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17/11/2022 10:00 Ead.

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DESENHO TÉCNICO E COMPUTACIONAL


CONCEITOS DE DESENHO TÉCNICO
Autor: Esp. Ana Lívia Abreu de Andrade
Revisor: Maílson Scherer

INICIAR

introdução
Introdução

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Nesta unidade, abordaremos os conceitos de desenho técnico, bem como o desenho e sua
importância para a humanidade. Compreenderemos, ainda, a diferença entre desenho técnico e
desenho artístico. Conheceremos, também, os equipamentos para desenho e como devemos utilizá-
los, além de estudar as normas técnicas específicas aplicáveis na elaboração de desenhos técnicos.

Sobre as normas técnicas, trataremos de assuntos como caracteres, tipos de linhas e suas utilidades,
tamanho de papéis, layout da folha com margens, carimbo/legenda e dobragem.

Por fim, a unidade traz a definição e os tipos de escalas que iremos trabalhar nos exercícios práticos
da unidade e a cotagem dos desenhos.

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Desenho

Desde o período Paleolítico Superior (40.000 a.C.), o homem vem se comunicando por meio de
pinturas e desenhos nas paredes e tetos das cavernas. Essas representações são chamadas de
pinturas rupestres, nas quais o homem representava o mundo que o cercava, as suas sensações e
tudo que considerasse importante para ser comunicado aos seus descendentes.

Figura 1.1 - Gruta de Lascaux

Fonte: saxx / Wikimedia Commons.

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Figura 1.2 - Pintura egípcia

Fonte: Nefertari / Wikimedia Commons.

Figura 1.3 - Cleópatra

Fonte: Michelangelo / Wikimedia Commons.


Com a evolução do homem e de suas habilidades motoras e cognitivas, o conceito de desenho
também evoluiu. Os egípcios, por exemplo, usavam os desenhos como escrita e para representar
seus rituais, sua cultura e sua religião, o que nos ajudou a compreender muito sobre sua civilização
e suas descobertas. Seus desenhos, porém, em comparação com os desenhos feitos na época do
Renascimento, ainda são limitados em relação ao realismo, faltando proporção, perspectiva,
sombras e profundidade.

Nos dias atuais, o desenho tem várias utilidades, servindo ainda como meio de comunicação, tal
como placas de trânsito, logotipos, símbolos de avisos de segurança e até como os atuais emoticons,
que usamos nas mensagens. Os desenhos são usados também como forma de divertimento,
podendo ser charges e HQs (histórias em quadrinhos), como forma de expressão artística com obras
de arte e as artes de rua (grafite), e como uma forma de reproduzir e/ou criar novos equipamentos e
peças com o desenho técnico.

Desenho Artístico x Desenho Técnico


Com a evolução da humanidade, no passar das eras, a comunicação por meio do desenho foi
evoluindo, dividindo-se em duas formas: o desenho artístico, que pretende comunicar ideias e
sensações, estimulando a imaginação do espectador; e o desenho técnico, que tem por finalidade a

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representação dos objetos o mais fiel possível de sua realidade, tanto em relação à forma quanto
em relação às dimensões.

A maior diferença entre desenho artístico e desenho técnico consiste na necessidade do desenho
técnico ser elaborado com base em diretrizes normativas estabelecidas por normas técnicas, as
quais são supervisionadas internacionalmente pela ISO. Cada país possui suas próprias versões das
normas técnicas. Nas engenharias, o desenho técnico é de extrema importância para a criação e a
reprodução de projetos em diversas áreas, tais como desenhos mecânicos, fluxogramas químicos,
projetos elétricos, desenhos de componentes de computação e projetos de edificações, entre
outras. Para a execução desses projetos à mão livre, o uso dos instrumentos de desenhos é
essencial, sendo eles: prancheta, papel (série DIN A), lápis ou lapiseira, borracha branca, esquadros,
escalímetro, régua paralela, compasso etc.

praticar
Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir.

“Desde os registros pré-históricos até as complexas formas que encontramos na contemporaneidade, o


desenho tem nos permitido refletir sobre o passado, imaginar o futuro, desenvolver ideias e sonhar. Em um
viés mais técnico, o desenho, usado tanto na engenharia quanto na arquitetura, é uma ferramenta
fundamental, pois está presente nas etapas de criação, desenvolvimento e execução de projetos”.

PACHECO, B. de A.
Desenho técnico
. Curitiba: InterSaberes, 2017. p. 20.
Considerando a citação apresentada, sobre as diferenças entre desenho artístico e desenho técnico, assinale
a alternativa correta.

a)
O desenho artístico necessita de normas para ser executado.
b)
As normas técnicas são usadas no desenho artístico e no desenho técnico.
c)
Um desenho técnico pode ser interpretado de forma diferente por diferentes pessoas.
d)
As normas permitem que um desenho técnico feito no Brasil seja compreendido em outros
países.
e)
Nas engenharias, as normas são utilizadas nos desenhos técnicos e nos desenhos artísticos.

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Equipamentos de Desenho

Em se tratando de desenho artístico, diversas são as técnicas e os equipamentos possíveis para que
se garanta boa execução. Dependendo da técnica escolhida, há uma gama de instrumentos que
podem ser utilizados: variados tipos de lápis e canetas, tintas, telas, pincéis etc. Cada um depende
do resultado final em que se deseja chegar. Como nos desenhos artísticos, nas figuras a seguir, que
mostram diferentes técnicas e resultados, a primeira com o uso de aquarela sem contornos e a
segunda com um desenho realista usando diversos lápis para dar profundidade e sombreados.

Figura 1.4 - Desenho em aquarela

Fonte: Konstantin Kozulko / 123RF.

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Figura 1.5 - Desenho realista

Fonte: Engin Korkmaz / 123RF.


Com relação aos desenhos técnicos, também são utilizados equipamentos específicos na sua
execução, cuja função é garantir uma boa execução e precisão do desenho. Sendo assim, a
importância da utilização correta desses instrumentos reflete na qualidade dos desenhos
apresentados.

Instrumentos de Desenho Técnico


Nos cursos de Engenharia e Arquitetura, é comum a apresentação de listas de materiais nas
disciplinas de desenho. Essas listas trazem os nomes e os tipos de instrumentos que serão utilizados
durante a disciplina e, muitas vezes, ao longo da carreira do estudante.

Esses materiais são encontrados no mercado nas mais variadas marcas e preços, os quais
costumam influenciar na qualidade do material, refletindo, por consequência, na qualidade dos
desenhos elaborados.

Vejamos, a seguir, alguns desses importantes materiais para o desenho técnico:

Prancheta
A prancheta é constituída por uma superfície plana que pode ser usada em diferentes inclinações,
permitindo o posicionamento ideal para os seus desenhos, e pode ser encontrada nos tamanhos A1,
A2 e A3.

Papel
As folhas de papéis, ou formatos, são usadas para esboçar ou executar os desenhos. Podemos
utilizar folhas mais finas (com gramatura baixa) de aparência transparente, como o papel manteiga
ou vegetal, visualizando melhor os traços abaixo de cada folha. Alternativamente, pode-se optar por
bloco de folha sulfite, que não possui transparência, contudo oferece resistência para fazer
diferentes tipos de  desenhos.

Lápis ou Lapiseira

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Normalmente, optamos pelo uso de lapiseira e grafite, abdicando da utilização de lápis e apontador.
A lapiseira é utilizada para o traçado de linhas nítidas e finas, se girada suficientemente durante o
traçado, e para linhas relativamente espessas e fortes. Os grafites mais usuais encontrados para
lapiseira são os de 0,3mm, 0,5mm, 0,7mm e 0,9mm.

Para um bom trabalho final, o ideal é que a lapiseira tenha uma ponteira de aço, cuja função é
proteger o grafite (mina) da quebra quando pressionado ao esquadro, ou régua paralela, no
momento do desenho.

Para desenhos de esboços ou linhas guias de enquadramento, recomenda-se o uso dos grafites da
linha H (
hardness
ou duros, em português), que configuram grafites duros e que permitem traços
mais fáceis de serem apagados, sem sujar ou rasurar o papel. Esses são classificados como: H, 2H,
3H etc.

Para os traços mais marcantes e definitivos, deverão ser utilizados os grafites da série B (
blackness
ou escuros, em português), mais macios e escuros, tais como: B, 2B, 3B. No entanto, esses grafites
podem sujar as folhas devido à sua excessiva maciez.

Existem, ainda, dois tipos de grafites que podemos chamar de médios ou intermediários, que são HB
(entre H e B), macio e ligeiramente escuro, e F (fine ou fino, em português), claro e ligeiramente
duro, que são os mais indicados para papéis finos como o manteiga, pois produzem pouca sujeira.

Borracha Branca
Ao precisar de uma borracha, use sempre uma macia, compatível com o trabalho para evitar
danificar a superfície do desenho. Preferencialmente, escolha a borracha branca, com o intuito de
evitar manchas nos desenhos. Evite o uso de borrachas para canetas ou tintas, geralmente mais
abrasivas para a superfície de desenho. Essas borrachas são coloridas, em sua maioria, podendo
ainda manchar a folha de desenho.

Com o uso contínuo, a superfície da borracha começa a ficar arredondada, tornando mais difícil
apagar linhas com precisão. Nessas situações, indica-se o corte por estilete para garantir bordas
retas. Quando a borracha encontra-se demasiadamente suja, é recomendável a sua limpeza,
buscando evitar a possibilidade de manchar a superfície do papel.

Escalímetro
O escalímetro é uma importante ferramenta para o desenho técnico, utilizado para converter
desenhos em dimensões reais. É uma espécie de régua triangular que possui três faces e, em cada
uma de suas faces, duas escalas diferentes, com um total de seis escalas de redução na unidade de
metros.

Pode ser encontrado com cinco gradações de escalas, que são:

Escalímetro número 1 – 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125 (mais comum e mais utilizado
em desenhos arquitetônicos).
Escalímetro número 2 – 1:100, 1:200, 1:250, 1:300, 1:400, 1:500.
Escalímetro número 3 – 1:20, 1:25, 1:33¹, 1:50, 1:75, 1:100.

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Escalímetro número 4 – 1:500 1:100 1:1250 1:1500 1:2000 1:2500.


Escalímetro número 5 – 3/32″ 3/16″ 1/8″ 1/4″ 3/8″ 3/4″ 1/2″ 1″ 11/2″ 3″ (utilizado em
desenhos mecânicos ou para ler projetos de outros países que utilizam essas unidades).

A mais utilizada e recomendada para desenhos técnicos é a número 1, que marca as escalas de 1:20,
1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125.

O escalímetro deve ser utilizado apenas para marcação de distâncias nas escalas necessárias, não
devendo ser empregado como guia para traçado de linhas, haja vista a possibilidade da danificação
de suas marcações.

Esquadros
O “par de esquadros” é formado por duas peças transparentes de formato triangular-retangular, em
plástico ou acrílico, uma com ângulos de 45º, e outra com ângulos de 30º e 60º (além do outro
ângulo reto – 90º).

Quando são de dimensões compatíveis (o cateto maior do esquadro de 30°/60° tem a mesma
dimensão da hipotenusa do esquadro de 45°), são denominados de jogo de esquadros ou par de
esquadros, ou seja, os esquadros são utilizados para o traçado das linhas verticais, horizontais e de
linhas inclinadas (seguindo ângulos dos esquadros), sendo muito utilizado com o auxílio da régua
paralela.

Os esquadros não devem ser usados com marcadores coloridos ou canetas e, se necessário for sua
limpeza, deve-se utilizar solução diluída de sabão neutro e água. Não se deve utilizar álcool em sua
limpeza, visto que o produto deixa o esquadro esbranquiçado, perdendo sua transparência.

Régua Paralela
A régua paralela é fixada na prancheta para garantir a confecção de desenhos retos e para traçado
de linhas horizontais, paralelas entre si no sentido do maior lado da prancheta. É utilizada, ainda,
como base para apoiar os esquadros, permitindo traçar linhas verticais ou inclinadas (de acordo com
os ângulos dos esquadros).

O desenho deve ser feito de cima para baixo, evitando que o arrastar da régua movimente o papel.
Caso seja necessário riscar algo sobre o desenho, opte por suspender levemente a régua ao longo
do trecho desenhado.

Antes da utilização (ou durante, depois de uso contínuo), recomenda-se limpar a régua com um
pano ou papel macio, secos, retirando a sujeira do pó do grafite que pode manchar o papel.

Compasso
O compasso é o instrumento de desenho que serve para traçar circunferências, de variados raios ou
diâmetros. Para a perfeição dessas circunferências, o compasso deve oferecer um ajuste perfeito,
não permitindo folgas durante a execução do traçado.

Para traçar círculos ou curvas no compasso, devemos:

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marcar o centro do círculo e a medida do raio com um escalímetro na folha do papel;


fixar a ponta seca na marcação do centro do círculo na folha;
abrir o compasso fixo, até a marcação do raio no papel;
segurar o compasso, na parte superior, com os dedos indicador e polegar;
imprimir uma força na ponta do grafite com movimento de rotação, até formar o círculo
completo.

Instrumentos de Apoio
Antes de se iniciar um desenho, é necessário garantir que a prancheta, os esquadros e os
escalímetros estejam limpos. Utilizam-se flanelas ou panos macios para a limpeza desses
instrumentos.

A flanela também serve para “espanar” os restos de borracha do papel, nunca devendo ser
arrastada sobre a folha.

Outro equipamento de apoio necessário é a fita crepe, utilizada para prender a folha a prancheta.
Deve-se alinhar a folha à régua paralela e prendê-la de forma diagonal, conforme ilustrado na Figura
1.6.

Figura 1.6 - Posicionamento do formato na prancheta

Fonte: Elaborada pela autora.


A folha deve estar sempre alinhada à régua paralela para garantir que o desenho não fique torto. E
essa posição da fita garante que o papel fique esticado e não rasgue ao ser retirado de dentro para
fora.

praticar
Vamos Praticar
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Os instrumentos de desenho técnico são importantíssimos para a criação do projeto, e tanto sua qualidade
quanto o seu bom uso garantem desenhos mais precisos e limpos.

Sobre os instrumentos de desenho técnico, assinale a alternativa correta.

a)
A utilização dos instrumentos de desenhos adequados resulta em desenhos mais precisos e de
boa execução.
b)
Em desenho técnico, a utilização de lápis é mais comum que a utilização de lapiseiras.
c)
Podemos usar borrachas de diferentes graus de maciez e cores na elaboração de desenhos
técnicos.
d)
O escalímetro serve para desenhar circunferências com raios variados.
e)
Devemos sempre limpar nossos equipamentos de desenho, preferencialmente com álcool.

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Normas Técnicas

As normas técnicas são utilizadas com o intuito de padronizar a elaboração dos desenhos técnicos e
torná-los uma linguagem gráfica universal. São uma espécie de guia que facilita a compreensão de
desenhos e projetos por pessoas de nacionalidades diferentes. Servem para simplificar processos de
produção e unificar as características de um objeto, permitindo reproduzir várias vezes um
determinado procedimento em diferentes áreas, reduzindo as possibilidades de erros.

No desenho técnico, a representação gráfica do desenho segue as normas internacionais (sob a


supervisão da ISO). Vejamos a seguir exemplos de normas para desenho técnico empregadas no
Brasil, as quais são elaboradas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas técnicas), fundada em
1940, e designadas Normas Brasileiras (NBRs), sendo identificadas por um número e sua respectiva
aplicação:

NBR 8402/1994 – Execução de caracter para escrita em desenho técnico.


NBR 8403/1994 – Aplicação de linhas em desenhos.
NBR 10068/1987 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões.
NBR 13142/1999 – Desenho técnico – Dobramento de cópia.

Cabe ainda destacar a NBR 6492/1994 – Representação de projetos de arquitetura (1994). Essa
norma sintetiza diversas regras quanto à execução de desenhos técnicos, tais como: execução de
caracteres (caligrafia), tipos de linha, tamanho de papéis, dobragem, entre outras.

No entanto, a abordagem da NBR 6492/1994 (1994) é mais resumida, sendo indicado consultar as
respectivas normas específicas se necessário um conhecimento mais aprofundado em um tópico
específico.

Execução de Caracter
A NBR 8402/1994 – Execução de caracter para escrita em desenho técnico (1994), fixa as condições
que são exigidas na escrita usada em desenhos técnicos e em documentos técnicos. Nela, as

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características mais importantes para a graficação das letras são LEGIBILIDADE e CONSISTÊNCIA,
tanto em estilo quanto em espaçamento.

Para a execução desses caracteres, é necessário que se façam linhas guias, com distâncias de 3mm e
5mm, de acordo com a importância do texto: textos de 5mm são usados para informações de maior
importância que necessitam maior visibilidade (por exemplo, nome do projeto, empresa executora
etc.), enquanto usam-se os textos de 3mm para as demais informações. Essas linhas garantirão que
os caracteres estejam sempre na mesma altura. O executor deve desenhar o caractere tocando as
linhas-guias em cima e embaixo.

As linhas-guias devem ser criadas com linhas bem finas (lapiseira nº 3), para que não se confundam
com o caractere. Vejamos o exemplo na Figura 1.7.

Figura 1.7 - Caligrafia técnica

Fonte: ABNT - NBR 6492 (1994, p. 12).

Linhas no Desenho Técnico


Os diferentes tipos de linha garantem uma linguagem única nos desenhos técnicos. Sua
representação pode indicar uma série de informações quanto ao desenho, tal como a proximidade
do plano em relação ao observador; se o desenho está em corte ou em vista; se a aresta em questão
é visível ou não visível, bem como distinguir elementos de menor e maior importância dentro do
contexto do desenho.

Essas padronizações auxiliam o “leitor do projeto” na interpretação dos desenhos, evitando


interpretações distintas sob a ótica de diferentes “leitores”.

Para que pudessem ser executadas de forma clara e com os mesmos significados, foi criada uma
norma de tipos de linhas e suas aplicações. Trata-se da NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos
(1984), que mostra os tipos de linhas usadas em desenho técnico, como demonstradas no quadro a
seguir:

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Quadro 1 - Tipos de linhas

Fonte: ABNT - NBR 8403 (1984, p. 2).

Folhas e Layout
Para garantir que os projetos sejam padronizados, as normas que regem o desenho técnico
especificam os padrões de tamanhos de folhas e o layout dos desenhos.

Assim, esses desenhos ficam com uma aparência universal e podem ser compreendidos em
diferentes países.

Formato do Papel
Segundo a NBR 10068/1987 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões (1987a), os formatos de papel
para a execução dos desenhos técnicos devem ser padronizados. Os formatos são agrupados em
séries, das quais a mais utilizada e conhecida é a série DIN A (Deutsch Industrien Normen A),
originária da Alemanha.

A base dessa série não é o A4, como é comum de se achar por ser o padrão mais usado e conhecido.
Na verdade, é o formato A0, formado por um retângulo com as dimensões 841 mm x 1189 mm, que
corresponde a, aproximadamente, 1m². O formato A4 é normalmente usado para documentos e
imagens, sendo pouco usado em desenho técnico devido à sua pequena dimensão (297mm x
210mm).

A escolha do formato deve ser feita de forma a não prejudicar a representação (clareza) do desenho,
devendo-se escolher formatos menores sempre que possível.

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Figura 1.8 - Série DIN A – Formatos padrões para desenho técnico

Fonte: Elaborada pela autora.


O A0 é o formato que tem a maior dimensão da série e forma o segundo formato, o A1, ao ser
dividido ao meio na dimensão de 1189mm. E assim também é feito com os demais formatos: A1 = 2
A2; A2 = 2 A3; e o A3= 2 A4. Ver Tabela 1.1.

Folha Largura (mm) Altura (mm)

A0 841 1189

A1 594 841

A2 420 594

A3 297 420

A4 210 297
Tabela 1.1 - Série DIN A – Tamanhos padrões para desenho técnico

Fonte: ABNT – NBR 10068 (1987a, p. 2).

Nos desenhos arquitetônicos, ou de equipamentos mecânicos complexos é comum se dividir os


desenhos em mais de um formato (planta em uma folha, cortes e fachadas em outra), colocando no
carimbo/legenda a informação de que a folha pertence a um conjunto no projeto, por exemplo:
Folha 01/02, Folha 02/02.

Layout do Papel
O layout é a forma como o desenho se apresenta no papel, quais áreas são destinadas para o
desenho e quais são destinadas para as informações gerais do projeto, e é definido por:

margens;
carimbo/legenda.

Sendo assim, possuem diferentes especificações, dependendo do formato das folhas. Vejamos a
Figura 1.9, que mostra a posição do carimbo nos formatos A3 e A4, por exemplo:

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Figura 1.9 - Posição do carimbo nos formatos A3 e A4

Fonte: Elaborada pela autora.


Na Figura 1.10, podemos verificar que as margens delimitam o espaço para o desenho e a
legenda/carimbo, que são limitadas pelo contorno externo da folha e área para desenho. As
dimensões das margens variam de acordo com o tamanho da folha, ou formato, e a margem
esquerda, chamada de margem de arquivamento, é sempre de 25 milímetros, garantindo espaço
suficiente para a furação da folha após a sua dobragem.

Figura 1.10 - Margens em desenho técnico

Fonte: Elaborada pela autora.


Margens direita,
Folha Margem esquerda  (mm) superior e inferior
(mm)

A0 25 10

A1 25 10

A2 25 7

A3 25 7

A4 25 7
Tabela 1.2 - Dimensões das margens

Fonte: ABNT - NBR 10068 (1987a, p. 3).

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Na Figura 1.10, observamos que a legenda ou carimbo é sempre representado dentro da margem
no canto inferior direito da folha, e a direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho.

A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm, nos formatos A1
e A0. Além disso, deve conter dados relevantes para o projeto, como: escala, data, autoria, nome do
projeto e nome da empresa, entre outras informações consideradas importantes para a execução
do projeto.

Não há limites para a altura do carimbo, pois depende do número de informações que queremos
mostrar.

Vejamos um exemplo de carimbo / legenda para papel A3, com altura sugerida de 60mm,
apresentado na Figura 1.11.

Figura 1.11 - Modelo carimbo / legenda

Fonte: Elaborada pela autora.

Dobragem
As pranchas dos projetos técnicos, ao serem arquivadas, devem ser dobradas de tal modo que
ocupe menos espaço e seja de fácil manejo. A NBR 13142/1999 – Dobramento de cópia (1999)
orienta o dobramento de todos os tamanhos de folhas até resultarem nas dimensões padrão A4,
desde o A3 (Figura 1.12) até o A0 (Figura 1.15).

Figura 1.12 - Dobragem do formato A3 (297mm x 420mm)

Fonte: Elaborada pela autora.

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Figura 1.13 - Dobragem do formato A2 (420mm x 594mm)

Fonte: Elaborada pela autora.

Figura 1.14 - Dobragem do formato A1 (594 mm x 841mm)

Fonte: Elaborada pela autora.

Figura 1.15 - Dobragem do formato A0 (841 mm x 1189mm)

Fonte: Elaborada pela autora.


Ao dobrar os formatos, devemos sempre deixar o carimbo/legenda à vista, sem cortar as
informações, e o dobramento é iniciado a partir do lado direito, sendo a primeira dobra sempre no
carimbo.

praticar
V P ti
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Vamos Praticar
Leia o trecho a seguir.

“A normalização é tecnologia consolidada, que nos permite confiar e reproduzir infinitas vezes determinado
procedimento, seja na área industrial, seja no campo de serviços, ou em programas de gestão, com mínimas
possibilidades de errar, entre outros aspectos altamente positivos”.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


História da normalização brasileira
. Rio de
Janeiro: ABNT, 2011. p. 3.
Considerando a citação apresentada, sobre normas técnicas, assinale a alternativa correta.

a)
As normas técnicas brasileiras são criadas e editadas pela ISO.
b)
Não há necessidade de executar uma escrita padrão. Precisamos, apenas, escrever textos livres
com diferentes tamanhos.
c)
As linhas necessitam de padrões para a boa leitura do desenho técnico. Cada tipo de linha possui
uma aplicação no desenho técnico.
d)
A NBR 13142/1999 (1999) trata sobre Folha de desenho – Leiaute e dimensões.
e)
A NBR 13142/1999 – Dobramento de cópia (1999), orienta o dobramento de todos os tamanhos
de folhas até as dimensões padrão A3.

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Escala

A escala corresponde a uma medida usada para definir as dimensões proporcionais dos tamanhos
reais em representações gráficas e, segundo a
NBR 8196/1999 – Desenho técnico – emprego de
escalas
(1999), possui as seguintes características:

A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA” ou a abreviatura


“ESC”.
A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho.
Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala
geral, essas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se
referem; na legenda, deve constar a escala geral.
A escolha da escala é feita em função da complexidade e da finalidade do objeto a ser
representado, devendo permitir uma interpretação fácil e clara da informação
representada.
A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a escolha
do formato da folha de desenho.

Existem dois tipos de escalas, sendo elas:

Escala gráfica: é a representação gráfica de várias distâncias do desenho (mapas, imagens


de editoriais, fotos etc.), sobre uma linha reta graduada. É constituída de um segmento à
direita da referência zero, conhecida como escala primária, e de um segmento à esquerda
da origem, denominada de Talão ou escala de fracionamento, que é dividido em
submúltiplos da unidade escolhida.

Figura 1.16 - Escala gráfica

Fonte: Elaborada pela autora.

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A escala gráfica é muito utilizada em publicações junto a imagens e mapas, sendo adequado esse
uso, haja vista que esse tipo de imagem sofre distorções no processo gráfico (ampliações e
reduções), podendo perder a escala que seria medida com uma régua ou escalímetro, por exemplo.
Ao ampliar ou reduzir uma figura ou mapa, a marcação escala gráfica será igualmente ampliada ou
reduzida, preservando as proporções das medidas e garantido que a escala se mantenha compatível
ao desenho.

Escala numérica: é representada por uma fração, em que o numerador corresponde à


distância representada no desenho e o denominador à distância real. Pode ser escrita das
seguintes maneiras: 1/20 e 1:20. Nos dois exemplos, lê-se um para vinte.

Tipos de Escala Numérica


As escalas numéricas, importantes ferramentas do desenho técnico, são divididas em três tipos:
escala natural, escala de ampliação e escala de redução.

Escala Natural
A escala natural é aquela em que o tamanho do desenho, representado no papel, corresponde ao
tamanho real da peça. Sendo assim, na indicação da escala natural, os dois numerais são sempre
iguais, sendo escritos na forma 1/1 (ou 1:1).

ESCALA 1:1, a dimensão do objeto representada no papel é igual à dimensão real, ou seja, 1:1 (lê-se:
um para um).

A escala facilita a produção das peças, com um maior detalhamento e reduzindo a chance de erro.

Figura 1.17 - Desenho de um rolamento de Ø6cm na escala natural

Fonte: Elaborada pela autora.


Essa escala é muito usada na engenharia mecânica com o desenho de peças mecânicas no tamanho
real.

Escala de Ampliação

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A escala de ampliação é aquela em que o tamanho do desenho, representado no papel, é maior que
o tamanho real da peça.

ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1), quando a dimensão do objeto no desenho é maior que
sua dimensão real, X:1, por exemplo: 2:1, 5:1, 10:1.

A Figura 1.18 ilustra a aplicação de escala de ampliação em desenhos de pequenos componentes de


montagem de um aparelho eletrônico, com destaque para um resistor.

Figura 1.18 - Desenhos de componentes eletrônicos

Fonte: Elaborada pela autora.


Sendo assim, esse desenho foi executado na escala de ampliação 2:1 (lê-se dois por um), ou seja, o
tamanho do desenho corresponde ao dobro do tamanho real da peça. A escala é muito utilizada na
fabricação de peças pequenas, como componentes elétricos, por exemplo.

Escala de Redução
A escala de redução é aquela em que o tamanho do desenho, no papel, é menor que o tamanho real
da peça.

ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1), quando a dimensão do objeto, representado no papel, é
menor que sua dimensão real, por exemplo: 1:2, 1:5, 1:10.

Vejamos, na Figura 1.19, um desenho técnico de um carro em escala de redução:

Figura 1.19 - Vista lateral de um carro. Escala 1/20

Fonte: Elaborada pela autora.


Sendo assim, esse desenho foi feito na escala 1:20 (lê-se um para vinte). Ou seja, as medidas desse
desenho são vinte vezes menores que as medidas correspondentes do rodeiro de vagão real.

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saiba mais
Saiba mais
Aquilo que estamos chamando de invenções foi, na verdade,
projetos desenhados por Da Vinci. Sendo assim, não
ganharam forma, pelo menos não à época. Nas últimas
décadas, porém vários cientistas têm se debruçado na
tentativa de “dar vida” aos projetos do inventor e testar a
sua funcionalidade. Para saber mais, consulte o link a seguir.

ACESSAR

A escala de redução é muito utilizada nos projetos arquitetônicos, na engenharia civil, nos projetos
mecânicos automotivos, aeroespaciais, náuticos etc., com a necessidade de reduzir edificações e
equipamentos grandes para caberem no papel.

Escalas no Escalímetro
O escalímetro é um instrumento muito utilizado para a execução de diferentes escalas no desenho
técnico. Seu uso dispensa a realização cálculos para descobrir em que tamanho a escala do desenho
ficará em relação ao tamanho real, fazendo a conversão destas escalas de forma direta.

Se precisarmos utilizar uma régua normal (escala do centímetro, 1/100) para o desenho em
diferentes escalas, teremos de calcular a proporção para executar o desenho corretamente.
Vejamos o exemplo apresentado na Tabela 1.3.

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Medida
Dimensão
Medida no do
real Natural* Ampliação**
Escala Escalímetro desenho Redução
representada (convertida) (convertida)

(unidade) no papel
(cm)

(cm)

1/20 1 5 100 20 vezes - 5/1

1/25 1 4 100 25 vezes - 4/1

1/50 1 2 100 50 vezes - 2/1

1/75 1 1,3333333 100 75 vezes - -

100
1/100 1 1 100 1/1 -
vezes

125
1/125 1 0,8 100 - -
vezes
* Para desenhar na escala de 1/1, podemos usar a escala de 1/100 no escalímetro (cada unidade equivale
a 1cm).

** Para desenhar ampliações com o escalímetro, podemos usar as escalas de 1/20 para ampliar 5 vezes,
1/25 para ampliar 4 vezes e 1/50 para ampliar 2 vezes.

Tabela 1.3 - Uso do escalímetro

Fonte: Elaborada pela autora.

Para a execução de desenhos em escalas, o uso do escalímetro é essencial. As conversões que esse
instrumento faz das escalas de redução reduzem muito o tempo de execução de desenhos à mão e
facilitam a leitura de desenhos impressos.

praticar
Vamos Praticar
Sobre escalas, assinale a alternativa correta.

a)
A escala numérica é a representação gráfica de várias distâncias do desenho sobre uma linha reta
graduada.

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b)
Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça,
ou seja, 1/1.
c)
Escala de redução é aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que o tamanho real da
peça.
d)
Escala 1:X, para escala de redução (X > 1), quando a dimensão do objeto representado no papel é
maior que sua dimensão real, por exemplo: 2:1, 5:1, 10:1.
e)
O compasso é um instrumento utilizado para a execução de diferentes escalas no desenho
técnico.

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Cotagem

A indicação de medidas no desenho técnico recebe o nome de cotagem. Para indicar as medidas por
meio de cotas, o desenhista deve seguir as prescrições da NBR 10126/1987 – Cotagem em desenho
técnico (1987b)

Segundo a norma citada, o significado de cota é: “Representação gráfica no desenho da


característica do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de
medida” (NBR 10126, 1987b, p. 1).

Essa norma também define como principais características da cotagem as seguintes


observações: toda cotagem que for necessária para descrever uma peça ou componente
deve ser representada no desenho.
A cotagem deve ser feita nas vistas, cortes e seções.
Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por exemplo, milímetro), para todas
as cotas sem o emprego do símbolo da unidade. Se for necessário, para esclarecer pode-
se colocar acima do carimbo as observações: cotas em milímetros, por exemplo. Cotar
somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Devem ser evitadas
cotas gerais repetidas.

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reflita
Reflita
Levando em consideração o que vimos sobre a definição de desenho técnico,
reflita sobre a importância da padronização dos desenhos, por meio das normas
técnicas, no desempenho e qualidade dos projetos.

A execução do desenho da cotagem é formada pelos seguintes elementos:

Linha de cota: linha paralela à dimensão a ser cotada, sobre a qual se escreve o caracter
da dimensão.
Linha auxiliar ou linha de chamada: sempre perpendicular à dimensão a ser cotada,
indicando o início e o fim da dimensão cotada.
Cota: número ou caractere da dimensão cotada.

Na Figura 1.20, podemos observar os elementos de linha de cota, linhas de chamadas e a cota em si.

Figura 1.20 - Elementos da cotagem

Fonte: Elaborada pela autora.


As cotas devem, ainda, atender às seguintes prescrições:

Cotas lineares correspondem a dimensões de larguras, comprimentos, alturas, espessuras


e diâmetros.
Linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo em casos de impossibilidade.
Linhas de chamada devem parar de 2mm a 3mm do ponto dimensionado.
Caracteres (números) devem ter 3mm de altura, e o espaço entre eles e a linha de cota
deve ser de 1,5 mm; os textos das cotas horizontais devem estar sempre acima da linha de
cota e à esquerda da linha de cota nas cotas verticais.
Quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocá-la imediatamente
ao lado, indicando seu local exato com uma linha auxiliar.

Vejamos o exemplo na Figura 1.21, em que o texto da cota não cabe entre as linhas de chamada.

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Figura 1.21 - Cotas lineares

Fonte: Elaborada pela autora.


Nos cortes, somente marcar cotas verticais.
Cotas devem ser indicadas em metro (m) para as dimensões iguais e superiores a 1m.

Exemplo de cota em metros: 1.00,5.00, 10.20 (com duas casas decimais para os centímetros).

E em centímetro (cm) para as dimensões inferiores a 1m.

Exemplo de cota em centímetros: 1, 105, 503 (os milímetros serão representados como expoentes).
Se necessitarmos indicar as cotas em outra unidade, devemos informar no desenho. No campo
observação, coloca-se: medidas em centímetros.

Evitar a duplicação de cotas.

O Desenho no tempo
das cavernas

Estudos afirmam que na pré-história as pinturas


rupestres eram representações gráficas que foram
inicialmente feitas pelo “Homo neanderthalensis”

ou neandertais, que viveram na região da Europa. O


Homem pré-histórico representava em paredes, tetos e
superfícies das cavernas diversas figuras, desde animais,
técnicas de caça, até a marca de suas mãos, como uma
forma de registro para seus descendentes.

O infográfico apresenta um resumo da evolução do desenho da Pré-história aos dias atuais,


passando por períodos de evolução e de inovações.

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indicações
Material Complementar

LIVRO

Desenho
César Muniz e Anderson Manzoli
Editora:
LEXIKON/ 2015
Comentário:
A leitura indicada destaca a importância do aprendizado
do desenho técnico elaborado à mão. Com o avanço das ferramentas
CAD, é importante que consigamos manter o ensino do desenho à mão
nas universidades, garantindo que o estudante adquira noções espaciais
e aprenda as diversas técnicas necessárias para elaboração de seus
projetos.

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FILME

Os pilares da Terra (The pillars of the Earth)


Ano:
2010
Comentário:
Os Pilares da Terra é uma minissérie de TV em oito partes,
de 2010, adaptada do romance do mesmo nome de Ken Follett. O filme
trata de Tom, um pobre pedreiro/mestre-de-obras vivendo na Inglaterra
do século XII com sua família. Tom tinha um grande sonho: construir
uma enorme catedral. Essa catedral  deveria ter uma beleza sublime e
ser digna de tocar os céus. A aventura se desdobra na busca desse
sonho, em que Tom, com suas habilidades, consegue convencer um
monge a construir a sua sonhada catedral. Enquanto a história se passa
por várias décadas, vemos todos os desdobramentos que essa
construção impacta na vida das pessoas à sua volta, a ambição de
outros membros do clero que não querem permitir que seja construída
em uma pequena vila tal catedral e os acontecimentos políticos que se
passam nessa época sombria, entre outras coisas. Uma estória cheia de
suspense, corrupção, ambição e até romance. O fato de o personagem
principal se tratar de um “quase engenheiro” e de sua busca para
aprender novas técnicas construtivas nos faz lembrar da importância de
um projeto técnico antes da execução de qualquer obra.

TRAILER

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conclusão
Conclusão
Nesta unidade, vimos os princípios e as diretrizes normativas para a execução de desenhos técnicos,
incluindo as principais ferramentas e técnicas necessárias para alcançar a qualidade na elaboração
desses desenhos. Destacou-se a importância das normas técnicas para a execução de desenhos
técnicos, bem como a relevância da padronização para a leitura e interpretação dos desenhos.

Foram apresentados, ainda, os tamanhos de papéis utilizados na elaboração de desenhos técnicos,


como devem ser feitos os carimbos e margens dos desenhos e, também, a importância do emprego
adequado de escalas para a qualidade da representação gráfica dos desenhos.

Por fim, foram apresentados os procedimentos para a cotagem que finaliza o desenho e permite a
confecção/produção da peça projetada segundo as especificações de medidas.

referências
Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
NBR 08403
: Aplicação de linhas em desenhos –
Tipos de linhas – Larguras das linhas. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 10068
: Folha de desenho – Leiaute e
dimensões. Rio de Janeiro, 1987a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 10126
: Cotagem em desenho técnico. Rio de
Janeiro, 1987b.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 6492
: Representação de projetos de
arquitetura. Rio de Janeiro, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.


NBR 13142
: Desenho técnico – Dobramento de
Cópia. Rio de Janeiro, 1999.

PACHECO, B.
Desenho técnico
. Curitiba: InterSaberes, 2017.

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PIRES, W. História do desenho técnico.


UFRGS
. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/destec/diversos/historia-do-desenho-tecnico-2/
. Acesso em: 13 dez. 2019.

SEBASTIÃO, C. R.
Leitura e interpretação de desenho técnico
. Vitória: Senai, 1996.

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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18289 35/38
17/11/2022 10:00 Ead.br

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