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Plano de Desenvolvimento Individual

Competências Comunicacionais

Paulo Luz

Nº 50030601

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos e Organização Estratégica

Ano Letivo: 2015 / 2016


Plano de Desenvolvimento Individual

Índice

I. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4

II. ANÁLISE INTERNA ............................................................................................... 8

III. ANÁLISE EXTERNA ............................................................................................ 10

Referências Bibliográficas .............................................................................................. 12

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Índice de Figuras

FIGURA 1 - SÍNTESE DA ANÁLISE INTERNA ........................................................................ 9


FIGURA 2 - SÍNTESE DA ANÁLISE EXTERNA ..................................................................... 11

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I. INTRODUÇÃO

O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) ora apresentado insere-se na Unidade


Curricular de Competências Comunicacionais, lecionada no 2º semestre do terceiro ano
do Curso de Gestão de Recursos Humanos e Organização Estratégica da Universidade
Europeia.
O PDI reflete as atuais competências e aptidões do estudante para a realização de uma
exposição oral em público, examina e avalia o caminho percorrido e a evolução durante
o tempo de aprendizagem, estabelece objetivos e define desafios e metas a cumprir, de
modo o atingir os objetivos pretendidos.
Quando não se nasce com um dom especial para a retórica, há que aprender a falar em
público, existindo para isso técnicas específicas de comunicação. Uma apresentação oral
bem-sucedida, aberta e fluente, exige aprendizagem e treino, de forma a saber adequar,
corretamente, os vários recursos a diversas situações de comunicação.
O desenvolvimento da competência comunicacional é proporcionado por métodos e
técnicas inerentes à prática do discurso. Uma apresentação ou uma palestra que se queira
que fique na memória dos que estão a assistir deve ser devidamente preparada e cuidada.
Em primeiro lugar, há que definir os objetivos do discurso, estruturando o texto de
apresentação de forma clara e sucinta, refletindo um pensamento organizado. O produto
final deverá resultar numa apresentação elaborada com clareza e objetividade.
Ao falar em público há que ter presente a interação entre o emissor e o recetor, de forma
a influenciar a audiência, captando o seu interesse através da sua dinamização. O orador
poderá recorrer a várias técnicas de expressão e socorrer-se de alguns recursos, dos quais
se destacam os que se consideram fundamentais e que fazem parte da comunicação não-
verbal:

I. a) Colocação da Voz
Por regra, a atenção que os ouvintes prestam a um orador é de poucos minutos. De forma
a evitar a monotonia e continuar a captar a atenção dos assistentes, o orador deve utilizar
a voz como instrumento dinamizador, variando o tom de voz ao longo do discurso –
manter um timbre natural para assuntos genéricos e aumentar o tom de voz de acordo
com os momentos mais importantes e de maior interesse.

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Não só a variação da tonalidade da voz, mas também o ritmo e a intensidade influenciam


a audiência. Por exemplo, um orador que fale demasiado rápido, transmite uma sensação
de stress e, a breve trecho, a atenção do público não conseguirá seguir a expressão da
organização do pensamento. A técnica a treinar é a da respiração (respirar antes das frases
diminui a ansiedade e a velocidade das falas) e distribuir bem as pausas antes de iniciar
um assunto importante. O orador deve pronunciar corretamente as palavras, sem omitir
sons.
Também o uso dos chamados vícios de linguagem ou “bengalas”, nos quais o orador
frequentemente se apoia, ou seja, expressões como “ããã”, “hum”, “portanto”, “tipo”, etc.
não trazem valor acrescentado e afastam a atenção da audiência. Para combater estes
vícios de linguagem podem ser utilizadas duas estratégias – ou optar pelo silêncio/pausas,
ou produzir um discurso mais pausado, falando mais devagar.

I. b) Linguagem Corporal – Cinestesia e Proxémica


Fundamental em qualquer apresentação pública e a par da expressão oral é a linguagem
corporal, da qual fazem parte a cinestesia (que diz respeito à postura, gesticulação e
expressões faciais) e a proxémica (saber identificar o espaço em que se encontra, sabendo
usá-lo em termos de movimentação).
Um orador e o tema da sua apresentação ficarão tanto mais na memória da audiência
quanto consiga transmitir, através dos seus próprios gestos e expressões, uma forma de
comunicação fácil e equilibrada.
A linguagem corporal é a responsável pela primeira impressão de uma pessoa. O
investigador de origem arménia e doutorado na Clark University dos Estados Unidos,
Albert Mehrabian, fez uma estimativa da proporção verbal/não verbal
do comportamento e concluiu que até 55% da mensagem é transmitida via linguagem
corporal. Ainda segundo o mesmo estudo, a voz é responsável por 38% e as palavras
apenas por 7%. Utilizada de maneira adequada, a linguagem corporal pode reforçar e
enfatizar a mensagem oral, pode complementar ou concluir raciocínios. (Linguagem
Corporal, 2012).
A postura é um ponto de apoio a utilizar durante a expressão oral. O orador deve treinar
uma postura adequada, equilibrando-se nas duas pernas com os pés levemente afastados,
de forma a transmitir a ideia de equilíbrio e estabilidade. Uma postura direita, mas natural

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e confortável transmite confiança, segurança e entusiamo pelo assunto. Contrariamente,


uma postura de ombros descaídos, mais humilde, significa pouca firmeza no discurso.
Também a gesticulação e a expressão facial apoiam e reforçam a comunicação oral – os
gestos devem ser comedidos, não exagerados, fluir naturalmente, de forma a potenciar
uma maior atenção ao discurso. O orador deve movimentar-se durante a sua apresentação,
dobrando os cotovelos e depois mantendo a posição dos braços. Pelo contrário, uma
comunicação sem gestos, sem movimento e monocórdica fará passar a imagem de uma
pessoa sem interesse.
A comunicação não verbal revela-se da maior importância. “Compreender a linguagem
corporal beneficia quem é treinado em movimentos de domínio e confiança. A confiança,
aliás, leva ao carisma, o que, por sua vez, conduz à perceção de que você é um sucesso.
Falta de confiança pode resultar numa aura negativa, que pode custar empregos, dinheiro
e influência social.” (Ekman, 2007)

I. c) Interação Emissor vs. Recetor


As técnicas de expressão verbal e não verbal mencionadas, devidamente treinadas e
aplicadas adequadamente durante uma exposição oral permitem ao orador interagir com
o público recetor.
Muito depende, desde logo, da forma como o assunto é exposto, ou como a “história” é
contada, com o apoio da utilização de uma linguagem enfática que apele à idealização de
imagens, analogias e citações.
Um orador e o tema da sua apresentação ficarão tanto mais na memória da audiência
quanto consiga transmitir, através dos seus próprios gestos e expressões, uma forma de
comunicação fácil e equilibrada.
Uma voz dinamizadora e uma postura natural, mas firme, a par de uma linguagem
persuasiva, clara, competente e eficaz, conseguem criar condições para uma troca de
informações entre o orador e a audiência.

I. d) Estrutura da Exposição
Ao estruturar o texto e treinar o discurso para uma exposição oral eficaz, o orador deverá
ordenar o pensamento, de forma a saber iniciar, desenvolver e concluir a sua
apresentação, tendo em conta a respetiva adequação de estratégias:

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Abertura do discurso – início forte, capaz de captar o interesse da audiência.


Apresentação do tema da exposição. O orador poderá recorrer a um tipo de discurso
interativo e cinestésico (fazendo uma pergunta para o público e requerer que os ouvintes
levantem a mão, por exemplo) ou usar perguntas de retórica. Para a maioria dos
estudiosos de oratória, “a abertura é uma ideia principal e corresponde a 50% do sucesso
ou fracasso de uma apresentação”. (Machado, 2007)
Desenvolvimento do discurso – descrição do assunto e da mensagem principal, podendo
ser introduzida uma história exemplificativa ou, inclusive, algum humor, de forma a
conseguir reter a atenção da audiência; ênfase aos pontos fortes e utilização de linguagem
enfática.
Final do discurso – O entusiasmo deve ir aumentando progressivamente, de modo a que
o final da exposição seja vigoroso e impactante. Resumo das ideias-chave. Utilização dos
melhores argumentos. A audiência irá reter a fase final da apresentação e as conclusões
do orador. Espaço para perguntas ou comentários dos participantes.

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II. ANÁLISE INTERNA

Considerando os conteúdos teóricos e práticos transmitidos na presente unidade


curricular, a avaliação das competências comunicacionais irá ser realizada através de uma
análise SWOT suportada por 4 vídeos de gravação de exposições orais em contexto de
sala de aula.
A primeira parte da análise SWOT será a “Análise Interna”, com a identificação de forças
e fraquezas. Para efeitos desta análise, a visualização das gravações efetuadas permitirá
verificar os pontos fortes e os pontos fracos de cada uma das minhas intervenções, bem
como a evolução ocorrida desde a primeira à última exposição.
No quadro seguinte (quadro 1) procederei à autoavaliação de cada competência ou
subcompetência, numa escala de 0 a 10, em que os valores mais baixos indicam défice
ou necessidade de desenvolver essa competência e os valores mais altos representam a
presença da mesma em grau suficiente para garantir um bom desempenho numa
exposição oral em público. A avaliação será fundamentada com o motivo pelo qual
procedi à respetiva atribuição de valores.

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Figura 1 - Síntese da Análise Interna

Valor (0 - 10)
Competência Fundamentação
Início Atual
Conteúdo

Capacidade para adequar o discurso


• Adequação 7 8
ao contexto da apresentação.

• Riqueza 6 7 Maior diversificação do vocabulário.


Maior capacidade para evocar
• Linguagem enfática 6 9
imagens ou emoções.
Em todas as apresentações mantenho
Controlo de vícios de um vício de linguagem,
5 5
linguagem/bengalas nomeadamente com a repetição do
“ããã...
Modulação da voz
• Tom 6 7 Capacidade para modelar o tom e
• Volume 6 7 alterar o volume da voz, de forma a
captar a atenção da audiência. A
• Velocidade 6 7 velocidade julgo ser adequada, com
potencial para melhoria.
Linguagem corporal
• Cinestesia
Mantenho contacto ocular com os
o Contacto ocular 7 8
participantes

Capacidade de gesticulação de
o Gestos/expressão facial 8 8 acordo com o discurso, mantendo
uma expressão facial adequada.

o Postura corporal 8 9 Postura firme e natural e


o Movimentos do corpo 8 9 movimentação adequada.
• Proxémica
Boa capacidade de deslocação e
o Localização/Deslocação 8 9 aproveitamento do espaço
disponível.
Técnicas de envolvimento
• Utilização 6 8 Consigo utilizar técnicas para captar
e manter a atenção dos participantes,
com um domínio satisfatório sobre as
• Domínio 6 8 mesmas.

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III. ANÁLISE EXTERNA

Tomando como ponto de partida as competências ensinadas e praticadas em contexto de


sala de aula, esta segunda análise pretende que o aluno identifique e avalie as
Oportunidades e as Ameaças do ambiente externo no contexto de uma apresentação oral
em público.
Sendo ambas não controláveis pelo orador, devemos listar todas as situações
(Oportunidades) em que possamos desenvolver e pôr em prática os pontos fortes das
nossas competências e que nos possam beneficiar na apresentação. Por exemplo, o tema
é atual e entusiasmante, a audiência mostra-se interessada pelo mesmo, os ouvintes estão
atentos ou animados. Esta identificação deixar-nos-á mais tranquilos para poder pôr em
prática as nossas competências e ter sucesso na apresentação. As oportunidades são, pois,
facilitadoras para um bom desempenho comunicacional.
Por outro lado, há também que identificar fatores que, potencialmente, possam vir a
dificultar ou prejudicar a nossa apresentação em público (Ameaças). Existem inúmeros
fatores que podem pôr em causa o sucesso da apresentação, como sejam, o fato do tema
constituir pouco interesse para aquele tipo de audiência, falta de interatividade, tempo de
apresentação muito reduzido ou muito longo, ou mesmo estarmos engripados, o que
dificulta o discurso e nos torna mais vulneráveis. A antevisão destas situações permite-
nos prever estratégias a aplicar, com o planeamento atempado de alternativas, de modo a
que as dificuldades possam vir a ser controladas e ultrapassadas mais facilmente.
No quadro seguinte (quadro 2) encontram-se sistematizadas, por um lado, as
oportunidades surgidas a partir da identificação, essencialmente, dos pontos fracos das
minhas competências, bem como as ações a tomar e respetivo calendário. Por outro lado,
são também identificadas as ameaças que poderão ocorrer e a estratégia delineada para
cada uma delas.

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Figura 2 - Síntese da Análise Externa

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

DATA ESTRATÉGIA

Melhoria da minha
formação em inglês, com a Treino intensivo das
Início em
frequência de um curso Fatores de inibição técnicas de expressão
Setembro
intensivo e de horário pessoal (nervosismo, verbal e não verbal,
2016, 2x
flexível (Ex: LEP na UE ou ansiedade) conhecimento profundo do
semana.
MyClass no British tema da apresentação.
Council).

Interagir com a audiência,


Ler mais sobre temas que através de perguntas diretas
poderão favorecer os meus A partir de Desinteresse colocadas a um assistente
pontos mais fracos. Por ex. Agosto demonstrado pela de cada vez, de forma
"Comunicar com Humor" 2016 audiência. individual; treinar a
de João Aragão e Pina. modulação da voz de forma
a captar a atenção.

Procurar na Internet e ver Audiência muito Ter um conhecimento


vídeos de apresentações, de A partir de experiente no tema da profundo do tema,
onde se possa tirar ilações, Agosto apresentação, podendo preparando bem a
quer para melhorar, quer de 2016 colocar perguntas apresentação, de forma
erros a evitar (Ex: TED). difíceis. estruturada e organizada.

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Referências Bibliográficas

Ekman, P. (2007). Emotions Revealed. Em P. Ekman, Emotions Revealed. New York:


Holt Paperbacks.

Linguagem Corporal. (06 de 2012). Obtido em 03 de 07 de 2016, de Wikipedia:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_corporal

Machado, A. (2007). É preciso comunicar. Brasil: Porto União Uniporto

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