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PREFÁCIO

2022

MANUAL DE TRIAGEM DE
PESSOAS CANDIDATAS À
DÁDIVA DE SANGUE

1
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PO.9.5 Instituto Português de Sangue e da Transplantação, IP


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FICHA TÉCNICA

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MANUAL DE TRIAGEM DE
PESSOAS CANDIDATAS À
DÁDIVA DE SANGUE
Grupo de Trabalho:
Alexandre Matos
Ana Esesumaga Perez
Ana Paula Sousa
Beatriz Delgado
Fernando Maia
Joana Esteves Marques
Jorge Leal
José Gomes Esteves
Marco Sampaio
Maria Alcidia Pinheira
Marika Bini
Ofélia Alves
Rosa Teodósio
Tiago Brites

Lisboa, fevereiro de 2022


.213.3
Página em branco
3.3
PREFÁCIO

PREFÁCIO
A avaliação da elegibilidade para a dádiva de sangue é um pilar fundamental para a
segurança e qualidade do produto, sangue e componentes sanguíneos, para o bem-estar e
segurança das pessoas candidatas á dádiva e das pessoas recetoras.
A avaliação das pessoas candidatas à dádiva de sangue baseia-se nos critérios mínimos de
elegibilidade, nos termos do Decreto-Lei nº 185/2015 de 2 de setembro, e na avaliação
individual do risco relacionado com os comportamentos da pessoa candidata á dádiva de
sangue, com vista a garantir a segurança das pessoas recetoras, de acordo com a Norma
009/2016 da Direção Geral da Saúde, atualizada a 19 de março de 2021.
A avaliação durante a triagem clínica é realizada ainda de acordo com um questionário
uniforme que é agora implementado a nível nacional devendo a pessoa candidata a dádiva
ser esclarecida e informada da importância de adesão a este questionário.
Este manual de apoio à elegibilidade da pessoa candidata à dádiva de sangue, procede á
revisão do anterior, publicado em 2015, e teve a preocupação de, face á edição anterior,
utilizar uma linguagem inclusiva, tendo sempre em conta os princípios da igualdade e não
discriminação, princípios orientadores da atividade da nossa instituição e da dádiva de
sangue em Portugal. Privilegiando, na revisão de temas específicos, a discussão e debate
alargados aos serviços de sangue, outras entidades públicas e organizações não-
governamentais, este documento reflete as melhores recomendações, suportadas na melhor
evidência médica e cientifica disponível e na legislação e regulamentação normativa
publicada. Sempre que necessário adotaram-se os pressupostos de consenso associados
ao princípio da precaução.
Foi adotada ainda uma maior transparência sobre o racional de adoção de critérios de
aptidão e de suspensão para a dádiva. Explicar as características da elegibilidade para a
dádiva, permite reduzir a variabilidade face a realidades diversas, através da abordagem
racional que a fundamenta. Espera-se assim uma maior harmonização na triagem clínica,
enquadrada nas boas práticas e no melhor relacionamento entre o profissional de saúde
qualificado e a pessoa que se candidata à dádiva de sangue.
Este manual é constituído por dois volumes, o manual de triagem (volume 1) propriamente
dito e os seus Anexos (volume 2), em que a par de características fisiológicas, requisitos
biológicos e descrição de doenças ou infeções são estabelecidos os algoritmos de decisão,
baseados na avaliação de risco versus o benefício, quer para a pessoa candidata à dádiva
de sangue, quer para a pessoa recetora da transfusão.
A formação dos profissionais de saúde nestas matérias conta pois com um instrumento de
suporte nacional, de extrema importância no esclarecimento face a situações e
circunstâncias clínicas apresentadas pelos candidatos â dádiva de sangue.
Para a revisão deste documento foi nomeado, em 2020, pelo Conselho Diretivo do Instituto
Português do Sangue e da Transplantação IP, um Grupo de Trabalho constituído por
profissionais dos Centros de Sangue e Transplantação do IPST (Lisboa, Porto e Coimbra)
bem como de outros Serviços de Imuno-Hemoterapia hospitalares (Centro Hospitalar e
Universitário de Lisboa Ocidental, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Centro
Hospitalar e Universitário do Porto). O documento foi submetido a parecer, integrando as
sugestões, dos Serviços de Sangue existentes em Portugal, da Direção-Geral da Saúde, de
outras entidades públicas e de quatro organizações não- governamentais.
A todos é devido o nosso agradecimento.
O Conselho Diretivo do IPST.IP,

Maria Antónia Oliv. Assinado de forma digital


Victor
Assinado de forma
Lamp. Escoval por Maria Antónia Oliv. digital por Victor
Lamp. Escoval Lopes Marques
Lopes Esperança
Martins
Esperança Martins
Dados: 2022.02.21 12:25:28 Z Marques Dados: 2022.02.22
12:43:39 Z

Dra. Maria Antónia Escoval Dr. Victor Marques


Presidente Vogal

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ÍNDICE

Índice
PREFÁCIO ................................................................................................................................. 5
LISTA DE ACRÓNIMOS ............................................................................................................. 7
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 9
1. CRITÉRIOS GERAIS ......................................................................................................... 10
2. AFÉRESE ......................................................................................................................... 24
3. ALERGOLOGIA ................................................................................................................ 27
4. AUTOIMUNES ................................................................................................................... 28
5. CARDIOVASCULAR ......................................................................................................... 30
6. CAVIDADE ORAL ............................................................................................................. 32
7. CIRURGIA......................................................................................................................... 33
8. DERMATOLOGIA .............................................................................................................. 37
9. DROGAS .......................................................................................................................... 39
10. ENDOCRINOLOGIA .......................................................................................................... 40
11. EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO ........................................................... 47
12. GASTROINTESTINAL ....................................................................................................... 48
13. GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA....................................................................................... 50
14. HEMATOLOGIA ................................................................................................................ 53
15. INFECIOLOGIA ................................................................................................................. 56
16. MEDICAMENTOS .............................................................................................................. 69
17. MUSCULO-ESQUELÉTICO ............................................................................................... 78
18. NEFROLOGIA ................................................................................................................... 81
19. NEUROLOGIA .................................................................................................................. 84
20. OFTALMOLOGIA ............................................................................................................. 89
21. PNEUMOLOGIA ................................................................................................................ 90
22. UROLOGIA ....................................................................................................................... 93
23. VACINAS .......................................................................................................................... 95

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LISTA DE ACRÓNIMOS

LISTA DE ACRÓNIMOS

AC Auscultação Cardíaca
ACTH Hormona Adrenocorticotrófica
AINE Anti-Inflamatórios Não Esteroides
ANCA Anticorpo anticitoplasmático de neutrófilo
AVC Acidente Vascular Cerebral
bpm Batimentos por minuto
CAE Canal Auditivo Externo
CI Consentimento Informado
CJD Doença Creutzfeldt-Jakob
CE Conselho da Europa
CEA Concentrado de Eritrócitos por Aférese
CPRE Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica
COX Enzima Cicloxigenase
DGS Direcção-Geral de Saúde
DIU Dispositivo Intra-uterino
ADN Ácido Desoxiribonucleico
EAM Enfarte Agudo do Miocárdio
EPO Eritropoietina
EV Endovenosa
FC Frequência cardíaca
FH Febre Hemorrágica
Hb Hemoglobina
HC Hepatite Crónica
Hct Hematócrito
HLA Antigénios Leucocitários Humanos
HNA Antigénios de Neutrófilos Humanos
H pylori Helicobacter pylori
ICC Insuficiência Cardíaca Congestiva
Ig Imunoglobulina
Ig A Imunoglobulina A
IM Intramuscular

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LISTA DE ACRÓNIMOS

IR Insuficiência Renal
ISR Insuficiência Suprarrenal
ITU Infeção do Trato Urinário
L Litro
LMA Leucemia Mieloide Aguda
LLA Leucemia Linfoblástica Aguda
LLC Leucemia Linfoide Crónica
MEN Neoplasia Endócrina Múltipla
MI Membros Inferiores
MTHF Metilenotetrahidrofolato redutase
ORL Otorrinolaringologia
PBMNC Células Mononucleares do Sangue Periférico
PSA Antigénio Específico da Próstata
PT Proteínas Totais
PTHi Parathormona/Hormona paratiroideia
PUVA Fototerapia com Radiação Ultravioleta A e Psoraleno
Sd Síndrome
SII Síndrome do Intestino Irritável
SNC Sistema Nervoso Central
ST Sangue Total
TAN Testes dos Ácidos Nucleicos
TEP Tromboembolia Pulmonar
TFG Taxa de Filtração Glomerular
TSH Hormona tireoestimulante
VEB Vírus Epstein Barr
VHA Vírus da Hepatite A
VHB Vírus da Hepatite B
VHE Vírus da Hepatite E
VHS Vírus Herpes Simplex
VIH Vírus da Imunodeficiência Humana
VVZ Vírus Varicela Zoster
OMS Organização Mundial da Saúde

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INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

A triagem de pessoas candidatas à dádiva é uma etapa muito importante no processo da


dádiva e colheita de sangue. O seu racional fundamenta-se na proteção da saúde da
pessoa candidata à dádiva, suspendendo desta as pessoas cujas circunstâncias lhes
possam causar riscos ou efeitos adversos; e na proteção da saúde da pessoa recetora da
transfusão, suspendendo as pessoas cujo sangue possa ser deletério para essa mesma
pessoa recetora, nomeadamente as que possam potencialmente transmitir doenças
infeciosas ou outras, de acordo com o respetivo grau de exposição prévio ao risco
infecioso.
A gestão do risco transfusional tem que ser consistente de forma a não propiciar o
aparecimento de um outro risco no processo transfusional, o do potencial impacto negativo
nas reservas de sangue, sem que haja valor acrescentado na segurança da pessoa
candidata à dádiva e da pessoa recetora da transfusão.
O preenchimento do questionário pré-dádiva, associado ao consentimento informado (CI), é
um instrumento que, para além de facilitar a interação entre o profissional de saúde
qualificado e a pessoa candidata à dádiva, é muito útil no processo de obtenção de
informação e na aferição da responsabilidade autónoma e individual no processo de decisão
de dádiva. No entanto, a atenção dada ao questionário e ao CI pode não ser a ideal
(nomeadamente em pessoas candidatas à dádiva, regulares, que já o preencheram muitas
vezes, ou que apresentem dificuldade na leitura ou na sua interpretação), pelo que a
avaliação pré-dádiva personalizada, face-a-face, permite esclarecer pontos ou aspetos com
a privacidade adequada, e colocar as questões apropriadas, de forma detalhada,
assegurando a compreensão das mesmas.
A avaliação do estado de saúde da pessoa candidata à dádiva, o historial de viagens e a
respetiva avaliação individual do risco de exposição à infeção, a toma de medicamentos ou
vacinas, as questões sensíveis relacionadas com hábitos e comportamentos de vida e o uso
de drogas, são aspetos incontornáveis da entrevista pré-dádiva.
A relevância maior da triagem pré-dádiva surge na identificação da presença de uma infeção
recente, que não é possível detetar laboratorialmente, pelo facto de estar no período de
janela, ou para a qual não há testes laboratoriais de rastreio disponíveis.
A capacidade para se obter o grau de confiança mútua adequado, na relação entre o
profissional e a pessoa candidata à dádiva, depende de numerosas variáveis (linguagem,
literacia, conhecimento, informação, condições de saúde e responsabilidade individual), mas
também da adesão do profissional aos procedimentos operativos, normas, orientações e
boas práticas que normalizam esta interação e potenciam a capacidade individual do
profissional para obter a informação relevante no âmbito da triagem pré-dádiva.
Este Manual tem por objetivo apoiar os profissionais de saúde qualificados na decisão da
elegibilidade da pessoa candidata à dádiva, baseando-se na evidência científica disponível e
no princípio da precaução, integrando para o efeito um conjunto de recomendações que
esperamos que tenham repercussões importantes no âmbito da segurança, qualidade e
custos (por otimização) no sistema transfusional do país.
Com o objetivo de podermos ter uma colaboração de todas pessoas que eventualmente o
utilizem, e como é um trabalho extenso e suscetível de melhorias, gostaríamos que as
vossas opiniões e sugestões nos chegassem.

O Grupo de Trabalho.

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CRITÉRIOS GERAIS

1. CRITÉRIOS GERAIS

A elegibilidade da pessoa candidata à dádiva de sangue é um processo crítico. É


determinada face a um conjunto de princípios, critérios clínicos gerais e específicos, de
modo a garantir a segurança da pessoa candidata à dádiva e da pessoa recetora da
transfusão, bem como a qualidade do produto.
Os princípios assentam na dádiva voluntária e não remunerada. Nos serviços de sangue
devem estar implementadas condições que assegurem a privacidade da pessoa que se
candidata à dádiva de sangue e que visam acautelar o respeito pelos princípios da
proporcionalidade, precaução, confidencialidade, equidade e não-discriminação.
A pessoa candidata à dádiva de sangue deve ser esclarecida e informada, de forma não
discriminatória, sobre os comportamentos com potencial risco infecioso e as suas formas de
prevenção.
Os serviços de sangue devem prestar a todas as pessoas candidatas à dádiva de sangue as
informações constantes da parte A do Anexo VI do Decreto-Lei n.º 267/2007, na sua
redação atual, e da Norma de Orientação Clínica (NOC) 009/2016 de 19/03/2021 “Seleção
de pessoas candidatas à dádiva de sangue com base na avaliação de risco individual”.
Os serviços de sangue devem tomar todas as medidas necessárias para que todas as
pessoas candidatas à dádiva prestem aos serviços as informações constantes da parte B do
anexo VI do Decreto Lei 267/2007, na sua redação atual.
Informar não é apenas fornecer informação, mas sim fazê-lo de uma forma e modos
adequados às possibilidades de compreensão de cada pessoa candidata à dádiva,
assegurando sempre que aquela foi bem apreendida, de modo a que a pessoa candidata à
dádiva possa exercer o seu direito à autonomia. Neste sentido, a Norma n.º 015/2013, da
Direção-geral da Saúde, estabelece que: “Nas situações de pessoas com deficiência
auditiva ou visual o processo comunicacional, inerente ao consentimento informado,
esclarecido e livre dado por escrito, deve ser feito com recurso aos meios de comunicação
adaptados a esta população (linguagem gestual ou braille) para que esta possa ser
envolvida no processo de decisão”.
A avaliação das pessoas candidatas à dádiva de sangue baseia-se nos critérios de
elegibilidade, nos termos do decreto-Lei n.º 267/2007, de 24 de Julho, na sua redação atual,
na avaliação individual do risco relacionado com comportamentos da pessoa candidata à
dádiva de sangue e na lei n.º 85/2021, de 15 de Dezembro, com vista a garantir a segurança
das pessoas recetoras e a qualidade do produto.
Na avaliação da elegibilidade da pessoa candidata à dádiva de sangue, e após a informação
prestada pela pessoa, o profissional decide sobre a sua aptidão, suspensão temporária ou
definitiva, devendo o profissional informar também sobre o racional subjacente à não
elegibilidade da pessoa que se candidata à dádiva de sangue. A informação sobre
resultados laboratoriais prévios, em caso de existirem, sobre o procedimento de colheita e
seus eventuais riscos e eventos adversos e a elucidação sobre a informação pós-dádiva
deve ser transmitida à pessoa candidata à dádiva. A possibilidade de a pessoa candidata à
dádiva se autoexcluir bem como a possibilidade de em qualquer fase do procedimento a
pessoa candidata à dádiva poder colocar questões deve estar garantida.

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CRITÉRIOS GERAIS

O profissional verifica a competência da pessoa candidata à dádiva na compreensão de


todo o processo de dádiva, na obtenção do seu consentimento individual informado e na
decisão de continuidade do procedimento ao longo do tempo.
De acordo com a Norma n.º 015/2013, da Direção-Geral da Saúde: “Quando a pessoa que
consente não sabe assinar, comprovado por Bilhete de Identidade/Cartão de Cidadão, ou
por impossibilidade física não pode assinar, pode recorrer à assinatura a rogo, depois de lhe
ser dada toda a informação e lido o consentimento.”
Notar que: em relação às pessoas invisuais esta norma não parece ser aplicável, pois,
sabem ler e podem assinar. A impossibilidade física a que se refere a Norma terá a ver com
outro tipo de situações, por exemplo, pessoa que perdeu uma mão ou os dedos,
incapacitando a pessoa de assinar, podendo nestes casos recorrer-se à assinatura a rogo
(cf. artigo 373.º do código Civil).

 Paraquedistas, condutores de transportes públicos e veículos


pesados, mergulhadores, escaladores, trabalhadores em
andaimes e instalações elétricas, mineiros, devem aguardar um
período mínimo de12 horas para reiniciar a atividade.
 Passatempos e desportos perigosos não devem ser realizados
no dia da dádiva.
 Pilotos de aviação devem aguardar entre 24 a 72 horas para
reiniciar a atividade.
1.1.  Viagens: repouso de 6 horas após a dádiva, antes de uma
ATIVIDADES viagem superior a 100 Km a conduzir.
PERIGOSAS  Controladores de tráfego aéreo devem aguardar pelo menos 12
horas até retomarem a sua atividade profissional (The Civil Aviation
Authority guidelines (AIC 97/2004))
Se é garantida a segurança da pessoa candidata à dádiva e não
há risco acrescido para eventos e reações adversas – Apto
Se não está garantida a segurança da pessoa candidata à dádiva
e há risco acrescido para eventos e reações adversas –
Suspensão Temporária até estar garantida a segurança da
pessoa candidata à dádiva
A pessoa candidata à dádiva não deve dar em jejum nem em
período digestivo de refeição abundante.
A ingestão de água antes da dádiva de sangue e a aplicação de
tensão muscular (contração e relaxamento dos músculos das
pernas, braços e abdómen) durante a dádiva minimiza o risco de
1.2. reações adversas.
As pessoas candidatas à dádiva devem ser incentivadas a ingerir
ALIMENTOS /
refeições pré-dádiva pouco ricas em gorduras, de modo a evitar
INGESTÃO DE plasmas lipémicos.
LÍQUIDOS Se:
 É garantida a segurança da pessoa candidata à dádiva e não há
risco acrescido para eventos e reações adversas;
 Estão assegurados os requisitos de qualidade e segurança do
sangue e componentes sanguíneos.
Apto

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CRITÉRIOS GERAIS

A avaliação do aspeto geral e a informação obtida pela avaliação


física é complementar ao questionário de avaliação de saúde e ao
exame clínico. Qualquer evidência sugestiva de risco, quer para a
pessoa candidata à dádiva, quer para a pessoa recetora da
transfusão, deve ser investigada. Apesar de baixa especificidade e
sensibilidade devem estar incluídos na avaliação de risco da
pessoa que se candidata à dádiva de sangue.

As pessoas candidatas à dádiva que estejam ansiosas,


depressivas, em estado maníaco/hipomaníaco ou com quadro
psicótico não estão capazes de dar um consentimento válido, ou
com capacidade de perceber o que lhes é questionado.

Em caso algum poderá o aspeto geral, físico e comportamental ser


tido em consideração, ou motivar questões exploratórias adicionais
não previstas, caso se baseie em suspeita, observação ou
confirmação de questões relacionadas com a orientação sexual,
identidade de género, expressão de género ou características
sexuais da pessoa candidata à dádiva.
1.3.
ASPETO GERAL, Excluir plétora, dispneia, subnutrição, instabilidade mental,
FÍSICO E cianose, icterícia, lesões disseminadas na pele, intoxicação por
COMPORTAMENTAL álcool ou drogas, emagrecimento inexplicável (> 10% nos últimos
3 meses), lesões no local da venopunção e outras lesões
DA PESSOA cutâneas.
CANDIDATA À
DÁDIVA Em situação de presença de pessoa candidata à dádiva com
deficiência (cegueira) ou em caso de pessoa que não sabe ler, o
profissional de saúde qualificado deve ler o questionário e o
consentimento informado em voz alta, certificando-se que a pessoa
dadora ouviu e compreendeu devidamente as questões. O
profissional de saúde qualificado é responsável por garantir o
cumprimento deste direito, ou seja, garantir um consentimento
informado e livre.
Se a pessoa que consente não sabe assinar, ou no caso de a
pessoa estar incapacitada para assinar, poderá recorrer a
assinatura a rogo, depois de lhe ter sido dada toda a informação e
lido o consentimento informado (Norma n.º 015/2013 DGS).
Se:
 A pessoa candidata à dádiva providencia o seu consentimento
informado e compreende as questões que lhe são colocadas;
 Não há risco acrescido para eventos e reações adversas na
pessoa candidata à dádiva;
 Estão assegurados os requisitos de qualidade e segurança do
sangue e componentes sanguíneos.
Apto

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CRITÉRIOS GERAIS

Os comportamentos e a história de viagens devem ser avaliados


pois podem constituir um risco acrescido, temporário ou definitivo,
para doenças infeciosas transmissíveis pela transfusão. É
importante questionar sobre comportamentos sexuais e hábitos e
estilos de vida (consumo de drogas). A naturalidade dos pais, a
residência, as viagens recentes ou história de viagens devem ser
questionados por forma a excluir a exposição a infeções
endémicas e prevalentes ou tropicais, bem como o risco de
transmissão vertical de doenças. As doenças infeciosas
emergentes e reemergentes colocam grandes desafios no âmbito
da elegibilidade da pessoa candidata à dádiva de sangue. O
profissional de saúde qualificado (PSQ) deve estar vigilante
relativamente à evolução global das doenças e do seu risco
infecioso, dispondo de plataformas on-line de apoio, como o Risco
Geográfico e de alertas emanados pelo Sistema Português de
Hemovigilância (incorporando informação relativa ao sistema de
vigilância de Saúde Pública nacional e ainda informação
proveniente das plataformas europeias de hemovigilância – Rapid
Alert System. O risco regional num país afetado por uma situação
infeciosa, por exemplo epidémica ou pandémica, pode variar, e
condicionar confinamentos populacionais. Daqui resulta a
necessidade de questionar sobre viagens e exposição de risco a
contatos suspeitos ou confirmados para doença infeciosa, devendo
1.4. ser aplicados os critérios de acordo com a situação epidemiológica
COMPORTAMENTOS especial (ver ponto 1.29) ou doença infeciosa.
COM RISCO
ACRESCIDO DE Comportamentos com risco acrescido para as infeções
EXPOSIÇÃO A transmissíveis pelo sangue são:
 Consumo de drogas injetáveis e inaláveis;
AGENTES  Contato sexual em contexto de transação comercial;
INFECIOSOS  Contato sexual com múltiplas pessoas;
 Contato sexual com pessoa de risco;
 Contato sexual com nova pessoa há menos de 3 meses;
 Prática sexual com pessoa com infeção bacteriana sexualmente
transmissível:
 Prática sexual sob o efeito de álcool e drogas, exceto
medicamentos para a disfunção eréctil.
Contato sexual com nova pessoa ou com mais do que uma pessoa
– Suspensão Temporária de 90 dias
Pessoa em risco devido a contato doméstico próximo com
indivíduos infetados por hepatite B – Suspensão Temporária de
120 dias
Pessoa parceira de pessoa portadora de VIH, VHB e VHC –
Suspensão Temporária de 365 dias após o último contato
sexual, com avaliação analítica posterior
Pessoa que teve contato sexual com pessoa com comportamento
de risco infecioso acrescido para agentes transmissíveis pelo
sangue – Suspensão temporária 90 dias
Pessoa com antecedentes de utilização de drogas não prescritas
por via IM ou IV, incluindo esteroides ou hormonas para culturismo
– Suspensão Definitiva
Pessoa com prática sexual em contexto de transação comercial –
Suspensão Definitiva

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CRITÉRIOS GERAIS

Colheita de granulócitos (com mobilização) – Suspensão


1.5. Temporária de 180 dias
COLHEITA DE Colheita de células estaminais progenitores hematopoiéticas
(aférese): Suspensão Temporária de 180 dias
CÉLULAS Colheita de células estaminais hematopoiéticas (Punção Ilíaca em
ESTAMINAIS E Bloco Operatório): Suspensão Temporária de 365 dias
OUTRAS CÉLULAS Colheita de ovócitos: Suspensão Temporária de 90 dias após
finalização de processo
1.6. Poderão ser aceites quando em detenções inferiores a 72 horas e
DETIDOS EM não haja fatores de risco associados. Em períodos de tempo de
ESTABELECIMENTOS detenção superiores devem ser avaliados os comportamentos de
PRISIONAIS risco para doenças transmissíveis pelo sangue.
A síncope decorre do comprometimento global agudo do fluxo
sanguíneo cerebral, com perda transitória e autolimitada da
consciência. O prognóstico após um único evento de síncope, em
todos os grupos etários, é em geral benigno.
Na presença de dois ou mais episódios de síncopes consecutivas
(mediada neuronalmente – síncope reflexa ou hipotensão
ortostática) – Suspensão Temporária de 90 dias até completo
esclarecimento da causa.
No caso de sincope de causa cardíaca, seja por cardiopatia ou
arritmia primária, está associada a um risco elevado – Suspensão
1.7. Temporária de 90 dias, se presença de um episódio, até
completo esclarecimento da causa.
DESMAIO / SÍNCOPE /
PERDA DE No caso de lipotimia (algumas vezes designada por tontura) há
CONHECIMENTO uma hipoperfusão do cérebro, com perda aparente de consciência,
mas sem que esta ocorra (sensação pré-síncope). Pode ocorrer
associada a hipotensão ortostática, arritmia cardíaca, efeito de
medicamentos ou outras causas. A duração de sintomas antes de
uma síncope varia e a sua gravidade pode aumentar até que
ocorra perda de consciência, podendo, contudo, ser revertida, se a
isquémia cerebral for corrigida.
Efetuar uma avaliação clínica (anamnese e exame físico) por
forma a determinar a necessidade de outros exames
complementares e encaminhamento para especialista de área
médica.
1.8. Avaliar a doença, a sintomatologia e eventual tratamento
associado, que possam contraindicar a dádiva.
DOENÇAS
Atenção deve ser dada a situações de adoção ou conceção por
GENÉTICAS/ doação de gâmetas ou embrião. Avaliar a história familiar (ex.:
HEREDITÁRIAS fatores de risco para doença priónica) e medicação ocorrida.
Se a participação em ensaios clínicos não envolve a administração
de drogas (hipnoterapia, fisioterapia) – Apto
1.9.
A participação em ensaios clínicos leva à suspensão da pessoa
ENSAIOS CLÍNICOS candidata à dádiva se inclui administração de drogas por via oral,
injetável ou outras vias de administração – Critério Médico.

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CRITÉRIOS GERAIS

Se realizou pinturas, stencilling ou utilizou transfers – Apto


Exame endoscópico com instrumentos flexíveis – Suspensão
1.10.
Temporária de 120 dias após o procedimento se for negativo
EXAME o teste TAN para a Hepatite C
ENDOSCÓPICO COM Acupuntura e/ou mesoterapia, se assintomático e se realizadas
INSTRUMENTOS por um profissional qualificado com agulhas esterilizadas de
FLEXÍVEIS, utilização única – Suspensão Temporária de 24 horas após o
TATUAGEM OU BODY procedimento
Tatuagem e bodypiercing – Suspensão Temporária de 120 dias
PIERCING, após o procedimento se for negativo o teste TAN para a
ACUPUNCTURA E Hepatite C
MESOTERAPIA Exceções poderão ser efetuadas de acordo com uma avaliação
de risco, em contexto nacional.
Se realizou exercício físico pré-dádiva, desde que hidratado e
sem sinais físicos de cansaço (sudorese, pletora facial ou
polipneia) – Apto
1.11. Os atletas de alta competição, aos quais é exigido o máximo de
EXERCÍCIO PRÉ E performance nas provas de competição não deverão dar sangue
PÓS DÁDIVA nos 10 dias que antecedem as mesmas.
O exercício moderado poderá ser retomado cerca de 12 a 15
horas após a dádiva, aconselhando-se, no entanto, corridas leves
e exercícios localizados antecedidos de repouso.
Qualquer pessoa que na sua profissão tenha sido exposta sem a
devida proteção a dispositivo médico contaminado ou outra
circunstância (acidente de trabalho como seja a picada de
agulha) não deverá ser temporariamente aceite.

Exposição acidental a sangue sobre mucosas ou a picada de


1.12. agulha – Suspensão Temporária de 120 dias após o
EXPOSIÇÃO NÃO procedimento se for negativo o teste TAN para a Hepatite C
CONSENTIDA A
FLUÍDOS HUMANOS Se sob avaliação – Suspensão Temporária até avaliação
OU ACIDENTAL / completa
OCASIONAL
Se contato sexual com pessoa exposta (não consentido) –
Suspensão Temporária enquanto parceiro estiver sob
monitorização ou vigilância.

Exceções poderão ser efetuadas de acordo com uma avaliação


de risco, em contexto nacional.

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CRITÉRIOS GERAIS

Apesar da investigação no desenvolvimento de testes (Western


Blot e ELISA) para testagem de sangue, tecido ocular, baço e
outros, o diagnóstico de doença priónica é confirmado por
autópsia.
Para despiste de doença priónica questionar sobre fatores de
risco:
História de doença diagnosticada;
Suspeição de doença priónica, em demência rapidamente
progressiva;
Pessoas tratadas com hormonas derivadas da glândula pituitária,
como por exemplo, fator de crescimento;
Doença degenerativa e/ou desmielinizante de etiologia
1.13. desconhecida e com envolvimento do sistema nervoso central;
FATORES DE RISCO Diagnóstico de demência sem causa primária identificada;
PARA DOENÇA Pessoas recetoras de transplante (córnea, esclera, dura mater),
ou neurocirurgia não documentada com utilização de dura mater;
PRIÓNICA Residentes ou pessoas que viveram no Reino Unido durante um
período cumulativo de um ano, entre 1980 e 1996;
Transfusão após 1980;
Pessoas informadas sobre um risco acrescido pelo facto de
pessoas recetoras de unidades doadas terem desenvolvido
doença priónica.

No âmbito desta revisão, documentos consultados

Committee for Medicinal Products for Human Use - position statement on


Creutzfeldt-Jakob disease and plasma-derived and urine-derived medicinal
products (2019).

Durante a gravidez a necessidade em ferro está aumentada para


permitir uma expansão hematopoiética e o desenvolvimento e
crescimento fetal. Após o parto pode haver uma depleção em
ferro devido a anemia pré-parto, mas também por eventuais
perdas durante o parto ou amamentação.
Parto – Suspensão Temporária de 180 dias após o parto
Exceções podem ser possíveis para indicações especificas:
plasmaferese para colheita de plasma anti-D; plaquetaferese para
colheita de concentrado plaquetário por aférese (CPA) compatível
para transfusão; dádiva de ST em pessoas candidatas à dádiva
com hemoglobina inferior a especificação desde que autorizadas
pelo médico de serviço.
1.14. GRAVIDEZ
Amamentação – Suspensão Temporária de 90 dias após
terminar a amamentação
Se amamentação for superior a 12 meses – Apto
Aborto: Durante a interrupção voluntária de gravidez pode haver
perdas sanguíneas abundantes e medicação associada. Avaliar a
toma de Imunoglobulina Rh para dadoras RhD negativas.
Ver capítulo 13. Ginecologia e Obstetrícia.
Risco para a pessoa candidata à dádiva: de deficiência de ferro
e infeção pélvica na sequência de aborto cirúrgico.
Risco para as pessoas recetoras de transfusão: infeção e
medicação.

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CRITÉRIOS GERAIS

Homens ≥ 13.5 g/dl – Mulheres ≥12.5 g/dl


A determinação da hemoglobina deve ser efetuada a cada dádiva
de sangue.
Outros valores para a elegibilidade da dádiva podem ser aceites
desde que autorizados pelo Diretor de Serviço (no contexto da
Ginecologia e Obstetrícia) e /ou Autoridade Competente (no
âmbito do plano de Contingência para a sustentabilidade no
fornecimento de sangue).
Valores de hemoglobina inferiores ao requisito mínimo e
compatíveis com o diagnóstico de anemia devem ser confirmados
por método alternativo, ou especificamente encaminhados para o
médico de família.
Valores superiores a 18 g/dL no homem ou a 16.5 g/dL na mulher
devem ser confirmados com a realização de hemograma, sempre
que possível, e encaminhados para o médico de família. Se
excluída patologia hematológica (Policitemia Vera ou outra
1.15. patologia mieloproliferativa) no âmbito da investigação e se não
HEMOGLOBINA tiver tratamento associado poderá dar sangue total ou colheita
dupla de eritrócitos. Pessoas candidatas à dádiva com valores de
hemoglobina acima do normal não devem ser aceites para
colheita de plasma ou plaquetas por aférese.
Devem também ser investigadas situações associadas a uma
diminuição superior a 2 gr/dL na concentração de hemoglobina
entre duas dádivas consecutivas.
Todas as pessoas candidatas à dádiva com valores de
hemoglobina compatíveis com o diagnóstico de anemia devem
ser clinicamente orientadas, sendo esta responsabilidade do
serviço de sangue.

Consultar em Anexos o algoritmo proposto pelo grupo de


trabalho, o “ALGORITMO DE ABORDAGEM À ANEMIA NO
DADOR” (capítulo 14. Hematologia) e a Norma de Orientação
Clínica n.º 030/2013 da DGS, algoritmo clínico ”Diagnóstico da
anemia no Adulto”.
A hipercolesterolémia ocorre quando o nível de colesterol no
sangue esta fora dos valores normais de referência, tendo em
linha de conta o sexo e a idade. Esta situação pode ser reversível
pela modificação da dieta e uso de terapêutica oral. No caso de
1.16. tratamento com anticorpos monoclonais, de administração s.c.
HIPERCOLESTEROLÉ- (subcutânea), pode haver impacto no sistema imunitário,
MIA tornando os indivíduos mais suscetíveis à infeção, ou podendo
mesmo mascarar sintomas de infeção. O efeito pode permanecer
enquanto o medicamento permanecer no organismo. O período
de suspensão a adotar deve ter em linha de conta as
características do medicamento e a sua farmacocinética.

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CRITÉRIOS GERAIS

Aceitável um intervalo mínimo de 2 meses entre dádivas desde


que não se ultrapasse as 3 - 4 colheitas no período de 12 meses.
A regularidade da dádiva de sangue pode provocar um decréscimo
nas reservas de ferro, especialmente em pessoas candidatas à
dádiva em idade fértil e de primeira vez, com uma ingestão
inadequada de alimentos ricos em ferro, e que pode não ser
evidente pela determinação da hemoglobina. A deficiência de ferro
pode ocorrer apesar do valor de hemoglobina se encontrar em
valores normais.
Cada dádiva de sangue resulta na perda de 200 a 250 mg de ferro,
e a sua recuperação pode ocorrer até os 6 meses se baseada
numa dieta saudável e normal.
Os serviços de sangue devem disponibilizar informação e adotar
1.17. medidas por forma a minimizar a depleção de ferro nas pessoas
candidatas à dádiva, que o fazem de forma regular:
INTERVALO ENTRE 1 - Informação pré-dádiva sobre o impacto da dádiva de sangue
DÁDIVAS nas reservas de ferro;
2 - Informação sobre a importância dos alimentos enriquecidos em
ferro na dieta;
3 - O ajustamento da frequência e tipo de dádiva ao longo do ano;
4 - A disponibilização de testes para avaliação dos índices
hematimétricos, ferritina, saturação da transferrina, ou a sua
realização em articulação com o médico de família;
5 - Suplementação com ferro oral, tendo em atenção os seus
efeitos secundários e eventuais atrasos no diagnóstico de doenças
inaparentes, em articulação com o médico de família.
Estas medidas previnem a depleção de ferro e protegem a saúde
da pessoa candidata à dádiva.
Se terapêutica marcial – Ver capítulo 16. Medicamentos.
Após terapêutica marcial devem ser avaliadas as reservas de ferro.
As pessoas candidatas à dádiva que sejam menores ou incapazes
(por deficiência mental) não podem ser aceites, pois, não tem
capacidade para consentir (capacidade para decidir sobre o seu
próprio corpo) e esta incapacidade não é suprível através do
consentimento/intervenção de uma 3.ª pessoa. Alerta-se que
quando se fala em apoio ao consentimento informado não se deve
confundir com incapacidade de decisão.
A dádiva de sangue que envolva pessoas menores é proibida
exceto no caso de menores com 17 anos em que a mesma é
admitida mediante, além do consentimento da pessoa dadora, do
consentimento dos pais ou tutor legal.
1.18. O consentimento da pessoa dadora de 17 anos deve ser assinado
LIMITES DE IDADE pela pessoa dadora e pelo seu representante legal (pais ou tutor).
Nestes casos deve aplicar-se o modelo de consentimento definido
pela DGS na Norma n.º 015/2013, o qual pede também informação
sobre o tipo de representação.
17 a 18 anos - mediante consentimento dos pais ou do tutor legal
e/ou em caso de emancipação por casamento de acordo com o
estabelecido na lei.
Pessoas candidatas à dádiva pela primeira vez > 60 anos – ao
critério do médico do serviço de sangue
Pessoas candidatas à dádiva com > 65 anos – ao critério do
médico do serviço de sangue

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CRITÉRIOS GERAIS

1.19.
MEDICAMENTOS Não contraindicam a dádiva, mas deve-se atender à causa da sua
FITOTERÁPICOS E prescrição.
HOMEOPÁTICOS
Se mordido por morcego ou outro animal – Suspensão
Temporária de 365 dias e solicitar relatório de cura.
 Mordeduras, beliscaduras, arranhões e/ou abrasões de animais
potencialmente infetados, mesmo não cruentes;
 Mordeduras múltiplas ou com sangue;
 Arranhões ou lambidelas em pele não integra;
 Contato direto com morcegos;
 Exposição das mucosas à saliva ou partículas cerebrais de
animais potencialmente infetados,
podem estar associados a transmissão de doenças infeciosas.
1.20. Encaminhar para o médico de família e /ou serviço de vacinação.
MORDEDURA DE Se vacinado – Ver capítulo 23. Vacinas
ANIMAL A raiva e outras doenças similares têm longos períodos de
incubação. Não há evidência da sua transmissão pela transfusão.
A doença permanece confinada ao sistema nervoso durante o
período de incubação. A transmissão pode ocorrer pelo transplante
de órgãos, tecidos e transplante ocular.
Se raiva – Ver capítulo 15. Infeciologia
Orientação da DGS – Profilaxia da raiva humana
Comunicado da DGS (C37.01.v1) de 31/’1/2012

Se mordido por primata não humano (chimpanzé, gorila,


orangotango, macaco) – Suspensão Definitiva

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CRITÉRIOS GERAIS

A história de neoplasia deve ser avaliada cuidadosamente, por


forma a avaliar o risco na pessoa candidata à dádiva de sangue e
na pessoa recetora de transfusão. Uma avaliação individual do
risco deve ser realizada na tomada de decisão relativamente a
pessoas candidatas à dádiva com neoplasias.
O carcinoma in situ é uma forma de neoplasia, definida pela
ausência de invasão das células tumorais para o tecido
circundante (sem potencial metastático), sendo considerado um
fenómeno localizado. A própria remoção elimina o risco de
progressão para doença mais grave, pelo que é fundamental a
confirmação de que a lesão foi completamente removida.
De acordo com o Guia para a Preparação, Uso e Controlo de
qualidade de componentes sanguíneos (EDQM): As pessoas
candidatas à dádiva com doença maligna, ou com história de
doença maligna, são suspensas definitivamente,
nomeadamente com doenças hematológicas malignas
(leucemias, linfomas e mielomas) e/ou com história de patologia
maligna associada a condições virémicas, exceto o carcinoma in
1.21. situ do colo uterino.
NEOPLASIA / Para outras situações tumorais a pessoa candidata à dádiva
DOENÇAS MALIGNAS/ deve estar completamente recuperada, sem expectativa de
recidiva (curado):
PATOLOGIA 1 - Para tumores com potencial metastático negligenciável
ONCOLÓGICA (carcinoma basal celular e carcinoma in situ do colo do útero) a
pessoa candidata à dádiva poder ser aceite após a cura
documentada.
2 - Para outros tumores a pessoa candidata à dádiva será
suspensa até 1825 dias (5 anos) após a completa
recuperação (critério médico).
De acordo com o Decreto –Lei 267/2007 na sua versão atual –
Suspensão Definitiva exceto se cancro in situ com recuperação
total.
As condições pré-malignas (esófago de Barret, polipose do cólon
familiar, displasia grau I e II) podem ser aceites desde que haja
evidência de vigilância clínica e ausência de critérios de
malignidade. Ver capítulo 12. Gastrointestinal.
As doenças clonais (Policitémia Vera, Trombocitémia Essencial e
Gamapatias Monoclonais de Significado Desconhecido) resultam
da proliferação de uma célula e têm um elevado potencial de se
tornarem malignas – Suspensão Definitiva
1.22.
Se viveu no Reino Unido mais de 12 meses cumulativamente,
PERMANÊNCIA NO
entre Janeiro de 1980 e Dezembro de 1996 – Suspensão
REINO UNIDO ENTRE Definitiva
1980 E 1996

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CRITÉRIOS GERAIS

Colheita de sangue total: ≥ 50 Kg


Na dádiva de sangue não deve ser removido mais de 15 % do
volume sanguíneo total estimado (ou 10.5 ml/Kg de peso), pelo
risco de reações adversas.
Um baixo peso e uma baixa volémia são fatores preditivos
independentes de reações vaso vagais.
Não está definido um limite superior de peso para a dádiva de
sangue, contudo a obesidade (excesso de peso) pode ser razão
de suspensão pela inacessibilidade de acessos venosos ou pela
dificuldade de mobilidade/posicionamento da pessoa candidata à
dádiva na cadeira de colheita. O cálculo do volume sanguíneo
total é mais difícil em indivíduos obesos dado que o tecido
adiposo contem menos sangue que o músculo, pelo que o
volume sanguíneo pode ser sobrestimado e potenciar o risco de
uma reação adversa. Em pessoas candidatas à dádiva com um
IMC (Índice de Massa Corporal) superior a 40 Kg/m2 (Obesidade
1.23. grau III ou obesidade mórbida) há o risco de o cálculo do volume
PESO CORPORAL de sangue total (VST) estimado estar sobrestimado.
A estimativa de volume de sangue total pode ser calculada por
fórmula que tenha em linha o peso, altura e género (fórmula
de Nadler ou fórmula do International Council for Standardisation
in Haematology ICSH).
Colheita de componentes por aférese:
Durante a colheita de componentes o VEC (Volume Extracorporal
– volume de sangue fora da circulação da pessoa candidata à
dádiva em qualquer fase do procedimento de colheita: inclui
sangue que se encontra no circuito, plasma ou componente
celular colhido e amostras de sangue) não deve exceder 16% do
VST.
Colheita dupla de CEA: VST superior a 5 litros
O limite de 50 Kg de peso não é apropriado para a colheita dupla
de eritrócitos devido ao volume e ferro que é removido à pessoa
candidata à dádiva.

1.24. Se transfusão autóloga – Apto


PESSOAS
Se parceiro sexual de pessoa recetora de produtos sanguíneos –
RECETORAS DE Suspensão Temporária de 90 dias
PRODUTOS
SANGUÍNEOS Se transfusão após 1980 – Suspensão Definitiva

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CRITÉRIOS GERAIS

Avaliar a capacidade cognitiva da pessoa candidata à dádiva.


1.25. Não devem ser aceites pessoas candidatas à dádiva cuja
PROBLEMAS capacidade de compreensão do procedimento esteja
PSIQUIÁTRICOS comprometida.
Avaliar medicação.
A exposição a eventos ou situações que aumentam o risco de
aquisição de doença infeciosa pode ocorrer em qualquer altura
da vida. A procura de informação relativa a passatempos,
1.26. profissão, atividades de jardinagem, contatos próximos com
PROFISSÕES DE animais domésticos e selvagens são fundamentais na avaliação
RISCO / da exposição ao risco.
PROFISSIONAIS DE Há profissões (profissionais de saúde, bombeiros, militares,
funcionários de matadouro) em que há um grau variável de
SAÚDE
exposição ao risco infecioso. De acordo com a avaliação
individual do risco aplicar, se necessário – Suspensão
Temporária de120 dias
A frequência normal (60-100) do pulso e um ritmo regular são
1.27.
indicadores de boa saúde.
PULSO 50-100 b/m; rítmico.
Transplante Autólogo – Apto
O Xenotransplante é um procedimento que envolve a
transplantação de órgãos e a implantação ou infusão de tecidos
ou células em humanos, com origem animal.
Inclui também a exposição de pessoa a sangue humano e seus
componentes que estiveram em contato com células ou tecidos,
de origem animal (via perfusão); ou órgão, células ou tecidos em
cultura em contato com células vivas animais
(independentemente de estarem ou não irradiadas, mas
metabolicamente ativas); ou implantadas em animal.
Inclui ainda a transplantação de linhas celulares estaminais e
1.28. enxertos de pele cultivados com feeder cells de origem animal.
PESSOAS A transmissão de patogénicos conhecidos e desconhecidos pode
RECETORAS DE ocorrer e eventualmente tornar-se um risco para a saúde pública,
XENOTRANSPLANTES devido a vários fatores: “bypass” de barreiras protetoras físicas
humanas, exposição da espécie humana a “outros” agentes
E DE TRANSPLANTES
infeciosos (retrovírus que constituem parte do genoma animal e
HUMANOS doença priónica), testes laboratoriais inadequados ou inexistentes
e estado imunocomprometido da pessoa recetora de transplante.

Não inclui produtos de origem animal que são regulamentados


como dispositivos médicos (válvulas cardíacas porcinas),
medicamentos (insulina porcina) e ainda outros produtos
biológicos (globulina antitimócito, vacinas preparadas a partir de
origem animal ou soro animal utilizado em culturas celulares).
Se:
 Xenotransplante;
 Pessoas recetoras de transplante homólogo de tecidos e de
células de origem humana – Suspensão Definitiva

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CRITÉRIOS GERAIS

A transmissão de agentes infeciosos pela transfusão pode ser


minimizada pela realização de questionário apropriado e testes
de rastreio laboratoriais. Podem ser necessárias medidas
adicionais face a infeções assintomáticas ou portador crónico
assintomático.
As pessoas candidatas à dádiva devem ser questionadas sobre o
risco de exposição a agentes infeciosos transmissíveis pelo
sangue.
Em caso de contato/exposição a um agente infecioso/doença
infeciosa emergente numa determinada área geográfica por
viagem/residência (risco geográfico) para o qual não há critério
de seleção de pessoas candidatas à dádiva definido, nem teste
de rastreio laboratorial, o período de suspensão deve ser o
1.29. dobro (em dias) do período de incubação. No caso de
SITUAÇÕES exposição a múltiplos agentes infeciosos deve ser aplicado um
EPIDEMIOLÓGICAS período de suspensão correspondente ao período de incubação
ESPECIAIS mais longo.
Considerando o risco geográfico para agentes infeciosos
trasmissíveis pela transfusão, a minimização do risco pode
ocorrer pela aplicação de um período temporário para a dádiva
de sangue ou pela realização seletiva de um teste de rastreio
adequado.
Ver RISCO GEOGRÁFICO.
No caso de infeção aguda, cujo agente tenha sido removido da
circulação e de acordo com a avaliação individual do risco –
Suspensão Temporária de 14 dias após resolução clínica
Viagens com permanências inferiores a 12 horas em trânsito nos
aeroportos não deverão ser consideradas no âmbito do risco
geográfico.
1.30. Aconselha-se um período de repouso mínimo de 4 horas após
SONO E REPOUSO um período de trabalho noturno.
1.31. Podem estar associados a malignidade ou infeção.
SUORES NOTURNOS Se associados a menopausa – Apto
1.32. Excluir febre. (Temp. >37.5ºC).
Uma temperatura elevada pode ser sintoma de infeção, pelo que
TEMPERATURA se deve avaliar a doença de base – Suspensão Temporária de
CORPORAL 14 dias até completa resolução clínica
A ansiedade da pessoa candidata à dádiva pode resultar numa
elevação temporária da tensão arterial.
É recomendável que no momento da dádiva os valores de
Tensão Arterial sejam:
Sistólica: ≥ 100 mmHg e ≤ 180 mmHg,
Diastólica: ≥ 60 mmHg e ≤ 100 mmHg.
 Hipertensos podem ser admitidos desde que não estejam em
estudo, apresentem hipertensão controlada e sem compromisso
1.33.
cardíaco ou renal, e ausência de patologia arterial periférica.
TENSÃO ARTERIAL  A medicação com antihipertensores não é impeditiva, desde
que a pessoa candidata à dádiva cumpra os requisitos definidos
(ver capítulo 16. Medicamentos).
 Pessoas com valores de Tensão Arterial sistólica < 100 mmHg
e TA diastólica < 60 podem ser aceites desde que não
apresentem episódios de desmaio ou tonturas, uma vez não
haver uma maior incidência de reações adversas nestes casos,
podendo ser aceites por critério do médico.

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CRITÉRIOS GERAIS

O consumo de drogas, mesmo ocasional, pode estar associado a


comportamentos de risco ou a dificuldades de compreensão do
1.34. processo de dádiva.
UTILIZAÇÃO DE
Se antecedentes de utilização de drogas não prescritas por via
DROGAS EV, IM incluindo esteróides ou hormonas para culturismo (ver
capítulo 9. Drogas) – Suspensão Definitiva
A pessoa candidata à dádiva de sangue com infeção sistémica
ativa (bacteriana, viral, fúngica, protozoária ou parasitária) ou em
1.35. que não se possa identificar a etiologia da infeção deve ser
suspensa de acordo com a avaliação do risco. Questionar
INFEÇÃO SISTÉMICA
também sobre outras doenças (bacterianas, protozoárias,
ATIVA priónicas ou outras) que possam levar a uma infeção crónica
persistente (tuberculose, brucelose, febre Q, doença de
Chagas...).

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AFÉRESE

2. AFÉRESE

 As pessoas candidatas à dádiva de componentes por aférese


devem cumprir os mesmos critérios de seleção referidos para a
seleção de pessoas candidatas à dádiva de sangue total, bem
como os requisitos específicos para o tipo de procedimento
aferético e o componente a colher.
 As pessoas candidatas à dádiva por aférese devem já ter dado
sangue total (mínimo de duas dádivas prévias) sem registo de
reações adversas.
 A periodicidade temporal entre a colheita unitária de plaquetas
2.1. ou de plasma é inferior ao determinado para a colheita de sangue
total, devendo os parâmetros hematológicos e bioquímicos ser
CONSIDERAÇÕES monitorizados e permanecer dentro dos limites aceitáveis.
GERAIS  Traço falciforme não contraindica a dádiva por aférese.
 Durante um procedimento por aférese o volume máximo de
sangue extracorporal não deve ser superior a 20 % da volémia
da pessoa candidata à dádiva.
 Deve ser realizado o hemograma em cada colheita. Screening
serológico dos anticorpos anti HLA/HNA nas dádivas de plasma
não destinadas a fracionamento (mulheres multíparas - 3 ou mais
para). O não cumprimento de critérios definidos ou do período de
tempo são da responsabilidade do PSQ que avalia a pessoa
candidata à dádiva.
Apto
 A determinação da contagem plaquetária deve
ser realizada sempre em cada dádiva.
...ou limite definido em cada unidade orgânica.
Contagens
Suspensão Temporária para dádiva de
plaquetárias
plaquetas por aférese até se atingirem valores
<150.000/L
plaquetários superiores ao limite definido
 Sem história pessoal ou familiar de hemorragias
2.2. frequentes.
COLHEITA DE  Não ter ingerido medicamentos como aspirina ou
CONCENTRADOS DE Requisitos
similares nos 5 dias anteriores à colheita;
PLAQUETAS POR  Sem reações adversas em dádivas anteriores;
adicionais
AFÉRESE (CPA)  As pessoas candidatas à dádiva não devem ser
para colheita
sujeitos a procedimentos de plaquetaferese mais
de plaquetas
do que uma vez, a cada 15 dias. Periodicidade
por aférese
de colheita fora desta especificação é da
(plaquetafe-
responsabilidade do médico que avalia a pessoa
rese)
candidata à dádiva (dádivas compatibilizadas
nos sistemas HLA/HPA e em pessoas
candidatas à dádiva Ig A negativos):
 Máximo 24 dádivas/ano.

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AFÉRESE

 Volume máximo de colheita de multicomponentes não deve ser


superior 15% da volémia da pessoa candidata à dádiva ou
2.3. superior a 650ml (sem anticoagulante), se não for procedimento
COLHEITA DE 1 isovolémico:
UNIDADE DE o Volumes de colheita > 600ml deve ser realizada colheita
CONCENTRADO DE isovolémica com infusão de soro fisiológico.
ERITRÓCITOS POR o Volumes de colheita > 600ml unicamente devem ser
realizados em pessoas candidatas à dádiva com peso > 70Kg
AFÉRESE (CEA- e volémia > 5 litros.
ERITRACITAFÉRESE) –  Os valores de hemoglobina (Hb)/hematócrito (Htc) devem ser os
(UNITÁRIO OU mesmos que os definidos para as pessoas candidatas à dádiva
COMBINADO COM de sangue total.
PLAQUETAFÉRESE  A determinação analítica (hemograma) deve ser realizada
sempre em cada dádiva.
E/OU PLASMA)
 Intervalo entre dádivas igual ao definido para a dádiva de sangue
total.
2.4.  Valor de hemoglobina > 14 g/dl ou Htc > 42%:
COLHEITA DE 2 o A determinação analítica deve ser realizada sempre em cada
UNIDADES DE dádiva.
CONCENTRADO DE  Os valores de Hb pós dádiva não devem ser inferiores a 11 g/dl
ERITRÓCITOS POR (ou Htc < 33%).
AFÉRESE (CEA)  Peso ≥ 70 Kg (volémia  5 Litros).
(ERITRACITAFÉRESE DUPLA)  Intervalo de 6 meses entre 2 dádivas de duas unidades CEA.
 O volume de plasma colhido não deve ser >16% da volémia da
pessoa dadora quando se realiza colheita de plasma
exclusivamente.
 O volume máximo da colheita (sem anticoagulante) por
procedimento não deve ser superior 750ml.
 O volume de plasma colhido por semana deve ser ≤ 1.5L.
 Máximo 33 dádivas por ano ou 25 L/ano.
Requisitos  Determinação na primeira colheita e anual de
2.5. Adicionais proteínas totais no soro ou plasma e/ou
COLHEITA DE PLASMA para eletroforese e/ou quantificação de proteínas,
POR AFÉRESE Colheita de especialmente albumina e Ig G.
(PLASMAFÉRESE) Plasma por  Proteínas totais (PT) ≥ 60g/L. Se PT< 60g/L:
Aférese Suspensão temporária para dádiva de plasma até
(Plasmaférese)
valores proteicos superiores ao limite definido

Programas Avaliação das proteínas totais no soro ou plasma
Plasmafé- e/ou eletroforese e/ou quantificação de proteínas,
rese especialmente albumina e Ig G:
Frequentes o Especial atenção a descidas significativas dos
(intervalos 2 valores, ainda que se situem dentro do limite
semanas) da normalidade.
 Entre procedimentos de plasmaférese ou plaquetaférese e
sangue total ou CEA (c/s plasma ou plaquetas) deve observar-
se um intervalo mínimo de pelo menos 48 horas.
 Entre uma colheita de ST, uma colheita de CEA ou falha no
2.6. retorno de eritrócitos e um procedimento de aférese (sem
INTERVALO MÍNIMO colheita de CEA): intervalo mínimo 1 mês.
ENTRE DÁDIVAS  Entre 2 unidades CEA e ST: intervalo mínimo 6 meses.
 Entre 2 unidades CEA: intervalo mínimo 6 meses. (CE refere 4
meses para homens e 6 meses para mulheres):
o Perda total de eritrócitos/ano da pessoa candidata à dádiva
não deve ser superior à perda de volume para ST/ano.

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ALERGOLOGIA

3. ALERGOLOGIA

3.1. Avaliar o quadro clínico e depois do desaparecimento dos


ALERGIA ALIMENTAR sintomas – Apto
3.2. Avaliar o quadro clínico e terapêutica.
ALERGIA CUTÂNEA Apto
3.3.
Aceitar após resolução do quadro clínico.
ALERGIA GRAVE A Suspensão Temporária de 365 dias
FÁRMACOS
3.4.
ANTECEDENTES DE
ANAFILAXIA, Suspensão Definitiva
INDEPENDENTEMENTE DA
SUA ETIOLOGIA
3.5.
ANGIOEDEMA
Suspensão Definitiva
CONGÉNITO (EDEMA DE
QUINCKE) OU ADQUIRIDO
3.6.
Apto
ASMA ALÉRGICA
3.7.
Se sintomas discretos ou sob controlo com terapêutica, não
CONJUNTIVITE interferindo com bom estado geral ou rotina diária – Apto
ALÉRGICA
3.8.
DOENÇA ALERGOLÓGICA Suspensão Definitiva
GRAVE
3.9.
Se com sintomas severos/crises recorrentes (ex:
DOENÇA ATÓPICA Angioedema, Urticária) – Suspensão Definitiva
GRAVE
Se não atingir local da punção – Apto
3.10.
Se atingir local da punção – Suspensão Temporária até
ECZEMAS ATÓPICOS resolução clínica
3.11.
Apto
FOTOSSENSIBILIDADE
3.12. Doença de Bruton, Doença Granulomatosa Crónica,
IMUNODEFICIÊNCIAS Hipogamaglobulinémia G, outras.
PRIMÁRIAS (IDP) Suspensão Definitiva
3.13.
DEFICIÊNCIA SELETIVA Apto
DE IGA
3.14. Se não interferir com bom estado geral ou rotina diária –
RINITE ALÉRGICA Apto
3.15.
Suspensão Temporária de 14 dias até resolução clínica
URTICÁRIA

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AUTOIMUNES

4. AUTOIMUNES

Classicamente não são elegíveis para a doação pessoas com Doença Autoimune em que
esta determine compromisso de mais do que um órgão.

Se não associada a qualquer tratamento – Apto


4.1.
ALOPÉCIA AREATA Se em tratamento – Suspensão Temporária (ver período de
suspensão no capítulo 16. Medicamentos)
4.2.
ARTERITE DAS
CÉLULAS
Suspensão Definitiva
GIGANTES/ARTERITE
TEMPORAL OU DOENÇA
DE HORTON
4.3.
ARTERITE DE Suspensão Definitiva
TAKAYASU
4.4.
Suspensão Definitiva
ARTRITE REUMATOIDE
4.5.
Suspensão Definitiva
DOENÇA DE BEHÇET
Avaliação da situação clínica, incluindo a terapêutica, solicitar
relatório médico.
4.6. Se ausência de sintomas – Apto
DOENÇA CELÍACA Se sintomático – Suspensão Temporária de 15 dias após
resolução de sintomas
4.7. Suspensão Definitiva
DOENÇA DE KAWASAKI
4.8.
ESCLERODERMIA / Suspensão Definitiva
ESCLEROSE SISTÉMICA
4.9.
Suspensão Definitiva
ESCLEROSE MÚLTIPLA
Avaliar situação clínica, incluindo terapêutica e função cardíaca,
solicitar relatório médico.
Se estável, sem terapêutica permanente – Apto
Se terapêutica com imunossupressores ou imunomoduladores
4.10. como a Sulfassalazina e o Metotrexato em altas doses –
ESPONDILITE Suspensão Temporária de 365 dias após última toma.
ANQUILOSANTE Se Metotrexato em doses intermédias ou baixas – Suspensão
Temporária de 90 dias após última toma.
Se alterações da função cardíaca ou terapêutica com
modificadores biológicos da evolução da doença como
Etanercept ou Adalimumab – Suspensão Definitiva

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AUTOIMUNES

Avaliar situação clínica, incluindo doença cardíaca crónica e


terapêutica, solicitar relatório médico.
4.11. Após resolução clínica – Suspensão Temporária de 730 dias
FEBRE REUMÁTICA (2 anos)
Se doença cardíaca crónica – Suspensão Definitiva
4.12.
GRANULOMATOSE DE Suspensão Definitiva
WEGENER
4.13.
LÚPUS ERITEMATOSO
Suspensão Definitiva
SISTÉMICO (LES OU
APENAS LÚPUS)
4.14.
Suspensão Definitiva
MIASTENIA GRAVIS
4.15.
Suspensão Definitiva
PÊNFIGO
4.16.
POLIARTERITE
NODOSA, Suspensão Definitiva
PERIARTERITE NODOSA
OU DOENÇA DE
KUSSMAUL
4.17.
PÚRPURA DE HENOCH- Suspensão Definitiva
SCHONLEIN
4.18.
SÍNDROME DE Suspensão Definitiva
GUILLAIN-BARRÉ
4.19.
SÍNDROME DO
ANTICORPO Suspensão Definitiva
ANTIFOSFOLÍPIDO OU
SÍNDROME DE HUGHES
4.20.
Suspensão Definitiva
SÍNDROME DE SJÖGREN
4.21.
SÍNDROME Suspensão Definitiva
OPSOCLÓNICO-
MIOCLÓNICO
Apto
4.22.
Avaliar situação clínica, incluindo a terapêutica e associação a
VITILIGO outras doenças autoimunes.

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CARDIOVASCULAR

5. CARDIOVASCULAR

Se bradicardia sinusal fisiológica (desportistas) –


Apto
5.1.1.
Até exclusão de patologia de base e apresentação de
BRADICARDIA
relatório médico – Suspensão Temporária de 7 dias
(FC≤50 bpm)
Se patológica (doença de base ou sintomática) –
Suspensão Definitiva
Se taquicardia sinusal, esporádica e associada a
5.1.2.
ansiedade – Apto
TAQUICARDIA
Se taquicardia supraventricular ou ventricular –
(FC>100 bpm)
Suspensão Definitiva
5.1. Se ausência de patologia e/ou associada a ansiedade
ARRITMIAS – Apto
5.1.3. Se persistentes e/ou outros sintomas associados,
PALPITAÇÕES solicitar apresentação de relatório médico –
Suspensão Temporária de 7 dias
Se patologia de base – Suspensão Definitiva
5.1.4. Se ausência de patologia associada – Apto
EXTRASSÍSTOLES
ISOLADAS Se medicação em SOS (-bloqueadores ou outros) –
AURICULARES E Suspensão Temporária de 14 dias
VENTRICULARES Se patologia associada – Suspensão Definitiva
Se bloqueio de primeiro grau, com relatório médico –
5.2.1. BLOQUEIO Apto
A-V Se bloqueio de segundo ou terceiro grau –
Suspensão Definitiva
5.2. Se bloqueio incompleto – Apto
5.2.2. BLOQUEIO
BLOQUEIOS DE RAMO DIREITO Se patologia subjacente – Suspensão Definitiva
5.2.3. BLOQUEIO
DE RAMO Suspensão Definitiva
ESQUERDO
Assintomático com ou sem correção cirúrgica e com relatório clínico e
5.3. exames que comprovem função cardíaca normal – Apto
CARDIOPATIA Se sintomático e/ou medicação – Suspensão Definitiva
CONGÉNITA Se aumento do risco de sincope e de morte súbita – Suspensão
Definitiva
5.4.
DOENÇA Suspensão Definitiva
ARTERIAL
PERIFÉRICA
5.5. 5.5.1.
Suspensão Definitiva
ANGINA DE PEITO
DOENÇA
ISQUÉMICA 5.5.2 ENFARTE DO
MIOCÁRDIO (EM) E Suspensão Definitiva
CARDÍACA ANTECEDENTES DE EM

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CARDIOVASCULAR

Se um primeiro episódio sem causa identificada como motivo de


5.6. exclusão – Suspensão Temporária de 365 dias após o episódio
Se medicado com anticoagulação oral – Suspensão Temporária de
EMBOLIA 180 dias após a última toma
PULMONAR Se cirurgia ou tromboembolia de repetição ou trombofilia identificável –
Suspensão Definitiva
Se assintomático, sem medicação e sem infeção ativa – Suspensão
5.7. Temporária, 180 dias após resolução
ENDOCARDITE Se alteração cardíaca e/ou sintomático – Suspensão Definitiva
5.8.
INSUFICIÊNCIA Suspensão Definitiva
CARDÍACA
5.9. Se assintomático e sem alterações da função cardíaca – Suspensão
MIOCARDITE/ Temporária de 365 dias após recuperação
MIOPERICARDITE Com alterações cardíacas – Suspensão Definitiva
5.10.
Suspensão Definitiva
PACEMAKER
Se assintomático, sem medicação e sem infeção ativa – Suspensão
5.11. Temporária 180 dias após resolução
PERICARDITE Se alteração cardíaca e sintomático – Suspensão Definitiva
Após recuperação de episódio único e finalização da terapêutica –
5.12. Suspensão Temporária de 180 dias
TROMBOSE Ver capítulo 7. Cirurgia
VENOSA Tromboses de repetição – Suspensão Definitiva
Se estenose ligeira, ritmo sinusal, assintomático, sem
5.13.1.
necessidade de terapêutica e com relatório médico –
ESTENOSE
Apto
VALVULAR
Se moderada ou grave – Suspensão Definitiva
Se regurgitação ausente ou ligeira, ritmo sinusal,
5.13.2.
assintomático e sem necessidade terapêutica – Apto
INSUFICIÊNCIA
Se regurgitação moderada ou grave – Suspensão
VALVULAR
Definitiva
5.13.
Se regurgitação ausente ou ligeira, assintomático e
VALVULOPATIAS 5.13.3. sem necessidade de terapêutica – Apto
PROLAPSO Se regurgitação moderada ou grave, patologia
VALVULAR multivalvular e antecedentes familiares de morte súbita
– Suspensão Definitiva
Se fisiológico e assintomático – Apto
5.13.4. Se sintomático, solicitar relatório médico – Suspensão
SOPRO Temporária de 7 dias
Se patologia associada – Suspensão Definitiva
Se assintomático e/ou medicação venotrópica – Apto
5.14. Se escleroterapia – Suspensão Temporária de 7 dias
Se inflamação ativa ou ulceração – Suspensão
VEIAS VARICOSAS OU Temporária de 14 dias após resolução e finalização
VARIZES da terapêutica
Se trombose, ver 5.12 Trombose Venosa.

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CAVIDADE ORAL

6. CAVIDADE ORAL

Suspensão Temporária de 14 dias após a


6.1.
resolução clínica e após terapêutica com
ABCESSO DENTÁRIO antibiótico
Avaliar se há imunossupressão associada.
6.2. Se lesão solitária e de diâmetro inferior a 1 cm –
ESTOMATITE AFTOSA OU Apto
ULCERAÇÃO AFTOSA Se lesões múltiplas ou solitária de diâmetro superior
RECORRENTE a 1 cm – Suspensão Temporária de 14 dias até
resolução clínica
6.3. Suspensão Temporária de 14 dias até resolução
ESTOMATITE HERPÉTICA clínica
6.4.
EXTRAÇÃO DENTÁRIA, RESTAURO
Se assintomático – Suspensão Temporária 7 dias
COM NECESSIDADE DE
após finalizar o tratamento / terapêutica
PERFURAÇÃO E TRATAMENTO DE
CANAL
6.5. Suspensão Temporária de 7 dias e até resolução
HERPES LABIAL das lesões
No processo de ossificação, se local cicatrizado e
sem sinais de inflamação – Apto
6.6. Nas restantes fases, se local cicatrizado e sem
IMPLANTE sinais de inflamação- Apto
Considerar o tipo de enxerto utilizado. Ver capítulo
1. Critérios Gerais
6.7. Se assintomático – Suspensão Temporária de 24
PEQUENO TRATAMENTO ORAL horas após tratamento
6.8. Se periodontite avançada – Suspensão
PERIODONTITE Temporária até resolução da situação
6.9. Se assintomático – Suspensão Temporária de 7
SUTURA NA CAVIDADE ORAL dias após remoção dos pontos
6.10. Suspensão Temporária de 7 dias e até resolução
ÚLCERA OU INFLAMAÇÃO ORAL clínica

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CIRURGIA

7. CIRURGIA

7.1.
ARTROSCOPIA Suspensão Temporária de 30 dias
EXPLORATÓRIA
Apendicectomia
Colecistectomia Suspensão Temporária de 120
Colectomia pós-traumática dias
Colectomia de causa não maligna
7.2. Gastrectomia total Suspensão Definitiva
CIRURGIA Banda gástrica
Suspensão Temporária de 120
Gastroplastia dias
ABDOMINAL Bariátrica
Sleeve e By-pass Suspensão Definitiva
Suspensão Temporária de 120
Pós-traumática
Esplenectomia dias
Causa maligna Suspensão Definitiva
Doença arterial coronária Suspensão Definitiva
Substituição valvular (Biológica ou
Suspensão Definitiva
Mecânica)
 Malformação cardiovascular
congénita curada,
 valvoplastia percutânea ou por Suspensão Temporária de 180
cirurgia aberta, dias após resolução clínica e
 correção de coartação da aorta (se cirúrgica completa e sem
7.3. normotensos), sintomas, documentada em
CIRURGIA CARDIO  encerramento de foramen ovale relatório médico
TORÁCICA (atender possivel transfusão
componentes sanguíneos)
Avaliar a causa.
Se função respiratória
Segmentectomia recuperada – Suspensão
Temporária de 180 dias após
cirurgia
Lobectomia
Suspensão Definitiva
Pneumectomia
Citologia / colpocitologia –
Suspensão Temporária de 7
7.4. dias, com relatório médico e
CIRURGIA COM exclusão de malignidade
Biopsia mamária/prostática –
EXÉRESE DE Avaliar de acordo com a causa
AMOSTRA PARA – Suspensão Temporária de
BIÓPSIA 30 dias após cirurgia e
relatório médico com
exclusão de malignidade

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CIRURGIA

7.5. Necessidade de reinternamento,


tratamentos pós-operatórios Suspensão Temporária de 180
CIRURGIA COM regulares, infeção, dificuldade de dias após resolução clínica
COMPLICAÇÃO cicatrização.
Se sem necessidade de
medicação e controlado, com
Cirurgia
relatório médico – Suspensão
transesfenoidal
Temporária de 120 dias após
cirurgia
Cirurgia aberta*
Hipófise
*Quando há abertura Suspensão Definitiva
da calote craniana Ver capítulo 10.
(por trepanação, Endocrinologia
craniotomia ou
craniectomia)
7.6. Se causa benigna e controlado,
se necessário solicitar relatório
CIRURGIA Tiroidectomia parcial ou total médico – Suspensão
ENDÓCRINA Temporária de 120 dias após
estabilização fisiológica
Solicitar relatório médico –
Adenoma Suspensão Temporária de 120
Suprarrenal dias após cirurgia
Feocromocitoma /
Suspensão Definitiva
Paraganglioma
Insulinoma,
Glucagonomas, Suspensão Definitiva
Gastrinoma
Pâncreas
Solicitar relatório médico –
Outro tumor benigno Suspensão Temporária de 120
dias após cirurgia
7.7. Laparoscopia exploradora simples – Suspensão Temporária de 30
CIRURGIA dias
LAPAROSCÓPICA Suspensão Temporária de 120 dias após cirurgia
Malformações vasculares Se completamente curadas,
congénitas (aneurismas, comprovado com relatório
estenoses, fístulas arteriovenosas) médico – Apto
Trombose arterial não Se situação pontual,
aterosclerótica esclarecida, resolvida sem
7.8. sequelas e sem fatores de risco
associados, com relatório
CIRURGIA Trombose venosa profunda médico – Suspensão
VASCULAR Temporária de 120 dias após
cirurgia
Insuficiência venosa crónica Suspensão Temporária de 120
(varizes) dias após cirurgia
Aneurisma não congénito
Suspensão Definitiva
Embolia Pulmonar

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CIRURGIA

7.9. Cirurgia aberta**:


CIRURGIA Cirurgia por vezes complexa com necessidade de recurso a aplicação
de material de prótese óssea e enxertos de tecidos moles –
ORTOPÉDICA Suspensão Temporária de 120 dias após cirurgia
Se cirurgia artroscópica das pequenas articulações (tendinoplastia do
ombro, condroplastia, meniscoplastia e meniscectomia do joelho) –
Suspensão Temporária de 30 dias após cirurgia
Se cirurgia artroscópica de reparação de ligamentos cruzados do
joelho e articulação do quadril – Suspensão Temporária de 120 dias
após cirurgia
Se Enxerto de Ligamentos Cruzados do Joelho (Auto) – Suspensão
Temporária de 120 dias após cirurgia
Considerar o tipo de enxerto utilizado. Ver capítulo 1 Critérios Gerais.
Se realizados Xenotransplantes – Suspensão Definitiva
7.10. Se aguarda uma cirurgia que se prevê poder necessitar de transfusão
ou da qual se prevê resultar perda de sangue que possa ser colocada
CIRURGIA em risco a reserva de ferro – Suspensão Temporária até à data da
PROGRAMADA cirurgia
Pós-traumática
Remoção Pólipos Se função renal mantida –
7.11.
Nefrectomia Unilateral Suspensão Temporária de 120
CIRURGIA RENAL Correção de Malformação dias após cirurgia
Ver capítulo 18. Nefrologia
7.12.
COLOCAÇÃO DE Suspensão Temporária de 7 dias
DIU
Se gravidez < 12 semanas e
excluída patologia maligna, sem Suspensão Temporária de 30
complicações e sem perdas de dias após cirurgia
sangue significativas
7.13. Suspensão Temporária de 180
Se gravidez > 12 semanas
CURETAGEM dias após cirurgia
Se situação controlada e
mediante relatório médico –
Outras causas
Suspensão Temporária de 120
dias após cirurgia
Ooforectomia, laqueação de Suspensão Temporária de 120
7.14. trompas, colecistectomia, dias após cirurgia
GRANDE CIRURGIA apendicectomia, Cirurgia ORL,
cirurgia urológica
Malformações Vasculares
Aneurismas
Angiomas
Pós-traumática com sequelas
(desequilíbrio, perda de Suspensão Definitiva
memória…)
7.15. Cirurgia com implante de drenagem
NEUROCIRURGIA permanente ou utilização de dura
mater
Pós-traumática sem sequelas Suspensão Temporária de 120
dias após cirurgia
Cirurgia Vertebro medular com Suspensão de acordo com a
sequelas avaliação individual do risco.
Critério clínico.

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CIRURGIA

7.16. Litotrícia, Fimose, Vasectomia, Se excluída malignidade –


OUTRAS Hipo e Epispádia, Conização, Suspensão Temporária de 30
Hernioplastias dias após cirurgia
CIRURGIAS
Laser, Excisão de Sinais, Se não aguarda resultado de
7.17. Esclerose Venosa, Cirurgia exame citológico ou histológico
Oftálmica Refrativa (Lasik), – Suspensão Temporária de 7
PEQUENA Remoção de Catarata, P C dias após cirurgia
CIRURGIA Dermatológicas como Excisão de
Quisto
7.18.
TRATAMENTO Se assintomático e procedimento efetuado por profissional de saúde
ESTÉTICO COM certificado – Suspensão Temporária de 1 dia após tratamento
TOXINAS Se aplicação em centro de cosmética – Suspensão Temporária de
BOTULÍNICAS 120 dias após a última aplicação
(BOTOX)

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DERMATOLOGIA

8. DERMATOLOGIA

8.1.
ACANTOSE NIGRICANTE Apto
BENIGNA
8.2.
ACANTOSE NIGRICANTE Suspensão Definitiva
MALIGNA
Avaliar situação clínica e terapêutica.
8.3. Sem terapêutica – Apto
ACNE Se medicado, ver capítulo 16. Medicamentos.
8.4. Avaliar sintomatologia e medicação.
ACNE ROSÁCEA Se medicado, ver capítulo 16. Medicamentos.
Se o local da venopunção não estiver afetado e não houver
8.5.
terapêutica oral com corticoides, áreas extensas afetadas ou
ECZEMAS DE CONTATO infeção associada – Apto
8.6. Avaliar situação clínica e terapêutica, solicitar relatório médico.
ERITEMA NODOSO E
Após resolução clínica – Suspensão Temporária de 180 dias
POLIMORFO
8.7. Suspensão Temporária de 120 dias
IMPLANTE CAPILAR
8.8.
LESÃO
INFECIOSA/FERIDA/ Avaliar a causa e a evolução clínica e terapêutica.
SOLUÇÃO DE Suspensão Temporária de 15 dias após resolução clínica
CONTINUIDADE DA
PELE E MUCOSAS
8.9.
LESÕES NO LOCAL DA Suspensão Temporária de 15 dias após resolução clínica
PUNÇÃO
8.10.
Suspensão Definitiva
LÍQUEN PLANO
8.11.
Suspensão Temporária de 90 dias até completa resolução
MOLLUSCUM clínica
CONTAGIOUS
8.12.
PÊNFIGO VULGAR
Suspensão Definitiva
(DERMATOSE BOLHOSA
AUTOIMUNE GRAVE)
8.13.
PITIRÍASE
Se assintomático e sem terapêutica – Apto
(VERSICOLOR, ALBA E
ROSEA)

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DERMATOLOGIA

Se ligeira ou limitada, que não envolva o local de venopunção –


Apto
8.14. Avaliar medicação. Acitretina – Suspensão Temporária de
PSORÍASE 1095 dias (3 anos)
Se grave – Suspensão Definitiva
Suspensão Temporária, até completa resolução
8.15. Se transfusão de componentes sanguíneos após 1980
QUEIMADURAS (incluindo plasma) – Suspensão Definitiva
Ver capítulo 1. Critérios Gerais – 1.13. Fatores de Risco para
Doença Priónica.
Se sem sinais inflamatórios e sem terapêutica antibiótica – Apto
8.16.
Se com sinais inflamatórios ou sob terapêutica antibiótica –
QUISTO PILONIDAL Suspensão Temporária de 14 dias após finalização de
terapêutica
Se fez medicação (habitualmente 3 dias de tratamento
8.17.
repetidos ao fim de 1 semana), está assintomático e sem lesões
SARNA (ESCABIOSE) – Suspensão Temporária de 7 dias após último tratamento
Nevus melanocíticos, Queratose seborreica e
Epidérmicos
Papilomas – Apto
8.18.
Dérmicos Hemangiomas e Dermatofibromas – Apto
TUMORES BENIGNOS
Hipodérmicos Lipomas e Angiolipomas – Apto
Carcinoma Basocelular / Basalioma ou Carcinoma de Células
Basais “in situ”, após recuperação completa e com relatório
médico – Apto
8.19.
Indivíduos com doença maligna ou com história de doença
TUMORES MALIGNOS maligna, (ex.: Melanoma, Carcinoma Epidermoide, Carcinoma
ou Epitelioma basocelular, Sarcoma de Kaposi e Linfoma
Cutâneo) – Suspensão Definitiva
Se não houver lesões ou sinais inflamatórios em redor das
verrugas – Apto
8.20.
VERRUGAS Se houver lesões ou sinais inflamatórios em redor das verrugas
– Suspensão Temporária de 7 dias, até completa resolução
e/ou resultados dos exames complementares

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DROGAS

9. DROGAS

Hálito alcoólico, dificuldade em articular palavras,


CONSUMO DE Sinais de
comportamento desinibido, agitação, vómito, marcha
ÁLCOOL Intoxicação Aguda
instável.

Consumo de experimentação individual ou em grupo,


Ocasional também denominado consumo experimental ou
CONSUMO DE episódico – Até 5 vezes no último ano.
OUTRAS Moderado Se ocorrer mais de 2 vezes por mês.
DROGAS
Regular ou Se ocorrer 3 ou mais vezes por semana durante pelo
Habitual menos 1 mês.

9.1.1.
INTRAVENOSAS E/OU
9.1.
INTRAMUSCULARES NÃO PRESCRITAS Suspensão Definitiva
INJETÁVEIS POR UM MÉDICO (INCLUI ESTEROIDES E
HORMONAS PARA CULTURISMO)
Se consumo de baixo risco
(consumo social): Apto
Se consumo de risco (intoxicação
9.2.1. alcoólica aguda) – Suspensão
ÁLCOOL Temporária de 2 dias
Se Consumo nocivo ou
Dependência (abuso crónico):
Suspensão Definitiva
Apto
9.2. 9.2.2.
Em desabituação com sinais de
FUMADAS, abstinência – Suspensão
TABACO
Temporária até ultrapassado o
INALADAS período de abstinência
OU Consumo ocasional – Suspensão
INGERIDAS Temporária de 7 dias após o
9.2.3. último consumo
CANÁBIS Consumo moderado ou regular –
Suspensão Temporária de 90 dias
após o último consumo
9.2.4.
COCAÍNA, HEROÍNA, ANFETAMINAS,
Suspensão Temporária de 90 dias
METANFETAMINAS, ECSTASY, LSD E
após o último consumo
OUTRAS DROGAS PSICOATIVAS NÃO
PRESCRITAS

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ENDOCRINOLOGIA

10. ENDOCRINOLOGIA

10.1.1.
Diabetes Se medicado, ver capítulo 16. Medicamentos.
Gestacional
10.1.2.
Diabetes Mellitus Suspensão Definitiva
Tipo 1
Se:
- Controlo glicémico adequado com dieta, medicação oral ou
medicação injetável que não a insulina, por exemplo Exenatide
(Byetta®) ou Liraglutide (Victoza®);
- Sem alteração do tipo e da dosagem dos antidiabéticos (orais
10.1. DIABETES MELLITUS

e injetáveis que não a insulina) nas últimas 4 semanas;


- Sem antecedentes recentes de hipotensão postural ou
10.1.3.
tonturas. – Apto
Diabetes Mellitus
Se controlo inadequado (história de hipo (<70mg/dl) ou
Tipo 2
hiperglicemias (>250mg/dl) recentes mesmo que
assintomáticas) – Suspensão Temporária de 15 dias
Se hipoglicemias repetidas e/ou hiperglicemias > 400mg/dl,
encaminhar para o médico assistente.
Se terapêutica com insulina, atual ou prévia;
Se lesões de órgãos alvo;
Se Transplante pancreático – Suspensão Definitiva
10.1.4. Se medicado, ver capítulo 16. Medicamentos.
Diabetes
Secundária a Se lesões de órgãos alvo*; transplante pancreático –
Corticoterapia Suspensão Definitiva
Avaliar causa da pancreatectomia.
Se medicado, ver capítulo 16. Medicamentos.
10.1.5. Se lesões de órgãos alvo* – Suspensão Definitiva
Diabetes * Lesões de órgãos alvo: Complicações macrovasculares (Insuficiência
Secundária a Cardíaca, AVC, EAM, Claudicação Periférica), microvasculares (nefropatia,
Pancreatectomia neuropatia e retinopatia, história de gangrena, lesões cutâneas ou úlceras
relacionadas com a perda de sensibilidade) e cirurgia no contexto de
arteriosclerose incluindo qualquer tipo de amputação secundária a Diabetes.

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ENDOCRINOLOGIA

10.2.1.
Suspensão Definitiva
Acromegalia
Se:
- Tumor não secretor confirmado como não maligno, sem
hipofunção das outras linhagens hipofisárias;
- Prolactinoma (Ver Prolactinoma);
- Ausência de sintomas. – Apto
Se:
- Hipotiroidismo central não controlado (TSH, T3 e T4 livres
10.2.2. baixos);
Adenoma - Doença de Cushing ativa, mesmo que sob terapêutica médica;
Hipofisário - Tirotrofinoma ativo, mesmo que sob terapêutica médica. –
(incluindo Suspensão temporária de 180 dias (até cura/recuperação)
Macroadenoma e Se:
Microadenoma, - Tumor maligno;
consoante o - Neoplasia Endócrina Múltipla (NEM);
Adenoma possua - Diabetes Insípida Central ou Síndrome da Secreção
diâmetro superior Inapropriada de Hormona Antidiurética;
ou inferior a 1cm) - Acromegalia;
- Insuficiência suprarrenal secundária (ACTH e Cortisol baixos),
mesmo que sob esteroides orais;
-Terapêutica com hormona de crescimento humana;
-Neurocirurgia aberta*** ou com utilização de dura mater. –
Suspensão Definitiva
10.2. HIPÓFISE

*** Quando há abertura da calote craniana (por trepanação,


craniotomia e craniectomia)
10.2.3.
Carcinoma da Suspensão Definitiva.
Hipófise
Se tiver sido exclusivamente medicado com Hormona de
Crescimento Recombinante – Apto
10.2.4. Se:
Défice de - Secundário a tumor maligno;
Hormona de - Terapêutica com hormona de crescimento humana;
Crescimento - Secundário a neurocirurgia aberta*** ou com utilização de dura
mater. – Suspensão Definitiva
*** Quando há abertura da calote craniana (por trepanação,
craniotomia e craniectomia)
10.2.5.
Diabetes Insípida Suspensão Definitiva.
Central
Se doença controlada, sem hipertensão ou outra sintomatologia
10.2.6.
– Apto
Doença de
Se doença ativa (não controlada), mesmo que sob terapêutica
Cushing
médica – Suspensão Temporária de 180 dias
Se terapêutica com gonadotrofinas exclusivamente de origem
recombinante ou terapêutica de substituição hormonal, ver
capítulo 16. Medicamentos.
10.2.7.
Se:
Hipogonadismo
- Consequente a neurocirurgia aberta** ou com utilização de
Hipogonadotrófi-
dura mater;
co
- Consequente a tumor maligno;
- Terapêutica com gonadotrofina humana de origem hipofisária
– Suspensão Definitiva

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ENDOCRINOLOGIA

Se hipotiroidismo central não controlado – Suspensão


Temporária de 180 dias
Se:
10.2.8. - Insuficiência suprarrenal secundária;
Hipopituitarismo - Terapêutica com hormona de crescimento humana;
- Terapêutica com injeções de extrato pituitário humano;
- Consequente a neurocirurgia aberta** ou com utilização de
dura mater;
- Consequente a tumor maligno. – Suspensão Definitiva
Se função tiroideia bem controlada (T4 livre com valores dentro
dos limites de referência). – Apto
Se função tiroideia não controlada (T4 livre com valores fora
dos limites de referência). – Suspensão Temporária de 180
10.2.9. dias
Hipotiroidismo Se:
Central - Consequente a neurocirurgia aberta*** ou com utilização de
dura mater;
- Consequente a tumor maligno. – Suspensão Definitiva
*** Quando há abertura da calote craniana (por trepanação,
craniotomia e craniectomia)
10.2.10.
Insuficiência
Suspensão Definitiva
Suprarrenal
10.2.HIPÓFISE

Secundária
Se sob terapêutica oral estável, na ausência de sintomas,
nomeadamente de hipotensão. – Apto
Se hipotiroidismo central não controlado. – Suspensão
Temporária de 180 dias
Se:
10.2.11. - Tumor maligno;
Prolactinoma - Diabetes insípida;
- Insuficiência suprarrenal secundária;
- Terapêutica com hormona de crescimento humana;
- Neurocirurgia aberta*** ou com utilização de dura mater. –
Suspensão Definitiva
*** Quando há abertura da calote craniana (por trepanação,
craniotomia e craniectomia)
10.2.12.
Secreção
Inapropriada de Suspensão Definitiva
Hormona
Antidiurética
Se hipotiroidismo central não controlado – Suspensão
10.2.13. Temporária de 180 dias
Síndrome de
Sheehan Se:
(hipopituitarismo - Insuficiência suprarrenal secundária;
pós-parto) - Terapêutica com hormona de crescimento humana. –
Suspensão Definitiva
Se doença inativa com níveis normais das hormonas tiroideias –
Apto
10.2.14. Se doença ativa, mesmo que sob terapêutica médica. –
Tirotrofinoma Suspensão Temporária de 180 dias
Se submetido a neurocirurgia aberta** ou com utilização de
dura mater. – Suspensão Definitiva

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ENDOCRINOLOGIA

10.3.1.
Carcinoma da Suspensão Definitiva
Paratiroide
10.3. METABOLISMO FOSFOCÁLCIO Se hiperparatiroidismo primário bem controlado. – Apto
Avaliar medicação (ver capítulo 16 Medicamentos)
Se hiperparatiroidismo primário não controlado. – Suspensão
Temporária de 180 dias
10.3.2.
Se:
Hiperparatiroidis-
- Associado a patologia maligna;
mo
- Secundário a insuficiência renal crónica;
- Manifestação de síndromes genéticos/neuroendócrinos com
outras manifestações que contraindiquem a dádiva de sangue;
- Neoplasia endócrina múltipla (NEM). – Suspensão Definitiva
Se hipoparatiroidismo primário bem controlado. – Apto
Se hipoparatiroidismo não controlado. – Suspensão
Temporária de 180 dias
10.3.3.
Se:
Hipoparatiroidis-
- Associado a patologia maligna;
mo
- Manifestação de síndromes genéticos / neuroendócrinos com
outras manifestações que contraindicam a dádiva de sangue. –
Suspensão Definitiva
Se não funcionante. – Apto
10.4.1.
Adenoma da Se funcionante. – Suspensão Temporária de 180 dias
Suprarrenal Se no contexto de neoplasia endócrina múltipla (NEM) ou de
polipose adenomatosa familiar. – Suspensão Definitiva
10.4.2.
Carcinoma da Suspensão Definitiva
Suprarrenal
10.4.3. Se doença ativa mesmo que sob terapêutica médica. –
Hiperaldostero- Suspensão Temporária de 180 dias
nismo Primário
(ou Síndrome de Se associado a patologia maligna – Suspensão Definitiva
Conn)
Se doença ativa, mesmo que sob terapêutica médica. –
10.4. SUPRARRENAL

10.4.4. Suspensão Temporária de 180 dias


Síndrome de
Cushing Se associado a patologia maligna. – Suspensão Definitiva
10.4.5.
Feocromocitoma
/ Paragangliomas
Suspensão Definitiva
(“Feocromocito-
mas” extra-
adrenais)
10.4.6.
Insuficiência
Suprarrenal
Primária / Suspensão Definitiva
Doença de
Addison

10.4.7.
Hiperplasia
Congénita da Suspensão Definitiva
Suprarrenal

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ENDOCRINOLOGIA

Se terapêutica com antitiroideus. – Suspensão Temporária de


730 dias (2 anos) após termino da terapêutica
Se terapêutica com iodo radioativo. – Suspensão Temporária
10.5.1.
de 180 dias após termino da terapêutica
Adenoma Tóxico
Se função tiroideia alterada (exceto hipotiroidismo subclínico ou
hipertiroidismo subclínico sem necessidade de terapêutica). –
Suspensão Temporária de 180 dias
Se T3 e T4 livres normais – Apto
Se terapêutica com antitiroideus. – Suspensão Temporária de
730 dias (2 anos) após termino da terapêutica
10.5.2. Se terapêutica com iodo radioativo. – Suspensão Temporária
Alteração da de 180 dias após termino da terapêutica
Função Tiroideia Se função tiroideia alterada (exceto hipotiroidismo subclínico ou
Secundária a hipertiroidismo subclínico sem necessidade de terapêutica). –
Amiodarona Suspensão Temporária de 180 dias
Se início da terapêutica de substituição da tiroide (levotiroxina).
– Suspensão Temporária de 56 dias
Se alteração da dose de levotiroxina. – Suspensão
Temporária de 28 dias
Se T3 e T4 livres normais – Apto
Se terapêutica com antitiroideus. – Suspensão Temporária de
730 dias (2 anos) após termino da terapêutica
Se terapêutica com iodo radioativo. – Suspensão Temporária
10.5.TIROIDE

de 180 dias após termino da terapêutica


10.5.3. Se função tiroideia alterada (exceto hipotiroidismo subclínico ou
Bócio Difuso hipertiroidismo subclínico sem necessidade de terapêutica). –
Suspensão Temporária de 180 dias
Se início da terapêutica de substituição da tiroide (levotiroxina).
– Suspensão Temporária de 56 dias
Se alteração da dose de levotiroxina. – Suspensão
Temporária de 28 dias
Se T3 e T4 livres normais – Apto
Se terapêutica com antitiroideus. – Suspensão Temporária de
730 dias (2 anos) após termino da terapêutica
Se terapêutica com iodo radioativo. – Suspensão Temporária
10.5.4. de 180 dias após termino da terapêutica
Bócio Se função tiroideia alterada (exceto hipotiroidismo subclínico ou
Multinodular hipertiroidismo subclínico sem necessidade de terapêutica). –
Suspensão Temporária de 180 dias
Se início da terapêutica de substituição da tiroide (levotiroxina).
– Suspensão Temporária de 56 dias
Se alteração da dose de levotiroxina. – Suspensão
Temporária de 28 dias
10.5.5.
Carcinoma da Suspensão Definitiva
Tiroide
Se terapêutica com antitiroideus. – Suspensão Temporária de
730 dias (2 anos) após termino da terapêutica
10.5.6. Se terapêutica com iodo radioativo. – Suspensão Temporária
Doença de de 180 dias após termino da terapêutica
Graves Se função tiroideia alterada (exceto hipertiroidismo subclínico
sem necessidade de terapêutica). – Suspensão Temporária
de 180 dias

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ENDOCRINOLOGIA

Se terapêutica com antitiroideus. – Suspensão Temporária de


730 dias (2 anos) após termino da terapêutica
Se terapêutica com iodo radioativo. – Suspensão Temporária
10.5.7.
de 180 dias após termino da terapêutica
Hipertiroidismo
Se função tiroideia alterada (exceto hipertiroidismo subclínico
sem necessidade de terapêutica). – Suspensão Temporária
de 180 dias
Se terapêutica com antitiroideus. – Suspensão Temporária de
10.5.8.
730 dias (2 anos) após termino da terapêutica
Hipertiroidismo
Se terapêutica com iodo radioativo. – Suspensão Temporária
Subclínico
de 180 dias após termino da terapêutica
Se T3 e T4 livres normais – Apto
Se função tiroideia alterada (exceto hipotiroidismo subclínico
sem necessidade de terapêutica). – Suspensão Temporária
10.5.9.
de 180 dias
Hipotiroidismo
Se início da terapêutica de substituição da tiroide (levotiroxina).
Autoimune
– Suspensão Temporária de 56 dias
Se alteração da dose de levotiroxina. – Suspensão
Temporária de 28 dias
Se T3 e T4 livres normais – Apto
Se terapêutica com antitiroideus. – Suspensão Temporária de
730 dias (2 anos) após termino da terapêutica
Se terapêutica com iodo radioativo. – Suspensão Temporária
10.5.10. de 180 dias após termino da terapêutica
Se função tiroideia alterada (exceto hipotiroidismo subclínico
10.5. TIROIDE

Hipotiroidismo
Secundário a sem necessidade de terapêutica). – Suspensão Temporária
Terapêutica com de 180 dias
Iodo Radioativo Se início da terapêutica de substituição da tiroide (levotiroxina).
– Suspensão Temporária de 56 dias
Se alteração da dose de levotiroxina. – Suspensão
Temporária de 28 dias
Se doença maligna – Suspensão Definitiva

Se T3 e T4 livres normais – Apto


Se função tiroideia alterada (exceto hipotiroidismo subclínico
10.5.11. sem necessidade de terapêutica). – Suspensão Temporária
Hipotiroidismo de 180 dias
Secundário a Se início da terapêutica de substituição da tiroide (levotiroxina).
Tiroidectomia – Suspensão Temporária de 56 dias
Parcial ou Total Se alteração da dose de levotiroxina. – Suspensão
Temporária de 28 dias
Se cirurgia no contexto de doença maligna – Suspensão
Definitiva
Se terapêutica com iodo radioativo. – Suspensão Temporária
de 180 dias após termino da terapêutica
Se início da terapêutica de substituição da tiroide (levotiroxina).
10.5.12.
– Suspensão Temporária de 56 dias
Hipotiroidismo
Se alteração da dose de levotiroxina. – Suspensão
Subclínico
Temporária de 28 dias
Se doença maligna – Suspensão Definitiva

Se função tiroideia alterada (exceto hipotiroidismo subclínico ou


10.5.13.
hipertiroidismo subclínico sem necessidade de terapêutica). –
Nódulo Coloide
Suspensão Temporária de 180 dias

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ENDOCRINOLOGIA

Se função tiroideia alterada (exceto hipotiroidismo subclínico

10.5. TIROIDE
sem necessidade de terapêutica). – Suspensão Temporária
10.5.14. de 180 dias
Tiroidite de Se início da terapêutica de substituição da tiroide (levotiroxina).
Hashimoto – Suspensão Temporária de 56 dias
Se alteração da dose de levotiroxina. – Suspensão
Temporária de 28 dias
10.6.1.
10.6. OUTROS

Neoplasias Suspensão Definitiva


Endócrinas
10.6.2.
Tumores /
Suspensão Definitiva
Carcinomas
Neuroendócrinos

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EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO

11. EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO

Se a pessoa candidata à dádiva aguarda resultados de exames complementares de


diagnóstico solicitados por rotina, sem sintomas associados, pode dar sangue.
A realização de exames e/ou análises com a finalidade diagnóstica e para orientação
terapêutica devem levar a uma avaliação e suspensão da pessoa candidata à dádiva até
conhecimento dos resultados e completo esclarecimento clínico.

Tipo de Exame Causa/Tipo Período de Suspensão


Suspensão temporária até
Diagnóstico
11.1. obtenção de resultado
CATETERISMO CARDÍACO Tratamento Avaliar de acordo com a causa.

11.2. Suspensão temporária até


CINTIGRAFIA obtenção de resultado
11.3. Suspensão temporária até
ELETROMIOGRAMA obtenção de resultado
11.4. Suspensão Temporária de 180 dias
EXAME COM INJEÇÃO DE Se patologia maligna – Suspensão
IODO RADIOATIVO Definitiva
Se executado com endoscópio rígido,
se a pessoa candidata à dádiva está
assintomática e se não aguarda
Endoscópios resultado do exame ou biópsia – Apto
Rígidos
11.5. (colposcopia, Nota: A artroscopia mesmo que
ENDOSCOPIAS artroscopia, exploradora e realizada com
NOTA: VER TAMBÉM CIRURGIAS retoscopia) fibroscópio rígido é geralmente um
LAPAROSCÓPICAS
exame mais invasivo pelo que poderá
requerer algum tempo de suspensão.
(ver capítulo 7. Cirurgia).
Suspensão Temporária de 120 dias,
Endoscópios
por maior dificuldade na sua eficiente
Flexíveis
desinfeção.
11.6.
RADIOISÓTOPOS
11.7. Suspensão temporária até
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA obtenção de resultado
11.8.
TOMOGRAFIA AXIAL
COMPUTORIZADA

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GASTROINTESTINAL

12. GASTROINTESTINAL

12.1. 12.1.1.
Suspensão Definitiva
DOENÇA Colite Ulcerosa
INFLAMATÓRIA 12.1.2.
Suspensão Definitiva
INTESTINAL Doença de Crohn

12.2.1.
Esofagite Aguda
por Refluxo Apto
Gastroesofágico/
Hérnia do Hiato

12.2. 12.2.2.
Após terapêutica – Suspensão Temporária de
DOENÇAS Esofagite Aguda
28 dias
Infeciosa
ESOFÁGICAS
12.2.3.
NÃO Esofagite Aguda
Se sintomático – Suspensão Temporária de 14
ONCOLÓGICAS Iatrogénica
dias
Se evidência de vigilância clínica e ausência de
critérios de malignidade – Apto
12.2.4. Se sintomático, solicitar relatório clínico –
Esófago de Barrett Suspensão Temporária de 28 dias
Presença de critérios de malignidade –
Suspensão Definitiva
12.3.1. Se sintomático e medicado – Suspensão
Úlcera Péptica Temporária, 14 dias após terapêutica
(Gástrica-Duodenal)
(excluída causa Se erradicação H. pylori – Suspensão
tumoral) Temporária, 14 dias após terapêutica
12.3.2. Se fase aguda – Suspensão Temporária, 14
Gastrite Crónica dias após terapêutica
(excluída causa Se erradicação H. pylori – Suspensão
tumoral) Temporária, 14 dias após terapêutica
12.3.
12.3.3.
DOENÇA Síndrome de
Associados a tumores de crescimento lento
GÁSTRICA E (pancreático) e MEN tipo I – Suspensão
Zollinger Ellison
Definitiva
INTESTINAL (Gastrinoma)
12.3.4. Suspensão Temporária, 14 dias após
Gastroenterite terapêutica
12.3.5. Se assintomático – Apto
Síndrome do Cólon Se sintomático e medicado – Suspensão
Irritável Temporária, 14 dias após terapêutica
Se assintomático – Apto
12.3.6.
Doença diverticular Se sintomático e medicado – Suspensão
Temporária, 14 dias após terapêutica

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GASTROINTESTINAL

12.4.1.
Suspensão Definitiva
Cirrose
12.4.2. Suspensão Temporária, 14 dias após
Colangite resolução clínica
12.4.3.
Suspensão Temporária, 14 dias após
Colecistite Aguda
resolução clínica
Não Obstrutiva
12.4.4. Suspensão Temporária, 14 dias após
Colelitíases resolução clínica
12.4.5.
Suspensão Temporária, 120 dias após
Se Tratamento
cirurgia
Cirúrgico
12.4. 12.4.6.
Colangite
DOENÇA Esclerosante
Suspensão Definitiva
HEPATOBILIAR Primária
Síndrome de Gilbert:
Se assintomático e sem medicação – Apto
12.4.7. Se sintomático e medicado – Suspensão
Hiperbilirrubinemias Temporária, 14 dias após terapêutica
Não Conjugadas S. Crigler-Najjar – Suspensão Definitiva
Doença de Wilson – Suspensão Definitiva
Hemocromatose – Ver capítulo 14.
Hematologia
12.4.8.
Hiperbilirrubinemias Hepatite Vírica – Ver capítulo 15. Infeciologia
Conjugadas S. Dubin-Johnson, S. Rotor – Suspensão
Definitiva
Se recuperação da função pancreática – Apto
12.5.1.
12.5. Pancreatite Aguda Se função pancreática alterada – Suspensão
DOENÇA Temporária de 180 dias
PANCREÁTICA 12.5.2.
Suspensão Definitiva
Pancreatite Crónica
12.6.
DOENÇA ONCOLÓGICA Suspensão Definitiva
GASTROINTESTINAL

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GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

13. GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Se amamentação for superior a 12 meses – Apto


13.1.
Suspensão Temporária de 90 dias após a amamentação
AMAMENTAÇÃO (respeitando sempre uma suspensão temporária de 180 dias
após o parto)
Critério Médico.
Se a gravidez terminou antes das 12 semanas de gestação e:
- Se sem significativa perda de sangue – Apto
Se a gravidez terminou antes das 12 semanas de gestação e:
13.2. - Se com perdas significativas de sangue, pelo aborto ou por
ABORTO gravidez ectópica – Suspensão Temporária de 180 dias
- Se tomou metotrexato, sem perdas de sangue significativas –
Suspensão Temporária de 90 dias, após última toma
Se a gravidez terminou após as 12 semanas – Suspensão
Temporária de 180 dias
Também denominada Displasia Cervical e Neoplasia Intersticial
Cervical, corresponde à transformação pré-maligna das células
pavimentosas da superfície do cérvix.
Classificação:
 CIN 1 (grau I) – Corresponde a displasia ligeira no 1/3 basal
do epitélio.
 CIN 2 (grau II) – Displasia moderada nos 2/3 basais do
epitélio.
 CIN 3 (grau III) – Displasia grave em mais de 2/3 do epitélio.
13.3. Também denominado carcinoma in situ.
CIN (NEOPLASIA
INTRAEPITELIAL Se CIN 1/CIN 2, com esfregaços regulares (Papanicolau) e
CERVICAL) realizados há menos de 12 meses – Apto
Se CIN 3 (Carcinoma in situ) e se completou o tratamento e o
seguimento não revelou células malignas, com relatório médico
– Apto

Por definição, o carcinoma cervical in situ não metastiza. O uso


do colposcópio não é motivo de suspensão.
Se sob investigação ou tratamento – Suspensão Temporária
de 90 dias após resolução clínica

Suspensão Temporária de 30 dias


13.4.
Avaliar causa.
CONIZAÇÃO Se malignidade – Suspensão Definitiva
(Ver capítulo 7. Cirurgia)
Apto
13.5.
CONTRACETIVOS Se aplicação de DIU ou Implante Contracetivo e assintomática
(ver capítulo 7. Cirurgia) – Suspensão Temporária de 7 dias

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GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

Suspensão Temporária de 180 dias (Ver capítulo 7. Cirurgia)


13.6. Se excluída patologia maligna ou por gravidez inferior a 12
CURETAGEM UTERINA semanas de gestação, sem complicações e sem perdas de
sangue significativas – Suspensão Temporária de 30 dias
Apto
13.7.
Ter em atenção eventual medicação analgésica (ver capítulo
ENDOMETRIOSE 16. Medicamentos)

Se a gravidez terminou antes das 12 semanas de gestação,


sem significativa perda de sangue – Apto

13.8. Critério Médico.


GRAVIDEZ Se parto ou interrupção após as 12 semanas – Suspensão
Temporária de 180 dias
Se hemorragia significativa por aborto ou gravidez ectópica
(Ver Doença trofoblástica gestacional) – Suspensão
Temporária de 180 dias
13.9. Avaliar causa.
HISTERECTOMIA Suspensão Temporária de 120 dias após procedimento
Se:
- medicada com ácido fólico, vitaminas ou minerais, ou;
- tratada com gonadotrofinas de origem não hipofisária, ou;
- tenta conceber naturalmente e não perdeu um período
menstrual – Apto
13.10. Se em estudo de infertilidade – Suspensão Temporária de 180
INFERTILIDADE (OU A dias
TENTAR ENGRAVIDAR ) Se recebeu esperma de dador – Suspensão Temporária de
180 dias
Se recebeu tratamento de fertilidade com citrato clomifeno
(Dufine®), Tamoxifeno, Orgalutron®, Decapeptyl® ou qualquer
outro estimulante da ovulação – Suspensão Temporária de 90
dias
13.11.
LAQUEAÇÃO DE Ver capítulo 7. Cirurgia
TROMPAS
Se sob terapêutica de substituição hormonal ou outros
tratamentos para controlar os sintomas de menopausa, ver
13.12. capítulo 16. Medicamentos.
MENOPAUSA Se secundária a tratamento para neoplasia maligna –
Suspensão Definitiva

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GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA

O período menstrual não contraindica a dádiva de sangue.

Se ocorrer dor do período e for bem controlada pela medicação,


ter em atenção o tipo da medicação – Apto

Se:
13.13. - Ausência de período (amenorreia - Excluir gravidez,
MENSTRUAÇÃO amamentação, menopausa, anticoncetivos ou outra causa
conhecida e benigna);
- está em estudo por períodos abundantes e prolongados;
- Se hemorragias menstruais abundantes em mulheres com
níveis de hemoglobina habitualmente baixos. Encaminhar para
médico assistente;
- Se tem dores menstruais intensas, não controladas
(dismenorreia). – Suspensão Temporária de 90 dias
Mola Hidatiforme
Até resolução completa (normalização do
não Invasiva (não
doseamento da gonadotrofina coriónica
13.14. maligna) em
humana) e de acordo com o tratamento –
DOENÇA tratamento e
Suspensão Temporária de 365 dias
TROFOBLÁSTICA seguimento
GESTACIONAL Mola Hidatiforme
Invasiva ou Suspensão Definitiva
Coriocarcinoma
Ver capítulo 7. Cirurgia
13.15. Se excluída malignidade– Suspensão Temporária de 120 dias
OOFORECTOMIA Se malignidade – Suspensão Definitiva
13.16. Suspensão Definitiva
PATOLOGIA MALIGNA Ver CIN (Neoplasia Intraepitelial Cervical).
13.17.
Em caso de terapêutica de substituição para a menopausa, sem
TERAPÊUTICA DE
sintomas ou prevenção da osteoporose, ver capítulo 16.
SUBSTITUIÇÃO Medicamentos.
HORMONAL
13.18.
TRATAMENTOS DE Ver Infertilidade.
INFERTILIDADE
13.19.
TUBERCULOSE Ver tuberculose.
GENITAL

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HEMATOLOGIA

14. HEMATOLOGIA
14.1. 14.1.1.
Doença
DOENÇAS
Oncológica Suspensão Definitiva
HEMATO- (ativa ou
ONCOLÓGICAS passada)
Se anemia aloimune (anticorpos resultantes de
gravidez) ou presença de anticorpo natural – Apto para
14.2.1. concentrado de eritrócitos (não separar plasma nem
Imunes plaquetas) desde que o valor da hemoglobina seja
(Autoimune, compatível com a dádiva de sangue ou história anterior
14.2. Iso/Alo- de anemia já corrigida.
ANEMIAS imune) Se anemias hemolíticas autoimunes e/ou síndrome de
HEMOLÍTICAS Evans – Suspensão Definitiva
ADQUIRIDAS 14.2.2.
Hemoglobi-
núria Suspensão Definitiva
Paroxística
Noturna
14.3.
ANEMIAS
Suspensão definitiva
HEMOLÍTICAS
CONGÉNITAS
Se:
 Valor de hemoglobina não compatível com a dádiva –
Suspensão Temporária baseada na avaliação
14.4.1.
individual do risco
Carenciais
 A pessoa dadora necessitar de terapêutica para
anemia (ferro, folatos, vitamina B12) – Suspensão
14.4. Temporária baseada na avaliação individual do risco
ANEMIAS Se:
HIPOPROLIFERA-  Valor de hemoglobina não compatível com a dádiva –
TIVAS Suspensão Temporária baseada na avaliação
14.4.2. individual do risco
Doenças A pessoa dadora necessitar de terapêutica para
Crónicas anemia (ferro, folatos, vitamina B12) – Suspensão
Temporária baseada na avaliação individual do risco
Se a doença de base excluir a dádiva – Suspensão
Definitiva
Se estado de portador de Hemofilia, portador do FV Leiden, mutação
do gene da protrombina, heterozigotia para MTHF e ausência de
manifestações clínicas – Apto
Se:
14.5.  Défices de Fatores da Coagulação Congénitos: Hemofilia A
DÉFICES / (Moderada e Grave), Hemofilia B (Moderada e Grave), Doença de Von
DESEQUILÍBRIOS Willebrand (Tipo 2 e 3), outros défices de Fatores da Coagulação;
DA COAGULAÇÃO I  Trombofilias (Défices de Inibidores da Coagulação), caso haja
história de pelo menos um episódio de Trombose Vascular;
 Coagulação Intravascular Disseminada;
 Hiperfibrinólise.
Suspensão Definitiva

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HEMATOLOGIA

Se:
 Hemofilia A leve;
 Hemofilia B leve;
14.6.  Doença de Von Willebrand tipo 1.
DÉFICES / Apto para concentrado de eritrócitos (não separar plasma nem
plaquetas)
DESEQUILÍBRIOS
Se:
DA COAGULAÇÃO  Hemofilia A leve;
II  Hemofilia B leve;
 Doença de Von Willebrand tipo 1;
Com existência de clínica hemorrágica e história de realização de
terapêutica de substituição – Suspensão Definitiva
14.7. Se:
DISTÚRBIOS  Trombastenia de Glanzman;
QUALITATIVOS  Síndrome de Bernard Soulier.
DAS PLAQUETAS Suspensão Definitiva
A existência de história familiar não contraindica a dádiva.
Se clinicamente estáveis, mesmo que em programa de flebotomias de
14.8.
manutenção (não intensivo) e se não apresentarem atingimento
HEMOCROMATOSE hepático ou cardíaco e se não se encontrarem em programa de
quelação com quelantes orais – Apto
14.9.
Se a etiologia da poliglobulia não constitui critério de exclusão para a
POLIGLOBULIAS dádiva – Apto
SECUNDÁRIAS
Se, Porfiria Cutânea Tarda (PCT) em remissão e sem evidência de
lesões cutâneas /Porfiria Hepatoeritropoiética (HEP), desde que seja
garantido que a dádiva é voluntária e altruísta (isenção de taxas
14.10. moderadoras para flebotomias) – Apto
PORFIRIAS Se porfiria aguda intermitente, porfiria variegada ou coproporfiria
hereditária – Suspensão Temporária de 365 dias após a última
crise
Se Porfirias Eritropoiéticas – Suspensão Definitiva
14.11.
PORTADORAS DE Apto
HEMOFILIA
Se valor de hemoglobina for compatível com a dádiva e, no caso do
traço drepanocítico, não existirem problemas na filtração do sangue –
14.12. Apto
PORTADORES DE Se valor de hemoglobina não for compatível com a dádiva e, no caso
TRAÇOS do traço talassémico – Suspensão Temporária de acordo com a
TALASSÉMICOS OU avaliação individual do risco
DREPANOCÍTICOS Se valor de hemoglobina não for compatível com a dádiva e, no caso
do traço drepanocítico, existirem problemas na filtração do sangue –
Suspensão Definitiva
14.13.  Anemia Aplásica, Aplasia Eritroide Pura, Anemia Deseritropoiética
Congénita, Anemia Sideroblástica Congénita, Anemia de Fanconi,
SÍNDROMES DE
Síndrome de Shwachman-Diamond, Síndrome de Blackfan-Diamond,
FALÊNCIA Disqueratose Congénita.
MEDULAR Suspensão Definitiva

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PO.9.5

NIAS
ALG O RITM O D E ABO RDAGEM À AN EM IA N O DADO R 14.14.
(Br J Anaesth. Jan 2011; 106(1): 13–22- NATA GUIDELINES)

H b<12 g/dl m ulheres, H b<13 g/dl hom ens N enhum a intervenção


(confirm ado em hem ogram a) necessária
Não
TROMBOCITOPE-

Sim

Avaliar cinética de ferro

Ferritina<30 ug/L e/ou Ferritina 30-100 ug/L e/ou Ferritina >100 ug/L e sat. Creatinina sérica/taxa de
filtração glom erular
Imunes

sat. Transf. < 20% sat. Transf. < 20% Transf. < 20%

Anorm al N orm al Vit B12 e/ou


ac fólico
Se:
Se:

T +351 210 06 30 46
Excluir deficiência de
ferro
D oença renal
Apto

N orm al Baixo
Défice de ferro crónica

Investigar etiologia e avaliar


Ponderar observação
benignas, ou

necessidade de consulta
por nefrologia
especializada

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Sem resposta

F +351 210 06 30 70
Anem ia de doença
Terapia com ferro:

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crónica
• Ferro vo 3 mg/kg/dia
• Ferro ev se intolerância ao ferro oral ou défice
de absorção ou necessidade de correção rápida Terapia com ac.
(ver cálculo da dose em baixo)
fólico e/ou vit. B12
Orientar para consulta
•Vitamina B12 – cianocobalamina 1 mg intramuscular/semana durante 4 semanas. especializada- Agentes
•Ácido fólico – 5 mg/dia via oral durante 4 semanas estimuladores da
•Carboximaltose ferrico- 1 gr ev dose única
•Ferro ev- Cálculo de défice de ferro em mg: peso doente (kg) x (Hb ideal g/l-Hb real g/l)x 0.24 + ferro reserva (calcular 500 mg) eritropoiese
•Epoietina beta (NEORECORMON): 10000 ui sc 2 vezes/semana durante 4 semanas. O Valor de EPO fornecido pelo laboratório deve ser ajustado ao valor
de Hb do doente
Ferro de reserva: se peso< 35 kg, calcular 15 mg/kg. Se peso> 35 kg calcular 500 mg

Email: diripst@ipst.min-saude.pt
 PTI aguda em remissão há pelo menos 5 anos, sem
outros indicadores de doença autoimune sistémica –

 trombocitopenias imunes crónicas ou recidivantes, ou


 microangiopatias trombóticas – Suspensão Definitiva

Página 55 de 99
 macrotrombocitopenias hereditárias crónicas familiares
HEMATOLOGIA
INFECIOLOGIA

15. INFECIOLOGIA

15.1. Suspensão Temporária de 15 dias após


Infeção
ACTINOMICOSE resolução da infeção
Apto
(É indicada apenas quando existe um risco de
Vacina
infeção: técnicos de laboratório ou militares
15.2. envolvidos em guerras com uso de arma biológica).
ANTRAZ Suspensão Temporária de 15 dias após resolução
(CARBÚNCULO) Infeção
da infeção
Suspensão Temporária de 30 dias após
Exposição
exposição
Avaliar se há antecedentes de infeção nos residentes
ou nos visitantes de zonas endémicas: Connecticut,
Prevenção
Massachussetts, New Jersey, New York, Rhode
Island, Minnesota e Wisconsin.
15.3. Não é transmitida de pessoa para pessoa, requer um
vetor: carraça (Ixodes). Ocorrência SAZONAL, não
BABESIOSE Contato com
contagiosa.
Infeção
Se exposto ao risco de infeção – Suspensão
Temporária de 90 dias após exposição
Infeção Suspensão Definitiva
15.4.
BILHARZIOSE OU
Suspensão Temporária de 365 dias após
SCHISTOSOMOSE Infeção
resolução clínica
(ESQUISTOSSO-
MIASE)
Suspensão Temporária de 15 dias após
Infeção
resolução clínica
Tratamento
com Toxina
15.5. Botulínica Se aplicação médica – Suspensão Temporária de
BOTULISMO (estrabismo, 1 dia
blefarospasmo Se aplicação em centro de cosmética – Suspensão
; aplicação de Temporária de 120 dias
Botox -
cosmética)
15.6. Suspensão Temporária de 730 dias (2 anos)
Infeção
BRUCELOSE após resolução clínica
Se sem complicações e sob terapêutica local – Apto
15.7. Se sob medicação oral – Suspensão Temporária de
CANDÍDIASE 7 dias após terminar antifúngico
Infeção
GENITAL (OU Se recidiva após paragem de tratamento, avaliar
imunossupressão.
MONILÍASE)
Eventos de repetição podem ser marcadores de
comportamentos sexuais de risco.
15.8. Suspensão Temporária de 15 dias após resolução
Infeção
CAMPILLOBACTER clínica

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INFECIOLOGIA

Apto
Contato com
(Avaliar se a pessoa candidata à dádiva esteve
pessoa
exposta ao mesmo risco que o indivíduo com quem
infetada
contatou).
Se não manifesta nenhum sintoma que possa ser
15.9. Exposição ao atribuível à infeção – Suspensão Temporária de 28
CHIKUNGUNYA risco de dias após o regresso
infeção Se doença febril durante a estadia ou após regresso
(viagens) de zona endémica – Suspensão Temporária de 120
dias após resolução clínica
Suspensão Temporária de 120 dias após
Infeção
resolução da infeção
Apto
Contato com
(Avaliar se a pessoa candidata à dádiva esteve
pessoa
exposta ao mesmo risco que o indivíduo com quem
infetada
contatou).
Exposição ao
risco de
15.10. infeção
Suspensão Temporária de 7 dias após o regresso
CÓLERA (viagens)
Suspensão Temporária de 15 dias após resolução
Infeção
clínica

Imunização
Ver capítulo 23. Vacinas.
(inativada)
15.11. Infeção Suspensão Temporária de 30 dias após
DOENÇA DE LYME (aguda) resolução clínica
(BORRELIOSE DE Se complicações crónicas – Suspensão Definitiva
LYME)
15.12. Contato com
Suspensão Temporária de 30 dias após a última
DOENÇAS pessoa
exposição
infetada
EXANTEMÁTICAS:
SARAMPO, Suspensão Temporária de 15 dias após
Infeção
resolução clínica
RUBÉOLA,
PAROTIDITE E Imunização Ver capítulo 23. Vacinas.
VARICELA
Apto
Contato com (Avaliar se a pessoa candidata à dádiva esteve
pessoa infetada exposta ao mesmo risco que o indivíduo com quem
contatou).
15.13. Infeção
Suspensão Temporária de 15 dias após
ENCEFALITE DA resolução da infeção
CARRAÇA Se foi exposto
ao risco de Suspensão Temporária de 30 dias
infeção
Imunização
Ver capítulo 23. Vacinas.
(inativada)

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INFECIOLOGIA

Apto
Contato com (Avaliar se a pessoa candidata à dádiva esteve
pessoa infetada exposta ao mesmo risco que o indivíduo com quem
contatou).
15.14. Suspensão Temporária de 365 dias após
ENCEFALITE Infeção resolução da infeção (persistência nas células
mononucleares do sangue periférico).
JAPONESA
Se foi exposto
ao risco de Suspensão Temporária de 30 dias
infeção
Imunização Ver capítulo 23. Vacinas.
15.15.
Suspensão Temporária de 30 dias após resolução clínica
ERISIPELA
15.16. FEBRES HEMORRÁGICAS (FH) VIRAIS
Apto
Contato com (Avaliar se a pessoa candidata à dádiva esteve
pessoa infetada exposta ao mesmo risco que o indivíduo com quem
contatou).
Se não manifesta nenhum sintoma que possa ser
atribuível à infeção – Suspensão Temporária de
15.16.1. Exposição ao 28 dias após o regresso
DENGUE risco de infeção Se doença febril durante a estadia ou após
(viagens) regresso de zona endémica – Suspensão
Temporária de 120 dias após resolução da
infeção
Suspensão Temporária de 120 dias após
Infeção
resolução clínica
As recomendações mencionadas não se aplicam em caso de
colheita de plasma em doente convalescente de Ébola.
Se foi exposto ao risco
de infeção (viagens a Suspensão Temporária de 60 dias
zonas de transmissão (duas vezes o período de incubação)
comunitária)
15.16.2. Infeção ou
ÉBOLA Contato sexual ou Suspensão Definitiva
outro com pessoa (por ausência de testes diagnósticos ou
infetada rastreio).
Se contato sexual com Suspensão Temporária de 60 dias após
pessoa recuperada o último contato sexual
Se imunização Ver capítulo 23. Vacinas.

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INFECIOLOGIA

Apto
Contato com (Avaliar se a pessoa candidata à dádiva esteve
pessoa infetada exposta ao mesmo risco que o indivíduo com quem
contatou).
Suspensão Temporária de 30 dias após
15.16.3. Infeção
resolução clínica
FEBRE AMARELA Se foi exposto
ao risco de Suspensão Temporária de 30 dias
infeção
Imunização
Ver capítulo 23. Vacinas.
(vacina viva)
Se foi exposto ao risco
15.16.4. de infeção (viagens a Suspensão Temporária de 30 dias
FEBRE zonas de transmissão (dobro do período de incubação)
HEMORRÁGICA DA comunitária)
CRIMEIA-CONGO Infeção ou contato com Suspensão Definitiva
indivíduo infetado
15.16.5.
OUTRAS FEBRES
HEMORRÁGICAS Se foi exposto ao risco
Suspensão Temporária
(FH) VIRAIS de infeção (viagens a
(dobro do período de incubação da
(Febre do Vale do zonas de transmissão
doença)
Rift, FH de Alkhurma, comunitária)
FH de Chapare,
Sindroma Pulmonar
Hantavirus, FH com
Síndroma Renal,
Doença da Floresta
Kyasanur, Febre de Infeção ou contato com
Lassa, FH de Lujo, Suspensão Definitiva
indivíduo infetado
FH de Marburg, FH
de Omsk, Infeção por
Arena Vírus)
Suspensão Temporária de 730 dias (2 anos)
15.17. Febre Q aguda
após resolução clínica
FEBRE Q Febre Q crónica Suspensão Definitiva
Avaliar situação clínica, incluindo doença cardíaca crónica e
terapêutica, solicitar relatório médico.
15.18.
Após resolução clínica – Suspensão Temporária de 730 dias (2
FEBRE REUMÁTICA anos)
Se doença cardíaca crónica – Suspensão Definitiva
Para infeção por Salmonella não tifoide ver 15.48. Salmonella.
Apto
Contato com
(Avaliar se a pessoa candidata à dádiva esteve
pessoa
15.19. infetada
exposta ao mesmo risco que o indivíduo com quem
FEBRE TIFÓIDE contatou).
Suspensão Temporária de 180 dias após
Infeção
resolução clínica
Imunização Ver capítulo 23. Vacinas.

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INFECIOLOGIA

15.20. Se ausência de clínica, e por ausência de teste


FILARÍASE OU Risco geográfico de rastreio válido – Suspensão Temporária de
365 dias após regresso de zona endémica
FILARIOSE
LINFÁTICA Infeção Suspensão Definitiva
(ELEFANTÍASE)
15.21.
Apto
GIARDÍASE
Suspensão Temporária de 365 dias após
terminar tratamento ou após último contato
Contato com sexual com pessoa infetada
15.22. pessoa infetada Nota: Eventos de repetição podem ser
GONORREIA marcadores de comportamentos sexuais de
risco.
Suspensão Temporária de 180 dias após
Infeção
resolução clínica
Contato com
pessoa infetada, Suspensão Temporária de 15 dias
assintomático
Suspensão Temporária de 15 dias após
resolução clínica
15.23. Caso apresente síndrome gripal (febre, tosse e
GRIPE Infeção mialgias) ou sintomatologia semelhante com
febre indeterminada no período temporal
compreendido entre 1 de maio e 31 de Outubro
de cada ano, é suspenso por 28 dias.
Vacina Ver capítulo 23. Vacinas.
Contato com
Suspensão Temporária de 28 dias
15.24. pessoa infetada
GRIPE AVIÁRIA Infeção
Suspensão Temporária de 15 dias após
resolução clínica
Contato com Se imune – Apto
pessoa infetada
Se parceiro sexual – Suspensão Temporária
(sexual, coabitação
/ contato de 180 dias após a cura da pessoa infetada
doméstico) ou após o último contato sexual
Suspensão Temporária de 180 dias após
Infeção
resolução clínica
(VHA, VHE, origem
Se TAN com resultado negativo – Suspensão
desconhecida)
Temporária de 90 dias após resolução clínica
15.25. Se exposto ao
HEPATITE A risco de infeção Suspensão Temporária de 90 dias
E (surto, viagem)
HEPATITE E Se fez vacina VHA sem exposição prévia ao
agente – Apto
Se fez vacina VHA associada ao VHB sem
Imunização exposição prévia ao agente – Suspensão
(após e sem Temporária de 7 dias após imunização
exposição) Se fez vacina VHA pós exposição, sem infeção
– Suspensão Temporária de 42 dias após
imunização
Se fez Imunoglobulina – Suspensão
Temporária de 180 dias

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INFECIOLOGIA

Se coabitação – Suspensão Temporária de


180 dias após o último contato, exceto em
Contato com caso de imunidade.
pessoa infetada Se contato sexual e marcadores serológicos e
moleculares da infeção negativos ou, se anti-
(coabitação, HBc positivo, anti-HBs reativo (≥ 100 UI/L) e
contato sexual) TAN VHB e AgHBs negativos – Suspensão
Temporária de 365 dias após o último
contato sexual
Se os marcadores serológicos e moleculares de
infeção forem negativos ou, se anti-HBc positivo,
Infeção anti-HBs reativo (≥ 100 UI/L) e TAN VHB e
15.26.
AgHBs negativos – Suspensão Temporária de
HEPATITE B 365 dias após a resolução clínica
Se exposição seguida de imunização –
Suspensão Temporária de 365 dias após a
exposição, desde que tenha marcadores
serológicos de infeção negativos ou se tiver
Imunização (após e imunidade (anti-HBc reativo, mas anti-HBs ≥ 100
sem exposição ao mUI/ml, com TAN VHB e AgHBs negativos).
agente infecioso) Se imunização VHB sem exposição –
Suspensão Temporária de 7 dias após a
imunização
Nota: O resultado AgHBs pode ser positivo num
curto período após a imunização.
Se coabitação – Apto
Contato com Informar sobre fatores de risco.
pessoa infetada
Se parceiro sexual – Suspensão Temporária
15.27. (coabitação, de 365 dias após o último contato sexual.
HEPATITE C contato sexual) Avaliação analítica posterior, aceite se
marcadores negativos.
Infeção Suspensão Definitiva
15.28. Suspensão Temporária de 15 dias após a
Infeção
HEPATITE G resolução clínica

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INFECIOLOGIA

HSV-1: mais frequentemente herpes labial,


gengivoestomatite e faringite herpética podendo
ocorrer manifestação genitoanal. HSV-2: herpes
mais frequentemente genitoanal.
Se lesões em fase de crosta e na ausência de
Infeção HSV-1 e 2 prurido ou ardor local – Apto
Se a fazer profilaxia com antivíricos orais sem
imunossupressão – Apto
Se lesões ativas por risco de transmissão da
infeção do vírus ou de sobreinfeção local –
15.29. Suspensão Temporária até resolução clínica
HERPES VÍRUS Se infeção – Suspensão Temporária de 180
(HSV 1 E 2, VÍRUS Infeção VZV:
dias após resolução clínica
VARICELA varicela ou
Se contato com pessoa infetada – Suspensão
reativação zona
ZOSTER, HHV 6 E Temporária de 60 dias após o último contato
7, EBV, CMV, Se infeção – Suspensão Temporária de 180
Infeção EBV
HHV-8 dias após resolução clínica
(mononucleose
Se contato com pessoa infetada – Suspensão
ASSOCIADO AO por EBV)
Temporária de 120 dias após o último contato
SARCOMA Infeção CMV (pode Se infeção – Suspensão Temporária de 180
KAPOSI) evoluir para dias após resolução clínica
síndrome Se contato com pessoa infetada – Suspensão
mononucleósida) Temporária de 60 dias após o último contato
Infeção HHV-6 ou
Se contato com pessoa infetada – Suspensão
HHV-7: roséola
Temporária de 30 dias após o último contato
infantil
Infeção ou contato com pessoa infetada –
Infeção HHV-8
Suspensão Definitiva
Suspensão Temporária de 365 dias após final
Encefalite
do tratamento (para segurança da pessoa
herpética
candidata à dádiva)
Se remoção cirúrgica ou outras técnicas (PAIR) sem recidivas e
15.30.
quando quisto solitário – Suspensão Temporária de 730 dias (2
HIDATIDOSE anos) após final do tratamento
Infeção superficial causada por Staphylococcus Aureus ou
15.31.
Streptococcus Pyogenes.
IMPETIGO Suspensão Temporária de 28 dias após resolução clínica
Apto
15.32. Contato com (Avaliar se a pessoa candidata à dádiva esteve
LEGIONELOSE OU pessoa infetada exposta ao mesmo risco que o indivíduo com
DOENÇA DOS quem contatou).
LEGIONÁRIOS Infeção (aguda)
Suspensão Temporária de 28 dias após
resolução clínica
Se apenas para fracionamento de plasma - Apto
Se foi exposto ao Se permanência superior a 6 meses em zona
15.33. risco de infeção endémica – Suspensão Temporária de 365
(viagem a zona dias após regresso
LEISHMANIOSE
endémica) Ver Risco Geográfico
Infeção (visceral –
Suspensão Definitiva
Kala-azar)

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INFECIOLOGIA

15.34. Se contato com pessoa infetada – Suspensão


LEPRA OU Contato com Definitiva
pessoa infetada O período de incubação pode chegar aos cinco
HANSENÍASE OU anos após um contato infecioso.
DOENÇA DE
HANSEN Infeção (crónica) Suspensão Definitiva

Apto
Contato com Avaliar se a pessoa candidata à dádiva esteve
15.35. pessoa infetada exposta ao mesmo risco que o indivíduo com
LEPTOSPIROSE quem contatou e em caso positivo – Suspensão
Temporária de 30 dias após exposição
Suspensão Temporária de 15 dias após
Infeção (aguda)
resolução clínica
Apto
Contato com Avaliar se a pessoa candidata à dádiva esteve
15.36. pessoa infetada exposta ao mesmo risco que o indivíduo com
LISTERIOSE quem contatou e em caso positivo – Suspensão
Temporária de 30 dias após exposição
Suspensão Temporária de 15 dias após
Infeção (aguda)
resolução da infeção
Se apenas para fracionamento de plasma – Apto, mesmo sem teste.
Pessoas que
viveram numa Suspensão Temporária de 120 dias após
zona endémica de regresso de zona endémica e aceite
malária pelo posteriormente se teste imunológico negativo.
menos seis meses Se teste imunológico repetidamente reativo –
de forma contínua Suspensão Temporária de 1095 dias (3 anos)
em qualquer altura e sujeito a reavaliação após este período.
da vida
Suspensão Temporária de 1095 dias (3 anos)
após cessação de tratamento e ausência de
sintomas com teste imunológico negativo.
Pessoas com Suspensão Temporária de 120 dias após
15.37. antecedentes de regresso de zona endémica e aceite
malária posteriormente se teste imunológico negativo.
MALÁRIA OU Nota: O teste do genoma molecular deve ser
PALUDISMO (COM utilizado para diagnóstico de infeção e não para
OU SEM aceitação de dádiva.
PROFILAXIA) Suspensão Temporária de 120 dias após
regresso de zona endémica e aceite
posteriormente se teste imunológico negativo.
Visitantes
Se teste imunológico repetidamente reativo:
assintomáticos de
Suspensão temporária de 1095 dias (3 anos) e
zonas endémicas
sujeito a reavaliação após esse período.
Se o teste não for realizado pode ser aceite 365
dias após regresso de zona endémica.
Pessoas com
antecedentes de
Suspensão Temporária de 120 dias após
afeção febril não
cessação de tratamento e ausência de
diagnosticada
sintomas, com realização de teste imunológico
durante ou seis
após este período.
meses após visita
a zona endémica

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INFECIOLOGIA

Se foi exposto ao
risco de infeção:
 Viagens
realizadas a
país/região com
Suspensão Temporária de 14 dias
epidemia de
meningite
meningocócica
15.38.  Contato com
MENINGITE pessoa infetada
AGUDA Se contato com
pessoa infetada,
Suspensão Temporária de 14 dias
fez profilaxia e não
tem sintomas
Suspensão Temporária de 180 dias após
Infeção resolução clínica.
Avaliar a presença de sequelas.
Imunização Ver capítulo 23. Vacinas.
Suspensão Temporária de 28 dias após
Infeção
15.39. resolução clínica e cessação de terapêutica
MERS-COV Suspensão Temporária de 14 dias, após a
Exposição ao risco
última exposição
15.40.
MICOSES Se sem complicações e apenas sob terapêutica local – Apto
(MICOSES
UNGUEAIS Se medicação oral – Suspensão Temporária de 7 dias após
CRÓNICAS, TINHA, terminar antifúngico
PÉ DE ATLETA)
15.41. Suspensão Temporária de 730 dias (2 anos) após terminar o
OSTEOMIELITE tratamento e estar curado
Os antiparasitários não contraindicam a dádiva.
15.42. Se a parasitose é sintomática (diarreia, anorexia) ou quando se
PARASITOSES suspeita de compromisso de outros órgãos (amebíase, teníase) –
INTESTINAIS Suspensão Temporária até terminar o tratamento e melhoria dos
sintomas.
Suspensão Temporária de 15 dias após resolução clínica, exceto
15.43. se anemia aplásica (mantém virémia) ou anemia crónica.
PARVOVÍRUS Se anemia aplásica (mantém virémia) ou anemia crónica – Suspensão
Definitiva
15.44.
Suspensão Temporária de 7 dias após
PIOLHOS E Infeção
resolução clínica
PULGAS
Se acidente com
animal e fez vacina
pós exposição e Suspensão Temporária de 365 dias
15.45. administração de
RAIVA Imunoglobulinas
Infeção Suspensão Definitiva
Imunização sem
Ver capítulo 23. Vacinas.
exposição

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INFECIOLOGIA

15.46. Suspensão Temporária de 180 dias após


Infeção
RICKETTSIOSES resolução clínica
15.47.
Suspensão Temporária de 15 dias após
SALMONELA Infeção
resolução clínica
(NÃO TIFOIDE)
15.48. Suspensão Temporária de 7 dias após
Infeção
SARNA resolução clínica
Os potenciais dadores com infeção COVID-
Infeção 19 confirmada não são elegíveis para a dádiva
de sangue.
Os potenciais dadores que recuperaram da
infecção COVID-19 ficam suspensos
temporariamente para a dadiva de sangue por
Antecedentes de
um período de pelo menos 14 dias após a
Infeção
resolução dos sintomas e recuperação clinica
total ou evidencia laboratorial de clearance do
RNA viral do trato respiratório superior.
15.49. Suspensão Temporária para a dádiva de
Exposição ao risco sangue até a realização de teste laboratorial
SARS-COV-2 – Contato de baixo para SARS-CoV-2 com resultado negativo.
(COVID-19) risco com caso Estes testes devem ser realizados de acordo
confirmado COVID- com a Norma 015/2020 da DGS o mais
19 precocemente possível e até ao 3º dia após a
data da última exposição ao caso confirmado.
Suspensão Temporária para a dádiva de
Exposição ao risco sangue até a realização de segundo teste
- Contato de alto laboratorial para SARS-CoV-2 com resultado
risco com caso negativo. Estes testes devem ser realizados de
confirmado COVID- acordo com a Norma 015/2020 da DGS ao 7º dia
19 após a data da última exposição ao caso
confirmado (inclusive).
Se IgM e/ou IgG anti-Treponema pallidum
Infeção
positivos – Suspensão Definitiva
Se contacto sexual – Suspensão Temporária
15.50. SÍFILIS Contato com de 90 dias (3 meses) após cura do parceiro
pessoa infetada ou cessação do contato sexual. Avaliação
analítica posterior.

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INFECIOLOGIA

Reforço profilático
Apto
com vacinação
Suspensão Temporária de 28 dias após
15.51. Infeção
resolução clínica
TÉTANO Exposição de risco Suspensão Temporária de 28 dias
Tratamento com
Suspensão Temporária de 180 dias
imunoglobulina
Se apenas para fracionamento de plasma – Apto, mesmo sem
15.52. realização de teste.
TOXOPLASMOSE Infeção
Suspensão Temporária de 180 dias após
resolução clínica
15.53.
TRIPANOSSOMO-
SE AFRICANA Infeção Suspensão Definitiva
(DOENÇA DO
SONO)
Infeção Suspensão Definitiva
Se teste negativo 6 meses após regresso de
Naturais e
zona endémica – Apto
descendentes de
Se regressou de zona endémica há menos de
naturais de zona
180 dias – Suspensão Temporária de 180 dias
endémica
após regresso
15.54. Se transfundido antes de 1980 e é possível
TRIPANOSSOMOSE realizar teste validado – Apto
Se transfundido antes de 1980 e não é possível
AMERICANA Transfundidos em realizar teste validado – Apto apenas para
(DOENÇA DE zona endémica fracionamento de plasma
CHAGAS) Se transfundidos após 1980 – Suspensão
Definitiva pelo critério transfusional.
Se teste negativo 6 meses após regresso de
zona endémica – Apto
Risco geográfico Se regressou de zona endémica há menos de
180 dias – Suspensão Temporária de 180 dias
após regresso
Teste Mantoux Teste indicativo de contato com o Bacilo de Koch
(PPD – purified (não é diagnóstico):
protein derivative, Se realizado por rotina e <0.5mm – Apto
prova da Se realizado após exposição – Suspensão
tuberculina). A Temporária até confirmação do resultado
leitura deve ser
feita 4 dias depois.
15.55. Suspensão temporária até completa exclusão
Contato com
TUBERCULOSE pessoa infetada
da possibilidade de infeção pela realização de
exames
Suspensão Temporária de 730 dias após
Infeção
resolução clínica (confirmação de cura)
Suspensão Temporária de 730 dias após o
IGRA+
tratamento e cura documentada
Imunização BCG Ver capítulo 23. Vacinas.
15.56.
Suspensão Definitiva
TULAREMIA

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INFECIOLOGIA

Se coabitação – Apto e informar sobre


fatores de risco.
Se avaliação analítica negativa 365 dias
após último contato com pessoa infetada –
Contato com pessoa Apto
15.57. infetada Se contato sexual com pessoa infetada –
VÍRUS DA Suspensão temporária de 365 dias após o
IMUNODEFICIÊN- último contato
Aceite com avaliação analítica posterior
CIA HUMANA
negativa.
(VIH/SIDA) Suspensão temporária de 90 dias
Profilaxia Pré ou Pós Se considerarmos que a exposição será
Exposição contato sexual, está incluído na entrada
anterior – “Contato com Pessoa Infetada”
Infeção Suspensão Definitiva
Se coabitação – Apto e informar sobre
fatores de risco.
Fatores de risco:
 Pessoas candidatas à dádiva que vivam
ou sejam provenientes de zonas de
elevada prevalência;
 Pessoas candidatas à dádiva com contato
sexual com nova pessoa proveniente de
15.58. zonas de elevada prevalência;
 Pessoas candidatas à dádiva cujos pais
VÍRUS Contato com pessoa
sejam provenientes de zonas de elevada
LINFOTRÓPICO infetada / exposição à
prevalência;
DAS CÉLULAS T infeção
Deve ser pedido teste de rastreio.
HUMANAS Contato sexual com pessoa de zona
(HTLV I E II) endémica – Suspensão Temporária de 3
meses. Apto com avaliação analítica
posterior negativa. Avaliar outros critérios de
Risco Geográfico.
Contato sexual com pessoa infetada –
Suspensão Temporária de 12 meses após
o último contato sexual. Apto com
avaliação analítica posterior negativa.
Infeção Suspensão Definitiva
Se apenas para fracionamento de plasma – Apto, mesmo sem
realização de teste.
Apto
Contato com pessoa Avaliar se a pessoa candidata à dádiva
15.59. infetada esteve exposta ao mesmo risco que o
indivíduo com quem contatou.
VÍRUS DO NILO
Suspensão temporária de 28 dias de após
OCIDENTAL (WEST regresso de zona endémica
NILE VÍRUS) Se foi exposto ao risco
No caso de endemia considerar a
de infeção
possibilidade de realizar teste serológico
para encurtar período de suspensão.
Suspensão temporária 120 dias após
Infeção
resolução clínica

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INFECIOLOGIA

Se não houver lesões na pele ou sinais inflamatórios em redor das


15.60. “verrugas” de HPV – Apto
VÍRUS PAPILOMA Se em tratamento ou se estiver a aguardar resultado de exames –
HUMANO (HPV) Suspensão temporária até finalizar tratamento ou obter resultado
de exames.
15.61.
YERSINOSE Suspensão temporária de 1 mês após
Infeção
(YERSINIA resolução clínica
ENTEROCOLITICA)
Suspensão temporária de 28 dias após
Infeção
resolução clínica
Se não manifesta nenhum sintoma que
possa ser atribuível à infeção – Suspensão
Temporária de 28 dias após o regresso
Se foi exposto ao risco
de infeção (viagens) Se doença febril durante a estadia ou após
regresso de zona endémica – Suspensão
Temporária de 28 dias após resolução da
infeção
Apto
Contato não sexual (Avaliar se a pessoa candidata à dádiva
com pessoa infetada esteve exposta ao mesmo risco que o
indivíduo com quem contatou).
15.62. Suspensão Temporária de 28 dias após o
ZIKA último contato sexual com homem com
diagnóstico de Zika.

Suspensão Temporária de 28 dias após o


último contato sexual com homem que
residiu ou viajou para área de
Contato sexual com
transmissão ativa nos 3 meses anteriores
pessoa infetada
ao contato sexual.

Suspensão Temporária de 28 dias após o


último contato sexual com mulher que
residiu ou viajou a área de transmissão
ativa nos 2 meses anteriores ao contato
sexual.

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MEDICAMENTOS

16. MEDICAMENTOS
Os medicamentos com maior utilização nas pessoas candidatas à dádiva terão um nível
residual nos componentes sanguíneos, e será tão baixo que o significado biológico não será
relevante na pessoa recetora, exceção para os identificados como teratogénicos.
Atenção particular deverá ser dada a imunossupressores e imunomodeladores e quando a
medicação aumenta o risco de reação adversa na pessoa candidata à dádiva.
Princípio Ativo/Nome
Classe/Grupo Comercial Critério a aplicar
(Exemplos)
Avaliar causas de prescrição.
16.1. Se terapêutica da gota – Suspensão
AGENTE Colchicina Temporária de 30 dias
ANTIMITÓTICO Se doença autoimune – Suspensão
Definitiva
Paracetamol, Ben U
Ron ® Avaliar a doença de base, pois não
16.2. Tramadol, Tramal® contraindicam a dádiva. – Apto
ANALGÉSICOS Zaldiar®
Analgésicos Opioides Critério clínico – Suspensão Temporária
16.3. Lorazepam, Buspirona,
ANSIOLÍTICOS / Alprazolam,Zolpidem, Desde que se sinta bem – Apto
SEDATIVOS Diazepam
16.4. Ulcermin®, Se assintomático – Apto
ANTIÁCIDOS, Kompensan®, Se sob estudo e até à conclusão do
INCLUINDO
Omeprazole, mesmo – Suspensão Temporária de 30
Pantoprazole dias
AGONISTAS DE
RECETORES H2 E Misoprostol, Cytotec®
INIBIDORES DA (potencialmente Suspensão Temporária de 30 dias
abortivo)
BOMBA DE PROTÕES
AAS®, Tromalyt®, Excluir patologia cardíaca e vascular.
Cartia®, Triflusal, Colheita de Sangue Total dar indicação
Tecnosal® de não separar para plaquetas – Apto
Atuam inibindo a Colheita para CEA e PFA – Apto
cicloxigenase Colheita CPA – Suspensão Temporária
plaquetar de 5 dias após a última toma
16.5. Ticlopidina, Tiklyd®, Excluir patologia cardíaca e vascular
ANTIAGREGANTES Keriten® e Colheita de Sangue Total dar indicação
PLAQUETARES Clopidogrel, Plavix®, de não separar para plaquetas – Apto
Ticagrelor
Inibição irreversível do Colheita de CE e PFA – Apto
recetor da adenosina Colheita CPA – Suspensão Temporária
difosfato (ADP) de 14 dias após a última toma
Vorapaxar, Atoxapan
Suspensão Temporária de 30 dias
Antagonistas dos
após a última toma
recetores PAR1

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MEDICAMENTOS

16.6.
Pela patologia de base – Suspensão
ANTIARRÍTMICOS E Definitiva
CARDIOTÓNICOS
Amoxicilina,
Eritromicina, Avaliar a causa.
Flucloxacilina,
Cefalexina, Suspensão Temporária de 14 dias
Cefuroxima, Ciprofloxa- após a última toma
cina, Norfloxacina
16.7. Se tetraciclinas de 1ª Geração
ANTIBIÓTICOS / Tetraciclinas, (Tetraciclina e Oxitetraciclina) –
ANTIBACTERIANOS Minociclina®, Tetrex ® Suspensão Temporária de 30 dias
após a última toma
Suspensão Temporária de 14 dias
após a última toma
Nitrofurantoína Se tratamento de infeções recorrentes –
Suspensão Temporária de 30 dias
após a última toma
Avaliar causa da prescrição.
Heparina Suspensão Temporária de 3 dias após
a última administração
Antagonistas da
Vitamina K – Varfarina
Varfine®, Se tratamento temporário e completo –
Acenocumarol, Suspensão Temporária de 7 dias após
16.8. Sintrom®; a última toma
ANTICOAGULANTES Inibidores da Trombina
– Dabigatrano;
Pradaxa ®;
Inibidor direto do fator
Xa – Rivaroxabano; Avaliar a doença de base que poderá
Xarelto ® Apixabano; ser motivo de Suspensão Definitiva
Eliquis ® Edoxabano;
Lixiana ®;
Apto
Se pílula do dia seguinte, e exclusão de
contato sexual de risco – Suspensão
Temporária de 30 dias após a última
toma
16.9. Se foi necessário intervenção para
ANTICONCECIONAL colocação de dispositivo ou sistema –
Suspensão Temporária de 7 dias após
procedimento

Nota: Implante - Se for possível não usar


o mesmo braço para punção.

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MEDICAMENTOS

Atender ao diagnóstico, dose e estado


Ácido valpróico,
clínico.
Carbamazepina,
Suspensão Temporária de 30 dias
Tegretol®,
após a última toma
Topiramato
16.10.
ANTICONVULSIVAN- Gabapentina, Lyrica® Atender ao diagnóstico, dose e estado
TES Lamotrigina, clínico.
Pregabalina, Se prevenção da enxaqueca ou para
E ESTABILIZADORES
Vigabatrina terapêutica da dor crónica Apto
DE HUMOR
Lítio Apto
Primidona, Mysoline® -
Suspensão Temporária de 180 dias
anticonvulsivante da
após a última toma
classe dos barbitúricos.
Avaliar a situação clínica, pois não
contraindicam a dádiva.
Paroxetina, Sertralina,
Quando em depressão profunda ou
16.11. Fluoxetina,Venlafaxina,
instabilidade emocional cujo tratamento
ANTIDEPRESSIVOS Effexor®; Escitalopram,
necessite mais de dois antidepressivos –
Cipralex®, Mirtazapina
Suspensão Temporária de 90 dias,
renovável até resolução do quadro
16.12.
Metformina, Risidon,
ANTIDIABÉTICOS Glucovance
Se assintomático – Apto
ORAIS
Pravafenix®,
Sinvastatina, Apto
16.13.
Rosuvastina, Crestor®, Avaliar patologia cardiovascular
ANTIDISLIPIDÉMICOS Lovastatina, associada.
Atorvastatina, Zarator®
Se aplicação tópica e sem sinais de
Fluconazol, terbinafina infeção – Apto
16.14.
itraconazol, Se administração oral e assintomático –
ANTIFÚNGICOS cetoconazol, Nizoral® Suspensão Temporária de 7 dias após
a última toma

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MEDICAMENTOS

Não contraindicam a dádiva.


Se início ou alteração recente de
Todos os terapêutica podem condicionar
antihipertensores hipotensão, tonturas, sensação de
lipotimia – Suspensão Temporária de 30
dias até controlo adequado
Inibidores da enzima
Se tomados no dia da doação, existe risco
de conversão da
acrescido de reação adversa na colheita
angiotensina (IECA),
por aférese – Suspensão Temporária 7
(captopril, enalapril,
dia apenas para dádiva de aférese
lisinopril)
Antagonistas dos
16.15. recetores da
Apto
angiotensina
ANTIHIPERTENSO- (losartan, valsartan)
RES Avaliar causa da toma.
Se utilizados para tratamento de
hipertensão, tremor essencial ou
Beta Bloqueantes
enxaqueca – Apto
Pós-enfarte, cardiomiopatia, antiarrítmico
ou antianginoso – Suspensão Definitiva
Se TA estável e prescrito por síndrome de
tensão pré-menstrual, obesidade ou acne
Diuréticos
– Apto
(Hidroclorotiazida
Se dádiva por aférese – Suspensão
Furosemida
Temporária de 7 dias
Espironolactona)
Se patologia cardíaca ou renal –
Suspensão Definitiva
Prometazina,
Fenergan®,
Hidroxizina, Atarax®,
16.16. Se o quadro clínico não contraindicar a
Cetirizina, Loratadina,
ANTIHISTAMÍNICOS Levocetirizina,
dádiva – Apto
Desloratadina,Fexofe
nadina
16.17. Clonixina, Avaliar doença de base.
Ibuprofeno,Nimesulid Colheita de Sangue Total dar indicação de
ANTI- e, Diclofenac, não separar para plaquetas – Apto
INFLAMATÓRIOS Naproxeno, Etoricoxib Colheita para CEA e PFA – Apto
NÃO ESTEROIDES Colheita CPA – Suspensão Temporária
(AINES) de 5 dias após a última toma
16.18. Hidroxicloroquina Apesar das suas propriedades
ANTIMALÁRICOS antimaláricas tem um efeito no sistema
imunitário ainda não totalmente
compreendido.
Avaliar a causa e risco geográfico.
Suspensão Temporária de 30 dias após
a última toma
Mefloquina Avaliar a causa e risco geográfico.
Se risco geográfico ausente – Apto
Doxiciclina, Malarone Suspensão Temporária de 30 dias após
a última toma
16.19. Mebendazol, Avaliar doença de base.
ANTIPARASITÁRIOS Pantelmin®, Pirantel Se assintomático – Apto
Se sintomático ver – 15.41 Parasitoses
Intestinais

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MEDICAMENTOS

Profilaxia pré ou pós


exposição VIH, PrEP e Suspensão Temporária de 90 dias
PEP (Emtracitabina e após a última toma
16.20. Tenofovir; Raltegravir)
ANTIRRETROVIRAIS Aciclovir, Brivudina,
E ANTIVÍRICOS Bridic®, Osetalmivir, Suspensão Temporária de 14 dias
Tamiflu®, Zovirax®, após completar tratamento e
Lopinavir, Remdisivir e recuperação completa
Ritonavir
16.21. Champix Se assintomático – Apto
ANTITABÁGICOS
16.22. Metibasol, Propicyl Suspensão Temporária de 730 dias (2
ANTITIROIDEUS anos) após a última toma
16.23. Alfuzosina, Omnic®, Utilizados na hiperplasia prostática
BLOQUEADORES  Tansulozina benigna e /ou incontinência urinária.
Apto
(ANTAGONISTAS DE
RECETORES
ADRENÉRGICOS 1)
16.24. Dexametasona, Avaliar sempre a causa de administração
CORTICOIDES Metilprednisolona (doença de base) e sintomatologia.
Se administração tópica, gotas
oftálmicas ou nebulização/ administração
profilática – Apto
Se aplicação tópica superior a 21 dias,
em grande extensão, dada a frenação do
eixo da SR – Suspensão Temporária
de 7 dias após a última aplicação
Se administração episódica (< 7 dias):
- Intramuscular – Suspensão
Temporária de 30 dias após a última
administração
- Oral ou intra-articular – Suspensão
Temporária de 7 dias após a última
administração
Se administração crónica:
- Superior a 1 semana, intramuscular,
endovenosa ou oral – Suspensão
Temporária de 30 dias após a última
administração
- Superior a 6 meses – Suspensão
Temporária de 365 dias após a última
administração
DEPOT (Diprofos, Suspensão Temporária de 30 dias
Triancinolona) após a última administração

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MEDICAMENTOS

Se a participação em ensaios clínicos não envolve a administração


de drogas (hipnoterapia, fisioterapia) – Apto
16.25.
ENSAIOS CLÍNICOS A participação em ensaios clínicos leva à suspensão da pessoa
candidata à dádiva se inclui administração de drogas por via oral,
injetável ou outras vias de administração – Critério Médico.
16.26.
Se não prescrito por médico ver – 9.
ESTIMULANTES DO Anfetaminas, Ritalina®
Drogas
SNC
Avaliar causas e confirmar normalização
do valor da hemoglobina. É aconselhada
a avaliação das reservas de ferro após a
Ferrogradumet®,
16.27. terapêutica marcial.
sulfato ferroso,
FERRO ORAL Se ferritina normal – Apto
Ferrum Haussmann®
Nas restantes situações – Suspensão
Temporária de 180 dias após a última
toma
16.28.
Suspensão Temporária de 30 dias
FOTOQUIMIOTERA- Psoraleno / puvaterapia
após o último tratamento
PIA
Imunoglobulina
Suspensão Temporária de 365 dias
humana anti-hepatite B
16.29. Imunoglobulina
Suspensão Temporária de 365 dias
IMUNOGLOBULINAS antirrábica
Imunoglobulina
Suspensão Temporária de 180 dias
antitetânica
16.30. Azatioprina, A doença de base pode ser causa de
IMUNOMODULADO- Leflunomid, exclusão. Podem afetar o sistema imune
Messalazina, da pessoa candidata à dádiva.
RES E
Olsalazina, Suspensão Temporária de 365 dias
IMUNOSSUPRESSO- Sulfassalazina após a última toma
RES No caso de Degenerescência Macular –
Suspensão Temporária de 7 dias após
o último tratamento
Metotrexato A doença de base pode ser causa de
exclusão. Pode afetar o sistema imune
da pessoa candidata à dádiva.
Tratamento com altas doses –
Suspensão Temporária de 365 dias
após a última toma
Tratamento de dose única, doses
intermédias ou baixas – Suspensão
Temporária de 90 dias após o último
tratamento
Dutasteride, Avodart,
Suspensão Temporária de 180 dias
16.31. Combodart, Duagen
após a última toma
(alfa bloqueantes)
INIBIDORES DA 5  Finasteride
REDUTASE Suspensão Temporária de 30 dias
Proscar, Propecia
após a última toma
(antiandrogénicos)
Diabetes com insulino
Suspensão Definitiva
16.32. terapia
INSULINA Diabetes Gestacional
Se insulinoterapia – Suspensão
Definitiva

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MEDICAMENTOS

Tipo quimérico
16.33. Infliximab, Rituximab
Suspensão Temporária de 365 dias
MODIFICADORES após a última toma
BIOLÓGICOS DA
EVOLUÇÃO DA Tipo humanizado Espectro de ação desconhecido.
DOENÇA Suspensão Definitiva

Haloperidol,Tioridazina,
Avaliar quadro clínico
16.34. Melleril®,Sulpiride,Dog
Suspensão Temporária de 30 dias
NEUROLÉPTICOS matil®,Quetiapina,Sero
após a última toma
quel®
Traduz geralmente patologias crónicas e
aumenta o risco de interações
O número mínimo de medicamentosas e de reação adversa na
medicamentos pessoa candidata à dádiva e na pessoa
necessários para definir recetora de transfusão.
16.35.
a polimedicação é É importante considerar também os
POLIMEDICAÇÃO variável, geralmente medicamentos de venda livre e de
entre 5 e 10 ervanária.
medicamentos. Se mais de 7 medicamentos –
Suspensão Temporária de 90 dias e
reavaliar após última toma
16.36.
QUELANTES ORAIS Suspensão Definitiva
DE FERRO
16.37.
Se tumor benigno – Suspensão
RADIOTERAPIA (POR
Temporária de 180 dias após o último
RADIAÇÃO tratamento
IONIZANTE)
(I131-; I123;…)
Administrados por via Se iodo radioativo (independentemente
oral, e.v ou inalatória, da finalidade) – Suspensão Temporária
estão associados a de 180 dias após a última
técnicas de imagem administração
para diagnóstico e/ou
16.38. terapêutica.
RADIOFÁRMACOS Emitem radioatividade
pelo que se deve
avaliar o contexto de Se patologia maligna – Suspensão
aplicação e assegurar a Definitiva
completa eliminação do
organismo para a
dádiva de sangue.

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MEDICAMENTOS

Suspensão Temporária de 1095 dias


Acitretina
(3 anos) após a última toma
Etretinato Suspensão Definitiva
Isotretinoina Suspensão Temporária de 30 dias
16.39.
Roaccutan®, Isoprotil® após a última toma
RETINOIDES Uso tópico: adapaleno,
alitretinoína, Se uso tópico – Suspensão Temporária
isotretinoína, de 30 dias após a última aplicação
tazaroteno e tretinoína
16.40. Por poder causar reação severa em
TERAPÊUTICA DA pessoas recetoras de transfusão
Dissulfiran, Tetradin consumidoras de álcool – Suspensão
DEPENDÊNCIA DE
Temporária de 7 dias após a última
ÁLCOOL toma
16.41. Inquirir sobre causas subjacentes.
TERAPÊUTICA DA Taladafila, Cialis®, Podem causar hipotensão.
Suspensão Temporária de 3 dias
DISFUNÇÃO ERÉCTIL
Inquirir sobre causas subjacentes.
Sildenafil, Viagra®,
Podem causar hipotensão.
Vardenafil, Levitra®
Suspensão Temporária de 1 dia
Alprostadil, Carverject® Suspensão Temporária de 1 dia
16.42. Clomifeno, Dufine®, Suspensão Temporária de 90 dias
TERAPÊUTICA COM Tamoxifeno após a última toma
(teratogénico)
ESTIMULANTES DA Se utilização de Tamoxifeno por cancro
Gonal-F (folitrofina alfa
OVULAÇÃO da mama – Suspensão Definitiva
recombinante)
Orgalutron (sintético)
Decapeptyl (sintético)
16.43.
TERAPÊUTICA COM Avaliar causa da toma, que pode excluir
da dádiva.
HORMONAS OU Danazol
Suspensão Temporária de 180 dias
ANTAGONISTAS após a última toma
HIPOFISÁRIOS
Somatotrofina bovina
16.44. Recombinante, Apto
TERAPÊUTICA COM Saizen®
HORMONA Somatotrofina Bovina Suspensão Definitiva
CRESCIMENTO, Gonadotrofinas
GONADOTROFINAS E humanas de origem Suspensão Definitiva
MEDICAMENTOS hipofisária
PRODUZIDOS A Atender à causa da toma.
Se prescrito pelo médico, ou existem
PARTIR DA
garantias de padronização no fabrico –
GLÂNDULA Melatonina
Apto
HIPOTALÂMICA Se tratamento de neoplasia –
PITUITÁRIA OU Suspensão Definitiva
PINEAL Se origem humana – Suspensão
Desmopressina
Definitiva

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MEDICAMENTOS

Avaliação individual do risco.


Se fisiologicamente estável e com estabilização da terapêutica –
Apto
16.45. Se prescrição médica – Suspensão
Temporária de 90 dias a partir do
TERAPÊUTICA DE início da terapêutica
Testosterona
SUBSTITUIÇÃO Se sem prescrição médica – Suspensão
HORMONAL Definitiva
Se malignidade e/ou se medicada com
Dermestril,
esteroides por ISR – Suspensão
Climen
Definitiva
16.46. Bifosfonatos, ácido
Excluir malignidade – Apto
alendrónico, Fosamax®
TERAPÊUTICA Denosumab (Prolia ®) Suspensão Temporária de 180 dias
OSTEOPOROSE e Raloxifeno após a última toma
Se aplicação médica – Suspensão
Temporária de 1 dia após a última
16.47. aplicação
Botox®, Dysport®
TOXINA BOTULÍNICA Se aplicação em centro de cosmética –
Suspensão Temporária de 120 dias
após a última aplicação
Sermion® Se o quadro clínico não contraindicar a
16.48. Pentoxifilina,Trental® dádiva – Apto
VASODILATADORES Daflon, ® Venex® Se patologia vascular grave –
Suspensão Definitiva
Vitamina A:
Suspensão Temporária de 30 dias
16.49. Dose > 25 000 UI/dia
após a última toma
VITAMINAS 1 mg=1000µg=3000 UI
Acido Fólico, Folicil® Apto

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MUSCULOESQUELÉTICO

17. MUSCULOESQUELÉTICO

17.1. MUSCULOTENDINOSA

Se não apresentar sinais inflamatórios locais compatíveis com


Bursite Sética – Apto
17.1.1.
Se medicação intrabúrsica ver 17.2. Patologia Osteoarticular.
BURSITE No caso de Bursite Sética – Suspensão Temporária de 14 dias
após resolução clínica
17.1.2. Atender à situação e medicação associada.
Se sem limitação da atividade física e se sentir bem – Apto
ENTORSES, Se fixador externo sem solução de continuidade ou sinais de
DISTENSÕES inflamação – Apto
17.1.3.
FIBROMIALGIA Apto
(FIBROSITE, Avaliar medicação.
FIBROMIOSITE)
17.1.4.1.
Miopatias hereditárias, de
caráter degenerativo, ou
distrofias musculares.
17.1.4.2.
Miopatias hereditárias não
degenerativas, miopatia de Suspensão Definitiva
central core, miopatia
centronuclear.
17.1.4.3.
17.1.4.
Miopatias Inflamatórias
MIOPATIAS Autoimunes.
Dermatomiosite e Polimiosite.
17.1.4.4.
Miopatias secundárias,
induzidas por medicamentos
como estatinas, ains ou Suspensão de acordo com a
imunossupressores, tóxicas, avaliação individual do risco.
ou associadas a patologia
sistémica endócrina ou
metabólica.
17.1.5. Atender à medicação sistémica e eventual administração intra-
OMBRO DOLOROSO articular recente (Ver patologia Osteoarticular).
(PERIARTRITE DO Ver capítulo 16. Medicamentos.
OMBRO) Sem tratamento – Apto

17.1.6. Avaliar medicação e estado fisico geral.


Se se sentir bem no momento da dádiva – Apto
SÍNDROME DA FADIGA Se dores musculares difusas, fadiga e distúrbios do sono –
CRÓNICA Suspensão Temporária de 14 dias e até resolução clínica
17.1.7.
Suspensão Definitiva
SÍNDROME DE MARFAN

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MÚSCULO-ESQUELÉTICO

17.1.8. Atender a medicação prescrita, nomeadamente administração de


TENDINOPATIAS terapia corticoide intrassinovial ou intra-articular nas grandes
(TENDINITE, articulações. (Ver 17.2. Patologia Osteoarticular)
TENDINOSE, ROTURA) Se sem sinais evidentes de inflamação local – Apto
17.1.9. Avaliar medicação
TRAUMATISMO Se trauma muscular extenso – Suspensão Temporária de 14
MUSCULAR dias

17.2. PATOLOGIA OSTEOARTICULAR

Se efetuada nas pequenas articulações, tecidos periarticulares ou


17.2.1. bainhas sinoviais, sem sinais inflamatórios e administração
ADMINISTRAÇÃO episódica (< 7 dias) – Suspensão Temporária de 7 dias após a
INTRA-ARTICULAR, última administração
Se efetuada nas grandes articulações com administração de
PERIARTICULAR
terapia não corticoide e sem sinais inflamatórios – Suspensão
INTRABÚRSICA OU Temporária de 14 dias
INTRASSINOVIAL Se efetuada nas grandes articulações com aplicação de
(TAMBÉM DESIGNADA corticoide, mesmo fórmulas Depot. (Diprofos®, Triancinolona®) –
DE INFILTRAÇÃO) Suspensão Temporária de 30 dias após a última
administração
Avaliar de acordo com a causa.
Suspensão temporária de acordo com a avaliação do risco.
17.2.2. Diagnóstica: aguardar resultado de exame complementar de
ARTROCENTESE diagnóstico
Se terapêutica: ver capítulo 16. Medicamentos.
Se necessário pedir relatório médico.
17.2.3.
Apto
ARTROSE
17.2.4.
Apto
CONDROMALÁCIA
17.2.5.
DOENÇA ÓSSEA DE Se se sentir bem no momento da dádiva, mesmo que sob
PAGET (OSTEÍTE medicação – Apto
DEFORMANTE)
Se fratura de ossos de extremidades e desde que excluída
17.2.6. solução de continuidade, necessidade de cirurgia ou presença de
FRATURAS sinais inflamatórios terminais – Apto
Evitar puncionar extremidade superior afetada.
17.2.7. Suspensão Temporária de 730 dias (2 anos) após
OSTEOMIELITE confirmação da cura
Se osteopenia associada a menopausa – Apto
Avaliar outras causas como neoplasias ou outras causas
17.2.8. medidas com corticoides que possam ser motivo de Suspensão
OSTEOPENIA / Definitiva.
OSTEOPOROSE Se necessidade de tratamento com terapia com anticorpos
monoclonais (Denosumab Prolia®), ver capítulo 16.
Medicamentos.

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MÚSCULO-ESQUELÉTICO

Aguda ou crónica e de etiologia variada.


17.2.9. Se mobilidade não limitada de forma a comprometer o processo
RAQUIALGIA da dádiva e excluída eventual causa maligna – Apto
Atender a eventual medicação em curso.
Se Artrite Gotosa – Apto, avaliar medicação.
Se Artrite Gotosa e medicado com colchicina – Suspensão
Temporária de 30 dias após última toma
17.2.10. Se Artrite Traumática – Suspensão Temporária de 14 dias e
SINOVITE até resolução
Se Artrite Infeciosa – Suspensão Temporária de 14 dias e até
resolução
Se Artrite Autoimune – Suspensão Definitiva
Se Artrite Psoriática – Suspensão Definitiva

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NEFROLOGIA

18. NEFROLOGIA

Suspensão Temporária de 30 dias após a resolução clínica.


18.1.
ABCESSO RENAL Se necessidade de drenagem cirúrgica – Suspensão de 120
dias após resolução clínica.
Suspensão Temporária de 30 dias após procedimento e até
obtenção de relatório clínico.

Se doença glomerular ou túbulo-intersticial confirmada –


18.2. Suspensão Temporária de 365 dias após resolução clínica
BIÓPSIA RENAL se etiologia não condiciona suspensão definitiva e atendendo a
situações específicas infeciosas.

Avaliar etiologia. Solicitar relatório e estudo analítico que


comprove normalização da função renal.
Avaliar etiologia e terapêutica.
Síndromes associadas a
doença infeciosa Solicitar relatório clínico e estudo
analítico que comprove
normalização da função renal.
Síndromes da membrana Se etiologia infeciosa específica:
basal Ver capítulo 15. Infeciologia.

Suspensão Temporária de 365


dias após resolução clínica se
Síndromes nefríticas
18.3. etiologia não condiciona suspensão
definitiva e atendendo a situações
DOENÇAS
específicas infeciosas.
GLOMERULARES
(Glomerulonefrites) Síndromes nefróticas Se intervenção com diálise –
Suspensão Definitiva

Se função renal irreversivelmente


Síndromes pulmonares- alterada – Suspensão Definitiva
renais
Se etiologia autoimune –
Suspensão Definitiva

Síndromes vasculares Se etiologia vascular – Suspensão


glomerulares Definitiva

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NEFROLOGIA

Avaliar etiologia e terapêutica.

Solicitar relatório clínico e estudo analítico que comprove


normalização da função renal.

Se etiologia infeciosa: ver capítulo 15. Infeciologia.

Suspensão Temporária de 365 dias após resolução clínica


18.4. se etiologia não condiciona suspensão definitiva e atendendo a
DOENÇAS TÚBULO- situações específicas infeciosas.
INTERSTICIAIS
Se intervenção com diálise – Suspensão Definitiva

Se função renal irreversivelmente alterada – Suspensão


Definitiva

Se etiologia autoimune – Suspensão Definitiva

Se etiologia vascular – Suspensão Definitiva


18.5.
DOENÇA RENAL Suspensão Definitiva
AUTOIMUNE
18.6.
DOENÇA RENAL Suspensão Definitiva
CRÓNICA
Avaliar etiologia.
Suspensão temporária de 30 dias após resolução clínica e
até obtenção de relatório clínico

Se hidronefrose crónica ou associada a refluxo vesico-ureteral


18.7. crónico – Suspensão Definitiva
HIDRONEFROSE
Se etiologia neoplásica – Suspensão Definitiva

Se associado a Hiperplasia Benigna da Próstata – ver capítulos


16. Medicamentos e 22. Urologia.
Avaliar etiologia, comportamento sexual de risco, terapêutica e
eventuais sequelas.
18.8.1. Suspensão Temporária de 30 dias
PIELONEFRITE AGUDA após resolução clínica
18.8.2.
Suspensão Definitiva
18.8. PIELONEFRITE CRÓNICA
18.8.3. Suspensão Temporária de 14 dias
INFEÇÃO DO TRATO CISTITE após resolução clínica
URINÁRIO 18.8.4. Suspensão Temporária de 14 dias
URETRITE após resolução clínica
18.8.5. Suspensão Temporária de 30 dias
PROSTATITE após resolução clínica
18.8.6. Suspensão Temporária de 14 dias
EPIDÍDIMO-ORQUITE após resolução clínica

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NEFROLOGIA

Avaliar etiologia.
18.9.
Se recuperação total da lesão renal aguda, com recuperação da
LESÃO RENAL AGUDA função normal e relatório médico comprovativo – Suspensão
(INSUFICIÊNCIA RENAL Temporária de 180 dias após a resolução clínica
AGUDA)
Se necessidade de diálise – Suspensão Definitiva
18.10.
Ver capítulo 22. Urologia.
LITÍASE RENAL
Solicitar relatório clínico e estudo
analítico que comprove função renal
18.11.1. normal.
AGENESIA RENAL
UNILATERAL E RIM Se função renal mantida e
SUPRANUMERÁRIO assintomático – Apto
(ANOMALIA NO Nº.)
Se função renal alterada –
Suspensão Definitiva
18.11. 18.11.2.
MALFORMAÇÕES RENAIS RIM EM FERRADURA Se hipertensão arterial concomitante
CONGÉNITAS (ANOMALIAS DA FORMA) – Suspensão Definitiva

Se refluxo vesicoureteral crónico –


18.11.3.
Suspensão Definitiva
ECTOPIA RENAL
(ANOMALIAS DE POSIÇÃO)
Se associado a outros defeitos
congénitos – Suspensão Definitiva
18.11.4.
HIPOPLASIA Suspensão Definitiva
(ANOMALIAS DO TAMANHO)
18.12.
NEFROPATIA DE Suspensão Definitiva
REFLUXO
18.13.
Suspensão Definitiva
RIM POLIQUÍSTICO
Ver capítulo 15. Infeciologia.
18.14.
Suspensão Temporária de 730 dias (2 anos) após a
TUBERCULOSE RENAL resolução clínica (confirmação de cura)

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NEUROLOGIA

19. NEUROLOGIA
19.1.
Suspensão Definitiva
AFASIA
Se ocasional e assintomático no dia da dádiva – Apto,
pode haver medicação associada (analgésicos
Cefaleia
simples)
tensional
Se regular ou recorrente: ver Cefaleia em salvas ou
Enxaqueca.
Se assintomático – Apto
Cefaleia em Se crise aguda – Suspensão Temporária de 30 dias
salvas após a resolução do quadro clínico (ver medicação
associada ao tratamento da crise aguda).
Se medicado para a crise aguda – Suspensão
19.2.
Temporária de 30 dias após a resolução do quadro
CEFALEIAS clínico (ver medicação associada ao tratamento da
crise aguda).
Se medicado profilaticamente: ver capítulo 16.
Medicamentos.
Enxaqueca
A dádiva de sangue pode agravar/reduzir o fluxo
sanguíneo cerebral e agravar os sintomas da
enxaqueca.
Se a pessoa candidata à dádiva referir sintomas de
enxaqueca após a dádiva de sangue deve ser
aconselhada a não dar sangue.
19.3. TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS / MENTAIS
Se medicado de forma regular e caso se encontre
emocionalmente estável no dia da dádiva – Apto
19.3.1.1.
Transtorno Se episódio depressivo maior (alucinações, delírios) –
depressivo Suspensão Temporária de 90 dias e até completar
tratamento
Se necessário, ver capítulo 16. Medicamentos.
19.3.1.2. Se medicado e caso se encontre emocionalmente
Transtorno estável e capaz de compreender o processo no
19.3.1. bipolar momento da dádiva – Apto
TRANSTORNO DE /doença Se necessário, ver capítulo 16. Medicamentos
HUMOR maníaco- “Agentes estabilizadores de humor”.
(DISTÚRBIOS NA depressiva Se episódio agudo (irritação, impulsividade, raiva,
(episódios de aumento da atividade, insónia) – Suspensão
REGULAÇÃO DO depressão e Temporária de 90 dias após completar tratamento
HUMOR, mania ou Se necessário, ver capítulo 16. Medicamentos
COMPORTAMENTO hipomania) (antidepressivos / neurolépticos)
E AFETO) 19.3.1.3.
Depressão
associada a
doença Se medicado de forma regular e emocionalmente
clínica ou ao estável – Apto
uso abusivo Ver capítulo 16. Medicamentos.
de álcool e
substâncias/
drogas

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NEUROLOGIA

Se sem medicação há longo tempo e emocionalmente estáveis


19.3.2. poderão ser alvo de avaliação – Apto (critério médico)
ESQUIZOFRENIA Se sob tratamento contínuo e sem capacidade de compreender o
processo da dádiva – Suspensão Definitiva
Se crise de ansiedade e pânico recente, assintomático e sem
medicação – Apto
19.3.3. Se medicado com ansiolíticos ou antidepressivo e emocionalmente
TRANSTORNOS DE estável – Apto
ANSIEDADE Se medicado com anticonvulsivantes ou outra medicação –
Suspensão Temporária de 30 dias após terminar a medicação
Ver capítulo 16. Medicamentos.
19.4.
ACIDENTE
Suspensão Definitiva
VASCULAR
CEREBRAL (AVC)
19.5.1.
Doença de Suspensão Definitiva
Alzheimer
19.5.2.
Doença de Suspensão Definitiva
19.5. Huntington
19.5.3.
DEMÊNCIAS Doença de Suspensão Definitiva
DEGENERATIVAS Parkinson
19.5.4.
Doença de
Creutzfeldt- Suspensão Definitiva
Jacob
(DCJ)
19.6.1.
Paraparesia
Espástica
Suspensão Definitiva
Familiar (D.
Strumpell
19.6. Lorrain)
DOENÇAS
19.6.2.
HEREDITÁRIAS / Neurofibro-
GENÉTICAS matose
(Doença de Se controlado e sem sinais de malignidade – Apto
Von (Solicitar relatório Médico).
Recklin-
ghausen)

19.7. Se sintomatologia sensorial associada a espasticidade e debilidade


motora – Suspensão Temporária de acordo com a avaliação
DOENÇAS DA individual do risco. Critério médico.
MEDULA Hérnia Se sintomático, em fase aguda – Suspensão
ESPINHAL Discal temporária de 30 dias após resolução clínica

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NEUROLOGIA

Avaliar os seguintes parâmetros:


 Capacidade cognitiva da pessoa candidata à dádiva e a capacidade
de perceber o consentimento informado.
19.8.  Interferência no processo de colheita (existência de tiques que
dificultem a punção).
DOENÇAS
 Medicação.
NEUROCOMPOR- Não devem ser aceites para a dádiva se está comprometida a
TAMENTAIS capacidade para compreender o procedimento da dádiva ou não é
possível evidenciar-se.

Suspensão Definitiva
19.9.
DOENÇA Suspensão Definitiva
ONCOLÓGICA
19.10.
EPILEPSIA E Suspensão Definitiva
CRISE EPILÉTICA
Se episódios repetidos de sincope – Solicitar relatório médico, para
19.11.
esclarecimento da causa (neoplasia?) e avaliação individual do
SÍNCOPE risco. Critério médico.
Se convulsão durante a infância ou decorridos, pelo menos, 3 anos
desde a última data em que a pessoa candidata à dádiva tomou
19.12. medicação anticonvulsiva e sem recidiva de convulsões – Apto
CONVULSÃO Se antecedentes de convulsões – Solicitar relatório médico, para
esclarecimento da causa e avaliação individual do risco. Critério
médico.

A vertigem fisiológica é causada por movimentos com os quais o


paciente não esteja acostumado (enjoo do mar) ou por discrepância
entre os sinais visuais e os propriocetivos (vertigem de altura). – Apto

Se Doença de Meniére, medicado e sem sintomas – Apto


19.13.
VERTIGEM Solicitar relatório médico, para esclarecimento da causa e
avaliação individual do risco. Critério médico.

Doença de Meniére:
Se crise aguda ou sintomatologia não controlada – Suspensão
Temporária de 30 dias até resolução clínica (para não se associar
vasoconstrição cerebral e depleção sanguínea).

19.14. Avaliar etiologia.


LIPOTIMIA Apto de acordo com a avaliação individual do risco.
19.15.
ESCLEROSE
Suspensão Definitiva
LATERAL
AMIOTRÓFICA

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NEUROLOGIA

Meningite Suspensão Temporária de 180 dias


Bacteriana após a confirmação da cura e sem
sem Sequelas/ complicações. Ver capítulo 16.
complicações Medicamentos.
Suspensão Temporária de 180 dias
Meningite após a confirmação da cura e sem
Vírica complicações. Ver capítulo 16.
Meningite Medicamentos.
Suspensão Temporária de 180 dias
Meningite após a confirmação da cura e sem
Fúngica complicações, com relatório médico.
Ver capítulo 16. Medicamentos.
Se
complicações
Suspensão Definitiva
após
19.16. meningite
INFEÇÕES DO SNC Panencefalite Esclerosante Subaguda: Sarampo.
Leucoencefalopatia Multifocal, Progressiva (leucemias,
linfoma, SIDA).
Infeções
Víricas
Suspensão Temporária de 180 dias após a
confirmação da cura e sem complicações, com
relatório médico. Ver capítulo 16. Medicamentos.
Avaliar existência de doença de base (LES, outra),
evolução, terapêutica e presença de sequelas.
Encefalite
Suspensão Temporária de 180 dias após a
confirmação da cura e sem complicações, com
relatório médico. Ver capítulo 16. Medicamentos.
Encefalopatias
Infeções
Espongiformes Suspensão Definitiva
Priónicas
Transmissíveis
Polineuropatia desmielinizante
inflamatória ou síndrome de Guillain
19.17. Neuropatias Sensitivo- Barre, polineuropatia desmielinizante
Motoras inflamatória crónica.
NEUROPATIAS Doenças Degenerativas / Atrofias musculares perónias, Ataxia
PERIFÉRICAS Desmielinizantes de Fredreich, Doença Dejerine-Sotas.

Suspensão Definitiva
19.18.
MIASTENIA Suspensão Definitiva
GRAVIS

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NEUROLOGIA

Neuropatia
Suspensão Definitiva
óptica
Suspensão Temporária de 28 dias após o
episódio e finalização de medicação.
19.19. Paralisia de Bell
Relatório médico com diagnóstico de doença
PATOLOGIA DOS (excluir AVC).
PARES CRANIANOS Suspensão Temporária de 28 dias após o
episódio, sem sequelas e finalização de
Síndrome
medicação.
Ramsay- Hunt
Relatório médico com diagnóstico de doença
(excluir AVC).
Narcolepsia /
19.20. Suspensão Definitiva
Catalepsia
TRANSTORNOS DO Se doença controlada com terapêutica, sem
Síndrome
SONO Apneia Sono
alterações cardiovasculares associadas
(hipertensão, patologia cardíaca – Apto
Com perda de conhecimento e sem sequelas –
Concussão
Suspensão Temporária de 365 dias
Sem perda de conhecimento e recuperação
completa – Suspensão Temporária de 180 dias
Traumatismo Risco de cefaleias residuais não valorizadas pela
Cranioencefáli- pessoa candidata à dádiva.
co (TCE) Com sequelas (amnésia, cefaleias, tonturas,
epilepsia, convulsões, desequilíbrio) – Suspensão
19.21. Definitiva
TRAUMATISMOS / Hematoma
PROCEDIMENTOS Subdural e
Suspensão Definitiva
INVASIVOS Extradural com
Sequelas
Atender à etiologia e à existência de sequelas pós-
cirúrgicas.
Procedimentos Em caso de utilização ou suspeita de utilização de
Cirúrgicos dura mater, patologia maligna ou sequelas a nível
(neurocirurgia) neuromotor/sensorial e cognitivo – Suspensão
Definitiva
Ver capítulo 7. Cirurgia.

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OFTALMOLOGIA

20. OFTALMOLOGIA

Avaliar etiologia.
20.1. Se etiologia primária – Apto
CATARATA Suspensão Temporária de 7dias após cirurgia
– Apto se assintomático
20.2.
CIRURGIA Suspensão Temporária de 7 dias após cirurgia
REFRATIVA POR – Apto se assintomático
LASER (LASIK/PRK)
20.3.
ERROS REFRATIVOS
(MIOPIA,
Apto
HIPERMETROPIA,
ASTIGMATISMO,
PRESBIOPIA)
20.4. Suspensão Temporária de 7 dias após tratamento com anti-
DEGENERESCÊNCIA fator de crescimento endotelial VEGF. (Ver capítulo 16.
MACULAR Medicamentos) – Apto se assintomático

Se tratamento com toxina botulínica (Botox®), realizado por um


profissional qualificado com agulhas esterilizadas de utilização
única – Suspensão Temporária de 1 dia após o procedimento
20.5.
Se aparecimento em idade adulta, avaliar etiologia e solicitar
ESTRABISMO relatório médico – Suspensão Temporária de 30 dias

Se cirurgia de correção do alinhamento ocular – Suspensão


Temporária de 120 dias
Se controlado, mesmo sob terapêutica com colírios – Apto se
assintomático
20.6.
Se cirurgia a laser – Suspensão Temporária de 7 dias
GLAUCOMA Se tratamento cirúrgico com uso de tecido ocular alogénico
(esclera) – Suspensão Definitiva
20.7.
HORDÉOLO (VULGAR Suspensão temporária de 7 dias após resolução clínica
TERÇOL)
20.8.1. Suspensão Temporária de 7 dias após
CONJUNTIVITE resolução clínica
20.8. 20.8.2. Suspensão Temporária de 7 dias após
BLEFARITE resolução clínica
INFLAMAÇÕES
Se uveítes de repetição avaliar etiologia (excluir
COMUNS
20.8.3. patologia autoimune) e solicitar relatório médico.
UVEÍTE Suspensão Temporária de 7 dias após
resolução clínica

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OFTALMOLOGIA

20.9.
Suspensão Definitiva
NEUROPATIA ÓTICA
20.10.
RETINOPATIA Suspensão Definitiva
DIABÉTICA
20.11.
RETINOSE Apto se assintomático
PIGMENTAR
20.12. Suspensão temporária de 120 dias após transplante de esclera
TRANSPLANTE DE autóloga (autotransplante).
TECIDO OCULAR
(CÓRNEA E/OU Tecidos oculares alogénicos - Suspensão Definitiva
ESCLERA)
São exemplo de tumores benignos: Pterígio, Nevus conjuntival,
Pinguécula, Papiloma, Granuloma e Dermolipoma
Apto se assintomático
20.13. Se cirurgia de excisão – Suspensão Temporária de 7 dias após
resolução clínica.
TUMORES OCULARES Aguardar por resultado de biópsia.
Se malignos (incluindo primários ou metástases) – Suspensão
Definitiva

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PNEUMOLOGIA

21. PNEUMOLOGIA

21.1. Suspensão Temporária de 90 dias após completa resolução


clínica
ABCESSO DO Pedir relatório médico.
PULMÃO Avaliar fatores predisponentes.
Apto se assintomático, mesmo fazendo dose de manutenção de
medicação não esteroide e/ou esteroides inalados.
Suspensão temporária até a recuperação completa de uma
exacerbação e de acordo com a medicação.
Se Tratamento inferior a 1 semana com esteroides orais – Suspensão
Temporária de 7 dias após última toma
Se Tratamento inferior a 1 semana com esteroides injetáveis (IM) –
Suspensão Temporária de 30 dias após final do tratamento
21.2. Se Tratamento durante 1 a 3 semanas com esteroides orais ou
injetáveis – Suspensão Temporária de 30 dias após final do
ASMA tratamento
Se Tratamento durante mais de 3 semanas a 5 meses ou mais com
esteroides orais ou injetáveis – Suspensão Temporária de 90 dias
após final do tratamento
Se Tratamento durante mais de 6 meses com esteroides orais ou
injetáveis – Suspensão Temporária de 365 dias após final do
tratamento
Asma grave – Suspensão Definitiva

21.3. Bronquite Suspensão Temporária de 14 dias após recuperação


BRONQUITE aguda completa e final do tratamento, incluindo antibiótico
(INFLAMAÇÃO
BRÔNQUICA) Bronquite
Suspensão Definitiva
crónica
21.4.
BRONQUIECTA- Suspensão Definitiva
SIAS
21.5. Suspensão Temporária de 3 dias após recuperação completa, de
CONSTIPAÇÃO acordo com a avaliação de risco (considerar situação pandémica).
21.6.
DOENÇA
PULMONAR Suspensão Definitiva
OBSTRUTIVA
CRÓNICA (DPOC)
Se um primeiro episódio sem causa identificada como motivo de
exclusão – Suspensão Temporária de 365 dias após o episódio
21.7. Se medicado com anticoagulação oral – Suspensão Temporária de
EMBOLIA 180 dias após a última toma
PULMONAR Se cirurgia ou tromboembolia de repetição ou trombofilia identificável –
Suspensão Definitiva

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PNEUMOLOGIA

21.8.
ENFISEMA Suspensão Definitiva
PULMONAR
21.9.
Suspensão Definitiva
FIBROSE QUÍSTICA
21.10. Suspensão Temporária até esclarecimento da etiologia
HEMOPTISES Com base nesta, ter em atenção o tipo e o período de suspensão
21.11.
INFEÇÃO Suspensão Temporária de 14 dias após a cura e terapêutica
RESPIRATÓRIA (mas ver capítulo 16. Medicamentos)
AGUDA
21.12. Suspensão Definitiva
LOBECTOMIA
Se causa viral ou bacteriana – Suspensão Temporária de 180 dias
21.13. após a cura
PLEURISIA Se causa tuberculosa – ver capítulo 15. Infeciologia.
Ter em atenção outras etiologias (ex: neoplasia).
21.14.
Suspensão Definitiva
PNEUMOCONIOSE
21.15.
PNEUMONECTO-
MIA / Suspensão Definitiva
PNEUMECTOMIA

Se pneumopatia aguda – Suspensão Temporária de 14 dias após


21.16.
cura e finalização da terapêutica
PNEUMONIA Ter em atenção outras etiologias.
Se sem evidência de patologia subjacente – Suspensão
Temporária de 90 dias após recuperação; pedir
Espontâneo relatório médico.
21.17. Se associado a fibrose quística ou enfisema pulmonar –
PNEUMOTÓRAX Suspensão Definitiva
Avaliar causa.
Traumático Suspensão Temporária de 180 dias após
recuperação
Sarcoidose Suspensão Temporária de 1825 dias (5 anos) após o
21.18. aguda fim do tratamento e recuperação total
SARCOIDOSE Sarcoidose
Suspensão Definitiva
crónica
21.19.
Ver capítulo 15. Infeciologia.
SÍNDROME GRIPAL
21.20.
TUBERCULOSE Ver capítulo 15. Infeciologia.
PULMONAR

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UROLOGIA

22. UROLOGIA

Se associada a comportamentos sexuais de risco: ver capítulo 1.


Critérios Gerais.
Se origem não infeciosa – Suspensão Temporária de 14 dias após
resolução clínica.
Se origem infeciosa – Suspensão Temporária de acordo com a
etiologia e medicação utilizada (ver capítulo 16. Medicamentos):
 Candidíase – Suspensão Temporária até resolução clínica e 7
dias após toma de antifúngico oral;
22.1.
 Molluscum contagiosum – Suspensão Temporária de 90 dias até
BALANITE completa resolução da cicatrização;
 Herpes (HSV-2 /HSV-1) – Apto quando lesões em fase de crosta e
assintomático;
 Agente bacteriano não especificado – Suspensão Temporária de
14 dias após fim do tratamento;
 Sífilis: ver capítulo 15. Infeciologia.
Se balanite xerótica obliterante – Suspensão Definitiva
Se associada a Líquen Plano - Suspensão Definitiva
22.2.
Suspensão Temporária de 30 dias e até obtenção de relatório
BIÓPSIA clínico com exclusão de malignidade
PROSTÁTICA
22.3.
CATETERISMO
Avaliar etiologia subjacente à colocação de cateter.
VESICAL / URETRAL Suspensão Temporária de 30 dias após resolução clínica
E
AUTOCATETERISMO
Avaliar etiologia e medicação (ver capítulo 16. Medicamentos).
Suspensão Temporária de 1 dia em caso de medicação
autoinjetável prescrita
22.4.
Se etiologia neurológica – Suspensão Definitiva
DISFUNÇÃO ERÉTIL Se doença cardiovascular grave – Suspensão Definitiva
Se utilização de testosterona iv/im sem prescrição médica –
Suspensão Definitiva
Suspensão Temporária de 30 dias, até esclarecimento de
etiologia
22.5. Se Hipertrofia Benigna da Próstata - ver 22.7.
Se etiologia infeciosa/inflamatória (prostatite) - Suspensão
PSA ELEVADO
Temporária de 30 dias após resolução clínica.
Se etiologia neoplásica – Suspensão Definitiva
Avaliar etiologia e solicitar relatório médico se etiologia secundária.
Apto se etiologia primária e assintomático.
Se etiologia infeciosa – Suspensão Temporária de 14 dias após
22.6.
resolução clínica.
HIDROCELO Se secundário a filaríase (doença parasitária) – Suspensão
Definitiva
Se secundário a processo neoplásico – Suspensão definitiva

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UROLOGIA

22.7. Avaliar medicação (ver capítulo 16. Medicamentos).


Apto se controlado, sem infeção ativa, mesmo que com medicação
HIPERPLASIA
com alfa bloqueadores (antagonistas alfa-adrenérgicos) (ex.
BENIGNA DA Tansulosina).
PRÓSTATA Se infeção ativa – ver secção 22.9. do Capítulo 22. Urologia.
Avaliar etiologia, e se necessário, solicitar relatório clínico.
22.8. Se infeção ativa – ver secção 22.9. do Capítulo 22. Urologia.
INCONTINÊNCIA Se realizada cirurgia corretiva – Suspensão Temporária de 120
URINÁRIA dias
Se doença neurológica ou neoplásica – Suspensão Definitiva
Avaliar etiologia, comportamento sexual de risco, terapêutica e
eventuais sequelas.
22.9.1. Suspensão Temporária de 30 dias após
PIELONEFRITE AGUDA resolução clínica.
22.9.2.
PIELONEFRITE Suspensão Definitiva
22.9. CRÓNICA
INFEÇÃO DO TRATO 22.9.3. Suspensão Temporária de 14 dias após
URINÁRIO CISTITE resolução clínica
22.9.4. Suspensão Temporária de 14 dias após
URETRITE resolução clínica
22.9.5. Suspensão Temporária de 30 dias após
PROSTATITE resolução clínica
22.9.6. Suspensão Temporária de 14 dias após
EPIDÍDIMO-ORQUITE resolução clínica
22.10.
LITÍASE RENAL Suspensão Temporária de 14 dias após resolução clínica
(Cólica Renal)
22.11. Suspensão Temporária de 30 dias após o fim de todas as sessões
LITOTRÍCIA de tratamento previstas e após resolução clínica
22.12.
TRANSPLANTE Suspensão Definitiva
RENAL
22.13. Se assintomático e função renal normal – Apto
TUMORES
BENIGNOS Se função renal comprometida – Suspensão Definitiva
Se refluxo vesicoureteral crónico – Suspensão Definitiva
UROLÓGICOS
22.14.
TUMORES
Suspensão Definitiva
MALIGNOS
UROLÓGICOS
Avaliar etiologia, solicitar relatório médico.
22.15. Apto se assintomático
VARICOCELO Se associado a processo neoplásico – Suspensão Definitiva

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VACINAS
ÍNDICE REMISSIVO

23. VACINAS

Composição da
Doença Nome Comercial Critério a Aplicar
Vacina
Bactérias inativadas e
23.1. subunidade B de DUKORAL Apto
CÓLERA toxoide colérico
Vetor viral (adenovírus COVID-19 Suspensão
de chimpanzé) Vaccine Temporária de 7 dias
geneticamente AstraZeneca ou
modificado COVID-19 Se desenvolve
(recombinante) não Vaccine sintomas –
replicativo, contendo ChAdOx1-S Suspensão
DNA que codifica para [recombinant] ou Temporária de 7 dias
a proteína S do vírus Vaxzevria após resolução
SARS-CoV-2
mRNA que codifica COVID-19 Vacina Se se sentir bem e
para a proteína S do ComiRNAty estiver assintomático
vírus SARS-CoV-2 (BioNTech-Pfizer) – Apto
(mRNA encapsulado Se desenvolve
em nanopartículas sintomas –
lipídicas) Suspensão
Temporária de 7 dias
após resolução
mRNA que codifica COVID-19 Se se sentir bem e
para a proteína S do Vaccine estiver assintomático
23.2. vírus SARS-CoV-2 MODERNA – Apto
COVID-19 (mRNA encapsulado Se desenvolve
em nanopartículas sintomas –
lipídicas) Suspensão
Temporária de 7 dias
após resolução
Adenovírus que COVID-19 Suspensão
codifica a glicoproteína Vaccine Janssen Temporária de 7 dias
S do vírus SARS-CoV- (Johnson & Se desenvolve
2 (tecnologia de DNA Johnson) sintomas –
recombinante) Suspensão
Temporária de 7 dias
após resolução
Vírus inativado CoronaVac Suspensão
(laboratórios Temporária de 7 dias
Sinovac e Se desenvolve
Instituto sintomas –
Butantan) Suspensão
Temporária de 7 dias
após resolução

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VACINAS

Composição da Nome Comercial Critério a Aplicar


Doença
Vacina
Vetor viral (adenovírus Covishield Suspensão
de chimpanzé) Temporária de 7 dias
geneticamente Se desenvolve
modificado sintomas –
(recombinante) não Suspensão
replicativo, contendo Temporária de 7 dias
DNA que codifica para após resolução
a proteína S do vírus
SARS-CoV-2
Vírus inativado Sinopharm Covid- Suspensão
19 Vaccine Temporária de 7 dias
(BBIBP-CorV) Se desenvolve
sintomas –
Suspensão
Temporária de 7 dias
após resolução
Dois tipos diferentes de Sputnik V Suspensão
adenovírus (um na COVID-19 Temporária de 7 dias
23.2 primeira dose e outro Vaccine Se desenvolve
COVID-19 na segunda dose) que sintomas –
codificam para a Suspensão
proteína S do SARS- Temporária de 7 dias
CoV-2 após resolução
Vacina subunitária e Novavax COVID- Suspensão
partícula vírus-like 19 Vaccine Temporária de 7 dias
Se desenvolve
sintomas –
Suspensão
Temporária de 7 dias
após resolução
Vetor viral inativado (do ButanVac (NDV- Suspensão
vírus da doença de HXP-S) Temporária de 7 dias
Newcastle) que Se desenvolve
transporta a proteína S sintomas –
do SARS-CoV-2 Suspensão
Temporária de 7 dias
após resolução
Pessoas vacinadas pré exposição podem
ser aceites 24 horas após a vacinação, se
Vacina Pré-exposição
sintomas ausentes e se não visitaram
(vacina recombinante
zona de transmissão comunitária ou se
23.3. baseada em vetor viral)
não estiveram expostos à infecção nos 60
ÉBOLA dias previos à vacinação
Pessoas vacinadas pós exposição e em
Vacina Pós exposição monitorização são suspensas por 60 dias
após o início da monitorização.
23.4.
ENCEFALITE Vírus inativado IXIARO Apto
JAPONESA

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VACINAS

Composição da
Doença Nome Comercial Critério a Aplicar
Vacina
23.5.
ENCEFALITE DA Vírus inativado FSMEIMMUN Apto
CARRAÇA
Suspensão
23.6.
Vírus vivo atenuado STAMARIL Temporária de 28
FEBRE-AMARELA dias
Polissacárido capsular
TYPHIM VI
purificado de Apto
(SC ou IM)
Salmonella typhi
23.7. (estirpe Ty2)
TYPHERIX
FEBRE-TIFOIDE Suspensão
Viva atenuada
VIVOTIF Temporária de 28
(administração oral)
dias
CHIROFLU
Antigénios de
FLUAD
superfície purificados
FLUARIX
23.8. das estirpes de vírus Suspensão
INFLEXAL
GRIPE influenza suscetíveis
INFLUVAC
Temporária de 3 dias
de virem a circular no
INTANZA
inverno
ISTIVAC
PREPANDRIX
Antigénio de superfície ADJUPANRIX
23.9. Suspensão
do vírus inativado ou FOCLIVIA
GRIPE AVIÁRIA vírus inativado AFLUNOV
Temporária de 3 dias
PUMARIX
EPAXAL
23.10.
Vírus inativado HAVRIX Apto
HEPATITE A VAQTA
23.11. Vírus inativado
(hepatite A) e
HEPATITE A E polissacáridos de
ViATIM Apto
FEBRE-TIFOIDE Salmonella typhi
Suspensão
Antigénio de superfície
23.12. Temporária de 7 dias
recombinante do vírus ENGERIX B
HEPATITE B da hepatite B
(Para evitar AgHbs
reativo).
Vacina combinada:
vírus hepatite A Suspensão
23.13. inactivado e antigénio Temporária de 7 dias
TWINRIX
HEPATITES A E B de superfície (Para evitar AgHbs
recombinante, do vírus reativo).
da hepatite B
Suspensão
23.14.
Vírus vivo atenuado ZOSTAVAX Temporária de 28
HERPES ZOSTER dias
23.15.
MENINGITE Oligossacáridos de N.
meningitidis,
MENINGOCÓCICA conjugados com
MENVEO Apto
TETRAVALENTE toxoide diftérico
(A, C, W135; Y)

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VACINAS

Composição da
Doença Nome Comercial Critério a Aplicar
Vacina
Oligossacáridos de N.
meningitidis,
NIMERIX Apto
conjugados com
toxoide tetânico
Oligossacáridos de N.
meningitidis
23.16. comjugados com
MENINGITE proteína do
MENINGOCÓCICA Corynebaterium
MENINGITEC
(C) diphtheriae.
MENJUGATE Apto
(Meningitec e
NEISVAC-C
Menjugate) ou
polissacáridos de N.
meningitidis
conjugados com
toxoide tetânico
23.17. Vacina recombinante,
INFEÇÕES POR contendo proteínas L1 CERVARIX
Apto
PAPILOMA VÍRUS do papilomavírus GARDASIL
HUMANO humano.
Antigénios pneumo-
cócicos capsulares
23.18. purificados, derivados
PNEUMONIAS E dos 23 serotipos que
INFEÇÕES correspondem a PNEUMO 23 Apto
PNEUMOCÓCICAS aproximadamente 90%
das doenças
SISTÉMICAS
pneumocócicas de tipo
invasivo.
23.19. Vacina polissacárida
PNEUMONIAS E conjugada de 13
serotipos de
INFEÇÕES pneumococos com
PREVENAR 13 Apto
PNEUMOCÓCICAS proteína
SISTÉMICAS transportadora.
23.20.
Vírus inativados. IMOVAX POLIO Apto
POLIOMIELITE
23.21.
Vírus inativado. RABIPUR Apto
RAIVA HUMANA
23.22.
SARAMPO, Suspensão
PAPEIRA E Vírus vivos atenuados. M-M-RVAXPRO Temporária de 28
RUBÉOLA dias
(VASPR)
Vacina combinada
bivalente, contendo:
23.23. - Toxóide tetânico
TÉTANO E adsorvido (T). DITANRIX Apto
DIFTERIA - Toxóide diftérico, em
dose reduzida,
adsorvido (d).

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VACINAS

Composição da
Doença Nome Comercial Critério a Aplicar
Vacina
Bacilos vivos e Suspensão
23.24.
atenuados de BCG Temporária de 28
TUBERCULOSE Mycobacterium bovis dias
Suspensão
23.25. Vírus da varicela vivo VARILRIX
Temporária de 28
VARICELA atenuado. VARIVAX
dias
8 Semanas
(A escara de
inoculação deve estar
23.26. A vacina contém vírus
cicatrizada; aguardar
VARÍOLA vivo e atenuado.
8 semanas se ocorrer
alguma lesão
secundária).
Administração rápida e
23.27. progressiva de um
alergénio de forma a Vigilância durante 24
VACINAS DE DES- tornar as células a 48 horas
SENSIBILIZAÇAO efetoras menos
reativas.

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