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Maquetes

Gabrielly Beatriz Batista Machado


Karlla Simonett Barreto Pinto Soares

Curso Técnico em
Design de Interiores
Maquetes
Gabrielly Beatriz Batista Machado
Karlla Simonett Barreto Pinto Soares

Curso Técnico em
Design de Interiores

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

2.ed. | março 2023


Professor Autor Catalogação e Normalização
Gabrielly Beatriz Batista Machado Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Karlla Simonett Barreto Pinto Soares
Diagramação
Revisão Jailson Miranda
Gabrielly Beatriz Batista Machado
Karlla Simonett Barreto Pinto Soares Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Coordenação de Curso Renata Marques de Otero
Danyelle de Holanda Beltrão Arnaldo Luiz da Silva Junior

Coordenação Design Educacional Coordenação Geral


Deisiane Gomes Bazante Maria de Araújo Medeiros Souza
Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Design Educacional
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Secretaria Executiva de
Helisangela Maria Andrade Ferreira Educação Integral e Profissional
Izabela Pereira Cavalcanti
Jailson Miranda Escola Técnica Estadual
Roberto de Freitas Morais Sobrinho Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Revisão descrição de imagens Gerência de Educação a distância


Sunnye Rose Carlos Gomes
Sumário
Introdução ................................................................................................................................... 5

1.Competência 01 | Entender o Processo de Confeccionar Maquetes/Modelos Conforme o Projeto


.................................................................................................................................................... 6

1.1 Diferentes definições de maquete ..............................................................................................................7


1.2 O papel da maquete....................................................................................................................................7
1.3 Tipologia das maquetes ..............................................................................................................................7
1.3.1 Classificação segundo o seu desenvolvimento ........................................................................................9
1.3.2 Classificação de maquetes arquitetônicas ............................................................................................ 11
1.3.3 Maquetes específicas ............................................................................................................................ 26
1.4 Especificações a serem consideradas no planejamento das maquetes .................................................. 27
1.4.1 A utilização da escala ............................................................................................................................ 28
2.Competência 02 | Entender e Testar o Manuseio dos Materiais, Instrumentos e Ferramentas
Apropriadas ao Processo de Execução de Modelos Tridimensionais ............................................ 31

2.1 Maquete: Fases da produção ................................................................................................................... 32


2.1.1 Planejamento ........................................................................................................................................ 32
2.1.2 Materiais, instrumentos e ferramentas ................................................................................................ 36
2.1.3 Construção de uma maquete física ...................................................................................................... 44
3.Competência 03 | Desenvolver a Criatividade e Raciocínio Lógico no Processo de Execução de
Maquetes ................................................................................................................................... 61

3.1 Maquetes Físicas ...................................................................................................................................... 61


3.1.1 Prática em maquetes de interiores ....................................................................................................... 62
3.1.2 Novas tecnologias em maquetes físicas ............................................................................................... 68
3.1.3 Corte a laser X Impressão 3D X Fresagem CNC ..................................................................................... 72
3.2 Maquetes Virtuais .................................................................................................................................... 73
3.3 Novas Tendências .................................................................................................................................... 80
Conclusão................................................................................................................................... 84

Referências ................................................................................................................................ 85

Minicurrículo do Professor ......................................................................................................... 86


Introdução
Caro estudante,
A partir deste momento, será dado início ao estudo da disciplina de Maquetes, sendo
extremamente importante para o resultado tridimensional dos projetos de interiores. Tais maquetes,
aliadas aos croquis e desenhos técnicos proporcionam mais clareza e auxiliam muito o projeto desde
a fase inicial até a apresentação final para o cliente.
Em um projeto de interiores, uma maquete detalhada pode mostrar toda a ideia e
dimensão dos ambientes, estudo de cores, formas, texturas, materiais de acabamento, além de poder
auxiliar na distribuição física do mobiliário.
Neste e-book, o conteúdo relacionado à maquete foi organizado considerando três
aspectos centrais: o primeiro diz respeito ao processo de confecção de maquetes, onde você
compreenderá suas tipologias, funções, estudo da planificação de peças e os elementos necessários
para sua concepção. O segundo aborda os instrumentos e ferramentas pertinentes ao seu
desenvolvimento, nesse momento você estará conhecendo os equipamentos adequados, a forma de
manuseio, o uso de materiais recicláveis e a importância da sustentabilidade no processo de sua
confecção. E no terceiro momento, será abordada a criatividade e raciocínio lógico no processo de
execução, que trará enfoque nas novas tecnologias e meios digitais para a execução das maquetes.
Para maior fixação do conteúdo, é importante que você estudante, busque aprimorar o
seu conhecimento com os conteúdos que serão disponibilizados no sistema, assim como, participar
dos nossos fóruns e realizar as atividades.

Então... o que você está esperando!? Vamos começar!?


Bons estudos!

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1.Competência 01 | Entender o Processo de Confeccionar
Maquetes/Modelos Conforme o Projeto
Nesta competência serão expostos alguns aspectos referentes ao processo de produção
de maquetes físicas, bem como, a sua importância para o desenvolvimento de projetos de interiores.
De modo geral, você irá compreender as mais diversas questões relacionadas com este tema,
considerando diferentes tipologias, funções, fundamentos e técnicas a serem aplicadas na execução
de maquetes.

Estudante, convido você a ouvir o Podcast, onde é exposto em seu conteúdo


a contextualização do que será visto nessa primeira competência do e-book.
Será apresentado sobre as maquetes, sua importância, tipologias e
classificações.

As maquetes, enquanto linguagem de comunicação visual, demonstram os detalhes


volumétricos do projeto arquitetônico e sua construção pressupõe alguns conhecimentos prévios,
tais como: saber representar de maneira bidimensional (2D) e tridimensional (3D) os ambientes, bem
como, a transição entre tais representações.
Além disso, é importante ter o domínio da leitura e interpretação de plantas baixas,
cortes, elevações/fachadas, cobertas e perspectivas. A depender do tipo de maquete que será
executada, o projetista terá que utilizar previamente essas representações para recolher as
dimensões e os respectivos detalhes pertinentes à construção.
A maquete física configura-se como um elemento sensorial de apoio ao entendimento
projetual, que sintetiza as relações espaciais do que foi idealizado anteriormente para o projeto. No
contexto do Design de Interiores, é uma modelagem que reúne a composição de vários elementos,
como: os mobiliários, as cores, os objetos decorativos, etc.
Estudante, você compreenderá que a maquete é um dos meios para a testagem das
decisões e soluções propostas para o projeto. É por meio dela que será possível perceber de maneira
tátil e visual a composição proposta anteriormente, bem como a funcionalidade da disposição dos
elementos que compõem o projeto de interiores.

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1.1 Diferentes definições de maquete

Para iniciar o estudo das maquetes é preciso compreender as principais definições que
tal palavra pode assumir segundo a sua função.
De acordo com o dicionário da construção civil (2021), a maquete é definida por
“Reprodução tridimensional, em miniatura, de um projeto arquitetônico”. (E-CIVIL, 2021)
Já no contexto do cinema tem-se o seguinte entendimento: “Cena ou cenário construído
em tamanho reduzido para retratar alguns ambientes cujas filmagens tornam-se complicadas ou
inviáveis em condições normais” (DICIO, 2021). No que se refere ao campo das Artes, ainda há mais
uma definição, em que o “Rascunho em forma tridimensional de uma escultura específica, construído
em vários materiais” (DICIO, 2021).

1.2 O papel da maquete

O desenvolvimento projetual envolve conhecimentos relativos às linguagens de


representações técnicas, artísticas, estéticas, dentre outras. De modo geral, os projetos
arquitetônicos e de interiores compreendem detalhes particulares às suas necessidades, exigindo um
olhar apurado do projetista em relação aos mais diversos aspectos que compõem o projeto.
As maquetes físicas e/ou digitais são consideradas um recurso para o delineamento
projetivo, de modo a confeccionar um ensaio do que se planejou anteriormente, ampliando a
capacidade de verificação do atendimento às soluções adotadas.
A execução da maquete prevê a transição da representação bidimensional (2D) para a
tridimensional (3D), evidenciando os demais detalhes pertencentes aos objetos projetados, e
minimizando a complexidade da leitura projetual. Por meio dessa experimentação é possível
perceber os mais diversos aspectos construtivos, suas exigências e normatizações, avaliar outras
possíveis necessidades e correções.

1.3 Tipologia das maquetes

O desenho como uma linguagem universal assume uma função importante na


comunicação de ideias aos mais diversos contextos e áreas profissionais. Fundamentados pelo

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Desenho Técnico, pela Geometria Descritiva e pela Geometria Euclidiana, o desenho pode ser
classificado em dois tipos de representação: bidimensional (2D) e tridimensional (3D). Ambos se
configuram como imprescindíveis nas etapas da produção de maquetes físicas, dando suporte à
construção das partes que compõem cada peça em relação ao todo.
É importante destacar que as plantas baixas do projeto executivo de arquitetura e de
interiores, na maioria das vezes, trabalham com representações bidimensionais (2D). Ou seja, reúnem
duas dimensões para representar a edificação. Por exemplo, na planta baixa são utilizadas as
dimensões de largura e profundidade. E no corte, a depender de qual for, são necessárias as medidas
de altura com profundidade ou altura com largura.
Na maquete é necessário reunir as três dimensões (Altura, largura e comprimento) da
edificação para poder representá-la. Assim, podemos compreendê-la como uma representação
tridimensional (3D), cujo objetivo é retratar em menor escala a realidade.
A universalidade das representações bidimensionais e tridimensionais, citadas
anteriormente, as tornam amplamente acessíveis com a função principal de comunicar. Enquanto
linguagem, a maquete como representação se aplica a diversas áreas e por esta razão tem-se
diferentes tipologias e funções.
Dessa forma, as maquetes são classificadas de acordo com as seguintes tipologias:
Classificação segundo as etapas do seu desenvolvimento:

• Maquetes de idealização;
• Maquetes de trabalho;
• Maquetes de execução.
Classificação de maquetes arquitetônicas:

• Maquetes topográficas;
• Maquetes de paisagem;
• Maquetes de jardins;
• Maquetes de edificações;
• Maquetes específicas.
Estudante, vamos neste instante, conhecer com mais detalhes as especificações de cada
uma dessas tipologias.

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1.3.1 Classificação segundo o seu desenvolvimento

A confecção de maquetes exige, assim como grande parte de trabalhos desenvolvidos em


outras áreas, um planejamento de modo a elencar e organizar as informações e necessidades
relevantes à produção. Para apoiar o processo de construção das maquetes, segundo Knoll e
Hechinger (2003) são designados três estágios no processo de desenvolvimento:
1º nível: Pré-projeto - Esboço de Idealização | Maquete de Idealização;

2º nível: Projeto - Projeto de Construção | Maquete de Trabalho;

3º nível: Execução - Planejamento de Execução | Maquete de Execução.

À medida em que se executam as ações de trabalho pertinentes a cada nível, surgirão


necessidades específicas para a construção da maquete. A seguir, podemos entender melhor a
definição de cada um desses níveis.

Maquete de Idealização

É o momento em que são organizadas as ideias, propostas conceituais e estéticas para o


projeto. A execução é mais simples por representar o estágio inicial na maquete. Os materiais
necessários podem ser acessíveis por se tratar de um esboço do que se deseja executar.

Figura 01 - Exemplo de maquete de idealização.


Fonte: https://ateliermaquete.wordpress.com/about/
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma maquete, na cor branca, sendo construída. Possui alguns
instrumentos ao lado. Fim da audiodescrição.

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Maquete de Trabalho

Neste nível é necessário já ter definições com relação ao que será desenvolvido, mas com
possibilidade de ainda realizar algumas alterações, de acordo com as necessidades do cliente e do
funcionamento do espaço. É neste momento que se define a escala de redução que será aplicada.

Figura 02 - Exemplo de maquete de trabalho.


Fonte: http://designparaescritorio.com.br/quer-maquetes-mais-modernas-e-detalhadas/
Audiodescrição da figura: a figura mostra a maquete de uma casa vista de cima. São vistos os ambientes e o mobiliário
colorido. Todas as paredes e pisos são na cor branca. Fim da audiodescrição.

Maquete de Execução

É o nível onde ocorre a concretização da proposta, ou seja, aplicação definitiva sobre as


situações espaciais, disposição dos elementos, idealização estética, bem como a sua relação com
possíveis construções previamente existentes.
Podemos observar que cada estágio listado anteriormente, tem um objetivo definido e
importante ao desenvolvimento da maquete. A utilização dessas etapas no planejamento minimiza a
ocorrência de erros na execução em detrimento das fases que antecipam o aparecimento de possíveis
equívocos.

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Figura 03 - Exemplo de maquete de execução.
Fonte: http://designparaescritorio.com.br/quer-maquetes-mais-modernas-e-detalhadas/
Audiodescrição da figura: a figura exibe a maquete de uma casa vista de cima, com dois pavimentos e a cobertura. São
vistos os ambientes e o mobiliário colorido. Todas as paredes e pisos são na cor branca. Fim da audiodescrição.

Estudante, e aí, depois de ver a classificação segundo o seu desenvolvimento, vamos


agora aprender sobre a classificação de maquetes arquitetônicas?

1.3.2 Classificação de maquetes arquitetônicas

No âmbito da construção civil existem diferentes tipos de maquetes que são classificadas
segundo a sua temática. Cada uma permite, por meio da volumetria, a expressão, a compreensão e
a análise do projeto, revelando as relações entre os elementos de composição. As maquetes
arquitetônicas são classificadas nos seguintes tipos:
• Maquetes topográficas;
• Maquetes de edificações;
• Maquetes específicas.
É importante ressaltar que é possível ter outras subdivisões dentro dos tipos
apresentados acima. A seguir veremos algumas definições e exemplos dos três principais
mencionados, assim como as possíveis subdivisões entre um mesmo tipo.

Maquetes topográficas

As representações topográficas têm o objetivo de representar graficamente a diferença


dos níveis de um terreno. A partir da reunião de dados de planimetria com os de altimetria é possível

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construir o relevo sobre um plano, sendo necessárias as dimensões de altura, largura e profundidade
para construir esse tipo de maquete.
Além disso, nesse tipo de representação também são mostradas as modificações que
serão efetuadas no terreno, como: cortes, aterros e canais. Nele ainda podem ser representadas
zonas construídas, áreas verdes, vias de trânsito e superfícies.

Figura 04 - Exemplo de maquete topográfica.


Fonte: https://br.pinterest.com/pin/477170523032231193/
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma maquete topográfica com vários desníveis, vegetação e uma
residência. Fim da audiodescrição.

O processo de confecção de maquetes topográficas físicas envolve, na maioria das vezes,


a sobreposição de camadas com determinada forma para representar os diferentes níveis de altura
do terreno. Pode-se também optar por esculpir em madeira ou poliuretano expandido as curvas de
nível do terreno.

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Figura 05 - Maquete topográfica esculpida.
Fonte: http://www.fubiz.net/2014/03/12/the-art-of-precision/
Audiodescrição da figura: a figura exibe uma maquete topográfica toda esculpida em diversas cursas de nível, na cor
branca. Fim da audiodescrição.

Maquetes de paisagem
Neste tipo de maquete o objetivo é representar os elementos paisagísticos, levando em
consideração o relevo do terreno, a disposição das áreas verdes e possíveis construções presentes na
paisagem.
O processo de construção é geralmente de menor complexidade em relação ao
desenvolvimento de maquetes de edificações, em razão da menor quantidade de detalhes
pertinentes ao projeto, estes relacionados com este tipo de maquete são os de parques, áreas ao ar
livre, etc.

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Figura 06 - Exemplo de maquete de paisagem.
Fonte: https://bustler.net/news/452/zaha-hadid-delugan-meissl-assossiated-architects-win-darat-king-abdullah-ii-
competition-in-amman
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma maquete de uma parte de cidade com edificações, na cor branca, ao
fundo, e caminhos e árvores em primeiro plano. Fim da audiodescrição.

No processo de construção, é necessário inicialmente projetar o volume referente a


demarcação do terreno. Em seguida, é o momento de confeccionar as vegetações e posteriormente
colocá-las nas posições previstas no projeto executivo.
É importante ressaltar que, em razão das grandes dimensões relacionadas com esse tipo
específico de projeto, é necessário aplicar escalas com maior potencial de redução, como: 1:500,
1:1000, 1:2500 e 1:5000.

Maquetes de jardins
De um modo mais específico em relação a anterior, esse tipo de maquete representa
recortes de paisagens. São caracterizados por áreas livres ou urbanas internas que compõem grandes
projetos de habitacionais e condomínios. São delineamentos dessa construção: as trilhas, áreas para
a prática de exercício, áreas de lazer infantil, bancos, locais para acampamentos, pequenos jardins,
etc. Para melhorar a percepção do espectador ou cliente, são utilizadas representações de pessoas,
veículos e bancos, que inclusive ajudam a perceber a proporção dos elementos no projeto.

Figura 7 - Exemplo de maquete de paisagem.


Fonte: https://i.pinimg.com/originals/18/77/03/18770363ef16c1b80fdc969b106c94b8.jpg
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma maquete de uma praça, com bancos, caminhos, vegetação, pergolado e
pessoas sentadas nos bancos. Fim da audiodescrição.

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Com relação a confecção, esse tipo de maquete pode demandar mais elementos por ser
um pouco mais detalhada. Por se tratar de jardins, exige a elaboração de várias vegetações diferentes,
revestimentos para o piso, cobertas, parques, texturas para representar possíveis partes arenosas,
dentre outros elementos. As escalas de redução geralmente adotadas são: 1:100, 1:200, 1:500 e
excepcionalmente 1:50 (em casos específicos de detalhamento de alguns elementos).

Maquetes de edificações
No campo da construção civil as maquetes se apresentam como um recurso na percepção
espacial do ambiente construído, bem como uma ferramenta pertinente de testagem das ideias
aplicadas. Estudante, neste tópico você verá os exemplos e definições das maquetes de edificações,
mais especificamente sobre as relacionadas com Design de Interiores.
As maquetes de edificações estão subdivididas nas seguintes categorias:
• Maquetes de urbanismo;
• Maquetes de edifícios;
• Maquetes de estruturas;
• Maquetes de interiores;
• Maquetes cenográfica;
• Maquetes de detalhes.

Cada uma delas possuem detalhes e especificações inerentes às suas necessidades. Nesse
sentido, percebe-se que o processo de construção poderá ser diferente dependendo de qual delas
será produzida.
Uma das principais diferenças das técnicas de confecção aplicadas está na escala de
redução, que deverá ser menor em casos de maquetes de detalhes e maior em maquetes de
urbanismo.
Com relação a complexidade de confecção, em determinadas situações, poderá ser mais
trabalhoso confeccionar maquetes de maiores dimensões como a de urbanismo do que as maquetes
de detalhes, cujo o objetivo é focar em determinada área da construção.

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Assim, é necessário utilizar as etapas de confecção mencionadas anteriormente, para
prever as necessidades particulares do que será projetado, de modo a planejar o uso dos materiais,
a aplicação de técnicas e soluções.
A função da maquete será determinante no momento ao qual são aplicadas essas etapas
do planejamento/confecção, em razão da possível integração entre elementos construtivos, tal
como: a inserção do mobiliário na maquete de interiores prevê a construção anterior do piso e das
paredes que compõem os ambientes da edificação.
De modo geral, ao desenvolver uma maquete é necessário estar atento:
1. A transposição das representações bidimensionais para as tridimensionais, levando em
consideração a inserção de uma dimensão a mais na confecção das partes do todo;
2. O encaixe das partes para compor as formas;
3. A composição das formas, das cores e a estética de modo geral;
4. Posicionamento das luzes.
Deve-se ainda estar atento à classificação das edificações e espaços segundo a sua função.
É importante estar atento aos seguintes pontos:
1. Urbanização externa e interna;
2. Utilização dos espaços.

Maquetes de urbanismo

A maquete de urbanismo tem o objetivo de representar a cidade e os elementos que a


compõem. Inicialmente, é necessário recolher os dados de altimetria e planimetria para desenvolver
a maquete topográfica expressando o relevo da área como um todo. Normalmente, esse tipo de
maquete, é para realizar o estudo volumétrico das edificações, as vias de circulação, entre outros.
Abaixo é possível visualizar um exemplo desta maquete:

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Figura 8 - Exemplo de maquete de urbanismo.
Fonte: https://www.uva.br/content/alunos-de-arquitetura-produzem-maquete-de-sao-cristovao
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma maquete de uma cidade, com as indicações de lotes e edificações,
assim como, as vias de circulação. Fim da audiodescrição.

Maquetes de edifícios

As maquetes de edifícios têm o objetivo de representar a volumetria da edificação, bem


como alguns detalhes específicos que pertença a ela. Podem se limitar à demonstração do edifício
em si ou também junto ao seu entorno.

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Figura 9 - Exemplo de maquete de edifícios.
Fonte: https://i.pinimg.com/originals/33/a1/84/33a1842b1e17022ad38518761cd0467c.jpg
Audiodescrição da figura: a figura mostra a maquete com algumas edificações altas, vegetação, um espelho d’água e
piso. Fim da audiodescrição.

Neste exemplo acima, é possível perceber que foram levados em consideração os


elementos do entorno. Com relação aos materiais utilizados, pode-se notar que a composição dos
prédios é feita por faces transparentes e opacas. Para ter uma maior efetividade no acabamento é
interessante cortar esses materiais a laser.

Figura 10 - Exemplo de maquete de edifício em MDF.


Fonte: https://www.heyarqui.com/maquetas-arquitectonicas/
Audiodescrição da figura: a figura exibe uma maquete de três edifícios. Estes em cima de uma base em MDF com
desenho de planta baixa. Fim da audiodescrição.

Já no segundo exemplo, é interessante observar que a maquete foi feita através da


técnica de esculpir e/ou confecção e colagem de camadas de folhas de MDF (Medium Density
Fiberboard). E foi montada em cima da planta baixa.

Maquetes de estruturas

Neste tipo de maquete a ênfase construtiva está direcionada aos elementos estruturais
da edificação (vigas, pilares, lajes), concentrando prioritariamente a disposição e formação das vias
de sustentação.

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Figura 11 - Exemplo de maquete de estruturas.
Fonte: https://nexttoparchitects.org/post/156481945426/model-modelo-estructural-nicolas-zu%C3%B1iga
Audiodescrição da figura: a figura mostra a maquete de estruturas de uma edificação. São apresentadas vigas, pilares e
estruturas de telhado com arames pintados na cor preta e escadas na cor bege. Fim da audiodescrição.

Maquetes de interiores

Reúne os elementos estéticos internos dos ambientes da edificação, sendo relevante


harmonizar as formas de modo a priorizar o conforto visual e físico dos moradores. Nesse sentido, a
maquete de interiores tem duas principais funções: testagem da composição dos elementos e
soluções propostas; apresentação do projeto ao cliente, ampliando o entendimento e a visualização
projetual.

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Figura 12 - Exemplo de maquete de interiores.
Fonte: https://mrmannoticias.blogspot.com/2014/10/
Audiodescrição da figura: a figura exibe a maquete do interior de uma residência, com vista para as salas de jantar e
estar e da cozinha americana. Móveis, paredes, figura humana, na cor branca e piso imitando madeira na cor clara. Fim
da audiodescrição.

Como vimos anteriormente, a execução de maquetes passa por um processo de transição


entre a representação bidimensional e a tridimensional. Tal processo justifica-se a partir das
propriedades dos sólidos geométricos que possuem faces, arestas, pontos e superfícies.
Neste sentido, os objetos ao nosso redor estão fundamentados pela geometria e,
portanto, são formados também pelos mesmos elementos. Assim, está implícito no método de
confecção de maquetes o procedimento da planificação de sólidos, cujo objetivo é rebater todas as
faces que compõem um objeto tridimensional para único plano de projeção.

Estudante, agora convido você para pausar a leitura e assistir a primeira


videoaula intitulada como “A maquete física e seus aspectos construtivos”
para entender com mais detalhes o processo de planificação de sólidos, bem
como o de confecção de maquetes.
Após assistir o vídeo, pense sobre como seria o processo para planificar
algum mobiliário pertencente ao local que você reside e faça um esboço em
um papel de formato A4. Em seguida, retome a leitura do texto.

É importante ressaltar que as faces do objeto que será planificado precisam estar
representadas com as reais medidas para que a planificação seja realizada com a exatidão necessária.

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No entanto, poderá ser efetuada a aplicação de uma escala de redução para viabilizar a construção
da maquete.
Estudante, na imagem abaixo você poderá visualizar um exemplo do processo da
confecção da planificação de uma cadeira.

Figura 13 - Exemplo de planificação de uma cadeira.


Fonte: https://makezine.com/2016/06/02/incredible-model-making-tutorial-simulating-textures/
Audiodescrição da figura: a figura mostra partes planas de uma cadeira, sendo cortadas e depois serem montada. Fim
da audiodescrição.

É possível compreender que os planos que fazem parte da cadeira são representados em
um único papel (plano de projeção) com as suas dimensões reduzidas pela aplicação de uma escala
de redução. Em seguida, são realizados os cortes e posteriormente a união de cada uma delas na
montagem, tal como podemos visualizar a seguir:

Figura 14 - Cadeira montada a partir de planificação.


Fonte: https://makezine.com/2016/06/02/incredible-model-making-tutorial-simulating-textures/

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Audiodescrição da figura: a figura exibe a maquete de duas cadeiras prontas e ao lado, o desenho de peças planificadas
de uma cadeira. Fim da audiodescrição.

Outro fator relevante apresentado nas maquetes de interiores é o projeto luminotécnico,


este que precisa suprir as necessidades de luz dos ambientes de modo a promover um conforto visual
eficiente. Você poderá observar na imagem a seguir a aplicação desta noção de iluminação nas
maquetes.

Figura 15 - Aplicação de iluminação em uma maquete.


Fonte: https://www.maquetesambientais.com.br/fotos_maquetes.html
Audiodescrição da figura: a figura mostra a maquete de uma residência com três pavimentos, vista de frente.
Apresenta portas, janelas e escadas. Fim da audiodescrição.

A maquete enquanto instrumento viabiliza a testagem da composição dos mobiliários,


objetos decorativos, ou seja, possibilita a experimentação de diferentes disposições dos elementos.
Nos exemplos abaixo é possível observar duas propostas para um banheiro.
A primeira proposta possui cores mais claras (Ambiente clean), dando a sensação de que
o ambiente é maior e trazendo mais leveza visualmente. A presença de um mobiliário em madeira se
destaca em relação aos demais elementos e traz uma sensação de aconchego para este lugar.

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Figura 16 - Maquete de banheiro com o uso de cores claras.
Fonte: https://www.apartmenttherapy.com/8-surprisingly-chic-dollhouses-that-are-better-than-our-own-houses-
249601?utm_source=pinterest&utm_medium=social&utm_campaign=managed&crlt.pid=camp.FcltmNiTw6sT
Audiodescrição da figura: a figura apresenta a maquete de um banheiro com armário suspenso, cuba, objetos de
decoração, espelho, luminárias e uma parte da banheira. Fim da audiodescrição.

Já na segunda proposta, o ambiente é todo revestido, em suas paredes, pisos e teto, por
materiais que imitam a textura da madeira e por esta razão trazem ainda mais a sensação de conforto
ao ambiente, pelo seu visual rústico.

Figura 17 - Maquete de banheiro com a representação de texturas em madeira.


Fonte: https://www.apartmenttherapy.com/8-surprisingly-chic-dollhouses-that-are-better-than-our-own-houses-
249601?utm_source=pinterest&utm_medium=social&utm_campaign=managed&crlt.pid=camp.FcltmNiTw6sT
Audiodescrição da figura: a figura apresenta a maquete de um banheiro com cuba com uma coluna imitando um caule,
bacia sanitária, espelho, luminárias, janela, porta-toalhas e porta-papel higiênico. Fim da audiodescrição.

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No que se refere aos quartos, cozinhas e salas, também é possível efetuar propostas
distintas com o objetivo de identificar a composição mais harmônica e mais agradável e funcional
para o cliente. Em seguida, observe os exemplos de maquetes físicas de alguns ambientes de uma
residência.

Figura 18 - Maquete de cozinha.


Fonte: https://www.apartmenttherapy.com/8-surprisingly-chic-dollhouses-that-are-better-than-our-own-houses-
249601?utm_source=pinterest&utm_medium=social&utm_campaign=managed&crlt.pid=camp.FcltmNiTw6sT
Audiodescrição da figura: a figura mostra a maquete de uma cozinha com móvel central na cor branca, geladeira, fogão
com coifa e pia com armário inferior, janela e objetos de decoração. Fim da audiodescrição.

Figura 19 - Maquete de sala de estar com tv.


Fonte: https://www.apartmenttherapy.com/8-surprisingly-chic-dollhouses-that-are-better-than-our-own-houses-
249601?utm_source=pinterest&utm_medium=social&utm_campaign=managed&crlt.pid=camp.FcltmNiTw6sT
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma sala de estar com tv com sofá, tapete, pufe, objetos nas paredes e
espelho, móvel baixo com uma tv. Fim da audiodescrição.

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Figura 20 - Maquete de quarto de casal.
Fonte: http://www.craftinessisnotoptional.com/2018/09/dollhouse-master-bedroom.html
Audiodescrição da figura: a figura exibe um quarto de casal, com cama de casal, mesinha de cabeceira, piso imitando
madeira, parede revestida com papel de parede. Fim da audiodescrição.

Maquetes cenográficas

As maquetes cenográficas são principalmente utilizadas no contexto do teatro e do


cinema com o objetivo de representar cenários específicos, que podem ser internos ou externos, de
modo a passar a sensação de realidade para o espectador. As escalas aplicadas podem ser de redução
ou, na maioria das vezes, pode ser mantido seu tamanho real.

Figura 21 - Exemplo de maquete cenográfica.

25
Fonte: http://www.barbaradelimburg.com/-/projects/Designs/Opera/The_Cunning_Little_V
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma maquete de um cenário com duas casas de madeira, encostadas num
muro (barreira) e acima desta barreira, vegetação. Fim da audiodescrição.

Maquetes de detalhes

É nesta maquete que são explicitados os elementos de maior complexidade construtiva,


de modo a apoiar o processo de entendimento volumétrico a partir de um recurso tátil. O foco recairá
sobre determinada parte enfatizando o posicionamento, as características dimensionais e estéticas
do mesmo.

Figura 22 - Exemplo de maquete de detalhe - escada helicoidal.


Fonte: https://formationbois.skyrock.com/31.html
Audiodescrição da figura: a figura exibe a maquete de uma escada helicoidal com pilar no centro, toda na cor branca.
Fim da audiodescrição.

1.3.3 Maquetes específicas

As maquetes específicas objetivam a demonstração de um objeto em si, podendo ser um


mobiliário, um objeto decorativo, dentre outros. É comumente utilizada na área de design de produto
como um meio de expor a criação do profissional.
A ilustração abaixo, apresenta uns exemplos de maquetes físicas de alguns pufes e
bancos, que podem ser desenvolvidos por designers de interiores, assim como, o designer de
produtos. Essas maquetes, também passam pela etapa de testagem de cores, formas, modelos.

26
Figura 22 - Exemplos de maquetes específicas de mobiliários - cadeiras.
Fonte: https://www.style-files.com/2010/10/22/knitted-
stools/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+style-files+%28style-
files.com%29&utm_content=Google+Reader
Audiodescrição da figura: a figura exibe três fotos de maquetes de poltronas e almofadas, circulares com abertura no
centro. Fim da audiodescrição.

1.4 Especificações a serem consideradas no planejamento das maquetes

De modo geral, vimos nos itens anteriores que a confecção das maquetes exige uma
compreensão das formas do ponto de vista geométrico, bem como a expertise de saber representá-
las de forma bidimensional (2D) e posteriormente tridimensional (3D) no desenvolvimento da
maquete propriamente dita. Para além desta compreensão técnica, também se apresentam
necessidades de noções estéticas para dar conta de produzir ambientes harmônicos.
Neste sentido, ressaltamos que o desenvolvimento das maquetes pressupõe o
conhecimento das seguintes noções:

27
• Compreensão de formas geométricas bidimensionais e tridimensionais;
• Leitura e interpretação de desenhos técnicos como: planta baixa, elevação/fachadas,
cortes, planta de situação, planta de locação e coberta;
• Aplicação de escalas de redução e ampliação;
• Domínio do procedimento de planificação;
• Aplicação de técnicas de recortes e acabamentos;
• Sensibilidade estética para a composição dos elementos.

Os desenhos técnicos configuram-se como o principal meio de suporte à construção


dessas maquetes. É neles que serão encontradas as informações necessárias para a execução do
protótipo.
Por exemplo, ao criar uma maquete de interiores, o projetista terá que verificar as
medidas do contorno externo e dos internos da edificação na planta baixa. Na imagem abaixo, é
possível observar a colocação das paredes por cima da planta baixa da casa, que tem como função,
guiar a construção da maquete.

Figura 23 - Exemplos de maquetes específicas de mobiliários - cadeiras.


Fonte: https://www.vaicomtudo.com/7-passos-para-fazer-maquetes-de-casas-e-mais-14-exemplos.html
Audiodescrição da figura: a figura exibe a montagem da maquete de uma casa, sendo feita em cima de uma planta
baixa. Fim da audiodescrição.

1.4.1 A utilização da escala

A escala se caracteriza como um dos principais recursos projetivos no âmbito da


construção civil, por possibilitar a redução de medidas, às vezes, intermunicipais para a representação

28
de projetos urbanos. Bem como, também é utilizada para projetar objetos minúsculos em proporções
maiores, tais como parafusos ou partes de peças mecânicas.
As escalas de redução são sempre antecedidas pelo número 1. Ou seja, 1:10, 1:50, 1:200,
1:500, entre outras. É importante ressaltar que se lê um para dez, um para cinquenta e assim
sucessivamente.
Quando falamos que foi utilizada uma escala de 1:500, significa que o objeto foi diminuído
em 500 vezes em relação ao seu tamanho original. Neste mesmo sentido, podemos afirmar que cada
centímetro representado no papel equivale a 500 cm da dimensão real.

DICA
Como calcular o tamanho de uma miniatura?
Para calcular, basta dividir o tamanho da peça real pelo número do divisor da
escala. Por exemplo, em uma miniatura de um homem com 1,80 m (180 cm)
em escala 1:75, a miniatura ficará com uma altura de 2,5 cm (180/75 = 2,4
cm).
Lembrando que podem utilizar o escalímetro, para essa redução ou
ampliação das maquetes, sem precisar fazer cálculos.

Em geral, a determinação da escala antecede a execução dos projetos de modo a prever


a necessidade representativa daquele objeto. Dessa maneira, é imprescindível planejar previamente
as reduções e ampliações a serem aplicadas. Ressaltamos, que no contexto da arquitetura é mais
comum a efetuação de redução.
Na tabela abaixo, são relacionadas as escalas de redução e sua utilização nos projetos
arquitetônicos.

Tipo de Maquete Escala Comentário

Casa 1:50 O comprimento real de 30m


ocuparia 60cm de espaço.
Edificação com mais de 100m de 1:100 Desta forma a maquete não fica
comprimento grande demais para o transporte.
Lugares de grandes dimensões 1:500 Desta forma a maquete não fica
1:1.000 grande demais para o transporte.
1:2.000
Maquetes preliminares 1:500 São maquetes que tratam de
1:200 relações gerais entre os volumes
1:100 e espaços. Quando o projeto
avança, a maquete pode assumir

29
escalas maiores, para que os
detalhes sejam estudados.
Maquetes para estudo de 1:200 É mais para um estudo de espaço
contexto 1:250 externo, estudos volumétricos de
edificações, nesses espaços.
Maquetes de apresentação 1:50 (casa) São efetivas se elaboradas
1:100 (edificação um grandes, para possibilitar a
pouco maior) visualização de detalhes.
Caixilhos de janelas, abas de 1:10 Em escalas menores os detalhes
telhado e conexões 1:25 devem ser apenas sugeridos.
Tabela 1: Relação entre escalas de redução e sua utilização nos projetos arquitetônicos.
Fonte: Mills, 2007, p. 63.

DICA
Sugiro como complemento ao que foi visto até agora, que assista aos
seguintes vídeos:
7 dicas para produzir uma maquete física impecável.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=A-
8uwkiV3aI&ab_channel=InResidence

Maquete simples na escala 1:100.


Link: https://www.youtube.com/watch?v=dH453dwJ7JA&t=538s

Estudante, é finalizada a primeira competência referente ao conteúdo da disciplina de


Maquetes. Depois de você ter aprendido o que é um modelo de maquete em diferentes contextos,
foram apresentadas com maior ênfase, as maquetes arquitetônicas e vários exemplos que
correspondem às suas tipologias.
Na segunda competência, você conhecerá as ferramentas pertinentes ao processo de
confecção das maquetes físicas. Será uma oportunidade de aprender quais os materiais conferem
melhor acabamento para cada detalhe da maquete, bem como, a visualização da sua utilização na
confecção das partes.

30
2.Competência 02 | Entender e Testar o Manuseio dos Materiais,
Instrumentos e Ferramentas Apropriadas ao Processo de Execução de
Modelos Tridimensionais
Estudante, vamos agora usar a imaginação para criar modelos tridimensionais a partir de
uma escolha da maquete que se deseja executar. Sabemos que são infinitos os materiais utilizados
nesse processo e quanto mais conhecimento, estudos e pesquisarmos os lançamentos de produtos
no mercado, iremos dar mais qualidade na execução da maquete física desse projeto. E na prática,
quanto mais vezes você tentar e utilizar a variedade desses produtos, mais a sua criatividade vai
“brotar” nesse ramo. E não mais que de repente, você poderá passar a transformar esse
“aprendizado” em renda financeira.

Figura 24 - Alguns instrumentos para executar uma maquete.


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=EgE-FJPB-V4
Audiodescrição da figura: a figura apresenta vários modelos de estiletes, par de esquadros, tesoura, alguns tipos de
colas, fita crepe e adesiva, régua de aço, escalímetro, papel de várias cores, base para corte. Fim da audiodescrição.

Neste instante, convido você, estudante, a ouvir o Podcast, onde é


informado o conteúdo que será estudo nesta competência do e-book. Após
ouvir o áudio, convido novamente, a voltar a leitura do e-book, para dar
continuidade do seu aprendizado sobre maquetes.

Antes de iniciar a produção deve-se definir a tipologia da maquete, porque a partir disso,
poderemos separar os devidos materiais específicos para atender as características do projeto a ser

31
desenvolvido. Sem esquecer que a maquete irá retratar a cópia fiel da edificação, do mobiliário ou
do objeto.

Figura 25 - Montagem de uma maquete


Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-8-Fotos-do-interior-dos-modelos-fisicos-no-projeto-do-Pavilhao-
realizado-pelos_fig6_322804678
Audiodescrição da figura: a figura amostra seis fotos de montagem de uma maquete residencial com dois pavimentos,
tudo na cor branca. Fim da audiodescrição.

Podemos dividir as fases do desenvolvimento de uma maquete, facilitando a logística de


sua montagem. Após a definição do tipo de maquete, deve-se separar as ferramentas e materiais
específicos. Os materiais mais comuns e básicos para o processo são: lápis, régua, cola, escalímetro,
tesoura, tinta e papel.

2.1 Maquete: Fases da produção

2.1.1 Planejamento

Estudante, vamos agora partir para a elaboração da maquete e antes de mais nada é
preciso definir suas questões funcionais, como por exemplo, qual será seu público? Tempo de
exposição? Qual seu objetivo e principalmente quem vai custear sua produção? Todos esses itens,
envolvem importantes decisões quanto ao início da montagem da maquete.

32
Definição da tipologia

Com a definição da tipologia da maquete, você já vai saber o que será necessário mostrar,
que pode ser a volumetria, os cheios e vazios, ou o nivelamento do solo, assim como, quais
instrumentos e materiais que vai utilizar para sua confecção. Cada tipo de maquete tem seu destaque
e com muita atenção, paciência, dedicação e recursos, você poderá atingir facilmente um bom
resultado na execução da sua maquete.

Figura 26 - Exemplo de maquete com cheios e vazios.


Fonte: http://arquitetesuasideias.com.br/2016/04/01/a-importancia-das-maquetes-na-arquitetura/
Audiodescrição da figura: a figura exibe a maquete de quatro edificações, na cor branca, com piso na cor cinza e a cor
preta de fundo. Fim da audiodescrição.

Figura 27 - Exemplo de maquete com relevos, níveis de solo.


Fonte:
https://www.falaprofessor2015.agb.org.br/resources/anais/5/1441069848_ARQUIVO_MAQUETESCOMORECURSODIDA
TICONOENSINODEGEOGRAFIARELATODEEXPERIENCIANOCOLEGIOESTADUALTEOTONIOVILELA.pdf
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma maquete representando relevos, vegetação e riachos. Fim da

33
audiodescrição.

Figura 28 - Exemplo de maquete volumétrica de um trecho numa cidade.


Fonte: https://www.joaoalvarorocha.pt/maismaia/maismaiapt.html
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma maquete urbanística com vários volumes imitando edifícios de formatos
diferentes e vias de circulação, tudo na cor branca. Fim da audiodescrição.

Figura 29 - Modelos de maquetes físicas internas.


Fonte: https://www.blogdaarquitetura.com/o-que-acontece-quando-arquitetos-resolvem-construir-casas-de-bonecas/
Audiodescrição da figura: a figura apresenta duas fotos de maquetes físicas. À esquerda, representa um apartamento,
completamente mobiliado. À direita, apresenta uma maquete com dois pavimentos, também mobiliada, onde são
vistos dois ambientes e um ambiente ao lado de um quarto. Fim da audiodescrição.

Definição dos materiais, equipamentos e ferramentas


E aí estudante, já pensando como será a construção de sua primeira maquete?
Dando prosseguimento as fases da construção da sua maquete, chegou a hora de escolher
os materiais e ferramentas específicas para executá-la. E os itens que já foram determinados
anteriormente, como o tipo da maquete, o objetivo do projeto, o tempo, os recursos, que somados

34
ao seu aprendizado, e as suas aptidões ajudarão a determinar os materiais e ferramentas utilizadas
na construção da maquete.

Figura 30 - Diversas ferramenta e equipamentos.


Fonte: https://www.domestika.org/pt/courses/23-diorama-pensando-em-tres-dimensoes/units/94-
apresentacao/lessons/302-materiais-e-ferramentas
Audiodescrição da figura: a figura exibe diversas ferramentas que podem ser utilizadas para construir maquetes. Por
exemplo, régua, alicate, tesoura, estiletes, tintas pincéis e vários tipos de tintas. Fim da audiodescrição.

No mercado são encontrados muitos elementos que contribuirão para se assemelhar a


realidade que se pretende representar na maquete, como por exemplo a materiais, revestimentos,
objetos, fazendo com que o cliente se sinta ou interprete o local pronto. Capriche nos revestimentos,
nas texturas, nas cores, na confecção dos mobiliários, enfim atinja seu objetivo que é um bom
resultado plástico, somado a um perfeito acabamento, na sua maquete.
Dessa forma, através da sua maquete construída, todos poderão identificar o que foi
projetado com bastante antecedência e muitas vezes acelerando o sucesso financeiro de quem lhe
contratou.
Se você escolher fazer algo mais complexo tecnicamente e com mais detalhamento nos
destaques do projeto, utilizará além dos materiais básicos de estruturação e montagem (tesoura,
cola, estilete, régua, papel, papelão, tinta, lixa), as ferramentas e equipamentos específicos como cola
quente, furadeira, ferro de solda, serra de corte, lixadeira elétrica entre outros.
E pensando na sua segurança pessoal e na dos demais que poderão lhe auxiliar nessa
empreitada, use sempre os equipamentos de proteção individual (EPI), como óculos, máscara, luva,
bota, entre outros.

35
Definição do roteiro da execução

Esse roteiro facilitará a gestão da montagem e também garantirá o fluxo e a qualidade


final da maquete. Então, para iniciar, tenha em mãos a plotagem da planta baixa; escolha a base da
maquete; faça a planificação e cortes; depois cole as peças e finalize criando a área externa.

Figura 31 - Modelo de maquete de área externa de residência.


Fonte: https://virtualstudio3d.com.br/fisicas
Audiodescrição da figura: a figura mostra a maquete de área externa de uma residência, com piscina, deck, vegetação,
mobiliário. Fim da audiodescrição.

Tenha sempre em mãos uma lista impressa e num local visível, e os materiais que irá
utilizar, e seguir o roteiro de execução da maquete, onde pode neste, apresentar o passo a passo de
sua construção.

2.1.2 Materiais, instrumentos e ferramentas

Existe uma infinidade de ferramentas e materiais para a produção de maquetes, mas para
escolher quais materiais e ferramentas que irá utilizar, é preciso verificar diversos fatores, como o
que será representado e seus objetivos. Porém, o importante é ter criatividade nas suas produções.

Muitas vezes desejamos um resultado para a maquete, porém devemos ficar atentos a
escolha dos materiais e as técnicas adotadas, sendo possível comparar os efeitos dos resultados com
os idealizados.

36
Foam board (papel pluma) ou foamcore é um tipo de isopor, coberto em
ambos os lados com papel ou plástico, de modo que a espuma dura,
composta por PVC, é o núcleo. Sua superfície permite a aplicação de adesivos
ou impressão direta, tonando a apresentação do material ainda mais
elegante.

Materiais para a base e elevação


Como será a base que dará o apoio e sustentação para o transporte da sua maquete? Não
esqueça de escolher um material resistente. Um dos mais utilizados e resistentes é o papel Paraná,
do mais grosso, para se evitar quebras. Vejamos alguns exemplos que são muito utilizados também:
papel duplex, MDF, acrílico, isopor, vidro, compensado, papel pluma (foamboard ou spumapaper) e
caixa de papelão.

Figura 32 - Maquete e base feita com papel Paraná.


Fonte: https://apaixonadaporarquitetura.wordpress.com/2015/06/13/maquetes-quais-materiais-usar/
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma edificação feita com papel Paraná. Fim da audiodescrição.

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Figura 33 - Papel Pluma para base de maquete.
Fonte: https://lista.mercadolivre.com.br/papel-pluma-5mm
Audiodescrição da figura: a figura exibe exemplos de papel Pluma na cor branca. Fim da audiodescrição.

Figura 34 - Carton Pluma - 5mm para base de maquete.


Fonte: https://papeleriaana.com/cartn-pluma/96-cartn-pluma-5mm-70x100cm.html
Audiodescrição da figura: a figura apresenta exemplos de Carton Pluma com várias espessuras. Fim da audiodescrição.

Figura 35 - Papelão de caixa para base de maquete.


Fonte: https://www.kalunga.com.br/prod/chapa-de-papelao-multiuso-1000x1200mm-kraft-westrock-pt-1-un/145113
Audiodescrição da figura: a figura apresenta exemplo de papelão caixa. Fim da audiodescrição.

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Materiais para revestimentos e acabamentos
Quando chega a fase de mostrar paredes e pisos, por exemplo, temos que nos alertar na
escala porque não é fácil representar texturas em miniaturas. Então, se necessário, aumentem a
proporção da sua maquete, pois todos os elementos que serão representados, precisam estar na
mesma escala.
São abundantes os materiais para revestimentos e acabamentos de uma maquete. Entre
eles temos: acetato, acrílico, areia, argila, borracha, cartolina, cortiça, massa epóxi (Durepox), esponja
ou bucha de banho, esponja floral, espuma de Poliuretano, E.V.A., folhas, flores, galhos, sementes,
grãos, gesso, laminado, massa corrida, massa de modelar, musgo, pigmentos, placas e bolas de
isopor, plásticos, pó de Camurça, resina, serragem, palha de aço, palha de bambu, papel adesivo,
papel camurça, papel laminado, papel jornal, papel pedra, papel silhueta, papel sulfite, papelão micro
ondulado, papelão liso, papel machê, pedras, britas, seixos, tábuas ou sarrafos de madeira, tecidos,
tinta (guache, acrílica, em pó, PVA, etc.) e verniz.

Figura 36 - Modelo de árvore feita com lã.


Fonte: http://marinaaraujo.arq.br/guia-util-sobre-maquetes-dicas-instrumentos-e-materiais/
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma árvore feito com lã na cor azul, e depois a mesma, pintada na cor verde.
Fim da audiodescrição.

39
Figura 37 - Modelos de papel cartão.
Fonte: http://vfco.brazilia.jor.br/maquete/flluc/pSmith1.htm
Audiodescrição da figura: a figura mostra quatro exemplos de papel cartão, representando telhas e tijolos, em diversas
cores e formatos. Fim da audiodescrição.

Figura 38 - Árvores feitas com material metálico.


Fonte: http://marinaaraujo.arq.br/guia-util-sobre-maquetes-dicas-instrumentos-e-materiais/
Audiodescrição da figura: a figura mostra algumas árvores feitas com arame. Fim da audiodescrição.

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Figura 39 - Folha de cortiça.
Fonte: https://www.elo7.com.br/folha-de-cortica-60cm-x-45-cm-x-1mm/dp/C67A4B
Audiodescrição da figura: a figura exibe folhas de cortiça. Fim da audiodescrição.

Materiais para estrutura da maquete


Estudante, dependendo do projeto para executar, devemos procurar os tipos e materiais
que mais se assemelham a realidade. Afinal muitas vezes a maquete terá dois ou três pavimentos. E
como estruturá-la?
Dentre a variedade de materiais, muitas vezes temos em casa alguns desses materiais,
como: palitos (picolé, churrasco ou de dente), canudo de papel, alfinetes, cotonete, pregos, grampos
e arames.

41
Figura 40 - Estrutura de uma residência com palito de picolé.
Fonte: https://www.vivadecora.com.br/revista/artesanato-com-palito-de-picole/
Audiodescrição da figura: a figura mostra o exemplo de estrutura de maquete toda em palito de picolé, de uma
residência com dois pavimentos. Fim da audiodescrição.

Figura 41 - Estrutura de uma edificação em bambu.


Fonte: https://www.grandmaliyahotel.top/products.aspx?cname=bamboo+miniature+house&cid=41
Audiodescrição da figura: a figura exibe o exemplo de estrutura de maquete toda em bambu, de uma edificação
suspensa. Fim da audiodescrição.

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Figura 42 - Estrutura de madeira tipo MDF 3mm cortada a laser.
Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-714353187-maquete-187-estrutura-ho-ferromodelismo-_JM
Audiodescrição da figura: a figura apresenta estrutura em madeira cortada a laser. Fim da audiodescrição.

Instrumentos e materiais auxiliares


São encontrados também no mercado, instrumentos e materiais auxiliares para o
desenvolvimento da maquete. Estudante, alguns dos diversos materiais auxiliares, podem ser
encontrados em sua residência. Seguem alguns exemplos: agulha, alfinete, algodão, base para corte,
bisturi para cortes finos e detalhados, caixas e potes de diferentes tamanhos, clipes de metal, cola
plástica, de contato, para isopor, instantânea, etc., cordão, cotonete, massa de epóxi (Durepox),
elástico, estiletes de diferentes tamanhos, fita adesiva e crepe, furador de papel, grampeador, lixas,
material de desenho técnico, palitos, pinças, pinceis, régua metálica e tesouras.

Figura 43 - Régua metálica.


Fonte: https://docplayer.com.br/67779816-Materiais-para-desenho-e-construcao-de-maquetes-fisicas-orientacoes-e-
sugestoes-basicas-quanto-ao-uso-e-manuseio-e-seus-processos-de-transformacao.html
Audiodescrição da figura: a figura exibe duas réguas metálicas e com numeração. Fim da audiodescrição.

Figura 44 - Exemplos de pinças (cruzadas, retas e curvas).


Fonte: https://docplayer.com.br/67779816-Materiais-para-desenho-e-construcao-de-maquetes-fisicas-orientacoes-e-

43
sugestoes-basicas-quanto-ao-uso-e-manuseio-e-seus-processos-de-transformacao.html
Audiodescrição da figura: a figura mostra três pinças metálicas (cruzadas, retas e curvas).

2.1.3 Construção de uma maquete física

Estudante, agora chegou o momento da parte prática da produção de uma maquete,


vamos iniciar a montagem. Para quem nunca fez, talvez ache complexo, porém será a regularidade
do exercício que fará surgir sua habilidade na confecção, e também seguir seu roteiro de execução.
Comece com simples exemplos, com materiais que já possua e também com uma técnica
simples, para que possa desenvolver suas habilidades e percepção visual sobre a transformação de
um cenário bidimensional planificado para um objeto 3D físico (Tridimensional).
Não desista, caso o resultado final da sua maquete não agrade, pois é uma atividade
minuciosa e detalhista aonde tudo faz diferença. E quanto mais você praticar, maior será o
aprendizado e manuseio com os materiais e técnicas. E assim, certamente o resultado final da
maquete será perfeito.

Figura 45 - Maquete física de uma residência, simples.


Fonte: http://www.aartedeaprenderbrincando.com/2014/08/como-fazer-as-casas-da-maquete-eolica.html
Audiodescrição da figura: a figura mostra a maquete física de uma residência, onde possui uma base, na cor amarela, as
paredes são na cor azul e lilás e a cobertura na cor vermelha. Embaixo da casa, tem-se um papel com desenhos e
dimensões da pequena casa. Fim da audiodescrição.

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Figura 46 - Maquete física de uma residência, com mais detalhes.
Fonte: http://wpmaquetes.com.br/maquetes/maquete.asp?categoria=residencial&tipo=2&pag=9
Audiodescrição da figura: a figura exibe a maquete física de uma residência com dois pavimentos. Possui uma parte
com transparência / vidro. Tem também um lindo mobiliário, vegetação e veículo. Fim da audiodescrição.

Estudante, faça exercícios com esses modelos simples abaixo, para aprender alguns
“macetes” antes de construir a maquete dos sonhos. Treine sua paciência, percepção volumétrica e
habilidades, cortando, colando, testando materiais diversos e revestindo algumas formas
tridimensionais.

Figura 47 - Exemplos de planificações de poliedros.


Fonte: https://www.ahoradecolorir.com.br/2018/11/planificacao-e-solidos-geometricos.html
Audiodescrição da figura: a figura apresenta doze planificações com a quantidade de faces, vértices e arestas que cada
um possui. Fim da audiodescrição.

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Planificação do projeto
Pegue o projeto da maquete e analise a planta baixa, os cortes e as elevações/fachadas.
Em seguida imagine, ou melhor defina o sistema estrutural. Qual material irá utilizar? Qual o ideal?
Vamos usar a criatividade, mas não esquecendo a importância da viabilidade de executar.
Transfira as dimensões dos desenhos técnicos para o material escolhido, na escala ideal.
Feito isso, comece a recortar as partes para começar a colagem dessas novas peças nos seus
respectivos lugares. Desta forma, o quebra-cabeça começará a ser montado e aos poucos irá aparecer
a materialização do projeto idealizado.
Ao fazer a maquete, você já vai tendo a ideia da dimensão da placa base e do espaço para
toda a produção da maquete, como por exemplo, a manipulação das ferramentas, dos materiais, da
montagem e da sua circulação, junto aos demais.
Um dos modos para realizar a transferência dos desenhos técnicos no material é riscar
levemente para marcar as formas básicas e marcações que irão auxiliar na definição final do desenho
no material, usando sempre os instrumentos técnicos de desenho e corte para garantir a qualidade
do seu projeto.

Figura 48 - Exemplos de planificação de um projeto de maquete.


Fonte: https://br.pinterest.com/pin/657455245587380379/
Audiodescrição da figura: a figura mostra quatro fotos de planificação de uma residência para montar maquetes, todas
na cor branca, e uma planificação de uma cadeira, na cor bege. Fim da audiodescrição.

Existem alguns softwares como o Sketchup, Revit, entre outros que podem contribuir para
a planificação na realização digital e a impressão do desenho que servirá de gabarito para a fase
seguinte de corte e montagem das peças que constituirão a maquete.

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Figura 49 - Vistas e cortes de um projeto para a construção da maquete.
Fonte: https://http2.mlstatic.com/maquete-casa-terrea-popular-143-D_NQ_NP_914240-MLB31137298589_062019-
O.webp
Audiodescrição da figura: a figura apresenta a planificação de uma edificação em formato digital, onde mostra
separadamente as partes: cobertura, forro, paredes e pisos. Fim da audiodescrição.

É possível baixar a versão gratuita do Sketchup, através do link:


https://www.sketchup.com/pt-BR/try-sketchup

Tutorial Planificação de modelos no Sketchup, link:


https://www.sketchup.ibercad.pt/planificar-modelos-3d-sketchup.html

Independentemente, de ser a maquete de um produto, um ambiente ou de uma


edificação, a confecção inicia com a planificação das vistas e partes do que será representado. A
seguir, alguns vídeos mostram o passo a passo do processo de produção de maquetes que poderá lhe
ajudar na confecção dos seus próprios projetos.

47
Pratique! Você poderá se surpreender com o seu próprio resultado.

Como fazer uma casa de papelão?


Link: https://www.youtube.com/watch?v=1DS_I2QZNxw&app=desktop

Como fazer maquete arquitetônica física de casa?


Link: https://www.youtube.com/watch?v=XpxFq1HkCeY

Placa Base
É a placa que irá garantir a sustentação e o transporte da sua maquete. Ela deve ser
elaborada de acordo com o material que será utilizado na estrutura do projeto. Temos como
exemplos: isopor, papelão, madeira, vidro, PVC, entre outros.
As opções mais usadas são os compensados de MDF, papel pluma e papel tríplex. Se a
maquete for uma topográfica, os materiais indicados são aqueles mais fáceis de cortar, como isopor
e E.V.A. Porém se a base for feita de papel ou papelão, é preciso fortalecer o equilíbrio e a estabilidade
da maquete, fazendo uma estrutura interna de colmeia reforçando a sustentação.

Sobre a base de compensado, os pisos Colocação dos muros em PVC expandido


recortados em PVC expandido e pintados de 3mm pintados com tinta PVA.
com tinta a base de PVA.

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Recorte e colagem do gramado. Maquete finalizada.

Figura 50 - Processo de produção com placa base com a maquete.


Fonte: http://www.maketa.com.br/makingoff.htm
Audiodescrição da figura: a figura apresenta quatro fotos de uma mesma maquete, sendo produzida em etapas. Fim da
audiodescrição.

Veja o vídeo abaixo, de como fazer uma base para maquete em formato de
piso.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=4H_KjnZnZRU

Corte e incisões
Nessa fase se exige muita atenção, por que cortes errados ou tortos na planificação, irão
influenciar na hora da colagem e dos encaixes das peças e podendo gerar muitos desperdícios de
material, tempo e consequentemente elevando os custos. Resumindo, o corte deve ser preciso e de
bom acabamento para não danificar o material ou até mesmo perder material e/ou projeto.

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Figura 51 - Cortes das partes de uma maquete.
Fonte: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/7/a-construcao-de-maquetes-fisicas-como-recurso-didatico-
para-o-ensino-de-projeto-arquitetonico-na-educacao-profissional-tecnica-de-nivel-medio
Audiodescrição da figura: a figura apresenta a montagem de algumas partes de uma maquete, com papel cartão e
isopor. Fim da audiodescrição.

Muito importante é nomear as partes cortadas para não confundir na hora da montagem.
Por exemplo, “fachada frontal”, “fachada de fundos”, etc. Se o projeto é composto de diferentes
níveis, agrupe as peças de acordo com cada nível.

Passe o estilete várias vezes de forma suave até a peça soltar naturalmente.
Não force o material para não perder a peça. Use sempre um estilete afiado
sobre uma base de corte resistente.
Evite fazer seu instrumento profissional de desenho com esquadros,
escalímetro e régua, como guia para cortes, pois estes vão se desgastando.
Para cortar peças iguais, você pode usar um molde, uma base com o desenho
e dimensões da peça. Depois é só cortar todas do mesmo tamanho.

Além dos cortes externos para dar forma e extrair a peça do material, existem também
as incisões específicas para detalhamento da peça, de acordo com o detalhe do corte. Nesse caso,
use o bisturi no lugar do estilete.

Figura 52 - Cortes a laser de mobiliários da residência.


Fonte: https://br.pinterest.com/pin/694750680001547712/
Audiodescrição da figura: a figura mostra partes planificadas de uma casa, desenhada com instrumentos, cortadas a

50
laser. Fim da audiodescrição.

Para outras situações será necessário usar equipamentos mais complexos, como por
exemplo, uma furadeira, um arco de serra ou uma máquina tico-tico, vai depender do material
utilizado. Com as novas tecnologias é possível fazer cortes a laser ou até imprimir digitalmente as
peças separadamente para o encaixe final da maquete.

Figura 53 - Imagens de corte laser e impressões 3D das partes planificadas de uma maquete.
Fonte: https://boaimpressao3d.com.br/aplicacoes/maquetes-com-impressora-3d/
Audiodescrição da figura: a figura apresenta três fotos. À primeira, uma máquina de corte; a segunda, uma maquete
sendo montada de uma residência com dois pavimentos; e a terceira, peças planificadas de uma edificação, todas na
cor branca. Fim da audiodescrição.

Pintura, revestimento e textura


Estudante, sempre pesquise que material ideal deve ser utilizado para representar os
elementos miniaturizados, que foi especificado no projeto. Os materiais podem ser diversos, como:
PVC expandido, MDF, acrílico, tintas automotivas e acrílicas, resinas, massas especiais, todos com o
objetivo de chegar ao realismo do objeto, além de muita criatividade.
As cores também contribuem de forma estética ajudando no acabamento das peças
usadas na produção da maquete, podendo disfarçar algumas falhas de qualquer material.
O tipo de tinta escolhida, seja a base de água ou solvente, tinta acrílica, ou simplesmente
aplicação de verniz, junto com o material aplicado, resultará em diferentes efeitos como dar brilho,
opacidade, gerar algo fosco ou até mesmo translúcido, tipo vitral. Você pode usar esmalte incolor
sobre o material ou revestimento impresso para gerar brilho ou para ficar com uma característica
mais realista.

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Figura 54 - Exemplos de cores que podem ser utilizadas em uma maquete.
Fonte: https://br.freepik.com/psd-gratuitas/maquete-de-quadro-com-materiais-de-pintura_3477754.htm
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma cartela de cores, pinceis de tamanhos diversos, tubos de tintas. Fim
da audiodescrição.

Materiais diferentes poderão reagir de forma diferente com o tipo de tinta escolhida e de
como será aplicada. A mesma tinta em madeira pode ter um efeito, e no papelão outro. Pintar com
pincel pode gerar uma textura que no spray não teria. As tintas podem ser pulverizadas, aplicadas
com pincel plano, de cerdas curtas, espalhada com rolo pequeno ou algodão para causar textura. O
interessante é testar antes numa parte do material para ver que efeitos podem dar no final, e alguns
podem precisar um pouco de tempo de secagem, para ver o resultado final.

ATENÇÃO, ESTUDANTE!
Nunca pinte o isopor com tinta spray, pois poderá corroer o material devido
o solvente presente na tinta.
Para fazer uma pintura em isopor imitando madeira, primeiro sugerimos que
você aplique na placa de isopor uma camada de primer para isopor. Pode ser o
mesmo primer usado para metais, PET e vidro, desde que seja a base de água.

A cor pode estar presente no projeto não só através da pintura, como também das
texturas e efeitos com variação de tom, podendo ser semelhante ao material que se pretende
representar, fortalecendo a interpretação e o objetivo o qual a maquete se propõe. Papéis adesivos
texturizados ou simplesmente estampados, também são recursos para simular efeitos: de mármore,
madeira, cerâmica etc., e até estampas de tecidos são artifícios usados.

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Figura 55 - Exemplos de papéis adesivos para maquetes.
Fonte: https://davidneat.wordpress.com/tag/model-making/
Audiodescrição da figura: a figura mostra diversos papéis para maquetes, representando: o mármore, o piso e grama.
Fim da audiodescrição.

Estudante, existem materiais que já tem uma textura própria, como os porosos, rugosos,
espelhados, translúcidos entre outros. Sabe um que é muito usado? O papelão ondulado, pois sua
aparência física se assemelha a um telhado. Porém se escolhermos o papelão de cor, poderemos
utilizá-lo como revestimento de paredes ou como divisórias. Já os pedaços de cortiça, isopor ou casca
de ovo, servem para a simulação de tijolos, pedras ou rachaduras.

Figura 56 - Maquete com papel ondulado, representando telhado numa maquete.


Fonte: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/7/a-construcao-de-maquetes-fisicas-como-recurso-didatico-
para-o-ensino-de-projeto-arquitetonico-na-educacao-profissional-tecnica-de-nivel-medio
Audiodescrição da figura: a figura exibe um exemplo de telhado com o uso de papéis ondulados. Fim da
audiodescrição.

Materiais como o alumínio, vidro, arame, palito, acetato, plástico, camurça, couro, juta,
entre outros recursos extraídos da própria natureza, ou seja, areia, folhas secas, gravetos e sementes

53
são aplicados in natura na caracterização de maquetes devido ao efeito específico gerado. Tipos de
materiais in natura podem gerar um resultado mais rústico na composição da maquete ou na
ambientação do espaço representado.

Montagem e colagem
Ao definir a forma como irá montar e colar sua maquete, os materiais escolhidos, a
ferramenta ou instrumento usado e o tipo de cola e encaixe a ser feito, tem grande influência. Se
você escolher papelão, madeira ou isopor, cada material precisará de um instrumento específico para
o corte, uma técnica de montagem que se adeque melhor ao material e a cola a ser usada. Como você
já deve ter usado em seus trabalhos de escola, o isopor tem sua cola apropriada. No papelão poderá
ser usada a cola branca, mas a madeira levará mais tempo no uso desse tipo de produto para unir as
peças.

Figura 57 - Montagem das paredes de uma maquete.


Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-6-Participante-inserindo-a-porta-na-parede-da-maquete-no-
momento-da-simulacao_fig6_319904906
Audiodescrição da figura: a figura mostra duas fotos, de uma mesma maquete, de montagem de paredes externas de
uma residência, já montadas, na cor branca, e com aberturas de portas e janelas, numa base de papel marrom. Fim da
audiodescrição.

DICA
Para evitar colar uma peça e ter que descolar por conta de um corte errado,
existe um truque bem simples. É só usar fita dupla face nas peças para
realizar uma primeira montagem. Se todas estiverem certas, aí pode partir
para a colagem.

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A junção das partes depende do material usado e da localização do encaixe. Com o
papelão, por exemplo, é possível cortar a peça inteira e fazer riscos leves com o estilete para dobrar
os vértices. Quando as peças são cortadas separadamente o encaixe e a cola podem ser feitas com as
peças de forma perpendicular entre si ou fazendo um corte de 45 o na aresta de cada peça para
finalizar a junção com 90o e gerar um acabamento diferenciado, caso a peça não receba nenhum
revestimento ao final da montagem.

Figura 58 - Exemplo de vinco em paredes externas de uma maquete.


Fonte: https://docplayer.com.br/8067566-Curso-de-maquete-didatica-neianne-panazio-patricia-ferreira.html
Audiodescrição da figura: a figura apresenta três ilustrações. À primeira, as paredes externas de uma residência, na cor
rosa, e representando porta e janelas. Tem duas setas indicando a dobra da parede. As duas ilustrações, a seguir,
apresentam formas de como fazer o vinco nas paredes externas da parede, podendo ser a 45° ou 90°. Fim da
audiodescrição.

Figura 59 - Modelo de maquete com a placa base e o piso das áreas contribuindo para a sustentação e colagem das
paredes.
Fonte: http://www.recortedesign.com.br/ index.php/portfolio/casa/
Audiodescrição da figura: a figura exibe placa base, como o piso da maquete de uma residência, e as paredes externas
da maquete, todos na cor marrom. Fim da audiodescrição.

Detalhes, acabamentos e ambientação


A dedicação com os objetos na finalização do ambiente, atrai a atenção, desperta o
interesse e demostra o seu profissionalismo com o projeto apresentado. Tenha muito cuidado com

55
os detalhes. Desde a produção inicial da placa base, a junção e combinação das áreas até o último
objeto da decoração, sejam eles: árvores, balcões de áreas molhadas, iluminação, objetos de
decoração, carros, pessoas, escadas, móveis, esquadrias, vegetação e texturas (tijolo, madeira, areia,
pedra, grama, vidro e água).

Figura 60 - Exemplos de objetos que pertencem a diversos ambientes internos de uma maquete.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/501799583475891481/
Audiodescrição da figura: a figura mostra diversos objetos que fazem parte de um ambiente interno de uma maquete
residencial, como: poltronas, cama, travesseiros, abajur colcha de cama, vegetação, mesas e cadeiras, fogão,
microondas, quadros, objetos de decoração. Fim da audiodescrição.

DICA
Veja o vídeo abaixo, que mostra a montagem de uma residência e destaca a
montagem da piscina.
DIY Miniature Modern Party Home (with Real Swimming Pool)
Link: https://www.youtube.com/watch?v=7DsRt0yI6OY

Um recurso para baratear o custo da maquete é usar os materiais recicláveis, sem contar
que são fáceis de encontrar no nosso convívio. E fica um charme usar na ambientação de maquetes.
Existem objetos como embalagens, potes, tampas de refrigerante, de pasta de dente, canudos,
brincos, botões, aparelhos de barbear e até cartelas vazias de remédio, de chicletes ou de pastilhas
que podem ser usados, entre outros elementos que podem ser representados em uma maquete.
Tendo que ter somente a preocupação com a escala que está sendo utilizada na mesma.

Figura 61 - Modelos de produção de peças em miniaturas para maquetes com uso de materiais reciclados.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/524247212874428223/
Audiodescrição da figura: a figura apresenta materiais que foram reciclados, e se tornaram elementos para maquetes,

56
como: tampas de garrafas, que se transformaram em pufes; botão de camisa, em relógio de parede; embalagem
pequena de geleia, em cuba de banheiro; e tampa de caneta, em abajur. Fim da audiodescrição.
Concluindo a área externa
Ao ter uma visão geral da maquete, sentimos a necessidade de fazer uma moldura, um
acesso ao projeto e isso se chama “área externa”. Muitas vezes sua composição é com varandas,
estacionamentos, postes, piscinas, ruas, calçadas, vegetação ou praças. Todo seu espaço deve ser
feito com a mesma atenção e dedicação que foram prestados no projeto central, pois a parte externa
é a primeira parte que visualizamos, então capriche nos materiais utilizados, nos detalhes e no
acabamento final, já que essa área deve estar em harmonia com o projeto.
Nas áreas externas, se utilizam materiais naturais, como seixos, folhas, areia, galhos,
cascalho entre outros. Então se a maquete ficar exposta por muito tempo, recomenda-se envernizar
ou pintar esses materiais naturais para retardar a sua deterioração.

Figura 62 - Exemplos de elementos em áreas externas de uma maquete.


Fonte: https://megamaquetes.com.br/wp-content/uploads/2018/09/4fcf9d660236ddb62c8456017158615a_XL.jpg
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma área externa de maquete com piscina, deck imitando a madeira,
mobiliário, vegetação e piso. Fim da audiodescrição.

O acabamento do terreno varia conforme o projeto, podendo simular terra ou grama, por
exemplo, pode-se usar a serragem pintada, areia pintada, papel ou pó de camurça. Ao simular o
terreno, é importante lembrar que este será a base da maquete, sua topografia, relevo, níveis e
texturas também devem ser representados.
Os caminhos podem ser representados com terra batida; podem ser feitos com areia
colada; os de pedra podem ser simulados com pequenos pedaços de papel cortados e pintados, ou
mesmo colando pedras menores, mas sempre lembrando da escala que está sendo utilizada na
maquete, também usar nesses elementos.

57
Figura 63: Terreno com acabamentos diversos.
Fonte: https://i.ytimg.com/vi/K_FGWwYrAvc/maxresdefault.jpg
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma maquete física de um pequeno lago, com área no entorno,
representando caminhos, na cor marrom claro, com vegetação ao redor. Fim da audiodescrição.

Vegetação
Estudante, quem já não tentou fazer uma árvore quando pequeno? Sabemos que existem
muitos tipos e de vários tamanhos. Nas maquetes são utilizadas muitas árvores em plástico, mas
também podem ser confeccionadas as copas com pedaços de esponjas verdes recortadas, bolas de
isopor, bucha natural, sisal, algodão pintado, e os caules, palitos de churrasco, galhos naturais de
árvores, arame, entre outros.
Porém para representar um gramado pode ser: serragem, pó de camurça, papel em
tirinhas ou musgos bem lavados e secos. Na representação das flores, podem ser usados: papel
crepom, cartolina, massa de modelar, papel de seda, E.V.A., as próprias flores naturais ou as
miniaturas de plástico.

Figura 64 - Modelos de árvores. Caules com arame e copas com sisal.


Fonte: https://artesanatonarede.com.br/aprenda-como-fazer-vegetacao-em-miniaturas-tema-arvore-de-sisal/

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Audiodescrição da figura: a figura mostra três árvores feitas com caules de arame e copas com sisal. Apresenta árvores
nas cores verde escuro, amarelo e verde com vermelho. Fim da audiodescrição.

Espelhos d á́ gua/piscinas
Um dos maiores desafios para o maquetista é representar a água. Existem diversos
materiais para simular a água e várias maneiras para representá-la. Temos como exemplos a resina
(poliéster), textura de PVC (PN-100, PN-50), água com aditivo. Existem técnicas para a água aparentar
menos profundidade, como pintar o fundo em cor mais escura, ou desenhar azulejos com dimensões
diferentes no fundo da água.

Figura 65 - Exemplo de piscina em maquete.


Fonte: https://www.maketa.com.br/agua.htm
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma maquete física de uma piscina, na cor azul, e um deck, na cor marrom,
onde possui um local com espaço para deitar e com cortinas brancas amarradas e mesas com cadeiras e guarda-sol. Fim
da audiodescrição.

Figura 66 - Exemplo de fonte em piscina.


Fonte: http://www.maketa.com.br/agua.htm
Audiodescrição da figura: a figura exibe a maquete de uma piscina, na cor azul, com uma fonte na cor metálica, e

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material transparente representando saída de água. Deck no entorno da piscina, na cor amarela, e parede com
representação de revestimento cerâmico na cor branca. Fim da audiodescrição.

Abaixo, em resumo, são apresentadas etapas de montagem de uma maquete física de


uma edificação.

Figura 67 - Etapas de montagem de uma maquete física de uma edificação com dois pavimentos.
Fonte: https://www.pinterest.de/pin/348043877439552755/?lp=true
Audiodescrição da figura: a figura apresenta a sequência da montagem uma maquete de uma edificação com dois
pavimentos, toda na cor branca. Fim da audiodescrição.

Videoaula
Agora dê uma pausa nos estudos e assista a videoaula sobre Formas
sustentáveis no processo de confecção da maquete.

Prezado estudante, chegamos ao final de mais uma competência que mostrou a


importância de conhecer uma variedade de instrumentos e uma infinidade de materiais aplicáveis na
confecção das maquetes. E que a prática de sua montagem o tornará num experiente maqueteiro.
E na próxima competência, você verá novas tecnologias para a confecção de maquetes,
serão as virtuais desenvolvidas nas plataformas gráficas. Aproveite para ser excelente na utilização
dessas novas ferramentas.

60
3.Competência 03 | Desenvolver a Criatividade e Raciocínio Lógico no
Processo de Execução de Maquetes
Prezado estudante, ao iniciar esta terceira e última competência da disciplina, coloca-se
em prática os aspectos importantes verificados nas duas competências apresentadas. Anteriormente,
foram conhecidos aspectos no processo de criação de maquetes que servirão como base para o
desenvolvimento da criatividade e raciocínio na execução de maquetes.

Estudante, para um melhor entendimento, sobre o que você vai estudar


nessa competência, escuta o Podcast, onde terá uma visão ampla do
conteúdo e que com certeza que vai auxiliar em sua leitura.

No desenvolvimento da disciplina, diversas tipologias que se diferenciam pela sua função


ou pelo estágio de desenvolvimento do projeto que se pretende representar foram identificadas e
estudadas. O planejamento da maquete, materiais e técnicas construtivas foram vistos e praticados
para servir de subsídio para a partir de agora, observar a apresentação de alguns projetos, como a
maquete que ganha vida e se torna um artefato de comunicação que facilitará o entendimento do
observador ao projeto.

3.1 Maquetes Físicas

Conhecendo o objetivo da maquete e suas principais diretrizes, partimos para o estudo.


Na maioria das vezes as maquetes são construídas antes da execução de uma obra. Por isso, ela tem
o compromisso de retratar uma realidade, mesmo que futura, da forma mais fiel possível. Isso exige
que se conheça muito bem o projeto.
Familiarizados com o projeto e com os objetivos da maquete, pode-se definir os materiais
a serem utilizados. Para esta escolha é preciso conhecer as opções de materiais oferecidas no
mercado e os recursos necessários para a utilização de cada um deles. Logo depois o maquetista
planeja a execução da maquete de acordo com o material escolhido. Define-se a forma de confecção
da estrutura, a textura dos acabamentos, a sequência de montagem, etc.

61
Então, mãos à obra...

Lembre!
A maquete representa uma realidade ou um recorte desta realidade, nesse
sentido busca criar experiências e encantar quem a está observando.

3.1.1 Prática em maquetes de interiores

Estudante, observe, neste instante, o passo a passo de algumas maquetes de mobiliário


de interiores desde seu estágio inicial até a sua finalização.
Projeto: Uma cadeira para escritório.
Montagem: Vários materiais e técnicas usadas na confecção de maquetes vistas na
Competência 2.
Escala: 1:10. Essa é uma escala típica para maquetes de mobiliário de interiores, já que
permite um tamanho suficiente para a apresentação dos detalhes.
Materiais: Placa de EPS com 15mm de espessura, placa de madeira balsa com 6mm de
espessura, placa de madeira balsa com 2mm de espessura, cilindro de madeira balsa com diâmetro
de 10mm, pedaço de papel duplex, massa corrida diluída a 10%, tinta preta ou na cor desejada, verniz
P.U. fosco, que tem a função de dar brilho a madeira.
A execução desse projeto divide-se nos seguintes passos:

A) Montagem do assento e encosto

3. É desenhado em um papel duplex o contorno do assento e do encosto e recortado


para serem usados como molde. Em seguida, é traçado o contorno dos moldes na placa de madeira
balsa com 2mm de espessura;
4. Em seguida, a madeira é recortada com estilete, sendo dado o acabamento com lixa
n° 220;
5. É traçado o molde do assento e do encosto na placa de EPS, sendo recortada em
seguida, com estilete e dado o acabamento com lixa modelando as almofadas;
6. A placa de EPS é colada na madeira balsa com cola branca;

62
7. Depois da secagem, é pincelada com massa corrida (diluída a 10% em água) na madeira
balsa;
8. Após a secagem, é aplicada a mesma massa nas almofadas de EPS;
9. Após a secagem, a madeira é lixada suavemente com o EPS usando a lixa n° 220;
10. Por fim, é aplicado no EPS a tinta à base de água na cor desejada. Após a
secagem, se aplica verniz PU fosco sobre a tinta.

Figura 68 - Montagem do assento e encosto.


Fonte: Nacca, 2007, p. 93.
Audiodescrição da figura: a figura apresenta duas mãos lixando a parte do assento da cadeira. Fim da audiodescrição.

B) Montagem do pé com rodízios

11. É recortado o cilindro da madeira balsa na altura indicada no projeto;


12. Depois desenhado e recortado o papel duplex o contorno dos pés da cadeira
onde ficam os rodízios;
13. Em seguida, é colado o cilindro de madeira balsa no centro do suporte com cola
quente;
14. A massa corrida diluída 10% em água, é aplicada por toda a peça. Após a
secagem, é dado o acabamento com lixa;
15. É aplicada em toda a peça tinta preta. Após a secagem, aplicado verniz PU sobre
a tinta;
16. Por fim, é colado com cola quente as peças de bijuteria nas extremidades de
cada uma das 5 pontas do suporte para representar os rodízios.

63
Figura 69 - Montagem do pé com rodízios.
Fonte: Nacca, 2007, p. 94.
Audiodescrição da figura: a figura exibe os pés de uma cadeira. Fim da audiodescrição.

C) Montagem dos braços e do apoio do encosto

17. Para a montagem, é recortada a madeira balsa de 6mm em tiras de 6mm e


10mm de largura. As tiras são cortadas com 6mm de largura com o comprimento de cada uma das
partes dos braços. Corte as tiras de 10mm com o comprimento das peças do apoio do encosto;
18. Para montar os braços e o apoio do encosto é preciso encaixar as partes umas
nas outras. Para isso, são usados os encaixes em meia madeira. Usar cola branca ou cola
cianoacrilática.
19. Após a secagem total da cola, as peças são lixadas modelando e arredondando
as peças de acordo com o projeto.
20. Por fim, é aplicada em toda a peça tinta preta. Serão necessárias 2 demãos no
mínimo para uma perfeita cobertura. Após a secagem, aplicar verniz PU sobre a tinta.

Figura 70 - Montagem dos braços e do apoio do encosto.


Fonte: Nacca, 2007, p. 95.
Audiodescrição da figura: a figura mostra as partes do encosto da cadeira, os braços e e apoio do encosto. Fim da

64
audiodescrição.
D) Montagem final

21. A cadeira é montada juntando suas partes com cola quente. Após a colagem,
são feitos os retoques na pintura se necessário.

Figura 71 - Montagem final.


Fonte: Nacca, 2007, p. 91.
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma cadeira de escritório. Fim da audiodescrição.

Projeto: Mesa em madeira


Montagem: Vários materiais e técnicas usadas na confecção de maquetes vistas na
Competência 2.
Escala: 1:10. Essa é uma escala típica para maquetes de mobiliário de interiores, já que
permite um tamanho suficiente para a apresentação dos detalhes.
Materiais: Placa de madeira balsa com 5mm de espessura, placa de madeira balsa com
3mm de espessura, cilindro de madeira balsa com diâmetro de 10mm, verniz poliuretano padrão
mogno, verniz poliuretano incolor alto brilho.

A execução desse projeto divide-se nos seguintes passos:

A) Montagem do tampo

22. A placa de madeira balsa tem 8 cm de largura. O tampo desta mesa tem 10cm
de largura. Por esta razão, são traçadas 2 peças de 5cm de largura por 15cm de comprimento;

65
23. São recortadas as partes que compõem o tampo com estilete e régua guia (no
sentido dos veios) e com a mini serra de arco (na largura da placa, perpendicularmente aos veios);
24. Para unir as placas que compõem o tampo, é aplicada cola em uma das laterais,
as peças precisam ser juntadas com cuidado para que a cola não vaze;
25. Após a secagem completa, é lixado o tampo para retirar pequenas rebarbas. É
desenhado na parte inferior, o local onde serão colocados os pés e as travessas de acordo com o
projeto;
26. As bordas do tampo são arredondadas com lixas nº 150 e nº 220 com lixador
plano. Ter apenas o cuidado de lixar no sentido dos veios.

Figura 72 - Montagem do tampo.


Fonte: Nacca, 2007, p. 88.
Audiodescrição da figura: montando o tampo da mesa. Fim da audiodescrição.

B) Montagem dos pés

27. As travessas da mesa são desenhadas na placa de 3mm, depois as travessas são
recortadas com estilete e régua guia e com a mini serra de arco;
28. O cilindro de madeira é recortado na altura dos pés da mesa de acordo com o
projeto;
29. É feita a montagem das travessas no tampo. Após uma secagem suficiente para
não movimentar as travessas, são colados os pés nos lugares já marcados.

66
Figura 73 - Montagem dos pés.
Fonte: Nacca, 2007, p. 89.
Audiodescrição da figura: a figura mostra o desenho de um tampo de mesa e 4 pés de mesa, sendo encaixados no
tampo. Fim da audiodescrição.

C) Acabamento

30. É preciso aguardar a secagem completa para envernizar. Após a secagem, lixar
suavemente com lixa n°400, remover o pó e aplicar o verniz poliuretano alto brilho incolor para
suavizar a cor mogno;
31. Complementar com miniaturas na mesma escala.

Figura 74 - Maquete de uma mesa e cadeira.


Fonte: Nacca, 2007, p. 87.
Audiodescrição da figura: a figura exibe a maquete de uma mesa e cadeira. Fim da audiodescrição.

67
DICAS!
Estudante! Abaixo tem vídeos, sobre construção de maquetes. Assista aos
vídeos, e observe quais materiais você pode incorporar em suas maquetes.
Como é feita uma maquete profissional, link:
https://www.youtube.com/watch?v=w0gwBa4zMhM
Maquete passo a passo - Detalhamento, link:
https://www.youtube.com/watch?v=LBd3iAZ0yDI
Tutorial de Maquete – Madeira Balsa:
https://www.youtube.com/watch?v=AMHXwdrUX0Q

3.1.2 Novas tecnologias em maquetes físicas

O desenvolvimento de novos materiais e o uso cada vez mais comum de softwares


gráficos vetorizados, associados a uma melhora em hardware, têm modificado a confecção de
maquetes físicas, tornando a produção de maquetes um processo cada vez mais industrial e menos
artesanal. Diversas vantagens podem ser citadas quando se fala em um processo industrial de
produção de maquetes. Dentre as vantagens, pode-se destacar: a rapidez, a precisão, a repetição de
peças iguais e maior facilidade de produzir peças cada vez mais complexas.
Os processos de prototipagem (Corte a laser, uso do CNC - Controle Numérico
Computadorizado, fotopolimerização, etc.) tem sido fundamental na produção de maquetes físicas,
tornando os modelos cada vez mais realistas. Dentre os diversos processos de prototipagem, pode-
se destacar o uso de Router CNC e o corte a laser. Mesmo com o uso da prototipagem, ainda é exigido
uma pós-produção com o uso de técnicas manuais.
O CNC é um sistema de controle de máquinas, sendo muito utilizado em indústrias de
usinagem. Permite o controle de vários eixos simultaneamente, onde foi previamente descrito num
código de programação escrito numa linguagem específica e implementada. O CNC realizou uma
revolução na indústria de usinagem e posteriormente, veio a fazer parte da indústria de maquetes.
Uma das grandes vantagens do uso do CNC aplicado a maquetes grande exatidão a produção de peças
iguais (repetição), formatos cada vez mais complexos e em escalas bastante reduzidas.
Por esses motivos, o uso do CNC tem trazido um aumento significativo de possibilidades
para a confecção da maquete, já que, além da alta precisão, traz também grande possibilidade de

68
detalhamento e redução do custo no processo de acabamento, redução do tempo de confecção das
peças, também produzidas peças idênticas em larga escala. É necessário para o uso de CNC, que as
peças da maquete ou a própria maquete seja projetada em um software que utilize desenhos
vetorizados, como os softwares CAD.

Figura 75 - Máquina fresadora com CNC, construindo uma maquete topográfica.


Fonte: https://www.cuttercnc.com/corte-e-usinagem-de-peas-tcnicas-e-projetos-especiais
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma máquina fresadora, produzindo uma maquete com curvas de níveis.
Fim da audiodescrição.

Figura 76 - Máquina cortadora com fio de aquecimento.


Fonte: https://blocosfmb.com.br/
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma máquina fresadora produzindo uma maquete com curvas de níveis em
resina PU. Fim da audiodescrição.

69
Uma outra forma cada vez mais utilizada na indústria de maquetes para a confecção de
peças e maquetes é a máquina de corte a laser. Este tipo de máquina tem sido bastante utilizada para
confecção de maquetes de entorno e de mobiliário, devido à qualidade e precisão dos cortes.
Uma grande vantagem da utilização de máquinas de corte a laser é a possibilidade de
utilização com materiais mais duros e de difícil corte. Com isso, ocorre um aumento da variedade de
materiais utilizados na maquete.

Figura 77 - Maquete de entorno.


Fonte: https://www.pdstudio.com.br/fullscreen-page/comp-jcm1d31o/22e6660f-66cb-4336-9e66-
3f4a2745055c/31/%3Fi%3D31%26p%3Df51qr%26s%3Dstyle-jd23fx25
Audiodescrição da figura: a figura apresenta a maquete de uma cidade cortada a laser. Fim da audiodescrição.

Figura 78 - Máquina de corte a laser em atuação na confecção de uma maquete


Fonte: https://all3dp.com/pt/1/cortador-laser-maquina-corte-laser-guia-compras/
Audiodescrição da figura: a figura exibe uma máquina de corte a laser realizando a delimitação de quadras e lotes. Fim
da audiodescrição.

70
Figura 79 - Mobiliário para maquetes feito com máquina de corte a laser.
Fonte: https://kasachik.wordpress.com/2013/08/27/maquetes-em-mdf/
Audiodescrição da figura: a figura mostra diversos móveis usados em maquete, de madeira, que foram confeccionados
com a máquina de corte a laser. Fim da audiodescrição.

As impressoras 3D têm se popularizado e se tornado um excelente recurso para a


construção de maquetes físicas. Elas podem ser utilizadas para produzir maquetes inteiras ou partes
que são utilizadas para aprimorar uma maquete. São diversos benefícios encontrados no uso de
impressoras 3D para a confecção de maquetes, dentre os quais pode-se destacar:
32. Estrutura robusta;
33. Redução do tempo de construção do modelo e maquete;
34. Facilidade de edição e modificação;
35. Menor custo de construção.
Assim a utilização das impressoras 3D vem ganhando cada vez mais espaço na construção
de maquetes.

71
Figura 80 - Maquete de uma residência utilizando impressão 3D.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=-w3SpHxwC_g
Audiodescrição da figura: a figura apresenta a maquete de residência em material plástico branco. Fim da
audiodescrição.

Figura 81 - Maquete de mobiliário residencial feita em impressora 3D.


Fonte: https://www.worthpoint.com/worthopedia/bedroom-furniture-87-scale-3d-printed-476262629
Audiodescrição da figura: a figura mostra o mobiliário para quarto em material plástico branco. Fim da audiodescrição.

Figura 82 - Maquete sendo produzida em impressora 3D.


Fonte: https://www.ung.br/noticias/maquetes-em-3d-facilitam-comunicacao-de-arquitetos-e-clientes
Audiodescrição da figura: a figura apresenta a maquete de uma residência sendo confeccionada em uma impressora
3D. Fim da audiodescrição.

3.1.3 Corte a laser X Impressão 3D X Fresagem CNC

Para cada projeto, cada tecnologia empregada terá suas vantagens e desvantagens.
Muitos fatores que tornam o corte a laser mais vantajoso que a impressão 3D. Embora a impressora
3D (manufatura aditiva) seja útil para fins de prototipagem, nem todos os materiais disponíveis

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podem não ser adequados para a produção de peças. O corte a laser é uma tecnologia de manufatura
subtrativa que corta um determinado material em vez de construir um projeto do zero.
No entanto, durante o uso de corte a laser, os materiais cortados podem manter as suas
vantagens mecânicas após serem cortados ou gravados. Embora ambas tecnologias possuem suas
vantagens e utilidades para a prototipagem, os cortadores a laser oferecem mais versatilidade em
matéria de geometrias 2D.
O fresamento ou torneamento CNC, outro método de produção, tem muitas semelhanças
com o corte a laser. Ambos contam com uma cabeça de corte para esculpir vários materiais, o CNC
usa cabeças de corte de metal que se movem para cima e para baixo a partir de um terceiro eixo –
permitindo, dessa forma, mais liberdade de desenho e a habilidade de produzir formas mais
complexas.

Estudante! Os links abaixo, apresentam alguns conteúdos sobre a realidade


virtual em projetos.
Uso do CNC em maquetes.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=XMqC9XgLhg4

Corte a laser em maquetes.


Link: https://www.youtube.com/watch?v=lW0z6fAl0tg/

3.2 Maquetes Virtuais

Antigamente, não muitos anos atrás, as imagens do interior dos ambientes e os projetos
em si, eram representados por meio de perspectivas ilustradas, feitas por arquitetos ou designers de
interiores, envolvidos no trabalho de uma edificação ou ambientes, para exemplificar melhor para
aqueles que não tinham todo o conhecimento técnico quando visualizavam uma planta baixa, um
corte ou mesmo uma fachada e entendê-la completamente.

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Figura 83 - Exemplo de perspectiva a mão livre de uma sala de estar.
Fonte: https://www.caurs.gov.br/desenho-a-mao-livre-e-o-potencial-criativo-da-tentativa-e-erro/
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma perspectiva de uma sala de estar feita a mão livre. Fim da
audiodescrição.

Essas perspectivas desenhadas funcionavam muito bem para a representação de


ambientes externos, mas principalmente, internos. Para os exteriores, era comum que o arquiteto
apresentasse para o cliente uma maquete física.
As maquetes podem ser físicas ou eletrônicas (virtuais), ambas possuem um forte apelo
visual, pois é a representação do projeto proposto. São reproduzidas em escalas menores ou maiores
e podem ser confeccionadas em diversos materiais e também por variados programas de
computadores. As maquetes geram certo encanto pela facilidade de compreensão e por mostrarem
uma realidade palpável às pessoas, além de chamar a atenção e despertar a curiosidade delas.
Contudo, vale ressaltar que para a confecção das maquetes físicas, é necessária uma
ampla variedade de materiais que podem ser utilizados na confecção das mesmas que acabam
onerando o custo da confecção e muitas vezes inviabilizando este investimento, até mesmo pela
necessidade um tempo maior para sua execução.
Mas como tudo isso começou? Você sabe?
É importante lembrar que, com a evolução da informática e das novas tecnologias, em
especial no final dos anos 80 e início dos 90, os computadores pessoais tornaram-se acessíveis e,
junto com eles, programas para diferentes áreas de trabalho. Fora das grandes empresas e
corporações, a computação gráfica ganhou destaque e houve a popularização dos softwares 3D entre
as pequenas empresas, profissionais liberais e estudantes.
Assim, se lançava nos anos 80, ainda muito atual e utilizado por grandes corporações, o
AutoCAD, que estende sua utilidade através da tradição que construiu ao longo de quatro décadas

74
no mercado, não apenas impactando na adoção do desenho auxiliado por computador na
apresentação e representação de projetos, como também na elaboração de maquetes virtuais.
Mas, o que é uma maquete virtual?
Nada mais é do que uma imagem 2D ou 3D usada para simular ambientes de um projeto.
A intenção é simular ambientes de forma tão realista que quase não se note a diferença.
Isso auxilia muito na hora de apresentar o projeto ao cliente, pois o mesmo terá a possibilidade de
avaliar a construção antes dela sair do papel.

Figura 84: Exemplo de perspectiva virtual de uma sala de estar, de jantar e varanda.
Fonte: https://www.caurs.gov.br/desenho-a-mao-livre-e-o-potencial-criativo-da-tentativa-e-erro/
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma perspectiva de uma sala de estar, de jantar e varanda de um edifício
realizada por maquete virtual. Fim da audiodescrição.
Diante do cenário das grandes construções e a notável inquietude do profissional do
século XXI, em maximizar suas múltiplas funções e habilidades, a ferramenta que vem se
popularizando é a da tecnologia BIM - Building Information Modeling do inglês, ou Modelagem de
Informações da Construção.

75
DICAS!
Os links a seguir possibilitarão a você uma visita aos ambientes virtuais
construídos. O importante é que você possa identificar as diferenças e
aplicações de uso no mercado.
Maquete Eletrônica – Duplex residencial
Link: https://www.youtube.com/watch?v=NMyGkF-K9MQ

Animação / passeio virtual - arquitetura - interior/exterior - sm projetos


Link: https://www.youtube.com/watch?v=At8Rp62tR8I

Tour 360° - Porto São Gabriel (decorado MRV)


Link: https://www.youtube.com/watch?v=6En0ZNHnkrY

O BIM é uma metodologia de criação de projetos que tem modificado a maneira de


projetar dos escritórios de arquitetura e construção. Enquanto que os programas baseados em CAD
(Computer-Aided Design) são “pranchetas virtuais”, o BIM traz um agregado de informações
importantes para o desenvolvimento de projetos.
O BIM foi idealizado na década de 70 como um conceito, nos anos 80 e 90 foram
desenvolvidos os primeiros modelos e softwares, mas somente nos anos 2000 ocorreu uma
popularização do modelo.
Quando o projetista desenha, por exemplo, uma parede de alvenaria num programa
baseado em CAD, são apenas linhas que são representadas no desenho. Esta mesma parede
projetada num programa baseado em BIM, traz elementos agregados como os materiais utilizados
na parede, quantitativo de tijolos, cimento, tintas, etc. Além de gerar automaticamente os modelos
de corte e 3D.
A metodologia dos programas baseado em BIM facilita a produção de projetos
arquitetônicos mais precisos. Softwares de arquitetura deste tipo, permitem o cálculo da massa de
uma construção, o número de materiais necessários, estimativa de custos e tudo isso acontece com
apenas alguns cliques no mouse.

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Figura 85 - Tecnologia BIM reúne todas as informações de um projeto de construção.
Fonte: https://www.sienge.com.br/blog/bim-na-construcao-civil/
Audiodescrição da figura: apresenta a tela do programa Revit, onde exibe planta baixa, fachada, modelo 3D e detalhe
da parede, tudo num mesmo arquivo. Fim da audiodescrição.

Com o uso dos softwares BIM, a gestão do projeto, a compatibilização dos projetos
complementares (elétrica, hidráulica, fundação, etc.) é facilitada, pois todos os envolvidos nesses
projetos podem utilizar do mesmo arquivo e a visualização das possíveis interferências é mais
perceptível. Isso faz com que haja um ganho de tempo nas soluções de interferências e também
ocorra uma diminuição do aparecimento dessas interferências somente no momento da construção,
evitando assim o redesenho e quebra-quebra na obra e refazer algo no espaço.

Figura 86 - Projetos complementares abertos num programa BIM


Fonte: https://comunidade.altoqi.com.br/os-processos-de-compatibilizacao-de-projetos-na-construcao-civil-e-o-bim/
Audiodescrição da figura: a figura presenta a tela do programa QiCloud, onde exibe os modelos tridimensionais de
elétrica, incêndio e hidráulica. Fim da audiodescrição.

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A popularização e expansão do BIM fez com que fabricantes criassem cada vez mais
modelos dos seus produtos em BIM com as especificações mais próximas do real, e esses modelos
vem sendo utilizados por arquitetos e designers de interiores. Isso fez com que ocorresse um número
cada vez maior de projetos de interiores em BIM. Os arquitetos e designer de interiores também se
utilizaram das vantagens do BIM para seus projetos, aumentando a produtividade e reduzindo o
tempo de projeto.

Figura 87 - Projeto de interiores em BIM.


Fonte: https://www.loricrizel.arq.br/bim-em-projetos-de-interiores/
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma prancha de um projeto de interiores realizado em software BIM. Fim da
audiodescrição.

Se o AutoCAD é a evolução da prancheta, o REVIT seria a evolução da maquete. Hoje já


existem diversos programas que nos auxiliam na criação das maquetes, muitos de alta qualidade de
desempenho, mas com algumas diferenças. Alguns dos mais utilizados hoje em dia são: AutoCAD,
SkecthUp, ArchiCAD, etc.
O AutoCAD é um software da Autodesk, assim como, o Revit, ele é o software mais
utilizado nos escritórios de arquitetura e construção. Foi um dos primeiros softwares utilizados no
mercado sendo bastante utilizado no Brasil. O ArchiCAD foi também um dos softwares pioneiros no
mercado e conquistou bastante espaço na Europa. Foi o primeiro software a incorporar o BIM.

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Figura 88 - Projeto de interiores em Archicad.
Fonte: https://www.aarquiteta.com.br/blog/porque-escolhi-o-archicad-como-meu-programa-bim/
Audiodescrição da figura: a figura exibe uma tela do software Archicad com um projeto de interiores. Fim da
audiodescrição.

O Sketchup é um software que foi criado com o foco nas imagens em 3D, devido a sua
forma intuitiva de utilização, caiu no gosto dos arquitetos e designers de interiores. Hoje as maquetes
não são apenas mais um recurso dentre tantos outros, se tornaram indispensáveis em um projeto de
qualidade.

Figura 89 - Projeto de interiores em Sketchup.


Fonte: https://br.pinterest.com/pin/383439355756571876/
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma tela do software Sketchup com um projeto de interiores. Fim da
audiodescrição.

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Existem profissionais que vivem e trabalham exclusivamente com elas, criando projetos
para outros profissionais e se dedicando a isso dentro de escritórios de arquitetura e decoração. É
mais uma porta que se abre, você só tem que estar preparado e praticar bastante.
Um passo indispensável numa maquete eletrônica é o acabamento. Isso a torna
encantadora. Nessa etapa você usará o programa Photoshop ou qualquer outro programa de edição
de imagens que supra a necessidade para melhorar a representação do seu projeto. É possível
adicionar e excluir elementos, editar sombra, profundidade, cor e toda a ambientação necessária
para maior realismo possível do seu projeto.

DICA!
Como fazer uma maquete eletrônica: conheça os 10 programas que vão
turbinar seus projetos
Link: https://www.vivadecora.com.br/pro/tecnologia/como-fazer-maquete-
eletronica/
Começando com maquetes eletrônicas? 5 coisas que você precisa saber para
se dar bem.
Link: https://arquitetoleandroamaral.com/comecando-trabalhar-com-
maquetes-eletronicas/
Maquete Eletrônica, uma introdução
Link: https://www.aarquiteta.com.br/blog/maquete-eletronica-guia-
definitivo/

3.3 Novas Tendências

Novas tecnologias vêm sendo incorporadas a cada dia no que diz respeito a maquetes
eletrônicas. A realidade aumentada e a realidade virtual aplicada às maquetes tem sido formas que
vem ganhando espaço no setor de arquitetura e construção por trazer uma imersão do cliente ou do
construtor aos projetos, com a finalidade de aumentar as vendas e redução do custo de obra. Vale
ressaltar que embora parecidas, elas são diferentes e é importante saber estas diferenças.
A Realidade Aumentada (RA) é uma tecnologia que insere objetos virtuais em um
ambiente real, como objetos 3D, imagens, vídeos. A tecnologia foi popularizada pelo jogo Pokémon
GO, e teve suas aplicações expandidas, incluindo a arquitetura e construção. É definida por suas

80
características, sendo a combinação de elementos virtuais com um ambiente real, ela também é
interativa e tem processamento em tempo real.

Figura 90 - Exemplo do uso de realidade aumentada.


Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/realidade-aumentada-e-commerce-o-que-e/
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma sala de fundo, e um celular apontado para sala com um sofá azul na tela.
Fim da audiodescrição.

A Realidade Virtual (RV) é a criação através de sistema computacional de um ambiente


em três dimensões e transportada para o usuário através de óculos, mouses, etc. Esta tecnologia
permite a imersão total em um ambiente, já que a realidade virtual “engana” os sentidos do usuário.

Figura 91 - Exemplo de tecnologia virtual para projetos de interiores.


Fonte: https://reaisevirtuais.com/2018/08/21/o-futuro-dos-projetos-de-arquitetura-com-a-realidade-virtual/
Audiodescrição da figura: a figura mostra uma cozinha com móveis planejados na cor branca e paredes revestidas com
cerâmicas em tons claros de marrom. No móvel é visto, um microondas, na cor branca. Na frente da cozinha, tem-se um
tablet, sendo segurado por duas mãos, com o desenho, em preto e branco do projeto da cozinha. Fim da
audiodescrição.
A Realidade Virtual é um mergulho em um ambiente 3D permitindo uma experiência
multissensorial e interativa em tempo real numa interface tridimensional. Com essa nova tecnologia,
o cliente terá uma incrível sensação de realidade. Em uma plataforma 3D, o projeto é desenvolvido

81
onde é possível criar espaços com mobiliário, iluminação, objetos, cores e texturas reais.
Posteriormente, esse processo é possível gerar uma imagem em 360°, e a partir dela, criar um link
para a Realidade Virtual. Este link pode ser visualizado com óculos específicos como o Google
Cardboard, entretanto, ainda é possível ver no celular e no computador deixando também mais
versátil o uso dessa nova tecnologia. O objetivo é que o cliente se sinta “em casa” antes mesmo dela
estar pronta.

Figura 92 - Exemplo de tecnologia virtual para projetos de interiores.


Fonte: https://setorarquitetura.com.br/
Audiodescrição da figura: a figura apresenta uma cozinha com móveis planejados na cor branca e paredes revestidas
com cerâmicas em tons claros de marrom. No móvel é visto, um microondas, na cor branca. Na frente da cozinha, tem-
se um tablet, sendo segurado por duas mãos, com o desenho, em preto e branco do projeto da cozinha. Fim da
audiodescrição.

Figura 93 - Exemplos de óculos específicos para a realidade virtual.


Fonte: https://www.arquitetovirtual.com/single-post/2016/07/26/projetos-de-interiores-com-realidade-virtual
Audiodescrição da figura: a figura exibe dois óculos específicos para serem utilizados na tecnologia virtual. Fim da
audiodescrição.

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Estudante! Os links abaixo, apresentam alguns conteúdos sobre a realidade
virtual em projetos.
Realidade virtual na arquitetura
Link: https://www.youtube.com/watch?v=EWYS6Ss6v7c/

Maquete Eletrônica em Realidade Virtual para PC e Celulares.


Link: https://www.youtube.com/watch?v=zK9A8ffuidk&t=167s/

Caro estudante, a videoaula vai ser sobre as inovações digitais aplicadas no


desenvolvimento de maquetes.

Estudante, finalizamos mais uma disciplina. Foram vistas como as novas tecnologias
construtivas estão impactando no processo de criação das maquetes físicas e como o surgimento das
maquetes virtuais, deram diversas possibilidades ao projeto de interiores. A interatividade é um dos
novos caminhos, atendendo às novas demandas do mercado e a um melhor entendimento do
resultado projetual para o cliente.

83
Conclusão
Prezado estudante, foi concluído o conteúdo referente à disciplina de Maquetes.
Ressaltamos que é possível aprofundar algumas temáticas citadas em livros e artigos científicos
disponíveis em livrarias ou plataformas de periódicos, respectivamente.

À medida em que os estudos foram realizados, foi possível perceber as diferentes


classificações e funções relacionadas às maquetes, sobretudo a sua importância no desenvolvimento
do projeto de interiores. Assim, é compreendido que a maquete é uma ferramenta de testagem para
auxiliar o projetista no planejamento, bem como um meio de comunicar aos clientes as ideias e
soluções empregadas no projeto.

Diante disso, é muito importante entender que os estudos relacionados nesta disciplina
não acabam por aqui. As inovações das maquetes eletrônicas são repletas de conceitos e funções,
requerendo do profissional, dedicação. Não esqueça também que esse novo conteúdo sofre
mudanças muito rapidamente, exigindo do estudante e futuro técnico em Design de Interiores,
atualizações constantes.

Já as maquetes físicas configuram-se como um recurso acessível para o entendimento do


público em relação ao espaço tridimensional representado. É comum sua utilização em eventos de
vendas de imóveis, em stands de demonstração do empreendimento, como forma de proporcionar
ao cliente uma ampla experiência visual da edificação e do seu entorno.

Deste modo, as competências têm o papel de ingressá-lo tecnicamente no ambiente


profissional, apresentando de forma didática um conteúdo criado para que possa contribuir com
aperfeiçoamento da sua carreira.

Desejamos a você estudante muito sucesso e até a próxima!

Bons estudos!

84
Referências
DICIO. Dicionário Online de Português. Disponível em: https://www.dicio.com.br/maquete/. Acesso
em: 15 ago. 2021.

E-CIVIL. Dicionário da Construção Civil. Disponível em: https://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-


e-maquete.html. Acesso em: 15 ago. 2021.

KNOLL, Wolfgang; HECHINGER, Martin. Maquetes arquitetônicas. São Paulo: Martins Fontes, 2003

MILLS, Criss B. Projetando com maquetes: um guia para a construção e o uso de maquetes como
ferramenta de projeto. Porto Alegre: Bookman, 2007.

NACCA, Regina Mazzocato. Maquetes & miniaturas. São Paulo: Giz, 2006.

85
Minicurrículo do Professor

Gabrielly Beatriz Batista Machado

Licenciada em Expressão Gráfica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE-2016),


com mestrado em Educação Matemática e Tecnológica pela mesma instituição (UFPE-2019). Atuou
como professora substituta do Departamento de Expressão Gráfica da UFPE (2019-2021) lecionando
disciplinas de Geometria Gráfica Tridimensional/Bidimensional, Desenho Técnico, bem como suas
aplicações nas áreas de Arquitetura, Engenharias, Design e Artes Visuais. Atualmente atua como
docente no Curso Técnico de Design de Interiores, modalidade EAD, do Estado de Pernambuco e
como Professora Executora na Unidade Acadêmica de Educação à Distância da Universidade Federal
Rural de Pernambuco (UFRPE), especificamente no curso de Licenciatura em Artes Visuais com ênfase
em Digitais.

Karlla Simonett Barreto Pinto Soares

Arquiteta e Urbanista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE - 1995),


com Especialização em Design de Interiores e Iluminação, pelo Instituto de Pós-Graduação (IPOG-
2012). Atuo na área de educação desde 2013, atualmente estou como docente no Curso Técnico de
Design de Interiores, modalidade EAD, do Estado de Pernambuco. Lecionei no Senac-PE no Curso de
Decoração e Design de Interiores (2013-2020) com as disciplinas de Iluminação, Ergonomia,
Maquetes, História do Mobiliário, Composição, Forma e Cores, Desenho Técnico entre outras.
Leciono na UNIFACOL, na cidade de Vitória de Santo Antão - PE no Curso de Arquitetura e Urbanismo
(2018-2021) com as disciplinas de Iluminação, Perspectiva, Planejamento Urbano e Projetos
Arquitetônicos, e no Sindicato do Corretores de Imóveis (SINDIMÓVEIS -2011-2021) com a disciplina
de Desenho Arquitetônico.

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