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Professor Autor
Letícia Teixeira Mendes
Sadi Seabra da Silva Filho
Design Educacional
Deyvid Souza Nascimento
Renata Marques de Otero
Diagramação
Ana Cristina Jaeger
Coordenação
Manoel Vanderley dos Santos Neto
Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Terezinha Mônica Sinício Beltrão
Coordenação Geral
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Dezembro, 2016
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB
M538m
Mendes, Letícia Teixeira.
Projeto Mobiliário: Curso Técnico em Design de Interiores: Educação a distância / Letícia
Teixeira Mendes, Sadi Seabra da Silva Filho. – Recife: Secretaria Executiva de Educação
Profissional de Pernambuco, 2018.
56 p.: il.
1. Design de Interiores. 2. Design de Mobiliário. I. Mendes, Letícia Teixeira. II. Silva Filho,
Sadi Seabra da. III. Título.
CDU – 741.02
3
4.Competência 04 | Conceber o Projeto de Móveis Adequados à Realidade e às Necessidades do
Usuário e do Mercado ......................................................................................................................... 55
4.1 Necessidades biológicas ........................................................................................................................... 56
4.1.1 Conforto ambiental ............................................................................................................................... 56
4.1.2 Temperatura ......................................................................................................................................... 56
4.1.3 Qualidade do ar ..................................................................................................................................... 57
4.1.4 Luz ......................................................................................................................................................... 57
4.2 Briefing ..................................................................................................................................................... 58
4.3 Custos ....................................................................................................................................................... 61
4.3.1 Orçamentos ........................................................................................................................................... 63
Conclusão ............................................................................................................................................. 64
Referências ........................................................................................................................................... 65
Minicurrículo do Professor .................................................................................................................. 66
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Introdução
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Competência 01
6
Competência 01
plástico, ferro, etc. E, por último, do ponto de vista do ambiente em que ele está inserido. Vamos
analisar rapidamente cada um desses pontos de vista?
O autor Lucie-Smith (1997) classifica a maneira como os móveis podem ser analisados sob
quatro pontos de vista diferentes:
1. O primeiro ponto de vista pode ser visto como o mais comum, assim, podemos pensar nos
móveis relacionados à função. Por exemplo, existem móveis para sentar (cadeiras, bancos
ou poltronas); para apoiar coisas (mesas e estantes); que reclinam. Além disso, outros são
feitos para dormir (sofás e camas) ou para guardar coisas (armários e guarda-roupas).
3. O terceiro ponto de vista apresenta o aspecto tecnológico dos móveis. Sob essa ótica,
podemos refletir que há bem pouco tempo os móveis eram produzidos de forma artesanal
e a real revolução tecnológica atingiu a fabricação de móveis apenas recentemente, e ainda
está acontecendo. Por exemplo, podemos perceber no mercado que existem muitos
móveis ou objetos decorativos ainda produzidos artesanalmente em contraposição a
produtos que são desenvolvidos a partir de tecnologias digitais (Figura 1).
Como você pode observar na imagem abaixo, apresentamos um ambiente externo com
mobiliários que apresentam cores e formas pouco comuns. Na figura 1A, você verá a base
de uma mesa produzida a partir de brinquedos de criança!
4. O quarto ponto de vista se baseia no fato de que os móveis são utilizados para constituir
um espaço pessoal, onde o indivíduo escolheu viver. Sendo assim, transmitem a noção de
interior doméstico e são respostas das necessidades cotidianas.
Para saber mais sobre essa curiosa mesa apresentada na figura 1A, assista ao vídeo:
https://youtu.be/tDbr4WYgP3o
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Competência 01
Os reis franceses Luís XIV (1643-1715), Luís XV (1715-1774) e Luís XVI (1774-1792), além de
marcarem a história como três grandes monarcas que concentravam todos os poderes do
estado, fazem parte dela também como nomes de estilos de mobiliários característicos da
França que surgiram na época de seus reinados. A evolução dos móveis foi estimulada pela
criação de uma fábrica que produzia os móveis para a corte. As cadeiras eram feitas de acordo
com a posição social do usuário. Apenas o rei poderia ter braços nas cadeiras, que também
eram caracterizadas por ter um encosto alto.
Fonte: http://sobreosentar.blogspot.com.br/2008/06/lus-xiv-xv-e-xvi.html
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Competência 01
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Competência 01
10
Competência 01
Atividade:
Agora, vamos fazer um exercício rápido: analise os estilos dos diferentes reis e aponte
as diferenças em materiais, motivos decorativos, etc. Guarde esse material para que
ele funcione como um guia, caso você precise consultá-lo depois.
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Competência 01
O Art Noveau ou Arte Nova foi um movimento artístico que surgiu no final do século XIX,
na Bélgica, fora do contexto em que normalmente surgem as vanguardas artísticas. Vigorou entre
1880 e 1920, aproximadamente. Os móveis são entalhados com motivos de flores, folhas e animais.
As madeiras mais usadas foram o jacarandá, a imbuia e o mogno. Na arquitetura, o estilo Art Nouveau
teve a expressiva participação do arquiteto Gaudí. Como você pode observar na figura 6, são
apresentadas a Sagrada Família e uma escadaria no estilo Art Nouveau.
Figura 6 - Sagrada Família, obra arquitetônica de Antoni Gaudí e Escadaria e decoração no estilo Art Nouveau
Fonte: www.herancacultural.com.br/blog/2013/10/antoni-gaudi/ e https://arquitracobrasil.wordpress.com
Descrição: na figura 6A, a da esquerda, a igreja Sagrada Família, projetada pelo arquiteto Antoni Gaudí. Destacam-se
quatro grandes torres e a ornamentação da fachada desse monumento arquitetônico localizado em Barcelona, na
Espanha. Na figura 6B, apresenta-se uma escada com guarda-corpo em madeira e ferro. Além disso, destacam-se os
ornamentos no chão e na parede que caracterizam o estilo Art Noveau: flores e folhas.
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Competência 01
1.2.7 Biedermeier
O estilo Biedermeier surgiu como uma adaptação ao luxo exagerado do estilo império
francês, no entanto, apresenta características do estilo Neoclássico: móveis simples, robustos e
confortáveis. O nome vem de um personagem de Ludwig Eichrodt que representava a burguesia
alemã no começo do século XIX. Seu acabamento geralmente é feito com madeiras claras e tecidos
alegres nos estofamentos. Como você pode observar na figura 8 são apresentadas duas poltronas
com tecido listrado e liso.
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Competência 01
1.2.8 Bauhaus
A Bauhaus foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda na
Alemanha fundada pelo arquiteto Walter Gropius em 1919. O mundo passava por grandes mudanças
e os móveis produzidos por essa escola utilizavam matérias novos e inusitados, explorando ao limite
as características técnicas dos materiais. As peças deveriam ser funcionais, de baixo custo, produzidas
em massa e tudo isso apresentando uma linha artística bem definida com formas puras e lineares.
Como você pode observar na figura 9, são apresentadas duas poltronas produzidas em
aço e couro criadas na escola Bauhaus.
Figura 09 - Cadeiras Wassily, projetada por Marcel Breuer e Barcelona, de Mies Van de Rohe.
Fonte: http://bauhaus-belasartes.blogspot.com.br e www.equipamientointegraldeoficinas.com
Descrição: na figura 9A, apresenta-se a cadeira Wassily, projetada pelo arquiteto Marcel Breuer, com sua estrutura
composta por tubos cromados e assento e encosto de tiras de couro preto. Na figura 9B, apresenta-se a poltrona
Barcelona, projetada pelo arquiteto Mies Van de Rohe. Destaca-se a estrutura em aço cromado e almofadas para compor
o assento e encosto com capitonê em couro preto.
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Competência 01
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Competência 01
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Competência 01
Figura 13 - Cadeiras Preguiça e Paulistano, projetadas por Villanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha.
Fonte: www.tecto.com.br/Agenda/2010/10/01/Mostra-Os-Modernos-Brasileiros e https://futon-company.com.br/
Descrição: na figura 13A, a cadeira chamada Preguiça, projetada pelo arquiteto Villanova Artigas, com estrutura em
madeira escura e tiras de couro branco. Na figura 13B, apresenta-se a cadeira Paulistano, projetada pelo arquiteto Paulo
Mendes da Rocha, sua estrutura é produzida em aço tubular cromado e seu assento e encosto são constituídos por uma
única peça de couro marrom.
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Competência 01
As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro detiveram de 1930 a 1960 as maiores iniciativas
na modernização da mobília no Brasil. O arquiteto Oscar Niemeyer, durante a construção de Brasília,
convidou vários arquitetos e designers para projetarem os móveis, para os edifícios públicos, dentre
eles: Joaquim Tenreiro, Sérgio Rodrigues, Sérgio Bernardes e Bernardo Figueiredo (Figura 14).
Figura 14 - Cadeira de Três Pés, Poltrona Mole e Cadeira Rampa, de Joaquim Tenreiro, Sérgio Rodrigues
e Sérgio Bernardes respectivamente.
Fonte:http://tipografos.net/design/tenreiro.html ; www.bossame.com.br/sergio-rodrigues-o-eterno-designer/ e
https://legado arte.wordpress.com/tag/sergio-bernardes/
Descrição: na figura 14A a cadeira de três pés, projetada por Joaquim Tenreiro, em madeira, com assento e encosto com
detalhes de marchetaria. A figura 14B apresenta a poltrona Mole, criada por Sérgio Rodrigues, com estrutura em madeira
escura e tiras de couro que sustentam as grandes almofadas em couro que constituem o assento, encosto e apoio dos
braços. A figura 14C apresenta a Cadeira Rampa, projetada por Sérgio Bernardes em madeira e um material que sugere
uma rampa de transporte de produtos ao longo de uma linha de produção industrial.
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Competência 01
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Competência 01
Encerramos aqui o conteúdo da nossa primeira semana. Esperamos que você tenha
gostado de estudar sobre o significado do móvel, os diferentes estilos de mobiliário e aprender sobre
alguns designers brasileiros. Aproveite para ampliar seus conhecimentos acessando o site de alguns
arquitetos, designers de interiores e fabricantes de móveis para se inspirar:
www.campanas.com.br
www.rosenbaum.com.br/projetos/decora/
www.etelinteriores.com.br
www.joaquimtenreiro.com
www.starck.com/en/architecture/category/interiors
www.kartell.com/gb/onlinestore/ghost-family
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Competência 02
Quando pensamos em mobiliário de madeira nos dias atuais, é necessário entender que
esse material como é conhecido desde o princípio já não é o mesmo. Por essa razão, é importante
conhecer os produtos industrializados e suas características técnicas para desenvolver um projeto de
mobiliário.
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Competência 02
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Competência 02
23
Competência 02
Tabela 1
Fonte: www.guiadomarceneiro.com/?dir=mad_arq&gdm=reflorestamento.
A madeira maciça teve seu uso restrito a partir da metade do século XX devido a questões
ambientais ou de esgotamento de recursos, dessa forma, surgiram os painéis reconstruídos ou
madeira processada para substituição da madeira maciça.
Termos como exemplos OSB, MDF, MDP, AGLOMERADOS e outros comuns ao meio de
trabalho do designer de interiores e na fabricação de mobiliário, por isso é necessário conhecermos
as definições e características técnicas desses produtos para diferentes finalidades em um projeto de
mobiliário.
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Competência 02
Você já imaginou como seria uma casa inteira construída com placas de OSB?
A “Casa para um casal” faz parte de um conjunto de quatro casas construídas que
compõem uma pousada em Campos do Jordão, inserida em uma área preservada de floresta e
projetada pelo arquiteto Andre Eisenlohr em parceria com o escritório Cabana Arquitetos.
A casa foi construída de maneira artesanal, além de mão de obra reduzida e especializada.
Foram usadas placas de 15 mm de OSB para o fechamento das paredes, formando um “sanduíche”
com 5 cm de distância entre elas, o que proporciona um melhor conforto e isolamentos térmico e
acústico, possibilitando a passagem da fiação elétrica de forma simples e racional.
A escolha do sistema de construção com OSB foi feita pela facilidade e rapidez de
montagem, além de sua resistência, leveza e textura visual, que deixa aparente o conceito orgânico
e o partido ecológico do projeto, visando o mínimo impacto ambiental e a máxima integração com a
natureza (Figuras 25A, 25B e 25C).
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Competência 02
25A
25B
Figura 25B - Ambiente interno da “Casa para um casal”.
Fonte: http://andreeisenlohr.blogspot.com.br/2006/10/casa-para-um-casal.ht ml
Descrição: Esta figura apresenta um dos ambientes internos da “Casa para um casal”, em primeiro plano destaca-se a
bancada da cozinha composta por placas de OSB e ao fundo apresenta-se o quarto composto por uma cama de casal com
uma televisão à frente.
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Competência 02
25C
26A
27
Competência 02
26B
26C
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Competência 02
Fonte: http://www.guiadomarceneiro.com/
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Competência 02
Para saber mais sobre a construção de paredes utilizando placas de OSB, assista ao
vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=F7RmC5gjnWo
27A
Figura 27A - Projeto de mobiliário de um dormitório de casal.
Fonte: www.duratexmadeira.com.br.
Descrição: nesta figura é apresentado o projeto de mobiliário de um dormitório de casal produzido com placas de MDF
nas cores branco e amadeirado (padrão Carvalho Hanover, da Duratex).
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Competência 02
27B
Atividade:
Vamos fazer um exercício rápido: analise os objetos ao seu redor e tente identificar os
materiais utilizados para produzir os mobiliários como: mesa, armários, prateleiras,
bancos, etc.
Videoaula: Agora, dê uma pausa na leitura e assista ao primeiro vídeo desta semana,
em que mostramos em detalhes o uso do MDF na indústria moveleira. Você já
observou as características do material e agora poderá ampliar os conhecimentos
observando a aplicação na fabricação de móveis planejados.
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Competência 02
32
Competência 02
Além da formulação (um é feito de partículas de madeira aglutinadas em duas camadas finas e uma grossa
e o outro de fibras de madeira que, em placas, são coladas umas sobre as outras), uma das principais
diferenças entre o MDF e o MDP é a limitação de uso. Enquanto o MDF apresenta maleabilidade,
permitindo a formação de curvas, por exemplo, o MDP tem limitações que favorecem o uso desse material
em artigos de linha reta, como portas, prateleiras, gavetas e demais peças retas.
Outra diferença entre os dois materiais é que o MDP apresenta alta absorção de tintas no acabamento
final e o MDF não. Assim, para essa finalidade, as placas de MDF tornam-se mais vantajosas, já que
permitem, por exemplo, que a finalização em laca seja mais homogênea, sem irregularidades na superfície.
Essa característica também influencia o custo-benefício. Para uso em parte externa, madeira com menos
poros têm menos absorção e, consequentemente, menos custos com tintas. Para uso interno, em
contrapartida, o MDP é o mais rentável. Permite ótima colagem e o custo do material é bem menor.
No final das contas, não tem melhor nem pior. Cada um tem seu papel e os dois são excelentes quando
usados na aplicação correta.
Fonte: www.liderinteriores.com.br/
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Competência 02
29A
Figura 29A - Placas de aglomerado.
Fonte: http://criartambientes.blogspot.com.br/2013/04/criart-ambientes-diferenca-en tre-mdf.html
Descrição: nesta figura são apresentadas placas de aglomerado sobrepostas.
29B
Figura 29B - Balcão criado pela empresa britânica Unto This Last, produzido em pranchas de
madeira aglomerada certificada.
Fonte: www.untothislast.co.uk
Descrição: nesta figura é apresentado um balcão criado pela empresa britânica Unto This Last, produzido em pranchas
de madeira aglomerada certificada. O tom da placa de aglomerado é claro e apresenta nuances em tons mais escuros. O
design do móvel é arrojado, com cantos arredondados, 2 portas de abrir e pés palito.
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Competência 02
35
Competência 02
Figura 32
Fonte: https://coisasdaarquitetura. word
press.com/2011/08/30/a-madeira-em-
tempos-de-sustentabilidade-iii/
Figura 34
Fonte: www.amizadecuritiba.com.br/
index.php/ departamentos/compensado-
naval/chapa-de-compensado-naval-
diversas-medidas-detalhes.html
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Competência 02
Fonte: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com
Videoaula: Não se esqueça da nossa segunda videoaula! Que tal uma pausa para vê-
la? O segundo vídeo desta semana traz uma exposição sobre tipos de madeira e suas
aplicações em um projeto de design de interiores.
2.3 Ferragens
Assim como existem diferentes materiais e suas aplicações específicas no projeto de
mobiliário, é importante conhecermos outros complementos e ferramentas para o desenvolvimento
de móveis planejados. As feiras do setor moveleiro apresentam as tendências e, assim, podemos
projetar móveis com valor agregado a partir do uso correto de ferragens. A escolha do sistema que
será utilizada em um móvel deve considerar alguns aspectos como: o orçamento do cliente, as
necessidades do usuário, o movimento idealizado, dentre outros.
Você já reparou os tipos de problema que uma ferragem incorreta pode causar?
37
Competência 02
Uma ferragem especificada incorretamente pode causar muitos problemas técnicos, tais
como: gavetas que não abrem, portas empenadas, encaixes que não funcionam. Por isso, é
importante que nós, designers de interiores e outros projetistas do setor, trabalhemos em parceria
com os profissionais que executam o móvel que projetamos, como o marceneiro.
As ferragens sempre agregam valor ao móvel, permitindo elevar a qualidade, conforto e
funcionalidade do projeto. O uso adequado desses complementos auxilia na abertura de portas em
diferentes ângulos. Os amortecedores impedem pancadas que podem danificar os móveis e os
extensores otimizam a abertura por completo de gavetas.
É importante prestar atenção na adequação das ferragens ao seu projeto, para isso alguns
detalhes são fundamentais e devem ser observados. Vamos analisar na tabela abaixo alguns
complementos utilizados em projetos de mobiliário que auxiliam e otimizam tarefas do cotidiano:
1. Dobradiças
Critérios importantes para sua especificação: o tamanho e
peso das portas são os primeiros itens a ser levados em
conta e determinam o tipo de dobradiça e a quantidade a
ser usada. A largura da folha, espessura e altura é
determinante, podemos também definir o ângulo de
abertura com a escolha certa.
Ao especificar as dobradiças temos que optar por um tipo
que ofereça regulagem e alta resistência aos ciclos de Figura 36A - sistema de portas de elevação,
abertura e fechamento e amortecimento, para evitar a fabricante BLUM.
Fonte: http://ipeferragens.com.br/acessori
batida das portas. os para-moveis/kit-para-porta-basculante/
kit-blum-aventos-hk.html
38
Competência 02
2. Corrediças
Critérios importantes para sua especificação: nas gavetas
as corrediças podem ter sistemas de rolamentos com
roldana de nylon, teflon e esferas metálicas, podemos
ainda ter corrediças invisíveis ou gavetas com sistemas de
laterais e divisórias que determinam o nível de
personalização e funcionalidade do móvel. E, mais uma vez,
antes da escolha temos que saber a finalidade da gaveta e
carga que ela irá suportar. As gavetas podem ter
Figura 37A - sistema de corrediças,
amortecedores ou sistemas elétricos de abertura para
fabricante BLUM.
serem acionadas sem puxadores. Fonte:www.companhiadoscursos.com.br/p
df/aqi024/DM%20APOSTILA%20JAN2010.pd
f
3.
Articuladores
Critérios importantes para sua especificação:
Nos sistemas de elevação e articuladores, em especial os
pistões a gás, temos que saber que tipo de abertura
desejamos. E, mais uma vez, o tamanho e peso são
determinantes. Temos aberturas sanfonadas, paralelas ao
móvel ou em diagonal. Para cada intenção tem uma
Figura 38 - sistema de portas de elevação.
solução. Temos também sistemas com amortecedores e
Fonte: www.companhiadoscursos. com
que param em qualquer posição que o usuário desejar. .br/pdf/aqi024/DM%20APOS TILA%20 JA
N2010.pdf
39
Competência 02
4. Portas de correr
Critérios importantes para sua especificação:
Para as portas de correr existe a opção de trilhos
embutidos, invisíveis e coplanares, aqueles em que as
portas ficam no mesmo nível, com batentes e
amortecedores. O tamanho da folha e seu material são
fundamentais para determinar o sistema a escolher. É só
consultar a especificação técnica do fabricante para saber
os limites.
Fonte: www.companhiadoscursos.com.br/pdf/aqi024/DM%20APOSTILA%20JAN2010.pdf
Encerramos aqui os estudos desta semana. Esperamos que você tenha gostado de
aprender mais sobre diferentes materiais e tecnologias aplicadas ao projeto de mobiliário e sugiro
que você complemente nosso estudo assistindo ao documentário “Construção Dinâmica na TV”.
Para finalizar este conteúdo, sugerimos que você faça uma visita virtual ao Museu do
Louvre, em Paris, e tente identificar alguns dos materiais e estilos de mobiliário
estudados até agora. Para isso, clique no link abaixo. Bom divertimento!
www.youvisit.com/tour/louvremuseum
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Competência 03
ATIVIDADE:
encontre um cômodo da sua residência que possua um armário, como um dormitório
ou cozinha, analise-o com as portas fechadas (repare na quantidade de portas,
gavetas, tipo de fechadura e puxadores) e, em seguida, abra os compartimentos
observando elementos como: corrediças, dobradiças, sistemas de elevação,
quantidade de divisões e prateleiras e outros elementos que chamarem sua atenção.
41
Competência 03
3.1.2 Escalas
42
Competência 03
Segundo Gurgel (2007), utilizamos a escala 1:50 para mostrar uma ideia geral de uma
construção relativamente com mais detalhes do que a planta em escala 1:100. Dessa forma, podemos
perceber que quanto maior for o número de informações necessárias para apresentar um projeto,
maior será a escala do desenho. Para representar apenas um ambiente, ou desenhos mais
detalhados, são mais indicadas as escalas de 1:20 ou 1:25, que permitem exibir um ambiente e seus
móveis, como por exemplo: o projeto de mobiliário de uma cozinha com todos os detalhes
necessários (Figura 41).
43
Competência 03
As áreas molhadas dos projetos (banheiros, lavabos, cozinhas, áreas de serviço, saunas,
etc.) geralmente são espaços mais complexos e que demandam detalhamento em separado
complementares ao projeto, na maioria das vezes, em escala 1:20 ou 1:25 (Figura 42).
Figura 42 - Exemplo de detalhamento de área molhada - Vista do banheiro do casal, geralmente representada em
escala 1:25.
Fonte: https://daniloarquiteto.files.wordpress.com/2008/11/apostila_exec_det.pdf
Descrição: nesta figura é apresentada uma vista do banheiro de um casal, destacando os materiais e acabamentos e as
cotas como: altura da pia, banheira, forro de gesso, etc.
44
Competência 03
A escala mais usada para o desenho de mobiliário é a escala 1:10, para representar as
vistas e plantas do projeto. Para apresentação dos cortes em detalhes e detalhes geralmente são
indicadas as escalas de 1:5, 1:2 e 1:1 (Figura 43).
45
Competência 03
Atividade:
Vamos fazer uma atividade rápida: tente imaginar como seria a planta do seu quarto
com os móveis (como no exemplo da figura 44) e a desenhe à mão livre em uma folha
A4. Lembrando que serão representados apenas os objetos até 1,50m e prateleiras
altas suspensas, por exemplo, serão representadas com linhas tracejadas.
Corte
Assim como a planta tem o objetivo de mostrar uma vista aérea do edifício, o corte mostra
a dimensão vertical como se fosse uma fatia da edificação. Pode mostrar os andares, a altura, o pé-
direito e outros detalhes que não são representados na planta baixa (Figura 45). Essa “fatia” pode ser
no eixo transversal, mostrando as laterais do edifício, ou longitudinal, da frente para os fundos.
Também podem ser utilizados cortes com outra orientação, dependendo do formato estabelecido
pelo projetista. A orientação e localização dos cortes devem estar indicados na planta, dessa forma é
46
Competência 03
Vista
Como o próprio nome sugere, a vista representa verticalmente tudo que enxergamos
dentro de um ambiente. A vista é muito similar ao corte, a única diferença é que as espessuras de
parede, piso e laje não são representadas. Esse tipo de desenho é muito utilizado na representação
de projeto de mobiliário para apresentar todas as paredes que terão armários e outros móveis (Figura
46).
47
Competência 03
Videoaula: Agora, vamos fazer uma pausa na leitura e assistir ao primeiro vídeo
desta semana, que demonstra alguns dos elementos que você aprendeu: planta,
corte e vista, de forma mais ilustrativa.
48
Competência 03
Detalhamento
Os detalhamentos são ampliações de elementos do projeto que devem ser executados
ou construídos segundo as instruções específicas contidas nessa representação. Esse tipo de desenho
é bastante utilizado em projetos de mobiliário para especificação de ferragens, encaixes ou detalhes
funcionais e/ou estéticos. Na imagem abaixo podemos analisar diversas representações de um
mesmo objeto: um banco. Primeiramente, podemos apresentar uma isométrica esquemática para
dar uma visão geral do móvel (Figura 47).
49
Competência 03
50
Competência 03
10A
10B 10C
Figuras 49B e 49C - exemplo de detalhamento, seções verticais ampliadas para auxiliar na execução do móvel.
Fonte: https://daniloarquiteto.files.wordpress.com/2008/11/apostila_exec_det.pdf
Descrição: nestas figuras são apresentadas duas seções verticais ampliadas para auxiliar na compreensão da complexa
geometria e encaixe de peças dos pés do banco, distinguindo entre o apoio de mão e a faixa maciça, estrutural, reforçada
por duas mãos-francesas.
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Competência 03
Maquete
Segundo Gurgel (2007), a maquete é uma representação tridimensional que auxilia na
compreensão e visualização dos projetos. No entanto, com o avanço das tecnologias computacionais
cada vez mais são utilizados softwares, principalmente no setor moveleiro, para desenvolvimento de
modelos geométricos digitais em substituição às maquetes produzidas de forma tradicional.
52
Competência 03
Videoaula: Sugiro que você assista ao segundo vídeo desta semana, que demonstra
algumas tecnologias digitais para desenvolvimento de maquetes físicas a partir de
modelos digitais.
53
Competência 03
Aqui concluímos os estudos desta semana e esperamos que você tenha gostado de
aprender mais sobre os diferentes tipos de desenho e representação de projeto de mobiliário.
Sugerimos que você assista ao vídeo abaixo para observar algumas soluções de marcenaria para
espaços pequenos.
Dica!
Se você tem um espaço pequeno e precisa aproveitá-lo com vários usos, veja estas
sugestões de móveis multifuncionais que podem ser um coringa na sua casa. Segue o
link para acessar o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=HXAEsZyItYc
54
Competência 04
55
Competência 04
ATIVIDADE:
escolha alguns cômodos da sua casa como banheiro, dormitório e sala e procure
perceber se existe alguma diferença de temperatura entre eles e os materiais e
acabamentos que o tornam confortável, aconchegante, quente ou frio.
Após esse exercício, vamos abordar alguns fatores que devem ser considerados no
projeto de ambientes, para contribuir no conforto e bem-estar dos usuários.
4.1.2 Temperatura
56
Competência 04
Na maioria das vezes, para conseguir um bom desempenho térmico, deve-se considerar
várias soluções simultâneas. No inverno devemos evitar que o ar quente do ambiente saia, enquanto
no verão devemos evitar que o ar quente externo entre no ambiente.
Algumas estratégias podem contribuir para alterar a temperatura ambiente, como utilizar
ar-condicionado, lareira ou exaustor, além de soluções aliadas à construção das edificações, como
janelas com orientação correta para ventilação, mantas térmicas para minimizar o frio, tijolos
maciços, etc.
Dica!
Devem-se buscar soluções econômicas, do ponto de vista financeiro ou energético, a
fim de se fazer do projeto um exemplar único e particular. Criatividade e pesquisa são
os ingredientes para se chegar a soluções singulares.
Fonte: GURGEL, M. Projetando Espaços. Design de Interiores. São Paulo: SENAC, 2007.
4.1.3 Qualidade do ar
4.1.4 Luz
57
Competência 04
4.2 Briefing
Você sabe quais são as perguntas fundamentais para conhecer melhor o perfil do seu
cliente?
No quadro abaixo você pode analisar algumas perguntas que podem te auxiliar para o
levantamento de dados na conversa com o cliente:
58
Competência 04
▪ Como é o almoço?
▪ Como é o jantar?
▪ Assistem à TV juntos?
▪ Gostam de cozinhar?
▪ Recebe hóspedes?
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Competência 04
▪ De qual tipo de iluminação você gosta? (muita, pouca, ambiente, direta, fria, quente).
▪ Qual a sua particularidade para esse projeto (alguma observação em especial que você gostaria
que tivesse em sua nova residência?)
Fonte: www.cklein.com.br/questionario-de-briefing/
60
Competência 04
4.3 Custos
52A
Figura 52A - Exemplo de variáveis que definem o custo do projeto: tipo de acabamento da madeira e sua espessura.
Fonte: http://files.consulteaki.webnode.com.br/200000943-3cd403ec7f/mdf.jpg
Descrição: diferentes chapas de MDF e MDP.
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Competência 04
52B
Figura 52B - exemplo de ferragens e acessórios que podem elevar o custo do projeto, mas que agregam qualidade e auxiliam nas
atividades do cotidiano.
Fonte: www.procompra.com.br/blog/decoracao/como-fazer-um-orcamento-de-moveis-pla nejados/
Descrição: nesta figura apresenta-se um armário de cozinha aberto, destacando os acessórios aramados para armazenamento de
condimentos e as ferragens que possibilitam diferentes aberturas da porta do móvel.
Por isso, quando você for escolher os componentes que utilizará em um projeto, avalie
todas as opções selecionadas e que se adaptam perfeitamente à sua ideia e analise qual a melhor
relação custo-benefício.
Muitas vezes, o preço de um material pode parecer muito alto a princípio, mas após uma
análise criteriosa pode se tornar um valor justo e trará grandes vantagens em relação a um material
com menor custo, compensando e justificando sua aplicação no projeto.
Dica!
Fazendo uma análise cautelosa das opções disponíveis no mercado, muito dificilmente
ocorrerão erros e precipitações na hora da especificação dos materiais.
Fonte: GURGEL, M. Projetando Espaços. Design de Interiores. São Paulo: SENAC, 2007.
Videoaula: Antes de continuarmos, sugiro que você assista à segunda videoaula, que
complementará o conhecimento sobre custos e orçamentos de um projeto de
mobiliário.
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Competência 04
4.3.1 Orçamentos
Para definirmos uma ideia mais precisa do custo da execução de um projeto de mobiliário
é importante que se façam pelo menos dois ou três orçamentos com diferentes profissionais
qualificados para a cotação de materiais e mão de obra.
A variação de preço no setor moveleiro é muito comum, por isso precisamos nos certificar
de que um valor muito abaixo do mercado não está relacionado com a qualidade do serviço e/ou
material de baixa qualidade. No entanto, quando encontramos um preço mais em conta, mas com
pequena variação relacionada à cor, dimensão ou revestimento, devemos ponderar se essas
pequenas alterações não implicarão em nenhum comprometimento para o projeto e, finalmente,
decidirmos por essa opção. Muitas vezes, uma pequena economia com materiais similares que não
comprometam o resultado final pode contribuir para uma melhor negociação, economia ou
investimento em outros materiais do projeto.
Dica!
Saiba onde economizar e gaste onde é fundamental. Analise a relação custo-benefício
dos materiais. Agindo assim, o resultado final do projeto será gratificante não somente
do ponto de vista visual ou funcional, mas também econômico.
Fonte: GURGEL, M. Projetando Espaços. Design de Interiores. São Paulo: SENAC, 2007 .
Este vídeo apresenta uma abordagem mais aprofundada sobre custo, orçamento e
variáveis que envolvem a definição do valor de um projeto de mobiliário. Segue o link
para acessar o vídeo: https://youtu.be/E4nP9BKxMqw
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Conclusão
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Referências
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Minicurrículo do Professor
Olá! Eu sou Leticia Teixeira Mendes, tenho 34 anos, sou formada em Arquitetura e
Urbanismo pela Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) e desenvolvi meu mestrado e doutorado
na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Faz 10 anos que atuo como arquiteta e professora e, na minha carreira profissional, já
trabalhei com desenvolvimento de projetos de arquitetura e design de interiores, acompanhamento
de obra, design gráfico e cenografia.
Hoje trabalho na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), como professora e
pesquisadora do Departamento de Expressão Gráfica. Sou coordenadora do Laboratório de
Experimentos em Artefatos 3D (Grea3D) e tenho desenvolvido atividade de docência em diversos
cursos, como Arquitetura e Urbanismo, Engenharias e Licenciatura em Expressão Gráfica. Além disso,
desenvolvo pesquisa sobre habitação popular e leciono na Educação a Distância.
É isso, pessoal!
Espero poder compartilhar com você o que tenho aprendido na minha carreira
profissional e docência!
Um grande abraço!
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