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Técnico em
Design de Interiores
Nome Desenho
Arquitetônico
André Lemoine Neves
Curso Técnico em
Design de Interiores
Educação a Distância
Recife
Diagramação
Washington Ferreira da Silva
Catalogação e Normalização
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Sumário
Introdução ................................................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................. 69
Vamos nessa?
Bons estudos!
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UNIDADE 01 | Noções básicas de Desenho Arquitetônico
Olá estudante!
Nesta unidade, você verá um pouco sobre as origens do Desenho Arquitetônico e como
ele evoluiu ao longo da História até os dias de hoje – você verá a importância dessa forma gráfica de
linguagem, sua ligação direta com o Desenho Técnico e como é importante dominar essa expressão
para o desenvolvimento dos projetos de interiores.
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Figura 01: O papiro de Rhind (c. 1550 a. C.).
Fonte: https://www.matematica.br/historia/prhind.html
Descrição da figura: um papiro antigo escrito com a língua egípcia e figuras de triângulos.
Vitrúvio (80-15 a.C.) em seu tratado De Architectvra Libri Decem (Os Dez Livros da
Arquitetura) fala que o conhecimento do desenho é um dos mais importantes para o arquiteto, para
a apropriada representação das ideias, ou seja, dos projetos.
Com a queda do Império Romano, o conhecimento sobre o desenho e o ato de projetar –
definir uma construção em sua totalidade, representá-la através do desenho e, por fim, construí-la –
deixa de existir, fazendo com que os construtores medievais passem a fazer suas obras através de
erro e acerto e criando construções que vão ser modificadas ao longo dos trabalhos e que chegam a
levar séculos para serem construídas.
Só a partir do final da Idade Média, os construtores retomam a ideia de representação
gráfica e passam por um novo processo de retomada do projeto total – aquele que determina como
deve ser o edifício ao final da obra, uma coisa que, para nós é tão lógica, mas que se perdeu ao longo
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da Idade Média. Do século XIII, chegou até os dias de hoje, o caderno de anotações de um construtor
de catedrais chamado Villard de Honnecourt (1200-1250), onde é possível ver as primeiras tentativas
de representação projetual que evoluírão a partir do Renascimento, no século XV (Figura 03).
Figura 03: Uma das páginas do caderno de anotações de Villard de Honnecourt (c. 1225-1250), onde é possível ver
plantas das extremidades de igrejas góticas.
Fonte: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b10509412z/f30.item.r=villard%20de%20honnecourt
Descrição da figura: plantas baixas da parte final de duas igrejas medievais desenhadas sobre um pergaminho.
A partir do Renascimento, o desenho e a pintura passam por uma grande evolução, uma
vez que o estudo da Geometria é retomado de forma sistemática e são desenvolvidos métodos de
desenho bi e tridimensional, no sentido de garantir os meios mais precisos possíveis para a
representação artística e arquitetônica. Pintores e arquitetos como Giotto, Cimabue, Alberti, entre
outros, dão início a uma verdadeira revolução na representação gráfica.
A partir desses estudos, como os tratados De Re Aedificatoria e De Pictura de Leon
Battista Alberti, a representação gráfica dos projetos toma um caminho sem volta em direção à
clareza e sofisticação gráfica, como pode ver na figura 04, que apresenta uma planta e corte da
catedral de Florença, projeto de Filippo Brunelleschi, onde é possível ver uma representação gráfica
precisa, necessária para a construção do edifício. E a figura 05, exibe o estudo preliminar para uma
catedral, no século XVI – perspectiva e planta baixa, de autoria de Leonardo da Vinci. Clareza e
precisão na representação gráfica passaram a fazer parte dos projetos a partir dessa época.
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Figura 04: Planta e corte da catedral de Florença, projeto de Filippo Brunelleschi.
Fonte: https://www.fruugo.it/firenze-brunelleschi-sezione-trasversale-del-progetto-di-filippo-brunelleschi-per-la-
cupola-della-cattedrale-di-santa-maria-del-fiore-a-firenze-italia-disegno-contemporaneo-di-lodovico-cardi-da-cigoli-
poster/p-21578694-47238186
Descrição da figura: um corte e parte da planta baixa da catedral de Santa Maria del Fiore e várias anotações,
desenhada sobre um pergaminho.
Dando continuidade, a figura 06, exibe a planta da cidade de Neuf Brisach, na França, em
1698; projetada pelo engenheiro Sébastien Vauban – a precisão do projeto se reflete na cidade real.
Já a figura 07, apresenta a fachada da Igreja de São Francisco de Assis de São João del Rei, projetada
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por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho em 1766. Mais uma vez, é possível ver a precisão do
desenho do projeto original, que foi depois, adaptado. E na figura 08, é vista a planta baixa da Imperial
Academia de Belas-artes do Rio de Janeiro, projetada por Grandjean de Montigny em 1826 – até o
século XX era comum as paredes nas plantas e nos cortes serem pintadas de preto.
Descrição da figura: à esquerda, o projeto da cidade de Neuf Brisach e, à direita, uma vista aérea atual da cidade.
Figura 07: Fachada da Igreja de São Francisco de Assis de São João del Rei.
Fonte:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aleijadinho#/media/Ficheiro%3AAleijadinho%2C_Igreja_da_Ordem_Terceira_de_S%C3
%A3o_Francisco_de_Assis%2C_S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_del_Rei.jpg
Descrição da figura: desenho de parte da fachada de uma igreja, com metade do desenho mostrando todos os detalhes
da cantaria.
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Figura 08: Planta baixa da Imperial Academia de Belas-artes do Rio de Janeiro.
Fonte:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4f/Planta_e_Fachada_da_Academia_Imperial_de_Belas_Artes-
Debret-1826.jpg
Descrição da figura: desenho de uma planta baixa, mostrando todos os seus ambientes e esquadrias.
O Desenho Técnico é uma forma de representação que pode ser usada para os mais
diversos usos: projetos mecânicos, projetos de mobiliário, representação de peças tridimensionais e,
projetos arquitetônicos e de interiores, através do seu caso particular: o Desenho Arquitetônico.
Por Desenho Técnico, entende-se um tipo de desenho derivado da Geometria Descritiva,
que tem como objetivo a representação precisa de objetos e ambientes para que os mesmos possam
ser registrados (levantamento) ou executados (projeto). Deve obedecer a uma série de normas de
representação para que possa ser reconhecido por todos os profissionais que o utilizam como
linguagem de trabalho (Figura 09).
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Figura 9: Quatro exemplos de Desenho Técnico, de cima para baixo – perspectiva isométrica de uma peça, desenho
mecânico de uma válvula, desenho arquitetônico de uma planta baixa e desenho arquitetônico aplicado ao projeto de
interiores.
Fonte: https://ifbailheus.wordpress.com/2017/12/18/desenho-tecnico-em-seguranca-do-trabalho/
https://professornovais.com/a-historia-e-evolucao-do-desenho-tecnico-mecanico/
https://txrbr.com/curso/st/Fundamentos_da_SST/desenho-tecnico.html
https://organico.arq.br/projeto-de-interiores-pra-que/
Descrição da figura: vários desenhos representando vários tipos de desenho técnico – peças mecânicas, planta baixa de
uma residência com cotas, áreas e definição dos ambientes e uma planta de um projeto de interiores com definição de
layout, mobiliário e perspectivas.
Figura 10: Logomarcas da DIN, ANSI, ABNT e ISSO – órgãos normalizadores com os quais todo profissional de Design de
Interiores deve estar familiarizado.
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Fonte: https://www.din.de/en/about-standards/din-standards
https://ansi.org/
https://www.abnt.org.br/
https://www.iso.org/home.html
Descrição da figura: várias logomarcas de órgãos normalizadores de vários países.
Figura 11: Três exemplos de projetos de interiores de três países diferentes: EUA, França e Brasil – notar que os
elementos gráficos são os mesmos, já que o desenho é uma linguagem universal.
Fonte: https://www.behance.net/gallery/46288219/FINAL-YEAR-PROJECT-2011-BA%28hons%29-Interior-Architecture
https://www.lisaa.com/fr/formation/decoration-interieure
https://amelia.deminasi.com/
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Descrição da figura: três imagens mostrando três diferentes projetos de interiores de países diferentes, mas com os
mesmos elementos de representação gráfica.
Nos exemplos acima é fácil constatar que, mesmo em países diferentes, a linguagem do
desenho é a mesma.
Figura 12: Dois escalímetros de seção triangular que possuem seis escalas diferentes – o menor possui 15cm e o maior,
30cm.
Fonte: https://cdn.escolaengenharia.com.br/wp-content/uploads/2018/01/escalimetro.jpg
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Descrição da figura: duas réguas triangulares, uma pequena, com 15cm e outra maior, com 30cm.
Régua T: a régua T é utilizada para desenhar objetos e projetos dos mais diversos tipos. A
régua tem esse nome porque possui uma “cabeça” perpendicular ao seu corpo, que serve para fixar
na lateral da prancheta e permitir o seu deslizamento para cima e para baixo, traçando linhas
horizontais, assim como, serve de apoio aos esquadros (Figura 13).
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Figura 15: Compasso de precisão.
Fonte: https://www.google.com/search?q=compasso+trident&tbm=isch&ved=2ahUKEwiGr6_e-
eOAAxWHJrkGHa1QBtAQ2
Descrição da figura: a figura mostra um compasso metálico.
Transferidor: instrumento usado para desenhar segmentos de reta com vários tipos de
ângulos (Figura 16).
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Figura 17: Tipos de lapiseiras .
Fonte: https://www.amazon.com.br/PENTEL-Kit-Lapiseira-Pentel-Sharp/dp/B079ZXCLDZ
Descrição da figura: a figura apresenta quatro lapiseiras alinhadas, cada uma com uma cor diferente.
Caneta nanquim: canetas com tinta nanquim, com várias espessuras diferentes, usadas,
ante do advento do CAD para desenhos de projetos executivos, pois sua tinta ficava fixa no papel e
não podia ser apagada por borrachas comuns (Figura 18). Suas espessuras variam entre 0,03mm,
0,05mm, 0,1mm, 0,2mm, 0,3mm, 0,4mm, 0,5mm, 0,6mm, 0,7mm, 0,8mm e pincel (brush, mais usado
em desenho artístico).
- Materiais:
Papel: geralmente usa-se o papel manteiga (Figura 18), podendo utilizar o papel vegetal
ou papel canson – alguns são mais grossos, outros, mais finos, é a chamada gramatura do papel que
é dada em g/m². Para os desenhos de projetos de interiores é aconselhado papel transparente como
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o papel vegetal e o papel manteiga, pois se pode, com facilidade, reproduzir desenhos ou relacionar
os vários desenhos de um projeto.
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Grafite: o grafite serve para desenhar e é usado para abastecer as lapiseiras. Possui
diâmetros e durezas variados, ou seja, do mais fino ao mais grosso e do mais mole ao mais duro,
conforme as figuras abaixo (Figuras 20 e 21):
Figura 21: Os graus de dureza do grafite. A escala foi criada por Lothar von Faber (proprietário da Faber-Castell) em
1874.
Fonte: https://profruijaime.wixsite.com/saberefazer/lapis
Descrição da figura: a figura mostra uma imagem com uma coluna que mostra a graduação de dureza dos grafites e as
tonalidades de cinza para tipo de dureza.
Borracha: serve para apagar os desenhos para corrigi-los. Geralmente, se usa a chamada
borracha plástica, na cor branca para apagar desenhos a grafite e a borracha natural abrasiva para
apagar desenhos feitos a nanquim. Atualmente, existem vários tipos de borrachas, incluindo
borrachas elétricas (Figura 21).
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Figura 21: Tipos de borracha usadas em Desenho Técnico, Arquitetônico e Artístico.
Fonte: https://www.casadaarte.com.br/materiais-para-desenho/borrachas/faber-castell
Descrição da figura: a figura exibe quatro tipos de borrachas de tamanhos e cores diferentes.
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Figura 13: Um rolo de fita crepe e a forma correta de colagem do papel.
Fonte: https://www.hiperfer.com.br/fita-crepe-uso-geral-palha , Montenegro, 2001, p. 11.
Descrição da figura: a figura exibe uma imagem de um rolo de fita crepe e dois desenhos, de papeis colados em uma
superfície retangular e uma régua em cima destes.
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3,00x 1/50 = 0.06m ou 6,0cm – ou seja, na escala 1:50, 3,00m equivalem a 6,0cm no
desenho.
4,00x 1/50 = 0,08cm – ou seja, na escala 1:50, 4,00m equivalem a 8,0cm no desenho.
Existem três tipos de escala:
- Escala natural: as dimensões do desenho são iguais às dimensões do objeto real;
- Escala de ampliação: as dimensões do desenho são maiores que as dimensões do objeto
real;
- Escala de redução: a mais usada em Arquitetura e Design de Interiores – as dimensões
do desenho são menores que as dimensões do objeto real.
Todas as escalas usadas devem ser colocadas por extenso nas pranchas que compõem os
projetos.
Visto um pouco sobre a aplicação de escalas, você verá agora os elementos que compõem
o projeto arquitetônico, que é a base do projeto de interiores.
O projeto arquitetônico é formado por representações gráficas “fixas”, ou seja, o projeto
muda, mas todo ele deve ser composto de:
- Planta de Situação: mostra o terreno onde a construção será implantada em relação à
quadra onde ele está inserido (Figura 23).
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Figura 24: Planta de Locação e Coberta, mostrando a posição da casa no terreno e outros elementos como a coberta,
área verde, árvores, piscina, etc.
Fonte: https://leiautdicas.files.wordpress.com/2015/04/autodesk-autocad-2015-drawing1-dwg_2.jpg
Descrição da figura: a figura mostra um terreno contendo uma habitação, área verde e uma piscina.
- Planta Baixa: chama-se planta baixa, a vista superior de uma edificação que foi cortada
a uma altura de 1,50m a partir do piso, conforme o exemplo abaixo (Figura 25). A figura explica o
conceito de planta baixa: “corta-se” a edificação a uma altura de 1,50m e desenha-se o que se vê com
os olhos paralelos ao piso – serão vistos pisos, paredes, esquadrias (portas e janelas), etc.
- Cortes: os cortes são vistas verticais das construções, onde é possível ver alturas de
paredes, pés-direitos, forros, rodapés, roda-tetos, alturas de janelas e balcões, etc., além dos
elementos da coberta. Num projeto devem ser desenhados tantos cortes quantos forem necessários
para a execução (construção) do projeto (Figura 26).
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Figura 26: Sequência mostrando a geração dos cortes transversal (sentido da largura) e longitudinal (sentido do
comprimento).
Fonte: https://pt.slideshare.net/MaisArquiteturaECJAQ/03-30-planta-e-corte-da-i
Descrição da figura: a figura exibe o desenho de uma casa sendo cortada nos sentidos transversal e longitudinal e os
cortes resultantes dessa “operação” de desenho.
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- Fachadas: vistas externas das construções, o seu resultado externo, geralmente, em
número de quatro (Figura 27).
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Figura 28: Exemplo de detalhes construtivos – fundação, alvenaria e coberta.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/877983/17-detalhes-construtivos-que-te-ajudarao-a-materializar-os-
projetos/584dfe14e58eceb19a0001a1-17-templates-for-common-construction-systems-to-help-you-materialize-your-
projects-image
Descrição da figura: a figura exibe o desenho de detalhe construtivo de uma casa mostrando, de baixo para cima – a
fundação, o piso, a alvenaria e a coberta.
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detalhes construtivos e de instalações. Como não vai construir o espeço e sim, modifica-lo para a
melhoria do seu uso pelo cliente, o Designer vai usar a base arquitetônica para fins específicos – a
planta baixa, por exemplo, será usada para a distribuição dos elementos no ambiente (Figura 29).
Figura 29: A prancha mostra um projeto executivo de Arquitetura e o projeto de ambientação (ou “planta humanizada”)
inserido na planta original.
Fonte: https://www.aarquiteta.com.br/curso-design-interiores-total/
Descrição da figura: a figura exibe plantas baixas de uma residência mostrando elementos construtivos e um projeto de
ambientação (layout).
O designer de interiores deve usar a base do projeto arquitetônico (Figura 30) já existente
ou deve fazer seu próprio levantamento – usando trena, lapiseira e prancheta de mão ou aparelhos
como a trena eletrônica e desenhar essa planta baixa para, a partir dela, elaborar o projeto de
interiores – sempre usando as normas técnicas de desenho.
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Figura 30: Projeto arquitetônico completo de uma residência com 3 pavimentos, composto por plantas baixas, cortes e
fachada.
Fonte: https://www.aarquiteta.com.br/blog/planta-baixa-o-que-e/
Descrição da figura: a figura apresenta o projeto arquitetônico completo de uma residência.
Figura 31: Projeto de interiores de uma copa-cozinha, com planta baixa e elevações (cortes).
Fonte: https://lilianazenaro.com.br/projeto-de-interiores-online/
Descrição da figura: a figura mostra o projeto de interiores completo, com planta de layout, elevações, descrições dos
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materiais e mobiliário e perspectivas.
Estudante, nesta unidade você viu um pouco sobre a origem, evolução e importância do
Desenho Arquitetônico para a representação do projeto de interiores. Na Unidade 2, você conhecerá
as normas de Desenho Arquitetônico e como usá-las para iniciar os seus trabalhos na área de projeto
de interiores.
Vamos lá?!
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UNIDADE 02 | As Normas de Desenho da ABNT
Olá estudante!
Nesta Unidade você vai conhecer as normas de Desenho Arquitetônico definidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e como usá-las para a elaboração de projetos
arquitetônicos que são a base para os projetos de interiores.
Como você viu na Unidade 1, a partir do século XX surgiram vários órgãos que
organizaram e normalizaram os modos de representação e produção de, praticamente, tudo o que
utilizamos no nosso dia-a-dia. No Brasil, a normalização (alguns usam a palavra “normatização”) ficou
a cargo da Associação Brasileira de Normas Técnicas, fundada no Rio de Janeiro, em 28 de setembro
de 1940.
A ABNT abrange todo o tipo de norma sobre todos os tipos de produtos, atividades,
materiais, representação/linguagem gráfica, etc. É importantíssimo que todos conheçam as normas
técnicas, uma vez que, sem elas, nada pode ser feito de maneira séria, prudente, responsável e
segura. Todas as normas têm como objetivo primordial garantir segurança, respeito e, no caso do
desenho, uma linguagem universal de representação das coisas, no sentido de melhorar a qualidade
de vida das pessoas. As normas da ABNT são conhecidas como NBR – Norma Brasileira, seguidas por
seu número e ano, que segue a ordem de sua publicação.
Para se ter uma ideia, nos dias de hoje, existem dezenas de milhares de normas
produzidas e atualizadas pela ABNT e a cada ano surgem novas normas, em função do surgimento de
novas tecnologias. As normas são desenvolvidas por grupos de profissionais específicos de cada área
e são baseadas em estudos científicos que abrangem as mais diversas áreas do conhecimento.
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As normas referentes a Desenho Técnico e Desenho Arquitetônico têm uma estrutura
mais fixa, uma vez que estão baseadas em formas de representação ligadas à Geometria Euclidiana e
Mongeana, mas mesmo assim, recebe atualizações quando surgem novos equipamentos e novas
formas de representar as construções e os espaços, principalmente, devido à evolução constante dos
programas de CAD, que serão vistos mais adiante nesse e-book e desenvolvidos nas disciplinas
específicas, posteriormente.
A seguir, as normas técnicas de Desenho Arquitetônico serão analisadas para que seu uso
possa ser esclarecido.
Dentro da ABNT existem várias normas sobre Desenho Técnico, mas aqui, haverá um foco
sobre o Desenho Arquitetônico propriamente dito, para que seu conhecimento, estudante, seja bem
esclarecido e seu uso possa ser facilitado, nos futuros projetos de interiores:
Norma Título Objetivo
Esta norma fixa os princípios
NBR- Cotagem em Desenho gerais de cotagem a serem
10126/1987 Técnico. aplicados em todos os desenhos
técnicos.
Esta norma estabelece os
Desenho Técnico – Requisitos requisitos para a representação
NBR-
para representação de linhas dos tipos e larguras de linhas e
16861/2020
e escritas. para a escrita usadas em
desenhos técnicos.
Esta norma especifica o formato
Desenho Técnico – Requisitos das folhas de desenho e os
NBR- para apresentação em folhas elementos gráficos, a localização
16752/2020 de desenho. e a disposição do espaço para
desenho, espaço para
informações complementares e
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legenda, o dobramento de cópias
e o emprego de escalas a serem
utilizadas em desenhos técnicos.
Esta norma estabelece os
requisitos para a documentação
Documentação técnica para técnica de projetos
projetos arquitetônicos e arquitetônicos e urbanísticos, em
NBR-6492/2021
urbanísticos – Requisitos. função das etapas de projeto,
especificando, em cada uma
delas, os documentos pertinentes
e os respectivos conteúdos.
Quadro 01: Normas relativas ao Desenho Técnico e Arquitetônico.
Fonte: o autor, 2023.
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Figura 32: Os vários tamanhos das folhas do Formato ISO/A.
Fonte: https://www.folhatecno.com.br/2021/08/medidas-papel-a1-a2-a3-a4-a5.html
Descrição da figura: Folha de papel dividida em várias partes, todas proporcionais entre si.
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Figura 34: Uma prancha de desenho contendo um projeto de interiores – observar a orientação da página, na
horizontal, conhecida hoje como “paisagem”.
Fonte: https://kamilalopes.com.br/projetoexpert
Descrição da figura:
As pranchas de desenho devem ser estruturadas de acordo com a norma e, além das medidas das folhas de desenho,
você deve estar atento às margens e à legenda – além do dobramento das folhas, o que, hoje em dia é um trabalho
feito pelas gráficas, mas que também obedece a critérios normalizados (NBR-16752/2020):
- Margens: toda folha de desenho deve ter margens nos seus quatro lados. A margem
esquerda deve ter 2,0 cm (o mesmo que 20 mm) de largura e as margens superior, inferior e lateral
direita devem ter 1,0 cm (o mesmo que 10mm) de largura (Figura 35).
Figura 35: As margens são obrigatórias nas folhas (pranchas) de desenho, sendo as mesmas para todos os formatos: 1-
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contorno do formato; 2- margem; 3- quadro; 4- espaço para o desenho.
Fonte: NBR-16752/2020
Descrição da figura: - Legenda: é um quadro onde devem estar escritas as informações do projeto como autor,
proprietário, o título do projeto, escala, localização do projeto, número da prancha, etc. Em todos os formatos de papel,
deve ter 18cm de comprimento (ou 180mm de comprimento), mas sua altura pode ser variável, dependendo do
número de informações necessárias para a completa identificação do projeto (Figura 36).
A cotagem é o ato de pôr as cotas, ou seja, colocar as medidas dos elementos, móveis,
dimensões dos ambientes, nos projetos de interiores e essa cotagem deve obedecer à NBR-
10126/1987, conforme as figuras 37 e 38:
Figura 37: Exemplo de cotagem com os principais elementos – cota, linha auxiliar, linha de cota e limite da linha de cota.
Fonte: NBR 10126, 1987.
Descrição da figura: a figura mostra linhas e números de cotas.
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Figura 38: As formas de desenhar o limite da linha de cota – seta aberta, seta fechada e traço oblíquo a 45°.
Fonte: ABNT, 1987.
Descrição da figura: Três exemplos de formas de delimitação da linha de cota.
A cotagem é formada por alguns elementos definidos pela NBR 10126/1987 e que serão
definidos abaixo para uma maior compreensão e entendimento de cada parte:
Cota: o valor numérico em si, ou seja, quanto mede aquele ambiente em largura, altura e
comprimento.
Linha de cota: é uma linha reta onde é colocada a cota – a cota deve ser colocada sobre a
linha, na horizontal; à esquerda da linha, na vertical esquerda e na vertical direita.
Limite da linha de cota: é o elemento que mostra o fim da cota e pode ser uma seta aberta,
uma seta fechada ou uma linha inclinada como mostra a figura 38.
Linha auxiliar: é uma linha vertical para cotas horizontais e uma linha horizontal nas cotas
verticais
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Figura 39: Uma planta baixa de uma residência simples com suas cotas.
Fonte: https://www.vaicomtudo.com/wp-content/uploads/2015/02/Planta-baixa-t%C3%A9cnica-0111.jpg
Descrição da figura: Planta baixa de uma residência simples com cotas e nomes dos ambientes.
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Figura 40: Os diversos tipos de linhas usados no Desenho Arquitetônico.
Fonte: ABNT, 2020.
Descrição da figura: Uma tabela contendo vários tipos de linhas usadas para Desenho Técnico e Arquitetônico.
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Figura 41: Os vários tipos de linhas contínuas e suas aplicações no desenho.
Fonte: ABNT, 2020.
Descrição da figura: Uma tabela contendo vários tipos de linhas usadas para Desenho Técnico e Arquitetônico.
Figura 42: A aplicação dos diversos tipos de linha no Desenho Arquitetônico em um corte.
Fonte: ABNT, 2021.
Descrição da figura: Um corte de uma residência, contendo s vários tipos de linhas usadas no desenho.
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Figura 43: A aplicação dos diversos tipos de linha no Desenho Arquitetônico em uma planta baixa.
Fonte: ABNT, 2021.
Descrição da figura: Detalhes de duas plantas baixas mostrando os vários tipos de linhas usados no Desenho
Arquitetônico.
Figura 44: Planta baixa de layout com as paredes completamente preenchidas de preto para maior destaque dos limites
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dos ambientes.
Fonte: https://spbim.com.br/bim-para-interiores/
Descrição da figura: planta humanizada de um apartamento com definição de mobiliário.
Figura 45: Elevação de uma cozinha, mostrando armários e eletrodomésticos com as paredes preenchidas pela cor
cinza.
https://sp.olx.com.br/sao-paulo-e-regiao/servicos/projeto-executivo-de-interiores-1246199598
Descrição da figura: Vista de uma cozinha e área de serviço mostrando o mobiliário e descrições de materiais.
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Figura 46: A Caligrafia Técnica definida pela ABNT em diversos tamanhos de caracteres. Fugir dessa caligrafia pode
resultar em interpretações erradas de cotas e outras informações de grande importância para o projeto.
Fonte: ABNT, 2021.
Descrição da figura: Vários tipos de tamanhos de caracteres usados na caligrafia técnica – letras, números e caracteres
especiais.
Essas normas devem ser seguidas à risca para que haja uniformidade no
desenvolvimento, leitura e interpretação de projetos de Arquitetura e Interiores. Na Unidade 4
haverá uma discussão sobre a influência dos programas de CAD na representação gráfica, mas é
possível adiantar que, as novas ferramentas de desenho não têm o poder de alterar as normas nem
modificar a linguagem gráfica, principalmente na parte referente a projetos executivos, ou seja,
projetos usados para a execução/materialização de obras, mobiliários, ambientes, etc.
Além das explicações deste e-book, é muito importante que você, Estudante, obtenha
essas normas, lendo-as e consultando-as sempre que for necessário. A ABNT comercializa as NBRs,
mas é possível obtê-las gratuitamente de forma lícita, através de sites dos Institutos Federais e de
Universidades Federais, que por trabalharem diretamente com a ABNT, disponibilizam as normas
para professores, estudantes e população em geral.
No tópico a seguir você verá a aplicação do Desenho Arquitetônico à representação dos
projetos de interiores – é certo adiantar que a base normativa do desenho permanecerá, sendo
acrescentada de elementos gráficos onde as particularidades e pormenores dos projetos de interiores
são ressaltados sem subverter a essência do Desenho Arquitetônico.
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2.3 A representação do Projeto de Interiores
Figura 47: Uma planta baixa de um apartamento indicando a disposição do mobiliário (layout), também chamada de
“planta humanizada”.
Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1224702939-planta-projeto-arquitetnico-ate-80-m-arquitetura-casas-
_JM
Descrição da figura: A planta baixa de um apartamento com seu layout de mobiliário (planta baixa humanizada).
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Figura 48: Várias representações de mobiliários em vista superior – a grande maioria, reconhecíveis, mas que não
obedecem a um padrão definido pela ABNT, por exemplo.
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/vetor/m%C3%B3veis-planta-baixa-gm512186997-47451882
Descrição da figura: Diversas representações de mobiliários vistos de cima (em planta).
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Figura 50: Um projeto de interiores de uma cozinha – é possível ver as plantas baixas e elevações com as paredes
pintadas de marrom para dar um maior destaque. Existe uma mistura entre desenho e fotos de eletrodomésticos e o
projeto é enriquecido com perspectivas renderizadas.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/495184921534055338/
Descrição da figura: Projeto de interiores de uma cozinha com planta baixa, vistas com projeto de mobiliário e
perspectivas renderizadas.
É certo dizer que o projeto de interiores só pode ser feito com o conhecimento do
Desenho Arquitetônico, mas a natureza detalhista do projeto de interiores demanda vários
elementos que servem para a definição precisa do que se pretende fazer. Ao mesmo tempo, é preciso
saber separar o que é um projeto executável de uma apresentação para o cliente.
Na próxima unidade você vai se aprofundar um pouco mais nos símbolos gráficos usados
no Desenho Arquitetônico e que auxiliam, também, o projeto de interiores.
Vamos lá?!
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UNIDADE 03 | Representação Gráfica das Instalações Prediais em Projetos
de Interiores
Olá estudante!
Nesta Unidade você conhecer a simbologia utilizada na representação de instalações
hidrossanitárias e elétricas e na representação de mobiliário para o efetivo desenvolvimento do
projeto de interiores, mais adiante.
O Desenho é formado por símbolos e o Desenho Arquitetônico não foge a essa regra – a
representação de uma edificação é formada por linhas que se unem para formar uma ideia do que
existe ou daquilo que está sendo projetado – o Desenho Arquitetônico, em si, é mais simples,
formado por representações de paredes, piso, teto, coberta e elementos construtivos como janelas,
portas e outras peças que são entregues ao final da obra como vasos sanitários, pias, cubas,
lavanderias, etc. (Fig. 51 e 52).
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Figura 51: Uma planta baixa de m banheiro, onde é possível ver uma pia com cuba, um vaso sanitário, uma esquadria de
box e o chuveiro com duas torneiras – tudo na forma de símbolos simplificados.
Fonte: https://www.fashionbubbles.com/decoracao-2/planta-baixa-de-banheiro/
Descrição da figura: Planta baixa de um banheiro com suas peças internas e cotas.
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Figura 54: Representação de elemento vazado ou cobogó.
Fonte: https://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/725/desenho_tecnico_12.pdf?sequence=8&isAllowed=y
Descrição da figura: Pranchas mostrando o uso do cobogó em planta baixa, corte e vista frontal.
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Figura 56: Representação de vaso sanitário e lavatório com cuba.
Fonte: https://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/725/desenho_tecnico_12.pdf?sequence=8&isAllowed=y
Descrição da figura: Prancha mostrando vaso sanitário e lavatório com cuba em planta baixa, vista e corte.
Figura 58: Representação de símbolos gráficos: chave de corte, norte (pouco usado em projetos de interiores) e cota de
nível.
Fonte: https://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/725/desenho_tecnico_12.pdf?sequence=8&isAllowed=y
Descrição da figura: Prancha mostrando elementos gráficos que representam a direção de um corte, a indicação do
norte e a indicação das cotas de nível em planta baixa.
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Figura 59: Representação de uma escada com patamar em planta, com indicação de corte, indicação do sentido de
subida e cota de nível.
Fonte: ABNT, 2021.
Descrição da figura: Desenho da planta baixa de uma escada mostrando a indicação do corte, degraus, cotas de nível e
sentido da subida.
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Figura 61: As diversas hachuras usadas para representar os materiais usados em alvenarias, revestimentos e mobiliário,
segundo a NBR-6492/2021.
Fonte: ABNT, 2021.
Descrição da figura: Várias representações de hachuras de materiais diversos.
O Designer de Interiores não elabora projetos elétricos, mas deve ter um conhecimento
básico nesta área, de modo a definir com clareza onde deve passar a instalação elétrica e onde devem
ser posicionados tomadas, interruptores e elementos de iluminação. A correta definição desses
elementos no projeto é muito importante para o bom e seguro funcionamento dos espaços. A
representação das instalações elétricas e iluminação devem obedecer à simbologia definida pela
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norma ou, no máximo, a certos fabricantes de amplo uso no mercado, de forma que o símbolo seja
facilmente reconhecido (Figuras 62,63 e 64).
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Figura 63: Exemplo de um projeto de instalações elétricas em uma pequena residência – observar o uso dos símbolos
elétricos.
Fonte: https://www.wtaengenhariaeletrica.com.br/projeto-eletrico-comercial
Descrição da figura: planta baixa de uma pequena casa com símbolos representando as instalações elétricas.
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Figura 64: Exemplo de projeto de iluminação com a definição da posição e tipos de lâmpadas.
Fonte: https://www.ilumicenter.com.br/produto/projeto-luminotecnico-projeto-de-iluminacao/
Descrição da figura: planta baixa de uma edificação com indicações dos tipos de iluminação a serem usados em cada
ambiente.
Dois outros tipos de projetos para os quais o Designer de Interiores deve ficar atento são
os de telefonia e redes de computadores. A telefonia fixa tem se reduzido muito ultimamente, mas
ainda existe a necessidade de ter esses projetos em mente, inclusive o projeto para interfones.
Quanto à internet, é uma realidade presente, logo, é preciso pensar na distribuição de cabos e
roteadores, que podem influenciar na distribuição de elementos nas paredes (Figuras 65, 66 e 67).
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Fonte: paginapessoal.utfpr.edu.br/
Descrição da figura: tabela contendo símbolos usados em projetos de telefonia.
Figura 67: Símbolos usados em projetos de rede de internet – não são normalizados, mas é fácil encontrá-los em
projetos e comunicação visual.
Fonte: https://www.edrawsoft.com/pt/network-symbols.html
Descrição da figura: várias figuras representando elementos de projetos de rede de internet.
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geral e, também, de perspectivas isométricas que mostram, de forma tridimensional, a posição das
instalações nas paredes/ambientes (Figuras 68, 69, 70 e 71).
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Figura 69: Uma planta baixa de áreas molhadas, mostrando a posição das peças (balcão, lavanderia e as peças sanitárias
do banheiro), a tubulação e as conexões.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/hidrulica-isomtrica--699395017148401430/
Descrição da figura: planta baixa representando ambientes que possuem saídas de água e os símbolos usados para
representar tubulação, conexões e saídas de água.
Figura 70: Perspectiva isométrica de um banheiro, mostrando as alturas e posicionamento da tubulação, conexões e
peças sanitárias.
Fonte: https://www.tudoconstrucao.com/projetos-prontos-rede-hidraulica-de-uma-casa/
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Descrição: desenho em perspectiva de um banheiro, mostrando a posição da tubulação hidráulica e das conexões.
Figura 71: Planta baixa mostrando um projeto de instalações sanitárias com as tubulações e conexões de descarte de
águas servidas.
Fonte: https://www.tudoconstrucao.com/projetos-prontos-rede-hidraulica-de-uma-casa/
Descrição da figura: planta baixa de um banheiro mostrando a tubulação de esgoto sanitário e suas diversas conexões.
CHAMADA DA VIDEOAULA
Na próxima unidade, você vai ver como se encontram as formas de representação de
detalhes e especificações técnicas de grande importância para os projetos de interiores.
Vamos lá?!
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UNIDADE 04 | Detalhamento e Especificações Técnicas
Olá estudante, nesta 4ª e última unidade você verá como representar os principais
detalhamentos de elementos construtivos de importância para o projeto de interiores.
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Figura 72: Detalhes de fixação de uma porta simples de madeira.
Fonte: http://demilito.com.br/7-esquadrias-rev.pdf
Descrição da figura: vários desenhos mostrando elementos de uma porta de madeira e como ela se fixa na alvenaria.
Figura 73: Detalhe construtivo de forros, porta de correr e estrutura de concreto – observar o uso das hachuras.
Fonte: https://br.pinterest.com/isaacbruno1990/detalhes-construtivos/
Descrição da figura: trecho de um corte, mostrando os detalhes de instalação de uma porta de correr e de um forro de
gesso sob uma laje de concreto.
Figura 74: Detalhe em corte de um piso, mostrando todo o embasamento, até o revestimento final em porcelanato.
Fonte: https://cargocollective.com/alineliekazihara/Detalhes-construtivos
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Descrição da figura: detalhe de um corte de um piso mostrando todos os materiais, desde o solo natural até o piso em
porcelanato.
Figura 75: Detalhe de um teto-jardim mostrando desde os materiais de construção até o tipo de solo para a vegetação.
Fonte: https://cargocollective.com/alineliekazihara/Detalhes-construtivos
Descrição da figura: detalhe de um corte de um teto-jardim, mostrando os materiais, acabamentos e tipos de
vegetação.
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Figura 76: Esquemas de assentamento de materiais de revestimento (cerâmica, tacos de madeira, ladrilhos, etc.).
Fonte: https://blog.vejaobra.com.br/paginacao-de-pisos-e-paredes/
Descrição da figura: vários desenhos mostrando tipos de assentamento de pisos.
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Figura 77: Projeto de paginação de piso e parede em um pequeno banheiro.
Fonte: https://www.projetou.com.br/posts/paginacao-de-pisos-o-que-e-e-como-fazer/
Descrição da figura: planta baixa e vistas de um banheiro, mostrando peças sanitárias e as formas de assentamento do
material cerâmico de revestimento no piso e nas paredes, além do forro de gesso.
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4.3. Planta de Teto e Forro
O teto e o forro são elementos importantes na composição dos ambientes e que devem
ter especial atenção do Designer de Interiores. Nem todo ambiente terá forro, mas é importante
lembrar que, seja no teto ou no forro, serão trabalhados elementos de iluminação e onde podem
existir detalhes importantes para a valorização dos espaços. As plantas de teto/forro têm uma
representação simples – a complexidade se dará nos detalhes, nos roda tetos, sancas, cores, texturas,
etc. Logo, é importante dar a devida atenção a essa parte do projeto e representa-la de forma que
não haja dúvidas para a sua execução (Figura 79, 80 e 81)
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Figura 80: Planta de forro de uma cozinha com a indicação dos pontos de iluminação.
Fonte: https://www.projetou.com.br/posts/planta-de-forro/
Descrição da figura: planta de forro mostrando o desenho do forro e os detalhes de execução.
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Figura 81: Detalhes de forro de gesso.
Fonte: https://papodearquiteto.com.br/detalhamento-de-forro-em-gesso-autocad-download-
gratuito/#google_vignette
Descrição da figura: tabela mostrando vários desenhos que mostram tipos diferentes de acabamentos de forros de
gesso.
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Estudante, com essa competência encerramos o nosso e-book. Esperamos que tenha
gostado e que esse material lhe auxilie em seu desenvolvimento profissional.
Bons estudos!
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CONCLUSÃO
Estudante, aqui se encerra a disciplina de Desenho Arquitetônico e desejo que a aquisição
destes novos conhecimentos contribua para a sua formação como técnico em Design de Interiores.
O domínio da expressão gráfica é muito importante para o designer de interiores – por
isso para além desse e-book, é interessante que você aprofunde os estudos sobre o Desenho
Arquitetônico para dominar essa linguagem em sua base e como forma de dominar os softwares de
CAD, que serão suas ferramentas diárias de trabalho e que se atualizam de forma cada vez mais
rápida.
O Desenho Arquitetônico é o “idioma” através do qual os designers e arquitetos dialogam
para pôr em prática seus projetos – ou seja, quanto mais você dominar essa linguagem, mais clara
será a sua comunicação com todos os profissionais envolvidos no projeto de interiores.
O conhecimento do Desenho Arquitetônico permitirá que suas ideias fluam de maneira
mais rápida e precisa e as normas técnicas da ABNT farão com que tudo o que você projetar será
factível de ser realizado – realização essa que é o ponto culminante da sua profissão.
Espero que tenha gostado e até logo!
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REFERÊNCIAS
______. NBR-16752: Desenho Técnico – Requisitos para apresentação em folhas de desenho. Rio de
Janeiro: ABNT, 2020. 23 p.
______. NBR-16861: Desenho Técnico – Requisitos para representação de linhas e escritas. Rio de
Janeiro: ABNT, 2020. 27 p.
ROSSI, Francine Aidie. Resumo das normas técnicas da ABNT de Desenho Técnico e representação
de projetos de arquitetura. Curitiba: UFPR/Departamento de Expressão Gráfica, 2021. 42 p. site
SARAPKA, Elaine Maria et al. Desenho arquitetônico básico: Da prática manual à digital. São Paulo:
Blucher, 2022. 120 p.
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MINICURRÍCULO DO PROFESSOR
Olá! Sou André Lemoine Neves, tenho 52 anos e sou formado em Arquitetura e
Urbanismo, pela Universidade Federal de Pernambuco, com Mestrado e Doutorado na área de
Desenvolvimento Urbano, pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano da UFPE.
Sou Arquiteto e Urbanista há 29 anos e atuo como professor há 26 anos. Trabalho com
projetos de Arquitetura, Planejamento Urbano e Restauro e leciono nas áreas de Projeto de
Arquitetura, Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo, Planejamento Urbano, Estética e
História da Arte, Restauro e Desenho Técnico.
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