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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI


CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA - CEAD
COORDENAÇÃO DO CURSO DE QUÍMICA-EAD

FLÁVIO ROGÉRIO DA SILVA

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES DAS TICS


NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE QUÍMICA

UNIÃO-PI
2022FLÁVIO ROGÉRIO DA SILVA
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES DAS TICS
NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE QUÍMICA

Artigo apresentado como requisito parcial


para aprovação na Disciplina TCC II, do
Curso de Licenciatura em Química na
modalidade EAD, da Universidade Federal do
Piauí – UFPI.
Orientador: Prof. Ms. Florisvaldo
Clementino Santos Filho.

UNIÃO-PI
2022
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES DAS TICS
NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE QUÍMICA

Flávio Rogério da Silva*


Florisvaldo Clementino Santos Filho**

RESUMO

A nova era tecnológica tem possibilitado que alunos e professores utilizem de vários
recursos dentro e fora de sala de aula, que tem possiilitado resultados benéficos no
ato de aprender e ensinar. É fato que essas tecnologias continuam a evoluir, com
aplicações convencionais, como recursos de pré-aula/laboratório sendo
complementados por inovações tecnológicas como a realidade imersiva. O trabalho
a seguir tem como objetivo geral analisar o papel das TICs na sala de aula e em
laboratórios de química, apontando seus benefícios e contribuições a partir de um
Relato de Experiência ocorrido durante o Estágio Supervisionado Obrigatório regido
pelas aulas remotas estabelecidas devido a pandemia da COVID-19. O trabalho foi
realizado por meio de um estudo bibliográfico de cunho, qualitativo, descritivo,
fazendo uso de livros, artigos, revistas digitais e materiais afins. Os resultados
obtidos mostraram que as novas tecnologias de informação têm mudado os
conceitos antigos de ensino, possibilitando tanto o aluno como o educador a
descobrir novas formas de aprender e de ensinar.

Palavras-Chave: Ensino de Química, TICs, Aulas Remotas, Aprendizagem.

1 Graduando em Química no centro de Educação Aberta e a Distância da UFPI-pólo União-PI. E-mail:


flaviorogerio_1985@hotmail.com
2 Mestre em Química pela UFSCar-SP e Professor do curso de Química do Centro de Educação Aberta e a
Distância da UFPI .E-mail: florisvaldosantos@ufpi.edu.br
AN EXPERIENCE REPORT ON THE CONTRIBUTIONS OF TICs IN THE
CHEMISTRY TEACHING AND LEARNING PROCESS

ABSTRACT

The new technological era has enabled students and teachers to use various
resources inside and outside the classroom, which has enabled beneficial results in
the act of learning and teaching. It is a fact that these technologies continue to
evolve, with mainstream applications such as pre-classroom/lab resources being
complemented by technological innovations such as immersive reality. The following
work has the general objective of analyzing the role of ICTs in the classroom and in
chemistry laboratories, pointing out their benefits and contributions based on an
Experience Report that took place during the Mandatory Supervised Internship
governed by the remote classes established due to the COVID-19 pandemic.
COVID-19. The work was carried out through a bibliographical, qualitative,
descriptive study, making use of books, articles, digital magazines and similar
materials. The obtained results showed that the new information technologies have
changed the old teaching concepts, enabling both the student and the educator to
discover new ways of learning and teaching.

Keywords: Teaching Chemistry, ICTs, Remote Classes, Learning.

1 Graduando em Química no centro de Educação Aberta e a Distância da UFPI-pólo União-PI. E-mail:


flaviorogerio_1985@hotmail.com
2 Mestre em Química pela UFSCar-SP e Professor do curso de Química do Centro de Educação Aberta e a
Distância da UFPI .E-mail: florisvaldosantos@ufpi.edu.br
1. INTRODUÇÃO

A tecnologia tem sido utilizada em sala de aula desde o século XIX.


Inicialmente dispositivos como o retroprojetor (1930) foram considerados avanços
significativos em tecnologias mais tradicionais, como o quadro-negro (1890), o lápis
(1900) e a caneta esferográfica (1940). Mais recentemente, avanços rápidos na
computação revolucionaram a forma como a tecnologia é implementada para
permitir o aprendizado. Quanto à presença e o papel da tecnologia na educação, é
necessário ressaltar que o computador é uma ferramenta que representa essa
tecnologia, está presente nas escolas na maioria das escolas, e é utilizado para fins
administrativos, de pesquisa e pedagógico (POSSETTI; MATSUMOT, 2013).
Com o advento da Internet e dos dispositivos inteligentes, o acesso à
informação é agora mais fácil do que nunca (KENSKI, 2013). Por exemplo, a
tecnologia de telefonia móvel tem uma penetração de 70% e a maioria do tráfego
mundial de internet é canalizado através de smartphones (PONTES, 2017). A
tecnologia agora presente na vida humana tem facilitado o acesso rápido à
informação e tem permitido abordagens alternativas no ensino aprimorando-o dentro
e fora de aula.
O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na disciplina
de Química vem ser utlizada como uma ferramenta que devem melhorar
aprendizagem dos alunos. Permitindo assim a comprenssão e aproximação na sala
de aula e a sociedade cada vez mais tecnológica. No caso das TICs na abordagem
na disciplina de Química, essa integração da tecnologia tem sido rápida e continua e
tem se expandido não só nesta disciplina como também em diversos aspectos da
educação. A ciência, que a envolve requer uma seleção apropriada e um nível
aceitável para que ela tenha benefício de forma a ser lançada para um determinado
grupo de alunos, o que de fato pode ser um desafio para quem à aplica (MOURA,
2012).
De tal modo, o trabalho aqui evidenciado tem por objetivo analisar o papel
TICs como ferramenta potencializadora de aprendizado em aulas de química a partir
de um relato de experiência na disciplina de Estágio Supervisionado Obrigatório. O
trabalho só foi possível através de coleta de dados utilizando uma metodologia
bibliográfica, de cunho qualitativo, fazendo uso de livros, artigos, revistas e materiais
afins.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A ORIGEM DAS TICs E SUAS CARACTERÍSTICAS

A implementação das TICs na educação foi para transformar o ensino e o


processo de aprendizagem do tradicional esforço instrucional centrado no professor
para uma abordagem centrada no aluno com a participação ativa do treinador do
aluno. No entanto, a eficácia da aprendizagem assistida por TICs depende muito da
capacidade dos professores de usar as ferramentas de forma adequada (TAVARES,
et al 2013).
Gomes (2017) insistiram que o processo de investir em ferramentas e
recursos de TIC sem financiar adequadamente o desenvolvimento profissional dos
professores também levará a um cenário de desperdício, pois os professores não
poderão usar esses instrumentos e recursos da maneira pretendida.
Pontes (2017) afirmou que o uso das TICs facilita permitir que os alunos
compartilhem, comuniquem e trabalhem de forma colaborativa a qualquer hora e em
qualquer lugar. Por exemplo, tecnologias como visualizações interativas,
ferramentas de conversão de texto em fala e simulações de computador podem
fornecer representações multimodais de informações, que suportam a compreensão
dos alunos da linguagem acadêmica em contexto específico e visualização de
conceitos e processos científicos complexos.
Em 2015, um relatório nacional realizado revelou que cerca de 49 % dos
professores primários aplicaram as TICs nas escolas primárias, 77 % dos
professores de química, 67 % dos professores de ciências e 49 % dos professores
de inglês afirmaram ter aplicado as TIC nas escolas secundárias. Embora essa
adoção em larga escala seja um fenômeno positivo, há um interesse crescente no
potencial dessa tecnologia em todo o mundo (BECTA, 2015).
Em um programa piloto conduzido por um provedor de tecnologia interativa
medindo o impacto da tecnologia interativa em estudantes de marketing
universitário, eles descobriram que 87% dos alunos relataram que eram mais
propensos a assistir às aulas, 72% dos alunos relataram que eram mais propensos a
participar, 61% dos alunos relataram que estavam mais focados na aula expositiva,
70% dos alunos relataram que melhoraram sua compreensão de conceitos
6
específicos e 63% dos alunos relataram que a aula foi mais divertida (TAVARES et
al , 2013).
Gomes (2017) descreve o uso de tecnologia interativa para participação de
perguntas de opinião e perguntas de múltipla escolha para medir o conhecimento
dos alunos sobre o material e determinar se a turma estava pronta para passar para
o próximo tópico.
Tavares et al, (2013) descrevem esse uso de tecnologia interativa como
rotinas de aprendizagem transformadoras, que incluem o acesso a recursos e
conteúdos avançados de aprendizagem, iniciando processos cognitivos que
aprimoram a aprendizagem (por exemplo, investigação ativa versus memorização) e
mudando os papéis do professor da entrega de conteúdo para facilitador ou
treinador de aprendizagem.
Ponte (2017), diz que “a realidade em que vivemos nos permite utilizar
tecnologias interativas, como o tablet ou o smartphone, para favorecer o
desenvolvimento da competência digital”. Nessa mesma linha, outros autores
indicaram que as principais tendências tecnológicas na educação eram os Estudos
Online, as Redes Sociais; o Aprendizado Online, o aprendizado Híbrido e
Colaborativo; a Sala de aula invertida, gamificação, e a realidade virtua, que de fato
é o que se vê nos dias atuais.
Desde a implementação das TICs nas escolas, ainda é possível observar
uma enorme lacuna na integração destas tecnologias nas salas de aula. Houve
poucos estudos neste campo, e a maioria dos estudos se concentrou apenas na
implementação de TIC e não, necessariamente, no seu desenvolvimento junto com
as partes envolvidas (BRASIL, 2018). Desde sua implementação, ainda são poucos
os estudos que exploram como os professores usam essas ferramentas na
transmissão da química aos alunos e o impacto que elas têm causado (MOURA,
2012).
Agora sobre a utiliização do computador, Mayer (2013) fez muitas pesquisas
para descobrir quais configurações seriam melhor para um aprendizado eficiente.
Ele introduziu a multimídia difundida teoria na qual ele identificou vários efeitos: a
efeito multimídia, o efeito de coerência, o efeito de contiguidade e o efeito de
personalização o que de fato possibilitou resultados realmente expressivos (MAYER,
2013).

7
Como qualquer outro uso da mídia, a metodologia utilizada para implementá-
la é crucial para uma aprendizagem bem-sucedida. O trabalho com o computador
tem que estar preparado e isso tem que ser acompanhado de tarefas. Após o
trabalho do computador, os resultados precisam ser discutidos (MEDINA, 2013).
Um exemplo acerca do assunto é a Teoria da Carga Cognitiva de Sweller
(1988) que dá uma explicação sobre por que os alunos com níveis acima da média
se beneficiam mais do aprendizado baseado em computador do que aqueles com
habilidades mais baixas. Isso tem importantes consequências para o design de
visualizações digitais.

2.2 O APRENDIZADO DA QUÍMICA NO PROCESSO COGNITIVO

Nas práticas de ensino tradicionais, há uma suposição básica subjacente de


que o conhecimento adquirido no passado pela humanidade deve ser transmitido
aos alunos como está. Assim, tradicionalmente, a aula expositiva tem sido o
principal meio para atingir esse objetivo e, consequentemente, os alunos têm
adotado uma atitude passiva, tanto física quanto cognitivamente. A tarefa de
aprender química nos níveis macroscópico, microscópico e simbólico exige que o
aluno faça uso de habilidades de pensamento verbais e não verbais específicas do
assunto, bem como altamente abstratas. Para ter sucesso nesta tarefa, os alunos
devem combinar o domínio do pensamento de transformar imagens e sensações
visuais com a interpretação de expressões linguísticas (MEDINA, 2013).
Um outro ponto a se considerar tem haver com a Gamificação em aulas de
química que podem potencializar a atividade neural e pode beneficiar alunos nas
atividades cognitivas. Salienta-se que a maior parte dos estudantes brasileiros tem
ou já teve algum contato jogos no decorrer de suas vidas, o que potencializa uma
adaptação mais rápida e um aprendizado benefico (FARDO, 2013).
A gamificação é um fenômeno emergente, que deriva diretamente da
popularização e popularidade dos games, e de suas capacidades intrínsecas de
motivar a ação, resolver problemas e potencializar aprendizagens nas mais diversas
áreas do conhecimento e da vida dos indivíduos (FARDO, 2013).
Segundo Fonseca (2008), a metacognição não proporcionará ao aluno
apenas a avaliação do conhecimento, mas o desenvolvimento de habilidades,
planejamento e comunicação, informações estruturadas e organizadas, buscando
8
entender o estilo e o perfil da mente, fortalecer as áreas que foram desenvolvidas e
criadas, e apoiar, encorajar e sustentar as áreas que precisam de atenção.
Em uma sala de aula “regular”, os professores tentam transformar o
conteúdo químico abstrato em uma forma ensinável, principalmente por meio de
explicações verbais acompanhadas de representações simbólicas paralelas do
conteúdo no quadro (LIMA, MOITA, 2011).
Os alunos devem simultaneamente prestar atenção às expressões verbais e
à entrada visual e, através da sua integração, dar-lhes sentido. Embora os
professores planejem as aulas para que o conteúdo faça sentido, na prática, eles
podem pressupor as habilidades linguísticas e de pensamento visual dos alunos,
bem como a forma como cada aluno as conecta por meio da visualização. A
compreensão visual é uma competência conceitual baseada em processos de
criação de sentido mediados verbalmente. No entanto, para alguns alunos, pode
existir uma lacuna entre as competências verbais e não verbais. Essas
competências representacionais são essenciais para atribuir o significado correto ao
conteúdo químico abstrato por meio da visualização, gerando modelos mentais
corretos, e não podem ser negligenciadas (LIMA, MOITA, 2011).
As abordagens de integração artística oferecem caminhos criativos para
dotar os alunos de estratégias de pensamento visual; eles encorajam processos de
investigação que apoiam a verbalização de imagens que podem ser de natureza
abstrata ou concreta. Portanto, as TICs vem a ser como forte aliado na
Aprendizagem de Quimica, tornando-se o ensino mais eficaz facilitanto á
comprenssão do conteúdo.

3. METODOLOGIA

A presente pesquisa foi realizada a partir de um Relato de Experiência na


disciplina de Estágio Supervisionado Obrigatório realizado durante a Pandemia da
COVID-19, onde o Ensino adotado pelas Instituições era a Modalidade Remota. O
estágio realizado foi na (inserir escola que realizou o Estágio) na cidade de União –
PI. A metodologia aplicada na abordagem foi a pesquisa bibliográfica em livros,
artigos, revistas e documentos relacionados que descrevessem uma abordagem
bibliográfica da temática das TICs no Ensino de Química na Escola.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A grande vontade de acabar com velhos hábitos e iniciar um novo processo


que assegure um forte comportamento iniciado no século XXI é um desenvolvimento
que nunca foi permitido em todas as estratégias sociais, pois, com a popularização e
o acesso ao ensino técnico, todos áreas foram passadas para se preocupar.
utilizando técnicas e métodos que sejam capazes de proporcionar novas
oportunidades de ensino que unam a comunicação direta entre os sistemas formal e
informal para proporcionar aos alunos uma educação pública de qualidade no
ambiente brasileiro (FORTE, 2019).
Segundo Campelo (2018), para implementar as demandas desta nova era, e
garantir as atitudes possíveis da educação mais desejada, são necessários todos os
esforços dos sujeitos envolvidos, tanto no campo técnico quanto no acadêmico. ,
trocando conhecimentos e informações, discussões, pensando, analisando,
interpretando para saber ler e escrever há muito esperado para acontecer, onde
ensinar e aprender são valorizados e provocam discentes coordenadores que
recebem críticas profundas, podendo agir de forma independente. sua aparição
como protagonista. Desenvolver formas de usar identidades TIC num domínio como
a Química significa rastrear links que confirmam a identidade e as expectativas
criadas por documentos como os Parâmetros Curriculares Nacionais, como os
Planos Nacionais de Educação e todos os outros que apresentam diretrizes para
afirmar o que é necessário a verdadeira face no ambiente brasileiro (FARAUM
JUNIOR, 2016).
Portanto, o Ensino de Química deve ter uma forma atrativa para que alunos
e professores precisem superar os desafios estabelecidos dentro e fora da sala de
aula, para que a apresentação do currículo com conteúdo e temas possa ser
aprimorada. as vezes, segundo a visão tradicional, foram desenvolvidas apenas pela
máquina a fim de preservar a memória, sem, na maioria das vezes, estabelecer
identidade com os problemas levantados no cotidiano de todos que estão sendo
atendidos (AMAMIKAZI; KUBOTA; AMIEL, 2016).
Dessa forma, o ensino de química, que se distribui por essas áreas, pode
favorecer o desenvolvimento do pensamento humano dos professores, tornando o
processo de ensino e aprendizagem claro, atrativo e divertido, além de proporcionar
maior participação de todos os envolvidos, levando-os a conhecer essa nova
10
realidade de aprendizagem, pesquisa e comunicação com o conhecimento que é
produzido (HONÓRIO; MACHADO, 2010). Segundo Honório, Machado (2010),
devido ao envolvimento entre professores e alunos dentro dessas escolas com
modelos importantes, o desenvolvimento de um ensino renovado trouxe um maior
comprometimento para atender às necessidades estabelecidas no século XXI, o que
fez com que os pesquisadores desse tema participar do fortalecimento dos pilares
que destacam o compartilhamento do conhecimento de forma plural.
Recomenda-se que o desenvolvimento de ambientes de aprendizagem
baseados em TIC e outros ambientes de aprendizagem seja feito de forma
sistemática, avaliando o método de pesquisa adequado para melhorar a
aprendizagem. O desenvolvimento baseado em pesquisa é importante porque assim
o desenvolvimento pode ser controlado e as organizações e os indivíduos
envolvidos no desenvolvimento podem aprender o máximo possível com o processo.
(PERNA, 2013).
Para Leite (2015), a tecnologia cria novas oportunidades para reestruturar a
relação entre alunos e professores e para rever a relação entre a escola ou o meio
social, ao dividir os espaços de criação de conhecimento, ao alterar os processos e
métodos de aprendizagem, permitindo a escola seja nova. diálogo com o indivíduo e
o mundo (LEITE, 2015) O uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs)
no campo da educação permite a elaboração de aulas interativas que permitem a
visualização de aulas reais por meio de vídeos e softwares, favorecendo a criação
de uma metodologia que foca na situação real dos alunos. Segundo Maldaner
(2006), o ensino de Química deve incluir um método que vise a construção e
reconstrução de conceitos científicos por meio de atividades que possam ter
significado para os alunos.

Gráfico 1: Utilização das tecnologias na escola

11
Fonte: Trabalho de pesquisa

O ensino de química era realizado de forma tradicional, utilizando apenas


recursos como: livro didático, pincel, giz ou quadro de acrílico tornou-se inviável,
pois a realidade tecnológica está presente todos os dias na vida dos alunos e isso
reflete muito no nível de ensino e aprendizagem dos alunos. A integração de
recursos técnicos entre o processo de ensino e aprendizagem, por meio do uso de
ferramentas digitais de comunicação e informação, de forma didática, pode contribuir
para a criação de um processo de aprendizagem mais interativo e que possibilite o
desenvolvimento de competências e habilidades dos alunos (KENSKI , 2013).
Desta forma, é importante que o professor conheça e saiba utilizar a
tecnologia como recursos didáticos para facilitar o processo de ensino, buscando
aproximar o conteúdo ministrado do dia a dia do aluno, pois esta pode ser uma
excelente estrutura para o desenvolvimento do curso. um método que fará maiores
conexões entre classe e mudança social. Por isso, é muito importante que o
professor crie condições de aprendizagem, não só na sala de aula, mas também
fora dela, e conduza as aulas de forma flexível, motivadora e criativa (DIAS &
CHAGAS, 2015).

Gráfico 2: Autores que defendem a contribuição das tecnologias da


informação nas aulas de química

12
4.4

2.8
2.4

1.8
D i as e C h agas, 2 0 1 5 L ei t e, 2 0 1 5 P er n a, 2 0 1 3 H o n ó ri o e Mac h ad o ,
2010

Valente, (1999), diz que a escola típica deve sair do lugar da nova e velha
escola, onde o professor se torna um agente motivador, o aluno se torna um agente
motivador e onde há integração completa com a família e a sociedade.

Diante do crescimento dos recursos digitais e do aumento do acesso à


informação e às diversas tecnologias de comunicação no campo da educação, a
escola se reinventa em relação aos métodos de disponibilização da informação e o
professor passa a ser o mediador e guia da aprendizagem. (PRETTO, 1996).
A importância da tecnologia na educação é surpreendente, pois o uso de
recursos tecnológicos digitais para fins educacionais pode ser um grande aliado no
estabelecimento do desempenho docente, podendo desenvolver competências
efetivas e a capacidade de desenvolver uma aprendizagem forte e inovadora para o
aluno. Segundo (RAMOS, 2003), o software educacional entra no contexto da
tecnologia educacional como um conjunto de recursos, métodos e programas
educacionais, que funcionam para facilitar o processo de ensino, tornando-se algo
que transforma. Os recursos tecnológicos vêm promovendo mudanças na forma de
ensinar e aprender na área de Química, ao aproximar o cotidiano dos alunos da
ciência da química. Segundo Santos (2011), as oportunidades de ensino por meio
da inovação das tecnologias digitais no ensino permitem a criação de conhecimento
de formas mais atrativas, de forma contextual e significativa, o que incentiva um
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aprendizado mais avançado do que os métodos tradicionais de ensino. livros
didáticos.

Gráfico 3: Recursos tecnológicos utilizados na escola

Fonte: trabalho de pesquisa

.
Também foi possível perceber que, quanto ao interesse dos alunos em sala
de aula em que a tecnologia é utilizada, todos os professores responderam que os
alunos demonstraram mais interesse pelo conteúdo que foi trabalhado.

Gráfico 4: A importância de aprender utilizando as TICs


10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Santos, 2011 Pretto, 1996 Valente, 1999 Kenski, 2013

Série 1 Série 2

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Fonte: Própria

Gráfico 5: Escolas com uso de TICs no Brasil

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/4645/infraestrutura-ainda-e-um-obstaculo-
para-o-uso-da-tecnologia-na-educacao

5. CONCLUSÃO

Através deste trabalho, conclui-se que a tecnologia utilizada para fins


educacionais/ensino aumenta as oportunidades para o professor ensinar e o aluno
aprender. Quando utilizada com sentido e critério, a tecnologia pode contribuir para
a geração de conhecimento e melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
Não há como discutir o fato de que os alunos precisam ser tecnologicamente
experientes e, como educadores, estes são responsáveis no processo de
preparação de alunos para faculdade e carreira para o século 21. Com uma ampla
variedade de aplicativos disponíveis ao alcance da população, os educadores
precisam determinar quais ferramentas estão mais alinhadas com o conteúdo que
aprimorará a pedagogia de seus alunos.
Os alunos também se adaptaram culturalmente ao mundo dos smartphones,
onde podem baixar um aplicativo para praticar uma habilidade química, desenhar e
girar moléculas, fazer mecanismos, etc.

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Embora existam muitas vantagens de usar essas ferramentas, o método
tradicional de papel e lápis não deve necessariamente ser descartado, até pelo fato
da escrita ser algo muito importante e necessária dentro das comunidades.
Em resumo, ao tentar incorporar a tecnologia nas aulas, os professores
devem considerar o conteúdo em mãos, o método pedagógico que melhor se
adequa ao ensino do conteúdo e a tecnologia que auxiliaria ou seria o mecanismo
de instrução para um determinado grupo de alunos. Como educadores, tais
profissionais devem se manter atualizados sobre o que acontece no mundo moderno
digital, a fim de transpor isso para as aulas que ministra, a fim de garantir cada vez
mais a eficiencia necessária para se construir uma sociedade com maior intelécto.
O professor deve querer saber que a aceitação de a tecnologia da
informação e comunicação no ambiente educacional tem implicações, para isso
suas práticas de ensino e práticas de aprendizagem levando ao compartilhamento
de informações.
Por meio das pesquisas realizadas acima, constatou-se, por meio de relatos
de professores, a importância da utilização das TIC para aumentar o interesse, a
participação e a motivação dos alunos, aprendizagem significativa e uma sala de
aula produtiva e dinâmica, para torná-lo problemático em conteúdo.
Utilizar a tecnologia de forma significativa, que traga resultados no sistema
de ensino e aprendizagem, a necessidade de treinamento e desenvolvimento de
professores em relação ao uso da tecnologia da informação e Comunicação.

16
17
6. REFERÊNCIA

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