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Programa do Curso “Comunicação de Alta Performance”

1. Conteúdo Programático
 O processo de comunicação
 Voz e seus aspectos: Impostação e ressonância de voz, articulação (dicção) e
expressividade da fala, técnicas de aquecimento e desaquecimento vocal
 Relaxamento, alongamento Corporal e respiração costodiafragmática
 Expressão Corporal: Postura, Gestos e Olhar
 Apresentações em público
 Leitura em voz alta
 Uso do microfone
 Comunicação autêntica – espontaneidade e assertividade
 Fala de Improviso

2. Objetivos
2.1 Objetivo Geral
Possibilitar o aprimoramento da voz e da comunicação, por meio de técnicas da
oratória, exercícios fonoaudiológicos e a metodologia do coaching, prezando por
uma comunicação autêntica, com segurança, espontaneidade e assertividade.

2.2Objetivos Específicos
 Trabalhar aspectos da Voz e comunicação: O processo de Comunicação,
Saúde vocal, Fisiologia da produção da voz, impostação e ressonância vocal,
articulação (dicção) e expressividade da fala;
 Desenvolver práticas de Relaxamento e Alongamento Corporal, Respiração
costodiafragmática, Expressão Corporal (Postura, Gestos e Olhar);
 Proporcionar o estudo e vivência de técnicas de Aquecimento e
Desaquecimento vocal
 Proporcionar atividades que explorem a Expressividade vocal, Apresentações
em público, Leitura em voz alta e o Uso do microfone;
 Acelerar os resultados obtidos por meio da metodologia do Coaching de Voz e
Comunicação.

6. Curriculum Resumido da Instrutora:


Gabriela Lima é fonoaudióloga pela PUCPR, pós-graduada em Saúde Mental pela UFAC,
especialista em Motricidade Orofacial pela São Lucas e em Processos Educacionais na
Saúde pelo Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa e Mestre em Fonoaudiologia pela
FOB/USP. Analista Comportamental e Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching – IBC e
pelo Instituo Gerônimo Thelm - IGT. Atuou como fonoaudióloga da rede municipal e
estadual de saúde, destacando-se o trabalho no Centro de Referência Estadual em Saúde
do Trabalhador – CEREST, com oficinas de voz para trabalhadores da educação e
comunicação. Atualmente está como responsável pela Div. de Educação na Saúde, da
Secretaria Municipal da Saúde de Rio Branco, realizando e coordenando capacitações para
os servidores da saúde. Atuou como facilitadora de aprendizagem em especializações
promovidas pelo Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa no ano de 2013 e 2014. Foi
instrutora e idealizadora de diversos projetos sobre voz, comunicação e educação
aprovados através de Editais Leis de Incentivo à Cultura. Também desenvolve trabalhos
individuais e para empresas em consultoria e treinamento na área de voz, coaching de
comunicação, coaching de carreira, liderança, gerenciamento de equipes e projetos.
COMUNICAÇÃO DE ALTA PERFORMANCE -

Gabriela Lima – Fonoaudióloga e Coach de Comunicação


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Experimentando seu potencial comunicativo

A capacidade de transmitir informações, vender ideias e projetos, mobilizar


equipes e multiplicar conhecimentos com clareza e objetividade, vêm se
tornando cada vez mais fator de sucesso entre os acadêmicos e profissionais
que se destacam em suas atuações. O público tem a expectativa de ouvir
pessoas que, além de uma voz agradável, saibam apresentar mensagens
objetivas e interessantes, de forma segura, verdadeira e espontânea.
Mais da metade de nossa comunicação é mediada pela nossa voz,
podendo esta ser considerada a principal ferramenta de vendas de ideias que
existe. Bons comunicadores costumam prender a atenção do seu público com
um tom de voz agradável, uma fala expressiva, clara e natural, uma dicção
precisa, elementos esses considerados para uma boa comunicação.
Entretanto, para a grande maioria não privilegiada nesse sentido, há
recursos disponíveis para valorizar os aspectos que constituem a base para se
falar bem. O falar bem é uma arte e através de exercícios diários, algumas
dicas e orientações, pode-se descobrir novas possibilidades para exteriorizar
nossas ideias, valorizando nosso potencial para fala e voz, possibilitando o
desenvolvimento de uma forma de falar agradável e prazerosa, tanto para
quem fala, quanto para quem ouve.
• O curso “Comunicação de Alta Performance – experimentando seu
potencial comunicativo” consiste no aperfeiçoamento da
comunicação verbal e da oratória como estratégia para alcançar
bons resultados em qualquer tipo de atividade que envolva o ato de
falar em público e na conscientização do uso adequado da voz,
trabalhados no âmbito da Fonoaudiologia e do Coaching de
Comunicação.
• Assim, o curso “Comunicação de Alta Performance –
experimentando seu potencial comunicativo” tem como proposta
principal permitir que cada participante desenvolva habilidades e
competências comunicativas, valorizando seu próprio potencial, na
busca de uma comunicação de alta performance.

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T ESTE : C OMO E STÁ O S EU P OTENCIAL


C OMUNICATIVO ?

Antes de iniciar a leitura deste material, quero convidá-lo(a) a refletir sobre


seu potencial e sua competência comunicativa.

É importante ter em mente que em comunicação nada é imutável; um ponto


hoje considerado como uma dificuldade, se for bem observado e
trabalhado, pode transformar-se em facilidade amanhã.

Assim, a partir da reflexão sobre seu potencial comunicativo, você estará


mapeando aspectos mais fortes e pontos de melhoria na sua comunicação e,
com o auxílio das ferramentas aprendidas e vivencias durante o curso,
poderá encontrar caminhos facilitadores para apresentações de sucesso.

Que tal conhecê-los agora?

Responda e reflita sobre cada questão.

 : Sim
 : Em termos
 : Não

Poder de comunicação pessoal (carisma, magnetismo,   


persuasão)
Você dá importância ao seu processo pessoal de comunicação?

Sente-se valorizado, a cada oportunidade de comunicação (no trabalho, em grupos, com amigos,
nos relacionamentos afetivos)?

Você tem investido em autoconhecimento para uma auto-estima saudável?

Está disposto a assumir 100% de responsabilidade sobre o sucesso das suas comunicações?

Tem usado o seu poder comunicativo para o sucesso e o marketing pessoal?

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Feedback   

Em uma reunião, encontro, apresentação, você sente que consegue cativar e manter a atenção dos
ouvintes?

Quando você é questionado ou contestado, em público, consegue reagir de maneira assertiva?

Consegue absorver e compreender rapidamente o perfil de sua plateia, componentes do grupo, e


encaminhar o seu discurso de acordo com as expectativas?

Você dá oportunidades às pessoas de expressar pensamentos e sentimentos a seu respeito?

Quando recebe um feedback positivo, além de suas expectativas, aceita como um fruto do seu
esforço e merecimento?

Valorização da comunicação   

Você conhece e domina o seu marketing visual (apresentação pessoal, vestuário, acessórios)?

Tem intimidade com seus gestos corporais, lê os sinais que o seu corpo emite, usa a linguagem
corporal com desenvoltura?

Sente-se contextualizado e bem informado sobre as informações que permeiam o novo milênio?

Você se interessa pelo comportamento humano em suas variadas nuanças, com seus medos,
inibições, dificuldades e expectativas?

Potenciais a ser desenvolvidos   

Você domina os equipamentos e recursos audiovisuais?

Sente-se seguro com a qualidade da sua interação com grupos especializados em arte,
comunicação, teatro, economia, política etc?

Usa suas habilidades criativas (no planejamento e na organização)?

Você se interessa pela leitura e seleção de revistas, jornais, livros, participa de eventos, congressos
e cursos voltados para a área de comunicação?

Desenvolve sua capacidade de avaliação e estabelecimento de metas para transformação pessoal?

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A ARTE DE COMUNICAR

Há pessoas que têm grande facilidade para a comunicação e, dessa


forma, prendem a atenção do ouvinte desde o primeiro instante, sendo possível
identificar:

 uma boa administração de voz


 clareza da articulação
 fala sem cansaço vocal
 coordenação da da respiração
 postura corporal equilibrada
 uso de gestos
 forma de olhar

Enfim, todos os elementos fundamentais para o desenvolvimento da


comunicação. Uma alteração significativa em um desses aspectos acaba
desviando a atenção do ouvinte do conteúdo que se quer transmitir.

Antes de tudo é necessário desenvolver a percepção para o


autoconhecimento corporal e comunicacional, que vai facilitar a
administração do modo de nos expressarmos no mundo (seja verbalmente ou
não).

O FALAR BEM É UMA ARTE E PELO DO TREINO SISTEMÁTICO A CADA


DIA, ALGUMAS DICAS E ORIENTAÇÕES, PODEMOS DESCOBRIR NOVAS
POSSIBILIDADES PARA EXTERIORIZAR NOSSAS IDEIAS, VALORIZANDO NOSSO
POTENCIAL PARA FALA E POSSIBILITANDO O DESENVOLVIMENTO DE UMA
FORMA DE FALAR AGRADÁVEL, PRAZEROSA E, ALÉM DE TUDO, SAUDÁVEL.

“Muito mais do que formar oradores profissionais,


os cursos atuais de Oratória se aplicam em formar
profissionais oradores, isto é, pessoas que possam
expressar pelas palavras seu conhecimento, de
maneira correta e segura”. (Reinaldo Polito, 2005).

É bom lembrar que não existe uma fórmula mágica que transforme
alguém em um comunicador de sucesso. Todas as formas são
trabalhosas e exigem perseverança e determinação de quem busca esse
aprendizado.

» Falar em público é uma oportunidade de fazer seu marketing pessoal,


pois quanto melhor sua apresentação, mais fortalecida ficará sua
imagem.

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1. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
O Aurélio traz doze definições da palavra comunicação. Uma delas
seria: “Ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de
métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou
escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento
técnico especializado, sonoro e/ou visual”. Mas, comunicação também é
definida como: “A capacidade de trocar ou discutir idéias, de dialogar, de
conversar, com vista ao bom entendimento entre pessoas”.

Quando expressamos nossas ideias, pensamentos, opiniões,


experiências e desejos por intermédio da escrita, da fala, de gestos,
desenhos.., e somos compreendidos, estamos nos comunicando.

Segundo BERLO (1960), “o conhecimento da comunicação afeta o


comportamento da mesma”. Assim, é fundamental relembrar o processo de
comunicação e retomar os elementos que compõem o processo comunicativo.
Todas as formas de comunicação envolvem o seguinte processo:

Transmissor/ Emissor: quem inicia o processo, o codificador da mensagem.


Código: sinais para construir uma mensagem (linguagem verbal e não-verbal).
Mensagem: aquilo que se quer comunicar. Importante atentar que os
significados de uma mesma mensagem depende dos receptores.
Canal: o veículo que leva, que promove a transmissão da mensagem do
emissor ao receptor.
Receptor: quem recebe, decodifica e interpreta a mensagem..
Ruído: representa os erros, interferências, barreiras à comunicação. São elas:

 Barreiras pessoais: deficiência de ouvir, emoções, valores, etc.

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 Barreiras físicas: interrupção no momento da transmissão da


mensagem, ruído do telefone, etc.
 Barreiras semânticas: o receptor não compreende as formas de
comunicação do emissor (termos técnicos, outra língua).

Feedback: A comunicação é um processo cíclico, e para que cada ciclo se


complete, é necessário estabelecer cadeias de transmissão de retorno entre o
receptor e emissor. Essas cadeias de transmissão são chamadas de
realimentação ou feedback. Dessa forma, feedback seria a resposta do
receptor no momento em que responde, havendo portanto, uma inversão, o
receptor passa a ser o emissor e vice-versa. É esta inversão no processo que
permite a uma pessoa saber se a outra entendeu a sua mensagem, garantindo
o monitoramento da mensagem pelo emissor, ajudando-o a observar a eficácia
de sua transmissão original.

Assim, para ocorrer uma ocorrer uma comunicação eficaz, é necessário


que tanto o emissor, como o receptor expressem suas ideias (comunicação
bilateral), movimentando o fluxo de informações nos dois sentidos, sem
conclusões e interpretações duvidosas e apressadas.

Observação: Você deve ter percebido como é importante a situação “receptor x


emissor”. Dificilmente a situação torna-se agradável entre indivíduos que são
caracteristicamente emissivos.

Atenção!
A eficácia da
Para saber falar, tem que saber informação está em
também ouvir. Saber ouvir maximizar os esforços
também é uma arte. por parte do emissor,
para minimizar os
esforços do receptor
em compreender a
mensagem.

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2. ANSIEDADE E O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

Estudiosos definem a era moderna como “A idade da ansiedade”,


associando a este acontecimento psíquico a agitada dinâmica existencial da
modernidade, com uma sociedade altamente competitiva, com consumismo
desenfreado.

Ansiedade poderia ter como definição “a sensação às vezes vaga de


que algo desagradável está para acontecer”. A ansiedade é uma emoção, e
como tal, é sentida no corpo: frio na barriga, tremores nas mãos, etc. Muitas
vezes não se sabe exatamente o que está causando estes sintomas. Ela
prepara o organismo para enfrentar situações sentidas como perigo, por isso
ansiedade nem sempre é prejudicial. Quando ela domina por completo o
indivíduo, não deixando com que este siga o fluxo “normal” da vida, aí sim, é
considerada danosa.

O medo, por sua vez, é mais específico. Quando sentimos medo,


sabemos o que nos ameaça e tomamos medidas para fugir ou evitar o perigo.
Ao falar em público, sentimos medo de errar, de ser ridicularizado, e
principalmente do julgamento por parte da platéia.

O medo já nasce com o homem e o acompanha por muito tempo em


nossa vida. Quando na infância despontamos como oradores, somos
interpelados por nossos pais com a frase:

_ Cale a boca, menino! A conversa é de adulto, não é de criança.

Na escola a professora é a autoridade máxima e novamente: “Cale a


boca!” Na adolescência o sistema de ensino persiste no fantasma do Cale a
boca. Na universidade somos “jogados” a falar em seminários, e o fantasma
continua. Quantas chances e sucessos foram perdidos por medo de falar.

“A primeira vez que subi no trampolim mais alto da


piscina, tive medo. E desci. Subi várias vezes, e desci.

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Até que um dia disse de mim pra mim: Você é um


covarde. E lancei-me. Depois apliquei essa experiência a
outras circunstâncias. Por exemplo, quando sentia a
timidez diante de uma pessoa desconhecida, estendia-lhe
imediatamente a mão, dizia o meu nome e perguntava-
lhe o dela. Quando dizia “prazer em conhecê-lo”, parecia
que me sentia superior. O mesmo comecei a fazer na
aula. Logo que sentia vontade de fazer uma pergunta ao
professor, vencia a minha natural inibição e levantava a
mão. A experiência do trampolim foi definitiva para mim”.
(RAFAEL LIANO CIFUENTES)

Quantas chances são perdidas pelo receio de se expor, pela


insegurança quanto ao que dizer, por dúvidas acerca das reações que uma
atitude poderia provocar? Quanto sucesso é desperdiçado em nome do
medo de fracassar. Quantas boas ideias deixam de enriquecer a sociedade
em nome do medo de trazê-las a público? Quantas pessoas não se deram
melhor na vida por medo de que seus projetos, ao invés de aceitos, fossem
rejeitados? Quantos amores se perderam na solidão, pelo receio de
escutar um “não”?

“FALE para que eu te veja”


(SÓCRATES)

Depois de anos convivendo com a ansiedade e com o medo de falar em


público, não será de uma hora para outra que iremos deixar de senti-la. No
entanto, poderemos aprender a lidar com ela, assim você dominará a
ansiedade, e não ela dominará você!

Quando o desconhecido se torna conhecido, o medo já não existe


mais. Comece por descobrir todos os seus pontos negativos e positivos e vá
inserindo na conscientização de uma determinação para eliminar esse
fantasma do medo de Falar em Público. O desejo de superação pessoal vai
permitir a autoconfiança que lhe dará sustento para enfrentar qualquer situação
nova.

Um dos primeiros obstáculos a ser vencido é a tentativa – não ter medo


de errar. Errar não só é humano, como necessário. O crescimento, o
desenvolvimento, a aprendizagem se faz através da análise de nossos erros do
que pelo louvor de nossos acertos. É preciso ter a coragem de errar.

SÓ NÃO ERRA QUEM NÃO FAZ!!!

O segundo é não ter medo da crítica. Saiba receber a crítica. A critica


não lhe é dirigida para deixá-lo mais fraco, mas sim para deixá-lo mais

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forte. Extraia o veneno da crítica, faça uso da respiração diafragmática


(responsável pelo seu controle emocional), ouça com muita atenção e faça a
seguinte pergunta: Onde posso melhorar?

“Nossas dúvidas são


traidoras. E nos fazem perder o bem
que sempre poderíamos ganhar, por
medo de tentar.” (William
Shakespeare)

A seguir, alguns passos para aprender a lidar com a ansiedade.

1. Identifique-a. Conheça como ela se apresenta em seu corpo.


Descreva o que você sente antes e durante uma apresentação em público:

 _________________________
 _________________________
 _________________________
 _________________________
 _________________________

2. Aceite-a. Um dos conceitos de aceitar é “dar consentimento em receber”.


Portanto, não lute contra sua ansiedade, aceite-a em seu corpo. Não a veja
como algo insuportável, por mais que pareça difícil, flua com ela. E quando o
medo aparecer, encare-o normalmente, lembre-se você não é o único que
sente medo de falar em público. Até mesmo grandes oradores sentem um
“friozinho” na barriga antes de encarar uma nova plateia.

3. Aja com sua ansiedade. Ao perceber os sintomas, continue agindo com


ela. Tente manter a calma. Uma boa dica é diminuir a velocidade com que está
fazendo as coisas para que se tenha maior controle sobre a ansiedade.
Lembre-se RESPIRE E RELAXE.

4. Examine seus pensamentos. Reflita se o que você está pensando é


mesmo verdade, pois nessas circunstâncias costumamos pensar em coisas
catastróficas. Lembre-se que você está apenas ansioso e não correndo risco
de vida.

Aprenda a esperar o melhor, pense que tudo vai dar certo, se imagine
falando com segurança, pois uma boa imagem mental nos ajuda a atingir os
resultados esperados.

5. Aprenda a relaxar, respirando, por exemplo. As técnicas de relaxamento


funcionam muito bem para todos os casos de ansiedade. A prática de
exercícios físicos também auxilia nestes casos.

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_______________________________________________________________

O TEMPERAMENTO, AS ATITUDES E A MANEIRA DE SE RELACIONAR


SÃO FATORES CRUCIAIS PARA O SUCESSO DA CARREIRA.

Segundo Dale Carnegie, tratar com pessoas é, com toda probabilidade,


o maior problema que enfrentamos nos dias de hoje especialmente se
trabalharmos no mundo dos negócios. Sim, mas o mesmo também acontece
com a dona-de-casa, o médico, o arquiteto ou o engenheiro.
Pesquisa realizada pela Carnegie Institute of Technology revelou que,
mesmo em campo técnico, como engenharia, apenas 15% do sucesso
financeiro de uma pessoa é devido a seus conhecimentos técnicos e 85% à
sua perícia em engenharia humana, à personalidade e a capacidade de lidar.
Observe a vida. As pessoas que estão em destaque no âmbito nacional,
internacional, são as que se utilizam bem da comunicação verbal. Como
exemplo temos um comunicador com excelência: Silvio Santos que começou
sua vida como camelô nas calçadas do Rio de Janeiro, e hoje apresenta um
dos maiores impérios, galgados através da comunicação.

Alie-se ao seu amigo: o público

Ele quer o seu sucesso, afinal tem todo interesse em aproveitar o que
você tem a dizer. E, acredite, o público lhe vê mais tranqüilo do que você se
sente interiormente. Além do mais, sempre é bom lembrar que a tensão inicial
tende a reduzir-se no decorrer de sua fala. Aprenda a transformar essa tensão
em energia positiva. O público precisa dela...e você também.

E o MICROFONE, amigo ou inimigo?

O microfone possibilita falar a grandes plateias da mesma forma como


se conversa com uma ou duas pessoas. Mesmo possuindo essa qualidade, o
microfone ainda é visto como um inimigo. Isso ocorre pela falta de
familiarização com o aparelho e a não observação de certos procedimentos.

Quando aprendemos a usar corretamente o microfone, aproveitamos o


seu potencial e o transformamos num ótimo colaborador para a voz e para a
comunicação.

 Primeiro verifique qual seu mecanismo, onde liga e desliga. Se for de


pedestal, verifique a haste onde o microfone se sustenta. Veja o sistema
de regulagem de altura, treinando esses movimentos, abaixando e
levantando a haste várias vezes. Obs.: é evidente que essa tarefa
deve ser realizada bem antes da apresentação.

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 Faça o teste do “alô, som”. De preferência antes de começar a


apresentação (se isso não for possível, não se prolongue no teste).
 Mantenha-o a uma distância de 10 a 15 cm do rosto. Vale ressaltar que
cada microfone tem seu grau de sensibilidade distinta, então essa
distancia pode variar. Não devemos deixar o microfone muito baixo, pois
ele não captará convenientemente o som de nossa voz. Se o deixarmos
muito alto, ele esconderá nosso rosto e deixará transparecer o som de
nossa respiração nasal. O ideal é deixá-lo a 1 a 2 cm abaixo do queixo,
um pouco abaixo do lábio inferior. Se for de pedestal, procure não deixar
na frente do rosto, permita que o público veja seu semblante.
 Fale sempre olhando sobre o microfone, procure não olhar para ele
quando estiver falando, só na hora do teste.
 Cuidado com os gestos, a mão que segura o microfone não deve ser
usada para gesticular. No caso de microfone de pedestal, ao falar, não
deve segurar nem o microfone, nem a haste.
 Lembre-se de não afastá-lo da boca quando estiver falando, assim
sua voz irá sumir.
 E quando a plateia falar, relaxe os braços, mantendo a mão que segura
o microfone estendida ao longo do corpo.

MICROFONE DE LAPELA

Este tipo de microfone praticamente não


apresenta grandes problemas quanto à sua
utilização; ele é preso na roupa por uma presilha
tipo "jacaré", de fácil manuseio. É muito útil
quando se pretende liberdade de movimentos na tribuna. Para usá-lo bem,
basta atentar aos itens que passaremos a comentar.

a. Ao colocá-lo na lapela, na gravata ou na blusa, procure deixá-lo na


altura da parte superior do peito, pois ele possui boa sensibilidade e a
essa distância poderá captar a voz com perfeição.
b. Enquanto estiver falando, não mexa no fio. É comum observar oradores
segurando, enrolando, ou torcendo o fio do microfone. Já presenciamos
casos que se mostraram cômicos; em um deles, sem perceber, o orador
começou a enrolar o fio do microfone e, quando chegou ao final da
apresentação, assustou-se ao verificar que esta com mais de dois
metros de fio nas mãos.
c. Outra precaução importante a ser tomada ao usar o microfone de lapela
é a de não bater as mãos ou tocar no peito com força, próximo ao
microfone, enquanto estiver falando, porque esses ruídos também são
ampliados, prejudicando a concentração e o entendimento dos ouvintes.
d. É perigoso fazer comentários alheios ao assunto tratado de qualquer
microfone, porque sempre poderão ser ouvidos. No caso do microfone
de lapela o problema passa a ser muito mais grave por causa da sua

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alta sensibilidade. Ele permite captar ruídos a uma considerável


distância. Isto sem conta que, preso na roupa, sempre o acompanhará.
e. Talvez não seja necessário fazer este tipo de comentário, mas como já
presenciamos inúmeros ocorridos desagradáveis, vale a pena alertar o
orador para que não se esqueça de retirar o microfone quando terminar
de falar e for sair da tribuna.

Se o microfone apresentar problemas e você perceber que eles


persistirão, desligue-o e fale sem microfone. Não peça opinião a ninguém sobre
essa atitude. A apresentação é sua e você é o responsável pelo seu bom
desempenho. O microfone deve ajudar a exposição. Se, ao contrário,
atrapalhar, é preferível ficar sem ele.

TEXTO DE APOIO

CARTA AO MICROFONE

Sr. Microfone,
Ao Sr. que, com sua aparência inerte e impotente, tentou, de todas
as formar possíveis e imagináveis, deixar-nos encabulados e inseguros, a
ponto de duvidarmos das nossas potencialidades:
1. O Sr. foi criado por um ser humano semelhante a nós, dotado de
capacidade superior à sua;
2. O Sr. é um micro como outro qualquer de sua espécie:
microscópio, microfilme ou microcomputador;
3. O Sr. nunca, em momento algum do curso, mostrou-se capaz de
funcionar sem o nosso auxílio. Nem mesmo teve a iniciativa de
adaptar-se às nossas características de altura e voz;

Reconheça que depende de nós para sobreviver e que não deve,


jamais, comporta-se como um obstáculo em nossos discursos. Diante
desses fatos, resta ao senhor uma única atitude – a de colaborar conosco,
tornando-se uma espécie positiva na nossa luta pela liberdade de
expressão! Os nossos argumentos se baseiam numa teoria muito simples:
- Nós temos sangue correndo pelas veias, e não fios coloridos;
- Nós temos energia própria, e não aquela vinda do interruptor;
- Nós temos a vida;
- Nós temos a vontade;
E se temos vontade, VENCEREMOS!!
Ana Daisy Araújo Zagallo
(“Desperte! É tempo de falar em público”. Tania Casteliano, 2007)

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3. O TRIPÉ DO SUCESSO

O “tripé do sucesso” constitui o pressuposto básico para uma


apresentação com bom êxito. É como um banco de três pés que nunca se
sustentará caso lhe falte um dos apoios. É aqui que tudo começa...

 1º Pé: Conhecer o assunto. Um vasto estudo sobre o tema irá garantir


bons argumentos para o orador. Alguns profissionais acreditam que basta
apresentar suas ideias a cerca do tema e pronto. É preciso preocupar-se
também com a qualidade da apresentação, pois muitas ideias “morrem” ao
sair dos lábios de quem as expõe.

 2º Pé: Planejar a apresentação. O planejamento vai além do que será


explanado, mas envolve conhecer o público e o local, para então
desenvolver o discurso do tema escolhido.

- Seis considerações que você precisa ter acerca do público: estimativa de


quantidade, idade, sexo, nível sociocultural, expectativa do público e o
nível de conhecimento do assunto.

- Sobre o lugar: acomodação do público, tamanho da sala ou do


auditório, iluminação, climatização, recursos audiovisuais (se você for
utilizar), a acústica da sala, etc. Para tal, recomenda-se visitar o lugar
com antecedência.

- De posse dessas informações, você fará o planejamento da apresentação


em si. Saber qual seu objetivo, qual a melhor linguagem, se vai se utilizar
de técnicas, se fará uso de recursos visuais, etc.

Faça a introdução, o desenvolvimento e a conclusão a cerca do tema.


Estabeleça passo a passo o que será dito e feito de acordo com as
informações colhidas. E não esqueça, verifique logo qual o tempo previsto
para a apresentação.

 3º Pé: Treinar. Após planejar a apresentação, treine, imagine quais as


perguntas que o público poderá fazer. No treino, explora-se a
expressividade da voz e da postura corporal e você ganhará mais
autoconfiança, garantindo ainda mais o sucesso. Além disso, uma
apresentação bem planejada e treinada, permite ao profissional usar da
criatividade e fazer tiradas de improviso que, bem feitas, agradam o
público.
Cuidando do tripé –
conhecer, planejar e
treinar –
sua apresentação terá
tudo para ser um
sucesso!
Você não se limitará a
falar para o público,
mas conversará com ele.

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A VOZ DE UMA
4. VOZ E SEUS ASPECTOS PESSOA
4.1. A PRODUÇÃO DA VOZ (Luiz Artur Ferraretto) VITORIOSA

Sua cuca batuca


A produção da voz ocorre na laringe, onde estão as chamadas Eterno zig-zag
pregas vocais (popularmente conhecidas como cordas vocais). Entre a
Quando o ar é inspirado e entra nos pulmões, elas se afastam (Fig. A). escuridão e a
Ao falar, o ser humano provoca a saída do ar dos seus pulmões, claridade
fazendo com que as pregas vocais aproximem-se, vibrando (Fig. B). A Coração
faringe, a boca e o nariz atuam como cavidades de ressonância, rebenta
amplificando o som gerado na laringe. A articulação dos sons ocorre Entretanto o
pela movimentação da língua, dos lábios, da mandíbula e do palato. canto agüenta
Brilha no
tempo a voz
Pregas vocais
vitoriosa
Sol de alto
monte, estrela
luminosa
Sobre a cidade
maravilhosa
E eu gosto dela
ser assim
vitoriosa
A voz de uma
pessoa assim
vitoriosa
Que não pode
Respiração Fonação fazer mal
Não pode fazer
mal nenhum
Pode-se dividir, então, o processo de emissão da voz em quatro fases: Nem a mim,
nem a ninguém,
nem a nada
4. Som emitido ao meio ambiente E quando ela
aparece
Cantando
3. Articulação dos sons gloriosa
Quem ouve
(língua, lábios, mandíbula e palato) nunca mais
dela se esquece
Barcos sobres
2. Ressonância dos sons os mares
Voz que
(laringe, boca, nariz) transparece
Uma vitoriosa
forma de ser e
1. Produção dos sons de ver.
(pulmões e pregas vocais) (Caetano Veloso
Waly Salomão –
1978)

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4.2. SAÚDE VOCAL

Por ser um valioso instrumento de trabalho, além de reflexo de nossa


saúde física em mental, a voz merece atenção e cuidados especiais. Voz
agradável é voz saudável.

A seguir, alguns cuidados para poupar sua voz e mantê-la sempre saudável:
 Não grite. Gritar para quê? O grito deve ser sempre evitado;
 Muita hidratação. Tome pelo menos 8 copos de água ao dia
em temperatura ambiente. Quanto mais transparente estiver sua
urina, mais hidratado você estará;
 Ambiente com ar condicionado é prejudicial à
voz, pois resseca as mucosas; se não puder evitá-lo,
cuide para que a temperatura não seja inferior a 18° e
intensifique a hidratação;
 Evite choques térmicos. O uso freqüente de alimentos gelados ou muito
quentes, como café, aumenta a produção de secreção e edema, levando ao
pigarro e à tosse;
 Tossir ou pigarrear excessivamente provoca um atrito intenso nas pregas
vocais, podendo feri-las. O pigarro, para muitas pessoas, torna-se um
hábito e o ato de “limpar” a garganta irrita as pregas vocais. Como
mecanismo de proteção, há um aumento do muco para protegê-las do
impacto, se tornando um ciclo vicioso, pois quanto mais a pessoa pigarrear,
mais muco será produzido. A secreção atrapalha a emissão vocal, forçando
o indivíduo a pigarrear novamente! O melhor é controlar a vontade de
pigarrear e aumentar a hidratação,. Quando sentir o muco na garganta,
respire mais profundamente pelo nariz e degluta;
 Falar em ambientes ruidosos ou abertos leva o falante
a intensificar a emissão vocal, pois há competição
sonora. Evite usar a voz nesses ambientes. Quando não
puder evitar, em vez de aumentar a intensidade vocal,
simplesmente abra mais a boca ao falar, articulando
mais claramente as palavras. Fica mais fácil projetar sua
voz, evitando abuso vocal;
 Evite balas que dão a sensação de alivio refrescante, pois anestesiam suas
pregas vocais e você não perceberá quando estiver cometendo abuso
vocal;
 Falar excessivamente durante quadros gripais ou crises alérgicas pode
causar danos irreversíveis, pois os tecidos que revestem a laringe estão
inchados e o atrito das pregas vocais durante a fala passa a ser uma forte
agressão. Deve-se falar o mínimo possível nessas ocasiões e beber água
em abundância;
 Praticar exercícios físicos falando pode gerar sobrecarga, pois durante o
esforço físico ocorre um aumento na abertura das pregas vocais e ao falar,
elas irão se fechar com mais esforço;

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 Evite fumar ou falar muito em ambientes de fumantes. O


cigarro é altamente irritante às mucosas do trato vocal, além
de ressecá-las e dificultar sua vibração;
 Evite álcool em excesso, pois ele, além de irritar as pregas vocais, provoca
efeito anestésico, levando a pessoa a não se dar conta de estar cometendo um abuso vocal.
Provoca também alteração da voz e imprecisão na articulação das palavras, interferindo na
entonação e na velocidade da fala;
 Cantar ou falar muito em período pré-menstrual não é aconselhável, pois
nesse período várias regiões do corpo sofrem inchaço, inclusive as pregas vocais O uso de
pílulas anticoncepcionais pode causar o mesmo efeito;
 Falar/Cantar demais logicamente causa sobrecarga vocal. As pregas
vocais são músculos como qualquer outro, e também sofrem fadiga;
 Evite falar muito após ingerir grandes quantidades de Aspirinas,
calmantes ou diuréticos. A Aspirina causa aumento da circulação
sangüínea na periferia das pregas vocais. Com a associação do atrito de
uma prega contra a outra há um aumento da fragilidade capilar. Os
diuréticos e calmantes ressecam as mucosas; além disso, o uso de
medicamentos para diminuir a ansiedade, antes de uma apresentação,
interfere na habilidade motora e na agilidade mental, diminuindo a
intensidade e a velocidade da fala;
 Evite cantar inadequada ou abusivamente e fazer parte de corais sem
preparo vocal. Cantar é um ótimo exercício laríngeo, mas o indivíduo
precisa ter preparo e técnicas vocais, caso contrário podem surgir sérios
distúrbios orgânicos;
 Não sussurre ou cochiche por muito tempo, evitando grande esforço
vocal;
 Ao falar ao telefone, projete sua voz para o ambiente. Evite permanecer
com a cabeça inclinada para o fone, forçando a musculatura do pescoço;
 Durma pelo menos de 7 a 8 horas por dia. A posição mais recomendada
para a coluna vertebral é deitada de lado. Evite dormir de
bruços, pois essa posição s obrecarrega a coluna cervical,
que acaba gerando muita tensão para os músculos do
pescoço. Ao acordar, espreguice-se bastante, fazendo
respiração profunda;
 Alimentação: Evite esses alimentos antes de fazer uso intenso da voz:
 Alimentos muito pesados e gordurosos dificultam a digestão e o
processo natural da respiração. Prefira alimentos leves que
deverão ser bem mastigados.
 Alimentos com excesso de condimentos traz azia, má
digestão e refluxo de secreções gástricas, que podem
banhar as pregas vocais causando irritações nas mesmas.
 Chocolates e outros derivados do leite aumentam a secreção do trato
vocal, engrossam a saliva, dificultando a articulação das palavras, a
vibração das pregas vocais e a ressonância da voz.

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 O café quente, pela questão do choque térmico e do


aumento do pigarro, não é aconselhável, pelo menos 01 (uma)
hora antes de utilizar a voz;
 O refrigerante, por conter grande quantidade de gases pode prejudicar a
movimentação do diafragma, por isso deve ser evitado;
 A maçã e o salsão são ótimos adstringentes para o trato
vocal, deixando a saliva mais fininha. Além disso, ao mastigar a
maçã, estará exercitando toda a musculatura facial. As frutas cítricas também
são recomendadas.
____________________________________________________________
MATERIAL DE APOIO

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5. AQUECIMENTO E DESAQUECIMENTO VOCAL

OBJETIVO: MÁXIMO RENDIMENTO, MÍNIMO ESFORÇO!

Aquecimento e desaquecimento vocal são procedimentos que


beneficiam os profissionais que utilizam a voz como instrumento de trabalho.
Como todo músculo, as pregas vocais necessitam de aquecimento, não só
antes de uma atividade muscular, como depois, para descansar, senão entram
em fadiga.
O aquecimento vocal tem como objetivo principal preservar a saúde
aparelho fonador, além de aumentar a temperatura muscular e o fluxo
sanguíneo, favorecer a vibração adequada das pregas vocais, melhorar a
produção vocal global, dar maior flexibilidade à voz e promover relaxamento da
musculatura facial e do pescoço, preparando a voz para uma ação intensiva.
Blaylock (1999), em estudo sobre os efeitos do uso sistematizado de
aquecimento vocal, refere que todos os profissionais da voz que praticaram
exercícios de aquecimento vocal diariamente para melhorar a coordenação, a
flexibilidade e o aumento da potência do grupo muscular de todo mecanismo
vocal, apresentaram uma melhora e mantiveram o padrão vocal.
O desaquecimento vocal, embora menos citado na literatura, é tão
importante quanto o aquecimento. O desaquecimento é o oposto do
aquecimento, ou seja, seu objetivo é trazer de volta a voz de volta ao ajuste
coloquial da fala.

AQUECENDO A VOZ

Se você tiver tempo, dedique 30 min. antes das situações de fala mais
intensa para realizar esses exercícios. É importante realizá-los após uso
intensivo da voz (desaquecimento vocal). Realize os exercícios usando
respiração profunda, inspirando pelo nariz e soltando pela boca:

PA SO: RELAXAMENTO
 Movimentos amplos do corpo, espreguiçando-se e movimentando as
articulações, associados à respiração profunda para soltar o corpo;
 Rotação de ombros para trás e para frente, lentamente;
 Movimentos de cabeça ( “sim”, “não”, “talvez” e rotatórios);

PA O: E P A O
 Inspire pelo nariz e solte os sons prolongados:
ssssssssssssssss...... zzzzzzzzzzzzzz.....
XxxxxxxxxxxXxxxx.... jjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjj......

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PA O: O DADE DE P E A VOCA
 Vibração de lábios – “brrrrrrrrrrr” (5x, descansa, mais 5x);
 Vibração de ponta de língua – “trrrrrrrrrrrr” (5x, descansa, mais 5x);
 Vibração de lábios “brrrrrrrr” e de ponta de língua “trrrrrrrr”, fazendo
escala ascendente, aumentando progressivamente (3 tons)

PA O: E ONÂNCIA
 Bocejo-suspiro, para abrir a garganta. Repita várias vezes;
 “Mastigação” do som – “hum hum...” e modulado com a canção
“Parabéns a você”
 “Mastigação” do som – “hum hum...” – com a boca aberta, fazendo
movimentos amplos. Observe o relaxamento da musculatura facial;

PA O: A C A O
 Rotação de língua sonorizada (HUMMMM...);
 Massagens no céu da boca com a ponta da língua, de trás para frente,
como se estivesse “varrendo” o céu da boca.
 Inspirar e soltar a sequência /ssssssssszzzzzzzzz/, esticando
exageradamente os lábios em sorriso na produção do /s/ e protruindo os
lábios, como um “biquinho”, na produção do /z/ (3x).

DESAQUECIMENTO VOCAL

OBJETIVO: trazer a voz de volta ao ajuste fonorespiratório da voz coloquial.


COMO? Realize os mesmos exercícios para desaquecê-la, com a diferença
de fazer vibração de lábios e língua em escala descendente (do tom agudo
para grave).
ABUSE do bocejo-suspiro e da automassagem na região da laringe, da nuca e
dos ombros.
ANTENÇÃO! Para 4h de uso intenso da voz, é preciso pelo menos 20 min. de
pausa, beber água em temperatura ambiente, ouvir mais o outro. Valorize o
silêncio.
NÃO SE ESQUEÇA: você acabou de passar por uma grande atividade
muscular e energética. Falar também cansa!!!

VOZ: USE, MAS NÃO ABUSE!!!!!!

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6. RELAXAMENTO E ALONGAMENTO CORPORAL

“Na luta que travamos no dia-a-dia para


sobreviver numa cidade, desenvolvemos
tensões musculares as mais variadas e em
regiões muito específicas, fortalecidas pela
constante repetição de uso. Essas tensões
em muito podem afetar o desempenho vocal. Um indivíduo
tenso está muito próximo dos problemas da voz e da fala. As
tensões musculares são responsáveis por dificuldades
respiratórias, articulatórias e demais envolvimentos da
produção da voz e da fala. A energia psíquica flui melhor por
um corpo relaxado. As tensões funcionam como impedimento
da passagem energética.” Estética da Voz – Uma voz para o
Ator. Eudósia Acuña Quinteiro.

Relaxar, termo que vem do latim: desembaraçar, descansar, repousar,


soltar. É uma condição na qual os nervos, os músculos experimentam uma
sensação de soltura plena sem oposição. Não chega a ser uma permissividade
completa, uma sonolência; é estar “atentamente” descontraído, despendendo
esforço muscular que permita uma coordenação, sensitividade e integridade
das atividades.

RELAXAR é a Palavra- Chave!

O termo Estresse, do inglês Stress, foi popularmente usado durante o


século XVII para representar “adversidade ou aflição”. Em fins do século XVIII
seu significado evoluiu para denotar também força, pressão.

O conceito não é novo, mas foi apenas no início do século XX que as


ciências biológicas e sociais iniciaram a investigação dos efeitos sobre a saúde
física e mental das pessoas. O médico austríaco Hans Selye, considerado o
pioneiro nesta área, defini-o como qualquer pressão imposta à pessoa. Essa
pressão pode ser de origem física, psicológica ou social.

Sob o efeito do estresse, a pessoa fica deprimida, nervosa, tem insônia,


perde interesse pelo sexo e pela vida social e profissional. Quanto mais
rapidamente se identificaram as causas e os sintomas do estresse, maiores
chances de se reverter o quadro.

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Diante do estresse causado por acontecimentos extremos e grandes


crises, a resposta do organismo pode ser, e geralmente é, uma grande ajuda
para superação do problema.

O estresse que afeta a nossa saúde e mina as nossas forças é o que


podemos chamar de crônico: a soma de pequenos aborrecimentos cotidianos.
O acúmulo destas pequenas tensões pode levar a problemas físicos e mentais.

Desde o século V a.C., os médicos gregos afirmavam que o que


acontece na mente influencia o corpo e vice-versa. Para tratar destes
problemas, eles envolveram técnicas de relaxamento e terapias
comportamentais de medicina psicossomáticas. Mas só no mundo estressado
de hoje, especialistas começam a dar mais atenção a essa relação entre o
físico e o mental.

SINTOMAS DE QUEM ESTÁ A UM PASSO DO ESTRESSE:

 excesso de preocupação com a imagem pessoal;


 dificuldade de relaxar;
 alta competitividade;
 não delegar obrigações e nem tarefas, não priorizar;
 necessidade de ser bem sucedido em tudo – Nossa vida não é
uma vitória eterna!
 ter pontos de vistas e opiniões inflexíveis;
 privilegiar apenas um aspecto da vida – lado profissional e/ou
financeiro, por exemplo;
 necessitar de estímulos externos para ficar bem;
 conviver com pessoas que não apreciam;
 não possuir objetivos de vida bem definidos;
 não se aceitar plenamente como é;
 levar tudo muito a sério.

Técnicas de relaxamento e terapias comportamentais não são um


substituto para a medicina tradicional, mas é bom não esquecer que a mente é
responsável pela quase totalidade de nossas reações fisiológicas e
emocionais, portanto, é também vital na prevenção e recuperação.

A autoconfiança é o primeiro passo para lidar com o estresse, pois


nossos pensamentos e posturas são quem determinam o controle dos males
causados por ele.

Essa perspectiva enfatiza o uso de técnicas como a meditação, por


exemplo, que leva a pessoa a participar ativamente do processo de

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recuperação do equilíbrio. A meditação e o relaxamento possibilita que você


aprenda a controlar a aceleração cardíaca, o nível de tensão muscular, o fluxo
sanguíneo e a atividade cerebral. Para uma mente treinada, tudo é possível,
até mesmo o controle do sistema nervoso involuntário. Não há mais dúvidas
de que o relaxamento é um dos maiores aliados contra os males do
estresse.

Não existe hora ideal para fazer um relaxamento, mas existe a que
não é indicada. Fazer um relaxamento longo após as refeições pode impedir
que você consiga um bom nível de relaxamento, devido o estômago estar
cheio. O ideal é espera pelo menos duas horas.

6.1 Alongamento Corporal X Produção Vocal

Diversos estudos comprovam a importância que o alongamento corporal


tem para uma boa produção vocal, uma vez que a tensão localizada na região
de ombros, pescoço e cabeça, além de dificultar o bom uso dos pulmões para
bom uso da respiração, é transmitida para as pregas vocais, fazendo com que
haja um esforço maior que o necessário para a fonação.

Portanto, sabe que se deve prezar pela postura correta e uma


musculatura de ombros e pescoço sem tensão, que permita o livre
funcionamento da laringe, favorecendo a produção vocal.

Uma das regiões mais difíceis de conseguir um relaxamento efetivo e,


portanto, encontrada tensa na maioria das pessoas, é compreendida pelos
ombros, pescoço e cabeça. Essa tensão localizada, além de dificultar o bom
uso dos pulmões para bom uso da respiração, é transmitida para as pregas
vocais, fazendo com que haja um esforço maior que o necessário para a
fonação. Deve-se prezar pela postura correta e uma musculatura de ombros e
pescoço sem tensão, que permitem o livre funcionamento da laringe,
favorecendo a produção vocal.

Pescoço:
ALONGAMENTO
- Inicie o movimento levando
lentamente a cabeça para trás, volte
Ombros: tentando encostar o queixo no peito →
movimento do “sim”;
- Eleve os ombros lentamente - Vire a cabeça, iniciando movimento
tentando aproximá-los das orelhas, “frente-lado”, tentando levá-la o mais
sentindo toda a contração da área. Em possível para trás; volte a posição
seguida volte à posição natural de inicial e execute o mesmo movimento
uma só vez, sentindo a descontração; do outro lado → movimento do “não”;
- Faça rotação dos ombros lentamente - Incline lentamente a cabeça para os
para frente e para trás, sempre se lados, tentando encostar as orelhas
concentrando na respiração e sem nos ombros (estes não devem se
mover o tronco;
mover) → movimento do “talvez”;
- Com as pontas dos dedos da mão
- Realize com a cabeça movimentos
levemente apoiadas junto ao pescoço,
rotatórios de maneira lenta.
una os cotovelos à frente
Gabriela Limado corpo. Em
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seguida, faça@fonocoachgabrielalima
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amplos.
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7. RESPIRAÇÃO

É indiscutível a importância que tem a RESPIRAÇÃO


na produção da voz, afinal é o fluxo de ar que sai dos
pulmões que faz vibrar as pregas vocais. A voz é ativada
durante a expiração, saída do ar. Tanto na fala, quanto no
canto, a inspiração é rápida, mas a expiração deve ser
prolongada.

A respiração é um processo automático e natural. No entanto, devido às


tensões acumuladas no dia-a-dia, que dificultam a livre movimentação da
musculatura respiratória, esse processo acaba se alterando.

Ao falar, geralmente as pessoas tomam mais ar do que o necessário,


não permitindo que os mecanismos de respiração funcionem naturalmente.
Devemos, então, reaprender a respirar.

A respiração correta não beneficia apenas a fala. Ela também influencia


outras funções do nosso corpo. Quando respiramos bem o corpo trabalha
melhor. Pela respiração, conseguimos tranquilidade e equilíbrio emocional, o
que diminuem as tensões acumuladas no cotidiano.

A respiração possui dois movimentos:


Inspiração: é a entrada de ar nos pulmões.
Expiração: é saída de ar dos pulmões.

Estes dois movimentos são auxiliados pelo DIAFRAGMA, músculo que


separa a cavidade torácica da abdominal e é essencial na respiração.

1. Devemos inspirar pelo nariz e


canalizarmos esse ar em direção à
região abdominal (enchendo a barriga
de ar). É importante que os ombros e o
peito não se movam.

2- Expire pela boca observando que


enquanto o ar é expelido a barriga vai
esvaziando lentamente até chegar ao
normal.

O segredo do fôlego não está só na capacidade torácica, porém essa


inspiração deve ser normal, sem exageros e deformações no tórax e abdômen
por excesso de ar.

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A respiração pode ser classificada a partir da região mais ativa:

RESPIRAÇÃO RESPIRAÇÃO
PREDOMINANTEMENTE PREDOMINANTEMENTE
SUPERIOR INFERIOR RESPIRAÇÃO MISTA
permite a entrada mínima de permite a entrada de maior aquela que apresenta
quantidade de ar, ou seja, quantidade de ar e oxigenação tanto movimentação
oxigênio de todo o pulmão superior (tórax) como
maior tensão localizada na menor tensão localizada inferior (abdômen)
região do pescoço e ombros
maior desgaste de energia menor desgaste de energia e
durante o mecanismo da consequentemente aumento da
respiração capacidade respiratória

RESPIRARBEM É MEIO CAMINHO ANDADO PARA SE FALARBEM.

ATENÇÃO!!!
Cuidado para não utilizar o ar de reserva, ou seja, não
pressione a barriga forçando-a a se esvaziar mais
depressa que o normal pois este feito poderá causar mal-
estar.

Vamos praticar?

O treino respiratório deve ser feito durante pouco tempo, mas várias vezes
ao dia. Quando realizado após o relaxamento, facilita a conscientização da
respiração predominantemente inferior.

1. Na posição deitada, coluna reta, com as mãos (uma sobre a outra) na


região diafragmática, mais precisamente com os dedos mínimos logo acima
do umbigo, inspire pelo nariz e solte o ar pela boca, tentando fazer com que
os movimentos de elevação e retração do diafragma se instalem.
2. Quando você estiver expirando (soprando), retire todo o ar do diafragma.
3. Quando você estiver inspirando (respirando), pelo nariz, jogue o ar direto
para o diafragma, evitando inflar o peito.
4. Após uma expiração total deixe de respirar voluntariamente durante alguns
segundos, até que sinta o impulso de respirar. Focalize mentalmente essa
região e só então, em um movimento único, inspire.
5. Coloque sobre a região diafragmática (ver exercício 1) um livro não muito
pesado. Inspire lentamente, fazendo com que o livro se eleve; em seguida
expire, sentindo que o livro lentamente se abaixa. Observe se não ocorre
nenhum movimento de ombros ou elevação excessiva do peito. Todos os

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exercícios devem ser executados de forma relaxada, sem tensão de


qualquer parte do corpo.
6. Inspire lentamente, faça uma pausa de alguns segundos e expire
lentamente.
7. Inspire lentamente e expire rapidamente.
8. Inspire lentamente, faça uma pausa de alguns segundos e expire
rapidamente.
9. Inspire rapidamente, expire lentamente.
10. Inspire rapidamente, faça uma pausa de alguns segundos e expire
lentamente.
11. Inspire lentamente, faça uma pausa de alguns segundos e expire em dois
momentos (expiração com pausa 1/ 2).
12. Idem, aumentando os momentos (pausas) de expiração conforme as
dificuldades forem sendo vencidas.
13. Idem, 6 e 7, realizando as pausas com a inspiração.
14. Varie, associando movimentos corporais, a esses exercícios. Sentado ou
em pé:

 Inspire lentamente elevando os braços acima da cabeça, faça uma


pausa colocando os braços em posição horizontal, expire abaixando os
braços ao longo do corpo;

Observações:
 Tente diariamente aumentar o tempo. Aproveite para realizar outras atividades
diárias (estudar, trabalhar, ver TV) da mesma forma.
 Todos esses exercícios devem ser feitos pausadamente, de forma coordenada.
 No início é normal sentir um pouco de tontura, é o oxigênio circulando por seu
cérebro. Pessoas que fazem uso de remédios controlados devem tomar cuidado
ao realizar esses exercícios, pois podem ter taquicardia. Evite realizá-los
enquanto estiver dirigindo, devido à tontura.

15. Inspire lentamente de forma nasal, faça uma pausa, expire associando a
emissão do:

f....................... v.................. s........................


z...................... x.................. j........................

16. Idem, agora em dois momentos:

f........ f........ s........ s........


x....... x........ z....... z........

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17. Idem, aumentando o número de momentos:

f........ f........ f........ x....... x....... x........


s....... s....... s........ z....... z....... z........

18. Conte em voz alta até 25, com um só fôlego.

19. Leia as frases abaixo:

O dia está lindo!


O dia está lindo de morrer!
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia!
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia tomar sol!
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia tomar sol e um bom banho!
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia tomar sol e um bom banho de mar!
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia tomar sol, um bom banho de
mar e ver a(o)s garota(o)s!
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia tomar sol, um bom banho de
mar e ver a(o)s garota(o)s bonita(o)s!

20. Preencha o quadro abaixo, anotando o tempo de realização dos sons /s/ e
/z/, tentando sempre superá-lo no próximo momento.

DATA / / / / / / / / / / / / / / / /

/s/ seg

/z/ seg

» Espera-se uma média de 15s para mulheres e 20s para homens. Se


conseguir ir além disso, PARABÉNS!

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TEXTO DE APOIO

INSTANTES

Se eu pudesse viver novamente a minha vida,


na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria bem mais tolo ainda do que tenho sido;
na verdade, bem poucas pessoas levaria a sério.
Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvete e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu
sensata e produtivamente cada minuto da sua vida.
Claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver,
trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feito a vida:
só de momentos - não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma
sem um termômetro, uma bolsa de água quente,
um guarda-chuva e um pára-quedas;
se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres
e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos
e sei que estou morrendo.
(Jorge Luiz Borges)

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8. IMPOSTAÇÃO DA VOZ

8.1 Ressonância de Voz

Se perguntarmos a dez pessoas “de onde ressoa a voz?”, nove, pelo


menos, responderiam: “É da garganta”. Isso seria o equivalente a dizer que o
violino ressoa sobre suas cordas, e todos sabemos que o valor de um violino
não depende de suas cordas, mas sim de sua
caixa (seu ressonador), da qualidade da
madeira com que foi construído, de suas
dimensões e dos detalhes de sua fabricação.
Todos os espaços que contenham ar e
que fazem vibrar o som produzido pelas
pregas vocais são chamados de cavidades de
ressonância: a boca, a faringe, o nariz, os
seios faciais. Eles funcionam como “alto-
falantes”, permitindo a amplificação do som.
Com essa colocação adequada, a voz ganha
corpo e brilho. Quanto mais amplo for o uso
dessas caixas de ressonância, maior a
valorização do som e maior será o colorido da
voz.

CAIXAS DE RESSONÂNCIA
=
“ALTO-FALANTES”

O equilíbrio no uso das cavidades de ressonância proporciona uma voz


agradável. Algumas vozes soam abafadas, espremidas, nasaladas, ou ainda
com outras características negativas, interferindo na qualidade vocal,
justamente por não haver um equilíbrio no uso dessas cavidades.

A voz natural e bem colocada nos dá a sensação de estar focalizada na


superfície da língua no centro da boca. A colocação permite, juntamente com o
apoio respiratório adequado, a projeção dentro do ambiente, evitando o
desgaste da voz.

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Os profissionais de voz falam muito em colocar o som na “máscara”. A


máscara é onde está situado o céu da boca, as fossas nasais, os seios faciais,
além de outras cavidades de ressonância. O som que vai para essas regiões
ganha vibração e força, sendo mais fácil projetá-lo para o ambiente. A voz que
fica presa à garganta se torna muito abafada e as que ressoam mais no nariz
possuem característica muito nasalada; ambas apresentam projeção difícil e
não são ouvidas por quem estiver mais afastado.

8.2 Projeção vocal

A projeção da voz é a condução da voz dentro do ambiente onde


falamos

Para uma boa projeção da voz é necessário:

APOIO RESPIRATÓRIO EFICIENTE

+
PRECISÃO ARTICULATÓRIA

+
UTILIZAÇÃO CORRETA DAS CAVIDADES DE RESSONÂNCIA

+
DESCONTRAÇÃO DA MUSCULATURA USADA PARA FALAR

+
ELIMINAÇÃO DAS TENSÕES

=
MAIOR ALCANCE DA VOZ

Quando queremos que a voz tenha um alcance vocal maior, não há


necessidade de aumentar sua intensidade (gritar), mas sim utilizar:

→ inflexões, usando tons agudos;


→ apoio respiratório correto;
→ as cavidades de ressonância de fora correta;
→ abrir mais a boca ao falar.

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ASSIM, A VOZ SAIRÁ FORTE E SEM TENSÃO, EVITANDO UM


DESGASTE VOCAL DESNECESSÁRIO.

 MICROFONE: quando usamos o microfone, não há necessidade de nos


preocuparmos com o alcance da voz, ou seja, NÃO HÁ A
NECESSIDADE DE GRITAR, uma vez que o microfone supre esse
aspecto, levando a voz a preencher todo o ambiente.

Entretanto, não devemos prescindir da voz bem colocada nas cavidades


de ressonância, da entonação e da clareza da articulação das palavras, usando
a voz na intensidade habitual.

DICA: o envolvimento do público por meio do OLHAR deve ser uma constante,
usando ou não o microfone.

EXERCÍCIOS DE PROJEÇÃO E RESSONÂNCIA DA VOZ

O trabalho de colocação correta da voz baseia-se principalmente no


desenvolvimento da respiração e na vibração dos sons da fala, sustentados
nas caixas de ressonância.

Observação:
Ao trabalharmos a voz, é importante considerarmos o estado de
relaxamento da musculatura do pescoço. Musculatura tensa deixa voz presa na
garganta. A posição da musculatura proporcionada pelo “bocejo-suspiro” alarga
naturalmente a garganta, libera a tensão dessa região e favorece a subida do
som para a “máscara”, possibilitando a descoberta de um bom foco de
ressonância.

Vamos praticar?

1. Com os olhos fechados, a fim de aumentar a sua propriocepção, sem


tensão, com lábios e dentes unidos, com a língua posicionada entre o soalho e
o céu da boca, preenchendo totalmente essa cavidade. Emita o /m/ fazendo
que esse som vibre nas cavidades livres, e jogue-o para cima, como se fosse
“sair pela cabeça”. Fazendo assim, você estará preenchendo todas as
cavidades ressoadoras, aumentando a intensidade do som e sentindo a
vibração por todo o rosto.

2. Nesse segundo exercício, vamos formar mais uma cavidade ressoadora,


desobstruindo a boca através da separação dos dentes, colocação da língua
no soalho e do alongamento da cavidade no sentido do corpo. Emita o /m/ e
procure fazer com que o som saia o mais superior possível. É possível
conseguir esse efeito elevando a parte mole do céu da boca, posição obtida
por meio do bocejo-suspiro, com grande abertura da garganta. Imagine a
região da cabeça. Sinta que o ar aos poucos vai saindo por ela. Quando o som
se apresentar trêmulo, dê maior apoio respiratório, sustentando a descida das
costelas enquanto emite o som. Coloque as mãos levemente sobre a região do

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nariz. Sinta a vibração. Coloque as mãos na região do pescoço. Sinta a


vibração.

3. Cantarole canções usando o “hum...”, mantendo a mandíbula relaxada e os


lábios entreabertos, buscando novos espaços para vibrar a sua voz, evitando
que ela desça para a garganta. Intercale frequentemente com bocejo-suspiro
para abrir a garganta. Lembre-se da sensação de alongamento do som dos
exercícios anteriores.

A voz natural e bem colocada nos dá a sensação de estar


focalizada na superfície da língua no centro da boca.

Observação: É importante realizar os exercícios de ressonância vocal


sempre precedidos pelos de aquecimento, antes de situações de uso da
voz, dando leveza ao falar.

4. Como continuação do exercício anterior de ressonância, com lábios unidos,


sem tensão, emita o /m/ fazendo movimentos com a boca e mandíbula, como
se estivesse “mastigando” o som.

5. Realize o mesmo exercício, agora com abertura exagerada de boca, como


se estivesse mastigando o som com a boca aberta.

6. Repita o exercício 4 finalizando com o som das vogais. Ex:


“mmmmmuaaaaa, mmmmmuééééé.. e assim por diante. É interessante
associar som com movimento corporal, para que o som se projete com mais
facilidade.

7. Posicione os seus órgãos para a emissão do /o/, procurando preencher


totalmente a cavidade oral; perceba que a saída do ar é feita apenas pela boca
embora a vibração possa ser sentida em toda a região facial.

8. Solte o som pelo nariz, com a boca fechada, movimentando a língua.


OMMMMMMMM............................. LOMMMMMM………….………...
BOMMMMMMM............................. VOMMMMMM.............................
MOMMMMMMM............................. ZOMMMMMM.............................
TOMMMMMMM.............................. NOMMMMMM.............................
SOMMMMMMM.............................. GOMMMMMM…………………...
COMMMMMMM............................. FOMMMMMM.............................

Observações:
 Nos exercícios para projeção vocal, três elementos deverão sempre estar
presentes: o apoio respiratório com controle da descida das costelas, que
fornecerá a energia para a voz, a ressonância que dará equilíbrio ao som
e a expansão da articulação, favorecendo a clareza das palavras, que
possibilitará a propagação da voz, levando a um maior alcance vocal.
 O conjunto formado por postura corporal correta, respiração adequada,
com conseqüências diminuição das tensões, uso das cavidades de

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ressonância, da projeção e da modulação da voz, resulta em uma melhora


muito significativa da qualidade da voz.

É importante realizar os exercícios de ressonância vocal sempre


precedidos pelos de aquecimento, antes de situações de uso da voz,
dando leveza ao falar.

9. Para aprimoramento da intensidade vocal.


 Diga: “Você falou comigo?”, de diferentes formas:
- Como se alguém estivesse próximo a você
- Projetando a voz para um só lado da sala
- Como se alguém estivesse a uma certa distância de você

 Repita a palavra MARAVILHA


- Voz baixa e suave;
- Voz normal;
- Voz alta.

Esses exercícios deverão ser feitos diariamente e a qualquer hora, em


casa, no banho, no carro, de preferência precedidos pelos de aquecimento.
Quando desenvolver essa percepção de ter a voz colocada na máscara, você se
acostumará às novas características acústicas desenvolvidas e quando estiver
falando com a voz com algum componente desagradável ou forçando a garganta
logo se dará conta.
No começo deve-se estar sempre alerta, se policiando, para avaliar como
se está falando. Será possível perceber que ora a voz sairá melhor, ora pior. Com
muito treino, haverá uma mudança no modo habitual de falar.

9. ARTICULAÇÃO DA FALA (DICÇÃO)


A articulação é a produção dos sons da fala. Para que ela ocorra de
forma clara e natural, é importante que a musculatura dos lábios, da língua, do
véu palatino (parte macia e posterior do céu da boca) esteja funcionando bem.
A eficiência da musculatura articulatória é fundamental para a precisão na
emissão dos sons e para a inteligibilidade da fala.

“Soltando a língua”

1. Ênfase na abertura de lábios:


- mantendo as arcadas dentárias ocluídas, sem travar excessivamente os
dentes, fale palavras, sentenças, cantarole (utilize bolacha wafer);

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- abrindo bem a boca, fale as mesmas palavras, sentenças e cantarole,


exagerando os movimentos de lábios.

2. Colocar a vogal “u” antes de qualquer vogal:


- Eu gosto de banana com mel → Ueu guostuo due buanuanua cuom
muel.
- Hoje é dia vinte e dois → Huojue ué duiua vuintue ue duouis.

3. Movimente as principais estruturas relacionadas à fala:

Mandíbula Lábios Língua Palato


- abrir - mastigação - língua para fora e para - boceje com
e fechar exagerada dentro, de um lado para o a boca
a boca outro, para cima e para baixo aberta
-lábios unidos
lentamente do lado de fora da boca,
para fora - boceje
variando ritmo, rápido e lento
(“biquinho”) e com a boca
para dentro - succione a língua de fechada
(comprimidos) encontro ao céu da boca com - emita as
bastante força, como se
-estourar os vogais /a/ e
fosse fazer um estalo (manter
lábios como /ã/
alguns seg.)
se fossem - emita /k/ -
tampa de - vibrações e estalos /g/ /k/ - /g/
garrafa - girar a língua entre os
- vibração dentes e lábios – “boca de
macaco”

4. Exercícios de trava-língua contribuem para agilidade da musculatura da


fala, levando a precisão de articulação. No treino devemos exagerar os
movimentos para que depois, numa fala coloquial ou mesmo numa
apresentação, ele seja produzido com a máxima naturalidade.

Vogal “A”
A fada da mata cantava baladas na clara cascata, para acalmar as gargalhadas
das almas danadas.

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 Vogal “E”
Zé Perequeté é serelepe, mequetrefe, pé-de-lebre, leve, quer neve, celebre,
mexe e remexe.

 Vogal “I”
Vi Shim Sim Lim – ir, vir, rir.

 Vogal “O”
Os votos e os copos se chocam, e os ossos morosos se soltam nos blocos e
rondos.

 Vogal “U”:
O gluglu dos urubus no furrundu do murundu.

_______________________________________________________________

10. COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL: LINGUAGEM CORPORAL


Quando falamos em linguagem corporal, estamos nos referindo a todos
os movimentos gestuais e de postura, que fazem com que a comunicação seja
mais efetiva e a mensagem mais adequada.

Uma postura corporal correta, bem como uma musculatura relaxada,


permite uma maior flexibilidade e expressividade do corpo, possibilitando o
desenvolvimento de uma linguagem corporal harmoniosa. A utilização de um
gesto, a forma de olhar, a sutileza de um sorriso, um leve movimento do
corpo, constituem um conjunto de elementos pelo qual a linguagem corporal
se processa, constituindo a comunicação não-verbal, que completa o que não
foi transmitido pela palavra.

A linguagem corporal deve passar a impressão de equilíbrio emocional.

Evite: movimentos e gestos nervosos, tensos e repetitivos. Eles


atuam negativamente nos momentos de comunicação, demonstrando
ansiedade e desviando a atenção do interlocutor.

10.1. A POSTURA IDEAL NA FALA

Apesar de termos que ficar bem à vontade e descontraídos quando


estamos falando em público, temos também de observar alguns pontos
importantes:
o Relaxamento e equilíbrio corporal
o Pés afastados e paralelos, na direção dos ombros
o Braços e ombros relaxados a fim de não tencionar o pescoço
o Coluna reta

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o Queixo reto, ângulo de 90º entre queixo e garganta, olhando


sempre para frente
o Linha da cabeça: suspensa por um “fio de cabelo”, como
continuação das vértebras cervicais
A postura correta está intimamente ligada à respiração costo-diafragmática, e
uma má postura pode acarretar problemas na voz. Assim, devemos deixar a
região abdominal livre para que o diafragma funcione tranquilamente.

EVITE:
 Ombros caídos, cabeça baixa e peito encolhido poderão
dar a impressão ao público de: cansaço, insegurança,
desânimo e desconhecimento do assunto.
 Peito muito estufado, ângulo entre queixo e garganta
maior que 90º, cabeça muito erguida, pois pode dar a
impressão de uma pessoa: arrogante e pedante.
 Não deixe a cabeça pender para um lado dos ombros.
 Nunca dê as costas para o público, principalmente no momento em que
estiver falando.

10.2. GESTICULAÇÃO

O gesto deve cumprir o propósito de completar o que se fala, não


devendo ser apenas um ato mecânico, desvinculado de emoção.
Eles devem ser usados com muita naturalidade, sendo a espontaneidade
fundamental, por isso eles devem ser pessoais e jamais copiados,
se não combinarem com seu estilo.
Normalmente os gestos acontecem na altura
da cintura e do peito. Os que passam acima da linha do olhar
devem ser usados estritamente para se dar uma grande ênfase a um elemento
do discurso.
Os gestos devem acontecer imediatamente antes ou durante a fala,
sincronia perfeita com a palavra, dando-lhes sustentação e complementando-a.
Quando não necessitar das mãos para complementar o que estiver
falando mantenha os braços soltos ao longo do corpo.

“ – O que eu faço com minhas mãos????”


Quando não souber o que fazer com as mãos, simplesmente as apoie uma
sobre a outra na frente de corpo.

10.3. OLHAR

Os olhos cumprem dois objetivos: o de valorizar a presença das pessoas e


o de perceber como os ouvintes estão reagindo diante a apresentação. Muitas

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vezes, um simples olhar é capaz de transmitir muitas mensagens: de


interrogação, de desafio, de afeto, de concordância.

Além disso, o contato visual é um elemento muito importante da


linguagem corporal no desenrolar do processo de comunicação. Por meio dele,
mantemos o interesse no que estamos dizendo, envolvendo o interlocutor,
valorizando a interpretação. Enquanto estiver falando procure sempre olhar
para seus interlocutores.

Evite fixar o olhar apenas numa pessoa quando estiver falando para
um grupo, nem permaneça com o olhar perdido. Ao falar, vá olhando para
cada um deles, isso é muito importante para envolvê-los e sintonizar-se
com eles.
Abra o canal de comunicação por meio do olhar, envolvendo o
interlocutor. Lembre-se que os olhos são persuasivos e são muitos importantes
para manter o interesse no que se está falando.
Praticando

JOGRAL

NA PRIMEIRA NOITE,
ELES SE APROXIMAM
E COLHEM UMA FLOR
DE NOSSO JARDIM
E NÃO DIZEMOS NADA.

NA SEGUNDA NOITE,
JÁ NÃO SE ESCONDEM:
PISAM AS FLORES,
MATAM NOSSO CÃO,
E NÃO DIZEMOS NADA.

ATÉ QUE UM DIA


O MAIS FRÁGIL DELES
ENTRA SOZINHO EM NOSSA CASA,
ROUBA-NOS A LUA E,
CONHECENDO O NOSSO MEDO,
ARRANCA-NOS A VOZ DA GARGANTA.
E PORQUE NÃO DISSEMOS NADA,
JÁ NÃO PODEMOS DIZER NADA.

(Maiaskowski)
_______________________________________
_____________

11. INTERPRETAÇÃO VOCAL


11.1 Entonação da voz

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A entonação, inflexão de voz que fazemos ao falar, estabelece


diferentes curvas melódicas no discurso. Associada ao recurso da pausa, é
fundamental para o brilho da fala nas apresentações, constituindo elemento
muito importante da comunicação verbal. Sem esse recurso, a fala torna-se
muito monótona, levando o interlocutor ao desinteresse. A entonação,
juntamente com as pausas, provoca um forte efeito emocional no ouvinte.

Os sinais de pontuação exigem entonações de voz diferentes, mas nem


todos se utilizam desse recurso. Algumas pessoas, ao falarem, muitas vezes
deixam seus interlocutores em dúvida – se estão afirmando ou perguntando
algo. Da mesma forma, ao terminarem uma apresentação, sem darem a
inflexão adequada de fechamento, têm de complementar com um “já acabei”
diante do olhar de expectativa de seus interlocutores. Tudo isso acontece
porque a pessoa não usou a entonação adequada, ou seja, a curva melódica
utilizada não foi compatível com a intenção do discurso, levando a uma
interpretação errônea.

Essa melodia da fala é muito importante em situações de diálogo, e nos


fornece elementos para sabermos qual o momento mais oportuno para falar.

Há também pessoas que falam sempre com a mesma melodia,


tornando-se extremamente monótonas e cansativas para quem as ouve: usam
um tom muito grave mesmo para assuntos que não demandem tanta seriedade
ou falam o tempo todo nos tons agudos, não abaixando o tom de voz para
concluir o que estão falando, dando a impressão de que ainda não finalizaram.
Parecem ligar uma idéia a outra como se nunca mais fossem parar de falar.
Não se deve falar com o mesmo tom o tempo todo; a voz normal flutua alguns
tons acima e abaixo do tom natural da pessoa.

Usar o recurso da entonação é saber modificar a melodia da fala pela


utilização de uma gama de tons que vai dos mais graves até os mais agudos,
dando vivacidade ao que se fala. A queda da altura no final das frases, com o
uso de tons mais graves, transmite a conotação de autoridade e certeza, ao
passo que as vozes que permanecem a tempo todo em tons mais agudos
transmitem insegurança.

As entonações estão relacionadas às emoções que surgem em um


determinado momento: uma fala mais leve caracterizada por tons mais agudos
da escala vocal nos momentos de euforia; uma fala mais pesada com tons
mais graves nos momentos de tristeza.

Por isso, quando uma apresentação está mobilizada por um propósito


que certamente estará vinculado às nossas emoções, a entonação torna-se
bastante rica, valorizando o conteúdo da mensagem.

11.2 Pausa

A pausa é também um meio muito importante de comunicação entre as


pessoas, pois possibilita uma ênfase natural às partes do discurso que
queremos salientar.

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As pausas são aleatórias e depende unicamente da necessidade e da


vontade de quem está falando e das significações que se pretende dar,
levando-nos à essência das palavras. Não devem ficar restritas aos sinais de
pontuação da linguagem escrita. Faça pausas onde lhe aprouver, aproveitando
para ressaltar os elementos do texto que considerar mais importante. Nas
pausas breves a inspiração deverá ser mais rápida e superficial, já nas pausas
mais longas aproveitamos para fazer inspirações mais profundas,
reenergizando o corpo e organizando o pensamento.

As pausas também nos fornecem um tempo para avaliarmos o efeito de


nossas palavras sobre as pessoas, possibilitando inclusive criar uma
expectativa em relação ao que será falado em seguida. É importante não nos
apressarmos, despejando nossas ideias de uma só vez. Quando dominamos o
uso das pausas, mantemos a calma e temos o controle sobre o que dizemos.

11.3 Ênfase

Os três elementos mais importantes para dar vida à linguagem falada


são: a ênfase, a entonação e a pausa.

A ênfase é o realce por meio da voz, devendo ser dada à palavra que
consideramos mais expressiva dentro de uma frase e que transmita a essência
da mensagem. É quando ressaltamos uma palavra entre outros elementos dos
enunciados para valorizar o seu significado.

Ao falarmos um enunciado devemos eleger a palavra de maior essência


para o significado do que estamos querendo transmitir.

Na tentativa de falar bem, algumas pessoas chegam ao exagero de


enfatizarem muitas palavras da mesma frase. Por questão de clareza, a ênfase
deve ser dada a poucas palavras, simplesmente articulando as outras com
naturalidade, evitando assim que a frase perca o seu sentido. Para
escolhermos a palavra-chave temos que ter muito claro o que queremos
transmitir aos outros, um propósito bem definido.

A pausa e o aumento da intensidade de voz aparecem juntos à ênfase


quando queremos ressaltar algo.

Exercício
A seguir, veja um exemplo de marcação de ênfase que dá diferentes
sentidos à frase:

1)Cheguei em casa e não encontrei você me esperando para o jantar.


2)Cheguei em casa e não encontrei você me esperando para o jantar.
3)Cheguei em casa e não encontrei você me esperando para o jantar.
4)Cheguei em casa e não encontrei você me esperando para o jantar.

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11.4 Ritmo

Outro aspecto a ser considerado na linguagem falada é o ritmo. Quando


falamos, as palavras pronunciadas se desenvolvem num tempo, que poderá
ser maior ou menor, dependendo do ritmo interno de quem fala e do propósito
que temos ao falar.

Os diferentes ritmos dados à fala dependem das pausas que fazemos,


do tempo gasto para a pronúncia dos sons, das sílabas e das palavras, da
velocidade rápida ou lenta, da forma como agrupamos as palavras, que
acabam caracterizando um estilo de falar.

Já observaram como uma dicção clara e compassada transmite


segurança e calma? Como uma fala excessivamente rápida demonstra
inquietude e nervosismo? Que nas situações solenes o ritmo é mais lento e a
fala extremamente marcada e que nas situações de euforia a fala demonstra a
agitação interior, num ritmo bem mais acelerado?

Ao falarmos, devemos ter a preocupação de manter um determinado


ritmo, naturalmente dentro do estilo de cada um, sabendo, no entanto, que a
rapidez excessiva ou a lentidão prejudicam a recepção da mensagem. O
andamento mais vagaroso da fala pode sugerir calma ou relaxamento, mas se
for excessivo, pode sugerir preguiça, falta de energia ou pedantismo.

Em leituras ou falas decoradas acontece muito de a pessoa querer falar


tudo de uma vez, principalmente quando está ansiosa e quer sair logo da
situação; percebe que o ar vai acabar e aumenta a velocidade, interferindo no
ritmo da fala e atropelando as palavras; em vez de fazer uma pausa para se
reabastecer de ar, segue em frente, empobrecendo a entonação, diminuindo as
ênfases, esquecendo da precisão articulatória, apresentando um ritmo muito
acelerado que interfere na clareza da fala.

_______________________________________________________________

12. IMPROVISAÇÃO
A capacidade de se resumir os pensamentos e falar de improviso é
talvez mais importante do que a capacidade de falar após longa e laboriosa
preparação. Tenha em sua mente uma série de “fatos” que poderão ser usados
no momento do improviso.

Chamado a falar, não dê desculpas. Entre no assunto. Cite um


exemplo imediatamente. Isto trás três vantagens:

Você se livra da necessidade urgente de pensar.


Entra mais rápido no ritmo de falar.
Você atrai logo a atenção do público.

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 Fale com objetividade e entusiasmo. Lembre-se das forças das


palavras. O seu entusiasmo terá reflexos sobre o seu processo mental.
É intima a relação entre animação física e mental.

Você precisa:

 Estar mentalmente preparado para improvisar em qualquer reunião.


 Relacionar rapidamente o tema com alguma experiência pessoal.
 Relatar a experiência e logo continuar com o desenvolvimento da
palestra.
 Não abandonar o tópico.

Recorra às: → Suas experiências → Seus estudos → Seus projetos


→ Suas emoções → Seus sentimentos → Suas crenças e opiniões

»”Ããããã, bem, ééééé, huumm”. Muito utilizado no inicio das frases


ou nas pausas, quando o orador ainda está buscando a palavra e utiliza
este tempo para achá-la. Também existe aqui o medo do silêncio que
pode existir durante a pausa. A primeira coisa é ter consciência deste
vício de linguagem. Em seguida, se esforçar para pensar em silêncio,
visto que este – o silêncio – é positivo no processo de comunicação,
pois aumentará o interesse dos ouvintes por aquilo que irá dizer.

MAIS ALGUMAS ORIENTAÇÕES:

Evite:
- Dispensar a leitura de jornais, livros e revistas;
- Alegar falta de tempo para conversar;
- Tentar insistentemente convencer os outros;
- Dar sinais de presunção e teimosia;
- Repetir os assuntos;
- Não considerar os riscos das interferências;
- Usar termos pomposos exageradamente;
- Supor que está sempre com a razão;
- Manter sempre o ponto de vista contrário ao do interlocutor.

* Cuidado com o uso de gírias e com os vícios de linguagem. As gírias só


são admissíveis em casos especialíssimos. Os vícios de linguagem devem,
primeiramente, ser detectados pelo comunicador, para que se faça a correção.
Repetir com frequência o “né?”, “certo?”, “entendeu?”, “ta entendendo?”,
“ok?”, “tudo bem?”, “meu”, “alô”, “meu amor”, “ta bom?”, “então”, “pois é”,
dentre outros, Gabriela
demonstra
Limafalta de vocabulário.
– Fonoaudióloga e CoachAlém disso, o ouvinte presta
de Comunicação
mais atenção em
Instagram: quantos “nés” foram
@fonocoachgabrielalima ditos gabrielafonocoach@gmail.com
/ e-mail: do que na própria mensagem.
Como normalmente estes termos são utilizados em final de frases com a
entonação característica de pergunta, você deve verificar se, ao invés de ser
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MAIS DICAS:

 Nos momentos de tensão, lembre-se: CONTINUE RESPIRANDO!.


Respiração diafragmática. Você não precisa elevar os ombros e o
peito para respirar.
 Uma boa oclusão dentária permite melhor realização das funções
exercidas pela boca. Espaços entre os dentes ou arcadas podem
provocar ruídos na fala. Procure um dentista.
 A audição sem alterações é muito importante para monitoramento da
voz. Na dúvida, consulte um especialista.
 Lembre-se de que falar com a boca travada dificulta a saída do som.
Além de você cansar-se mais facilmente, o ouvinte tem dificuldade para
entendê-lo. Articule todas as palavras claramente desde a primeira até a
última letra.
 Mantenha sempre o canal de comunicação aberto. Olhe sempre para o
seu interlocutor. Dessa forma, a plateia também se sente valorizada.
 Lembre-se de que os gestos complementam o que você esta falando.
Sua postura reforça o que você fala. É muito mais interessante ouvir
uma pessoa que, além do conteúdo e voz agradável, tenha também uma
harmonia de movimentos e expressão corporal. Uma pessoa estática
acaba cansando o ouvinte.
 Faça sempre o aquecimento vocal incluindo também o relaxamento
do pescoço. Ele preparará suas pregas vocais para os períodos de voz
mais prolongados.

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 Sorria!!! O sorriso por si só proporciona uma boa projeção vocal, além


de contagiar quem ouve, fazer bem para o espírito e para a alma!

“Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei e vos será aberto”.


(Mateus 7:7)

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BEHLAU, M., PONTES, P. Avaliação e tratamento das disfonias. São Paulo:


Lovise, 1995.
BEHLAU, M., DRAGONE, M. L. S., NAGANO, L. A Voz que ensina – O
professor e a Comunicação Oral em sala de aula. Rio de Janeiro:
Revinter, 2004.
BEHLAU, M., PONTES, P. Higiene vocal: informações básicas. São Paulo:
Lovise, 1993.
BLOCH, P. Comunicação oral – Da criança e do adulto. Rio de Janeiro:
Revinter, 2002.
BOONE, D.R. Sua voz está traindo você? Como encontrar e usar sua voz
natural. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
CARNEGIE, D. Como falar facilmente e influenciar pessoas nos negócios.
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CASTELLIANO, T. Desperte! É tempo de falar em público. 5 ed. Rio de
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CASTELLIANO, T. Telemarkenting 100% - Um programa de parendizagem
para profissionais de TMK. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.
CLAYTON, P. A linguagem do corpo no trabalho. São Paulo: Larousse do
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FERRAZ, M. C. A. Manual prático de Motricidade Oral: avaliação e
tratamento. 5 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.
GONÇALVES, N. A importância de falar bem: a expressividade do corpo,
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MADDOCK,D. O. A cura pelo som- Técnica de Auto-
Ajuda Através da Música e da Própria Voz. São Paulo:
Mamdras, 1996.
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PICCOLOTTO, L., SOARES, R. M. F. Técnicas de impostação e
comunicação oral. 3 ed. São Paulo: Loyola, 1991.
PINHO, S. M. R. Fundamentos de Fonoaudiologia. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan S. A., 1998.

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PINHO, S. M. R. Manual de Higiene Vocal para Profissionais da Voz. São


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PINHO, S. M. R. Tratamento dos distúrbios da voz. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan S. A., 1998.
POLLITTO, R. Como falar corretamente e sem inibições. 110 ed. São Paulo:
Saraiva, 2005.
QUINTEIRO, E. A. Estética da Voz - Uma voz para o Ator. São Paulo:
Sumus, 1989.
QUINTEIRO, E. A. Manual de Terapia Corporal como base da estética da
voz e da fala. Carapicuíba: Pró-Fono, 2000.
REDFIELD, S. M. – A Alegria da Meditação. Rio de Janeiro: Sextante, 2002.
SIQUEIRA, R. Guia de Automassagem e Estética facial. 3 ed. São Paulo:
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ANEXOS

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46

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47

OU

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FERRAMENTA: AUTOAVALIAÇÃO

De 0 a 10, como está...

Data / / / / / / / / / / / /
Olhar
Expressão Facial
Expressão Corporal
Respiração
Conexão
FORMA

Voz
Articulação
Ritmo
Pessoal
Carisma
Empatia (público)

Objetividade
Clareza
Percepção do outro
CONTEÚDO

Assertividade
Envolvimento
Preparação
Motivação
Empatia (assunto)

Sua apresentação?
OUTROS ASPECTOS

Bom humor?
Vontade de querer
estar ali?
Falar o conteúdo de
forma original?
Questão visual
(aparência, postura,
gestos etc)?

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Arte de Comunicar – Oficinas de Voz e Comunicação 49

COACHING DE COMUNICAÇÃO: PERGUNTAS “PODEROSAS”

1. Melhorar a comunicação, por quê?


2. Qual a melhoria que uma boa comunicação vai te trazer?
3. O que para você significa ser um bom comunicador? Que características
ele precisa ter?
4. Dê um exemplo de bom comunicador.
5. Quando a sua comunicação é um sucesso? Que pessoa você é nessa
hora? Se descreva.
6. Descreva um amigo ou colega que para você fala bem.
7. Você gosta de se comunicar?
8. Você gosta de falar em público?
9. Para você, dividir questões com pessoas é prazeroso é algo gostoso?
10. Qual situação que considera mais difícil: plateia, grupo ou individual?
11. O que fazer com emoções de “forte impacto” (medo, raiva, tensão,
agressividade, etc.), que podem gerar consequências negativas?
12. Faz sentido para você que talvez o medo de falar em público tenha a
ver com o medo de não ser aceito, não ser aprovado?
13. Já parou para pensar na possibilidade do MEDO e da TENSÃO serem
impulsionadores do agir, da ação, do impulso do ato?
14. Já pensou que para receber o melhor do outro, deve dar o melhor de si?
15. De 0 a 10, quanto existe na sua comunicação de: a) conhecimento
técnico? b) habilidade humana?
16. O que seria habilidade humana para você?
17. Como você acha que as pessoas têm a primeira impressão de você,
quando fala? O que você acha que está envolvido nisso? O que é notado?
18. Como são seus fechamentos/ finalização do discurso?
19. Você tenta ser o comunicador que você quer ouvir?
20. Qual característica seria mais interessante para melhorar sua
comunicação AGORA?
21. Como você quer estar com sua voz/comunicação no futuro?
22. Qual o resultado que você espera? O que é melhora? Como vc vai
mensurar isso?
23. E para alcançar esse objetivo que você quer, o que precisa fazer HOJE?

Gabriela Lima – Fonoaudióloga e Coach de Comunicação


Instagram: @fonocoachgabrielalima / e-mail: gabrielafonocoach@gmail.com

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