretrizes para pro- para aumentar a possibilidade de sobrevivência
cedimentos baseados nas melhores evidências de uma vítima em situação de emergência.
científicas. Estes permitem maior qualidade do Diante disto, é necessário utilizar a “corrente
trabalho desenvolvido, aquisição de maior con- da sobrevivência” para realizar passo a passo as
fiança no processo de tomada de decisão e maior condutas durante o atendimento. Essa corrente,
eficácia nos desfechos. para o adulto (Figura 2), é composta por cinco elos
Neste contexto, podemos citar o Suporte Bá- que são relacionados ao suporte básico e avançado
sico de Vida (SBV), no qual a sequência de pro- de emergência, e cuidados pós-PCR (AHA, 2015).
cedimentos tem como objetivo promover oxige- A corrente de sobrevivência pediátrica (Figu-
nação e perfusão aos órgãos vitais (AHA, 2010) ra 3), no entanto, apresenta sequência diferente
em vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR). da corrente do adulto. O primeiro elo refere-se
É importante lembrar que a sequência de aten- à prevenção de acidentes, seguido pela ressusci-
dimento à vítima sofreu alteração. Anteriormen- tação cardiopulmonar precoce e efetiva, aciona-
te, era considerada como o ABC da ressuscitação mento imediato ao serviço móvel de urgência,
(abertura de via aérea, ventilação e compressões medidas de suporte avançado de vida e cuidados
torácicas). Atualmente, a sequência recomendada é pós-ressuscitação (AHA, 2010). O primeiro elo
CAB (compressões torácicas, abertura de via aérea é o mais relevante, visto que o desfecho de PCR
e ventilação). Essa mudança é devido às evidências em crianças, geralmente, é muito ruim (QUILICI;
de que, apesar de a ventilação ser importante, as TIMERMAN, 2011).

UNIDADE 1 25
Figura 2 - Cadeia de sobrevivência, parada cardiorrespiratória extra-hospitalar (PCREH)
Fonte: adaptada de AHA (2010).

Figura 3 - Cadeia de sobrevivência pediátrica


Fonte: AHA (2010).

Na Unidade 2, nós estudaremos de maneira Entendemos os sinais como sendo as alte-


mais específica os conceitos de PCR e outros rações que podem ser verificadas por meio de
aspectos relevantes no atendimento desta situa- avaliação (por exemplo: pulso, coloração da
ção (como realizar as compressões e ventilações pele e sudorese). No entanto, os “sintomas” são
e utilizar o DEA). relatados pela própria vítima, de acordo com
A avaliação primária da vítima deve ser com- sua percepção (por exemplo: tontura, fraqueza
pletada em, no máximo, 30 segundos, tendo por e náusea).
objetivo avaliar as condições de risco e a necessi- Ao abordar a vítima, você precisa checar a
dade do início precoce do suporte básico de vida. responsividade. Para isso, precisa aproximar-se
Você precisa determinar se o paciente encontra-se e ajoelhar próximo da cabeça, colocando a mão
estável, ou seja, se apresenta condições e sinais sobre os ombros da vítima e chamar por ela. Se ela
vitais equilibrados e constantes, ou se está instável responder, apresente-se e pergunte se precisa de
caso apresente alterações gradativas ou súbitas das ajuda. Se ela não responder e não reagir, significa
condições e dos sinais vitais. que está irresponsiva (SBC, 2015).

26 Aspectos Gerais do Atendimento à Urgência e Emergência


Ao checar o estado geral, será possível determi- No caso de vítima não responsiva, deve ve-
nar a orientação temporal e espacial da vítima, rificar se há elevação do tórax em menos de 10
o nível de consciência e os sinais vitais. A che- segundos, não perca tempo contando as respira-
cagem dos sinais vitais contempla a verificação ções por minuto. Se identificar que ela apresen-
da respiração, pulso, pressão arterial e tempera- ta respiração, fique ao seu lado monitorando a
tura. Essa avaliação possibilita a identificação evolução e, caso seja necessário, chame o serviço
de possíveis problemas fisiológicos e facilita o móvel de urgência (GONZÁLEZ et al., 2013). Na
monitoramento do indivíduo que apresenta uma tabela a seguir, você pode observar os valores da
situação de urgência ou emergência. É impor- frequência respiratória em repouso.
tante lembrar que a verificação dos sinais vitais Tabela 1 - Frequência respiratória em repouso
difere de acordo com a classificação do risco ou
do estado da vítima. Até 1 ano até 60 mpm
Portanto, para a avaliação da respiração, no
caso de vítimas responsivas, além da identificação
De 1 a 5 anos até 40 mpm
de alterações no padrão respiratório, como apneia
(ausência periódica da respiração), bradipneia
(respiração lenta) e taquipneia (respirações rápi- De 6 a 8 anos até 30 mpm

das e profundas), podemos verificar a frequên-


cia respiratória (FR), ou seja, contar o número Acima de 8 anos até 20 mpm
de incursões por minuto. Para isto, você deverá
observar a respiração do(a) paciente, verificando
Adultos de 12 a 20 mpm
a elevação do tórax.

Fonte: Brasil (2012); Fiztgerald (1995).

Para a avaliação do pulso, você deve pressionar


levemente a artéria, com os dedos indicador e
médio. As artérias utilizadas para a avaliação
são: as carótida, braquial, radial ou femoral. Em
crianças, cheque o pulso carotídeo ou femoral
(AHA, 2010). Essa conduta permitirá que você
identifique se o pulso está forte ou fraco, e se o
ritmo está regular.
Em vítimas não responsivas, verifique o pul-
so central (carotídeo) em adultos (Figura 5); em
crianças, o pulso central ou femoral (Figura 6):
esse procedimento deve ser rápido, entre 5 e 10
segundos. Caso não detecte pulso ou esteja com
dificuldade para avaliar, inicie as compressões e
Figura 4 - Avaliação da responsividade ventilações (GONZÁLEZ et al., 2013).

UNIDADE 1 27
Figura 5 - Avaliação do pulso carotídeo

Tabela 2 - Frequência cardíaca em repouso

Até 1 ano de 94 a 169 bpm

De 1 a 5 anos de 89 a 137 bpm

De 5 a 12 anos de 65 a 130 bpm

De 12 a 16 anos de 60 a 120 bpm

Adultos de 50 a 100 bpm

Figura 6 - Avaliação do pulso femoral Fonte: adaptada de Pastore et al. (2009; 2016).

Embora, a medida da pressão arterial (PA) faça par-


Nas vítimas que não estão em situação de emer- te da avaliação dos sinais vitais, não está incluída nos
gência, você terá tempo para avaliar a frequência procedimentos de SBV. Entretanto, essa avaliação é
cardíaca, a qual se refere ao número de batimen- importante para proceder em outros casos de ur-
tos por minuto (bpm). Os locais podem ser os gência ou emergência. Tanto os procedimentos para
mesmos citados anteriormente para avaliação do a medida da pressão arterial quanto os valores de
pulso. Na tabela a seguir, você pode observar os referência descritos a seguir seguem a VII Diretriz
valores da frequência cardíaca em repouso. de Hipertensão Arterial (MALACHIAS et al., 2016).

28 Aspectos Gerais do Atendimento à Urgência e Emergência


Para realizar a avaliação, você precisa instruir o(a) car a pressão em decúbito dorsal, mas utilizando
indvíduo a não conversar durante a medição. O ideal o mesmo posicionamento do braço e seguir as
é que não esteja com a bexiga cheia e que não tenha demais recomendações.
praticado exercícios físicos na última hora. Quanto Em crianças, é recomendado que a medição da
ao posicionamento, o(a) avaliado(a) deve estar sen- PA seja realizada em toda avaliação médica após os
tado(a), com as pernas descruzadas, pés apoiados no três anos de idade, uma vez ao ano, pois faz parte do
solo, encostado(a) na cadeira e relaxado(a). O braço atendimento pediátrico primário (TRUELSEN et
deve ser posicionado na altura do coração e apoiado, al., 2007). No entanto, os valores de PA para crian-
com a palma da mão voltada para cima. ças e adolescentes levam em consideração a idade,
Inicialmente, é necessário verificar a circunfe- sexo e altura, conforme disponíveis em tabelas es-
rência do braço no ponto médio entre acrômio e pecíficas ou aplicativos para smartphones.
olécrano; selecionar o manguito de tamanho ade- No que se refere à avaliação da PA em idosos,
quado; colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 há características peculiares ao processo de enve-
cm acima da linha cubital; estimar o nível da pressão lhecimento, o que pode causar maior frequência
arterial sistólica (PAS) pela palpação do pulso radial; do hiato auscultatório (desaparecimento dos sons
colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio durante a deflação do manguito), resultando em
sem compressão excessiva sobre a artéria braquial; níveis falsamente baixos na PAS e falsamente altos
inflar até ultrapassar 20 a 30 mmHg, o nível estima- na PAD (MALACHIAS et al., 2016).
do da PAS obtido pela palpação; iniciar a deflação Por outro lado, o posicionamento recomen-
lentamente; determinar a PAS pela ausculta do pri- dado para as gestantes deve ser sentada ou em
meiro som (fase I de Korotkoff) e a pressão arterial posição de decúbito lateral esquerdo; ambos os
diastólica (PAD) no desaparecimento dos sons (fase métodos transmitirão os mesmos resultados
V de Korotkoff) (MALACHIAS et al., 2016). (OLIVEIRA, 2000).
É fato que, em determinadas situações, isso não Agora que você já tem conhecimento para medir
será possível, pois a vítima pode não conseguir a pressão arterial, verifique, na tabela a seguir, a clas-
permanecer na posição sentada, como nos casos sificação da PA, a partir de 18 anos de idade, segun-
de síncope (desmaio). Então, você poderá verifi- do a VII Diretriz de Hipertensão Arterial (2016).

Tabela 3 - Classificação da PA de acordo com a medição casual ou no consultório a partir de 18 anos de idade

Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg)


Normal ≤ 120 ≤ 80
Pré-hipertensão 121 – 139 81 – 89
Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99
Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 – 109
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA.

Fonte: Malachias et al. (2016).

UNIDADE 1 29
Caro(a) aluno(a), acesse o link da 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial e veja as tabelas de
referência para avaliação da pressão arterial nas páginas 55 a 58. Disponível em: <http://publicacoes.
cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf>.
Fonte: as autoras.

Quanto à classificação para as crianças e ado- Caro(a) aluno(a), ao longo desta unidade, des-
lescentes, são considerados hipertensos quando tacamos o papel importante que o(a) profissional
apresentam PAS e/ou PAD superiores ao per- de saúde possui frente às situações de urgência e
centil (p) 95, conforme idade, sexo e percentil de emergência. Você deve ter se dado conta da sua
altura em, pelo menos, três momentos distintos responsabilidade, acima de tudo, como cidadão,
(MALACHIAS et al., 2016). mas também como profissional diante de lesões ou
Para finalizar as avaliações dos sinais vitais, ve- eventos que coloquem em risco a vida do paciente.
remos os métodos para verificar a temperatura. Neste sentido, buscamos trazer informações
Para isso, você precisa de um termômetro e, inicial- relacionadas à importância que você tem diante
mente, será necessário higienizá-lo com algodão da construção de uma boa relação com o paciente,
e álcool, agitando até que acuse uma temperatura pois ela se configura como o primeiro passo no
igual ou inferior a 35 ºC (95 ºF). Feito isso, seque atendimento de primeiros socorros. O relaciona-
a axila do(a) avaliado(a), posicione corretamente mento interpessoal concreto e efetivo desenvolve
o termômetro na axila, com o braço pressionado o vínculo de confiança e segurança entre os sujei-
contra o corpo, segurando a extremidade opos- tos perante essas situações.
ta ao reservatório (GONÇALVES, 2009). Caso o Em um segundo momento, caro(a) aluno(a),
termômetro não seja digital, aguarde durante cin- existe a necessidade de avaliar corretamente o local
co minutos antes da leitura. A temperatura axilar e as vítimas do acidente ou lesão, garantindo que a
normal é de 36,5 ºC. Na tabela a seguir, pode ser sua segurança esteja preservada, e isso permite o
observada a classificação de estado febril. gerenciamento adequado dessas condições.
Tabela 4 - Classificação de estado febril Desta maneira, buscamos trazer para você os
fatores que interferem no atendimento inicial e os
Subfebril 37 a 37,5 ºC principais equipamentos que podem ser utilizados
Febre baixa 37,5 a 38,5 ºC nessas situações. Adicionalmente, você pode ad-
Febre moderada 38,5 a 39,5 ºC quirir conhecimentos em relação à identificação
Febre alta 39,5 a 40 ºC dos sinais e sintomas que auxiliam na classificação
do evento, possibilitando um atendimento mais
Fonte: adaptada de Gonçalves (2009). rápido e eficaz e sobre as técnicas corretas em re-
Nesta unidade, verificamos os procedimentos lação à verificação dos sinais vitais.
gerais para avaliação da vítima, e estes conheci- Por fim, destacamos que o conhecimento sobre
mentos serão necessários para você compreender primeiros socorros não se resume a esta unidade.
os conteúdos das demais unidades. Ainda há muito para aprender. Bons estudos!

30 Aspectos Gerais do Atendimento à Urgência e Emergência


Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução.

1. Os atendimentos de primeiros socorros na área de urgência e emergência são


competências dos Profissionais da Saúde. As responsabilidades com os indiví-
duos que realizam algum procedimento e/ou tratamento com estes profissionais
seguem alinhadas aos direitos constitucionais, civis, penais e, sobretudo, à ética
profissional. Segundo a Resolução nº 1451/95, do Conselho Federal de Medicina,
a constatação de condições de agravo à saúde que impliquem risco iminente
de morte ou sofrimento intenso indica uma situação de:
a) Caráter menos imediatista.
b) Urgência.
c) Síndrome do jaleco branco.
d) Emergência.
e) Síncope.

2. Enquanto profissionais, temos responsabilidade sobre nossas intervenções


e não podemos admitir que nossas atitudes diante de situações de urgência
ou emergência sejam equivocadas. Avalie as seguintes asserções e a relação
proposta entre elas:

I. Aproximar o Profissional da Saúde das técnicas de primeiros socorros é im-


prescindível para oferecer informação atualizada sobre os diversos episódios
de urgência e emergência na prática profissional.
PORQUE
II. Conhecer os riscos e medidas preventivas, bem como os protocolos de
atendimento, permitem agir com mais segurança, qualidade e competência.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.


a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
c) As asserções I e II são proposições falsas.
d) A asserção II é uma proposição falsa, mas a I é uma proposição verdadeira.
e) A asserção I é uma proposição falsa, mas a II é uma proposição verdadeira.

31
3. Você recebe em seu consultório um paciente jovem, do sexo masculino, e antes
do início do atendimento ele sofre uma queda e fica inconsciente, seu primeiro
procedimento será:
a) Realizar as manobras de ressuscitação cardiopulmonar.
b) Realizar a manobra de desobstrução das vias aéreas.
c) Avaliar os sinais vitais.
d) Avaliar a responsividade da vítima.
e) Verificar a sua segurança antes de realizar o atendimento.

4. A hipertensão arterial, frequentemente chamada de pressão alta, é uma doença


multifatorial e sistêmica. Segundo a VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial,
é considerada hipertensão arterial estágio I em indivíduos acima de 18 anos,
quando a pressão:
a) Sistólica é < que 120 mmHg, e a diastólica < que 80 mmHg.
b) Sistólica é > que 130 mmHg, e a diastólica < que 90 mmHg.
c) Sistólica é ≥ a 140 mmHg, e a diastólica ≥ que 90 mmHg.
d) Sistólica está 140-159 mmHg, e a diastólica 90-99 mmHg.
e) Sistólica é igual a 139 mmHg, e a diastólica igual a 85 mmHg.

32
5. O Profissional da Saúde deve estar apto a reconhecer as situações que põem
a vida em risco, assim como os procedimentos de primeiros socorros, pois são
importantes para manter a vítima em melhor condição possível até que se ob-
tenha atendimento médico. Portanto, este profissional tem como objetivo(s),
nos primeiros socorros:

I. Diagnosticar as doenças.

II. Solicitar assistência médica e serviço de emergência.

III. Minimizar o risco de outras lesões e complicações.

IV. Evitar infecções.

V. Receitar medicamentos para prevenir as complicações.

É correto o que se afirma em:


a) I, II, III e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, apenas.

33
LIVRO

Primeiros Socorros nos Esportes


Autor: Melinda J. Flegel
Editora: Manole
Sinopse: o sucesso de uma equipe de profissionais de saúde requer trabalho
em grupo e vontade de se preparar. Esse livro apresenta a função que cabe
a você em uma equipe de profissionais de saúde para atletas, incluindo suas
responsabilidades e limitações. Irá ajudá-lo(a) a se preparar para situações de
primeiros socorros, apresentando-lhe diretrizes para a formulação de um plano
de emergência médica. Ao fazer uso dessas estratégias, você poderá reduzir de
forma significativa os riscos de lesões ou doenças em seus atletas. Você deverá
estar preparado para prestar primeiros socorros de maneira rápida e adequada
quando ocorrerem, pois isso pode ajudar a salvar a vida de um atleta.

WEB

O Dr. Drauzio Varella fala sobre a importância do conhecimento em primei-


ros socorros. Ao final, ele dá dica de um aplicativo gratuito, disponível para
Android e IOS.
Para acessar, use seu leitor de QR Code.

34
ALBERT, C. M. et al. Triggering of sudden death from cardiac causes by vigorous exertion. N Engl J Med, v.
343, p. 1355-61, 2000.

AHA. American Heart Association. Part 13: Pediatric Basic Life Support. Circulation, AHA Journals, v. 122,
n. 18 suppl 3, nov. 2010. Disponível em: <http://circ.ahajournals.org/content/122/18_suppl_3/S862.short>.
Acesso em: 15 jan. 2019.

AMERICAN RED CROSS SCIENTIFIC ADVISOTY COUNCIL. Hand Hygiene Scientific Review. 2010.
Disponível em: <http://www.redcross.org/take-a-class/scientific-advisory-council>. Acesso em: 15 jan. 2019.

______. Destaques da American Heart Association de 2015: atualização das diretrizes para RCP e ACE.
2015. Disponível em: <https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2015/10/2015-AHA-Guidelines-
Highlights-Portuguese.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019.

BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro,
31 dez. 1940.

______. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

______. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Núcleo de Biossegurança. NUBio. Manual de Primeiros
Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da
criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

CASSOTE, D. F. et al. Desempenho do profissional de educação física em casos de parada cardiorrespiratória:


considerações sobre a formação profissional. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.
14, n. 1, p. 143-162, jan./jun. 2005.

CASTAGNOLI, C.A. Atividades esportivas, culturais e cooperativas como meio de superação no relacionamento
interpessoal na escola. 2009. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/389-4.
pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019.

35
CREF4. CONSELHO Regional de Educação Física da 4ª Região. Primeiros Socorros e a Educação Física.
Revista CREF, n. 42, p. 4-6, jun./ago. 2014. Disponível em: <https://www.crefsp.gov.br/wp-content/uploads/
Revista042.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019.

CRISTO, M. Abordagem da Segurança, Higiene e Saúde na Organização e Gestão Escolar. Porto: Escola
Superior de Tecnologia da Saúde do Porto. 2011. Disponível em: <http://recipp.ipp.pt/handle/10400.22/705>.
Acesso em: 15 jan. 2019.

FIZTGERALD, M. A. Nursing Health Assessment: Concepts and activities. FA, Davis, Philadelphia, 1995.

FLEGEL, M. J. Primeiros Socorros no Esporte. 5. ed. São Paulo: Manole, 2015.

GIGLIO-JACQUEMONT, A. Urgências e Emergências em Saúde: perspectivas de profissionais e usuários.


Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005.

GONÇALVES, K. M.; GONÇALVES, K. M. Primeiros socorros em casa e na escola. São Paulo: Yendis. 2009.

GONZÁLEZ, M. M. et al. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de


Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 101,
n. 2, supl. 3, p. 1-221. 2013.

HUPP, J. R.; ELLIS, E.; TUCKER, M. R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 5. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.

IFRCRCS. International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies. International first aid and
resuscitation guidelines 2016. Geneva, 2016. Disponível em: <http://www.ifrc.org/Global/Publications/
Health/First-Aid-2016-Guidelines_EN.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019.

MALACHIAS, M. V. B. et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia,


v. 107, n. 3, supl. 3, set. 2016. Disponível em: <http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_
HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019.

OLIVEIRA, S. M. J. V. Medida da pressão arterial na gestante. Revista Brasileira Hipertensão, n. 1, p. 59-64, 2000.

36
PASTORE, C. A. et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Análise e Emissão de Laudos
Eletrocardiográficos. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 93, n. 3, supl. 2, p. 1-19, 2009.

______. III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre análise e emissão de laudos eletrocardiográficos.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 106, n. 4, supl. 1, p. 1-23, apr. 2016.

QUILICI, A. P.; TIMERMAN, S. Suporte básico de vida: primeiro atendimento na emergência para profissionais
da saúde. Barueri: Manole, 2011.

SILVA, O. J. Emergências e Traumatismos nos esportes. Florianópolis: UFSC, 1998.

SILVEIRA, E. T.; MOULIN, A. F. V. Socorros de urgência em atividades físicas. Manual do curso teórico. 6.
ed. Distrito Federal: CREF, 2006.

SIQUEIRA, G. S.; SOARES, L. A.; SANTOS, R. A. Atuação do professor de educação física diante de situações
de primeiros socorros. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, a. 15, n. 154, mar. 2011.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Treinamento de Emergências Cardiovasculares: leigos


(TECA L). São Paulo: Manole, 2015.

______. Treinamento de Emergências Cardiovasculares: básico (TECA B). São Paulo: Manole, 2013.

STEINHILBER, J. Intervenção do profissional de EF. Rio de Janeiro: CONFEF, 2002.

TRUELSEN T. et al. Standard method for developing stroke registers in low-income and middle-income
countries: experiences from a feasibility study of a stepwise approach to stroke surveillance (STEPS Stroke).
Lancet Neurol., v. 6, n. 2, p. 134-139, 2007.

VALÉRIO, A. Os cinco gestos de socorro educar para a saúde, um relato de experiência, uma reflexão. Revista
Portugal Clínica Geral, n. 26, p. 304-307, 2010.

WHO. World Health Organization.World report on child injury prevention. 2008. Disponível em: <http://
whqlibdoc.who.int/publications/2008/9789241563574_eng.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019.

37
1. D.

2. A.

3. E.

4. D.

5. C.

38
39
40

Você também pode gostar