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Desenho Técnico

Jeronimo Braga

Curso Técnico em Segurança do Trabalho


Educação a Distância
2019
EXPEDIENTE

Professor Autor
Jeronimo Braga

Design Instrucional
Deyvid Souza Nascimento
Renata Marques de Otero

Revisão de Língua Portuguesa


Eliane Azevêdo

Diagramação
Izabela Cavalcanti (2.ed. / 2019)

Coordenação
Hugo Carlos Cavalcanti (Crb-4 2129)

Coordenação Executiva
George Bento Catunda

Coordenação Geral
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação


Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação
(Rede e-Tec Brasil).

Maio, 2017
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB

B813d
Braga, Jeronimo.
Desenho Técnico: Curso Técnico em Segurança do Trabalho: Educação a distância /
Jeronimo Braga. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco. – 2.ed.
– Recife: Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, 2019.
50 p.: il.

Inclui referências bibliográficas.


Material produzido em maio de 2017 através de convênio com o Ministério da Educação
(Rede e-Tec Brasil) e a Secretaria de Educação de Pernambuco.

1. Desenho técnico. 2. Projeto Arquitetônico. I. Braga, Jeronimo. II. Título.

CDU – 744

Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129


Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 7

1.Competência 1 | Conhecer a Função e a Importância do Desenho, bem como os Instrumentos,


Materiais e Normas Técnicas Aplicadas ao Desenho ............................................................................. 8

1.1 A função e a importância do desenho técnico............................................................................................9

1.2 As linhas do desenho técnico ......................................................................................................................9

1.3 A caligrafia no desenho técnico ............................................................................................................... 13

1.4 O material e instrumentos utilizados nos desenhos técnicos ................................................................. 14

1.5 O formato do papel .................................................................................................................................. 17

1.6 A perspectiva no desenho técnico ........................................................................................................... 18

2.Competência 02 | Identificar a Razão e a proporção de Objetos com suas Principais Vistas


Ortogonais e seus Projetos Arquitetônicos.......................................................................................... 20

2.1 As vistas ortogonais no desenho técnico ................................................................................................. 20

2.2 As escalas no desenho técnico ................................................................................................................. 21

2.2.1 A escala natural ..................................................................................................................................... 22

2.2.2 A escala de ampliação ........................................................................................................................... 22

2.2.3 A escala de redução .............................................................................................................................. 23

2.3 Os projetos nas edificações...................................................................................................................... 23

2.3.1 Esboço ................................................................................................................................................... 24

2.3.2 Anteprojeto ........................................................................................................................................... 24

2.4 As composições dos projetos ................................................................................................................... 26

2.4.1 Planta de situação ................................................................................................................................. 26

2.4.2 Planta de locação .................................................................................................................................. 27

2.4.3 Planta de Coberta.................................................................................................................................. 28

2.4.4 Planta baixa ........................................................................................................................................... 29

2.4.5 Fachada ................................................................................................................................................. 30


2.5 Os Projetos complementares ................................................................................................................... 31

2.5.1 Projeto complementar de estrutura ..................................................................................................... 31

2.5.2 Projeto complementar das instalações hidráulicas e sanitárias ........................................................... 32

2.5.3 Projeto complementar da instalação elétrica ....................................................................................... 33

2.5.4 Projeto complementar das instalações especiais contra incêndio ....................................................... 34

3.Competência 03 | Identificar as Convenções Básicas e Interpretar Projetos de Segurança no


Desenho de Arquitetura ....................................................................................................................... 37

3.1 A simbologia básica para desenho utilizada em planta baixa de arquitetura ......................................... 38

3.2 A simbologia básica para desenho utilizada em segurança do trabalho ................................................. 39

3.3 A simbologia básica para desenho das canalizações e conexões das instalações contra incêndio......... 42

Conclusão ............................................................................................................................................. 47

Referências ........................................................................................................................................... 48

Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 50

Jeronimo Jorge da R. Braga ............................................................................................................................ 50


Introdução
Caro cursista,
Seja muito bem-vindo à disciplina de Desenho Técnico do Curso de Segurança do
Trabalho!
Então, vamos começar com uma pergunta? Já passou pela sua cabeça ou você já ouviu o
comentário de algum colega de turma sobre o que você irá estudar na disciplina Desenho Técnico em
Segurança do Trabalho?
Pois bem, nesta disciplina iremos estudar um pouco sobre linhas básicas que dão origem
às letras técnicas e a combinação dessas linhas que dão origem à forma e à expressão gráfica da ideia.
E é através da normatização, das regras básicas, que devem ser observados todos os tipos de linhas
utilizados no desenho técnico.
Na primeira semana de estudos, você conhecerá a importância do desenho, os
instrumentos, os materiais, algumas normas técnicas aplicadas ao desenho, caligrafia, formato do
papel, enfim, o início dos trabalhos em desenho.
Na segunda semana, estudaremos sobre as vistas ortogonais, escalas, projetos e seus
complementares, para uma melhor identificação de mapas de risco.
Na terceira e última semana, veremos as convenções básicas dos projetos de segurança
no desenho de arquitetura, o que facilitará a você a interpretação e projetação do seu mapa de risco.
Vamos em frente! Não se desespere quanto ao desenho! O importante é compreender a
leitura e a dinâmica para compor seu projeto de técnico.
Bons estudos!
Professor Jorge Braga

7
Competência 01

1.Competência 1 | Conhecer a Função e a Importância do Desenho, bem


como os Instrumentos, Materiais e Normas Técnicas Aplicadas ao Desenho
A partir de agora, daremos início as nossas atividades rumo ao conhecimento de como se
desenvolve o desenho técnico, através do estudo da função, importância, materiais e normas
técnicas. Fique atento aos fóruns da semana e ao encontro presencial, em que discutiremos sobre os
instrumentos, materiais e as normas técnicas relacionadas ao desenho.

O QUE É DESENHO?

Um desenho é uma figura, uma imagem ou um delineamento geralmente feito à mão, com uma
ferramenta (lápis, pincel), em diferentes materiais. O conceito de técnico, por outro lado, refere-
se a um processo ligado à ciência, destinado a obter um determinado resultado.
(Disponível em: http://conceito.de/desenho-tecnico#ixzz2gehUhygi

Leia mais:
Conceito de desenho técnico - O que é, Definição e Significado
https://conceito.de/desenho-tecnico#ixzz2gehUhygi

A definição de Desenho Técnico pode ser descrita como sendo uma forma de expressão
gráfica, usada, entre outras finalidades, para representar e/ou transmitir com exatidão todas as
características do objeto que representa, a qual deve ser da maneira mais clara possível.
A arquitetura, por exemplo, é uma ciência que recorre ao desenho técnico para
demonstrar as áreas de um imóvel, seja ele construído ou não.

Você sabia?
Hieróglifo pode ser definido como uma escrita sagrada, e era dominada
apenas por pessoas que tinham o poder sobre a população, como:
sacerdotes, membros da realeza e escribas. Somente esses tinham o
conhecimento de ler e escrever essa escrita sagrada. Os hieróglifos eram
desenhos que poderiam representar palavras, objetos, pessoas, ao serem
lidos e transmitir a mensagem da mesma maneira que as letras de hoje
em dia.
http://www.infoescola.com/civilizacao-egipcia/hieroglifo/

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Competência 01

1.1 A função e a importância do desenho técnico

A principal função do Desenho Técnico se dá em uma representação no plano, de


qualquer objeto, de suas medidas e escalas, de forma precisa, sendo bidimensional ou tridimensional.
Vejamos: um edifício pode ser representado em um plano horizontal (com vista de cima,
do telhado, etc.) ou vertical (fachada, vista lateral), com detalhes sobre as dimensões, norte
magnético, etc. em projetos. Neste caso, trata-se de desenho arquitetônico.

O DESENHO TÉCNICO pode compreender esboços, diagramas, gráficos, planos e outras


representações. É frequente serem usados conceitos geométricos e noções de matemática para
trabalhar de forma bem-sucedida com escalas e perspectivas.
(Disponível em: http://conceito.de/desenho-tecnico)

A ferramenta do desenho técnico, principalmente no setor industrial, é de suma


importância, pois na confecção de peças, seja qual for o tamanho, o processo do desenho tem a
análise e posterior construção do objeto que se quer fazer. Podemos citar como exemplo, peças de
motor de automóvel, peças para eletrônica, móveis, decoração, etc. O desenho técnico é, acima de
tudo, uma forma de relação entre a criação e a realidade, buscando um entendimento em comum
entre todos os ativos que fazem parte do projeto ou esboço. O que seria o esboço?

O ESBOÇO é aceito, geralmente, como um meio universal e eficaz de comunicação, tanto entre
técnicos como entre leigos. Ao fixar-se uma ideia, por meio de um esboço, ela se torna
permanente; pode-se, então, aplicar todos os esforços da crítica para analisá-la e toda a
capacidade criativa para refiná-la e desenvolvê-la. (ROSADO, 2005, p. 03)

1.2 As linhas do desenho técnico

As linhas, quanto à sua forma e sua natureza, são apresentadas a nós como linha reta
(fig.1), linha curva (fig.2), linha mista (fig.3), linha sinuosa (fig.4) e linha quebrada (fig.5), sem esquecer
da linha tracejada (fig.6) e linha traço e ponto (fig.7). Podemos ver, por exemplo, que o alfabeto é
formado por diversas dessas linhas.
Veja: A, B e C contêm as seguintes linhas: A apenas linhas retas, B linhas reta e curva e C
apenas linha curva. Observemos as figuras na página seguinte:

9
Competência 01

Figura 01 – Linha Reta


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: fundo branco com uma linha reta em preto.

Figura 02 – Linha Curva


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: fundo branco com uma linha curva para cima em preto.

Figura 03 – Linha Mista


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: fundo branco com uma linha reta junto da linha curva em preto.

Figura 04 – Linha Sinuosa


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: fundo branco com uma linha em curvas em preto.

Figura 05 – Linha Quebrada


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: fundo branco com uma linha reta em três pontos em preto.

Figura 06 – Linha Tracejada


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: fundo branco com uma linha tracejada em preto.

10
Competência 01

Figura 07 – Linha Traço e Ponto


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: fundo branco com uma linha tracejada com ponto em preto.

As linhas, quanto à posição, apresentam-se na vertical (fig.8), horizontal (fig.9) e na


posição inclinada (fig.10). Mentalmente, visualize um poste à sua frente bem mais alto que você e
que poderá estar inclinado para qualquer lado ou na vertical. Estará na posição horizontal antes de
ser lançado na vala que foi aberta para a sua fixação vertical.

Figura 08 – Vertical Figura 09 – Horizontal Figura 10 – Inclinada


Fonte: arquivo pessoal Fonte: arquivo pessoal Fonte: arquivo pessoal
Descrição: fundo branco Descrição: fundo branco Descrição: fundo branco
com linha reta em preto. com linha reta em preto. com linha reta em preto.

Ao estudarmos duas linhas em posição relativa, isto é, a posição de uma em relação à


outra, teremos: as paralelas (fig.11), as perpendiculares (fig.12) e as concorrentes (fig.13).

Figura 11 – Paralelas Figura 12 – Perpendiculares Figura 13 – Concorrentes


Fonte: arquivo pessoal Fonte: arquivo pessoal Fonte: arquivo pessoal
Descrição: fundo branco Descrição: fundo branco Descrição: fundo branco
com linhas retas em preto. com linhas retas em preto. com linhas retas em preto.

11
Competência 01

Todas as linhas apresentadas até agora poderão ser representadas também como linhas
convencionais, do tipo: cheia, tracejada, pontilhada e por traço e ponto, com suas devidas funções
no desenho.
Prezado estudante, por determinação da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), as linhas do desenho técnico são regulamentadas pela NBR 8403 quanto à aplicação e
largura. Veja na figura 14 a descrição das linhas a seguir:

Linha de contorno visível representa todas as arestas visíveis do objeto que está sendo
representado.
Linha de contorno invisível representa as linhas que estão encobertas por outras partes do objeto
em relação ao observador.
Usa-se a linha tracejada para a indicação destas partes encobertas.
Linha de centro e eixo de simetria representa as partes simétricas e o centro das figuras. Na
representação da linha de centro e eixo de simetria usa-se uma linha fina formada por traços e
pontos alternados.
Linha de chamada é uma linha fina utilizada para auxiliar a linha de cota.

Consulte o site da ABNT e fique por dentro das Normas


Regulamentadoras para o uso correto nos projetos desenvolvidos.
http://www.abnt.org.br/

É recomendável que a linha de chamada não se encoste ao contorno dos objetos. Linha
de cota é uma linha fina limitada por flechas agudas que tocam nas linhas de chamadas. Em alguns
casos especiais, nas linhas de cotas, são utilizados pontos ou traços inclinados em substituição às
flechas. O numeral 297, o qual passa a ser chamado de cota, representa o valor real da dimensão.
Conforme figura 14

12
Competência 01

Figura 14 – Linhas do Desenho Técnico


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: fundo branco com descrições das linhas em preto. Linhas horizontais e inclinadas com linhas tracejadas e traço
e ponto.

1.3 A caligrafia no desenho técnico

Prezado cursista, a caligrafia técnica se utiliza da combinação de várias linhas,


regulamentadas pela NBR 8402, podendo ser aplicada com instrumentos ou, tendo uma boa
coordenação, à mão livre, exigida apenas legibilidade, uniformidade e adequação aos processos de
reprodução. Para uma melhor familiarização, dividimos as letras maiúsculas em três grupos.
• O grupo das letras retas: A, E, F, H, I, K, L, M, N, T, V, W, X, Y, Z
• O grupo das mistas: B, D, G, J, P, Q, R, U
• E o grupo das letras curvas: C, O, S
As letras minúsculas seguem a mesma divisão, apenas atentando para a diferenciação da
letra A maiúscula e a minúscula, no desenho.
• O grupo das letras retas minúsculas: i, k, l, t, v, w, x, z.
• O grupo das letras mistas minúsculas: b, d, e, f, g, h, j, m, n, p, q, r, u, y.
• E o grupo das letras curvas minúsculas: a, c, o, s.
• Os numerais utilizados na caligrafia técnica: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 0

Dê uma parada na leitura e veja a primeira videoaula, com


comentários sobre os primeiros assuntos abordados no início desta
competência.

13
Competência 01

1.4 O material e instrumentos utilizados nos desenhos técnicos

Caro estudante, a segurança adquirida no manuseio dos instrumentos proporciona a


técnica de uma perfeita execução. Reiteramos que este curso não tem a pretensão de transformá-lo
num desenhista e, sim, capacitá-lo para a interpretação dos projetos de segurança do trabalho. Por
isso, é necessário conhecer os tipos de lápis e as minas de grafite utilizadas pelos profissionais, bem
como as lapiseiras e as suas dimensões no traço.
Os lápis comuns (fig. 15) são numerados de 1 a 8 e de 1 a 10, apresentando-se de forma
cilíndrica ou sextavada.

É sua vez! Pesquise sobre o que são os lápis cilíndricos ou


sextavados.

Para desenho à mão livre, usamos o lápis comum da linha HB, em que a letra B possui
numeração para mais macio e a letra H possui numeração para mais duro. À medida que a numeração
aumenta, o lápis se torna mais claro e mais duro.

Figura 15 – Lápis Comum


Fonte: https://www.desenhoepintura.com.br/lapis-grafite-graduado-koh-noor-1500/. Acesso em 13/12/2018
Descrição: desenho de um lápis em fundo branco com a escala de dureza do traçado do grafite.

As lapiseiras (fig.16) são comercializadas com as dimensões 0,3; 0,5; 0,7 e 0,9 mm nas
mais variadas marcas. As minas de grafite para as lapiseiras são comercializadas em pequenos estojos,
identificados com a espessura da lapiseira e a dureza da mina de grafite, representada por letras B e
H. A série B (black) representa as minas de grafites macias e tonalidade preta. Quanto maior o número
de B, mais preta e mais macia será a lapiseira. A série H (hard) representa as minas de grafites duras

14
Competência 01

e tonalidade cinza. Quanto maior o número de H, mais cinza e mais dura a lapiseira.

Figura 16 - Lapiseiras
Fonte: http://graphisestudio.blogspot.com.br/2013_03_01_ archive.html
Descrição: lapiseiras grafite em fundo branco.

A borracha deve ser macia e branca e apresentar-se sempre limpa e pronta para o seu
desempenho. Caso a borracha apresente qualquer tipo de sujeira, devemos proceder a sua limpeza
em um tecido ou folha limpa, antes de aplicá-la na área do desenho, para não correr o risco de
manchar o papel.
Em relação ao par de esquadros, ele será identificado quando a hipotenusa de um
coincidir com o cateto maior do outro. Somente assim poderemos chamá-lo de par. Um apresenta os
ângulos de 30°, 60° e 90° e é conhecido como o esquadro de 60°. O outro possui dois ângulos de 45°
e um de 90° e é conhecido como esquadro de 45°. Veja a figura 17 abaixo que ilustra bem as
informações anteriores.

Figura 17 - Esquadros
Fonte: http://www.trident.com.br/index.php?r=produtos/categoria-79
Descrição: fundo azul com os esquadros de 45° e 60°

15
Competência 01

A régua “T”, que com o tempo foi substituída pela régua paralela, tem como finalidade o
traçado de linhas horizontais. Também auxilia os esquadros nos traçados das linhas verticais e
inclinadas, de acordo com os ângulos dos esquadros e os ângulos combinados entre eles. Veja a
imagem abaixo:

Figura 18 – Régua T
Fonte: https://www.artcamargo.com.br/materiais-para-desenho/reguas/regua-t-para-desenho.html
Descrição: fundo branco com a régua T em marron escuro e detalhe da abertura na imagem pequena.

Outro instrumento é o escalímetro, utilizado para a medição. Com o formato triangular,


possui seis escalas graduadas para as devidas conversões nas escalas dos desenhos. Veja a imagem
abaixo:

Figura 19 - Escalímetros
Fonte: http://artcamargorevenda.com.br/catalogo/sinoart/escalimetros/
Descrição: fundo branco com imagem em três dimensões da régua de escalas.

Além dos citados anteriormente, há também o compasso, instrumento utilizado para as


construções dos arcos e o traçado das circunferências. Veja o exemplo:

16
Competência 01

Figura 20 - Compasso
Fonte: https://www.desenhoepintura.com.br/categoria/compasso-desenho-tecnico/compasso-trident-2/
Descrição: fundo branco com a imagem de um compasso.

Por último, e não menos importante, há o transferidor, instrumento utilizado para medir
a região angular dos ângulos, como pode ser conferido na imagem:

Figura 21 - Transferidores
Fonte: https://www.pontodasartes.com/pt/catalogo/desenho/reguas-e-compassos/
Descrição: fundo branco com a imagem de dois tranferidores, conhecidos como 180° e 360°.

Acesse os links a seguir e veja o uso dos materiais de desenho:


https://www.youtube.com/watch?v=N34Gg6CZfLo
https://www.youtube.com/watch?v=oE_HcRBCfMY

1.5 O formato do papel

Em conformidade com a NBR 10068, o formato padrão do papel utilizado é o da série A.


O tamanho A0 (zero), com 1m², é o formato padrão. Através das dobras, obtêm-se os formatos
subsequentes da série: A1, A2, A3, A4,... etc. Há ainda o formato conjugado que é obtido pela
combinação. Ex: 4 vezes o A4 = 840 x 297. O dobramento das folhas, as dimensões das margens e da
legenda são todas normalizadas.

17
Competência 01

Figura 22 – Formato do Papel


Fonte: https://www.printi.com.br/guia-de-impressao/formatos-de-papel
Descrição: fundo branco com imagem alusiva ao tamanho do papel em azul e na direita a relação com o tamanho do
papel em milímetros. As letras seguidas de números mostram o tamanho referente para cada tipo de formato de papel.
Ao lado temos as medidas correspondentes.

1.6 A perspectiva no desenho técnico

No desenho técnico, quando queremos representar um objeto visualizando as três


dimensões (altura, comprimento e profundidade) estamos diante de uma perspectiva que poderá ser
cônica ou exata e cilíndricas paralelas (Isométrica ou Cavaleira).
No caso da perspectiva cônica, observamos a perspectiva com um ponto de fuga, dois
pontos de fuga ou três pontos de fuga, dependendo do que se quer representar.
Na perspectiva isométrica, fixamos dois ângulos de 30° para as laterais da perspectiva,
formando uma figura com várias linhas em paralelismo. Observe a figura.

18
Competência 01

Figura 23 - Perspectiva Isométrica


Fonte: www.querisquinhos.blogspot.com
Descrição: fundo branco com um cubo na cor verde e detalhes das medidas das arestas em azul e indicações das medidas
em vermelho.

Figura 24 –Perspectiva Cônica


Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7696
Descrição: fundo branco com o cubo em perspectiva cônica em preto. Arestas visíveis.

Caro estudante, nesta semana estudamos a função e a importância do desenho, bem


como os instrumentos básicos, materiais, linhas e normas técnicas aplicadas ao desenho. Aproveite
as videoaulas para se aprofundar. Mantenha atenção à atividade semanal e à aula-atividade. Bons
estudos!

Agora vamos dar uma pausa na leitura e assistir à segunda


videoaula para ampliar o entendimento. Bons estudos!

Divirta-se com o vídeo:


https://www.youtube.com/watch?v=XSiFTNDlvgM

19
Competência 02

2.Competência 02 | Identificar a Razão e a proporção de Objetos com suas


Principais Vistas Ortogonais e seus Projetos Arquitetônicos
Prezado estudante,
Nesta semana, construiremos a noção de razão e proporção, e o conceito de escala, além
das vistas ortogonais de figuras tridimensionais que irão colaborar na confecção de projetos de
segurança e combate a incêndios em empresas de diversos ramos. Por essa razão, é importante que
você, como estudante, dedique-se cada vez mais à disciplina e procure saber mais a respeito do
assunto, uma vez que, como profissional, poderá ser requisitado a qualquer momento para emitir
opinião.

Acesse sites de pesquisa e os que tratem deste assunto de


proporção de objetos, vistas ortogonais, projeto arquitetônico, para
que o embasamento do seu estudo se fortaleça ainda mais. Veja os
exemplos nos sites:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raz%C3%A3o_(matem%C3%A1tica)
https://pt.slideshare.net/EllenAssad/projees-ortogonais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_arquitet%C3%B4nico

Até agora você esteve se preparando e está reconhecendo as regras de como se


desenvolve o desenho, a escrita, os números, e a proporção entre o real e a representação gráfica
assim como as vistas que o compõem.
A partir de agora, caro cursista, iniciaremos um novo enfoque sobre as ferramentas que
elevarão a sua percepção visual à compreensão da composição do Projeto.

2.1 As vistas ortogonais no desenho técnico

As vistas no desenho técnico são as representações das faces dos objetos como se
apresentam aos olhos de quem observa. São três as vistas principais (de frente, de cima e de lado).
Ao todo, temos seis vistas, as demais são: lado direito, inferior e posterior. Pelo método europeu, que
é adotado no Brasil, elas tomam posições quando se dá a representação em lugares distintos. A vista
de cima fica abaixo da vista de frente e a vista do lado esquerdo fica à direita da vista de frente. Na

20
Competência 02

próxima figura, teremos a representação das seis vistas.

Figura 25 – Vistas Ortogonais


Fonte : http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_1t.php
Descrição: figuras dispostas nas posições indicadas anteriormente.

As três vistas principais: Frontal, Lateral esquerda e Superior.

Figura 26 – Vistas Principais


Fonte: dc382.4shared.com
Descrição: figuras dispostas nas posições indicadas anteriormente.

Consulte o site abaixo e fique por dentro do desenho das vistas:


https://docente.ifrn.edu.br/joaocarmo/disciplinas/aulas/desen
2.2 As escalas no ho-tecnico/metodo-para-desenho-de-projecoes-ortogonais
desenho técnico

21
Competência 02

A relação que existe entre o objeto real e a sua representação no papel é determinada
pela escala do desenho que preserva a forma e a proporção entre as partes. Há três tipos de escalas
usuais no desenho técnico, a saber:

2.2.1 A escala natural

Conserva as mesmas dimensões do objeto quando representado no papel. Escreve-se 1:1


(leia-se um pra um).

Figura 27 – Escala Natural


Fonte: https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tecnico-32055349
Descrição: imagem com linhas pretas em fundo branco com as medidas na escala natural.

2.2.2 A escala de ampliação

Aumenta o tamanho do objeto quando se faz a representação no papel. Escreve-se 2:1


(leia-se dois pra um). Na escrita numérica, o primeiro numeral é maior do que o segundo. Neste caso,
significa que o desenho será aumentado em duas vezes o tamanho do objeto real.

Figura 28 – Escala de Ampliação


Fonte: https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tecnico-32055349
Descrição: imagem com linhas pretas em fundo branco com as medidas correspondentes a escala em uso.

22
Competência 02

2.2.3 A escala de redução

Diminui o tamanho do objeto quando se faz a representação no papel. Escreve-se 1:2


(leia-se um pra dois). Na escrita numérica, o segundo numeral é maior que o primeiro. Significa que
o objeto será reduzido em duas vezes o tamanho real.

Figura 29 – Escala de Redução


Fonte: https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tecnico-32055349
Descrição: imagem com linhas pretas em fundo branco com as medidas referentes a redução em 20 vezes do tamanho
real.

Vale ressaltar que as cotas permanecem reais quando ampliamos ou reduzimos qualquer
desenho.

Escalas de ampliação: 5:1; 10:1; 20:1; 25:1.


Escalas de redução: 1:5; 1:10; 1:20; 1:25; 1:50...; 1:200...; 1:500...

Agora pause a leitura e veja a videoaula para reforçar o seu


conhecimento. Bons estudos!

2.3 Os projetos nas edificações

Prezado estudante, um projeto, em qualquer área de atuação, não nasce de uma hora
para outra. Ele é concebido e pensado em todas as suas etapas até o final da execução. Essas etapas
são: o esboço, o anteprojeto e o projeto arquitetônico, propriamente dito. Comentemos cada uma:

23
Competência 02

2.3.1 Esboço

Estudo preliminar ou o esboço é a concepção da ideia quando ela é transportada para a


representação gráfica real, como vemos na figura 30.

Figura 30 - Esboço
Fonte: https://wjprojetos.blogspot.com/2013/12/etapas-de-um-projeto-arquitetonico.html
Descrição: fundo branco com esboço em linhas pretas.

2.3.2 Anteprojeto

A segunda fase compreende o anteprojeto, que é um estudo mais delineado e


normalmente vem acompanhado de uma perspectiva para uma melhor ilustração. Observe na figura
31.

Figura 31 - Anteprojeto
Fonte: http://www.probuild.com.br/projetos-arquitetonicos
Descrição: imagem de plantas arquitetônicas em fundo branco com a perspectiva da mesma.

24
Competência 02

2.3.3 Projeto arquitetônico

O Projeto arquitetônico ou de execução compreende a terceira fase. É quando se inicia a


execução da edificação propriamente dita através da análise e interpretação da Planta de situação
do lote. Faz-se a locação dos pilares e eixos das paredes de alvenaria e afastamentos em relação ao
muro, escavação das valas e a construção da base ou alicerce seguindo as orientações descritas na
Planta Baixa e nos cortes verticais. Na figura 32, observamos os projetos já definidos, que não podem
mais ter mudança.

Figura 32 – Projeto Arquitetônico


Fonte: https://oniconstrutora.com.br/projetos/projeto-arquitetonico-em-maraba/
Descrição: imagem de todas as plantas arquitetônicas utilizadas numa leitura para interpretação do imóvel.

25
Competência 02

Agora veja a videoaula que trata das vistas ortogonais. Dê uma


parada na leitura e bons estudos!

2.4 As composições dos projetos

Vejamos como são as composições de projetos.

2.4.1 Planta de situação

A Planta de Situação é a que traz a definição do lote em estudo e a sua posição em relação
às ruas, os seus limites e confrontantes dentro da quadra e do loteamento. Há também informação
quanto ao norte magnético balizando a sua posição geográfica, o passeio ou calçadas, as árvores
existentes, os postes de iluminação e outras informações úteis. Na imagem que segue abaixo, temos
o símbolo do Norte Magnético que, para efeito de localização ou até mesmo de compra e venda de
um imóvel, torna-se importante. E ainda temos a indicação das ruas, das calçadas e se houver
vegetação, esta deverá ser indicada no projeto. Figura 33 trata desse assunto.

26
Competência 02

Figura 33 – Planta de Situação


Fonte: civilduvidas.blogspot.com
Descrição: desenho da planta de situação em linha preta sobre fundo branco.

2.4.2 Planta de locação

A Planta de Locação é a que regula os afastamentos frontais, laterais e de fundo em


relação ao terreno e à edificação, respeitando-se o código de urbanismo da região, como vemos na
figura 34. Observe:

27
Competência 02

Figura 34 – Planta de Locação


Fonte: http://aprumando.blogspot.com/2014/04/leitura-e-interpretacao-de-projetos_29.html
Descrição: desenho da planta de locação em linha preta sobre fundo branco.

2.4.3 Planta de Coberta

A Planta de Coberta vai exibir a quantidade de queda d’água, ou seja, a posição do


telhado, a localização da cumeeira e do beiral existente na edificação. No caso da figura 35, podemos
observar os limites do terreno, as setas indicando a queda d’água do telhado, bem como o beiral, o
norte magnético também é indicado, vegetação, se houver, as cotas do terreno, ou seja, a medição
total do terreno e da área construída.

28
Competência 02

Figura 35 – Planta de Coberta


Fonte: http://kmarquitetos.blogspot.com/2007/08/
Descrição: desenho da planta de coberta em linha preta sobre fundo branco, com o telhado destacado em cor.

2.4.4 Planta baixa

A Planta Baixa é um desenho que mostra as dependências da edificação através de um


plano secante horizontal, a uma altura aproximada de 1,50m do piso. O plano secante deve cortar as
paredes, portas e janelas. Os cortes obtidos pelo plano secante vertical que interceptam as lajes,
portas e janelas têm a finalidade de permitir esclarecimentos que facilitam a execução da edificação.
Veja um exemplo na figura 36.

Figura 36 – Planta Baixa


Fonte: http://aptosnaplanta.info/planta-baixa-dwg/
Descrição: imagem de uma planta baixa com todas as informações de medidas suficientes para interpretação do
responsável.

29
Competência 02

2.4.5 Fachada

A Fachada é uma representação da vista da frente ou a vista principal da edificação. Nos


desenhos que representam as fachadas não devemos colocar as medidas como no corte transversal
ou longitudinal. Deverão ser puramente ilustrativos e com setas e poderemos indicar os tipos de
revestimentos. Se o lote do imóvel está no meio da quadra, faz-se necessária a representação de
apenas uma fachada, mas se o imóvel está na esquina da quadra, devemos representar duas
fachadas, sendo uma principal e a outra lateral. Veja o exemplo da figura 37.

Figura 37 - Fachada
Fonte: http://arquiteturais.blogspot.com/search?updated-max=2010-09-28T12:38:00-07:00&max-results=7
Descrição: imagem da fachada frontal e lateral, sendo o imóvel localizado na esquina da quadra.

Assista agora a vídeo sobre as composições dos projetos. Bons


estudos!

30
Competência 02

2.5 Os Projetos complementares

O Projeto Complementar tem a sua origem quando ocorre o desenvolvimento do projeto


executivo arquitetônico, principalmente com o auxílio da ferramenta CAD (Desenho Auxiliado por
Computador) pela superposição dos desenhos em camadas para facilitar bastante a visualização e a
rapidez. Os Projetos Complementares, como o nome já sugestiona, complementam o projeto final no
sentido de que, numa determinada construção deve haver a instalação hidráulica, elétrica, de ar
condicionado, contra incêndio, etc., e todos eles devem estar em pranchas separadas. Você, prezado
cursista, que simpatiza com o desenho técnico pode e deve procurar aprimorar os seus estudos em
um curso de desenho assistido por computador. Na internet, é oferecido um programa gratuito do
Google para desenhos de projetos, entre outros, basta fazer a seguinte pesquisa: procurar por
programas de desenho ou CAD e serão relacionados vários programas instaláveis ou não, que podem
ser gratuitos ou utilizados desde que se pague uma licença.

Aproveite o YouTube e pesquisa vídeos que tratem de desenhos no


computador.
Aí vai alguns exemplos:
https://www.youtube.com/watch?v=7uhSJAK1eWc
https://www.youtube.com/watch?v=kVxk-h-EQew
https://www.youtube.com/watch?v=CEX2qYIp_84
Dentre tantos outros.

2.5.1 Projeto complementar de estrutura

O Projeto Complementar de Estrutura, por exemplo, vai apresentar os dados para a


execução das fundações da obra, lajes, cintas, vigas e pilares e todos os detalhes construtivos além
do quadro de ferro da edificação. Na imagem a seguir, podemos observar que uma planta onde
identificamos a escada, tanto interna quanto externa; as cotas de distância entre uma viga e outra;
que cada viga possui sua fundição com a largura própria para sustentação das mesmas; o alicerce
principal e o secundário.

31
Competência 02

Figura 38 – Projeto Complementar de Estrutura


Fonte: dennysfs.blogspot.com
Descrição: imagem do projeto complementar de estrutura em linhas pretas com detalhes azuis em fundo branco.

2.5.2 Projeto complementar das instalações hidráulicas e sanitárias

O Projeto Complementar das Instalações Hidráulicas e Sanitárias vai apresentar a


disposição e o detalhamento da execução, além da distribuição da tubulação de água para o consumo
e o escoamento das águas servidas na edificação. Num projeto como esse, procura-se colocar os
cômodos do imóvel, que recebem água para ficar de um lado só do projeto arquitetônico, facilitando
assim a instalação hidráulica e sanitária.

32
Competência 02

Figura 39 - Projeto Complementar das Instalações Hidráulicas e Sanitárias


Fonte: giannyrf.wordpress.com
Descrição: imagem de plantas baixas com detalhes das encanações (hidráulica) destacadas em cores.

2.5.3 Projeto complementar da instalação elétrica

O Projeto Complementar da Instalação Elétrica vai apresentar a disposição e o


detalhamento da execução e da distribuição dos pontos de luz além da alimentação dos
equipamentos que serão energizados na edificação, conforme mostrado na figura abaixo. O que
importa nesse tipo de projeto são as localizações das ligações elétricas, bem como os pontos de luz,
a caixa de distribuição, o tipo de fio (bitola), fio terra se for necessário, etc.

33
Competência 02

Figura 40 - Projeto Complementar da Instalação Elétrica


Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/foto/projeto-de-instalacao-eletrica-residencial_945253
Descrição: imagem de uma planta baixa com indicações da instalação elétrica, na cor preta em fundo branco.

2.5.4 Projeto complementar das instalações especiais contra incêndio

O Projeto Complementar das Instalações Especiais contra Incêndio vai apresentar a


disposição e o detalhamento dos equipamentos em relação à rede de água, chuveiros e conexões
utilizadas no projeto contra incêndio. Os símbolos são específicos para as devidas identificações.

34
Competência 02

Figura 41 - Projeto Complementar das Instalações Especiais


Fonte: https://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/seguranca/-technical-fire/produtos/seguranca-e-
protecao/projeto-de-combate-a-incendio
Descrição: imagem de planta baixa com as indicações de pontos onde se pode observar uma instalação contra incêndio
na cor vermelha.

35
Competência 02

Prezado estudante, finalizando esta segunda semana de estudos, esperamos que além do
que foi descrito aqui, também você possa acessar outros sites na busca por projetos contra incêndio,
projeto arquitetônico, projeto hidráulico, projeto elétrico, para que aumente seu conhecimento
acerca do uso de projetos para auxiliar sua vida diária, como técnico em segurança do trabalho, já
que, o mapa de risco é um projeto próprio e individual, baseado no projeto executivo do local de seu
trabalho, e o conhecimento básico de desenho, auxilia na montagem de rota de fuga, layout do posto
de trabalho e do próprio mapa de risco.
Alguns sites possuem manuais, projetos, modo de fazer, etc., para que o técnico possa
treinar e aperfeiçoar seus conteúdos de segurança do trabalho. Mantenha atenção à atividade
semanal e à aula-atividade. Bons estudos! Vamos em frente!

Acompanhe agora a videoaula dando uma parada na leitura.


Não deixe de visualizar exemplos de projetos no Youtube e no
Google. Bons estudos!

36
Competência 03

3.Competência 03 | Identificar as Convenções Básicas e Interpretar


Projetos de Segurança no Desenho de Arquitetura
Prezado cursista,
Durante as nossas duas semanas, estivemos construindo conhecimentos relativos à
função e à importância do desenho, bem como os instrumentos, materiais e normas técnicas
aplicadas ao desenho. E, ainda, estudamos a razão e a proporção de objetos e suas principais vistas
ortogonais, escalas e cotas. Então, você percebeu as diversas formas de composição dos projetos e
instalações.
A partir de agora, iniciaremos um novo enfoque sobre a leitura e interpretação do Projeto
Arquitetônico e de Segurança. O estudo dos símbolos utilizados em desenho é peça fundamental para
leitura e interpretação. Quanto mais percepção de todos os detalhes colocados em plantas de
edificações, melhor você identificará problemas ocorridos e poderá enxergar alternativas de
resolução. Desse modo, tornar-se-á um profissional cada vez mais apto a lidar com situações diversas.

Nessa etapa final da disciplina Desenho Técnico, você poderá


distinguir outros símbolos, ao mesmo tempo em que deverá fazer
consultas pela internet em sites que possuam projetos contra
incêndio de forma a auxiliar seu próprio projeto.

Portanto, aproveite esta competência 3 para ampliar seus conhecimentos sobre os


símbolos para uma melhor interpretação de projetos futuros. Divirta-se com a disciplina, veja o que
significa cada símbolo, cada traço e cada informação e o quanto você consegue identificar, pois,
dependendo da situação, do trabalho em que se esteja inserido, saber identificar os projetos,
identificar e elaborar cartazes de avisos de segurança e construir um mapa de risco adequado será
imprescindível ao técnico de segurança para obter sucesso. Isso facilitará para que você tenha todo
o instrumento para um perfeito acompanhamento do seu trabalho. Vamos lá! Bons estudos!

37
Competência 03

3.1 A simbologia básica para desenho utilizada em planta baixa de arquitetura

Para haver uma perfeita comunicação com o intérprete, o desenho arquitetônico deve
possuir uma série de convenções básicas que possa auxiliar na busca pela identificação de cada
parâmetro do desenho técnico, a saber, as linhas usadas no desenho, portas, janelas, conexões,
símbolos para incêndio, como veremos a seguir.

Figura 42 - Simbologia
Fonte: arquivo pessoal
Descrição: imagem com linhas pretas em fundo branco indicando a representação de portas e janelas.

Observe na planta abaixo que as paredes com traços mais escuros, as janelas, as cotas,
ou seja, as medidas de cada cômodo, as portas, a área da coberta tracejada, etc. (fig 43)

38
Competência 03

Figura 43 – Simbologia em Planta Baixa


Fonte: tecedific.blogspot.com
Descrição: imagem em linhas pretas sobre fundo branco, com representação dos tipos de linhas e cotas necessárias.

Para um maior aprofundamento recomendamos


uma consulta à NBR 6492 que versa sobre a representação de
projetos de arquitetura...

3.2 A simbologia básica para desenho utilizada em segurança do trabalho

A NBR 14434-2 versa sobre a simbologia básica dos equipamentos de incêndio, utilizados
em projetos complementares, com símbolos e suas formas, dimensões e cores da sinalização de

39
Competência 03

segurança contra incêndio e pânico utilizada em edificações. Essa NBR foi elaborada no Comitê
Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB–24), pela Comissão de Estudo de Sinalização
Preventiva de Incêndio (CE–24:204.02).

Visite o site da ABNT e aprofunde seu conhecimento da NDR 14434-2.

Observe as simbologias principais:

Figura 44 – Simbologias Principais


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: imagem em fundo branco com linhas e letras na cor preta, com simbologia para indicação de combate a
incêndio.

40
Competência 03

Figura 45 - Simbologias Principais (Continuação)


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: imagem em fundo branco com linhas e letras na cor preta, com simbologia para indicação de combate a
incêndio.

Favor consultar o site que contém os símbolos para posterior consulta e estudo:
http://ricardocasarino.files.wordpress.com/2008/06/nbr-13434-2004-simbolos-
de-sinalizacao-de-seguranca-contra-incendio-e-panico.pdf

Observando atentamente os equipamentos contidos na Planta Baixa e consultando a


tabela da simbologia, realizaremos a interpretação do desenho e as quantidades de cada um. (fig.46)
A referida planta contém cinco cômodos e os respectivos sinais identificando a proteção
contra incêndio.

Figura 46 – Simbologia de Equipamentos de Incêndio em Planta Baixa


Fonte: arquivo Pessoal
Descrição: imagem de planta baixa com a simbologia apropriada em cores para identificar no projeto do técnico em
segurança do trabalho.

Observamos cinco extintores de incêndio de parede, quatro luminárias de emergência

41
Competência 03

colocadas na parede, um telefone ou interfone de emergência, quatro sensores de fumaça no teto,


três câmaras de áudio e vídeo e quatro sensores de presença instalados na parede.

3.3 A simbologia básica para desenho das canalizações e conexões das instalações contra
incêndio

Prezado estudante, a canalização preventiva contra incêndio será construída em tubos de


ferro ou aço galvanizado, no padrão da cor vermelha, para uma resistência de uma pressão mínima
de 18 kgf/cm² com diâmetro mínimo de 2 ½” (63 mm), sempre de acordo com as normas da ABNT.
Os materiais termoplásticos do tipo PVC, na forma de tubos e conexões, só devem ser
utilizados enterrados e fora da projeção da planta da edificação, satisfazendo a todos os requisitos
de resistência à pressão interna e esforços mecânicos necessários ao funcionamento da instalação.
(de acordo com o item 5.7.6.4 da NBR 13714).
Observe a figura com as simbologias das canalizações:

Figura 47 - Simbologias das Canalizações contra Incêndio


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: imagem com linhas e letras na cor preta, com a simbologia das canalizações contra incêndio.

42
Competência 03

Figura 48 - Simbologia das Canalizações contra Incêndio (Continuação)


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: imagem com linhas e letras na cor preta, com a simbologia das canalizações contra incêndio.

Observando atentamente as canalizações e conexões contidas na Planta Baixa a seguir e


consultando a tabela da simbologia, faremos a interpretação do desenho e as quantidades de cada
um. (fig.49).

Figura 49 – Simbologia das Canalizações e Conexões em Planta Baixa


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: imagem com linhas na cor preta e símbolos em cores, com a simbologia das canalizações contra incêndio.

43
Competência 03

Vejamos esse exemplo da figura 49, em que a referida planta contém cinco cômodos e os
respectivos sinais identificando as canalizações e conexões contra incêndio.
Na observação, podemos definir que contém: uma redução, um registro de gaveta
macho, um joelho de 90º, um tê (T) de saída pra cima, um tê (T) de saída pra baixo, um tê (T) de 90 0,
um registro de gaveta e as canalizações de água para incêndio.
Em seguida, temos uma planta baixa com os equipamentos e a simbologia das conexões
estudadas até agora. Sugerimos que você proceda à leitura e à interpretação identificando todos os
componentes que estão no projeto e as suas quantidades.

Prezado estudante,
sugerimos que pesquise alguns vídeos no canal youtube, para
reforçar seu conhecimento sobre leitura e interpretação de
projetos. Eis alguns:
https://www.youtube.com/watch?v=4iEhc2odsFo,
https://www.youtube.com/watch?v=M2a5fhRZ7cQ
https://www.youtube.com/watch?v=M2a5fhRZ7cQ

44
Competência 03

Figura 50 - Equipamentos e Simbologia das Conexões em Planta Baixa


Fonte: arquivo pessoal
Descrição: imagem de planta baixa com simbologia para estudo específico contra incêndio.

Estimado cursista, este foi o último capítulo, em que tratamos dos símbolos de combate
a incêndio e suas conexões, e usos em projetos complementares. As plantas baixas devem ser
estudadas mais profundamente, e para isso, aconselhamos pesquisas em sites que tratem do assunto.

45
Competência 03

Dessa forma, esperamos que seu esforço não termine por aqui. Pesquise e treine
desenhos, para que possa firmar seu traço e construir o mapa de risco do local de trabalho no qual
está (ou estará) engajado.
Desejamos que você possa estar sempre em constante atualização e capacitação sobre o
assunto abordado durante o curso.
Bons estudos!

Agora finalize os estudos com a última videoaula.


Bons estudos!

46
Conclusão
Caro estudante, o referido conteúdo aqui exposto, teve como objetivo esclarecer a
função, a importância do desenho técnico, o traçado, bem como os instrumentos, materiais e normas
técnicas aplicadas ao desenho, além de poder identificar a razão e a proporção de objetos e suas
principais vistas ortogonais e também as convenções básicas dos projetos de segurança no desenho
de Arquitetura.
Considerou-se como base para a pesquisa desse trabalho, as NBRs abordadas durante
todo o estudo. O que se contrapõe a isso consiste em construir conhecimento, usando a abordagem
do computador, do estudo a distância, como ferramenta de aprender.
Buscamos orientar o cursista, não para aprendizagem do desenho, propriamente dito,
mas para identificação e análise de projetos onde o desenho possa estar inserido, e que possa auxiliar
o técnico, no decorrer de seu labor, para construção de cartazes de avisos, rotas de fuga, mapas de
risco, etc.
Por fim, pode-se dizer que o desenho técnico é de suma importância para o Técnico em
Segurança do Trabalho, tanto no seu desenvolvimento quanto na apresentação de projetos de layout
do posto de trabalho.

47
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA.
RIO DE JANEIRO, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403: APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHO TÉCNICO –
TIPOS DE LINHAS – LARGURA. RIO DE JANEIRO, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068: FOLHA DE DESENHO – LEIAUTE E DIMENSÕES. RIO
DE JANEIRO, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8196: EMPREGO DE ESCALAS EM DESENHO TÉCNICO. RIO
DE JANEIRO, 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13142: DOBRAMENTO E CÓPIAS. RIO DE JANEIRO, 1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402: EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM

DESENHO TÉCNICO. RIO DE JANEIRO, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM

DESENHO TÉCNICO – VISTAS E CORTES. RIO DE JANEIRO, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10582: PROCEDIMENTO – ESPAÇO PARA DESENHO,

TEXTO E LEGENDA NO DESENHO TÉCNICO. RIO DE JANEIRO, 1988.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10647: TERMINOLOGIA – TERMO EMPREGADO EM

DESENHO TÉCNICO. RIO DE JANEIRO, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10898: SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA. RIO
DE JANEIRO.

48
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9441: SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO.
RIO DE JANEIRO.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
E PÂNICO. RIO DE JANEIRO, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13714: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
E PÂNICO. RIO DE JANEIRO, 2004.

BACHMANN, A. DESENHO TÉCNICO. 3ª EDIÇÃO. PORTO ALEGRE, EDITORA GLOBO, 1977.


LIMA, C. C. ESTUDO DIRIGIDO DE AUTOCAD.3ª EDIÇÃO. SÃO PAULO; EDITORA ÉRICA, 2007.
MONTENEGRO, G. DESENHO ARQUITETÔNICO. SÃO PAULO, EDGARD BLUCHER, 1978.
ROSADO, V.O.G. DESENHO TÉCNICO BÁSICO: FUNDAMENTOS TEÓRICOS, EXERCÍCIOS À MÃO LIVRE E INTRODUÇÃO AO
AUTOCAD. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA/ FACULDADE DE ENGENHARIA. SÃO PAULO: 2005. DISPONÍVEL EM:

HTTP://WWW.FEG.UNESP.BR/~VICTOR/INT_DTB.HTML. ACESSO EM 02 OUT 2013

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Minicurrículo do Professor

Jeronimo Jorge da R. Braga

• Professor de Desenho e Artes Plásticas, formado pela Universidade Federal de Pernambuco –


UFPE;
• Especialista em Planejamento Educacional pela Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO-
RJ;
• Professor da rede estadual de Pernambuco;
• Professor de Segurança do Trabalho desde 2011;
• Professor de Edificações desde 2012;
• Experiência no ensino de disciplinas técnicas na área de Segurança do Trabalho e Edificações;
• Professor pesquisador e tutor do Curso Técnico em Segurança do Trabalho a distância desde
2012.

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