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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
DESENHO ARQUITETÔNICO

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO IV

17 PLANTA DE COBERTURA

Na planta de cobertura representamos a projeção superior da edificação em


um plano horizontal. Trata-se do desenho de tudo que enxergamos de cima para
baixo, levando em conta o telhado e as informações de acabamentos e, sistema de
recolhimento e escoamento das águas pluviais.

17.1 IDENTIFICAÇÃO DE ELEMENTOS

O desenho da planta de cobertura é uma composição de traços que


delimitam o encontro dos diversos elementos que o compõem. Os principais
elementos são:
 Beiral: é o limite externo do telhado que se projeta além do perímetro
da edificação;
 Cumeeira: linha que se forma do encontro dos panos do telhado no
topo da inclinação;
 Rincão: linha que representa o encontro inferior dos panos de telhado,
onde se recolhem as águas;
 Espigão: une cumeeiras em diferentes alturas.

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FIGURA 99

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

Estudaremos mais detalhadamente cada parte integrante de uma cobertura


no capítulo específico deste módulo.

17.2 O QUE REPRESENTAR

A partir do perímetro externo da edificação traçamos, seguindo o tamanho


do beiral, o perímetro da cobertura, isto quando for telhado aparente. Quando for
telhado embutido desenhamos somente as linhas da cobertura. O traço da cobertura
é feito com linha contínua, enquanto o perímetro da edificação é identificado com a
linha tracejada.
Desenhamos todos os elementos que aparecem acima da cobertura, tais
como: chaminés, volumes de reservatórios, elementos da rede pluvial (algerosas,
calhas, condutores, canalizações, etc.), e também, as delimitações do terreno que
acontecem no térreo.
As espessuras dos traços obedecem à mesma formatação já estudada nas
fachadas. Conforme os elementos afastam-se do campo de visão o traço ganha

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contornos mais finos. Inversamente a isto, quando temos os elementos mais
próximos da posição do observador, os traços são mais grossos.

17.3 INFORMAÇÕES

As principais informações que são incorporadas ao desenho são de


especificações de materiais e medidas.
 Cota com tamanho do beiral;
 Setas de indicação do sentido de escoamento das águas pluviais e sua
inclinação correspondente nos panos de telhado;
 Setas de indicação do sentido de escoamento das águas pluviais nas
calhas, canalizações e afins;
 Cotas pertinentes;
 Especificação de elementos compositivos do telhado;
 Especifica-se a escala utilizada.
A escala que se utiliza para representar a planta de cobertura é a 1/100,
1/200 conforme o tamanho e a importância do telhado para o projeto. Podemos
igualmente, em virtude da necessidade, desenhar a planta de cobertura na escala
1/50. A utilização da escala 1/50 facilita na hora de desenhar, pois se usa como
base de desenho, a planta baixa já existente.

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EXEMPLO

FIGURA 100

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

18 REPRESENTAÇÃO DE COBERTURAS

18.1 TIPOS DE COBERTURA

Os tipos de cobertura são identificados pelo número de águas, ou seja, o


número de painéis de telhado. Veja os quatro tipos principais:

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FIGURA 101

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 102

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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FIGURA 103

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

18.2 A INCLINAÇÃO DO TELHADO

A seguir temos a exemplificação de como chegamos à altura de um telhado


a partir da inclinação que a telha necessita para o correto escoamento das águas
pluviais.

FIGURA 104 - AS INCLINAÇÕES E SEUS FORMATOS

FONTE: Disponível em: <http://www.toptelha.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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Todos os tipos de telhas existentes no mercado necessitam que sua
colocação seja feita em uma angulação que propicie o escoamento eficiente das
águas pluviais. O fabricante sempre especificará a inclinação, cabendo ao
desenhista, o cálculo correto da altura resultante para que o telhado funcione
adequadamente.

FIGURA 105

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

A partir da figura anterior temos:


 O vão de 10 metros total é dividido em dois panos de 5 metros, logo se
usa o 5 para multiplicar pelos 35% exigidos pelo fabricante.
 H = altura
 I = inclinação

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18.3 COMPONENTES

Anexamos algumas ilustrações com a especificação de cada componente de


uma cobertura. Os diversos elementos, que fazem parte da estrutura de sustentação
de um telhado, estão agrupados em duas situações genéricas mais utilizadas na
montagem de um telhado. Acompanhe atentamente e comece a se familiarizar com
a terminologia técnica.

FIGURA 106

FONTE: Disponível em: <http://www.ricardomesquita.com.br>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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FIGURA 107

FONTE: Disponível em: <http://robertowatanabe.tripod.com/telhado/>. Acesso em: 08 jan. 2013.

18.4 TIPOS DE TESOURAS

Tesouras para sustentação dos telhados. Exemplos:

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FIGURA 108

FONTE: Disponível em: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico
S/A,1979.

FIGURA 109

FONTE: Disponível em: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico
S/A,1979.

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18.5 TIPOS DE BEIRAL

A seguir, duas formas de beiral externo:

FIGURA 110

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

A seguir, um exemplo de representação de um beiral com platibanda, ou


seja, telhado embutido.

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FIGURA 111

FONTE: Oberg, L. Desenho Arquitetônico. 22. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S/A,1979.

18.6 TRELIÇAS METÁLICAS

As treliças são utilizadas para cobrir grandes vãos de edificações de grandes


proporções, tais como pavilhões e afins.

FIGURA 112

FONTE: Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/113548818/Untitled>. Acesso em: 08 jan. 2013.

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FIGURA 113

Treliça – reta
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 114

Treliça – arco
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 115

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Treliça – shed
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

FIGURA 116

Treliça – pórtico
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

19 PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

A planta de localização tem sua importância para o entendimento da locação


de nossa edificação e demais elementos no terreno.
Detalhamos as informações do terreno e a inserção da casa em suas
delimitações. Nela determinamos os limites do terreno com o passeio e a via de
rolamento – rua com denominação oficial. Delimitamos o contorno externo da
edificação no terreno, ou ainda, inserimos a vista da planta de cobertura, pois nosso
visual sempre é da vista superior como um todo. Nessa planta aparecem todos os
elementos que compõem a implantação do terreno, como por exemplo, áreas de
lazer, passeios, acessos, muros, equipamentos, etc. Nunca se esquecer da
indicação da posição do Norte.

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FIGURA 117

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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FIGURA 118

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

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19.1 O QUE REPRESENTAR

Relacionamos a seguir elementos que sempre deverão aparecer na


representação gráfica de uma planta de localização:
 Linhas da delimitação do terreno;
 Linhas da delimitação do passeio e da rua;
 Contorno do perímetro da edificação. Quando utilizado a planta de
cobertura: linhas do perímetro da cobertura com a delimitação do perímetro da
edificação em linha tracejada;
 Desenho de muros, acessos, elementos construtivos, calçadas, etc.

Em relação às informações que farão parte do desenho, sempre evidenciar:


 Cotas gerais do terreno;
 Cotas angulares quando necessárias;
 Cotas de passeios e ruas;
 Cotas gerais e parciais da edificação, bem como suas distâncias
básicas em relação ao terreno;
 Indicação geográfica do Norte;
 Indicação do alinhamento predial;
 Indicação do passeio e da rua;
 Indicação de acessos de veículos e pedestres;
 Número do lote e da quadra;
 Nome da planta e escala utilizada;
 Outros dados que se fizerem necessários.

A escala de representação da planta de localização a ser utilizada é a 1/200,


1/250, 1/500 ou 1/1000, conforme as dimensões do terreno em questão.

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Dicas:
 Igualmente a que foi estudado nos outros capítulos, a
hierarquia dos traços obedece à posição de cada
elemento, e a sua distância em relação ao campo de
visão do observador.
 Cotas sempre posicionadas na parte externa do
desenho.
 Os elementos projetados no terreno podem receber
hachuras para diferenciar cada tratamento ou material
que o constituem.

20 PLANTA DE SITUAÇÃO

A planta de situação é a locação do terreno urbano ou área rural dentro de


uma área, seja loteamento urbano ou fração rural. Sua finalidade básica é de
representar o formato do lote e os elementos que identifiquem a conformação da
gleba.

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FIGURA 119

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

20.1 O QUE REPRESENTAR

Relacionamos a seguir elementos que sempre deverão aparecer na


representação gráfica de uma planta de situação:
 Linhas da delimitação do terreno;
 Linhas da delimitação do quarteirão e as ruas envolvidas;
 Contorno da fração rural para lotes não urbanizados;
 Elementos topográficos para áreas rurais.

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Em relação às informações que farão parte do desenho, sempre evidenciar:
 Cotas gerais do terreno;
 Cotas angulares quando necessárias;
 Cotas de ruas;
 Cota da distância do lote até a esquina mais próxima;
 Indicação geográfica do Norte;
 Nome das ruas;
 Indicação de elementos topográficos para áreas rurais;
 Distância de estradas ou rodovias para áreas rurais;
 Número do lote e da quadra;
 Nome da planta e escala utilizada;
 Outros dados que se fizerem necessários.

A escala de representação da planta de situação em áreas urbanas é


geralmente escolhida entre a 1/500 e 1/1000. Em relação às áreas rurais, por
englobarem muitas vezes uma área considerável, podem ser representadas em
escalas 1/1000, 1/5000, e até 1/10000 e 1/50000.

Não esqueça:
 Igualmente a que foi estudado nos outros capítulos, a
hierarquia dos traços obedece à posição de cada
elemento, e a sua distância em relação ao campo de
visão do observador.
 Cotas sempre posicionadas na parte externa do
desenho.

20.2 A ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA

Já foi mencionado no capítulo referente à planta de localização que


devemos indicar a posição geográfica do Norte. Igualmente na planta de situação se
faz necessária esta representação. Exemplos:

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FIGURA 120

Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

20.3 RECOMENDAÇÕES

Os textos que identificam os nomes das ruas são escritos sempre em letras
maiúsculas. As demais informações são escritas em letras minúsculas.
Nos lotes urbanos sempre identificamos os lotes que fazem divisa com
nosso lote pelos seus números respectivos. Nas áreas rurais a identificação é feita
pelos nomes dos vizinhos proprietários das áreas que fazem divisa à gleba em
questão.
A indicação no Norte sempre deve ser feita em local de fácil visualização e
em tamanho satisfatório. Sua indicação sempre deve ser feita voltada para cima, ou
seja, indicando a margem superior de nossa prancha. Dessa forma, é o desenho
que se adequa à indicação do Norte.
O terreno sempre deve ocupar posição de destaque em nossa planta de
situação, sendo assim, costuma-se preencher o espaço interno do terreno com o
desenho de uma hachura de linhas na diagonal.

FIM DO MÓDULO IV

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