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Tecnologias na Educação

Uma Visão Geral para a Sala de Aula

Bruno da Fonseca Gonçalves


Mateus Coelho Silva

Formação Inicial e
Continuada

+
IFMG
Bruno da Fonseca Gonçalves
Mateus Coelho Silva

Tecnologias na Educação
Uma Visão Geral para a Sala de Aula
1ª Edição

Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
2021
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do
Instituto Federal de Minas Gerais.

Pró-reitor de Extensão Carlos Bernardes Rosa Júnior


Diretor de Programas de Extensão Niltom Vieira Junior
Coordenação do curso Bruno da Fonseca Gonçalves
Arte gráfica Ângela Bacon
Diagramação Eduardo dos Santos Oliveira

FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

G623t Gonçalves, Bruno da Fonseca.


Tecnologias na educação : uma visão geral para a sala de aula
/ Bruno da Fonseca Gonçalves, Mateus Coelho Silva. – Belo
Horizonte : Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Minas Gerais, 2021.
47p. : il. color.

E-book, no formato PDF.


Material didático para Formação Inicial e Continuada.
ISBN 978-65-5876-090-0
1. Tecnologia de ponta e educação. 2. Ensino á distância.
3. Ambientes virtuais compartilhados. I. Título
CDD 372.358

Catalogação: Veríssimo Amaral Matias - CRB-6/3266

Índice para catálogo sistemático

Educação Tecnológica – 372.358

2021
Direitos exclusivos cedidos à
Instituto Federal de Minas Gerais
Avenida Mário Werneck, 2590,
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG,
Telefone: (31) 2513-5157
Sobre o material

Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático,


incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma
autônoma e suficiente.
Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de
acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR
disponível no fim deste livro.
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code a
seguir:

Formulário de
Sugestões

Para saber mais sobre a Plataforma +IFMG acesse


https://mais.ifmg.edu.br/
Palavra dos autores

Sejam bem-vindos ao curso Tecnologias na Educação - Uma Visão Geral


para a Sala de Aula. Nos últimos anos, uma série de novos avanços
tecnológicos possibilitou a inserção de novos sistemas no processo de
educação. Porém, mais recentemente vimos uma urgência da inserção dessas
tecnologias na sala de aula, mesmo sem fornecer formação ou treinamento
suficientes. Tendo isso em vista, esse curso visa apoiar docentes de todas as
áreas na adoção de tecnologias no processo de ensino.
Pensando nisso, vamos conversar sobre uma visão geral do uso de
tecnologia como ferramenta de auxílio ao ensino. Na primeira parte serão
discutidas questões como a adaptação dos professores à tecnologia, o impacto
disso na relação com os alunos e a mudança no papel do celular no ensino. Na
segunda parte, são apresentadas tecnologias que auxiliam no processo de
ensino e uma discussão sobre o papel de grandes empresas, segurança de
dados e software livre.
Preparamos um conteúdo atualizado, bem estruturado e de forma
simples, para que você possa se identificar e aprimorar seus conhecimentos na
utilização de tecnologias na educação e para a educação.

Venha conhecer e aprender um pouco mais com a gente neste curso!

Desejamos a você bons estudos!

Bons estudos!
Bruno e Mateus.
Apresentação do curso

Este curso está dividido em duas semanas, cujos objetivos de cada uma são
apresentados, sucintamente, a seguir.
Nesta semana, iremos direcionar o olhar sobre os
pressupostos teóricos da relação entre tecnologias e sala
SEMANA 1 de aula. Iremos também buscar entender como utilizar a
tecnologia como aliada na sala de aula, especialmente o
celular.
Nesta semana, iremos discutir a diferença entre softwares
livres e proprietários, apresentar alguns softwares e sua
SEMANA 2 possibilidade de utilização em sala de aula.

Carga horária: 20 horas.


Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais).
Apresentação dos Ícones

Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando
eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:

Atenção: indica pontos de maior importância


no texto.

Dica do professor: novas informações ou


curiosidades relacionadas ao tema em estudo.

Atividade: sugestão de tarefas e atividades


para o desenvolvimento da aprendizagem.

Mídia digital: sugestão de recursos


audiovisuais para enriquecer a aprendizagem.
Sumário

Semana 1 – Tecnologias na educação.......................................................... 15


1.1. O caso de Thembi .............................................................................. 15
1.2. Pressupostos teóricos da relação entre tecnologias e sala de aula .... 16
1.3. O smartphone na sala de aula: de vilão a mocinho (?) ....................... 20
Semana 2 – Softwares, sala de aula e gestão digital .................................... 23
2.1 Thembi e os softwares ....................................................................... 23
2.2 Softwares e serviços gratuitos, proprietários e de livre desenvolvimento
23
2.3 Explorando o universo digital: exemplos de ferramentas de gestão da
sala de aula e seu uso pelo professor ........................................................... 25
2.3.1 Gerenciamento da sala de aula .......................................................... 26
2.3.2 Banco de questões ............................................................................ 28
2.3.3 Correção de gabaritos ........................................................................ 29
2.3.4 Produção coletiva ............................................................................... 30
2.3.5 Vídeo conferência .............................................................................. 32
2.3.6 Armazenamento de arquivos em nuvem ............................................ 34
2.4 Thembi e a tecnologia ........................................................................ 36
Referências ................................................................................................... 39
Currículo dos autores .................................................................................... 43
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 45
Semana 1 – Tecnologias na educação Plataforma +IFMG

Objetivos
Objetivos
Nesta semana,
Este livro iremos direcionar
será dividido em semanas o olhar sobre os
para facilitar a
pressupostos teóricos da relação entre tecnologias e sala
organização dos estudos. Descreva nesta caixa, no início de de
aula. Iremos os
cada semana, também
objetivosbuscar entender como utilizar a
da etapa.
tecnologia como aliada na sala de aula, especialmente o
celular.

Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala


virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso”.

1.1. O caso de Thembi

Thembi era professor recém chegado à instituição. Aqueles dias estavam intensos.
Novidade a todo instante, ainda mais agora, com emprego novo, cidade nova. Muita coisa
pra se acostumar. Já havia um bom tempo que Thembi não dava aula. Devido à chegada
dos filhos e o fato de a esposa ter um bom emprego o levaram a sair de sala de aula e cuidar
dos pequenos. Agora eles já estavam grandinhos e ele já poderia retomar o magistério. Era
em sala de aula que ele mais se encontrava profissionalmente.
A sensação de que a atual juventude já não era como antigamente ficava ainda mais
evidente, agora que Thembi havia passado tanto tempo fora de sala de aula. Mesmo fazendo
alguns cursos de especialização, somente o chão da sala de aula é que dava a ele a real
sensação de seu deslocamento. Em seu primeiro dia de aula, todos os alunos falavam do
twitter, de seus vídeos do TikTok, e outros nomes que ele não conseguiu sequer identificar.
Saiu aturdido, tanto pelo falatório quanto pelo aparente desinteresse na aula. Ele havia se
dedicado em preparar uma aula muito legal, contando com a participação dos alunos. Mas
não foi bem como ele queria. Alguns alunos até participaram, mas ele percebeu que o
fizeram quase por dó, ao ver que os colegas não estavam muito interessados.
A conversa com a Pedagoga Johari no intervalo acabou precisando continuar após
as aulas. Eles já haviam conversado, mas rapidamente, pois a rotina de escola não para.
Ela iniciou a conversa perguntando quais instrumentos foram usados na sala de aula.
Quando Thembi explicou que utilizou o quadro e distribuiu uma lista de atividades para serem
resolvidas usando o livro didático, ela disse: “Então, acho que aí pode estar o problema.
Poucos professores usam o livro aqui nesta escola. A maioria utiliza apenas material online,
pois conseguem adaptar os conteúdos mais rapidamente à necessidade das turmas e do
contexto atual. O que acha de utilizar esse tipo de trabalho?”

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Plataforma +IFMG

Thembi tentou se conter, mas algumas lágrimas brotaram nos olhos, com a garganta
apertada. Ele pedia ajuda dos filhos toda vez que ia usar o Whatsapp. Como iria se sair
agora? Percebendo a preocupação de Thembi, Johari interveio novamente: “Pode ficar
tranquilo. Estamos aqui pra caminhar junto. Vamos começar com o simples. Vamos começar
conversando um pouco mais sobre a tecnologia e a sala de aula e como transformar essa
tecnologia em aliada. Topa o desafio, Thembi?” Ele ficou um pouco mais animado com a
ideia. “Claro. Vamos nessa!”.
Depois, foram discutindo os celulares em sala de aula. Thembi ficava receoso da
utilização dos smartphones indevidamente na sala de aula, assim como na necessidade que
seus estudantes tinham de estar o tempo todo com os celulares à mão. Mas Johara
novamente o salvou. Indicou a ele que pesquisasse formas de usar o smartphone em sala
de aula, como um suporte de material de consulta ou até mesmo uma ferramenta de medição
ou edição de suas atividades. Sugeriu também que levasse a discussão do uso do
smartphone para a sala de aula, discutindo esse uso de modo crítico com os estudantes.
E você, topa esse desafio?

Dica do Professor: A sequência acima é ficcional. Ela é


uma técnica das chamadas metodologias ativas,
chamadas Storytelling. Você pode saber mais no artigo
“O Storytelling como ferramenta de aprendizado ativo”,
dos pesquisadores Marcelo M. Valença e Ana Paula
Balthazar Tostes disponível na biblioteca do curso. Vale
a pena conhecer essa ferramenta (download).

1.2. Pressupostos teóricos da relação entre tecnologias e sala de aula

Vivemos num mundo tecnológico, tomado de telas interativas e redes de


relacionamento digitais. É o novo mundo virtual, onde a própria identidade é construída
também nestes ambientes tecnológicos. Muitas vezes estamos tão acostumados com a
tecnologia que apenas aproveitamos a tranquilidade que ela nos proporciona, sem pensar
nas consequências. Há hoje um movimento cada vez maior apontando, por exemplo, os
riscos da exposição às telas, tanto de smartphones como de televisões e notebooks,
especialmente devido à luz azul (SBP, 2019a). São apontados problemas relacionados ao
sono, irritabilidade, desenvolvimento cognitivo (SBP, 2019b; SBP, 2020). Enfim, vários
problemas estão relacionados ao uso da tecnologia, mas nem sempre pensamos a respeito.
Há também a preocupação em relação à exposição da vida e intimidade das crianças
e adolescentes nas redes sociais, sua superexposição (PEREIRA, 2015; SBP, 2020; LIRA
et al., 2017; MALACARNE, 2017)
Não dá pra negar que as tecnologias chegaram pra ficar.
Não seria exagero dizer que estamos vivendo em uma “ecologia digital”
repleta de novas subjetividades fabricadas nas relações sociais
estabelecidas por meio das tecnologias. Alguns autores chegam mesmo a

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dizer que estamos em uma situação na qual máquinas e seres humanos


estariam fundidos em uma espécie de amálgama. Este processo seria
representado pela metáfora do ciborgue como um misto de máquina e
organismo, um novo ser humano cuja existência é mediada pela tecnologia
digital. Nesta perspectiva, nossa íntima relação com ela teria transformado
nossas habilidades, desejos, formas de pensamento, estruturas cognitivas,
temporalidade e localização espacial. (CARRANO; DAYRELL, 2013, p. 24-
25)

E os jovens estudantes são parte importante dessa ecologia, chegando a ser


chamados de nativos digitais. Nasceram e acreditam que o mundo inteiro está contido no
Google. O que não for possível encontrar lá é que não existe. Usam a tecnologia,
especialmente as redes sociais, para fazer parte do mundo, criar sua própria identidade. A
tecnologia faz parte de suas vidas tanto quanto nossas roupas ou nosso próprio corpo.
Para os jovens não dá pra pensar na vida fora do mundo tecnológico. Mesmo quando
estiverem em um acampamento ou em uma trilha, sem sinal de celular, estarão fazendo
selfies, stories, tirando fotos para postar quando estiverem de volta à civilização. Esse
mundo conectado dos jovens encontra muitas vezes, um ponto de conflito: a escola. Com o
propósito de encontrar um culpado para a qualidade da educação, que sempre está em
questão, apontam o celular como grande vilão, aquele que retira a atenção dos estudantes,
atrapalha a expressão escrita e dificulta a compreensão. Vira um ponto de tensão
permanente.
Qual caminho seguir então?
Vamos começar discutindo o conceito de tecnologia. Segundo Araújo et al (2017)

O conceito de tecnologia compreende tudo que é construído pelo homem a


partir da utilização de diversos recursos naturais, tornando-se um meio pelo
qual se realizam atividades com objetivo de criar ferramentas instrumentais e
simbólicas, para transpor barreiras impostas pela natureza, estabelecer uma
vantagem, diferenciar-se dos demais seres irracionais. Sendo assim, a
linguagem, a escrita, os números, o pensamento, pode ser considerado
tecnologia. (ARAÚJO et al., 2017, p. 921-922)

A tecnologia passa a ser vista, então, como algo característico de nossa compreensão
como seres racionais. O estabelecimento da cultura racional humana passa pelo uso de
ferramentas e a compreensão da história da humanidade muitas vezes é descrita pela
mudança das tecnologias disponíveis, como Era da Pedra Lascada, da Pedra Polida, do
Cobre, do Bronze, do Ferro. Com a invenção da imprensa, de maneira bem mais
recentemente, a conquista da tecnologia foi se tornando cada vez mais rápida, com a
facilitação da disseminação das informações. E informação é um ponto essencial aqui. É ela
que leva ao desenvolvimento da tecnologia. É matéria prima e ao mesmo tempo produto da
tecnologia, a partir do qual tudo se transforma e é transformado.
Assim, não é de se assustar quando vemos a tecnologia ser utilizada em sala de aula.
Passa a ser uma exigência que a preparação formal dos jovens estudantes os coloque em

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Plataforma +IFMG

contato com a tecnologia mais recente. Isso, do ponto de vista da educação enquanto
preparação para a vida adulta, ou do ponto de vista da educação profissional, é o caminho
natural a ser trilhado.
Desde a inclusão da tecnologia em sala de aula enquanto conteúdo propriamente
dito, ou como ferramenta aliada às práticas pedagógicas, a tecnologia permeia essa relação.
A utilização do mimeógrafo e do retroprojetor nas décadas de 1980 e 1990, das fotocópias,
da televisão, do videocassete e DVD nas décadas de 1990 e 2000, dos projetores de slides
e laboratórios de informática nas décadas de 2000 e 2010, até o advento da internet nas
décadas de 2010 e 2020, todas perpassam a utilização da tecnologia na sala de aula.
Quantas são as memórias dos professores que passaram por essa trajetória, sempre se
adaptando a estas tecnologias (ALMEIDA, 2008).
A proposta de utilizar sempre as novas tecnologias nas práticas pedagógicas “não é
simplesmente trocar o velho pelo novo, mas sim tornar a tecnologia um recurso eficaz, dentro
do ambiente escolar” (ARAUJO et al., 2017). O docente sempre se viu provocado a fazer o
melhor uso destes recursos, mesmo que muitas vezes tenha sido apenas abandonado em
sala de aula com esses recursos. E neste momento não é diferente.
O avanço das tecnologias de comunicação e informação (TIC) tem acontecido em
ritmo frenético. Nos últimos anos, a miniaturização, a popularização e a disseminação da
mais diversa gama de aparelhos e informações, gerou várias mudanças inclusive
comportamentais. Há 15 anos atrás não se falava em Whatsapp ou Telegram, nem mesmo
se sonhava em smartphones tão poderosos e acessíveis. Mas a escola não acompanhou
este movimento (RIBEIRO, 2016).
A desigualdade no Brasil fica ainda mais patente quando percebemos que algumas
destas ondas ainda não alcançou algumas escolas. Muitas ainda percebem a internet, em
seus laboratórios de informática como um sonho. Mas já estamos na era da aprendizagem
colaborativa em várias outras instituições. Mas para além da compreensão das dimensões
da tecnologia na educação, qual seria sua finalidade? Qual seria seu objetivo básico, que ao
menos deveria ser perseguido pelos professores, diretores, pedagogos?
A princípio, a tecnologia na educação deveria buscar promover a diversidade cultural
e a quebra do paradigma da cultura de massa. (ARAÚJO et al., 2017). O barateamento e a
miniaturização das tecnologias devem nos permitir “usá-los efetivamente em defesa da
democracia, em defesa das liberdades, em defesa da difusão e da democratização do
conhecimento”, como disse o pesquisador Nelson Pretto (SANTOS; PESCE; BRUNO, 2018).
Deve (ou pelo menos deveria) desmistificar estigmas históricos entre as diversas culturas,
visando a conservação da identidade cultural, promovendo a inclusão digital e social.
Outro ponto a se destacar é a expectativa de que a utilização de novas tecnologias
na sala de aula abre a possibilidade de um acompanhamento individual do aprendizado dos
estudantes. Uma das maiores demandas dos professores está relacionada a esta tarefa,
quase impossível de ser atingida. Em um universo de 40 estudantes por sala, várias turmas
diferentes, em dois até três turnos de trabalho, dar conta de saber qual dos alunos não
aprendeu um termo, ou não compreendeu bem algum ponto do conteúdo, parece um
absurdo. A utilização de tecnologias para realizar este acompanhamento pode ajudar, mas
ainda precisa evoluir. Algumas possibilidades de utilização das tecnologias, que veremos na

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Plataforma +IFMG

segunda semana, poderão ajudar, mas dependerão de uma atuação decisiva do docente
em uma mudança de postura frente à tecnologia: podemos aprender a utilizá-la a nosso
favor.
Um dos medos mais comuns que já ouvi dos professores, muitas vezes carregado de
ironia, é que a tecnologia vai substituir o professor. A inteligência artificial que tanto se fala
hoje em dia irá um dia substituir o professor. Mas sempre que começo a pensar, me vem à
mente a seguinte afirmação: Se um professor acha que sua prática pode ser substituída por
um computador, esse professor deve ser substituído por um computador. Aqui a reflexão
que quero fazer é justamente que é impossível substituir o papel do professor enquanto
sujeito ativo, humano, sensível, colaborador, tutor, facilitador. Ele pode ser substituído
enquanto aquele que sabe o conteúdo, aplica uma prova de verificação e corrige uma
atividade. Mas aquele sujeito que enxerga na entrega da atividade a nuance dos
aprendizados, que conversa e ouve seus jovens estudantes, compreende a vida do
estudante além da própria atividade, esse é mais que uma simples máquina.
Outro receio, esse bem mais real, é não saber usar a tecnologia. E nesse ponto os
professores tem toda razão. Salvo pouquíssimas exceções, as novas tecnologias são
geralmente implementadas pelos gestores sem o devido treinamento dos docentes e
técnicos educacionais. Isso quando não repassam ao próprio profissional da educação a
responsabilidade de implementar a tecnologia, sem qualquer suporte técnico ou financeiro.
Mas aqui quero deixar uma pergunta: Os estudantes sabem usar a tecnologia? Se sabem,
qual o problema de aprender com eles? Não devemos aprender também com nossos
estudantes? Se eles não sabem, que tal aprender juntos?
De modo geral, não há muito o que fazer. Como nos aponta Massmann e Salles
(2019)
A emergência de novas plataformas de produção e circulação do saber
produz seus efeitos na função de ensinar: O desenvolvimento das (novas)
tecnologias trouxe novas formas de significar as relações do sujeito consigo
mesmo, com a sociedade e com o saber. A sociedade mudou assim como
mudaram também os modos de acesso à informação e o modo como o sujeito
se relaciona com ela. Em tempos de Twitter, Google, Facebook, Wikipédia e
tantas outras ferramentas tecno-digitais, conhecimento e informação ganham
novas configurações e isso produz deslocamentos nas relações dos sujeitos
com a linguagem. Emergem daí novas formas de textualidade, de escrita e
de autoria. Novas modalidades de produção e de circulação do conhecimento
e novos modos de se ensinar e de se aprender. Ou seja, conhecimento e
informação tornam-se dinâmicos e não estão mais centralizados na figura do
professor, nem mesmo no espaço da escola.
Pelas palavras da autora, observamos que não há como escapar dos efeitos
da tecnologia na sociedade: todos são pegos e, necessariamente, inscrevem-
se e se significam na relação com a tecnologia. (MASSMANN; SALLES;
2019, p. 224)

Prensky (2010) ainda faz uma provocação ainda mais contundente:

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Isto é, o papel da tecnologia – e seu único papel – deveria ser o de apoiar os


alunos no processo de ensinarem a si mesmos (obviamente com a orientação
de seus professores).
A tecnologia não apoia – nem pode apoiar – a velha pedagogia do professor
que fala/palestra, exceto em formas mínimas, tais como através da utilização
de imagens ou vídeos. Na verdade, quando os professores usam o velho
paradigma de exposição, ao adicionarem e ela a tecnologia, ela com muito
mais frequência do que o desejado se torna um empecilho. (PRENSKY, 2010,
p. 202)

E você, qual o sentido você significou na sua relação com a tecnologia?

1.3. O smartphone na sala de aula: de vilão a mocinho (?)

A preocupação com os celulares e smartphones em sala de aula são uma constante


em muitas salas de aula pelo país. E essa preocupação é muito importante, pois “é muito
fácil desviar a atenção durante a atividade, quando se tem tantas possibilidades disponíveis
e muitas vezes mais interessantes que o conteúdo que o professor propõe.” (KIRSCH, 2015,
p. 10).
Lopes e Pimenta (2017) ainda pontuam que
é preocupante quando um professor rotula um celular, tecnologia tão
presente na vida de seus alunos e de todos, como uma ameaça para a sua
aula quando, na verdade, ele deveria enxergá-la como ferramenta facilitadora
e também como meio de fazer o seu aluno perceber o quão útil pode ser o
seu celular nas atividades de estudo, pesquisa e até mesmo de trabalho.
(LOPES; PIMENTA, 2017, p. 55)

A pesquisadora Marivani Briddi Kirsch (2015) nos localiza na problemática do


smartphone, muitas vezes visto como um ponto de conflito entre professores e alunos. Mas
além de identificar o conflito ela chama a responsabilidade de que sejam estudados meios
de facilitação da aprendizagem aproveitando esta tecnologia. Ela ainda cita Moran (2000)
A educação escolar precisa compreender e incorporar mais as novas
linguagens, desvendar os seus códigos, dominar as possibilidades de
expressão e as possíveis manipulações. É importante educar para usos
democráticos, mais progressistas e participativos das tecnologias, que
facilitem a evolução dos indivíduos. (MORAN, 2000, p.36)

Ainda citando Moran (2000), Kirsch (2015) coloca


Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em geral, não. Os
professores sentem cada vez mais claro o descompasso no domínio das
tecnologias e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo
pequenas concessões, sem mudar o essencial. Creio que muitos professores
têm medo de revelar sua dificuldade diante do aluno. Por isso e pelo hábito
mantêm uma estrutura repressiva, controladora, repetidora. Os professores
percebem que precisam mudar, mas não sabem bem como fazê-lo e não

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estão preparados para experimentar com segurança. (MORAN, 2013, p.89-


90)

Nesse momento, propomos um desafio: Vamos ler três trabalhos sobre a utilização
do celular ou smartphone e comparar suas abordagens?
Vamos começar lendo o trabalho de Marivani Briddi Kirsch, logo em seguida, vamos
ver o trabalho de Francisco Reinaldo et al e, por último, o trabalho de Priscila Almeida Lopes
e Cintia Cerqueira Cunha Pimenta. Será uma interessante comparação de perspectivas, não
acha?

Dica do professor: Leia o trabalho de Marivani Briddi


Kirsch, “O uso do smartphone como ferramenta
pedagógica em sala de aula”, disponível na biblioteca do
curso (download).

Dica do professor: Leia o trabalho de Francisco


Reinaldo, Demétrio R. Magalhães, Luis P. Reis, Stefane
Gaffuri, Ademir Freddo, Renato Hallal, intitulado “Uso de
Smartphones na Educação: Avaliação por Grupos
Focais”, disponível na biblioteca do curso (download).

Dica do professor: Leia o trabalho de Priscila Almeida


Lopes e Cintia Cerqueira Cunha Pimenta, “O uso do
celular em sala de aula como ferramenta pedagógica:
Benefícios e desafios”, disponível na biblioteca do curso
(download).

Dica do professor: Para concluir essa primeira semana


de estudos, vá até a sala virtual e responda ao
Questionário 1. Para isso, além deste capítulo, faça a
leitura dos textos indicados acima.

Nesta primeira semana discutimos sobre as relações da tecnologia e sala de aula.


Não foi nenhuma grande revisão sobre o tema, apenas algumas discussões, para situar
melhor a utilização da mesma em sala de aula. Discutimos também o celular em sala de
aula. Na próxima semana vamos discutir alguns exemplos de aplicações tecnológicas que
podem contribuir com o professor. Vamos nessa?
Nos encontramos na próxima semana.
Bons estudos!

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Semana 2 – Softwares, sala de aula e gestão digital
Plataforma +IFMG

Objetivos
Nesta semana, iremos discutir a diferença entre softwares
livres e proprietários, apresentar alguns softwares e sua
possibilidade de utilização em sala de aula.

2.1 Thembi e os softwares

Agora Thembi estava um pouco mais tranquilo. Depois da conversa com Johara,
pensou bastante e viu que poderia ir introduzindo ferramentas tecnológicas aos poucos. Viu
também que poderia contar com a ajuda dos estudantes nesse aprendizado e que poderia
usar isso como elemento motivador, tanto da participação durante as aulas como na relação
professor-aluno. Mas uma coisa ainda deixava Thembi preocupado: quais ferramentas
poderia utilizar? Quais softwares estariam acessíveis aos estudantes e além disso poderiam
se adaptar às necessidades de cada um? Essa pergunta Johara não soube responder. Nem
poderia, pois dependia dos propósitos e necessidades pedagógicas das aulas de Thembi.
Johara resolveu provocar Thembi:
- E se você listasse essas ferramentas, explorando suas utilidades e aplicações,
formando uma base de consulta para outros professores? Peça ajuda aos estudantes. Assim
vocês podem construir um banco de dados interessante!
Thembi gostou da ideia. Começou a fazer um levantamento das possibilidades e
descobriu muita coisa legal. Vamos juntos as informações que Thembi e seus alunos
levantaram?

2.2 Softwares e serviços gratuitos, proprietários e de livre


desenvolvimento

Hoje em dia há uma infinidade de opções de aplicativos e softwares disponíveis na


internet. Há aqueles gratuitos, aqueles gratuitos por algum tempo, chamado período de
degustação, aqueles pagos uma única vez, por assinatura, projetos de código aberto,
softwares livres... Enfim, muitas opções. Algumas destas opções fazem uso da coleta de
dados do usuário, tanto dados pessoais como e-mail e localidade quanto dados de utilização
de aplicativos.
Mais recentemente, há uma leva cada vez maior de aplicativos e softwares
proprietários de uso “gratuito”. O movimento open source também tem várias aplicações
gratuitas, mas qual a diferença?

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Primeiro, é necessário compreender a origem e o contexto de um software livre.


Desde 1983, existe uma fundação que incentiva e financia o desenvolvimento de software
livre: a Free Software Foundation (FSF) (STALLMAN, 2003). Essa fundação estabelece o
conceito do que configura realmente um software livre, e também financiou o
desenvolvimento de um sistema operacional livre (GNU). Para a FSF, existem quatro bases
fundamentais para todo software livre:
1. Liberdade de executar o programa para qualquer propósito;
2. Liberdade de estudar, modificar e adaptar o programa às suas necessidades,
sendo que para isso é necessário ter acesso ao código fonte;
3. Liberdade de distribuir cópias;
4. Liberdade de melhorar o programa e publicar aperfeiçoamentos;
Os objetivos dessas liberdades são disponibilizar as tecnologias a todos, criar uma
comunidade forte de desenvolvedores, e estimular a comunidade a desenvolver e evoluir os
programas em conjunto. Além da FSF, ainda existe um outro movimento que trata dos
softwares de código aberto: a Open Source Initiative (OSI) (PERENS, 1999). Essa iniciativa
tem características similares à FSF, mas tem alguns outros ideais filosóficos. A OSI identifica
os requisitos principais para que um software seja considerado Código Aberto (Open
Source). Esses requisitos são1:
1. Distribuição Livre para uso ou venda;
2. Acesso ao código fonte;
3. Permissão para modificar e adaptar, criando softwares derivados;
4. Integridade do autor do código-fonte;
5. Não discriminação de pessoas e grupos;
6. Não discriminação de áreas de atuação;
7. Distribuição da licença sem execução de licença adicional;
8. Licença não específica a um produto;
9. Licença não restrinja outros programas;
10. Licença neutra em relação a tecnologia;
É possível perceber que esses conceitos são complexos, e não é somente ligado a
liberdade de obter uma cópia do programa. Um software de uso gratuito, também conhecido
como freeware, tem como única restrição que o usuário não precisa pagar para utilizar.
Assim, nem todo software gratuito é livre.
A despeito da liberdade de modificação ou desenvolvimento do software, nenhuma
das iniciativas garante que as aplicações estão livres de interesses comerciais. No caso de
softwares livres, é possível explorar determinados aspectos comercialmente, desde que os
princípios estabelecidos sejam seguidos. Ainda, empresas podem criar aplicações usando
os princípios código aberto e software livre e explorar comercialmente de diversas maneiras.
Com o uso cada vez maior da internet, redes sociais e outras aplicações onde
consumimos conteúdo, um dos usos comerciais mais controversos é o consumo de dados
do usuário e observação de padrões. A maior parte dos softwares que consumimos está
ligado diretamente a alguma empresa (Google, Apple, Amazon, Facebook, Microsoft,

1
http://softwarelivre.org/open-source-codigo-aberto

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Plataforma +IFMG

conhecidas como GAFAM, dentre outras). Essas empresas utilizam seu software para
coletar “dados sobre os dados”, ou seja, dados sobre o que consumimos e inserimos. Esses
chamados metadados2, ajudam as empresas a compreender o nosso padrão de consumo,
orientar anúncios, reorganizar as redes sociais para mostrar conteúdo de acordo com o que
o algoritmo espera que seja semanticamente similar ao que gostamos. Mesmo softwares
gratuitos, livres e de código aberto estão sujeitos a essa situação.
Ao mesmo tempo, é muito difícil se esconder da influência dessas empresas no nosso
dia-a-dia. Uma pesquisa realizada em 2018 indicou que 92% dos brasileiros possuem ou
utilizam smartphone, e 70% possuem ou utilizam notebooks. Ainda, 64% possuem ou usam
desktops, e 48% possuem ou usam tablets3. Uma informação adicional é que 95% dos
smartphones nacionais utilizam a plataforma Android, da empresa Google4.
Essas informações nos mostram que essas empresas de tecnologia estão presentes
no nosso dia-a-dia, e é quase inevitável não sentir a presença delas no nosso dia-a-dia. Ao
escolher plataformas de ensino remotas, devemos sempre ter em mente que nossos dados
são consumidos sempre, e utilizar as plataformas com responsabilidade.

2.3 Explorando o universo digital: exemplos de ferramentas de gestão da


sala de aula e seu uso pelo professor

Considerando a rotina de um professor, geralmente estamos falando de muitas


turmas diferentes, salas com muitos estudantes, várias horas de trabalho, tanto na
preparação de aulas e atividades, quanto na correção, envio de feedback, lançamentos em
sistemas, reuniões pedagógicas, atendimentos a alunos, deslocamentos, cursos e
formações (vide este próprio curso). Enfim, professor não para um instante.
Será que podemos usar um pouco de tecnologia para nos ajudar nesta rotina de
trabalho? Nós acreditamos que sim. Vamos listar abaixo algumas tecnologias que podem
contribuir para a melhora da qualidade do ensino e da aprendizagem dos estudantes, ajudar
na preparação das aulas e atividades, além de ajudar a rotina de organização do professor,
sempre uma das partes mais sobrecarregadas do sistema de ensino.
Nas opções de aplicações de produtividade, selecionamos algumas ferramentas com
a finalidade de ajudar a melhorar a produtividade do professor, especialmente ajudando a
encontrar formas de ajudar na organização se suas atividades e diminuindo seu trabalho.

2
https://new.safernet.org.br/content/o-que-s%C3%A3o-os-metadados
3
https://www.mobiletime.com.br/noticias/18/10/2018/92-dos-brasileiros-possuem-ou-usam-smartphones-
com-frequencia/
4
25
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/11/26/ha-10-anos-no-brasil-android-foi-de-2-
smartphones-para-sistema-operacional-dominante-do-mercado.ghtml

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Plataforma +IFMG

2.3.1 Gerenciamento da sala de aula


Por gerenciamento da sala de aula queremos dizer ferramentas que concentram os
estudantes em um único lugar, com a possibilidade de organizar minimamente o acesso, a
disponibilização de materiais e atividades, além de permitir a comunicação entre estudantes
e professor.
Algumas destas ferramentas, hoje ainda mais discutidas devido à pandemia do
Corona Vírus, o COVID-19, estão o Google Sala de Aula, o Microsoft Teams, O Moodle e o
Khan Academy.

Google Sala de Aula


O Google Sala de Aula permite criar um ambiente onde o professor pode compartilhar
com os alunos materiais, bem como criar e receber tarefas e trocar informações através de
e-mail e discussões no mural.
O Google Sala de Aula (Google Classroom), aumenta a colaboração e promove a
comunicação contínua para tornar o ensino mais produtivo e significativo. Ele é fácil de
configurar e existem vários vídeos e cursos online sobre sua utilização.
Basta uma conta do Google (conta do Gmail, por exemplo) para configurar uma sala
no ambiente.

Dica do Professor: Saiba mais sobre o Google Sala de


Aula (link).

Microsoft Teams
O Microsoft Teams para Educação oferece uma sala de aula online para que alunos
e professores possam encontrar novas maneiras de continuar se concentrando no
aprendizado. Esse ambiente disponibiliza ferramentas e recursos Microsoft gratuitos que
ajudam a se preparar, ensinar, avaliar, rastrear e analisar.
O Microsoft Teams é uma solução de colaboração que permite aos professores
trabalharem com suas turmas, de forma remota, seguindo o planejamento para as suas
aulas presenciais com pouca ou nenhuma adaptação. Ela integra ferramentas de chamadas
de vídeo e de áudio individuais ou para grupos (turmas); comunicação por meio de chat;
recursos de pesquisa; armazenamento e compartilhamento de arquivos (texto, áudio,
vídeos), bem como a integração com diversos aplicativos (o Teams também possui uma
versão mobile).
Para o professor, o recurso permite a publicação de diversos materiais como textos,
áudios, vídeos, exercícios, etc., para cada uma de suas turmas, bem como individualmente
para cada aluno. Há a opção de gravação das interações por vídeo (aulas), com
disponibilização imediata das mesmas. Com isso, as aulas podem ser simultâneas ou não.
Exercícios podem ser publicados e corrigidos automaticamente, com a geração de

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26
Plataforma +IFMG

informações sobre o desempenho dos alunos, além de permitir que os alunos trabalhem de
forma colaborativa e postem suas tarefas já resolvidas. Tudo isso num único ambiente.
Somente se sua escola se cadastrar na plataforma da Microsoft essa opção estará
disponível.

Dica do Professor: Saiba mais sobre o Microsoft Teams


(link).

Moodle
MOODLE é o acrônimo de "Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment",
um software livre, de apoio à aprendizagem, executado num ambiente virtual. É utilizado
principalmente num contexto de e-learning ou b-learning, e permite a criação de cursos "on-
line", páginas de disciplinas, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem.
Voltado para programadores e acadêmicos da educação, constitui-se em um sistema
de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades on-line,
em ambientes virtuais voltados para a aprendizagem colaborativa. Permite, de maneira
simplificada, a um estudante ou a um professor integrar-se, estudando ou lecionando, num
curso on-line à sua escolha.
O programa é disponibilizado livremente na forma de software livre e pode ser
instalado em diversos ambientes desde que os mesmos consigam executar a linguagem
PHP.
É desenvolvido em colaboração por uma comunidade virtual, que reúne
programadores e desenvolvedores de software livre, administradores de sistemas,
professores, designers e usuários de todo o mundo. Evolui constantemente adequando-se
às necessidades dos seus utilizadores.
Constitui-se num software intuitivo e fácil de utilizar, que tanto pode dar origem a uma
página de um único professor/formador, como à página de uma Universidade, com dezenas
de milhares de alunos/utilizadores.
Precisa ser instalado em um servidor de internet, geralmente não disponível
gratuitamente. Quando as escolas ou instituições resolvem usar o Moodle, precisam instalar
o Moodle em seus servidores de internet. Para o professor que for trabalhar em uma destas
instituições que já tenha o Moodle instalado, basta acessar a página do Moodle de sua
instituição em um navegador de internet, como o Chrome, o Mozilla Firefox, o Edge ou
Internet Explorer. Sua configuração é toda online.

Dica do Professor: Saiba mais sobre o Moodle no


Curso “Moodle para professores” no +IFMG (link).

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Plataforma +IFMG

Khan Academy
A Khan Academy é um pouco diferente das opções apresentadas acima. Ela se
constitui como uma plataforma que permite ao professor organizar os conteúdos já presentes
na plataforma conforme a turma ou seu aluno individualmente. Não permite que sejam
enviados materiais aos estudantes, mas tem uma ampla gama de atividades, especialmente
na área de matemática e várias outras disciplinas.
Os estudantes, uma vez na plataforma, podem fazer as atividades indicadas pelo
professor e podem também seguir sua própria trilha de aprendizado, escolhendo conteúdos
e atividades para serem realizadas.
A Khan Academy oferece exercícios, vídeos educativos e um painel de aprendizado
personalizado que habilita os alunos a estudarem no seu próprio ritmo, dentro e fora da sala
de aula.
Há conteúdos em matemática, ciência, computação, história, história da arte,
economia e muito mais. A proposta é organizada a partir da premissa do domínio de
habilidades. É uma plataforma de ensino digital e gratuita que pode ser acessada por
qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo.

Dica do Professor: Saiba mais sobre o Khan Academy


(link).

2.3.2 Banco de questões

A utilização de bancos de questões pode ajudar a selecionar questões já aplicadas


em outras provas, como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e vestibulares, assim
como de outros professores. É muito utilizado na preparação para exames e algumas
provas, por exemplo.
Seguem alguns bancos de questões disponíveis na web.

Questões ENEM
Banco que reúne todas as questões do Enem de 2009 a 2019. Os estudantes podem
usá-lo para testar os conhecimentos e se preparar melhor para a prova. No sistema você
pode escolher quais áreas do conhecimento quer. Se for professor, use para copiar questões
e preparar sua prova ou simulado.

Dica do Professor: Conheça melhor Questões ENEM


(link).

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Plataforma +IFMG

Projeto Ágatha
Na plataforma é possível encontrar um banco de questões do Enem e vestibular com
atividades Matemática, Ciências da Natureza, Humanas e Linguagens.
Após escolher a categoria principal, se pode optar por um dos subtemas
apresentados. Em matemática, por exemplo, há exercícios análise combinatória, Geometria,
Aritmética, Porcentagem, frações, etc. O estudante também pode escolher entre as questões
direcionadas para cada disciplina nos diferentes vestibulares, como Matemática no Enem,
Matemática no ITA, entre outros.

Dica do Professor: Conheça melhor o Projeto Ágatha


(link).

SuperProfessor
O SuperPro, como é mais conhecido, foi desenvolvido para ser um gerenciador de
questões que possibilitasse ao professor rapidamente elaborar suas atividades de avaliação.
Hoje, contendo um banco de itens com mais de 145.600 questões, o SuperPro é a
ferramenta indispensável para esta tarefa. São contempladas as disciplinas Artes, Biologia,
Espanhol, Filosofia, Física, Geografia, História, Inglês, Matemática, Português, Química e
Sociologia. Há também questões para Ensino Fundamental II e para o Ensino Superior.

Dica do Professor: Conheça melhor o Super Professor


(link).

2.3.3 Correção de gabaritos

Provas e testes são bastante utilizados por professores, assim como a aplicação de
avaliações de múltipla escolha. A correção destes testes pode ser feita através de aplicações
tecnológicas, inclusive com a aplicação das avaliações online. Já outras aplicações podem
corrigir gabaritos no papel, sendo que estes geralmente são pagos, mas há algumas
soluções gratuitas.

Formulários Google
O Google formulários permite a criação de formulários tipo teste, onde você pode
configurar as respostas dos testes, permitindo a correção automática e inclusive fornecendo
feedback dependendo de o estudante acertar ou errar a questão.

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Plataforma +IFMG

Dica do Professor: Saiba mais sobre o Formulários


Google (link).

Minha Prova
Algumas empresas oferecem um serviço de banco de questões associadas à
correção do gabarito. Já algumas oferecem apenas a correção do gabarito, ou seja, você
monta a prova onde você quiser e apenas indica no link o gabarito correto de sua prova.
Esse é o caso do Minha Prova.
Nele, até o momento da edição deste documento (maio de 2021), você pode criar
turmas, criar gabaritos para provas, gerar o documento cartão de resposta, conforme o
número de questões e após aplicar a prova, no aplicativo Minha Prova (para professores,
pois tem para alunos também), você seleciona a turma, a prova que será corrigida e o aluno.
Depois é só apontar a câmera do seu celular para o gabarito que o aplicativo faz a leitura
das questões do gabarito. Com a assinatura de algum plano, você consegue submeter o
resultado das provas e na página web do Minha Prova, ver uma análise do número de
acertos assim como as notas de cada aluno.

Dica do Professor: Conheça melhor o serviço Minha


Prova (link).

2.3.4 Produção coletiva

Usar a tecnologia pode favorecer muito a cooperação, especialmente na construção


coletiva de conhecimento. Produzir textos de maneira coletiva fica muito mais fácil com a
utilização das tecnologias de comunicação instantânea. A seguir algumas sugestões de
aplicações de produção coletiva.

ETC – Editor de Texto Coletivo


O ETC é um editor de texto de domínio público que proporciona espaço para a escrita
de textos coletivos de forma online e simultânea.
Além da área de edição, ele dispõe de funcionalidades que apoiam a comunicação e
interação entre os usuários, bem como recursos para o gerenciamento de grupos, textos e
arquivos.

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Plataforma +IFMG

Dica do Professor: Conheça melhor o serviço ETC


(link).

Plataforma Corais
Corais.org é uma a plataforma de Design Livre mantida pelo Instituto Faber-Ludens,
para criação e desenvolvimento de projetos colaborativos, visando a inovação aberta e
popularização do processo de design. Esse nome está relacionado aos corais marinhos,
pois são a metáfora perfeita para um ambiente rico, vivo e em constante reconfiguração.
Diferente de outras plataformas de design, o Corais.org não tem um processo de
design obrigatório pré-definido, possui um espaço de metadesign (ou seja, o próprio Corais
é um projeto do Corais) e tem como base a criação de conhecimento em comum para toda
a comunidade.
Há espaço para texto colaborativo, especialmente de projetos, sendo que são
tratados sob uma licença Creative Commons livre para copiar.

Dica do Professor: Conheça melhor o serviço da


Plataforma Corais (link).

Documentos Google
Google Docs é um pacote de aplicativos do Google que funcionam de forma síncrona
e assíncrona, portanto, on-line para acessar dados em nuvens e off-line através de
aplicativos de extensão instaladas diretamente do Google. Os aplicativos são compatíveis
com o OpenOffice.org/BrOffice.org, KOffice e Microsoft Office, e atualmente compõe-se de
um processador de texto muito semelhante ao Word do pacote Office, um editor de
apresentações semelhante ao Power Point do pacote Office, um editor de planilhas
semelhante ao Excel do pacote Office e um editor de formulários, já discutido anteriormente.
A principal vantagem do Google Docs é que este aplicativo permite aos usuários criar
e editar documentos online ao mesmo tempo colaborando em tempo real com outros
usuários. Assim, você pode digitar ao mesmo tempo que outro colega.

Dica do Professor: Conheça o serviço do Documentos


Google (link).

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Plataforma +IFMG

Microsoft 365
Microsoft 365 (antes chamado Office 365) é uma versão online por assinatura dos
aplicativos do pacote Microsoft Office, focado no trabalho colaborativo simultâneo, assim
como o Google Docs. Uma versão gratuita também está disponível e pode ser utilizada no
navegador web, sem a necessidade de instalação, bastando criar uma conta para uso.

Dica do Professor: Conheça o serviço Microsoft 365


(link).

2.3.5 Vídeo conferência

Realizar reuniões e aulas à distância são uma solução que já existiam, especialmente
no âmbito da educação à distância, mas que ficaram em evidência com a pandemia do
Covid-19. Essas soluções são excelentes oportunidades para a diversificação das
ferramentas de orientação e acompanhamento do aprendizado.

Google Meet
O Google Meet é um serviço de comunicação por vídeo desenvolvido pelo Google
que possibilita reuniões por videoconferência. Comporta até 16 participantes por chamada
com foto e até 100 participantes sem foto para usuários da versão gratuita. Permite, também,
o compartilhamento de telas, a participação só por áudio ou por chat. Pode ser usada para
reuniões, aulas e entrevistas remotas, sem necessidade de instalação de softwares no
computador. Com uma interface rápida e leve e o gerenciamento inteligente de participantes,
é bem fácil fazer videochamadas com várias pessoas.

Dica do Professor: Conheça o serviço Google Meet


(link).

Zoom
Em 2020, o Zoom se tornou um dos principais aplicativos de software de
videoconferência. Ele permite que você interaja virtualmente com colegas de trabalho
quando reuniões pessoais não são possíveis, e também tem um grande sucesso em eventos
sociais.
Utilizando a conta gratuita você pode realizar chamadas com até 100 participantes,
com um limite de 40 minutos por videochamada com mais de 2 pessoas. Passados esses
40 minutos, a chamada é finalizada.

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Se os participantes quiserem seguir a reunião, terão que acessar criar uma nova
sessão de 40 minutos. Não existe um limite de chamadas por usuário, você pode organizar
quantas reuniões virtuais você quiser.
A versão gratuita oferece qualidade HD de áudio e vídeo. Durante uma reunião virtual,
mesmo tendo uma conta gratuita você tem acesso a vários recursos interessantes como:
compartilhar a tela do seu dispositivo com os demais participantes, comunicar-se por chat
de bate-papo, usar um quadro branco para fazer anotações, enviar arquivos como fotos ou
documentos e gravar a videochamada.

Dica do Professor: Conheça o serviço Zoom (link).

WhatsApp
Aplicativo de mensagens mais usado no Brasil, o Whatsapp também possibilita a
criação de uma sala de reunião de videochamadas em grupo com até 50 pessoas. Ele
possibilita convidar os amigos pelo próprio WhatsApp, por meio de um link direto enviado no
chat do app, tudo isso através de uma integração com o Messenger Rooms. Para isso basta
seguir os seguintes passos (A TARDE, 2020):
1) Abra uma conversa privada ou em grupo no WhatsApp e toque em "+" — ou no
clipe, no caso do Android. Selecione a opção "Sala" e clique em "Entrar no Messenger";
2) Vá em "Atividade da Sala" e defina o assunto da conversa;
3) Toque em "Criar sala como..." para finalizar. Para convidar os amigos, toque no
botão "Enviar link no WhatsApp". Uma mensagem automática com um link de convite será
adicionada ao WhatsApp. Envie o link para os convidados e aguarde eles entrarem na sua
sala.
4) Para entrar, basta tocar no link recebido no WhatsApp e selecionar a opção
"Participar". A partir daí, basta confirmar o login no botão "Entrar como..." e iniciar a
videochamada.

Dica do Professor: Conheça o serviço WhatsApp (link).

Messenger
O Messenger é o serviço para a troca de mensagens no Facebook e tem uma versão
bem completa para celulares. Assim como o WhatsApp, outro serviço do Facebook que
oferece o recurso de videochamada é o Messenger. É possível juntar até 50 pessoas em
uma chamada de vídeo em grupo nesse aplicativo. Como muitas pessoas já têm conta na
rede social, fica mais fácil de encontrar os contatos.

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Plataforma +IFMG

Dica do Professor: Conheça o serviço Messenger no


(link).

Jitsi
Jitsi (anteriormente SIP Communicator) é uma aplicação software livre e de código
aberto multiplataforma para voz (VOIP), videoconferência e mensageiro instantâneo para
GNU/Linux, Windows e Mac OS X e Android. Ele suporta muitos protocolos populares de
mensageiros instantâneos e de telefonia, incluindo clientes da Web, Android e iOS. O Jitsi
também opera o meet.jit.si, uma versão do Jitsi Meet hospedada pelo Jitsi para uso gratuito
da comunidade.
O Jitsi Meet, um aplicativo para Android e iOS, é mais uma opção para quem procura
fazer videoconferências. Destaca-se pela segurança de suas chamadas: em um sistema
parecido com o WhatsApp, é usada a criptografia de ponta-a-ponta, na qual apenas as
pessoas presentes tem acesso ao conteúdo.
Outro fator de destaque da plataforma é a possibilidade de criar e entrar em chamadas
sem precisar de cadastro. Apenas o acesso ao link gerado, que pode ser protegido por
senha, é necessário.

Dica do Professor: Conheça o serviço Jitsi (link).

2.3.6 Armazenamento de arquivos em nuvem

Armazenar arquivos em nuvem é uma tecnologia que permite que o usuário de


internet guarde todos os seus dados em um servidor online. Funciona como um pen drive,
só que em vez de carregar os arquivos por aí, sujeito a perder seus arquivos, eles ficam
armazenados em servidores de internet. Assim é possível armazenar, editar, compartilhar e
excluir arquivos, documentos, fotos, vídeos, contatos e aplicativos livremente, desde que
tenha acesso à internet e seu servidor seja seguro. Isso pode ser feito de qualquer lugar de
distância e a qualquer hora do dia, desde que haja internet para uso.

Dropbox
O Dropbox é um dos mais antigos programas de armazenamento na nuvem
disponíveis para o usuário final, tendo se tornado muito popular numa época em que Google
Drive e Apple iCloud ainda não existiam (o Microsoft OneDrive, antes se chamava SkyDrive).
O plano gratuito oferece apenas 2 GB de espaço de armazenamento, mas é possível
ganhar 500 MB adicionais para cada novo usuário que você conseguir convencer a se
inscrever, através de links de convite.

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Dica do Professor: Conheça melhor o serviço Dropbox


(link).

Mega
O Mega (Cloud Storage) foi lançado em 2013 pelo polêmico Kim Dotcom e oferece
opções para contas Grátis e Pro. Para quem deseja ter espaço no serviço de nuvem sem
pagar nada, o link oferece até 50 GB, e é simples fazer sua conta gratuita.
O Mega oferece uma criptografia rígida que coloca o usuário no controle. A forma de
acesso é dada pela senha pessoal do internauta e não há interferências do serviço. A ideia
é preservar a privacidade do usuário ao máximo e funciona em suporte de criptografia end-
to-end, pelo navegador. Prova disso é que se o usuário esquecer o código, o Mega não
poderá restabelecer o acesso à conta, e todos os dados serão congelados.
Para manter a segurança, não há recurso de recuperação de senha simples, como
as utilizadas por e-mail ou SMS no telefone. A única forma de recuperar o acesso, caso
realmente não se lembre do código, é exportando e guardando no PC uma chave mestra,
enquanto ainda estiver logado. Com esse registro pessoal será possível modificar a senha
padrão e acessar novamente sua conta, com todos os dados intactos.

Dica do Professor: Conheça mais do serviço Mega


(link).

Google Drive
O Google Drive é a plataforma de armazenamento em nuvem gratuita do Google.
Parte integral de diversos apps e serviços da empresa, o Drive oferece 15 GB de espaço
grátis para que o usuário guarde o que quiser nos servidores e acesse remotamente em
qualquer PC ou smartphone com conexão com a Internet. A ferramenta também facilita o
trabalho colaborativo à distância, oferece mecanismos de backup automático de dados e a
possibilidade de contratação de espaço extra.
A ferramenta é um elemento compulsório de toda a conta do Google, já que o usuário
automaticamente tem direito a usar 15 GB de espaço no serviço de forma completamente
gratuita. Entretanto, parte desse total pode ser consumida com o armazenamento de seus
e-mails e outros dados que fazem parte do seu uso de serviços do Google. Caso os 15 GB
gratuitos se tornem escassos, é possível contratar planos pagos que aumentam bastante a
quantidade de espaço no Drive.
Além de guardar arquivos na nuvem, o Google Drive agrega algumas funcionalidades
extras. Uma das mais importantes é a de backup automático: é possível instalar o app no
seu dispositivo e configurar pastas e arquivos para serem sempre atualizadas na nuvem, de
forma a garantir a persistência dos seus arquivos mesmo que algo aconteça com seu
computador ou celular.

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Plataforma +IFMG

Dica do Professor: Conheça o serviço Google Drive


(link).

iCloud Drive
iCloud é um sistema de armazenamento em nuvem desenvolvido pela Apple Inc. O
serviço oferece aos usuários maneiras de armazenar dados como, documentos, fotos e
músicas em servidores remotos para serem baixados em dispositivos iOS, macOS e
Windows. O sistema permite que os usuários compartilhem seu emails, contatos, marcações
no calendário, documentos iWork e localizar o seu dispositivo iOS ou MacBook. Disponível
apenas para usuários dos produtos Apple, como iPhone, iPad e iMac.

Dica do Professor: Conheça o serviço iCloud (link).

Onedrive
Diferente do iCloud Drive, da Apple, o OneDrive é multiplataforma. Ou seja, pode ser
usado em quase qualquer dispositivo, até aparelhos da Apple. Faz parte dos produtos da
Microsoft, e geralmente já vem integrado ao pacote Microsoft Office e ao Windows.
A versão para navegador permite fazer upload de vários arquivos e pastas de uma
vez e também criar documentos diretamente da web usando apps do Office Online.
Para quem usa Windows 10, o OneDrive envia arquivos pouco usados para a nuvem
quando o computador tem pouco espaço de armazenamento, liberando espaço no disco.
Conforme o armazenamento aumenta no computador, os arquivos são baixados novamente.

Dica do Professor: Conheça o serviço One Drive (link).

2.4 Thembi e a tecnologia

Thembi estava agora entendo a proposta de Johara. Ele não deveria se cobrar um
conhecimento que não tinha. Poderia, ao contrário, assumir o papel de aprendiz na sua
relação com os estudantes naquilo que se referia à tecnologia. E estava tudo bem com essa
postura. Isso não iria afastá-lo de sua figura de professor, mas ajudaria a compreender a
tecnologia como algo em constante atualização e poderia assim ensinar aos estudantes
outras habilidades. Ele ainda precisaria estudar cada uma das ferramentas que quisesse

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utilizar, mas poderia fazer isso junto com os estudantes. Esse aprendizado, embora óbvio
depois, colocou um pouco mais de sentido nas palavras de Paulo Freire: “Ninguém educa
ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo
mundo." - Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra. 1981.

Mídia digital: Chegando ao final do curso, vá até a sala


virtual e veja uma discussão sobre o vídeo curta-
metragem “Vida Curvada”, criado pelo diretor e roteirista
chinês Xie Chenglin que satiriza nosso vício em
smartphones. Será que estamos caminhando para algo
assim?

Dica do professor: Leia o trabalho “Tecnologia na


educação, tecnologia para a educação: um texto em
construção” da pesquisadora Margarete Axt, disponível
na biblioteca do curso (download).

Atividade: Para concluir o curso e gerar o seu


certificado, vá até a sala virtual e responda ao
Questionário “Avaliação geral”.
Este teste é constituído por 10 perguntas de múltipla
escolha, que se baseiam neste curso e no texto acima,
de Margarete Axt.

Este é o fim do nosso curso. Pode ser que você esperasse mais dele. Isso quer dizer
que você pode contribuir conosco, indo até o formulário de sugestões do curso e dizendo
isso pra gente. Pode ser também que você ficou satisfeito com o curso, o que nos motiva a
continuar desenvolvendo conteúdo pra você.

Aliás, dá uma olhada na página de cursos da Plataforma +IFMG. Lá você irá encontrar
outros cursos na área de Tecnologias e Educação, assim como várias outras áreas de seu
interesse. Vale a pena se dedicar um pouco pra aprender ainda mais!

Parabéns pela conclusão do curso. Foi um prazer tê-lo conosco!

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Referências

A TARDE. WhatsApp permite chamada de vídeo com até 50 pessoas. A Tarde UOL.
Salvador. 20 jun. 2020. Disponível em: <http://atarde.uol.com.br/digital/noticias/2130738-
whatsapp-permite-chamada-de-video-com-ate-50-pessoas>. Acesso em: 11 nov. 2020.
ALMEIDA, M. E. B. de. Educação e tecnologias no Brasil e em Portugal em três momentos
de sua história. Educação, Formação & Tecnologias - ISSN 1646-933X, Lisboa, v. 1, n.
1, p. 23-26, mai. 2008. Disponível em: <https://eft.educom.pt/index.php/eft/article/view/19>.
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Londrina: Universidade Estadual de Londrina (UEL), 2017. Disponível em:
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quisa%20do%20CEMAD/TECNOLOGIA%20NA%20EDUCACAO%20CONTEXTO%20HIS
TORICO%20PAPEL%20E%20DIVERSIDADE.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2020.
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DOI: 10.5935/2179-0027.20190054 Disponível em: <https://doi.org/10.5935/2179-
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SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria. Dependência virtual – um problema crescente
#MENOS VÍDEOS #MAIS SAÚDE – Manual de Orientação. São Paulo: SBP. Grupo de
Trabalho Saúde na Era Digital, 2020. 13 p. Disponível em:
<https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22496c-MO_-
_DepVirtual__MenosVideos__MaisSaude.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2020.
___________. Uso saudável de telas, tecnologias e mídias nas creches, berçários e
escolas – Manual de Orientação. São Paulo: SBP. Departamentos Científicos de
Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento e de Saúde Escolar. 2019. 5 p. Disponível
em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/21511d-MO_-
_UsoSaudavel_TelasTecnolMidias_na_SaudeEscolar.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2020.
___________. #MENOS TELAS #MAIS SAÚDE – Manual de Orientação. São Paulo:
SBP. Grupo de Trabalho Saúde na Era Digital. 2019. 11 p. Disponível em:
<https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22246c-ManOrient_-
__MenosTelas__MaisSaude.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2020.

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40
STALLMAN, Richard. Free software foundation (fsf). In: RALSTON, A; REILLY, E. D.;
HEMMENDINGER, D. Encyclopedia of Computer Science. GBR: John Wiley and Sons,
2003. p. 732-733.

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Currículo dos autores

Bruno da Fonseca Gonçalves: Licenciado e Mestre em Física pela


Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), Especialista em Ensino
de Ciências por Investigação pela Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) e em Gerenciamento Estratégico de Projetos pela Universidade
FUMEC. Atua como professor de física no ensino médio e superior,
desenvolve projetos de extensão na área de divulgação e formação científica
e tecnológica. Atualmente é Professor do Ensino Básico, Técnico e
Tecnológico do Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Avançado
Itabirito.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5041577291358551

Mateus Coelho Silva: Engenheiro de Controle e automação pela Universidade


Federal de Minas Gerais (UFMG), Mestre em Ciência da Computação pela
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) onde também é doutorando. Atua
como professor no ensino médio e superior. Desenvolve pesquisa na área de
sistemas embarcados, com ênfase em sistemas ciber-físicos, computação de
borda, computação vestível, robótica, IoT e Indústria 4.0. Atualmente é Professor
Substituto do Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Avançado Itabirito.

Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8847164671735636

Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão

Bruno da Fonseca Gonçalves e Luiz Augusto Ferreira de


11/12/2020 21/01/2021 1.0
Mateus Coelho Silva Campos Viana

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Glossário de códigos QR (Quick Response)

Atenção
Mídia digital Texto complementar
Apresentação do “Smartphone como
curso ferramenta
pedagógica”

Atenção Atenção
Texto complementar Texto complementar
“Uso de Smartphones “O uso do celular em
na Educação” sala de aula”

Dica do professor Dica do professor


Google Sala de Aula Microsoft Teams

Dica do professor Dica do professor


Moodle para Khan Academy
Professores

Dica do professor Dica do professor


Questões Enem EBC Projeto Ágatha

Dica do professor Dica do professor


Super Professor Formulários Google

Dica do professor Dica do professor


Minha Prova Editor de Texto
Coletivo

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Dica do professor Dica do professor
Plataforma Corais Documentos Google

Dica do professor Dica do professor


Microsoft Office 365 Google Meet

Dica do professor Dica do professor


Zoom WhatsApp

Dica do professor Dica do professor


Messenger Jitsi

Dica do professor Dica do professor


Dropbox Mega

Dica do professor Dica do professor


Google Drive iCloud

Dica do professor Mídia digital


One Drive Conversa sobre
“Vida Curvada”

Atenção Atenção
Texto complementar Texto complementar
“Tecnologia na “Storylling”
Educação”

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Plataforma +IFMG
Formação Inicial e Continuada EaD

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de


2020 concentrou seus esforços na criação do Programa
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG cumprir
seu papel na oferta de uma educação pública, de qualidade e
cada vez mais acessível.
Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe
multidisciplinar, contando com especialistas em educação,
web design, design instrucional, programação, revisão de
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais.
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos
setores institucionais e também com a imprescindível
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de
atuação.
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex adquiriu
estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de iluminação e
isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG.
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem,
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos.
Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado.

O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você!

Professor Carlos Bernardes Rosa Jr.


Pró-Reitor de Extensão do IFMG

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Características deste livro:
Formato: A4
Tipologia: Arial e Capriola.
E-book:
1ª. Edição
Formato digital

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