Você está na página 1de 5

Tópicos

• Definição de conceitos: desenvolvimento, habilidades, desenvolvimento de habilidades,


desenvolvimento de habilidades básicas, comunicação e comunicação interpessoal;
• Habilidades que devem ser trabalhadas na turma;
• Tipos de comunicação;
• Características da comunicação interpessoal;
• Barreiras da comunicação interpessoal;
• Como o docente pode desenvolver habilidades como essas na sala de aula?
Definição de conceitos
Desenvolvimento é toda acção ou efeito relacionamento com o processo de crescimento, evolução
de um objecto, pessoa ou situação em uma determinada condição (Knowlwdge, 2019).
Boff e Zanette (2010), afirmam que as habilidades estão associadas ao saber fazer: acção física ou
mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender fenómenos,
relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular
são exemplos de habilidades.
De acordo com Knowledge (2019), desenvolvimento de habilidades é a aquisição do conhecimento
ou domínio das competências necessárias para se desempenhar uma função ou actividade de cunho
pessoal ou profissional.
Neste sentido, desenvolvimento de habilidades básicas pode ser entendida como sendo a aquisição
de competências ligadas a área cognitiva, social e motora que possibilitam ao homem enfrentar as
adversidades do quotidiano.
Segundo Pinheiro (2005), etnologicamente o conceito de comunicação vem do latim
communicare, que significa tornar comum, compartilhar, trocar opiniões, associar, conferenciar.
O acto de comunicar implica em trocar mensagens, que por sua vez envolve emissão e recebimento
de informações.
Comunicação é a provocação de significados comuns entre comunicador e intérprete utilizando
signos e símbolos (Pinheiro, 2005).
Por outra, Silva (2012), afirma que a comunicação consiste na transmissão de conteúdos entre duas
entidades.
Furbino (2015), afirma que a comunicação interpessoal é a habilidade de receber, interpretar e
transmitir informações utilizando a escrita, a fala ou a expressão corporal. Ela envolve
reciprocidade, reacções e respostas entre as pessoas.
Habilidades que devem ser trabalhadas na turma
Noemi (2019), afirma que como habilidades mais comummente trabalhadas em sala de aula e
como elas podem ser úteis para o aluno em sua vida profissional, pessoal e académica, podemos
descrever as seguintes:
Análise crítica
Saber analisar as coisas friamente e com racionalidade é uma importante habilidade do século XXI.
Em meio a fenómenos como a chamada pós-verdade e o avanço das fake news (notícias falsas),
desenvolver esse tipo de capacidade nos estudantes é um diferencial que os prepara para vários
âmbitos de sua vida.
Senso estético
O desenvolvimento do senso estético é algo que, infelizmente, é muito negligenciado na educação.
Os filósofos do antigo Mundo Grego se preocupavam muito com a busca pelo belo e isso tem se
perdido lentamente, o que acarreta uma série de problemas muito profundos na sociedade.
Portanto, estimular esse aprendizado e a criatividade é muito importante.
Inteligência emocional
Muitas pessoas, embora tenham um desempenho académico invejável, não têm boas capacidades
de inteligência emocional. Nesse contexto, é fundamental que trabalhemos esse aspecto com os
estudantes, a fim de ajudá-los a amadurecer e a lidar melhor com suas emoções.
Empatia
A empatia e o respeito pelo próximo são outras habilidades essenciais para o convívio em
sociedade. Trabalhá-las em sala, juntamente ao trabalho em equipa, cria não só profissionais mais
adequados às necessidades do século XXI, como também mais humanos e integrados no âmbito
social.
Raciocínio lógico
O raciocínio lógico é algo que vai muito além da capacidade de resolver problemas avançados de
matemática. Ele também tem relação com a velocidade e a eficácia de soluções para problemas
quotidianos, que encontramos diariamente no exercício de nossas funções.
Autonomia
Por fim, a autonomia é uma habilidade que não pode ser deixada de lado. Formar indivíduos que
pensem por si mesmos, que abram mão do senso comum e que consigam trilhar seus próprios
passos é algo indispensável nas instituições de ensino.
Comunicação
Outro ponto muito importante e extremamente procurado pelos empregadores, actualmente, tem a
ver com a comunicação. Trabalhar aspectos como a oratória e a dialéctica são diferenciais incríveis
que podem contribuir para aulas muito mais completas.
Tipos de comunicação
De acordo com Silva (2012), quanto aos tipos a comunicação pode ser:
Comunicação verbal: é aquela feita através do uso da linguagem, tanto escrita como oral, e que
depende de regras precisas sintáticas e gramaticais.
Comunicação não-erbal: a comunicação não verbal consiste na utilização de recursos como
imagens, mímicas ou expressões faciais, as quais possuem a função de transmitir uma informação
completa sem que seja necessário recorrer a palavras escritas ou verbalizadas.
Comunicação paraverbal: refere-se à voz. Isto é, ao tom, ao volume e ao ritmo. Também faz
referência às pausas e outras expressões sonoras como limpar a voz ou, por exemplo, brincar com
tudo o que acontece por perto.
Características da comunicação interpessoal
A comunicação interpessoal segundo Furbino (2015), envolve reciprocidade, reacções e respostas.
Os principais elementos da comunicação interpessoal são:
• emissor: a fonte da transmissão;
• mensagem: o conteúdo a ser transmitido;
• canal: o meio utilizado para transmitir a mensagem desejada;
• código: idioma;
• receptor: quem recebe a mensagem;
• retroalimentação: a resposta que permite verificar se a mensagem enviada foi compreendida.
• Barreiras da comunicação interpessoal
Segundo Carlos (2017), a comunicação interpessoal pode enfrentar as seguintes barreiras:
Barreiras mecânicas ou físicas: estão relacionadas com os aparelhos de transmissão, como o
barulho, ambientes e equipamentos inadequados que podem dificultar ou mesmo impedir que a
comunicação ocorra. A comunicação é bloqueada por factores físicos. Microfones com falhas,
acústica do local.
Barreiras fisiológicas: dizem respeito aos problemas genéticos ou de malformação dos órgãos
vitais da fala. A surdez, a gagueira e não articulação fonética são exemplos possíveis.
Barreiras semânticas: são as que decorrem do uso inadequado de uma linguagem não comum ao
receptor ou a grupos visados. Isto é, os códigos empregados não fazem parte do repertório do
conhecimento em determinado ambiente comunicacional. Por exemplo, um médico explicando
um diagnóstico a um paciente irá transmitir a mensagem de forma menos eficaz se usar
exclusivamente a terminologia médica.
Barreiras psicológicas e sociais: são os preconceitos e estereótipos que fazem com que a
comunicação fique prejudicada. Estão relacionadas com atitudes, crenças, valores e a cultura das
pessoas. São percepções equivocadas de acordo com determinadas experiências e distintos marcos
de referência.
Barreiras pessoais: nível de conhecimento na qual pode gerar maior ou menor credibilidade do
emissor. Tem pessoas que por conhecerem profundamente um assunto se incomodam em
conversar com pessoas que não tem o mesmo domínio e vice-versa.
Como o docente pode desenvolver habilidades como essas na sala de aula?
De acordo com Noemi (2019), o docente pode desenvolver habilidades como essas na sala de aula
seguindo os seguintes aspectos:
• Ter uma boa comunicação com os estudantes
O estabelecimento de um bom diálogo com os alunos é o alicerce das transformações na
educação;
• Fazer com que os pais participem da educação
Além da participação efectiva dos alunos, os pais ou responsáveis também precisam ser
incluídos nessa realidade. Isso faz com que o trabalho seja feito na casa dos estudantes, sendo
uma educação muito mais completa e realmente eficaz,
• Promover debates
Trazer o debate para as salas de aula é algo que trabalha, de modo simultâneo, muitas das
habilidades mencionadas mais acima.
• Trazer o mundo exterior para a sala de aula
Sair um pouco dos livros é algo que enriquece qualquer tipo de ensino. Por isso, trazer situações
quotidianas para o âmbito educacional é uma boa maneira de promover actividades
multidisciplinares e, ao mesmo tempo, desenvolver a consciência e a integração do estudante
com o meio em que ele está inserido.
• Aprimorar no letramento digital/tecnológico
Actualmente, é impossível desassociar a educação da tecnologia. Por isso, aprimorar no
letramento digital, ou seja, alfabetizar os alunos com esses conceitos, é a melhor maneira de
integrá-los na realidade da sociedade e do mercado de trabalho.
Por meio de avanços e inovações tecnológicas, é possível fazer com que os alunos se engajem
e aprendam muito mais, especialmente quando ela está associada ao uso de metodologias
revolucionárias.
Referências bibliográficas
• Boff, D. S. & Zanette, C. R. S. (2010). O Desenvolvimento de Competências: Habilidades
e a Formação de Conceitos. Eixo Fundante do Processo de Aprendizagem.
• Carlos, E. S. (2017). Comunicação Interpessoal: barreiras, uso construtivo, comunicação
formal e informal, trabalho em equipe.
• Knowledge, C. (2019). Desenvolvimento de Competências: o que é e como realizar?
• Rossi, C. (2020). Desenvolvimento de Habilidades e Competências: Por Onde e Como
Começar?
• Furbino, I. (2015). Comunicação Interpessoal: o Que é e Como Desenvolver nas Empresas?
• Noemi, D. (2019). Você Sabe Como Desenvolver Habilidades dos Alunos na Escola?
• Silva, P. N. (2012). Manual de Técnicas de Expressão e Comunicação II.
• Pinheiro, D. C. S. (2005). O Papel do Plano de Comunicação Preventivo em Momento de
Crise na Organização. Goiânia

Você também pode gostar