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Maquetes

Cesário Antônio Neves Júnior

Curso Técnico em Design de Interiores


Educação a Distância
2018
EXPEDIENTE

Professor Autor
Cesário Antônio Neves Júnior

Design Instrucional
Annara Perboire
Deyvid Souza Nascimento
Terezinha Mônica Sinício Beltrão

Revisão de Língua Portuguesa


Alécia Guimarães

Diagramação
Hugo Cavalcanti

Coordenação
Sadi Seabra

Coordenação Executiva
George Bento Catunda

Coordenação Geral
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação


Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação
(Rede e-Tec Brasil).

Março, 2018
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

N511m
Neves Júnior, Cesário Antônio.
Maquetes: Curso Técnico em Design de Interiores:
Educação a distância / Cesário Antônio Neves Júnior. – Recife:
Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco,
2018.
50p.: il.

Inclui referências bibliográficas.


Inclui bibliografia.

1. Arquitetura. 2. Maquetes. I. Neves Júnior, Cesário


Antônio. II. Título.

CDU – 72.02

Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129


Sumário
Introdução .............................................................................................................................................................5

1. Competência 01 | Entender o processo de confeccionar maquetes/modelos conforme o projeto ...........6

1.1 Planejando sua maquete ................................................................................................................................6

1.2 Etimologia da palavra Maquete ................................................................................................................8

1.3 Tipos de Maquete .................................................................................................................................. 10

1.4 Análises de projeto ................................................................................................................................ 17

1.5 Escala de trabalho .................................................................................................................................. 18

1.6 Definição de materiais de utilização ...................................................................................................... 19

1.7 Montagens da estrutura ........................................................................................................................ 19

1.7.1 Montagem e acabamentos iniciais .................................................................................................... 23

1.7.2 Montagem e acabamentos finais....................................................................................................... 23

2. Competência 02 | Entender e testar o manuseio dos materiais, instrumentos e ferramentas apropriadas


ao processo de execução de modelos tridimensionais ..................................................................................... 26

2.1 Ferramentas e materiais ........................................................................................................................ 26

2.2 Materiais para estrutura (base da maquete) ......................................................................................... 27

2.3 Materiais para acamento ....................................................................................................................... 28

2.4 Instrumentos e materiais auxiliares ....................................................................................................... 28

2.5 Técnicas artesanais para construção da maquete ................................................................................. 29

2.5.1 Paredes............................................................................................................................................... 30

2.5.2 Revestimento ..................................................................................................................................... 30

2.5.3 Terrenos e ambientes externos ......................................................................................................... 32

2.5.4 Vegetação........................................................................................................................................... 34

2.5.5 Espelhos d´água ................................................................................................................................. 35

2.6 Dicas e recomendações.......................................................................................................................... 35


3. Competência 03 | Desenvolver a criatividade e raciocínio lógico no processo de execução de maquetes
37

3.1 Sólidos básicos e suas planificações....................................................................................................... 37

3.2 Projeto 1: Poliedros regulares: Proposta ............................................................................................... 40

3.3 Projeto 2: Sofá: Proposta ....................................................................................................................... 44

Considerações finais........................................................................................................................................... 48

Minicurrículo do Professor Autor ...................................................................................................................... 49

Referências......................................................................................................................................................... 50

Bibliografia complementar ................................................................................................................................ 50


Introdução

Caro estudante,

Seja bem-vindo (a) à disciplina Maquetes!

A representação de um projeto, seja ele de arquitetura ou não, envolve uma grande quantidade de
conhecimentos técnicos, que estão relacionados principalmente ao objetivo de comunicar algo, tanto
para quem tem um conhecimento profundo no assunto como também para o público com pouca
experiência.

Diante disso, esta disciplina tem o objetivo de comunicar, através da representação tridimensional,
maquetes/modelos físicos, a fim de fazer com que você compreenda as relações entre os espaços e
suas características, levando em consideração os volumes, as cores, os materiais... tudo isso de um
ambiente, ou objeto, que ainda não exista.

Este Caderno busca estabelecer uma relação prática entre as possibilidades disponíveis e o que
estamos sugerindo que seja feito aqui. Ou seja, não só dizendo como realizaremos uma tarefa, mas
nos fazendo entender o porquê daquela escolha. Será muito mais produtivo trabalharmos com
exemplos práticos da nossa realidade, buscando analogias e descrições de algumas experiências
profissionais mais comuns.

Bons Estudos!

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Competência 01

1. Competência 01 | Entender o processo de confeccionar


maquetes/modelos conforme o projeto

Nesta primeira semana, vamos refletir sobre o processo de planejamento de uma maquete,
considerando-a como a representação tridimensional em escala reduzida ou ampliada, de uma obra
que queremos executar, sendo assim, buscamos compreender os conceitos de representação diante
dos diferentes problemas com os quais poderemos nos deparar durante seu processo construtivo.

Além disso, fundamentaremos e aplicaremos alguns conceitos certamente já estudados por você em
algum momento em disciplinas anteriormente ofertadas, Desenho Arquitetônico e o estudo das
Escalas de Representação por exemplo.

Assim, o objetivo principal é prepará-lo para entender o processo para confeccionar


maquetes/modelos conforme um projeto proposto.

1.1 Planejando sua maquete

Costuma-se comentar que o planejamento compensa e que deveria ser despendido tempo suficiente
para essa parte da atividade e só aí partir para a execução da tarefa. Isso pode não ser uma
unanimidade, mas ao tratarmos de armazenagem, pode-se afirmar que planejar é uma excelente
forma de iniciar os trabalhos. No exemplo do início do capítulo, caso um planejamento bem elaborado
tivesse sido realizado, ao chegar em casa não se tomaria o susto de perceber que não havia espaço
para guardar o sorvete que estava derretendo.

A existência da maquete, ou modelo, tem como característica principal a reprodução fiel de um


objeto em escala diferente (menor ou maior) do real em que poderão vir a ser construídos. As
maquetes podem ser físicas (exemplo na figura 1), quando construídas com materiais tocáveis, ou
virtuais (figura 2), quando representadas através do auxílio da computação gráfica.

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Competência 01

Figura 1 - Maquete Física


Fonte: @arck_impressive

Figura 2 - Maquete Virtual


Fonte: @mustapha_kilinc

Certamente, em idade escolar, você já deve ter produzido algum tipo de maquete, mas será que esses
modelos que você produziu tem relação com o que estaremos falando aqui?

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Competência 01

Então, quase todo o mundo já fez um trabalho de maquete na sua vida escolar. A seguir, deixamos
alguns links para puxar da sua memória e peço que participe do nosso fórum, pois queremos saber
quais as experiências que você já teve com maquete na sua vida e verá que não será algo tão novo.

Maquete escolar
https://www.youtube.com/watch?v=VYYhvVyAXbc
https://www.youtube.com/watch?v=1Z_QlWDOJJk
https://www.youtube.com/watch?v=YoezvrQea4Y

Podemos observar nos vídeos dos links anteriores que o nível de construção é bem amador, no
entanto, não deixam de atender aos objetivos propostos que é representar algo tridimensionalmente
em uma escala diferente da real.

No link a seguir veremos o contrário, Tom Horikawa é Especialista Arquiteto Urbanista e Maquetista,
não tem mais nada de amador, e atua com projetos arquitetônicos, com maquetes físicas e virtuais,
com perícias, avaliações, laudos, construção civil... é bastante conceituado pela qualidade de suas
maquetes, sejam elas físicas ou virtuais. O link a seguir é um pequeno resumo do seu portfólio com
seu trabalho em maquetes... Vale a pena conferir e, como ele diz no início no vídeo, ter atenção aos
detalhes!

Tom Horikawa - Maquetes físicas e virtuais

https://www.youtube.com/watch?v=AB7ueagEDjI

1.2 Etimologia da palavra Maquete

Em alguns lugares também chamada de “maqueta”, se originou do termo francês maquette. O termo
é um substantivo feminino e na arquitetura, segundo o dicionário Aurélio, está relacionado à forma
de retratar, em tamanho reduzido, uma obra que poderá ser construída. Quando falarmos em

8
Competência 01

“modelo”, este pode ser reduzido ou ampliado, ou seja, reprodução fiel, em escala menor ou maior,
de algo que poderá vir a ser construído. Então...

Por onde devemos começar a confeccionar nossas maquetes? Pense um pouco antes de
continuar a leitura. Analise seu pensamento e as tomadas de decisões de vocês e anote as
decisões que você tomaria. Ou seja, por onde vocês começariam a fazer uma maquete?

Essa é uma dúvida bem comum ao se iniciar um trabalho como esse. Assim, para evitar trabalho
excessivo, tempo e dinheiro perdidos, há uma sugestão de esquema a ser seguido: em primeiro lugar,
precisamos definir qual o objetivo da maquete que queremos construir. Um dos objetivos de uma
maquete é auxiliar no desenvolvimento de projetos, pois ela facilita a visualização dos projetos
criados em desenhos técnicos (plantas, cortes, elevações, etc.), tanto para profissionais que vão
precisar trabalhar com essas informações para construí-lo como também para quem vai comprar o
produto e, muitas vezes, não sabe ler as informações representadas em Desenho. Por isso, são
importantes, por representarem fielmente o que está no projeto facilitando seu entendimento.

Agora, dê uma pausa na leitura e assista a uma videoaula que


gravamos falando sobre Impressão 3D na Prototipagem de
Maquetes

A videoaula acima apresenta a impressão 3D, que é uma forma de tecnologia de fabricação onde um
modelo tridimensional é criado a partir de sucessivas camadas de um determinado material.

Que tal realizar uma breve pesquisa sobre esse tema? Temos uma
infinidade de sites disponíveis falando sobre esse assunto. Refine sua
pesquisa usando as tags “Prototipagem Rápida”, “Impressão 3D”, “3D
print”.

Vejamos a seguir os tipos de maquete:

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Competência 01

1.3 Tipos de Maquete

As principais literaturas da área dizem que para simplificar o direcionamento inicial, para se construir uma
maquete, é preciso distribuí-la em três categorias:

Objeto a ser Componentes


Finalidade
Representado que Apresenta

Sendo a primeira categoria, o Objeto a Ser Representado, pode ser distribuída em:

Maquetes Topográficas, de Edificações, Urbanísticas,


de Ambientes ou de Objetos.

Observe cada uma delas a seguir:

Topográfica (Figura 03): representa o relevo de um terreno em menor escala. Em geral, ela
representa somente o terreno e propicia o desenvolvimento da percepção e diferenciação da escala
horizontal e vertical.

De Edificação (Figura 4): representa edificações em geral, podendo incluir projetos urbanos, de
exterior ou interior, com grau de detalhamento variado. No caso da figura 4, temos a representação
de um hospital, na maquete podemos observar ainda que todo seu exterior também está
representado (estacionamento, vias de deslocamento e paisagismo).

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Competência 01

Figura 3 - Maquete Topográfica


Fonte: https://i1.wp.com/www.practicamaquetes.com.br/blog/wp-
arquivos/209-BLOG5.jpg?fit=508%2C388

Figura 4 - Maquete de Edificação


Fonte: http://www.arqt.com.br/images/hosp-uber.jpg

Urbanística (Figura 5): diretamente vinculada à área da construção civil, este tipo de maquete
permite a visualização do efeito que a implantação do projeto causará na área em questão. Na
maquete da figura 5 podemos observar que os prédios estão em segundo plano, dando destaque ao
projeto de implantação das árvores nas principais vias da cidade, mostrando visualmente como ficará
a cidade com a implantação do projeto em questão.

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Competência 01

De Ambiente (Figura 6): tipo de maquete que representa determinados ambientes em escala
reduzida. É muito utilizado por profissionais da área de Design de Interiores e decoração, por ter a
finalidade de mostrar detalhadamente o projeto de equipamentos, mobiliários, objetos, do que será
usado na composição desse ambiente.

Figura 5 - Maquete Urbanística


Fonte:http://www.vitruvius.com.br/media/images/magazines/grid_9
/817b_295-02.jpg

Figura 6 - Maquete Urbanística


Fonte: https://i.pinimg.com/736x/73/8f/20/738f20df6bc0538fc640e21dc829c7f2--dollhouse-
ideas-dollhouse-furniture.jpg

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Competência 01

De Objeto (Figura 7): este tipo de maquete é usado para representar objetos de maneira mais isolada,
é usado com frequência em projetos de design de novos produtos. As miniaturas se encaixam nessa
categoria (objetos em escala reduzida).

Figura 7 - Maquete de Objeto


Fonte: @tiagomouraarq

A segunda categoria é classificada por sua Finalidade, podendo ser:

Maquete de Estudo ou Divulgação

Estudo (Figura 8): executada no início ou durante o processo de criação do projeto. Servem de auxílio
para definição de formas, principalmente por permitirem a movimentação e modificação das partes
que a compõe para análise desejada. No exemplo da figura 8, esse estudo visa demonstrar qual escala
mínima necessária para obtenção de boas imagens do interior das salas.

Divulgação (Figura 9): sua principal função é apoiar o processo de venda de um determinado projeto
antes de (ou durante) sua execução. Venda no seu sentido propriamente dito, que envolve transação

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Competência 01

financeira ou a venda de uma ideia, que é quando queremos convencer alguém sobre um novo
projeto, dentro de uma empresa, por exemplo.

Figura 8 - Maquete de estudo


Fonte: Celani et al.

Figura 9 - Maquete de divulgação


Fonte: http://blog.brasilbrokers.com.br/wpcontent/uploads/2015/02/IlhaPura-01.jpg

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Competência 01

A terceira categoria é classificada pelos componentes que apresenta, podendo ser:

Volumétrica ou Figurativa

Volumétrica (Figura 10): Nesse tipo de maquete, o volume dos objetos é representado por sua forma
elementar. Ou seja, sua forma geometria de base. Pode retratar o volume final ou apenas a estrutura
básica do objeto. Em geral, é executado em poucas cores, e é mais usada em exibições para
profissionais. Isso se deve pela facilidade que esses profissionais possuem em visualizar o resultado
final da obra apenas observando sua forma básica.

Figurativa (Figura 11): Muito semelhante a maquete de divulgação, a maquete figurativa retrata
ainda mais fielmente a realidade, dando muita atenção (se tornando exagerado) aos detalhes,
detalhes como figura humana, iluminação, paisagismo, veículos, etc.

Figura 10 - Maquete volumétrica


Fonte: http://maquetes.com.br/wp-content/uploads/2014/02/DSC05544.jpg

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Competência 01

Figura 11 - Maquete Figurativa


Fonte: http://maquetes.com.br/wp-content/uploads/2014/02/DSC05544.jpg

Como você notou, nós classificamos os tipos de maquetes em três categorias, que se distribuem a partir da
finalidade e propósito de cada tipo de maquete. No entanto, há quem reduza essa distribuição e há quem
aumente, tornando a produção de maquetes ainda mais especifica para determinado objetivo.

Que tal realizar uma pesquisa rápida para ampliar o seu repertório sobre os tipos de maquetes estudados?
Acesse os sites a seguir (como exemplos), e pesquise outros exemplos de maquetes vistos acima. Veja também
se você encontra outra categoria diferente das que estudamos acima, se conseguir encontrar, compartilhe
com os colegas explicando o que ela tem de diferente.

http://rgbmaquetes.blogspot.com.br/

http://www.alcstudio.com.br/#3

http://www.goldmaquetes.com.br/servicos.php

http://www.eduardomaquete.com.br/portfolio.html#prettyPhoto[gallery39]/4/

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Competência 01

1.4 Análises de projeto

Analisemos a seguinte situação: um engenheiro procura um maquetista para execução de uma maquete de
um projeto que funcionará como clínica dermatológica. Entrega a este maquetista uma cópia do projeto com
todos os detalhes (plantas, cortes, elevações, etc.) e alega que precisará do trabalho pronto em 10 dias. Em
uma situação como essa, algumas questões vão ter que surgir diante de sua criação e teremos que tê-las em
mente nos momentos de decisões:

Para quem e onde será apresentada a maquete? Quanto tempo ela


precisará durar? Quanto posso gastar? E principalmente, o que deverá
ser valorizado na maquete?

São perguntas que, necessariamente, surgem antes ou durante a execução de um trabalho, e precisaremos de
suas respostas para efetuar um trabalho que satisfaça o cliente e ao nosso próprio senso crítico.

Abaixo estão descritos diferentes desenhos (já estudados por alguns de vocês na disciplina Desenho
Arquitetônico) referentes a maquetes de arquitetura, engenharia ou design, nas outras áreas devemos adaptar
os desenhos de acordo com a necessidade.

 Planta Baixa: desenhos das paredes de contorno (fachadas) e das paredes internas quando
necessário;
 Planta de Localização ou de Situação: posição da construção no terreno, piscina, edícula, jardins,
localização de rios, avenidas, lagos, etc.
 Fachada: desenho das paredes externas da construção, com a representação de aberturas e
recortes;
 Planta de cobertura: representação do telhado, terraço, etc.
 Corte: na quantidade e posicionamento que for necessário;
 Elevações: vistas das paredes internas, com representação de aberturas e indicação de revestimento.

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Competência 01

Para maquetes que tenham como finalidade representar os interiores, será necessário ainda os desenhos ou
medidas do mobiliário, luminárias, etc.

Se a maquete for volumétrica, por exemplo, não precisamos nos preocupar com detalhes como tipos de
esquadrias, paredes internas, mas sim os volumes das edificações, a escala que proporcionará sua melhor
representação e assim por diante.

Familiarizados com o projeto e com as finalidades da maquete, poderemos iniciar as tomadas de decisões para
execução de nossa maquete. A começar pela Escala de trabalho.

1.5 Escala de trabalho

A escolha da escala está diretamente ligada a finalidade da maquete e do grau de detalhamento que é
desejado. As escalas abaixo são as mais comumente usadas por serem recomendadas pela ABNT, no entanto,
não se devem desconsiderar outras escalas, principalmente em situações de casos mais específicos. Em ordem
decrescente temos as escalas:

1/10, 1/12.5, 1/5, 1/20, 1/25, 1/331/3, 1/40, 1/50, 1/75, etc.

Mais especificamente...

- Formas paisagísticas: jardins, praças, loteamento, condomínios, etc. de 1/100 até 1/5000.
- Unidade ou conjunto arquitetônico: de 1/200 até 1/50, quando pouco detalhada.
- Design de produto, protótipos, objetos de arte: de 1/1 até 1/10.

Como dito mais acima, essas escalas podem variar dependendo da finalidade do que se está construindo,
podendo ser feito inclusive em tamanho real, na escala 1/1.

O link a seguir é de um vídeo aula da professora Michelle Paschoalick, e é um ótimo exemplo de como devemos
proceder para definição das escalas de utilização, tanto a escala numérica quanto a escala gráfica. Vale muito
a pena conferir!

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Competência 01

https://www.youtube.com/watch?v=4G5OMpekR34

1.6 Definição de materiais de utilização

Na parte prática da nossa disciplina trabalharemos apenas as técnicas manuais, que permitem a realização de
representações eficazes através da utilização de instrumentos mais comuns e gerais como estiletes, colas,
papéis, cores, etc... Excluindo o uso de máquinas elétricas e equipamentos que requerem, pelas suas
características mecânicas, trabalhos de tipo técnico mais complexo. Esta escolha foi adotada pela imediatez
que estas técnicas permitem em ver o resultado do trabalho.

No entanto, durante todo o caderno, vão ser apresentadas a título de exemplos, maquetes mais elaboradas e
profissionais que foram criadas com materiais como acrílico, madeira maciça, aço, etc... Materiais mais caros
e que requerem investimentos maiores, isso será feito para questionarmos os motivos que orientam, desde o
nível prático e conceitual, a escolha dos materiais e das técnicas correspondentes a sua criação.

Para definição dos materiais devemos ter em mente considerações econômicas (quanto eu tenho e posso
gastar?), de tempo (quais meus prazos de entrega?) e de acessibilidade das técnicas (eu saberei fazer o que
estou pensando com esse material?). Essas considerações podem vir para atuar de maneira não tão positiva,
me impedindo de adotar algumas possibilidades que eu adotaria se, por exemplo, tivesse um orçamento maior
ou se soubesse trabalhar com determinados tipos de materiais. Por essa razão, aqui nesse caderno,
adotaremos materiais com menor vida útil e resistência, mas que nos proporcionarão facilidade na montagem
e no acabamento.

1.7 Montagens da estrutura

Além de planejar a execução, de fato, da maquete, será definido a maneira como a estrutura será
confeccionada, a textura dos acabamentos, a sequência de montagem, etc. Nessa fase você vai perceber que

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Competência 01

a maioria dos materiais utilizados estará apresentado em formato de chapas ou placas (Figuras 12, 13 e 14),
ou seja, em superfícies planas.

Figura 12 - Maquete Figurativa


Fonte: https://www.cardquali.com/imagens/2012/01/gramatura_04.jpg

Figura 13 - Folhas coloridas e de madeira


Fonte: http://www.masisa.com/ven/wp-content/uploads/2014/12/TablasMelamina2.jpg

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Competência 01

Figura 14 - Placas de acrílico


Fonte: http://www.damari.com.br/imagens/informacoes/fornecedor-placa-acrilico-03.jpg

http://currencyobserver.com/wp-content/uploads/2017/07/Transparent-Conducting-Oxide-
Market.jpg

A melhor maneira de construirmos um volume a partir de um material plano é planificar esse volume e em
seguida reconstruí-lo, ou seja, dividi-lo em pedaços planos que serão recortados (dessa superfície plana do
material utilizado) e depois montados. Temos um exemplo simples na figura a seguir (Figura 15), a figura trata
de planificações simples de objetos geométricos, um tronco de cone e um prisma quadrangular com uma
pirâmide apoiada em uma de suas faces.

Figura 15 - Objetos 3D e Planificados


Competência 01
Fonte: https://i.ytimg.com/vi/PkQJ3SDpuEA/maxresdefault.jpg

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Competência 01

Sendo assim, a planificação é a etapa em que as partes que compõe a maquete são desenhadas no material
base (que pode ser papel cartão, isopor, madeira, etc.), formando a estrutura da maquete. Sendo toda
estrutura que você tiver intenção de criar com esse determinado material (paredes, lajes, piso, forro, telhado,
etc.). A planificação do acabamento e dos maiores detalhes (mobiliário, figuras humanas, paisagismo) poderá
ser feita numa fase posterior, lembrando-se de mantê-los também de acordo com a escala adotada.

Após a planificação é feito o corte das partes (Figura 16):

Figura 16 - Corte da Planificação


Fonte: https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTzoHaMBrxIt1cj7Cu32hrt11J9DWktdx9uvX0Bb7opo1vziC4bKg

É importante verificar a precisão das medidas antes de cortar (por isso há o escalímetro na figura 16, para não
desperdiçar tempo e material, e o corte deverá ser feito, preferencialmente, sobre uma superfície firme (na
figura 16 foi usada uma base profissional para corte), como por exemplo, vidro ou bancadas de madeira, isso
nos dará mais segurança e evita o corte errado. Na medida em que você for cortando, sugiro que você dê nome
as partes (nomeando paredes, elementos de telhado, piso, etc.) ou faça algum tipo de marcação que ajude
você a reconhecer de onde será aquele pedaço, isso facilitará a fase seguinte de montagem. Sugerimos que
guardem as partes menores em caixinhas ou sacos plásticos para não correr o risco de perder e durante a
montagem se deparar com algum pedaço faltando (como um quebra cabeça incompleto).

22
Competência 01

1.7.1 Montagem e acabamentos iniciais

Em algumas partes da maquete os acabamentos devem ser finalizados antes da montagem. O que eu quero
dizer com isso? Exemplo: em alguns casos a pintura deverá ser feita antes da colagem e revestimento final da
peça, ou seja, antes da montagem, isso para evitar que o acabamento final fique com alguma falha, como
pintura borrada por exemplo. Na figura a seguir podemos observar que se deixássemos para efetuar a pintura
das paredes, por exemplo, no final da montagem da maquete, haveria muitos detalhes dentro do ambiente
que atrapalharia uma pintura bem feita. Assim, nós devemos ter consciência que as tomadas de decisões
devem ser tidas na medida em que avançamos com o trabalho, para que cada técnica seja executada da melhor
maneira.

Figura 17 – Maquete pintada


Fonte: http://www.mazonmaquetes.com.br/wp-content/gallery/maquetes-internas/eimg_0236.jpg

1.7.2 Montagem e acabamentos finais

Na montagem final são unidas todas as partes da maquete e esta é colocada sobre uma base. Esta base pode
ser parte da maquete, como um terreno (figura 18), por exemplo, ou servir apenas de “moldura” (figura 19),
desta forma será pintada ou revestida em cor neutra apenas para compor o conjunto. Essa base deverá ser
firme e, de preferência, não muito pesada a fim de facilitar o transporte.

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Competência 01

Exercitaremos essas propostas nos exercícios das próximas semanas.

Figura 18 - Maquete com base topográfica


Fonte: @arck_grap

Figura 19 – Maquete com base neutra


Fonte: @architects_need

Até aqui, nesta primeira semana, aprendemos sobre o processo para se confeccionar uma maquete.
Chamamos atenção para algumas perguntas importantes que devem ser feitas durante o planejamento da
maquete. Caracterizamos os principais tipos de maquetes e como proceder para definição dos materiais que
vão ser utilizados.

Até aqui, nesta primeira semana, aprendemos sobre o processo para se confeccionar uma maquete.
Chamamos atenção para algumas perguntas importantes que devem ser feitas durante o planejamento da

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Competência 01

maquete. Caracterizamos os principais tipos de maquetes e como proceder para definição dos materiais que
vão ser utilizados.

Antes de seguir para a próxima competência, quero vocês façam uma pesquisa que justifique a importância
produção de maquetes profissionais. Por que esse trabalho é importante?

Após a pesquisa, responda a essa pergunta,


COM SUAS PALAVRAS, na discussão que será aberta no fórum!

Agora, assista a um vídeo que mostra a utilização maquetes em alguns filmes bem famosos. Tenho certeza que
você já assistiu, pelo menos, um deles. Pode iniciar o vídeo no segundo 0:55, antes disso há propagandas.

https://www.youtube.com/watch?v=XSimtECBHl0

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Competência 02

2. Competência 02 | Entender e testar o manuseio dos materiais,


instrumentos e ferramentas apropriadas ao processo de execução de
modelos tridimensionais

A variedade de materiais e ferramentas utilizadas para produzir maquetes é praticamente infinita, e não
poderá ser descrita totalmente aqui e acreditamos que em nenhum único outro lugar, pois depende de
diversos fatores, sendo o principal deles a CRIATIVIDADE, esta é a principal ferramenta para exercitar a prática.

Sendo assim, as alternativas que trabalharemos nesse caderno não são as únicas oferecidas pelo mercado,
novos materiais e ferramentas são criados e adaptados a todo o momento. Apresentamos a seguir os materiais
e ferramentas mais utilizados em maquetes básicas e que servem apenas como referência. Uma observação
importante:

Dificilmente uma maquete irá utilizar todos estes materiais e ferramentas, ou seja, isso não é
uma lista de compras, como dito no parágrafo anterior, servirá apenas como uma referência.
Os materiais são escolhidos por diversos fatores, por exemplo: finalidade da maquete, grau de
detalhamento, custo, disponibilidade, facilidade de manuseio, ferramentas disponíveis,
domínio de técnicas, etc.

2.1 Ferramentas e materiais

As ferramentas necessárias para confecção de uma maquete sem maquinas e sem utensílios complexos são
bastante simples, e as técnicas para execução podem ser resumidas ao corte, à incisão, acabamento das folhas
(chapas), à pintura, à colagem.

Para cortes e incisões normalmente usamos tesouras, réguas e esquadros metálicos, estiletes (daqueles que
permitem a substituição das lâminas) e bisturi (com lâmina de ponta e com lâmina arredondada). No caso do
estilete, sugere-se que seja possível trocar suas lâminas por ele ser o instrumento de corte mais usado.

26
Competência 02

Para o acabamento, geralmente usa-se folhas de lixas, preferencialmente as de granulometrias mais finas,
além de lapiseiras (lápis) com bico de metal, pinças. Uma dica importante para o bom uso das lixas é montar
(colar) elas em algum suporte rígido que permita você segurá-la com firmeza, fazendo com que você mantenha
o controle maior do manuseio, e observe outra coisa... não são todos os materiais que você usará a lixa para o
acabamento, por exemplo: maquetes de papel, nesse caso o acabamento é feito com o próprio corte seja com
estilete ou tesoura. A lapiseira (famoso lápis de pontas de grafite) com bico de metal pode ser substituído por
outro instrumento que tenha uma ponta firme e não rasgue o material, ele vai servir como uma alternativa
não cortante do estilete para, por exemplo, gravar linhas no material sem riscá-lo ou cortá-lo.

Com relação a pintura, esta pode ser tido de duas maneiras: a primeira é que podemos utilizar o material já
colorido (folhas, chapas, acrílico, metais, plásticos, etc.), ou então, a segunda maneira é você realizar a pintura
dos materiais, que muitas vezes vem nas cores neutras, sendo possível pintá-los antes da montagem (mais
aconselhável) ou com o material diretamente na maquete, neste caso será necessário cobrir as partes que não
devem ser pintadas, ou que vão receber uma pintura diferente. Para cobrir essas partes podemos usar folha
de papel e fita adesiva removível. Podem ser utilizadas tinturas em spray, tintas plásticas, cores em pó...
Depende do material que será pintado e o que ele estará representando (parede, piso, móveis, etc.).

A seguir temos os materiais mais utilizados e suas diferentes funções, lembrando o que foi dito mais acima:
não é uma lista de compras, é uma lista que deverá ser tida como referência.

2.2 Materiais para estrutura (base da maquete)

Alguns dos materiais mais utilizados na confecção da base da maquete são os listados a seguir, é importante
escolher com atenção, pois é essa base que nos dará apoio para o transporte de nossa maquete.

 Acrílico  Papel Paraná


 Compensado  Papel Pluma
 Eucatex  Papelão
 Isopor;  Vidro
 Madeira

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Competência 02

2.3 Materiais para acamento

 Acetato  Resina
 Acrílico  Serragem
 Areia  Palha de aço (Bombril)
 Argila  Palha de bambu
 Borracha  Papel adesivo
 EVA  Papel camurça
 Cartolina  Papel celofane
 Cortiça  Papel laminado
 Durepox  Papel jornal
 Esponja ou bucha de banho  Papel de presente
 Esponja Floral  Papel pedra
 Espuma de Poliuretano  Papel silhueta
 Folhas, flores, galhos, sementes, grãos  Papel sulfite (oficio)
 Gesso  Papelão micro ondulado
 Laminado  Papelão liso
 Massa corrida  Papel machê
 Massa de modelar  Pedras, britas, seixos
 Musgo  Tábuas ou sarrafos de madeira
 Pigmentos  Tecidos
 Placas e bolas de isopor  Tinta (guache, acrílica, em pó, PVA, etc.)
 Plásticos  Verniz
 Pó de Camurça

2.4 Instrumentos e materiais auxiliares

 Agulha  Cola plástica, de contato, para isopor,


 Alfinete instantânea, etc.
 Algodão  Cotonete
 Caixas e potes de diferentes tamanhos  Durepox
 Clipes de metal  Elástico
 Estilete

28
Competência 02
 Fita adesiva e crepe  Palitos
 Furador de papel  Pinças
 Grampeador  Pinceis
 Lixas  Régua de aço
 Material de Desenho Técnico

Observe os materiais listados a cima e faça uma análise do que você possui em sua
residência. Faça uma lista com o que você possui para ajudar na sua organização.
Separe-os por categoria, por exemplo: quais materiais você tem que poderia ser usado
para fazer a base da maquete? Depois quais você tem que poderia usar para
acabamento? E os instrumentos... O que você acha que tem em casa que poderia ser
usado para esse fim? Lembrando que não há limites para a criatividade... como falei a
cima, a lista é uma referência. Seja criativo!

2.5 Técnicas artesanais para construção da maquete

A melhor maneira de conhecermos o trabalho da maquetaria é praticando suas técnicas. Assim, propomos a
execução de algumas técnicas que representam alguns dos principais componentes de projetos arquitetônicos
e decorativos. Assim, exercitaremos os principais processos para a execução de uma maquete básica.

Uma coisa importante para ser dita é que, para iniciantes, são muitos os erros e acertos antes de definir a
melhor maneira de executar uma maquete, obviamente as técnicas a seguir não são as únicas maneiras para
se criar o que está se propondo, e espero que haja questionamentos e novas descobertas por vocês, para que
todos possamos aperfeiçoar a execução de nossos projetos.

Antes de executar as técnicas propostas, leia todas as instruções atentamente para depois iniciar o processo
de criação. Isso permitirá que você possa solucionar possíveis questionamentos que venham surgindo e lhe
dará um melhor planejamento.

29
Competência 02

2.5.1 Paredes

Para a produção das paredes de uma edificação devemos ficar atentos porque esta deve ser feita de modo a
compensar a diferença entre a espessura do material de trabalho e a medida real da parede na escala correta.
Por exemplo: usando o papel Paraná de 2 mm de espessura para simular a espessura de uma parede de 0,15
m na escala de 1/50, que vale 3 mm. A diferença de 1 mm que falta no papel Paraná (que possui 2 mm de
espessura) poderá ser compensada quando fizermos o revestimento da parede. No entanto, se não for
compensada, o contorno (as paredes) da edificação poderá não fechar.

2.5.2 Revestimento

Antes de planificarmos o revestimento das paredes é importante que tenhamos a base (estrutura) da maquete
cortada, fazendo isso poderemos verificar as medidas e compensar algum possível erro de corte ou medição.
Outra dica importante é não cortar o revestimento exatamente na medida em que ele será utilizado, devemos
deixar uma pequena sobra para facilitar a colagem e algum pequeno ajuste que possa ser necessário. Temos
infinitos tipos de revestimentos.

Na figura 20 a seguir podemos identificar alguns deles: se você observar a maquete atentamente pode ver a
riqueza de materiais que foram utilizados para o revestimento da estrutura. Entre eles temos diferentes tipos
de pisos, paredes com diferentes texturas, paisagismo em volta da casa, materiais que dão ideia de vidro para
as janelas e algumas paredes nas varandas, pedras naturais, água artificial indicando riacho... vejamos a seguir
os mais comuns:

Figura 20 – Tipos de revestimento


Fonte: https://3.bp.blogspot.com

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Competência 02

 Pisos e Azulejos: Há diversas maneiras para se representar esses tipos de revestimentos, podem ser
feitos sobre algum tipo de papel mais fino, da cor desejada, com linhas traçadas a lápis ou caneta,
nesse caso o papel deverá ser colado sobre a parede. Se a representação precisar ser em escalas
maiores, pode-se usar um papel mais grosso, tipo cartão ou cartolina, riscado com o estilete. Outra
opção, bastante utilizada, é ter o piso impresso no computador, essa é a maneira mais eficiente de
tornar a representação mais precisa.

 Piso cimentado ou asfaltado: No caso dos pisos cimentados, você poderá colar uma folha de papel na
cor desejada e traçar riscos (com estilete, lápis ou caneta) simbolizando as emendas do piso. Para pisos
asfaltados, poderá usar uma folha de lixa na cor preta, o acabamento fica muito bom.

 Piso em terra batida: Este poderá ser representado colando areia na área que deseja essa textura ou
utilizando uma filha de lixa, semelhante à do piso asfaltando, no entanto, para terra batida, a cor da
lixa deverá ser marrom e sua textura um pouco mais grossa.

 Piso em pedra: Existem folhas de pape já prontas com desenhos representando pedras de diferentes
tipos, pode fazer também como no caso dos azulejos e imprimir do computador. Outra maneira é
cortar pequenos pedaços de papelão que vão poder ser pintados ou revestidos na cor que se adeque
ao projeto. Seja qual for o caso, preste bastante atenção na escala para o tamanho das pedras não
ficar desproporcional ao tamanho da maquete.

 Paredes lisas: É uma das representações mais simples, podendo ser feita com papel (sulfite ou similar)
colado sobre as superfícies das paredes, ou tinta. Seja o papel ou tinta você utiliza na cor desejada.

 Paredes com textura: a textura poderá ser feita de diversas maneiras, riscando o material com estilete,
colando papel texturizado ou trabalhando com massa corrida (como é feito nas paredes reais).

 Paredes chapiscadas (muros): para dar essa textura de material áspero podem-se usar pedaços de
lixa, serragem pintada ou areia.

 Madeira: pode-se usar folha de madeira, palitos achatados (palito de picolé) recortados, cartolina na
cor desejada, ou ainda imprimir do computador a representação de madeira e colar sobre a estrutura
desejada. Estes revestimentos podem ainda ser pintados com verniz ou deixados na cor natural.

31
Competência 02

 Tijolos aparentes: assim como em alguns casos anteriores, você poderá imprimir a imagens dos tijolos
que desejar, tendo atenção na escala utilizada. Para acabamento mais realista, pode-se cortar
pequenos pedaços de papelão na dimensão dos tijolos e colá-los um a um, essa técnica é mais indicada
para varanda, churrasqueiras, lareiras, por produzirem um acabamento mais rústico.

 Tijolos de vidro: pode-se usar acetato com marcas quadriculadas feitas à lápis ou caneta, uma dica
bem legal é colocar pequenas quantidades de cola em cada quadrado para dar impressão de volume
e opacidade.

 Telhas: para representar telhas usa-se muito o papel micro ondulado, ele está disponível em diversas
cores. Os elementos do telhado como espigões, rincões e cumeeira, são feitos com o mesmo material
cortado ao longo de uma das ondas do papel.

 Painéis de vidro: usa-se muito o acetato, o acrílico ou o próprio vidro. Normalmente, vidros de
fachadas não são transparentes, por isso você deve ter atenção em colocar um papel mais escuro por
trás. No caso do acetato e do acrílico, você encontra com mais facilidade em diversas cores como
também fumê, prateado, etc.

Para saber mais sobre esses tipos, e outros, de revestimento. Vamos fazer uma rápida
pesquisa. Coloquem como título da pesquisa o tipo do revestimento que quer pesquisar
seguido da palavra maquete, exemplos: painéis de vidro maquete, paredes com texturas
maquete... A seguir busque por imagens.

2.5.3 Terrenos e ambientes externos

Os materiais mais utilizados para simular terrenos em desnível são: EVA, gesso, massa corrida, papelão, papel
Paraná ou isopor. Alguns terrenos são representados apenas por suas curvas de nível, nesses casos os materiais
devem ser colocados seguindo as alturas dessas curvas de nível em escala (Figura 21). O terreno será cortado
segundo as dimensões da construção que será encaixada no local.

32
Competência 02

Figura 21 – Terrenos em curvas de nível


Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-
GAUkfOEPWws/TtZ7uKC3mnI/AAAAAAAAAOk/REOeXZnQuP0/s1600/100_0381.JPG

Figura 22 – Terrenos em curvas de nível


Fonte: https://edificarto.files.wordpress.com/2014/11/img_7643.jpg

O acabamento do terreno varia conforme o projeto, podendo simular terra ou grama, por exemplo, pode-se
usar a serragem pintada, areia pintada, pó de camurça. No terreno de podem surgir outros elementos como
os citados abaixo, ver figura 22:

Caminhos - como dito antes, os caminhos de terra batida podem ser feitos com areia colada, os de pedra
podem ser simulados com pequenos pedaços de papel cortados e pintados, ou mesmo colando pedras
menores.

33
Competência 02

Figura 23 – Terreno com acabamentos diversos


Fonte: https://i.ytimg.com/vi/K_FGWwYrAvc/maxresdefault.jpg

2.5.4 Vegetação

 Árvores e arbustos: no mercado já existem diversos modelos em escalas diferentes para o uso em
maquetes, normalmente feitas de plástico.
 Trocos das árvores: feitos com pequenos pedaços de galhos de árvores reais, ou pode usar plástico,
palitos.
 Copa de árvores ou arbustos: geralmente usamos pedaços de esponjas verdes recortadas, bolas de
isopor para maquetes esquemáticas, musgos, bucha natural, algodão pintado, etc.
 Gramado: serragem, pó de camurça, serragem pintada, etc.
 Flores : podem ser naturais, lembrando que essas não vão ter muita duração, podem ser produzidas
com massa de modelar, papel crepom, EVA, ou então as próprias flores de plástico que existem.

Agora, dê uma pausa na leitura e assista a videoaula 3 falando sobre a confecção de


vegetação para maquetes.

34
Competência 02

2.5.5 Espelhos d´água

Existem diversos materiais que podem simular água, como cola, resina, gel, acetato, papel celofane, papel ceda
ligeiramente amassado, etc. Sobre o acetato podemos usar uma pequena quantidade de cola espalhada com
os dedos permitindo tirar o brilho e fazendo com que pareça ondulações da água.

A profundidade é em geral reduzida, mas existem técnicas que permitem dar impressão de maior
profundidade, como pintar o fundo em cor mais escura, ou desenhar azulejos com dimensões diferentes no
fundo da água.

Agora, novamente, dê mais uma pausa na leitura e assista a videoaula 4 que gravamos
falando sobre a confecção de água artificial.

2.6 Dicas e recomendações

1. Ao usar grande quantidade de cola, coloque-a em um recipiente e espalhe nas peças com um
pincel ou um palito. Assim, o trabalho se torna mais prático e limpo. Exceto, obviamente para colas que tenham
secagem rápida.
2. Use apenas a quantidade de cola necessária para juntar as partes da maquete, retirando o
excesso, sempre que necessário, com um cotonete ou pano limpo.
3. Escolha com cuidado o tipo de tinta e cola a serem usadas no material, pois algumas provocam
reações que podem manchar ou mesmo avariar as peças. Colas tipo Super Bond, por exemplo, sob o vidro.
4. Alguns materiais como gesso, massa plástica e durepox podem servir para corrigir
imperfeições na madeira. E, também, para colar partes isoladas; basta fazer pequenos furos na madeira e
preenchê-los com a massa, depois colocar a parte que deve ser colada (EXEMPLO: árvores, postes, pilares etc.)
e firmá-la até secar.
5. Caso a maquete tenha iluminação interna, deve-se deixar espaço reservado para a passagem
de fios, atrás e/ou na base da mesma.
6. Quando se desenha a fachada no papel de revestimento, como guia para cortar depois, deve-
se usar o lado avesso, assim o acabamento fica mais limpo.

35
Competência 02

7. Sempre que possível, deixe uma sobra do material de revestimento para fazer o acabamento
mais perfeito.
8. O estilete serve tanto para cortar quanto para marcar ou vincar o material (papel, borracha,
plástico etc.); use o lado não afiado com cuidado, para não rasgar.
9. Ao trabalhar com alguns materiais mais grossos, como o papel Paraná, às vezes o corte sai um
pouco irregular; use, então, a lixa para retirar rebarbas.
10. A serragem pode ser pintada, depois de aplicada, com tinta guache, tinta para aquarela ou
PVA, mas também pode ser tingida antes da aplicação.
11. As técnicas de pintura de parede ou móveis podem ser adaptadas para uso nas maquetes,
como a pátina, o envelhecimento etc.
12. Para simular piso ou revestimento em esteira ou palha, além do próprio material, pode-se
trabalhar com casca de bananeira seca.

Assista o link do vídeo a seguir, veja se consegue pensar como executar algumas técnicas utilizadas para a
confecção da maquete em questão, observe as texturas das paredes, veja se reconhece como foram feitos
alguns móveis, outros você perceberá que são partes de brinquedos de crianças. Veja o que acabamento... Ele
agrada a você? O que você faria de diferente nessa maquete?

https://www.youtube.com/watch?v=PX0rcGPYnZM

Até aqui aprendemos que são infinitas as possibilidades para confecção de uma maquete, tudo, ou
praticamente tudo, pode ser utilizado como material para sua criação. Na competência 2, vimos sugestões de
materiais mais adequados para determinada criação, o que pode representar melhor cada objeto e algumas
técnicas artesanais para sua utilização e construção. Aprendemos, nas vídeoaulas, algumas maneiras de
confeccionar vegetação e de fazer água artificial. Quero enfatizar novamente que existem infinitas maneiras
de criar, você tem e deve trabalhar a criatividade com o que tem em mãos e condições disponíveis, a internet
está aí para isso, procurem novas referências e tenham ideias novas.

36
Competência 03

3. Competência 03 | Desenvolver a criatividade e raciocínio lógico no


processo de execução de maquetes

Então, caro estudante, estamos iniciando nossa última semana de estudos e começo dizendo a você que a
MELHOR MANEIRA de conhecer a arte da maquetaria é praticando suas técnicas. Sendo assim, nessa semana,
para atingirmos o objetivo dessa competência, proponho a execução de maquetes que apresentam alguns dos
elementos que compõem a execução de uma maquete de projeto. Com esses exemplos exercitaremos as
principais fases da execução de uma maquete, do projeto ao resultado final.

Fique ciente que foram muitos erros e acertos e obviamente tudo que foi apresentado nesse caderno não são
maneiras únicas para executar determinada criação. Então, espero que existam muitos questionamentos e
novas descobertas para que todos possamos aperfeiçoar a execução de nossas maquetes.

Antes de executar qualquer procedimento proposto, leia todas as instruções atentamente para depois iniciar
a execução. Isso garantirá a resolução de dúvidas e um melhor planejamento das tarefas que você deverá
cumprir.

Novamente reforçando, não esqueça! A principal tarefa aqui é exercitar a criatividade, esta é a principal
ferramenta para exercitar a prática.

3.1 Sólidos básicos e suas planificações

Então, se a gente observar os formatos dos objetos a nossa volta (que é o que costumamos representar em
maquetes), notaremos que seus volumes se assemelham a sólidos geométricos básicos... Cubos, cilindros,
pirâmides, e outras figuras que foram combinadas entre si.

A melhor maneira de representar esses volumes é imaginá-los como os sólidos que possibilitarão sua
planificação. Planificar uma superfície é estendê-la sobre um material plano tal que seja possível recuperar sua
forma original através de recorte e montagem. Para isso, precisaremos conhecer alguns sólidos geométricos
planificados, veja a sequência de figuras a seguir (de 23 a 28), nela temos exemplos de cubo, paralelepípedo,
pirâmide, cilindro, cone e tetraedro (que também é uma pirâmide, mas de base triangular).

37
Competência 03

Figura 24 – Clube planificado


Fonte: O autor (2018)

Figura 25 – Paralelepípedo planificado


Fonte: O autor (2018)

38
Competência 03

Figura 26 – Pirâmide planificada


Fonte: O autor (2018)

Figura 27 – Cilindro planificado


Fonte: O autor (2018)

39
Competência 03

Figura 28 – Clone planificado


Fonte: O autor (2018)

Figura 29 – Tetraedro planificado


Fonte: O autor (2018)

3.2 Projeto 1: Poliedros regulares: Proposta

A proposta inicial é a de que você confeccione os 3 dos 5 poliedros regulares. A ideia inicial é visando que vocês
adquiram um pouco de habilidade com o manuseio e confecção de objetos considerados um pouco mais
simples, possibilitando que ocorram as dúvidas mais frequentes sem o desperdício de dinheiro com materiais
caros.

40
Competência 03

As videoaulas dessa semana devem ser acompanhadas durante a confecção dos projetos,
nelas eu faço na prática uma maneira de executar os projetos. Na vídeoaula 5 está disponível
o tutorial para o projeto 1.

Então vamos lá! Abaixo, figura 29, estão os 5 poliedros regulares:

Figura 30 – Poliedros Platônicos


Fonte: http://www.profcardy.com/geometria/i/platao.jpg

 Materiais:

- Folha de papel para estrutura;


- Folha de papel para acabamento, ou tecido;
- Cola branca.

A folha de papel para a estrutura ficará a seu critério escolher. Poderá ser cartolina, papel guache, papel cartão.
É nela que iremos desenhar nossa planificação dos poliedros.

A folha de papel para acabamento servirá para cobrir a peça depois de montada, essa poderá ser colorida,
estampada ou você pode optar por um tecido, esse acabamento fica a seu critério. Lembrando que, se você
optar por um tecido, o papel usado na estrutura deverá ser bem mais grosso, isso impedirá que a cola
encharque o papel e rasgue-o.

41
Competência 03

 Ferramentas e utensílios:

- Tesoura;
- Estilete;
- Régua para corte;
- Pincel para cola.

Como dito antes e reforçando agora, essas sugestões de materiais e utensílios não são uma lista de compras.
Você deverá ser criativo e pensar como pode executar o exercício proposto no contexto que você está inserido.
Então, depois da proposta lançada, materiais e utensílios definidos, nós paramos para pensar nos passos para
a execução. Ou seja, no meu planejamento.

Como vocês agiriam para a construção desses poliedros então? Eu faria da seguinte maneira:

1. Os objetos se apresentam em peças únicas, logo, para a montagem é preciso fazer sua planificação
por inteiro.
2. Eu faria a planificação de cada um desses poliedros, e as desenharia no papel que utilizarei para a
estrutura, faria isso da maneira que melhor aproveitasse o material.

Obs.: Sobre planificar, veja item anterior.

3. Após esse traçado, recortaria as peças com estilete e régua guia e montaria utilizando a cola.
4. A aplicação do tecido ou recortes de outros papeis estampados seria feita de acordo com o formato
do objeto.

A seguir temos o esquema de planificação dos poliedros, o cubo e o tetraedro você já viu no item anterior. A
escala, nesse caso, você escolhe.

42
Competência 03

Figura 31 – Octaedro planificado


Fonte: http://www.somatematica.com.br/emedio/espacial/Image72.gif

Figura 32 – Dodecaedro planificado


Fonte: http://www.somatematica.com.br/emedio/espacial/Image75.gif

43
Competência 03

Figura 33 - Icosaedro planificado


Fonte: http://www.somatematica.com.br/emedio/espacial/Image76.gif

3.3 Projeto 2: Sofá: Proposta

As videoaulas dessa semana devem ser acompanhadas durante a confecção dos projetos,
nelas eu faço na prática uma maneira de executar os projetos. Na vídeoaula 5 está
disponível o tutorial para o projeto 1.

A nossa proposta inicial é a criação de um sofá, ou seja, uma maquete figurativa de mobiliário (Figura abaixo).
Novamente a escala você vai determinar levando em consideração a sua mão, use a palma da mão como
referência para a largura do sofá.

44
Competência 03

Figura 34 - Sala de estar em miniatura


Fonte:
https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1DmMOSXXXXXafXVXXq6xXFXXXd/
Doub-K-1-12-brinquedo-De-Madeira-Casa-De-Bonecas-Em-
Miniatura-de-M-veis-sala.jpg

 Materiais:

Sugiro a utilização de materiais leves, que você encontra fácil e que não terá custo alto (quase nenhum):

- 1 Folha de papel guache, ou cartão para a estrutura;


- Tecido para decoração e acabamento.

As orientações do projeto anterior servirão para esse também. A folha de papel para a estrutura ficará a sua
escolha. Poderá ser cartolina, papel guache ou papel cartão. É neste material que iremos desenhar nossa
planificação das partes do sofá. O tecido para acabamento servirá para cobrir a estrutura depois de montada,
poderá ser colorido ou estampado.

 Ferramentas e utensílios:

- Tesoura para papel e tecido;


- Estilete;
- Material de desenho;
- Régua para corte;
- Pincel para cola

45
Competência 03

Como dito antes e reforçando agora, essas sugestões de materiais e utensílios não são uma lista de compras.
Você deverá ser criativo e pensar como executar o exercício proposto no contexto no qual você está inserido.
Então, depois da proposta lançada, materiais e utensílios definidos, nós paramos para pensar nos passos para
a execução. Ou seja, no planejamento. Como você agiria para a construção desse sofá?

Podemos observar que a montagem dessa peça exige duas etapas:

1. Montagem das partes que compõem o sofá (a estrutura);


2. Montagem final

Sobre a montagem das partes:

1. Se analisarmos o sofá se apresenta como uma peça única, no entanto, para a montagem da maquete
é preciso dividi-lo em partes. A estrutura será feita de papel, nos materiais sugeri guache ou cartão,
mas vocês tem a liberdade de escolhe outro, contanto que seja firme o suficiente para sustentar o
tecido quando colarmos. Planifique cada uma das peças e disponha todas elas de maneira que melhor
aproveite o material.
2. Após esse traçado, recorte as peças com estilete e régua guia e monte utilizando a cola.
3. A aplicação do tecido é feita de acordo com o formato do objeto. Aplicamos o tecido nas faces mais
aparentes, depois completamos com as bordas dele fazendo uma dobra de acabamento.

46
Competência 03

Figura 35 - Planificação da estrutura do sofá


Fonte: @Maquetes&Miniaturas

Sobre a montagem das partes:

1. Use cola e junte primeiramente o encosto e as peças do assento. Em seguida junte os braços e, por
ultimo as almofadas do encosto.
2. Verifique se o acabamento está bem finalizado. Verifique se as peças estão na mesma proporção ou
se alguma ficou maior ou menor (deixando algum espaço sobrando ou faltando).
3. Deixe a cola secar bastante sem manusear muito o objeto, se você observar, o objeto poderá estar um
pouco úmido (dependerá do tipo de papel que você decidiu usar para fazer a estrutura).
4. Pronto, seu objeto estará pronto para compor sua maquete.

47
Considerações finais

Caro estudante,

Aqui fizemos um pequeno levantamento sobre como proceder para iniciar no ramo da confecção de maquetes.
Vocês puderam entender sobre o que devemos levar em consideração no planejamento de uma maquete.

Estudamos os principais tipos de maquete, caracterizando suas diferenças, como proceder para definição de
materiais e quais sequencias de execução dos procedimentos devemos seguir.

Pudemos testar e manusear alguns materiais e instrumentos apropriados para o processo e, principalmente
trabalhar nossa criatividade fazendo com que a gente “se virasse” com o que tínhamos em mãos.

Dessa maneira chegamos ao fim de mais uma disciplina, espero que a tenha aproveitado ao máximo, e não
pare com os estudos sobre os assuntos vistos aqui, novamente repito... as possibilidades são infinitas.

Até breve!

48
Minicurrículo do Professor Autor

Olá! Sou Cesário Antônio Neves Júnior, tenho graduação em Licenciatura em Expressão Gráfica pela
Universidade Federal de Pernambuco (2013). Já trabalhei como professor substituto da Universidade Federal
de Pernambuco, tendo mantido meu vínculo ao Departamento de Expressão Gráfica. Possuo experiência com
tutoria online e presencial, tendo trabalhado no Curso de Artes Visuais Digitais a Distância na Universidade
Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Atualmente sou estudante de Especialização em Docência do Ensino Superior, pela Faculdade dos Guararapes,
e Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica (EDUMATEC), pela UFPE.
Atuo principalmente nos seguintes temas: educação, ensino técnico, ensino de graduação, geometria, desenho
técnico, artes, design, arquitetura e tecnologia.

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Referências

KNOLL, W. HECHINGER, M. Maquetes arquitetônicas. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

MARK, K. Planejamento de espaços internos: com exercícios. Porto Alegre: Bookman, 2010.

MUNARI, BRUNO. Fantasia: Invenção, criatividade e imaginação na comunicação visual. Lisboa: presença,
1981.

ROCHA, P. M. Maquetes de Papel. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

Bibliografia complementar

CONSALES, L. Maquetes: a representação do espaço no projeto arquitetônico. Barcelona: Gustavo GILI, 2001.

NACCA, R. M. Maquetes e Miniaturas: técnicas de montagem passo-a-passo. São Paulo: Giz Editorial e Livraria,
2007.

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