Você está na página 1de 60

Comunicação Oral e Escrita

Rodrigo Gonçalves de Oliveira

Formação Inicial e
Continuada

+ IFMG
1
1
Rodrigo Gonçalves de Oliveira

Comunicação Oral e Escrita


1ª Edição

Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
2021

1
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do
Instituto Federal de Minas Gerais.

Pró-reitor de Extensão Carlos Bernardes Rosa Júnior


Diretor de Projetos de Extensão Niltom Vieira Junior
Coordenação do curso Rodrigo Gonçalves de Oliveira
Arte gráfica Ângela Bacon
Diagramação Eduardo dos Santos Oliveira

FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Índice para catálogo sistemático:
1. Não preencher

2021
Direitos exclusivos cedidos à
Instituto Federal de Minas Gerais
Avenida Mário Werneck, 2590,
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG,
Telefone: (31) 2513-5157

2
Sobre o material

Este livro é o material didático norteador para o curso EAD voltado para a
Comunicação Oral e Escrita, conceituando temas ligados a Comunicação: Geral, Virtual,
Empresarial, Não Violenta, Oratória, Documental e Gramatical.

Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático, incluindo suas
videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma autônoma e suficiente.
Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de acessar os
materiais multimídia e complementares. Os links podem ser acessados usando o seu
celular, por meio do glossário de Códigos QR disponível no fim deste livro.

Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas sugestões
para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links inativos etc.). A sua
participação é muito importante para a nossa constante melhoria. Acesse, a qualquer
momento, o Formulário “Sugestões para Correção do Material Didático” clicando nesse link
ou acessando o QR Code a seguir:

Formulário de
Sugestões

Para saber mais sobre a Plataforma +IFMG acesse


www.ifmg.edu.br

5
6
Palavra do autor

Estimado aluno, desejo boas vindas por estar iniciando o curso de Formação
Continuada “Comunicação Oral e Escrita”.
A comunicação se reflete em várias vertentes de nossa vida e cada um necessita
dela de formas múltiplas, contudo com algo em comum em todas elas: repasse de
mensagem e que esta seja compreendida. Em várias etapas da vida, seja ela pessoal ou
profissional, o ato de comunicar-se bem acaba integrando a sociedade que nos rodeia, e
saber utilizar essa ferramenta humana, de forma correta e mais eficiente, norteia melhor a
troca de experiências e de informações implícitas nessa atividade.
Este curso se sintetiza em trazer um conceito básico sobre o tema comunicação,
bem como repassar dicas e técnicas de oratória e de comunicar-se em público. De certa
forma através desse curso, poderemos despertar a paixão pelo tema central, tendo como
meta melhorar o ato de se comunicar com pessoas e, sucintamente, influenciar e servir de
exemplo construtivo e contínuo nessa área, focando no potencial que você possui e pode
despertar.

Alvíssaras!
Vamos juntos nesse curso e se sinta motivado!

Bons estudos!
Rodrigo Gonçalves de Oliveira

7
8
Apresentação do curso

Este curso está dividido em três semanas, cujos objetivos de cada uma são apresentados,
sucintamente, a seguir.

Conceitos gerais de comunicação oral e escrita


SEMANA 1 História da Comunicação
Exercícios Avaliativos.

Redação Comercial e Dissertativa


SEMANA 2 Gramática: Regências e Concordâncias
Práticas e Exercícios Avaliativos.

Técnicas de Oratória
SEMANA 3 Comunicação Não-Violenta
Avaliação Final – Avaliação de Vídeos de Oratória

Carga horária: 30 horas.


Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais).

9
10
Apresentação dos Ícones

Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando eles
aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:

Atenção: indica pontos de maior importância


no texto.

Dica do professor: novas informações ou


curiosidades relacionadas ao tema em estudo.

Atividade: sugestão de tarefas e atividades


para o desenvolvimento da aprendizagem.

Mídia digital: sugestão de recursos


audiovisuais para enriquecer a aprendizagem.

11
1
Sumário

Semana 1 – CONCEITUANDO A COMUNICAÇÃO ...................................... 15


1.1. Conceitos gerais de Comunicação Oral e Escrita............................... 15
1.1 Comunicação Oral ................................................................................... 16
1.1.1 Vantagens ............................................................................................ 17
1.1.2 Desvantagens ...................................................................................... 17
1.2 Comunicação Escrita............................................................................... 18
1.3 História Sintética da Comunicação ..................................................... 20
1.3.1 História dos meios de comunicação ..................................................... 20
1.3.1 Tipos de meios de comunicação e suas classificações ........................ 21
Semana 2 – COMUNICAÇÃ ESCRITA - DESTAQUES ................................ 23
2.1 Redação Comercial e Dissertativa ..................................................... 23
2.1.1 Noções Básicas de Redação Comercial ............................................... 23
2.1.2 Tipos de documentos de Redação Comercial ...................................... 24
2.2 Noções Básicas De Redação Dissertativa ...............................................36
2.3 Gramáticas: estudo básico sobre Regências e Concordâncias................39
Semana 3 – COMUNICAÇÃ ORAL - DESTAQUES ...................................... 43
3.1 Técnicas e Dicas Iniciais de Oratória ................................................. 43
3.2 Conceitos de Comunicação Não-Violenta .......................................... 46
Referências ................................................................................................... 49
Currículo do autor.......................................................................................... 51
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 53

13
14
Semana 1 – CONCEITUANDO A COMUNICAÇÃO

Objetivos
Nessa semana, você receberá conceitos sobre comunicação,
bem como temáticas históricas do tema, além da
oportunidade de interação em nossa Sala Virtual para expor
suas opiniões, bem como ser desafiado a fazer uma
avaliação e atingir as metas de pontuação!

Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala


virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso e
tópicos da Semana 1”.

1.1. Conceitos gerais de Comunicação Oral e Escrita

Se buscarmos no dicionário¹ o conceito básico de comunicação encontraremos


resultados como:
 Ato ou efeito de comunicar-se.
 Ato que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre o transmissor e o
receptor, através da linguagem oral, escrita ou gestual, por meio de sistemas
convencionados de signos e símbolos.
 Transmissão de uma mensagem a outrem.
 Exposição oral ou escrita sobre determinado assunto, geralmente de cunho
científico, político, econômico etc.
 Ato de conversar ou de trocar informações verbais.
 Nota, carta ou qualquer outro tipo de comunicado através da linguagem escrita.
 Comunicado oral ou escrito sobre algo; aviso.
 União ou ligação entre duas ou mais coisas.

Definições essas que nos levam a refletir se realmente estamos buscando nos
comunicar, conforme definido acima, ou se ainda estamos num patamar que difere dessas
conceitualizações.
Dessa forma, definir o que é Comunicação abrange não só algo pré-definido, mas sim
toda experimentação social que o tema envolve, abrindo um leque de percepções e
análises, tanto pessoal como coletiva.
Dentro dos parâmetros básicos, a comunicação oral pode ser definida como o ato de
expressar com sons de uma língua predefinida, desde nossa infância, e com o tempo
estudada e aprimorada ou até mesmo misturada e distorcida.
___________________________
¹ Disponível em: < http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-
brasileiro/comunica%C3%A7%C3%A3o/>. Acesso em: 07 set. 2020.

15
A partir de proposta do pensador russo, Roman Jakobson (1960), a Figura 1
exemplifica os Elementos da Comunicação, destacando que, necessariamente, existem o
Emissor (Falante) e Receptor (Escuta) intermediados pela mensagem de codificação em
comum (linguagem, a fala, o som, a conversa). O desafio é treinarmos e aperfeiçoarmos
para que exista entendimento e/ou interpretação satisfatória e assim uma comunicação
mais eficiente do que eficaz.

Figura1 - Elementos básicos da Comunicação


Fonte: Google Imagens Licenças Creative Commons – Uso livre e meramente editada

1.1 Comunicação Oral

A comunicação oral é tipo de ato de reciprocidade de mensagem, entre duas ou


mais pessoas, utilizando um código de som, normalmente vocal, com linguagem usual
entre as partes. e transmitida de forma compartilhada. A Comunicação Oral pode ser
produzida e transmitida por mensagens na conjuntura do aparelho fonador: Lábios,
Dentes, Alvéolos, Língua e outros.

Presencialmente em conversas, reuniões, debates ou palestras e, até mesmo


virtual, com uso de tecnologia e videoconferências, com uso de ferramentas ou
instrumentos de amplificação vocal (microfone, megafone, telefone), a Comunicação Oral
se torna parte essencial da vida em sociedade.

De forma generalizada, a comunicação oral se destaca ser mais eficaz do que a


comunicação escrita para transmitir sentimentos e reações humanas, ainda mais se
utilizada com técnicas que vão além de simplesmente utilizar palavras, como modificação
tonalidade, volume da voz e velocidade, somada a esses com o gestual e postura
comportamental do falante ou do comunicador.

A busca de dosar o que deve ser formal ou informal no uso corriqueiro da


comunicação oral e seu melhor entendimento são aspectos importantes a serem
analisados, visto que nem sempre conseguiremos repassar alguma mensagem, ou
conhecimento, se sempre utilizarmos a linguagem de forma culta e rebuscada, como
também antiteticamente a isso, somente com gírias e regionalismos.

16
Da mesma maneira, erros de gramática, utilização desnecessária de palavras no
diminutivo ou aumentativo são frequentes, mas é fato que precisamos analisar e buscar
melhorar continuamente para evitar exageros, vício e qualquer fator desconfigurador do
bom uso da linguagem. A comunicação oral de excelência é aquela feita com
planejamento, pensada, treinada com diretrizes e uso de qualquer recurso positivo que
auxilia a manter a comunicação oral de forma clara, objetiva e entendível, ou seja, bem
codificada.

A seguir, veremos algumas vantagens e desvantagens sobre o uso da


Comunicação Oral,

1.1.1 Vantagens

 O uso da comunicação oral economiza tempo e esperas, sendo uma grande


vantagem para adiantar formalizações por escrito e melhora do entendimento da
mensagem escrita, servindo como ótima ferramenta de socialização e complemento
da escrita.
 Excelente para ser utilizada em aplicativos de redes sociais, onde ao mesmo tempo
a mensagem é registrada verbalmente e existe maior fluidez na conversação do que
no modo escrito/digitado.
 A comunicação oral é entre pessoas, tendo alto nível de entendimento como
transparência;
 Esse modo de comunicação transmite bem-estar e maior interação, nos tornam
mais humanos e sociáveis quando bem utilizada em grupos que nos identificamos;
 Com comentários espontâneos e rápidos de outros (feedback), a tomada de
decisões se tornam mais imediatas, eficiente para resolver problemas inesperados;
 Incentiva o trabalho em equipe e a troca de informações, aumentando a eficiência
do grupo nas equipes de trabalho.
 Muito bem utilizada em palestras, reuniões e encontros profissionais ou de
entretenimentos, podendo ser registrada com mais eficácia em regimentos escritos
por força de formalidade, contudo a oralidade prevalece inicialmente como
ferramenta fundamental de comunicação, tomada de decisões, bem como interação.

1.1.2 Desvantagens

 Mal-entendidos podem ocorrer durante a comunicação oral por falta de


detalhamento ou má utilização de palavras e frases.
 Esse tipo de comunicação pode se tornar difícil de manter ao longo do tempo devido
à sua transitoriedade ou mudanças de hábitos e atitudes pessoais no decorrer das
convivências, sendo o conteúdo válido normalmente durante a interação remetente-
receptor.
 A comunicação oral tende a ser informal e pode causar incertezas ou falta de
credibilidade em questões comerciais e jurídicas.
 Nem sempre o que é dito é novamente repetido ou afirmado se não registrado ou
testemunhado por mais pessoas, fragilizando de certa forma o ato de verbalizar.

17
1.2 Comunicação Escrita

Comunicação Escrita se conceitua, basicamente, em utilizar as palavras num


contexto escrito, manualmente ou digitado eletronicamente, sempre buscando recursos
gramaticais de língua, seja ela nacional ou estrangeira, ou até mesmo em simbologias
universais ou grupais.

O bom uso das regras impostas na escrita da língua é de suma importante para um
bom desempenho, não só pessoal como profissional. Pequenos erros ortográficos podem
impactar na credibilidade do seu trabalho ou abrir portas para o sucesso; com o bom uso
das palavras, é fato que, a comunicação se torna mais assertiva, trazendo mais facilidade
na compreensão geral da mensagem.

Diariamente, nos deparamos com a necessidade de utilizar a escrita como forma de


comunicação, seja via mensagens pelo celular, anotações pessoais, usando nas redes
sociais, e-mails no trabalho, trabalhos de escola ou redações. As tecnologias atuais, por
muitas vezes, podem até facilitar a correção ortográfica de nossa escrita, mas também
podem interferir no modo como escrevemos e interagimos, de forma mecanizada ou
sintetizando com abreviações. Fato é que a comunicação escrita, e o bom uso dela, são
fundamentais para melhoria dos estudos e ter uma colocação profissional mais valorizada.

Configuram alguns tópicos que podem auxiliar na melhoria da Comunicação


Escrita:

 Leitura: leia muito, mas com qualidade, assim você perceberá melhor como utilizar
as palavras, aumentar o vocabulário. Leia livros, artigos, revistas e principalmente
textos de opinião na internet, que são normalmente gratuitos e de fácil acesso.

Dica do professor: Busque fazer leitura semanal de


páginas de dicionário e anote palavras interessantes e
comece a utilizá-las na sua comunicação oral e escrita
no dia-a-dia. Torne isso um hábito!

 Estudo: conhecer a língua portuguesa (ou outra língua que acredita ser importante
e complementar) é fundamental para escrever bem. Estude e revise, pelo menos, o
básico das regras de concordância, regência, ortografia e plurais para não cometer
erros banais e simples. Dessa forma, mesmo com utilização de ferramentas
eletrônicas que sugerem correções, você terá maior credibilidade para realizar
correções juntamente com a máquina e poderá ter melhor desenvolvimento
gramatical em consultas em gramáticas ou sites especializados no tema.

18
 Planejamento: pense antes de começar a escrever e reflita sobre o assunto,
evitando assim frases sem nexo e o texto sem sentido. Fazer um rascunho é um
ótimo caminho de início. Buscar referências de outros que dominam sobre o assunto
é também uma boa escolha complementar e com certeza seu texto ficará melhor.

Dica do professor: para melhorar o desenvolvimento


da sua escrita, antes de iniciar um texto, use um papel
ou ferramenta eletrônica a parte para escrever palavras
relacionadas ao tema e as utilize nos decorrer da
escrita/digitação textual. Caso achar interessante, inicie
escrevendo/digitando palavras correlacionadas com o
tema que começam com a letra A, depois B e assim por
diante.

 Escrever de forma descomplicada: Escrever bem não é escrever difícil. Assim,


facilite a leitura, redija de forma simples, clara e objetiva. Vocábulos rebuscados
podem transparecer um tom de arrogância e superioridade e tende a distanciar o
leitor do texto em questão. Procure escrever de forma objetiva, direta e clara, sem
prolixidade, o que pode entediar quem está lendo. Escrever simples não é escrever
errado e sim facilitar a codificação e entendimento da mensagem.

 Busque não repetir palavras exageradamente: Ao escrever sobre um tema, é


comum repetir algumas palavras. Neste caso, o ideal é utilizar sinônimos e se
precisar consulte dicionários na internet, até mesmo de antônimos para que seu
texto fique mais atrativo.

 Releia e revise seu texto: Depois de escrever, releia e revise o texto, buscando a
coerência nas frases que, preferencialmente, não devem ser longas na escrita,
dificultando o entendimento. Revise se existem erros de digitação/escrita, na
gramática ou pontuação. Na dúvida, peça para outra pessoa, com bom
entendimento, para ler seu texto, pois ela pode perceber algo que passou
despercebido numa leitura mais pessoal do escritor, ou ainda utilize o corretor
eletrônico ortográfico, mas sempre com espírito crítico nas sugestões.

Atividade: Reflita sobre as definições aqui listadas sobre comunicação.


Depois, por favor, acesse a sala virtual e no Fórum “Conceituando a
Comunicação” publique uma mensagem respondendo sobre as
seguintes questões:
 Sobre as definições de dicionário sobre comunicação, quais você
se identifica?
 E para você, o que era Comunicação e agora depois dessa
leitura?
Justifique todos os seus comentários e sinta-se a vontade para
argumentar com suas próprias palavras e também para dialogar com as
publicações de outros colegas de curso.

19
1.3 História Sintética da Comunicação

1.3.1 História dos meios de comunicação1

A história dos meios de comunicação origina-se da necessidade humana de se


expressar, simbolizada na pré-história pelos desenhos primitivos nas cavernas. Desde o
surgimento da escrita e padronização do alfabeto, o ser humano vem aperfeiçoando
maneiras de ampliar o conhecimento e criação da comunicação mais humanizada, sociável
e cultural.
Depois surgiram os meios de registrar a escrita via papiro, pergaminhos, e logo mais
tarde, os livros juntamente com criação da imprensa no século XIV. O correio é tido como
um dos mais antigos meios de comunicação, visto que desde os egípcios já existia essa
prática de enviar documentos e cartas. Aves, como pombas e corvos, eram utilizadas para
o envio das correspondências em outras eras.
No século XVIII, surge o telégrafo, instrumento ligado por fios e eletroímãs, que
através de seus mecanismos fazia a emissão de impulsos eletromagnéticos para enviar
mensagens (escrita ou visual) a longas distâncias, muito utilizado até mesmo em guerras.
No século XX, a criação de alguns aparelhos de comunicação revolucionários, como o
rádio e o telefone, foram e de certa forma ainda são os principais meios de comunicação
utilizados em todo mundo, tendo várias evoluções desde as suas criações primárias: dos
analógicos e com válvulas, até os digitais e portáteis. Nos séculos XX e XXI, a televisão e
a internet foram (e continuam sendo) os principais meios de comunicação em todo planeta.
Figura 2 simboliza a síntese da cronologia da evolução dos meios de comunicação,
resumindo a parte histórica relatada nesse tópico supracitado.

Figura 2 - Evolução dos Meios de Comunicação


Fonte Google Imagens Licenças Creative Commons – Uso livre e meramente editada

Dica do professor: outros meios de comunicação com


uso de tecnologias mais avançadas poderão fazer parte
de nosso cotidiano, como robôs de tele presença, A.I.
(Inteligência Artificial), comunicação face-a-face,
realidade aumentada ou virtual, mundos virtuais e
simuladores portáteis, Interface Cérebro Computador, e
até hologramas interativos.

1
Sintetizado do site: < http://www.todamateria.com.br/meios-de-comunicacao/>. Acesso em: 07 set. 2020.

20
1.3.1 Tipos de meios de comunicação e suas classificações

 Individual: essencialmente de comunicação interna, interpessoal (entre as


pessoas), por exemplo, a carta (correio), telegrama, telefone, fax e-mail, redes
sociais.
 Massa: amplos e externos, como meta comunicar uma maior quantidade de
pessoas, por exemplo, jornais, revistas, internet, televisão, rádio, GPS.

Quanto à classificação, podem ser:

 Escritos: linguagem escrita: jornais, livros e revistas.


 Sonoros: linguagens através de sons: o rádio e o telefone.
 Audiovisuais: fusão de som e imagem: a televisão e o cinema.
 Multimídias: reunião de diversos meios de comunicação diferentes (texto, áudio,
vídeo, etc.).
 Hipermídias: fusão de meios de comunicação por meio dos sistemas eletrônicos de
comunicação, por exemplo, CD - ROM, TV digital, internet, aplicativos de
comunicação remota.

Atividade: Acesse a sala virtual e clique no Fórum “História da


Comunicação” para realizar uma atividade.

Atividade: Logo após o estudo dessa unidade, acesse a Sala


Virtual “Exercícios Avaliativos (Semana 1)” e responda às
perguntas para que atinja a meta mínima da unidade e assim
prossegui com o restante do curso. Você é capaz!

Logo após conseguir conquistar a meta da avaliação dessa unidade, fica assim
concluída essa primeira semana de estudos. Conecte os nossos textos, vídeos e leituras
complementares com a sua experiência de vida e também com a sua aprendizagem
enquanto aprendiz desse curso. Se necessário, releia o material. Reflita sobre as
informações, selecionadas com todo cuidado para você neste módulo, e tenha como meta
a estudo contínuo de sua comunicação, sendo esta de suma importância para sua vida
pessoal como profissional!

“Em muitas situações, a tendência de quem fala é colocar a culpa em quem ouve,
quando, de fato, falar para ser ouvido está se tornando uma arte esquecida”
Doris Drucker
Na próxima semana, nos encontramos novamente. Bons estudos e boa sorte sempre!

21
22
Semana 2 – COMUNICAÇÃ ESCRITA - DESTAQUES

Objetivos:
Nessa semana, você receberá dicas e ensinamentos sobre
Comunicação Escrita, destacando sobre a Redação
Comercial e Dissertativa, bem como relembrar conceitos
gramaticas de Regências e Concordâncias, além de
continuar com a oportunidade de interação em nossa Sala
Virtual para expor suas opiniões, bem como novamente ser
desafiado a fazer uma avaliação dessa etapa e, sim, atingir
as metas de pontuação com êxito, pois você é capaz!

Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala


virtual e assista ao vídeo “Apresentação Sintética do
conteúdo da Semana 2”.

2.1 Redação Comercial e Dissertativa

2.1.1 Noções Básicas de Redação Comercial

Redação comercial se caracteriza essencialmente pela comunicação oficializada


entre departamentos e/ou empresas, podendo ter correlação com outras instituições como
as governamentais, através de modelos de documentos específicos para cada ocasião que
podem ser editados para atender necessidades administrativas.
Segundo o escritor Marco Saliba (2004), a redação comercial ou oficial necessitam
seguir normas ligadas à ABNT2.

Normas básicas da ABNT:

• Fonte: Arial ou Times New Roman


• Tamanho: 12 ou 14
• Espaçamento entre as linhas: 1,5
• Alinhamento geral: Justificado
• Papel normalmente A4 e com timbre da empresa ou instituição timbrado.

2
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas < http://www.abnt.org.br/>. Acesso em: 07 set. 2020.

23
Assim, além das regras impostas pela ABNT, que ditam padrões de formatações de
textos, como por exemplo, tamanho da fonte de letra; espaçamentos e paragrafações e
também margens corretas a serem diagramadas para cada tipo de documento, existem
elementos importantes para a escrita, como destaca a professora Miriam Gold (2010),
conforme conceitos básicos como:

 Objetividade: buscar expressar as ideias relevantes, sem pessoalidade e


sentimentalismo, não subjetivo, dito a ponto e sem rodeios, mas não sintético
demais a ponto de não ser entendível. Foco no assunto tratado e direto, sem
prolixidade.
 Concisão: usar a quantidade suficiente de palavras, sem exageros em adjetivações
e expressões ou termos sem necessidade, que podem desviar ou desfocar a leitura
do todo. Mínimo é mais!
 Coerência: Capacidade de amarrar as ideias, conectando-as e assim repassar
credibilidade no que é escrito, organizando a lógica textual. Ter nexo, ter significado
no que é dito nas palavras, seja no início, meio e final do texto.
 Estética: a fim de causar boa impressão, o texto deve estar bem organizado e
dentro da estruturação cabível. Não pode haver rasuras ou “sujeiras” impregnadas
ao papel.
 Clareza: busca do resultado de capacidade de organização das ideias e como
repassar isso para o texto, sendo literalmente claro no que é escrito, objetivo,
evitando múltiplas interpretações.

Dica do professor: normalmente, em instituições já


existem modelos a serem seguidos, que só precisam ser
editados por você. Antes de enviar, releia o texto e veja se
está claro. Acesse mais regras da ABNT consultando o
Manual de Normatização do IFMG (download).

2.1.2 Tipos de documentos de Redação Comercial

 Convocação: documento que comunica oficialmente aos participantes a respeito da


realização de alguma reunião importante. Normalmente, essa convocação deve ser
enviada ou avisada por meio de prática visualização, aos participantes da reunião, com
prazo mínimo de 24 horas de antecedência, e em alguns casos pré-definidos de mínimo de
72 horas antes do início da reunião. Nessa convocação, deve constar o timbre da empresa
ou instituição, título centralizado e, em destaque “Convocação”, setor ou nome do
remetente, os temas centrais da reunião ou pauta; síntese dos assuntos a serem
discutidos; o local, dia e horário da reunião em questão. Deve-se também deixar claro
quem são os convocados e listar dados como: setor / função / cargo; e ter assinatura do

24
convocador. A convocação pode ser Ordinária (previamente já oficializada pela empresa)
ou extraordinária (convocação de caráter de urgência). Normalmente, em empresas e
instituições que possuem reuniões importantes para tomada de decisões, a Convocação é
um dos documentos que fortalece a importância das reuniões e essas devem ser
registrada por documento chamado Ata ( explicações a seguir ). Caso o convocado não
possa comparecer, deve preferencialmente oficializar avisando sobre sua ausência para
seu superior e sugerir, caso couber, um representante.

Figura 3 – Exemplo editado de um documento de Convocação


Fonte: https://www.ifmg.edu.br/ouropreto/noticias/convocacao-reuniao-com-
alunos/@@download/file/Convoca%C3%A7%C3%A3o%20Reuni%C3%A3o%20com%20Alunos.pdf (Acesso em 28 abri.
2021).

 Ata: é um documento, padrão de digitação, com alinhamento justificado, no qual


existe o registro de uma reunião na sua essência e realidade ocorrida e discutida, escrita
detalhada, de forma sintética, mas na íntegra tudo que foi relatado pelos participantes da
reunião. Normalmente com padrão inicial do documento constando por extenso o dia, mês
e ano, destacando também a hora da reunião, o local e nomes e cargos dos participantes
dessa reunião registrada em Ata, e com finalização com frases chavão do tipo: “Nada mais
a constar, lavro essa ata”. A necessidade de se redigir uma Ata é ter um documento de

25
prova, comprobatório, que firma o que foi realmente discutido, relatado e decidido em uma
reunião.

Figura 4 – Exemplo editado de um documento de Ata - Fonte:


https://www.ifmg.edu.br/piumhi/menu/acesso-a-informacao/conselho-academico/atas-do-
conselho/docs/AtadeReunio6reunioCA.pdf (Acesso em 28 abr. 2021).

26
 Ofício: documento comercial ou institucional da comunicação escrita, que trata o
assunto de forma clara, usando uma linguagem formal, sendo muito utilizado em entidades
públicas e instituições governamentais, bem como grandes empresas, e até de envio entre
estes, devido a sua eficácia e formalidade. Possui, obrigatoriamente, o timbre/brasão
identificando o remetente, bem como numeração com codificação sequencial e setorial,
para auxiliar no arquivamento desse documento, destinatário e cargo específico, assunto
ou tema a ser abordado, o texto conciso, objetivo e claro e finalização com rápido
agradecimento “Atenciosamente / Respeitosamente” e assinatura do remetente.

Figura 5 – Exemplo editado de um documento de Ofício


Fonte: https://www.ifmg.edu.br/piumhi/menu/extensao/docs/Ofcio042020.pdf (Acesso em 28 abr. 2021)

27
 Circular: mensagem, geralmente fixada no mural da empresa, dirigida a diversos
destinatários para transmitir avisos, ordens ou pedidos. Coletiva ou individual e deverá
conter timbre da empresa, título e número da circular, data, resumo do assunto, invocação,
explicação do assunto, despedida sucinta, assinatura com o cargo de quem assina.

Figura 6 – Exemplo editado de um documento de Ofício - Fonte:


https://www.ifmg.edu.br/portal/estruturaseregimentos/documentos-1/oficio_circular_46_12_maio_2020.pdf
(Acesso em 28 abr. 2021).

28
 Carta Comercial: documento formal, que tem características semelhantes ao
descrito ao ofício, mas de forma mais leve e de informação simplificada. Numerada e
setorial, a Carta Comercial é frequentemente utilizada por empresas devido a sua eficácia
e até enviada de uma para outra e até mesmo em formalizações de empresas junto a
instituições governamentais.

Figura 7 – Exemplo editado de um documento de Ofício –


Fonte: https://suap.ifmg.edu.br/contratos/visualizar_arquivo/10257/ (Acesso em 28 abr. 2021).

29
 Parecer: Documento de opinião formal e técnica a respeito de determinada
demanda ou assunto específico. Normalmente elaborado por profissionais das empresas
ou instituições governamentais, para melhor embasamento de analise em partes de um
processo, muito utilizado em setores contábeis, de tecnologia da informação, bem como
auditoria. Deve-se constar o nome do órgão/setor do parecer, a data, texto claro e
entendível, mesmo sendo técnico, em papel timbrado assinado pelo responsável.

Figura 8 – Exemplo editado de um documento de Parecer – Fonte:


https://www.ifmg.edu.br/piumhi/menu/ensino-remoto-emergencial/engenharia-
civil/docs/SEI_IFMG0591428Parecer.pdf (Acesso em: 28 abr. 2021).

30
 Declaração: documento que firma e declara sobre algo que realmente foi verdade,
e que é possível ser conferido para provar a veracidade. Normalmente, esse documento é
elaborado por pessoas autorizadas (chefias ou responsáveis), possui timbre da empresa
ou instituição, com título centralizado “ DECLARAÇÃO”, iniciando o texto com 1ª pessoa,
(nome da pessoa), CPF (nº) ou RG (nº), dados de cargo na empresa, “DECLARO que
(nome da pessoa), CPF (nº) ou RG (nº), dados da pessoa no cargo/função na empresa”.
Logo em seguida no texto, vem o assunto a ser declarado, por exemplo: “exerceu
atividades administrativas de modo satisfatório no período de”. Documento deve ser
datado e assinado pelo declarante e pode ser utilizado pelo declarado para apresentações
diversas como documento comprobatório para provar necessidades exigidas.

Figura 9 – Exemplo editado de um documento de Declaração – Fonte:


https://www.ifmg.edu.br/ouropreto/ensino/pit-rai/codacib/rai-2018.1/rit-miriam.pdf (Acesso em: 28 abr. 2021).

31
 Contrato: documento de formaliza acordo entre duas ou mais partes, pessoas
jurídicas ou físicas, que registra direitos e deveres de uma prestação de serviço ou
obrigações diversas em cláusulas. Documento numerado, contendo preâmbulo com dados
do contratante e contratado e legalidades, cláusulas diversas como o que este sendo
contratado, prazos e vigências, obrigações, datado. Com assinaturas registradas,
rubricado em todas as vias.

Figura 10 – Exemplo editado de um documento de Contrato – Fonte:


suap.ifmg.edu.br/contratos/visualizar_arquivo/9690/ (Acesso em: 28 abr. 2021).

32
 Procuração: documento com legalidade de repassar a outra pessoa alguns direitos
e representatividade, aceitando que decisões pessoais ou profissionais sejam tomadas em
seu nome, podendo ser explicitados as condições dessa representação e o que pode ser
feito pela pessoa que nos representa e circunstancias. Normalmente, a Procuração deve
ser validada em reconhecimento de firma e atestada via cartório. Existem dois tipos:
particular (lavrada de próprio punho, manual) e pública (lavrada e autenticada em cartório).

Figura 11 – Exemplo editado de um documento de Procuração – Fonte:


https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwib3fu8vuTrAhWwIrkGHc4BDkE
QFjAAegQIIhAB&url=https%3A%2F%2Fwww2.ifmg.edu.br%2Fportal%2Fprocesso-
seletivo%2Farquivos%2Fmodelo_procuracao-em-branco.doc&usg=AOvVaw3r6k9xzW2akWNiytSu8mzZ (Acesso em: 28
abr. 2021).

33
 Ordem de Serviço: Abreviado como “OS”, é um documento faz listagem de
comunicações internas, ligadas ao serviço de setores, funcionários ou terceiros.
Importantíssimo para formalizar demandas e caracteriza maior seriedade e transparência
do que as ordens vindas de forma verbal, servindo assim de documento registrado e
confiável para comprovar e ser consultado. Deve possui o número da ordem de serviço
para facilitar consultas e arquivamentos físicos ou eletrônicos, a descrição resumida e
detalhada do serviço a ser realizado ou demandado, data, setor, funcionários, empresas ou
terceiros envolvidos e a assinatura (manual ou eletrônica via software, que pode contem
fluxos de autorizações).

Figura 12 – Exemplo editado de um documento de Procuração –


Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/ordem-servico.htm (Acesso em: 28 abr. 2021).

34
 Manual, Regulamento ou Resolução: documentos que possuem características
de listagem de regras a serem seguidas, tendo como objetivo informar procedimentos a
serem respeitados e com a finalidade de padronizações gerais em instituições
governamentais, empresas, setores ou locais que necessitam de normalizações.

Figura 13 – Exemplo editado de um documento de Regulamento – Fonte:


https://www.ifmg.edu.br/santaluzia/dap/normas-de-utilizacao-dos-
espacos/NormasdeUtilizaodosEspaosdoIFMGCampusSantaLuzia.pdf (Acesso em: 28 abr. 2021).

35
Atenção: Com a atualização do “Manual de Redação”3 da
Casa Civil, via Portaria n° 1.369/2018, que determinou a
extinção de formatos como o Aviso e Memorando em
Instituições Públicas, os mesmos não foram aqui apresentados.

Mídia digital: Para complementar esse estudo inicial de


Comunicação Escrita, vá até a sala virtual e assista ao vídeo
“Destacando tipos de documentos de Redação Comercial”.

Agora é o momento de interagir conosco, realizando a atividade proposta a seguir:

Atividade: Acesse a sala virtual e no Fórum “Redação


Comercial” digite os Tipos de Documentos de Redação
Comercial e fique à vontade para contar as suas experiências
comerciais ligadas a esses documentos. Caso ainda não tenha
usado nenhuma, qual dos documentos listados na seção “Tipos
de documentos de Redação Comercial” você achou mais
interessante e o porquê da sua escolha.

2.2 Noções Básicas De Redação Dissertativa

A Redação Dissertativa se caracteriza por ser um tipo textual que apresenta


argumentações e expõe ideias ligadas a um tema específico, normalmente escrito em
situações de concurso, vestibular e atividades escolares, bem como em editoriais de Jornal
ou sites.
É um tipo de texto para se transmitir o que se pensa ou se defende sobre temas
diversos, oportunidade de manifestar a ideia ou opinião, do ponto de vista do escritor que

3
Manual de Redação Maiores detalhes:
<https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/57221638/>.
Acesso em: 12 set. 2020

36
disserta. Preferencial e melhor caracterizado em discurso indireto, ou seja, com uso de
verbos e ações ligados aos pronomes pessoais retos “ELE / ELES” e seus oblíquos em 3ª
pessoa, sendo possível mesmo assim expressar a opinião própria e com mais objetividade.
Em alguns casos, e menos usuais, existem literários que aceitam exceções de uso em
alguns trechos do texto dissertativo com ações e verbos na 1ª pessoa (EU / NÓS), mas
que não sugiro. Costuma abordar temas conflitantes e sociais como: justiça, ética,
ecologia, paz, democracia, liberdade entre muitos outros.

Para melhor entendimento e direcionamento, a Redação Dissertativa pode ser


classificada como Expositiva e Argumentativa. Acompanhe os conceitos e explicações
sobre isso a seguir:

Dissertação Expositiva – como o próprio nome já sugere, é um tipo de texto em


que se expõem as ideias ou pontos de vista. O objetivo é fazer com que o leitor os
considerem coerentes e não o fazer concordar com eles. Sintetizando em termos sobre o
texto de Dissertação Expositiva, temos:

 Semelhante a Resumos.
 Ideias fixas de outros autores.
 Sem expressar opinião própria.
 Uso de 3ª Pessoa (verbos conjugados com “Ele/Eles” e pronomes oblíquos)
 Sem conversar com o leitor.
 Sem induzir o pensamento crítico que quem lê.

Figura 14 – Exemplo deTexto Introdução Expositiva –


Fonte: Google Imagens Licenças Creative Commons – Uso livre e meramente editada

Dissertação Argumentativa – esse é o tipo de dissertação mais comum e conhecida por


todos. Nela o intuito é convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a ideia ou ponto de
vista exposto. Isso se faz por meio de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de
dados, estatísticas, provas, opiniões relevantes, etc. A exposição de ideias firma o texto
como dissertativo, e a parte textual, em que se busca convencer o leitor a respeito das
ideias retratadas, o caracteriza como texto argumentativo, sendo muito usual a expressão
dissertativa-argumentativa em preparatórios para vestibulares e ENEM.

Sintetizando em termos sobre o texto de Dissertação Argumentativa, temos:

37
 Buscar convencer.
 Ideias de outros autores, mas que embasem a sua opinião.
 Expressar opinião própria.
 Uso de 3ª Pessoa (verbos conjugados com “Ele/Eles” e pronomes oblíquos)
 Evite 1ª pessoa (verbos conjugados com pronomes “Eu/Nós” e seus
pronomes oblíquos: me, mim, comigo, nos, conosco)
 Conversar, esporadicamente, com o leitor (pergunte, use às vezes o “você”
ou verbos no imperativo).
 Induzir o pensamento crítico de quem lê, tentando convencê-lo.

Figura 4 – Exemplo de Texto Introdução Argumentativa


Fonte Google Imagens Licenças Creative Commons – Uso livre e meramente editada

Comparando os dois tipos de texto dissertativos, podemos resumir na simples


comparação:

Figuras 5 – Comparações Caracteríscas Expositivo x Argumentativo


Fonte Google Imagens Licenças Creative Commons – Uso livre e meramente editada

Mídia digital: Para complementar esse estudo de


Redação Dissertativa e melhoria da sua
Comunicação Escrita, vá até a sala virtual e assista
ao vídeo “Técnicas diferenciadas para iniciar sua
Redação Dissertativa”.

Em linhas gerais, a Redação Dissertativa é dividida em Introdução,


Desenvolvimento e Conclusão, para facilitar a melhor distribuição das ideias e termos um
texto mais organizado, com busca de amarrações de darão características de coesão e
coerência textual.

38
De forma resumida:

 Introdução: início do texto dissertativo, com apresentação do tema do texto, descrição


e encaminhamento para expressar sua opinião de forma geral, não detalhada e sim
específica e ampla, generalizada, ponto de vista.
 Desenvolvimento: parágrafos com detalhamento do tema, argumentos, explicações
mais aprofundadas, prós e contras, e opinião própria mais esmiuçada se necessário, com
dados e confirmações das ideias, exemplificações e trechos mais aprofundados no tema
do texto.
 Conclusão: finalização do texto, buscando relatar algo que convença o leitor a
continuar a refletir sobre o tema abordado, com propostas de intervenção, com
encerramento das ideias, levando ao pensamento crítico, filosófico e construtivo de quem
lê. Parte para finalizar aquilo que foi detalhado no texto desenvolvido e reforçar o conceito
principal do texto.

Mídia digital: Para complementar esse estudo


de Redação Dissertativa e melhoria da sua
Comunicação Escrita, vá até a sala virtual e
assista ao vídeo: “Dicas sobre a
Estruturação da Redação Dissertativa”.

2.3 Gramáticas: estudo básico sobre Regências e Concordâncias

A) Regência, em linhas gerais de entendimento, é o estudo de utilizar ou não uma


preposição a partir de verbos ou termo nominal, em relação aos seus complementos.

Lista de Preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
perante, por, sem, sob, sobre, trás.

Exemplos de Regência Verbal:

VERBO SIGNIFICANDO PREPOSIÇÃO EXEMPLO DE FRASE


O direito de informar assistia ao
Assistir Permanecer A
gerente da loja
Assisto à novela da tarde todos
Assistir Ver A
os dias.
Assistir Cuidar - A enfermeira assiste o médico.
Querer Desejar - Quero comida quente.
Queremos sucesso aos meus
Querer Estimar A
amigos.
Sem pronome
Esquecer - Esqueci seu sobrenome.
oblíquo
Com pronome
Esquecer DE Esqueci-me de seu sobrenome.
oblíquo

39
Visar Mirar - O caçador visou o coelho.
Visar Assinar rubricar - O chefe visou o contrato.
Meu chefe visa ao cargo maior
Visar Almejar querer A
da empresa.
Obedecer Respeitar A Obedeça ao seu pai.
Aspirar Desejar A Aspire a momentos melhores.
Aspirar Inspirar sugar - Aspire o aroma das flores.
Ir Locomover A Iremos ao supermercado.

Exemplos de Regência Nominal:

TERMO PREPOSIÇÃO EXEMPLO DE FRASE


Apto A / PARA Você está apto a realizar seu trabalho
Acessível A Seja acessível a novas oportunidades.
Capacidade DE / PARA Tenha capacidade de tomar decisões.
Obediência A Demonstre obediência aos seus pais.
Compatível COM Esse aparelho é compatível com o computador.
Torne-se mais solícito com as pessoas ao seu
Solícito COM
redor.
Indeciso EM Ele é indeciso em momentos estressantes.
Ansioso POR Estava ansioso por chegar ao sítio.

B) Concordância, em linhas gerais de entendimento, é o estudo de utilizar ou não plural


nas palavras, a partir da relação de verbos ou termo nominal com termos ligados a esses.

Exemplos de Concordâncias Nominais:

 A menina estudiosa conseguiu passar no concurso.


 Os meninos estudiosos passaram no concurso.
 A faca e o garfo cromado estão na mesa.
 O garfo e a faca cromada estão na mesa.
 As facas e os garfos dourados estão na mesa.
 Os garfos e as facas douradas estão na mesa.
 A faca e o garfo dourados estão na mesa.
 O garfo e a faca dourados estão na mesa.
 Avistaram a rua e a casa deserta.
 Avistaram a rua e a casa desertas.
 Ela sentiu-se animada com a notícia.
 Ele sentiu-se animado com a notícia.
 Aprendemos matérias novas com a professora americana e a francesa.
 Aprendemos matérias novas com as professoras americana e francesa.
 A alegria é benéfica para a humanidade!
 Alegria é benéfico para a humanidade!
 Ele não tem nada de encantador.
 Elas não têm nada de encantador.
 É proibido visitação das instalações a partir deste horário.
 É necessário tolerância e respeito para vivermos bem em sociedade.

40
 Há bastantes alunos interessados na matéria nova da aula.
 Essas compras de supermercado ficaram muito caras!
 Comprarei aqueles chinelos baratos.
 Preencha meia folha de papel com as informações necessárias.
 Os cães ouviram um barulho e ficaram alerta.
 Dessa maneira, há menos confusão!

Exemplos de Concordâncias Verbais:

 Então, eu li, ele leu, nós lemos!


 Entenda: sou eu quem quero, sou eu quem quer.
 Veja: a maioria das pessoas quer, a maioria das pessoas querem.
 Já falei que nem um nem outro veio, e reforço que nem um nem outro vieram.
 Havia pessoas na sala, houve problemas demais, isso faz dois anos.
 Atenção: vende-se ovo, vendem-se ovos.
 Precisa-se de funcionário capacitado, e precisa-se de funcionários atentos.
 É para eles lerem o livro, eu vi eles chegarem tarde em casa.
 Eles querem comprar tudo.

Logo após reler os assuntos aqui abordados e rever os vídeos complementares, tenho
a convicção que você será capaz de fazer a atividade final dessa semana:

Atividade: Acesse a Sala Virtual na Seção “Exercícios


Avaliativos (Semana 2)” e responda com calma e busque
responder corretamente as perguntas para que atinja a meta
mínima da unidade e assim prossegui com o restante do curso.
Você é capaz!

Concluída essa semana de estudos, é hora de uma pausa para a reflexão. Faça a
leitura (ou releitura) de tudo que lhe foi sugerido, assista aos vídeos propostos e analise
todas essas informações com base na sua experiência profissional. Esse intervalo é
importante para amadurecer as novas concepções que esta etapa lhe apresentou!
Mais uma vez, façamos uma pequena pausa para a reflexão. Leia os diversos
comentários já realizados no fórum anterior e aproveite esta oportunidade de troca de
experiências!
Vamos nos encontrar na próxima semana!
Bons estudos!

41
42
Semana 3 – COMUNICAÇÃ ORAL - DESTAQUES

Objetivos:
Sensacional saber que você está conosco e buscando
terminar esse curso e melhorar sua comunicação! Nessa
Semana 3 você verá dicas e orientações maravilhosas sobre
Técnicas de Oratória (falar em público) e Comunicação Não-
Violenta, buscando assim aprimorarmos ainda mais nosso
modo de comunicar de forma persuasiva, mas com polidez e
profissionalismo.

“Quando você fala, está apenas repetindo aquilo que você já sabe. Mas, se você escuta,
então pode aprender algo novo.”

Dalai Lama

Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala


virtual e assista ao vídeo “Apresentação Sintética do
conteúdo da Semana 3”.

3.1 Técnicas e Dicas Iniciais de Oratória

Oratória se conceitua como sendo a prática, a partir de técnicas, de falar em público,


seja presencialmente como em ambiente virtual, ou seja, aprender a falar em público, com
naturalidade e confiança, e possuir uma comunicação que transpareça ser mais
impactante, imperativa, apoderada, persuasiva, cativante, assertiva.
Contextualizando, na Grécia antiga e orador romano, a oratória foi estudada como
elemento da retórica, ou seja, da boa argumentação e comunicação clara, destacando
nessa arte os filósofos e estudiosos da época: Quintiliano, Platão, Cícero, Sêneca e
Aristóteles.
Para alguns estudiosos sobre oratória baseiam-se nas seguintes expressões
interrogativas elementares:

 Quem diz?
 O que se diz?
 A quem se diz?

43
 Por que meio se diz?
 Com que efeitos se diz?

O objetivo de falar em público varia da simples ação de informar, ou contar algo, em


busca de motivar e influenciar as pessoas a agir. Oradores de excelência devem tocar os
sentimentos dos seus ouvintes e não simplesmente informá-los de algo.

A Oratória não pode ser vista como algo a ser somente usado por grandes líderes
mundiais, autoridades, políticos ou celebridades, e sim por qualquer pessoa que se
interesse no tema e busque conhecimento e queira praticar sempre. Você tem sim essas
características e interesses no tema visto que chegou até esse nível do nosso curso de
Comunicação Oral e Escrita básico que tem como principal missão motivar pessoas a
estudar e se capacitar no assunto. Acredite, você é capaz de ter e manter sua forma de se
comunicar bem perante quem for!
Vejamos algumas dicas para você iniciar a melhoria ou continuidade de sua
comunicação oral de excelência:

A) Habilidade Pessoais:

 Procure manter a calma e serenidade antes e durante as apresentações. Técnicas de


respiração e relaxamento sendo feitos antes das apresentações auxiliam muito no controle
emocional e naturalidade da sua fala em público.

 Saber dosar a fluência verbal, com uso das palavras bem articuladas e controle da
velocidade da fala, torna sua apresentação mais atraente e profissional. Fale
corretamente, sem tiques nervosos, erros gramaticais e vícios de linguagem.
Prestar atenção na sua postura corporal e comportamental, ao estar à frente de pessoas,
demonstra uma imagem mais polida e respeitosa. Atente-se para a postura ereta, tranquila
e não forçada, bem natural. Controle a movimentação exagerada ou repetitiva das mãos.

 Essencial você ter conhecimento do conteúdo a ser apresentado, estudar e treinar


antes o texto ou respostas para possíveis perguntas. Evite desconfortos advindos de
improvisos e falta de nexo, por falta de compreensão no tema. Não transpareça que
decorou de forma robotizada e nem faça leituras descompromissadas e sem a devida
emoção se couber. Organize suas ideias e mecanismos de apoio para suas falas em
slides, cerimonial ou outros modos para sempre consultar sua sequência de apresentação.

 Tenha agilidade, mas sem correria e nem ser exacerbado. Busque o dinamismo, mas
não excesso de euforia. Cuidado com piadas e busque o bom humor no ponto certo e
quando couber. Olhe para as pessoas antes e durante a apresentação, mesmo que não
esteja falando. Preste atenção em detalhes para poder se comunicar com o público e
interagir, e sempre mantenha o contato visual com a plateia. Erros comuns: olhar para o
chão, para o alto, para a parede ou ponto fixo. Mude de estratégicas de apresentação
quando perceber que o público está disperso e sem interesse. Administre o tempo e
cuidado com excesso de falas longas e ser prolixo.

44
 Seja simples, mas não dominado e nem tolo. Achar o ponto certo de não ser humilde
demais, mas também não ser prepotente ou arrogante. Prefira frases positivas do tipo:
“Gratidão por terem vindo e me esperado chegar” em vez de “Desculpem-me pelo atraso”;
ou ainda “Desculpem-me por ocupar o tempo de vocês” e sim “Obrigado(a) pela
disponibilização de todos”, entre outras de cunho não negativo.

B) Características Pessoais:

 Busque ter uma boa aparência ou se adaptar ao ambiente ligado a sua apresentação.
Não é uma sugestão de padronização, mas perceba que nem sempre estar de terno e
gravata é a melhor opção, e não à vontade, como é com os amigos é a melhor escolha em
apresentações em público. Analise o público e tema a ser abordado para tomar a melhor
decisão de como se trajar.

 Treinar e ter uma boa voz cativa o público e prende a atenção de quem lhe ouve.
Busque técnicas de aquecimento vocal e busque alimentações adequadas para seu dia a
dia. Valorize o dom da fala e cuide de seu aparelho fonador.

 Verifique sempre se sua higiene pessoal está apresentável: limpeza de dentes, cabelo,
narinas e orelhas, bem como qualquer parte visível ou não do seu corpo. Afinal, quem
deve chamar a atenção é o seu conjunto de oratória e não uma sujeira qualquer exposta e
que com certeza desfocará a atenção do público que lhe assiste.

Dica do professor: Não entenda como regra


absoluta, e sim como sugestão para sua análise:
 procure usar roupas confortáveis, que não
sejam curtas demais e que ao levantar os
braços, por exemplo, venha a aparecer partes do
seu corpo.
 Formalismo demais ou traje esporte:
depende muito do evento, tema e público.
 Não use nada que possa distrair ou roubar a
atenção de você e da mensagem a ser dita. Você
é o centro da atenção.
 Cuidado com acessórios, seja para homens
ou mulheres.

Mídia digital: Para complementar os estudo sobre


oratória, vá até a sala virtual e assista ao vídeo
“Dicas de Oratória”.

Agora é o momento de interagir conosco, realizando a atividade proposta a seguir:

45
Atividade: Acesse a sala virtual e no Fórum
“Oratória” e digite suas dificuldades e facilidade
ao se apresentar em público. Fique à vontade
para contar histórias e trocar ideias construtivas
com outras postagens de alunos do curso,
mantendo claro o respeito mútuo e busca de
troca de experiências.

3.2 Conceitos de Comunicação Não-Violenta

A Comunicação Não Violenta (CNV) é a expressão usada para nomear uma técnica,
desenvolvida e liderada pelo psicólogo Marshall Rosenberg4, onde se predomina a
comunicação eficiente, educada, polida, contudo firme e direta, e com destaques para a
empatia perante o próximo. Comunicação Não Violenta não é ser passivo, medroso ou
retraído e, sim, inteligente, comunicador e honesto para com todos os sentimentos
envolvidos.
Na sua essência e objetivo mor, o uso da CNV deve ocorrer por, pelo menos, uma
das partes, ou ambas, para intervir positivamente e amenizar de forma inteligente e eficaz
a resolução de momentos que podem gerar conflitos verbais ou físicos entre pessoas por
qualquer motivo, banais ou sérias. Tais desavenças entre indivíduos podem ser devido a
diversos fatores de cada uma das partes envolvidas: histórico, comportamental, familiar,
educacional, cultura, filosófico, interesses, gostos, interpretações, social, psicológicos,
entre outros, principalmente ligados ao encadeamento anterior ou inicial das discussões
desconstrutivas e má verbalizações em brigas.
Importante lembrarmos que essa técnica de CNV pode ser usada por qualquer
pessoa que procura um modo inteligente e poderoso para diminuir discussões, brigas,
desavenças que por ventura vem a poder se iniciar por pessoas de nosso convívio social:
familiares, amigos, conhecidos próximos e colegas de trabalho. Claro que essa técnica
deve ser utilizada com pessoas que se expressam de forma errada e agressiva ou para
nós mesmos não sermos assim também, analisando sempre antes se é compensatória a
utilização da CNV e se o momento é oportuno e seguro, na tentativa de persuasão
organizada, sequencial e educada.
A partir de agora, temos duas possibilidades:
 discutir, falar mal, ouvir xingamentos, fofocar, ameaçar ou ser ameaçado e sermos
mal educados para conseguirmos o que queremos, sendo essas atitudes de
comunicação violenta e que não queremos em nossas vidas e convívios sociais; ou
 partir para a prática da Comunicação Não Violenta aqui estudada, onde existe uma
abordagem mais educada e com empatia, tentando entender as necessidade e

4
Maiores detalhes: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Diogo_Mainardi>. Acesso em: 12 set. 2020.

46
motivos que levam as pessoas a se agredirem verbalmente, para que isso ocorra
cada vez menos ou não mais aconteça com qualquer pessoa.

Essa técnica já é utilizada muitas partes do mundo e claro que é de grande valia
compreendê-la, repassar para outros também utilizá-la e quando necessários praticarmos
para termos como meta uma sociedade mais compreensível e construtiva nos princípios de
boa educação entre todos e valorização humana.

A seguir, dentro dos conceitos da Comunicação Não Violenta, veja a sequência de


passos para serem seguidos nessa ordem aconselhada pelo estudo abreviado como:

OSNP: O – Observação / S – Sentimentos / N – Necessidades / P - Pedido

O - Observação: sem sentimentos, mágoas passadas ou estereótipos, faça nessa


etapa somente observações das falas da pessoa ou modos de agir dela que
incomodam você ou propiciam conflito. Importante que essas observações sejam
somente nos fatos, sem interpretações pessoais, e sim, o que de realmente ela falou
ou fez. Nessa etapa da técnica, seria como se estivéssemos filmando e iremos dizer
para a pessoal o que realmente observamos, de forma fria, séria e meramente
descritiva sem emoção e adjetivos personalizados.

S - Sentimentos: Logo após observar o que propiciou ou pode encadear conflitos


entre você e a pessoa, identifique os sentimentos aflorados em você, a partir das
atitudes dessa pessoa: sentiu medo, tristeza, raiva, frustração, preocupação, alívio,
estresse, desânimo, desmotivado, desvalorizado, descontentamento, fadiga, nojo,
desprezo, entre outros. Nessa etapa da técnica, temos que explanar de forma educada
e normal o que realmente sentimos e revelar para a pessoa ouvir, tirar esse sentimento
de nosso interior. Podem ser sentimentos que a pessoa nem imaginava que você
sofria, talvez porque você simplesmente nunca revelou a ela, e assim podem
conversar melhor sobre. Importante falar sem jogar para cima do ouvinte toda
responsabilidade e martirizá-la, e sim demonstrar seus sentimentos advindos de ações
observadas e relatadas anteriormente, sem vitimização ou ser dono(a) da verdade
absoluta. Busque perguntar, relatar e entender os sentimentos que a pessoa venha a
ter também, e que pode ser os motivos que a levam ter tais atitudes, ações ou
verbalizações observadas.

N - Necessidades: Em seguida, identifiquem e relatem as necessidades de realmente


sentirem esses sentimentos, ou como podem se tornar desnecessários para ambos.
Relate sua necessidade para a pessoa para que não sinta mais esses sentimentos,
entenda por empatia as necessidades da pessoa e busquem um equilíbrio e harmonia.
As discussões e conflitos, normalmente, ocorrem devido jogo de interesses e
necessidade incompatíveis, pois pode ocorrer que sua necessidade seja diferente do
outro, e se não bem comunicado, se partirem para a verbalização violenta, nunca
haverá pleno entendimento e ficará resquícios de rancor, ódio e negativismo. A pessoa
não é adivinha, fale sua necessidade e entenda a dela. Entrar em acordo e buscar
cooperação é importantíssimo para convivermos bem.

47
P - Pedido: Finalizando a técnica, faça o pedido de forma clara, sem modificar tom de
voz ou gesticulações ameaçadoras, e sim de forma direta, firme e educada,
comentando com polidez sua sugestão de pedido para atender suas necessidades e
na medida do possível a da pessoa, se couber e for plausível de ser o melhor caminho
para ambos evitarem conflitos e continuarem com a comunicação construtiva, solidária
e não violenta a partir dessa conversa.

Mídia digital: Para complementar os estudo


sobre oratória, vá até a sala virtual e assista
ao vídeo “Comunicação Não Violenta”.

Agora é o momento de interagir conosco, realizando a atividade proposta a seguir:

Atividade: Acesse a sala virtual e no Fórum


“Comunicação Violenta” e escreva se o
passo a passo OSNP já foi utilizado por você
ou não, e se será uma técnica válida para seu
dia a dia e por que.

Logo após reler os assuntos aqui abordados e rever os vídeos complementares, tenho a
convicção que você será capaz de fazer a atividade final dessa semana:

Atividade: Para concluir o curso e ter a


possibilidade de gerar o seu certificado, vá até
a sala virtual, responda ao Questionário
“Avaliação geral” e busque atingir pelo menos
a nota mínima exigida. Este teste é constituído
por perguntas de múltipla escolha, que se
baseiam em todos estudos desse curso
Comunicação Oral e Escrita. Releia os
conteúdos e reveja os vídeos que com certeza
terá sucesso na pontuação de sua avaliação.
Estou torcendo por você!

Parabéns pela conclusão do curso. Foi um prazer tê-lo conosco!


Para outros cursos, acesse a Plataforma +IFMG.

48
Referências

JAKOBSON, R. Lingüística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 2003.


LAMA, D. A Arte da Felicidade - Um manual para a vida. São Paulo: Martins Fontes, 1999

CARNEGIE, Dale. Como fazer amigos e influenciar pessoas. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1995.

MEDEIROS, JOÃO BOSCO E TOMASI, Carolina. Comunicação Empresarial São Paulo:


SENAE, 2012.

SWARTHOUT, D. (S / F). Comunicação Oral: Definição, Tipos e Vantagens. Retirado


de study.com.

APRENDIZADO TRIPLO A. (S / F). Comunicação verbal / oral. Retirado de


textbook.stpauls.br.

FLORMATA-BALLESTEROS, TM. Fala e comunicação oral. Cidade de Quezon: Katha


Publishing, 2003.

REVISTA MINISTROS. (S / F). Comunicação oral: O que é, Significado e Conceito.


Retirado de ministros.org, 2019.

MOLISCH, AF. Comunicações sem fio Sussex Ocidental: John Wiley & Sons, 2012.

ROSENBERG, MARSHALL. Comunicação Não-violenta. São Paulo: Ágora, 2006.

ISQUIERDO, GISLENE. Videos Eletrônicos: Youtube Canal, 2020:


https://www.youtube.com/channel/UCdDqRdNsl6ykxgjjj1u8Anw

CORTELLA, SERGIO. Videos Eletrônicos: Youtube Canal, 2020:


https://www.youtube.com/channel/UCyTS929PXJSUiBEFSzdypgg

49
50
Currículo do autor

Rodrigo Gonçalves de Oliveira possui graduação e licenciatura em Letras.


FUOM-UNIFOR/MG (1999) e Pós-graduado em Gestão de Pessoas pela
UCAM-PROMINAS SP (2012). Possui experiência como docente contratado
pela Prefeitura Municipal de Formiga/MG no cargo de Professor II – Língua
Portuguesa (2001-2002), foi já contratado pelas escolas particulares Colégio
Perfil de Piumhi/MG e Colégio Cecom Arcos/MG como Professor de Língua
Portuguesa, Literatura Brasileira, Redação (2002-2004). Possui vasta
experiência profissional e capacitações nas áreas de vendas, administração e
sub-gerência em Rede de Drogaria nos estados de MG/SP (2004-2006),
encarregado de transportes e setor de compras em empresas de calcinação
da região sudeste de MG (2006 a 2009), e também auxiliar de vendas e
instalação de programas de linguagem de softwares gerencial de comércio
em geral (2009/2010) e radialista em rádios da cidade de Formiga/MG
(1997/2009). Foi Instrutor do Curso de Almoxarifado e, logo depois, Auxiliar
Administrativo, ambos do Programa Pronatec (2014/2015). Desde 2017, é instrutor da Avamep
(Instituição de Apoio ao Jovem Aprendiz da cidade de Piumhi/MG) nas disciplinas de Comunicação Oral e
Escrita, Cidadania e Formação Pessoal (Relações Humanas; Respeito às Diferenças e Valores Étnicos);
Autoestima e Confiança (Ética & Moralidade); Comportamento Profissional (Comprometimento &
apresentação pessoal); Mundo do Trabalho (Currículo; Direitos e Deveres do Cidadão; Trabalho em
Equipe; Marketing Pessoal). Iniciou a carreira como Servidor Público Federal do IFMG - Instituto Federal
de Minas Gerais no cargo de Assistente Administrativo (desde 2010 até hoje), tendo passagem pela
IFMG-Reitoria/BH no Setor de Gestão de Pessoas, chefias no setor de Pagamento e Chefia no Setor de
Contratos. Desde 2014, é servidor público no mesmo cargo no IFMG- Piumhi, sendo atual Coordenador
de Administração, Planejamento e Infraestrutura do Campus Avançado Piumhi e Diretor Substituto desse
mesmo campus.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2246431406167556

Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão

Viviane Lima Martins 10/11/2020


Rodrigo Gonçalves de Oliveira 07/09/2020 1.0
Joice Stella de Melo Rocha 17/03/2021

51
52
Glossário de códigos QR (Quick Response)

Mídia digital:
Mídia digital:
Antes de iniciar os
Antes de iniciar os
estudos, vá até a
estudos, vá até a
sala virtual e
sala virtual e
assista ao vídeo
assista ao vídeo
“Apresentação
“Apresentação do
Sintética do
curso e tópicos da
conteúdo da
Semana 1”.
Semana 2.

Dica do professor:
normalmente, em
instituições já
Mídia digital: Para
existem modelos a
complementar
serem seguidos,
esse estudo inicial
que só precisam
de Comunicação
ser editados por
Escrita, vá até a
você. Antes de
sala virtual e
enviar, releia o
assista ao vídeo
texto e veja se está
“Destacando tipos
claro. Acesse mais
de documentos
regras da ABNT
de Redação
consultando o
Comercial”.
Manual de
Normatização do
IFMG (download).

Mídia digital: Para Mídia digital: Para


complementar esse complementar
estudo de Redação esse estudo de
Dissertativa e Redação
melhoria da sua Dissertativa e
Comunicação melhoria da sua
Escrita, vá até a Comunicação
sala virtual e Escrita, vá até a
assista ao vídeo sala virtual e
“Técnicas assista ao vídeo:
diferenciadas para “Dicas sobre a
iniciar sua Estruturação da
Redação Redação
Dissertativa”. Dissertativa”.

Mídia digital: Antes


Mídia digital: Para
de iniciar os
complementar os
estudos, vá até a
estudo sobre
sala virtual e
oratória, vá até a
assista ao vídeo
sala virtual e
“Apresentação
assista ao vídeo
Sintética do
“Dicas de
conteúdo da
Oratória”.
Semana 3”.

53
Mídia digital:
Para
complementar os
estudo sobre
oratória, vá até a
sala virtual e
assista ao vídeo
“Comunicação
Não Violenta”.

54
Plataforma +IFMG
Formação Inicial e Continuada EaD

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de


2020 concentrou seus esforços na criação do Programa
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG
cumprir seu papel na oferta de uma educação pública, de
qualidade e cada vez mais acessível.
Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe
multidisciplinar, contando com especialistas em educação,
web design, design instrucional, programação, revisão de
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais.
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos
setores institucionais e também com a imprescindível
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de
atuação.
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex
adquiriu estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de
iluminação e isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG.
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem,
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos.
Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado.

O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você!

Professor Carlos Bernardes Rosa Jr.


Pró-Reitor de Extensão do IFMG

55
56
57
58
Características deste livro:
Formato: A4
Tipologia: Arial e Capriola.
E-book:
1ª. Edição
Formato digital

59
60

Você também pode gostar