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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

ANDRÉ BERTOLLO FERREIRA

AMBIENTES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: VISÕES E


POSSÍVEIS MELHORIAS PARA DOCENTES

VITÓRIA-ES

2023
ANDRÉ BERTOLLO FERREIRA

AMBIENTES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: VISÕES E


POSSÍVEIS MELHORIAS PARA DOCENTES

Monografia apresentada à Coordenadoria do


Curso de Pós-graduação Lato Sensu em
Informática na Educação do Instituto Federal do
Espírito Santo, Centro de Referência em
Formação e em Educação a Distância, como
requisito parcial para a obtenção do título de
Especialista em Informática na Educação.

Orientador: Prof. Dra. Márcia de Freitas Vieira

VITÓRIA-ES

2023
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pela minha vida, e por me permitir ultrapassar todos os obs-
táculos encontrados ao longo da realização deste trabalho.

Aos amigos, que sempre estiveram ao meu lado, pela amizade incondicional e pelo
apoio demonstrado ao longo de todo o período de tempo em que me dediquei a este
trabalho.

Aos professores, pelas correções e ensinamentos que me permitiram apresentar um


melhor desempenho no meu processo de formação profissional ao longo do curso.
RESUMO

Este trabalho visa refletir sobre os possíveis impactos do uso das Tecnologias
Digitais nos modelos de aprendizagem no ensino a distância (EAD), em um tempo
de pandemia de covid-19, tendo como público-alvo a educação básica. A
metodologia utilizada foi à Revisão Sistemática de Literatura (RSL) a partir da
plataforma acadêmica Google Scholar, com busca de artigos publicados nos últimos
cinco anos em língua portuguesa. Constatamos que as principais dificuldades
enfrentadas pelos docentes e discentes para trabalhar o ensino remoto foram: falta
de ponto de aula, falta de interatividade, falta de comunicação entre alunos e
docentes. Após a mitigação das dificuldades encontradas pelos atores, a utilização
de ferramentas para produção de aulas com vídeos, áudio e interação entre os
estudantes se tornou mais eficiente e eficaz.

Palavras-chave: Ensino a distância (EaD). Salas Virtuais de Aprendizagem.


Tecnologia. Pandemia.
ABSTRACT

This work aims to reflect on the possible impacts of the use of Digital Technologies
on learning models in distance learning (EAD), in a time of the covid-19 pandemic,
with basic education as its target audience. The methodology used was the System-
atic Literature Review (RSL) from the academic platform Google Scholar, with a
search for articles published in the last five years in Portuguese. We found that the
main difficulties faced by teachers and students to work with remote teaching were:
lack of a classroom, lack of interactivity, lack of communication between students and
teachers. After mitigating the difficulties encountered by the actors, the use of tools to
produce classes with videos, audio and interaction between students became more
efficient and effective.

Keywords: Distance learning (EaD). Virtual Learning Rooms. Technology. Pande-

mic.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 7

2 REFERENCIAL TEORICO ................................................................................. 10

2.1 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)............................. 10

2.2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ................................................................................ 11

2.3 SALAS VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM. .......................................................... 15

3 ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ...................................................................... 18

3.1 ESTRATÉGIA DE BUSCA .................................................................................. 18

3.2 AVALIAÇÃO DOS ESTUDOS PARA SEREM UTILIZADOS NA RSL ................ 19

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 22

4.1 FALHAS E DIFICULDADES NOS ATUAIS AMBIENTES VIRTUAIS DE


APRENDIZAGEM PARA PROFESSOR/TUTOR ...................................................... 23

4.2 POSSÍVEIS MELHORIAS NOS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM


PARA ESTE NOVO MODO DE ENSINO-APRENDIZAGEM .................................... 26

4.3 FORMAÇÃO DOCENTE PARA UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS


NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM .................................................. 28

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 30

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32

APENDICE A - ARTIGOS INCLUSOS NO TRABALHO PROPOSTO ..................... 38


7

1 INTRODUÇÃO

Há tempos vem se discutindo sobre a importância do uso da Tecnologia da


Informação e Comunicação na educação e no processo de aprendizagem do ser
humano, em qualquer etapa da vida, seja na infância, adolescência, fase adulta ou
na terceira idade.

A educação a distância (EaD) possui inúmeros conceitos sendo estes propagados


por vários autores, definida como uma modalidade não presencial, ou seja, aqueles
em que alunos e professores não compartilham de um mesmo espaço físico ao
mesmo tempo. Vergara (2007, p. 2) complementa o conceito enfatizando que “a
separação física entre professor e aluno é mediada por algum recurso impresso,
mecânico ou eletrônico, que pode facilitar a interação”.

Levando em consideração o agravamento da pandemia de COVID-19 e sua


prolongada duração e como as escolas não puderam interromper completamente
suas atividades, o MEC, através da portaria MEC 544 de 2020, estabeleceu que as
aulas neste ano em questão acontecessem de forma remota, com o uso de TICs e
recursos digitais, que perdurou por todo o ano letivo de 2020. Estabeleceu-se assim,
o Ensino Remoto Emergencial (ERE) que consiste na utilização de estratégias
didáticas e pedagógicas para diminuir os impactos das medidas de isolamento social
sobre a aprendizagem. Essas medidas podem ser mediadas por tecnologias ou não
e ajudam a manter os vínculos intelectuais e emocionais dos estudantes e da
comunidade escolar durante a pandemia.

Neste contexto, foram empregadas tecnologias digitais como os Ambientes Virtuais


de Aprendizagem (AVA), o Moodle e o Google Classroom, que possibilitaram aos
docentes ministrarem suas aulas de forma remota e a distância (GONÇALVES,
2020), resultando disso o não acompanhamento total da aprendizagem pelos
discentes, tendo em vista o não acompanhamento in loco pelos professores quando
os discentes se encontram em sala de aula.pode ser favorável às mudanças, caso
contrário, ele pode ser avesso aos mesmos benefícios.
8

Para Lévy (1999), o professor deve ser motivado a ser o incentivador de uma
equipe, buscar talentos e inteligências, trocar ideias e saberes, e não somente ser
um transmissor de conhecimentos. Com isto posto, as tecnologias permitem que o
professor saia desse lugar de disseminador e passe a ser mediador de
conhecimentos. Para Sommer (2001), o professor deve estar preparado para
ensinar a partir da realidade de quem está educando e ainda entender toda essa
nova prática de ensino e estudo gerada pelas novas tecnologias, isso soa muito
utópico, pois na escola pública, onde existem salas com 35 a 40 alunos, a
diversidade de realidades é muito grande, inviabilizando, do meu ponto de vista,
essa prática.

A utilização de tecnologias na educação ainda não é bem desenvolvida e


estruturada, existem problemas de infraestrutura e o despreparo de muitos
professores/tutores. Tais apontamentos refletem diretamente numa utilização menos
produtiva das tecnologias (BRAGA, 2018; THADEI, 2018).

O cenário de pandemia remeteu a problemas já existentes na educação e fez com


que fossem acentuados. Esses problemas foram descritos por Martins (2020),
apontando a redução das condições de trabalho, qualidade do processo de ensino,
aprendizagem, desenvolvimento de práticas pedagógicas para o estudante, dentre
outros.

Levando isso em consideração, Dos Santos Duarte, Rondini e Pedro (2020) afirmam
que os professores/tutores precisam reorganizar e reaprender uma nova modalidade
de ensinar e redesenhar as aulas que ministravam no ambiente físico para aulas
remotas.

Não longe disso, é notória que a inclusão tecnológica e digital nas escolas ainda
esteja bem aquém da realidade educacional, pois se faz notar lacunas sobre o
processo da capacitação na área da educação e capacitação para lidar com as
novas tecnologias, pois hodiernamente isso ainda não acontece (BRAGA, 2018;
THADEI, 2018).
9

Neste sentido, a questão norteadora deste estudo é a seguinte: Quais as


dificuldades percebidas pelos docentes e discentes durante o uso da educação a
distância no período pandêmico, quais as possíveis melhorias e capacitações
necessárias para melhor utilização dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem no
processo educacional?

Assim sendo, o objetivo geral desta pesquisa é analisar as dificuldades percebidas


pelos docentes durante o ensino remoto, assim como as possíveis melhorias e
capacitações necessárias para melhor utilização dos Ambientes Virtuais de
Aprendizagem no processo educacional.

Este estudo de revisão da literatura tem como objetivos específicos:


 Identificar as falhas e possíveis melhorias nos atuais Ambientes
Virtuais de Aprendizagem (AVA);
 Identificar as dificuldades dos docentes nos atuais Ambientes Virtuais
de Aprendizagem e possíveis formas de solucioná-las;
 Identificar as capacitações necessárias aos docentes para um
entendimento mais amplo das novas tecnologias e como utilizá-las no
processo educacional.

Para o alcance dos objetivos, foi adotada como metodologia de pesquisa a Revisão
Sistemática da Literatura que visa identificar os estudos publicados sobre a temática.
10

2 REFERENCIAL TEORICO

2.1 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)

Tecnologia da Informação e Comunicação, ou simplesmente TIC, teve seu


surgimento usado como expressão no final da década de 90 no Reino Unido e foi
sendo divulgada no mundo com a ajuda da expansão da internet. Logo com a
evolução tecnológica, surgiram novas tecnologias, que se propagaram pelo mundo
como formas de difusão de conhecimento e facilitaram a comunicação entre as
pessoas, independentemente de distâncias geográficas (RODRIGUES et al, 2014).

Mendes (2008) define Tecnologia da Informação e Comunicação como um conjunto


de recursos tecnológicos que quando integrados entre si, proporcionam a
automação e/ou a comunicação nos processos existentes nos negócios, no ensino e
na pesquisa científica, etc. Já Laurindo et al. (2001) define as TIC como um conjunto
diversificado de ferramentas e recursos tecnológicos utilizados para comunicação,
criação, disseminação, armazenamento e gerenciamento da informação e do
conhecimento.

Segundo Lévy (1993), novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo


elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. Tais maneiras tornam
as relações entre os homens mais simples e acessíveis a todos, promovendo a
integração cultural e a troca de conhecimento com pessoas do mundo todo. A
velocidade com que as informações percorrem o mundo atualmente era inimaginável
há algumas décadas. Muitos estudiosos relatam que a evolução da tecnologia de
informação e comunicação se deve à libertação social das minorias na sociedade.
Na atualidade, qualquer pessoa pode publicar ou divulgar a sua opinião sobre
determinado assunto e, em poucos segundos, ganhar milhares de seguidores.

Ainda de acordo com o autor acima:

Poucas inovações tecnológicas provocaram tantas mudanças em tão


pouco tempo na sociedade como as novas tecnologias de informação e
comunicação –TIC. Dentro dessas mudanças está incluída a educação.
Novas maneiras de pensar e conviver estão sendo elaboradas no
mundo das telecomunicações e da informática. Lévy (1998, p. 24)
11

A sociedade está passando por transformações e adaptações oriundas das


mudanças das práticas sociais surgidas com as Tecnologias da Informação e
Comunicação e, com isso, a educação também vem mudando (COLL, MONEREO,
2010). Nesse cenário, novas abordagens, modelos de aprendizagem, ferramentas
didáticas, espaços de aprendizagem, e objetivos educacionais se configuram
refletindo essas mudanças (NEVES, 2014).

É notório que a Tecnologia da Informação e Comunicação representa ainda um


avanço na Educação a Distância. Não obstante, com o avanço do tempo e,
logicamente, das tecnologias, com isso possibilitou a atualização de Ambientes
Virtuais de Aprendizagem (AVA) cada vez mais atuais. Com o advento destas salas
virtuais, os alunos têm a possibilidade de se relacionar, trocando informações e
experiências. Por outro lado, os professores e/ou tutores têm a possibilidade de
realizar trabalhos em grupos, debates, fóruns, dentre outras formas de tornar a
aprendizagem mais significativa mais dinâmica e menos tradicional, fazendo com
que o aluno não fique preso a matéria e ou ensino formal. Nesse sentido, a gestão
do próprio conhecimento depende da infraestrutura e da vontade de cada indivíduo,
mas às vezes isso não é possível, pois o mesmo não detém dos recursos
financeiros e neste caso o poder publico deveria atuar.

Em um mundo permeado por tecnologia, ainda convivemos com uma educação que
usa as TIC como algo exótico, excepcional (DE CASTRO NEVES, 2009). O grande
marco para a educação foi a introdução dos microcomputadores em ambientes
educacionais, deste modo possibilitando aos discentes mais uma alternativa na
busca pelo conhecimento. Outro ponto importante foi a troca de informações
culturais em ambientes educacionais.

2.2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Educação a Distância é uma forma de ensino e aprendizagem mediada por tecnolo-


gias que permitem a professores e estudantes estarem em ambientes físicos dife-
12

rentes enquanto ensinam e aprendem (BELLONI, 2008; MOORE, KEARSLEY,


2007).

“A Educação a Distância (EaD) é uma estratégia desenvolvida por sistemas educati-


vos para oferecer Educação a setores ou grupos da população que, por razões di-
versas, têm dificuldade de acesso a serviços educativos regulares” (GONZALEZ,
2005, p. 33) e segundo Moran (2002), é uma modalidade de ensino e aprendizagem
em que professores e estudantes não estão necessariamente juntos fisicamente,
mas podem estar conectados, interligados por tecnologias como a Internet, embora
também possam ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o telefone e
tecnologias semelhantes.

Com base na definição acima, observa-se que a EaD propicia a criação de um novo
ambiente educacional, em que o aluno precisa ser um indivíduo capaz de
mostrar autonomia e comprometimento com a aquisição de conhecimento,
estimulando, dessa forma, o processo ensino-aprendizagem. Nessa modalidade de
ensino, o professor é visto como um colaborador, o qual contribui com a educação
do aluno, compartilhando informações por meio de ferramentas tecnológicas.

Masetto (2000, p.142) ressalta a importância do professor no processo de mediação


pedagógica: “o professor se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador
da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o
aprendiz e sua aprendizagem”.

De acordo com Pelissoli e Loyolla (2004, p. 2), a independência de tempo e lugar


favorece a aprendizagem, pois a atual necessidade de locomoção dos
profissionais e a crescente necessidade de sua capacitação tornam importante
a criação de mecanismos que possibilitem ao estudante continuar a
aprender mesmo estando fora da instituição de ensino.

Para Bottentuit Júnior e Coutinho (2007, p. 01), a cada dia mais pessoas
estudam em casa, podendo, de lá, aceder ao ciberespaço da formação e
da aprendizagem a distância, buscar fora da escola a informação disponível
13

nas redes de computadores e em serviços disponibilizados pela internet, que


respondem as suas exigências pessoais de conhecimento.

Na visão de Mattar e Maia (2007, p. 6), a EaD é “uma modalidade de educação em


que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza
diversas tecnologias de comunicação.” Nessa definição, os autores destacam três
pontos: separação no espaço, separação no tempo e planejamento. Em relação à
separação no espaço, estudante e professor ou estudante e estudante não estão
presentes no mesmo lugar, como no ensino presencial; isto é, estão separados
fisicamente. Em relação à separação temporal, as atividades desenvolvidas podem
ser síncronas, quando professores e estudantes necessitam estar conectados na
mesma hora, por meio de chats, videoconferências e plataformas virtuais, ou
assíncronas, quando professores e estudantes estão separados no tempo.

O termo ENSINO está mais ligado às atividades de treinamento,


adestramento, instrução. Já o termo EDUCAÇÃO refere-se à prática
educativa e ao processo ensino-aprendizagem que leva o aluno a aprender
a aprender, a saber pensar, criar, inovar, construir conhecimentos, participar
ativamente de seu próprio conhecimento (LANDIM, 1997,p. 10).

Na citação acima, Landim (1997) afirma ainda que a EaD pressupõe a combinação
de tecnologias, sejam as convencionais e as modernas que possibilitam com isso o
estudo individual ou em grupo, nos locais de trabalho ou fora, por meio de métodos
de orientação e tutoria à distância, contando com atividades presenciais específicas,
como reuniões do grupo para estudo e avaliação.

Gonçalves (1996, p. 13) afirma que.

“quando incluída no ensino a distância, a presencialidade tem sua função


revista, bem como a frequência, os objetivos e a forma das situações
presenciais de contato dos alunos entre si e dos alunos com aqueles que os
apoiam ao longo do processo de aprendizagem.”

Percebe-se, nessa concepção, a importância do uso das TIC e da mediação do


professor no processo de ensino-aprendizagem, isto é, existe a noção de educação
como um processo colaborativo, bilateral (professor-estudante e estudante-
estudante) e significativo, pois o estudante é visto como construtor do seu próprio
conhecimento, através de uma participação ativa. Além disso, Landim (1997) prevê
encontros presenciais para estudo em grupo e avaliação, coadunando-se com o que
14

preconiza o Art. 1º do Decreto nº 5.622 de 2005, citado mais abaixo, em relação a


momentos presenciais.

Em relação a esses momentos presenciais, ou seja, a presencialidade na


modalidade presencial, em cursos regulares de qualquer nível, professores e
educandos se encontram sempre num local físico (a sala de aula); enquanto que no
ensino a distância ou parte da aula é presencial e parte das atividades é
desenvolvida virtualmente ou essa presencialidade não ocorre, ou seja, a
aprendizagem é mediada por tecnologias digitais.

Na expressão "ensino a distância” a ênfase é dada ao papel do professor (como


alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais
abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.

A educação a distância será parte natural do futuro da escola e da


universidade. Valerá ainda o uso do correio, mas parece definitivo que o
meio eletrônico dominará a cena. Para se falar em educação à distância é
mister superar o mero ensino e a mera ilustração. Talvez fosse o caso
distinguir os momentos, sem dicotomia. Ensino à distância é uma proposta
para socializar informação, transmitindo-a de maneira mais hábil possível.
Educação a distância, por sua vez, exige aprender a aprender, elaboração e
consequente avaliação. Pode até conferir diploma ou certificado, prevendo
momentos presenciais de avaliação (DEMO, 1994, p. 60).

Na visão de Ribeiro (2014, p. 10), “a EaD não constitui uma modalidade de ensino-
aprendizagem totalmente nova. Na verdade, o que o autor observa é a renovação do
conceito pelo emprego de tecnologias e pelo avanço da informática na educação”.
Nesse sentido, faz-se necessária uma redefinição da amplitude dessa modalidade
de ensino devido à introdução das Tecnologias de Informação e Comunicação na
EaD.

Ao longo da história, a EaD evoluiu, podendo ser caracterizada, segundo Moore e


Kearsley (2007), por cinco gerações diferentes:
1ª Geração: marcada pela comunicação textual, por meio de correspondência;
2ª Geração: ensino por rádio e televisão;
3ª Geração: caracterizada, principalmente, pela invenção das universidades
abertas;
15

4ª Geração: marcada pela interação a distância em tempo real, em cursos de


áudio e videoconferências;
5ª Geração: envolve o ensino e o aprendizado on-line, em classes e
universidades virtuais, baseadas em tecnologias da internet.

Desta forma Perry e Rumble (apud NUNES, 1994, p. 12) definem EaD como “[...]
uma comunicação de dupla via na medida em que o professor e o aluno não se
encontram na mesma sala, requisitando, assim, meios que possibilitam a
comunicação entre ambos [...]”.

O Decreto nº 5.622 de 2005, em seu Art. 1º, caracteriza a educação a distância


como:

Modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos


processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e
tecnologias de comunicação e informação, com estudantes e professores
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversas.

Nunes (1994) tenta explicar que a educação a distância seria uma via de mão dupla
de comunicação, logo, este tipo de educação se daria de uma forma em que o aluno
e o educador não se encontram.

2.3 SALAS VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM.

Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem ou, simplesmente AVA, são softwares


educacionais via internet com o objetivo de apoiar as atividades relacionadas à
educação à distância. Podemos utilizar estes Ambientes Virtuais de Aprendizagem
em várias frentes como as presenciais, semipresenciais e nas atividades a distância.
Conforme citado por Moraes (2002, p. 203), “em qualquer situação de
aprendizagem, a interação entre os participantes é de extrema importância”.

Geralmente os ambientes são desenvolvidos por instituições acadêmicas ou por


empresas privadas. Os mesmos ambientes fornecem aos participantes facilidades
durante a realização do curso. Podemos citar algumas como facilitar o
compartilhamento de materiais, promover fóruns de discussões, coletar atividades,
16

realizar provas, entre outras facilidades, ou seja, eles contribuem para um melhor
aproveitamento na modalidade de Educação a Distância.

Nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem o professor é o mediador do


conhecimento através de aulas interativas, tira dúvidas, fórum de discussões,
utilizando dispositivos conjuntivos, como fóruns, Wikis, chats, e dispositivos
emissivos, como vídeos, textos e slides. Levando em consideração tantas formas
de interação, os estudantes realizarão o seu autoestudo e o professor se torna um
elo de mediação entre o aluno que aprende e os conteúdos disponíveis a ele.

Santos e Okada (2003) descreve a aprendizagem com o auxílio do AVA da seguinte


maneira

A aprendizagem mediada pelo AVA pode permitir que através dos


recursos da digitalização várias fontes de informação e conhecimento
possam ser criadas e socializadas através de conteúdos apresentados
de forma hipertextual, mixada, multimídia, com recursos de simulações.
Além do acesso e possibilidades variadas de leituras o aprendiz que
interage com o conteúdo digital poderá também se comunicar com
outros sujeitos de forma síncrona e assíncrona em modalidades
variadas de interatividade: um-um e um-todos, comuns das mediações
estruturadas por suportes como os impressos, vídeos, rádios, TV, e
principalmente, todos-todos, própria do ciberespaço (2003, p.4).

Podemos observar que Santos e Okada (2003, p. 2) definem um AVA como “um
ambiente virtual é um espaço fecundo de significação onde seres humanos e objetos
técnicos interagem potencializando, assim, a construção de conhecimentos e apren-
dizagem”. Peters (2003) define um ambiente virtual de aprendizagem sendo formado
pela integração de diversos recursos que facilitam a interação professor-aprendiz, já
na visão de Pallof e Pratt (2002)

definem sucintamente AVA como um local virtual, no qual os alunos encontram seus
professores e colegas de turma em determinado curso.

Queiroz (2012, p.8) afirma que


“ ... com o surgimento do mundo virtual, o profissional de educação ampliou
suas ferramentas virtuais, dinamizando com elas a sala de aula. Vários
caminhos foram abertos para que se pudesse contextualizar o ensino-
aprendizagem a essas mudanças por que passa o mundo com as novas
tecnologias da informação e comunicação, sem que o professor, com isso,
17

se abdique de seu papel de orientador, sendo relevante para o processo


educacional respeitar a realidade social do aluno para que ele se sinta
aberto e sem medo para o acesso ao conhecimento científico. ...”
18

3 ESTRATÉGIA METODOLÓGICA

Para a obtenção dos objetivos esperados para este estudo, definiu-se uma
estratégia de revisão sistemática de literatura que consiste em identificar estudos já
publicados sobre esta temática tendo em vista questões bem definidas, que visam
identificar, selecionar, avaliar e sintetizar as evidências relevantes disponíveis sobre
este tema (GALVÃO; PEREIRA, 2014).

As revisões sistemáticas são consideradas estudos secundários, que têm nos


estudos primários sua fonte de dados. "Os pesquisadores precisam da Revisão
Sistemática de Literatura (RSL) para resumir os dados existentes, refinar hipóteses,
estimar tamanhos de amostra e ajudar a definir agendas de trabalho futuro
considerados como seus sujeitos" (MEDINA; PAILAQUILÉN, 2010, p. 7).

Segundo Morandi e Camargo (2015, p. 141), RSL é uma etapa fundamental da


condução de pesquisas cientificas e segue algumas etapas que o pesquisador
precisa entender e seguir para que o trabalho de revisão seja bem feito, tendo em
vista a minimização dos problemas que podem atrapalhar ou mesmo deturpar o
relatório final.

3.1 ESTRATÉGIA DE BUSCA

Tendo em vista os levantamentos realizados e na tentativa de buscar resposta para


as questões norteadoras deste estudo, foram definidas as seguintes subquestões de
pesquisa:
Q1: Quais as falhas e/ou dificuldades nos atuais ambientes virtuais de
aprendizagem (AVA) para professores/tutores?
Q2: Quais as possíveis melhorias nos ambientes virtuais de aprendizagem para
este novo modo de ensino-aprendizagem?
Q3: Quais as capacitações/formação necessárias ao professor para um
entendimento mais amplo das tecnologias digitais e melhor utilizá-las no processo
de ensino e aprendizagem?
19

Neste estudo, a fonte de busca escolhido foi o portal do Google acadêmico,


acessado a partir de link https://scholar.google.com.br/.

A busca foi realizada em duas etapas. A primeira etapa envolveu a seleção de estu-
dos publicados no Google Acadêmico (Google Scholar) na data de 23 de janeiro de
2023. Foram pesquisados trabalhos a partir do ano de 2020 até o ano corrente e foi
utilizada a seguinte string de busca (“COVID-19” OR “PANDEMIA”) AND (“AVA” OR
“AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM”) AND ("EDUCACAO” OR “ENSINO').
A busca resultou aproximadamente 2.140 publicações com assuntos relacionados
em seus títulos ou palavras-chaves, como demonstrados no quadro 01.

Quadro 01 – Publicações em anos

Ano da Publicação do Resultados encontrados Google


trabalho por ano de publicação

2020 934

2021 400

2022 799

2023 07

Total de Publicações 2.140

Fonte: dados elaborados pelo (2023)

Após a realização da busca, foi realizada a análise em todas as publicações e então


aplicada os critérios de inclusão e exclusão apresentados no decorrer deste
trabalho.

3.2 AVALIAÇÃO DOS ESTUDOS PARA SEREM UTILIZADOS NA RSL

Para análise das publicações, levaram-se em consideração as palavras-chaves, o


título e os resumos. Foram aplicados os seguintes critérios de inclusão e exclusão.

Critérios de Inclusão:
1. O trabalho apresenta no seu título, palavras-chave ou resumo, experiências no
ensino remoto no período da pandemia de COVID-19.
20

2. O trabalho apresenta sugestão de melhorias nos ambientes virtuais de


aprendizagem
3. O trabalho apresenta dificuldades existentes nos atuais ambientes virtuais de
aprendizagem (AVA) para professores/tutores.

Critérios de Exclusão:
1. Trabalhos que não permitiram visualização.
2. O trabalho não foi publicado no Brasil, não abrange o Brasil.
3. Trabalhos duplicados.
4. Artigo sem publicação em revistas científica.
5. Trabalhos que não abrangem o tema proposta neste estudo.

Após a aplicação dos critérios em todas as 2.140 publicações, resultaram em 25


estudos como demonstrado no quadro 02.

Quadro 02 – Resultado da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão.

Fonte da Publicações Incluídos Excluídos Estudos pré-


Pesquisa encontradas selecionados

Google 2.140 25 2115 25


acadêmico

Total 2.140 25 2115 25

Fonte: dados elaborados pelo autor (2023)

Ao serem aplicados os critérios de exclusão, 28 publicações não permitiam sua


visualização, 17 publicações não foram publicadas no Brasil ou não abrange o
Brasil, 430 publicações duplicadas, 26 artigos não tiveram publicação em revistas
cientificas e 1614 publicações não abrangiam o tema em estudo, conforme
demonstrado no Gráfico 01 abaixo.
21

Gráfico 01 –- Critérios de Exclusão.

Criterios de Exclusão
Trabalhos que não
1% permitirem
1%
visualização.
21% O trabalho não foi
1% publicado no Brasil ou
não abrange o Brasil.
76% Trabalhos duplicados.

Artigo sem publicação


em revista cientifica.

Fonte: dados elaborados pelo autor (2023)

Os trabalhos selecionados para serem utilizados neste estudo encontram-se listados


e devidamente apresentados no Apêndice A.
22

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Observou-se que resultam 05 trabalhos publicados em 2020, 15 publicados no ano


de 2021 e 05 publicados no ano de 2022, todos em língua portuguesa com
publicações em mais de uma revista científica, inclusive fora do país. Desta forma,
entende-se que o interesse acadêmico-científico cresceu de forma exponencial
conforme a pandemia se acentuava nos anos subsequentes.

Outro dado interessante é que ao procurarmos nos artigos selecionados pelas


palavras da string de busca encontramos o seguinte resultado demonstrado no
Gráfico 02.

Gráfico 02 – Palavras-chave no título na string de busca

18
16
14
12
Artigos

10
8
6
4
2
0
Ambiente
Virtual de
AVA Pandemia COVID Educação Ensino
Apredeza
gem
Palavras chaves 0 2 16 8 8 16

Fonte: dados elaborados pelo autor (2023)

Para melhor discussão dos resultados, as questões da pesquisa foram elencadas


em categorias, como demonstradas no Quadro 03.
23

Quadro 03 – Categorias do estudo

Categoria Descrição Questões

1 Quais as falhas e/ou dificuldades nos atuais Q1


ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) para
professore/tutores?

2 Quais melhorias nos ambientes virtuais de Q2


aprendizagem podem ser implantadas em um
futuro próximo para este novo modo de ensino-
aprendizagem?

3 Quais as capacitações/formações necessárias ao Q3


professor para um entendimento mais amplo das
tecnologias digitais e melhor utilizá-las no processo
de ensino e aprendizagem ?

Fonte: dados elaborados pelo autor (2023)

4.1 FALHAS E DIFICULDADES NOS ATUAIS AMBIENTES VIRTUAIS DE


APRENDIZAGEM PARA PROFESSOR/TUTOR

Dos 25 artigos, 19 apontam dificuldades na visão dos docentes acerca de como lidar
com os ambientes virtuais de aprendizagem atuais, ou seja, temos uma amostragem
de 76% no que tange as dificuldades técnicas e pedagógicas na utilização dos
ambientes virtuais de aprendizagem conforme apontada por Dos Santos et al (2020).
De Freitas Vieira, Da Silva (2020), corroborando com Cani et al. (2020), citou a falta
de estrutura tecnológica das escolas e a falta de formação dos professores e alunos
para um uso crítico das tecnologias. A partir do início da pandemia, Barreto e Rocha
(2020) apontam a dificuldade dos professores na promoção do ensino remoto devido
à ausência de competência digital.

Neste sentido Caldas e Silva (2021) relatam que alguns professores tiveram
dificuldades com o planejamento das aulas e de encontrar os métodos de ensino
adequados para as aulas online, pois seu repertório existente de conhecimentos
tecnológicos se revelou insuficiente, causando níveis elevados de estresse.
24

A maioria das abras lidas identificaram as mesmas dificuldades docentes no ensino


remoto, dentre as quais, as mais destacadas foram:
 A falta de internet para o uso do AVA;
 A falta de periféricos de computação básica para o acompanhamento das
aulas via AVA, ou para suas posteriores gravações;
 A falta de capacitação inicial aos docentes para que os mesmos
conseguissem ministrar aulas a distância com qualidade;
 A falta de suporte humano que pode ser entendida como a falta de pessoas
com quem contar quando tiveram um problema ou dúvidas.
 Dificuldade dos alunos de encontrar o local para anexar a postagem das
tarefas realizadas e de responder às questões propostas pelos professores
mentores, nos fóruns de discussão.

O baixo nível de interatividade por parte dos alunos e a solidão das aulas aparecem
como problemas comuns entre os docentes como apontados por Rovadosky e
Agostini (2021). Outro desafio apontado foi como marcar a presença de cada aluno
em sala, como fazer a lista de presença em um ensino remoto, conforme apontado
por Rodrigues et al. (2020).

Contudo, a dificuldade mais apontada é a falta de recurso tecnológico para as


escolas e as famílias que não estavam preparadas para uma mudança tão abrupta
como esta, conforme citada pelos autores demonstrados no Quadro 04.
25

Quadro 04 – Autores que apontaram a dificuldade de falta de recurso tecnológico

Autores Ano

Junior et al. 2020

Dos Santos, Bortoluzzi, Ghisleni 2020

Dos Santos 2020

De Freitas Varia, Da Silva. 2020

Vieira, Cardoso, Da Silva 2021

Caldas e Silva 2021

Coelho, De Campos Viana. 2021

Almeida, Cardos e Silveira. 2021

Da Fonseca et al 2021

Júnior et al 2021

Dos Santos et al. 2022

Total de Publicações 11

Fonte: dados elaborados pelo autor (2023)

Santos, de Deus, Marques, Gonçalves, Pinheiro e Rocha (2022). 44% dos artigos
relataram esta dificuldade.

Como já relatado anteriormente, a falta de interação entre o docente e o discente faz


com que os docentes enfrentem severas dificuldades ao captar a atenção dos
discentes. Muitas vezes, por não haver contato presencial entre os envolvidos, se
torna difícil para o docente ter a opinião em tempo real dos alunos, sendo comum
não haver nem mesmo imagem dos estudantes, e seu envolvimento ficam limitado
ao microfone ou chat escrito, a aula expositiva se torna um monólogo digital
(SANTOS, 2020).

Estas dificuldades encontradas por docentes e discentes referente aos AVA ocorrem
muito em decorrência da forma abrupta com que se deu esta alteração no modo de
ensino, com as escolas fechadas por causa da pandemia. É possível verificar
também que estas dificuldades com o tempo vão sendo mitigadas. Tanto os
26

professores quanto as escolas, de uma forma em geral, vêm resolvendo os


problemas que lhe são pertinentes, pois esta se tornou, atualmente, a única
alternativa para construir a educação partindo de uma nova metodologia no período
pandêmico.

Dentre os problemas e limitações identificadas, destacam-se a falta de energia


elétrica, o não acesso a internet para acompanhar as aulas e o material impresso
para os alunos sem computador. Cabe ressaltar que o material impresso era
disponibilizado muitas vezes na casa do aluno, dificultando desta forma a
disseminação da pandemia de covid-19

Foram relatados ainda que as ferramentas como o AVA tivessem limitações como,
por exemplo, a falta da folha de presença e a falta de interatividade entre todos,
alunos e professores, no ambiente, problemas que foram sendo sanados ou
mitigados com tempo e com as melhorias nas plataformas de ensino.

Apesar dos problemas, o ensino remoto trouxe algumas vantagens como o uso de
jogos educacionais didáticos, a possibilidade de deixar as aulas gravadas para
visualização de materiais didáticos no formato digital. Vantagens como essas
permitiram ao professor ministrar a aula de qualquer lugar do mundo, e ao aluno
assisti-la, desde que houvesse internet, é claro.

4.2 POSSÍVEIS MELHORIAS NOS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM


PARA ESTE NOVO MODO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Dos 25 artigos, somente 05 relatam melhorias, ou seja, 20% deles. Dos Santos,
Bortoluzzi, Ghisleni (2020) reflete sobre a necessidade da melhoria de infraestrutura
das escolas, para que possam se adequar a uma nova realidade mesmo após o
retorno presencial às aulas é uma realidade.

Segundo os autores, alguns trechos do seu artigo um caso que comoveu o país
como um todo, foi do menor de idade de nome Arthur, de 15 anos, e do seu irmão,
27

os quais moram no interior do Pará. Para assistirem às aulas e realizarem as


atividades precisam ficar sentados no alto de uma árvore, visto que, lá em cima, foi o
único lugar que encontraram para captar o sinal da internet melhor (Fantástico,
2021). Com o propósito de se colocar em prática o Ensino Remoto Emergencial
(ERE), foi necessária uma adequação das escolas, dos professores e dos
estudantes. Outro ponto citado é a desigualdade entre as instituições no que se
refere as tecnologias e a pandemia agravou este processo ,pois tivemos que nos
adaptar a essa nova modalidade de ensino, que se fez necessária devido ao

distanciamento social imposto para diminuir a circulação das pessoas e evitar o


agravamento da pandemia.

Dos Santos et al. (2022) tratam especificamente sobre as melhorias na formação de


professores. Segundo os autores, não mais se admite uma condução de ensino sob
uma perspectiva tradicional devendo assim haver uma quebra de paradigma,
tornando assim o professor, juntamente com o aluno, sujeitos ativos neste novo
modelo.

Dos Santos (2022) corroborando com Dos Santos et al. (2020), e Dos Santos,
Bortoluzzi, Ghisleni (2020), apontam a necessidade de melhorias em escolas e no
modelo de ensino aprendizagem, mas não nas melhorias no ambiente virtual, o que
corrobora com nossa ideia de que os artigos ainda não estão voltados para as
melhorias nas plataformas, mas sim, em mitiga-las para que os alunos não percam
mais do que já perderam sem aulas presenciais, já que as mesmas foram
impossibilitadas.

Ainda que as opiniões dos professores sejam pertinentes, a participação dos alunos
afeta diretamente a dinâmica da aula. Os maiores interessados em aprender com as
novas experiências são os estudantes. No entanto, existe uma tendência à
acomodação por parte destes, uma vez que a aula costuma vir pronta para ser
transmitida e ouvida pelo aluno.

Podemos apontar três melhorias básicas que são essenciais para um melhor
aproveitamento do ensino a distância sendo elas as seguintes: uma melhor
28

infraestrutura tecnológica, ou seja, melhor estrutura e capacidade de disponibilizar


internet na porta das casas ou qualquer local que tem como fim a educação,
periféricos, computadores, laptops ou qualquer interface onde se possa lecionar ou
assistir aulas com preços mais baixos para pessoas de baixa renda e internet tanto
para escolas, docentes e discentes, como apontam Rodrigues et al. (2020), Oliveira
(2020) e Dos Santos, Bortoluzzi, Ghisleni (2020).

4.3 FORMAÇÃO DOCENTE PARA UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO


PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Dos 25 artigos, 09 apresentam alguma informação sobre capacitação e formação


docente. Observa-se que a forma de abordagem para a capacitação continuada
ficou aquém da esperada. A grande maioria mostra o ponto fraco da falta de
capacitação, mas não abordam sobre os cursos possíveis. Como explica Barros et
al. (2021) a era digital conclama à inserção de novas tecnologias, contribuindo
significativamente para o processo ensino-aprendizagem. Contudo, isso demanda
mais preparo, dedicação e tempo. Dessa forma, a ausência de um planejamento
sério e comprometido com uma inclusão que pense em estratégias para preparar o
educador para atuar nesse tempo, contribui para a precarização do trabalho
docente. As novas demandas e diferentes metodologias de ensino acabaram
sobrecarregando o professor, deixando o mesmo exposto a maiores exigências e
desafios que requerem abertura às descobertas e às novas formas de aprendizagem
sem um mínimo de capacitação no início da pandemia, oferecido pelas escolas e
centros profissionalizantes.

Dos Santos, Bortoluzzi, Ghisleni (2020) defendem que ficou clara a necessidade de
cursos de formação continuada para aqueles profissionais que já estão atuando em
sala de aula, para que eles possam não apenas conhecer as ferramentas, mas
também fazer uso delas e aprender novas formas de ensinar através dos recursos
tecnológicos. Precisamos pensar, igualmente, em cursos que visem promover a
capacitação digital para os nossos estudantes, a fim de que muitos busquem dar os
primeiros passos no mundo da tecnologia e que os processos de formação
continuada precisam estar contextualizados com a atuação profissional, sendo
considerado o protagonismo docente nessas ações. Bem como, devem incentivar
29

posturas mais abertas, dialógicas e emancipatórias nos processos que envolvem o


ensino e a aprendizagem, a fim de descentralizar os saberes nesta nova realidade
digital que permeia o ambiente escolar como já descrito por Beraldo e Maciel (2016).

Nesse cenário, a capacitação visa oferecer e viabilizar condições para que o


professor consiga planejar, desenvolver e programar o curso on-line de maneira que
seja possível manter a qualidade em ambiente virtual (HODGES et al., 2020).

O que se observa é que a capacitação está diretamente ligada à forma como o


professor se porta diante das novas tendências, sendo necessário que ofereça aos
discentes opções de capacitação para sua atualização de forma continuada em
época de pandemia ou não, deixado com os docentes alinhados, animados e
capacitados para continuar e lecionar de forma coerente para sua satisfação,
eficácia e eficiência no ato de educar.

E com a tendência de aparecimento de novas tecnológicas e/ou atualizações das já


existentes, com um docente bem capacitado, quem sairá ganhando é a sociedade
num todo, uma vez que tudo acaba desembocando no contexto social.

Constatamos que a falta de capacitação foi um entrave no período da pandemia


tanto para alunos como para professores e que esta capacitação deve ser
continuada, pois afinal as tecnologias se reinventam rapidamente.
30

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste estudo, verificou-se os impactos do ensino remoto no processo de


aprendizagem dos estudantes da educação básica no período analisado, bem como
as dificuldades encontradas pelos docentes no que tange ao uso de tecnologias.
Muitos não estavam familiarizados, tampouco foram capacitados e que, até aquele
momento, não estavam preparados para tal função. Isso se aplica a todos os atores
envolvidos neste modelo, ou seja, discentes, docentes e toda a comunidade escolar.

O período pandêmico do Covid-19 foi de grandes transformações para toda a


população mundial. Foram muitos meses de incertezas, medos e desafios
encontrados e superados. Para as escolas não foi diferente, de certa forma, elas
foram muito afetadas, bem como todos seus integrantes, já que em sua grande
maioria não estavam preparadas para oferecer um ensino remoto e seu público-alvo
não estava preparado para recebê-lo.

Houve efeitos perversos provenientes da adaptação imediata ao ensino remoto, no


qual, denota-se o baixo aprendizado, influenciado por uma série de fatores externos,
tal como a ausência de comunicação em todos os sentidos entre professores,
ausência de contato direto, de grande relevância para o processo de ensino-
aprendizagem e, sobretudo, a falta de atenção, corroborada pelo ambiente familiar,
fomentando um comodismo, poluição sonora, constantes interrupções, além de
cansaço para estudar ou até mesmo ensinar.

Este “despreparo” e estes efeitos nefastos se deram também porque as escolas não
tinham infraestrutura tecnológica e nem os docentes possuíam as habilidades para
este novo método de ensino-aprendizagem que os foram impostos de forma tão
repentina e abrupta. O que dizer dos alunos que não tinham em suas casas, na
grande maioria, a estrutura tecnológica e/ou familiar necessária para estudar e
aprender remotamente.

Algumas vantagens do ensino remoto também são trazidas pelos autores como a
liberdade maior no horário destinado aos estudos, um ensino mais ativo por parte
31

dos estudantes e diversos aprendizados relacionados ao uso das tecnologias


educacionais, que por conta da transição tiveram que aprender repentinamente a
utilizar sistemas de videoconferência, como Google Meet, Skype, Google Classroom,
Zoom, plataforma Moodle, Microsoft Teams e Google Chat.

Constatou-se que, os docentes e toda a comunidade escolar, tanto no meio privado


como quanto no publico, conseguiram, mesmo que por duras penas, continuar com
as aulas, adotando o ensino remoto com suas ferramentas disponíveis, apesar dos
docentes e dos alunos não terem, na maioria das vezes, os meios necessários nem
as capacitações para ministrar aulas nestas plataformas.

Espera-se com essa pesquisa, dar subsídios para novos estudos relacionados ao
tema, principalmente envolvendo novas tecnologias e educação, ressaltando seus
diferentes aspectos, de forma presencial e/ou remota. O que podemos observar é
que todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem se superam para
entregar uma educação cada vez com mais qualidade para seu público-alvo. Os
estudos deixam claro que os envolvidos não mediram esforços para tornar cada vez
mais prazerosa o ensino na época de pandemia.
32

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VIEIRA, Jamerson Lopes; CARDOSO, Camila de Nazaré Araújo; DA SILVA, Evaldo


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e470101321329-e470101321329, 2021.
38

APENDICE A - ARTIGOS INCLUSOS NO TRABALHO PROPOSTO

Título Autores Ano Tipo Metodologia Revista


Educação em tempos de pandemia: DE OLIVEIRA MENEZES, Revista Brasileira
Revisão sistemá-
aspectos afetivos e sociais no proces- Suzy Kamylla; FRANCISCO, 2020 Artigo de Informática na
tica da literatura
so de ensino e aprendizagem Deise Juliana Educação – RBIE

Possibilidades e dificuldades na utili-


RevistaNovas
zação do Google sala de aula: um DOS SANTOS, Marcileni et Estudo de caso,
2020 Artigo Tecnologias na
estudo de caso em uma escola pública al pesquisa aplicada
Educação
brasileira

Pesquisa de
natureza qualitati-
Educação à distância, ensino remoto e va do tipo biblio-
as novas tecnologias de informação e RODRIGUES, Leôncio gráfico com revi- Research, Society
2020 Artigo
comunicação educacionais em um Gonçalves et al são de literatura and Development
cenário de pré e pós-pandemia. em materiais já
publicados modo
online.

Trabalho docente em tempos de covid- BRANCO, Juliana Cordeiro Pesquisa biblio- Revista de Edu-
19: EaD e educação remota emergen- Soares; NEVES, Inajara de 2020 Artigo gráfica e docu- cação, Ciência e
cial Salles Viana mental Cultura

Condições de trabalho docente e a Revisão de litera-


defesa da escola pública: fragilidades OLIVEIRA Dalila Andrade 2020 Artigo tura e de dados Revista USP
evidenciadas pela pandemia estatísticos

A educação no contexto da pandemia DE FREITAS VIEIRA, Már- Revista Brasileira


Revisão sistemá-
de covid-19: uma revisão sistemática cia; DA SILVA, Carlos Ma- 2020 Artigo de Informática na
tica
de literatura nuel Seco Educação – RBIE

Ambiente virtual de aprendizagem:


Pesquisa qualita-
importância das habilidades tecnológi- Brazilian Journal
JUNIOR, Cecilio Argolo et al 2021 Artigo tiva, descritiva e
cas em tempos de pandemia da covid- of Development
explicativa
19

Precarização do trabalho docente: Revisão bibliográ-


BARROS, Claudia Cristiane Ensino em Pers-
reflexões em tempos de pandemia e 2021 Artigo fica de documen-
Andrade et al pectivas
pós pandemia tos e de estudos

Precarização do Trabalho Docente:


SOUSA, Socorro de Maria Trata-se de um Research, Society
reflexões em tempos de pandemia e 2021 Artigo
Rodrigues et al estudo reflexivo and Development
pós pandemia

Ensino remoto e educação a distância: ROVADOSKY, Diogo Nel-


Estudo sistemáti-
algumas definições importantes para son; AGOSTINI, Camila 2021 Artigo Revista EducEaD
co e lógico
aplicação em tempos de pandemia Chiodi.

Ravista Saber
Percepção dos docentes sobre o
A pesquisa ex- Humano - Revis-
processo de ensino e aprendizagem JUNIOR, Florisvaldo Cunha
2021 Artigo ploratória, quali- ta Científica da
nas aulas remotas na pandemia da Cavalcante et al
tativa Faculdade Anto-
covid-19
nio Meneghetti

O ensino remoto em tempos de pan- VIEIRA, Jamerson Lopes;


Questionários Research, Society
demia: reflexões sobre a prática do- CARDOSO, Camila de 2021 Artigo
google on-line and Development
cente Nazaré Araújo; DA SILVA
39

Título Autores Ano Tipo Metodologia Revista


CARDOSO, Milena Jansen
Formação continuada de professores Revista Brasileira
Cutrim; ALMEIDA, Gil Revisão Sistemá-
para uso de tecnologias da informação 2021 Artigo de Informática na
Derlan Silva; SILVEIRA, tica de Literatura
e comunicação (tic) no Brasil Educação – RBIE
Thiago Coelho

Revista Ibero-
Desafios encontrados pela docência DE BARROS LIMA, Hommel Americana de
Revisão bibliográ-
no ensino remoto diante da pandemia: Almeida; DA MOTA NETO, 2021 Artigo Humanidades,
fica
uma revisão bibliográfica Ivaldo Barbosa Ciências e Educa-
ção- REASE

As vozes de alunos do ensino médio


acerca do ensino remoto emergencial: DA FONSECA, Gabriel Questionário Research, Society
2021 Artigo
possibilidades e desafios na aprendi- Cabral et al. online and Development
zagem

Revisão de literatura em ambiente Revista de Ensino


FIORI, Raquel; GOI, Mara Revisão sistemá-
virtual de aprendizagem no ensino 2021 Artigo de Ciências e
Elisângela Jappe tica
básico com uso de plataformas digitais Matemática

A escolarização do público-alvo da Revista Mimes-


RODRIGUES, Viviane;
educação especial em tempos de Revisão de ses - Educação,
CAVALANTE, Juliana 2021 Artigo
pandemia da covid-19: uma revisão de Literatura sociedade e
Vechetti Mantovani
literatura cultura

Modelos pedagógicos baseados em EAD em foco -


SILVA Ketia Kellen Araújo
competências digitais na educação a Estudo investiga- Resvista Cientifi-
da e BEHAR Patrícia Ale- 2021 Artigo
distância: revisão e análise teórica tivo ca de Educação
jandra
nacional e internacional a Distancia

Acesso aos recursos tecnológicos por


CALDAS, Calila Mireia; Revisão Integra- Psicologia, Edu-
professores na pandemia da covid-19: 2021 Artigo
SILVA, Joilson tiva de Literatura cação e Cultura
uma revisão integrativa de literatura

A percepção de docentes a respeito de


atividades não presenciais realizadas DE ALMEIDA ACCORDI, Questionario
2022 Artigo Revista Thema
durante o isolamento social causando Iury et al online
pela pandemia da covid-19

DOS SANTOS, Cristiane


Os desafios do ensino remoto nas Pesquisa biblio- Research, Society
Martins; BORTOLUZZI, 2022 Artigo
redes públicas de ensino gráfica and Development
Valeria Iensen; GHISLENI

Ensino remoto na pandemia da covid-


19 e os desafios e oportunidades na BERNARDIN, Janaina da Questionario Research, Society
2022 Artigo
visão de professores de escolas do Silva Costa et al online and Development
interior de mato grosso

O ensino híbrido e o trabalho pedagó- DOS SANTOS, Franck


Revisão de Litera- Revista educação
gico em tempos de pandemia: revisão Wirlen Quadros; DO NAS- 2022 Artigo
tura a Distancia
de literatura CIMENTO, Yuri Nascimento

O ensino remoto em cursos de forma-


DOS SANTOS, Jamara Revisão de Litera-
ção de professores: uma revisão de 2022 Artigo Conjecturas
Raquel et al tura
literatura

Fonte – dados elaborados pelo autor (2023)

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