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AMBIENTAÇÃO E DECORAÇÃO EM CAD 3D

UNIDADE 4
NOME DA UNIDADE: MODA E TENDÊNCIAS DA AMBIENTAÇÃO E
DECORAÇÃO
JOSEANNE DE LIMA SALES

Editora Telesapiens
Unidade 4

AUTORIA
JOSEANNE DE LIMA SALES

Olá. Possuo graduação em Desenho Industrial pela Universidade Federal de


Campina Grande (2004). Tem experiência na área de Design, com ênfase
em metodologia e Design Gráfico e Interiores Mestre e doutora em
Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Campina Grande
(2016) Realizando pesquisas na área de Civil (cerâmica), reaproveitamento
de materiais e design social Fazendo parte do NDE Design de Interiores
(2020 até o presente ano) Conteudista de diversas instituições do Brasil
Professora dos cursos de Design de Moda, Interiores e Gráfico ministrando
as disciplinas de: Metodologia do Design, Design Sustentável Desenho
Assistido por computador - AutoCad Design de Interiores Patologias Prediais
Projeto Comercial Gestão de Projetos e Obras Nos cursos de engenharia:
Desenho aplicado à Engenharia (Todas Engenharias) Desenho Aplicado à
Engenharia Civil, Reciclagem Desenho Técnico Mecânico Professora
substituta no Departamento de Engenharia da Produção, área de Expressão
Gráfica - UFCG Ministrando as disciplinas de: Desenho Aplicado à
Engenharia - Expressão Gráfica Desenho Técnico Desenho Assistido por
Computador AutoCad - Engenharia Elétrica. Estou muito feliz em poder
ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!

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ICONOGRAFIA
Estes iconográficos irão aparecer toda vez que:

[[Objetivo]]: uma nova unidade letiva estiver sendo iniciada,


indicando que competências serão desenvolvidas
ao seu término;
[[Introdução]]: for iniciado o desenvolvimento de uma nova
unidade letiva, logo após a descrição do objetivo;
[[Definição]]: houver necessidade de se apresentar um novo
conceito;
[[Importante]]: as observações escritas tiverem que ser
priorizadas;
[[Fórmula]]: uma fórmula ou equação for apresentada, mas
você poderá utilizar o recurso “Equação” do
processador de textos;
[[Você Sabia?]]: curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema
em estudo forem necessárias;
[[Saiba Mais]]: um texto, referências bibliográficas e links para
fontes de aprofundamento se fizerem necessários;
[[Reflita]]: houver necessidade de se chamar a atenção sobre
algo a ser refletido ou discutido sobre;
[[Acesse]]: for preciso acessar um ou mais sites para fazer
download, assistir a um vídeo, ler um texto, ouvir
um podcast etc;
[[Resumindo]]: for preciso se fazer um resumo acumulativo das
últimas abordagens.
[[Exemplo]]: um exemplo for descrito.

[[Exercício de fixação]]: um exercício de fixação do conteúdo.

Assim vai ficar mais fácil nos comunicarmos com você. Basta olhar para um
desses ícones e você saberá exatamente o que virá logo em seguida.

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Introdução

[[Introdução]]: Você sabia que a área de Ambientação e decoração em


CAD é uma das áreas que mais crescem na arquitetura e engenharia
durante o passar dos anos? Isso mesmo. A área de ambientação e
decoração é extremamente essencial para que o projeto atenda as
necessidades do ambiente proposto, alinhando os aspectos funcionais e os
aspectos estéticos. Por isso, que é importante saber sobre a história da
marcenaria bem como sua aplicação, como também a aplicação dos
métodos e técnicas da introdução de cores e texturas em um projeto
arquitetônico. Compreender, analisar e verificar a aplicação dos itens de
decoração no projeto 3D, para que resulte em um projeto arquitetônico
harmonioso. Aprender a identificar os tempos e movimentos da moda e
suas tendências no que se refere à ambientação e decoração.

Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste


universo!

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Competências
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar você no
desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término
desta etapa de estudos:

1. Entender a história da marcenaria bem como sua aplicação;

2. Aplicar os métodos e técnicas da introdução de cores e texturas em


um projeto arquitetônico;

3. Compreender, analisar e verificar a aplicação dos itens de decoração


no projeto 3D, para que resulte em um projeto arquitetônico
harmonioso;

4. Identificar os tempos e movimentos da moda e suas tendências no


que se refere à ambientação e decoração.

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Unidade 4

SUMÁRIO
ICONOGRAFIA................................................................................................3

INTRODUÇÃO................................................................................................4

COMPETÊNCIAS.............................................................................................5

1. APLICAÇÃO E HISTÓRIA DA MARCENARIA.................................................7


1.1 História da marcenaria....................................................................7
1.2 Aplicação da marcenaria nos projetos..............................................10

2. CORES E TEXTURAS EM PROJETOS ARQUITETÔNICOS..............................17


2.1 Cores e texturas e sua importância em projetos arquitetônicos...........17
2.2 Cores em projetos arquitetônicos....................................................18
2.3 Texturas em projetos arquitetônicos................................................22

3. ITENS DE DECORAÇÃO NO PROJETO 3D..................................................27


3.1 Itens de decoração........................................................................27

4. O ESTADO DA ARTE E AS TENDÊNCIAS DA AMBIENTAÇÃO E DECORAÇÃO...38


4.1 Tempos e movimento da moda na ambientação e decoração..............38
4.2 Tendências na ambientação e decoração..........................................44

REFERÊNCIAS..............................................................................................48

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1. APLICAÇÃO E HISTÓRIA DA MARCENARIA


[[Objetivo]]: Ao término deste capítulo você será capaz de entender a
história da marcenaria bem como sua aplicação. Isto será fundamental para
o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram fazer projeto sem a
devida instrução tiveram problemas ao implementar. E então? Motivado
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

1.1 História da marcenaria


É fato que a madeira está presente em todos os nossos momentos, seja em
tempos ou formas diferentes. Encontramos em ambientes residenciais,
comerciais ou corporativos.

Figura 01: Marcenaria

Fonte: Freepik.

Nos tempos antigos, o homem cuidava do seu abrigo contra intempéries,


inimigos. Depois de um tempo, passou a cuidar do interior da sua casa, do
seu conforto e da sua família, utilizando a madeira para fazer objetos para
utilizar dentro de suas casas.

Figura 02: Marcenaria

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Fonte: Pixabay.

A atividade da carpintaria existe desde o Egito, 2500 anos A.C. As


ferramentas de trabalho, objetos de decoração, caixões dos faraós eram
feitos de madeira produzidos por carpinteiros.

Com o passar dos anos, a profissão da carpintaria foi agregando mais valor,
foi quando na França nos anos de 1371 D.C., veio a necessidade de se
aprofundar e especializar nessa profissão, dando origem a marcenaria.
Perceberam que essa profissão da carpintaria estava relacionada com o
trabalho rústico da madeira, e diferente da marcenaria que era um trabalho
que requeria mais delicadeza, sendo mais artesanal. Posteriormente, no
século XV, a marcenaria foi desenvolvendo e expandindo pela Europa e ao
redor do mundo, tornando essa nova profissão se tornasse mais concreta.

Figura 03: Madeira

Fonte: Pixabay.

A marcenaria no Brasil, teve seu início com a chegada dos portugueses,


com a exploração no país foram civilizando e fazendo sua morada em novos
territórios. Com isso, Silva (2016) afirma que

No Brasil, era visível naquele tempo a abundância de matéria


prima que essa profissão se baseava, então estes

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marceneiros formaram escolas de marcenaria para ampliar


ainda mais a quantidade de profissionais da época, devido à
grande demanda de serviço dos portugueses (Silva, 2016, p.
15).

O autor afirma que as escolas de marcenaria tinham ligações com igrejas e


conventos, e faziam seus trabalhos para casas coloniais, como também
para escolas, hospitais, entre outros.

Com a evolução da marcenaria até os dias atuais, a exploração nesse meio


em relação ao setor imobiliário, é escasso. Devido as altas taxas e custos
para a produção, as microempresas são sugadas por esses custos, fazendo
com que elas não façam inovações em suas produções. Consequentemente,
não possuem competitividade em relação as grandes empresas que
possuem seu capital alto, vendendo seus produtos por um preço mais
baixo. Silva (2016) afirma que

enxergou-se que existe espaço para um mercado de trabalho


que depende de baixo custo de investimento inicial, e que
supri a demanda de serviço local sem risco de ser atingido
pela competitividade das grandes indústrias moveleiras, são
as marcenarias artesanais de pequeno porte. Muitas delas
adaptadas, mas se bem planejadas terão capacidade de
crescer e atrair boas oportunidades de negócio. Nelas são
realizados trabalhos como produção e restauração de
encomendas, reparos em geral, artefatos para decoração,
produção de brinquedos e outros. (Silva, 2016, p. 16)

Com isso, as microempresas foram crescendo no mercado de trabalho e se


estabilizando a partir dos financiamentos públicos. Essa estabilidade se dá
também pela organização da sua empresa, treinamentos, entre outros.

Figura 04: Microempresas

Fonte: Freepik.

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O marceneiro utiliza a madeira como matéria-prima para a produção de


móveis, objetos com medidas pequenas como itens de decoração. Seu
trabalho é um pouco mais delicado do que de um carpinteiro e mais
artístico, possuindo sua formação técnica nessa área. Ele utiliza também
sua criatividade para compor ambientes, com sua boa percepção em formas
e medidas.

Em relação a marcenaria, Silva (2016) afirma que

O trabalho realizado em uma marcenaria, é o de transformar


madeira em móveis ou outros produtos, como também
objetos para decoração de ambientes e utilidades. Sabemos
também, que o serviço de um marceneiro requer qualificação
no manejo da madeira, paciência e criatividade para que os
projetos a serem materializados sejam executados com
maestria e atenda ao que foi planejado. (Silva, 2016, p. 20)

O autor afirma que o marceneiro utilizando sua criatividade e sua


habilidade, na realização dos materiais deve tomar cuidado na execução,
porque qualquer erro pode estragar toda a peça, e também podem colocar
a sua saúde em perigo.

Figura 05: Marcenaria

Fonte: Freepik.

1.2 Aplicação da marcenaria nos projetos


O uso da marcenaria é implementado em projeto de interiores, agregando
valor ao ambiente, deixando-o mais rústico ou mais leve, dependendo da
escolha, e trazendo uma sensação de conforto. A marcenaria pode ser
aplicada em tetos, paredes, pisos, elementos de decoração, móveis, entre
outros. É utilizada em ambientes internos, como salas, cozinhas, quartos,

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banheiros, corredores, hall de entradas, áreas de serviço, decks de piscinas,


entre outros.

Figura 06: Salas

Fonte: Freepik.
Marcenaria na cozinha.

Figura 07: Cozinha

Fonte: Freepik.
Marcenaria em quartos.

Figura 08: Quartos

Fonte: Freepik.
Marcenaria em decks de piscina.

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Figura 09: Decks de piscina

Fonte: Freepik.
A marcenaria também pode ser utilizada em ambientes comerciais ou
corporativos, por exemplo, em salas ou recepções.

Figura 10: Recepção

Fonte: Freepik.

A marcenaria pode ser feita em pequenas dimensões como elementos de


decoração, por exemplo, mesas, cadeiras, móveis que são projetados com
as medidas certas.

Figura 11: Elemento de decoração

Fonte: Freepik.

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Arquitetos projetistas ou marceneiros com a especialização formada fazem


o projetos de marcenaria, a partir das medidas para que seja funcional e
possuam a estética para o ambiente.

Figura 12: Arquiteto

Fonte: Freepik.

Os MDF que são painéis de fibra média, de acordo com Torquato (2008, p.
06) conceitua como “são formados a partir de fibras de madeira,
caracterizados pela sua estrutura altamente homogênea e isotrópica, devido
ao seu processo de produção”.

O mdf possui uma variedade de cores e texturas, podendo aplicar em vários


estilos de projetos, seja mais moderno, ou mais clássico, ou mais autêntico.
Como por exemplo, o mdf branco, no estilo mais moderno.

Figura 13: Cozinha

Fonte: Freepik.

Ou com o mdf branco, no estilo mais clássico, no qual, requer mais


trabalho.

Figura 14: Cozinha

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Fonte: Freepik.

Pode ser utilizado um mdf com a madeira mais escura.

Figura 15: MDF

Fonte: Freepik.

Ou no mdf com a madeira mais clara.

Figura 16: MDF

Fonte: Freepik.

Ou pode ser aplicado cor na madeira, deixando o projeto mais autêntico e


criativo.

Figura 17: MDF

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Fonte: Freepik.

Como também pode-se fazer uma mistura de mdf diferentes no mesmo


ambiente.

Figura 18: MDF

Fonte: Freepik.

Hoje, com a tecnologia é possível fazer o mdf imitar um revestimento, como


um mármore.

Figura 19: MDF

Fonte: Freepik.

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RESUMINDO

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,


só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que a madeira está presente em todos os nossos momentos, seja em
tempos diferentes, ou formas diferentes. O marceneiro utiliza a madeira
como matéria-prima para a produção de móveis, objetos com medidas
pequenas como itens de decoração. Seu trabalho é um pouco mais delicado
do que de um carpinteiro e mais artístico, possuindo sua formação técnica
nessa área. Ele utiliza também sua criatividade para compor ambientes,
com sua boa percepção em formas e medidas. O uso da marcenaria é
implementado em projeto de interiores, agregando valor ao ambiente,
deixando o mais rústico ou mais leve, dependendo da escolha, e trazendo
uma sensação de conforto. A marcenaria pode ser aplicada em tetos,
paredes, pisos, elementos de decoração, móveis, entre outros. É utilizada
em ambientes interiores, como salas, cozinhas, quartos, banheiros,
corredor, hall de entradas, áreas de serviços, decks de piscina, entre
outros.

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2. CORES E TEXTURAS EM PROJETOS


ARQUITETÔNICOS
[[Objetivo]]: Ao término deste capítulo você será capaz aplicar os
métodos e técnicas da introdução de cores e texturas em um projeto
arquitetônico. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As
pessoas que tentaram realizar projetos sem a devida instrução tiveram
problemas ao implementar. E então? Motivado para desenvolver esta
competência? Então vamos lá. Avante!

2.1 Cores e texturas e sua importância em projetos


arquitetônicos

É fato que as cores influenciam no humor das pessoas, podendo causar


sentimentos e emoções. No caso em projeto de interiores, é totalmente
influenciado.

O uso correto das cores e texturas em projeto de interiores, é de


fundamental importância para a qualidade de vida do habitante. É
necessário que se tenha harmonia entre os ambientes, pois cada ambiente
possui a sua finalidade, com aplicação de textura, elementos de design e
decoração, iluminação seja natural ou artificial (indireta ou direta). Um
conjunto de fatores que determinam o projeto final de um ambiente. Esses
fatores causam uma experiência a cada ser humano, pois causam em cada
um sentimentos e emoções.

Figura 20: Cores

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Fonte: Freepik.

Com a análise do ambiente que será proposto para o projeto, o arquiteto irá
escolher as cores para cada ambiente, determinando também suas
texturas, seus elementos de design e decoração, iluminação, entre outros,
para que seja feita a escolha correta.

Figura 21: Cores

Fonte: Freepik.

De acordo com Grejo (2011) afirma que

De maneira geral, a percepção humana tende a valorizar e


utilizar mais o sentido da visão, porém é de extrema
importância que os demais sentidos sejam também
explorados. Por não ter o sentido da visão o deficiente visual
desenvolve mais os outros sentidos, aguçando-os, o que lhe
permite vivenciar experiências únicas de diferentes
sensações. (Grejo, 2011, p. 6)

Com isso, o autor afirma que a arquitetura deve ser mais experimentada
por fatores cognitivos, do que ser apenas “vista”.

2.2 Cores em projetos arquitetônicos


Para realizar um projeto envolvendo cores, é necessário que conheça a
função que cada cor tem, pois ela influencia nos sentimentos e emoções
seja na forma positiva ou negativa. Gurgel (2002) afirma que

As cores estimulam nossos sentidos e podem encorajar o


relaxamento, o trabalho, o divertimento ou o movimento.
Podem nos fazer sentir mais calor ou frio, alegria ou tristeza,
ou ainda estimular nosso apetite. (Gurgel, 2002, p. 250)

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Com isso, é imprescindível que o arquiteto saiba que cada cor tem a sua
reação, provocando impacto psicológico sobre o ser humano. Por isso, o
arquiteto possui uma variedade de cores disponíveis no mercado para que
possa escolher de maneira correta para cada ambiente escolhido, podendo
envolver sentidos, provocando de maneira física, emocional ou intelectual a
cada pessoa.

Figura 22: Cores

Fonte: Freepik.

A cor branca é bastante utilizada em projeto de interiores, por deixar um


ambiente que traz leveza, conforto. Essa cor é ligada a paz, calmaria,
pureza, frio e à limpeza.

Figura 23: Branco

Fonte: Freepik.

A cor preta, utilizada em projetos mais ousados, ela traz elegância, poder,
sofisticação, formalidade, mistério. Deve ser colocado em espaços muito
bem colocados para que não haja conflitos com outras cores.

Figura 24: Preto

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Fonte: Freepik.

A cor verde, Rambauske (s.d, p. 32) afirma que “É a cor do vegetal, da


árvore, da natureza. Está relacionado com o equilíbrio emocional. É a cor da
primavera, da renovação da vida, portanto, da esperança, que acalma as
angústias”.

Figura 25: Verde

Fonte: Freepik.
A cor amarela, Rambauske (s.d, p. 32) afirma que “É a mais feliz de todas
as cores. São poucos os aspectos negativos do amarelo. É uma cor alegre,
mas não é muito popular. É a mais luminosa das cores”.

Figura 26: Amarelo

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Fonte: Freepik.
Ela não é muito utilizada em paredes, mas é muito utilizada em elementos
de decoração, ou na iluminação.

Figura 27: Amarelo

Fonte: Freepik.
A cor azul, Rambauske (s.d) afirma que
“Símbolo do espaço aéreo, da imensidade do céu, o azul,
aumenta visualmente os espaços. O seu significado
emocional desdobra-se espontaneamente entre a luz e a
escuridão. É a cor do sonho, da ingenuidade, da inocência”
(Raumbaske, s.d, p. 33)

Figura 28: Azul

Fonte: Freepik.
A cor vermelha, ela traz sensação de movimento, vida, entuasiamo,
liderança, amor, energia. Rambauske (s.d) afirma que

Cor do fogo, quente por excelência. Cor do sangue, o


vermelho sempre exprimiu o destino do homem; é o símbolo
da vida, da sexualidade, do movimento, da criação; está
relacionado com o coração, a carne e a emoção.
(Rambauske, s.d, p. 29)

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Figura 29: Vermelho

Fonte: Freepik.
A cor laranja é muito utilizada em elementos de decoração. Representa
equilíbrio, aconchego, generosidade, entusiasmo.

Figura 30: Laranja

Fonte: Freepik.

2.3 Texturas em projetos arquitetônicos


Hoje em dia, possui uma variedade de texturas para poder fazer a
composição de um ambiente. É necessário que se pense na textura
incluindo também as cores, pois elas estão interligadas, fazendo a
composição do projeto escolhido.

Gubert (2011) afirma que


A textura pode ser entendida como a qualidade das
superfícies dos materiais utilizados no projeto. O tipo de
textura utilizada deve atender às necessidades das atividades
que serão desenvolvidas nos ambientes, levando em conta os
aspectos estéticos (o estilo ou o tema) e funcionais, como
segurança, conforto, higienização, etc. (Gubert, 2011, p. 51)

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Com isso, é necessário que o arquiteto saiba trabalhar com as texturas,


sabendo dos efeitos das sombras que são projetadas e também dos reflexos
dos materiais como: tecidos, metais, pedras, madeiras, vidros, rebocos e o
gesso pintado, entre outros. Grimley, Love (2016)

Como todos esses efeitos se relacionam com a maneira


distinta pela qual cada superfície capta a luz, a integração da
textura no conceito de design exige, além disso, a síntese
entre a seleção de materiais e o projeto de luminotécnica.
(Grimley, Love, 2016, p. 190)

Figura 31: Texturas

Fonte: Freepik.

Grimley, Love (2016) afirma que


Há dois tipos básicos de texturas: visuais e táteis. Alguns
exemplos de materiais com textura visual são a madeira e a
pedra, pois ela é definida principalmente pela grã e pelas
fibras naturais de cada material. (Grimley, Love, 2016, p.
190)

A textura visuais é percebida pelos olhos. Com isso, podemos citar a


madeira.

Figura 32: Madeira

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Fonte: Freepik.

Podemos citar, a textura visual como as pedras.

Figura 33: Pedra

Fonte: Freepik.

Grimley, Love (2016) afirmam que,

As texturas táteis, por outro lado, incluem os tecidos,


carpetes e tapetes feitos a mão ou a máquina. Essas texturas
são empregadas de modo mais efetivo quando são
posicionadas adjacentes a uma textura contrastante. Uma
textura áspera junto a uma textura lisa, um material opaco
ao lado de um translúcido ou uma superfície fosca com uma
refletiva são, todas, estratégias que os designers devem
empregar ao pensar nos acabamentos. (Grimley, Love, 2016,
p. 190)

A textura visual pode ser sentida através do tato, como podemos citar, o
material couro, muito utilizado em elementos de decoração.

Figura 34: Couro

Fonte: Freepik.

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Outro exemplo, podemos citar os tecidos, como lã, algodão, linho, entre
outros.

Figura 35: Tecidos

Fonte: Freepik.

Outro exemplo, seria o veludo.

Figura 36: Veludo

Fonte: Freepik.

Outro exemplo, podemos citar os tapetes, diferentes texturas utilizadas em


almofadas, como também em cortinas.

Figura 37: Tapetes

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Fonte: Freepik.

RESUMINDO

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,


só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que o uso correto das cores e texturas em projeto de interiores, é
fundamental para a qualidade de vida do habitante. É necessário que se
tenha harmonia entre os ambientes, pois cada ambiente possui a sua
finalidade, com textura, elementos de design e decoração, iluminação seja
ela natural ou artificial (indireta ou direta). Um conjunto de fatores que
determinam o projeto final de um ambiente. Esses fatores causam uma
experiência a cada ser humano, pois causam em cada um sentimentos e
emoções. Para realizar um projeto envolvendo cores, é necessário que
conheça a função que cada cor tem, pois ela influencia nos sentimentos e
emoções seja na forma positiva ou negativa. Com isso, é necessário que o
arquiteto saiba trabalhar com as texturas, sabendo dos efeitos das sombras
que são projetadas e também dos reflexos dos materiais como: tecidos,
metais, pedras, madeiras, vidros, rebocos e o gesso pintado, entre outros.

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3. ITENS DE DECORAÇÃO NO PROJETO 3D


[[Objetivo]]: Ao término deste capítulo você será capaz de compreender,
analisar e verificar a aplicação dos itens de decoração no projeto 3D, para
que resulte em um projeto arquitetônico harmonioso. Isto será fundamental
para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram realizar projetos
sem a devida instrução tiveram problemas ao implementar. E então?
Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

3.1 Itens de decoração


Para fazer a composição de um ambiente no projeto de interiores é
imprescindível a presença dos itens de decoração. Com eles, é possível
mudar completamente um ambiente, dando vida e volume a ele. Com isso,
Gubert (2011) afirma que

o Design de Interiores é, aqui, considerado uma profissão em


que soluções criativas e técnicas são aplicadas ao ambiente
interior já construído. Estas soluções são funcionais e
estéticas, e têm o propósito de melhorar a qualidade de vida
considerando o perfil psico-social dos ocupantes. Os projetos
são desenvolvidos de acordo com reconhecimento do espaço
físico, a área em seu entorno e o contexto social, adequando-
se aos requisitos dos códigos locais de regulamentação.
(Gubert, 2011, p. 29)

Deve ser levado em consideração fatores importantes como:


sustentabilidade, ergonomia e acessibilidade, mesmo com suas limitações, o
ambiente deve ter fácil acesso, ser seguro e principalmente apresentar
conforto. E são os itens de decoração que fazem ter esse resultado.

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Unidade 4

Figura 38: Itens de decoração

Fonte: Freepik.
Com isso, Gomes (2006) conceitua o design de ambientes como
Especialidade ou área de atuação que envolve a concepção
de configurações ambientais em geral: planejamento,
organização, decoração e especificação de produtos
(mobiliário, equipamentos, obras de arte, e objetos em
geral...) faz parte mais de um design de composição e layout
espacial na abrangência de espaços internos privados e
públicos, tais como: residenciais, comerciais, industriais,
espaços culturais, de lazer e esportivos; e veículos como
automóveis, aviões, navios e outros (Gomes, 2006, p. 30).

Ele é quem vai especificar os móveis ou elementos e sua localização em


cada ambiente. Os itens de decoração possuem uma grande variedade e
podem mudar completamente um ambiente, agregando valor e fazendo
também a estética do ambiente. Broker, Stone (2007) conceitua a
decoração de interiores como

a arte de decorar os espaços interiores ou salas para conferir


um caráter especial que se encaixa bem com a arquitetura
existente. Decoração de interiores está preocupada com
questões tais como superfícies padrão, ornamentação,
mobiliário, decoração de interiores, iluminação e materiais.
Geralmente lida apenas com pequenas alterações estruturais
do edifício existente. (Brooker, Stone, 2007, p.18)

O autor cita exemplos como o design de casas, como ambientes comerciais,


como hotéis e restaurantes.

Figura 39: Composição de um ambiente

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Fonte: Freepik.

Os itens de decoração de uma sala, por exemplo, são os mobiliários. Eles


que trazem essa sensação de conforto, como por exemplo, o sofá. Ele deve
ser especificado tanto na sua textura, seja couro, tecido, veludo, como
também na sua cor, dimensão e forma para fazer a composição do
ambiente.

Figura 40: Sofá

Fonte: Freepik.
Nesse mesmo ambiente, para colocar vida ao ambiente, como também
volume, faz a composição com as almofadas, com suas cores e texturas.

Figura 41: Almofadas

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Unidade 4

Fonte: Freepik.
No ambiente da sala, para fazer a composição com sofás e almofadas, são
colocadas as poltronas, seja no estilo mais moderno, clássico, com suas
cores e texturas, na escolha da composição que o design de ambientes irá
especificar.

Figura 42: Poltronas

Fonte: Freepik.
Outro item de decoração, que fará a composição de uma sala, será o centro
de mesa.

Figura 43: Centro de mesa

Fonte: Freepik.
Os tapetes dão a sensação de conforto e aconchego, fazendo a composição
juntamente com o sofá, poltronas, almofadas e centro de mesa. Pode ser
utilizado em quartos também.

Figura 44: Tapete

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Fonte: Freepik.
Outro item de decoração, seja em ambientes como salas e quartos,
principalmente, são as cortinas, com suas cores e texturas, trazem
aconchego e conforto ao ambiente.

Figura 45: Cortinas

Fonte: Freepik.
Outros elementos que podem fazer a composição do ambiente, são as
madeiras e os revestimentos. Trazem modernidade e leveza ao ambiente do
que uma simples pintura.

Figura 46: Itens de decoração

Fonte: Freepik.

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Unidade 4

Outro item de decoração, é a luminária, seja ela de chão, ou fazendo a


composição nos quartos localizadas ao lado da cama. Em seu estilo, seja
mais moderno, mais clássica.

Figura 47: Luminária

Fonte: Freepik.

Outro elemento de decoração, que podemos fazer a composição, são os


vasos, colocando plantas dão vida e aconchego ao ambiente.

Figura 48: Vasos

Fonte: Freepik.
Outro elemento de decoração, seja em prateleiras, estantes, nichos, são os
itens de decoração, como livros, adornos, miniaturas, quadros pequenos,
estátuas, entre outros.

Figura 49: Itens de decoração

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Fonte: Freepik.
Outro ambiente, que podemos citar utilizando itens de decoração que
podem trazer aconchego, conforto, é o quarto. A cama é a principal delas,
deve ser escolhida dependendo do tamanho do quarto.

Figura 50: Quarto

Fonte: Freepik.

Deve ser escolhido pelo arquiteto, a gosto do cliente também, o estilo do


painel de cabeceira, podendo ser no estilo mais moderno ou mais clássico.
Outros elementos de decoração que podemos citar são os recamier,
pendentes ou abajur ao lado da cama, como também as mesas de
cabeceiras.

Figura 51: Painel de cabeceira

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Unidade 4

Fonte: Freepik.

Na figura a seguir, o painel de cabeceira no estilo mais clássico.

Figura 52: Painel de cabeceira

Fonte: Freepik.
Outro item de decoração que pode ser utilizado tanto em quartos, salas,
corredores, hall de entrada, fazendo a composição do ambientes, são os
quadros. Seja ele mais moderno, ou clássico, vai depender do estilo do
ambiente que o arquiteto irá especificar.

Figura 53: Quadro

Fonte: Freepik.

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Outro elemento de decoração no quarto, que podem mudar a composição,


são os boiseries, podem ser utilizados tanto em quartos, salas, corredores,
hall de entrada. Trazem volume ao ambiente, seja em estilo mais clássico
sendo mais trabalhado, ou no estilo mais simples causando somente efeito
de volume nas paredes.

Figura 54: Boiseries

Fonte: Freepik.
Outro elemento de decoração utilizado no quarto, como também em outros
ambientes, salas, lavabos, corredores, hall de entradas, são os papéis de
parede, podendo dar vida ao ambiente do que uma simples pintura. Existe
uma variedade de papéis de parede, que imitam revestimento, flores,
folhas, desenhos. Dependerá do que o arquiteto irá especificar para o
ambiente.

Figura 55: Papel de parede

Fonte: Freepik.

Outro ambiente que podemos citar que são utilizados itens de decoração, é
o da cozinha, por mais que sejam utilizados principalmente, a pia com a
bancada, geladeira, fogão, coifa. Deve ser introduzidos elementos que

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Unidade 4

podem fazer a composição do ambiente, como mesas de apoio, armários


seja no estilo mais clássico ou mais moderno.

Figura 56: Armário

Fonte: Freepik.

Outros itens de decoração, que podem dar vida ao ambiente das cozinhas,
podemos citar os adornos, vasos, utensílios de cozinha a mostra, como
também, alimentos expostos nos potes na bancada.

Figura 58: Cozinha

Fonte: Freepik.

No ambiente da sala de jantar, seja integrada ou não a outros ambientes,


utilizam itens de decoração como mesa, cadeiras, vasos, armários de apoio,
pendentes de luminárias, adornos.

Figura 59: Sala de jantar

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Fonte: Freepik.

RESUMINDO

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,


só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que para fazer a composição de um ambiente no projeto de interiores, é
imprescindível os itens de decoração. Com eles, é possível mudar
completamente um ambiente, dando vida e volume a ele. Deve ser levado
em consideração fatores importantes como: sustentabilidade, ergonomia, e
acessibilidade, mesmo com suas limitações, o ambiente deve ter fácil
acesso, segurança e principalmente conforto. E são esses itens de
decoração que fazem esse resultado. O designer de interiores é quem vai
especificar os móveis ou elementos e sua localização em cada ambiente. Os
itens de decoração possui uma grande variedade e podem mudar
completamente um ambiente, agregando valor e fazendo também a
estética. Aprendeu que os itens de decoração de uma sala, por exemplo,
são os mobiliários. Eles que trazem essa sensação de conforto, como por
exemplo, o sofá. Ele deve ser especificado tanto na sua textura, seja couro,
tecido, veludo, como também na sua cor para fazer a composição do
ambiente.

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Unidade 4

4. O ESTADO DA ARTE E AS TENDÊNCIAS DA


AMBIENTAÇÃO E DECORAÇÃO
[[Objetivo]]: Ao término deste capítulo você será capaz de identificar os
tempos e movimentos da moda e suas tendências no que se refere à
ambientação e decoração. Isto será fundamental para o exercício de sua
profissão. As pessoas que tentaram realizar os projetos sem a devida
instrução tiveram problemas ao implementar. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

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4.1 Tempos e movimento da moda na ambientação e


decoração

Não é possível dizer quando realmente começou a história do design de


interiores. O design é tão antigo quanto a arquitetura, no qual já era notado
uma preocupação em relação a organização dos espaços internos. Desde os
tempos mais antigos até os dias de hoje, os assuntos como design de
interiores, móveis e itens de decoração já eram percebidos ao redor de todo
o mundo.

Figura 60: Design de interiores

Fonte: Freepik.

Quem fez nascer o design de interiores foram os antigos egípcios. Eles


decoravam suas simples casas com itens de decoração também simples, no
qual utilizavam pele de animais para fazer o reforço de mesas e cadeiras,
por exemplo. Na época, eles já faziam o uso de desenhos, esculturas e
também utilizavam de vasos para fazer a decoração do espaço.

Figura 61: Desenhos

Fonte: Freepik.

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Unidade 4

Com seu estilo mais rústico, diferente dos ricos egípcios que ostentavam no
seu design de interiores com ouro, demonstrando poder e riqueza.

Tempos depois, os gregos aprimoraram cada vez mais a decoração de


interiores do egípcios. Seus móveis começaram a ter mais detalhes, como
também alguns metais incluídos como a prata e o marfim.

Figura 62: Grécia

Fonte: Freepik.

Depois disso, vieram os romanos, desenvolvendo o design de interiores.


Eles que começaram com a preocupação do conforto nos ambientes. Com
isso, começaram a combinar a estética com o conforto dos ambientes. A
partir daí, o design de interiores começou a ser um fator que não poderia
faltar, pois estava ligado a riqueza e status social.

Com isso, Albuquerque (2018) afirma que

Pode-se dizer que o mobiliário romano foi inovador, pois o


móvel começa a ser percebido não apenas como um
utilitário, mas como adereço ornamental. Eram feitos de
pedra, madeira ou bronze. Após esse período de esplendor e
riqueza ornamental, houve um movimento brusco com a
austeridade provocada por guerras constantes na Europa
Medieval e a ascensão da Igreja. A "Idade das Trevas" foi um
tempo de retaliação e estagnação da expressão, e isso se
refletiu diretamente no mundo das Artes, da Música, das
Letras, da Arquitetura e, consequentemente, do Design de
Interiores. As casas, outrora tão ricamente ornamentadas,
agora traziam painéis de madeira sombrios, mobília mínima e
nada mais que pudesse ostentar algum tipo de capricho ou
requinte. (Albuquerque, 2018, p. 07)

Figura 63: Tapeçaria

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Fonte: Freepik.
No século XII, as cores e a ornamentação das casas voltaram a ser
aplicadas na Europa, com a introdução do estilo Gótico. Albuquerque (2018,
p. 08) afirma que “Esse estilo foi criativo e inovador, ao trazer o uso da
captação da luz natural por feixes, “rasgos” na alvenaria, abóbadas
vitrificadas e pátios abertos.”

Figura 64: Estilo Gótico

Fonte: Freepik.

Na sequência, deu-se origem ao renascimento, que era focado no design de


interiores. Albuquerque (2018) afirma que

Houve uma otimização e notáveis avanços nessa área, em


que arquitetos criaram espaços com elaborados elementos
decorativos. Pisos e painéis em mármore, recortes,
paginação complexas de piso, nichos de madeira embutidos,
pinturas perspectivadas e móveis sofisticados confeccionados
dos melhores materiais podiam ser encontrados nos palácios
reais, vilas e capelas da Europa. (Albuquerque, 2018, p. 08)

Figura 65: Renascimento

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Unidade 4

Fonte: Freepik.
Em seguida do renascimento, surge o Barroco, Albuquerque (2018, p. 08)
afirma que “se tornou popular em toda a Europa. O Barroco utilizou-se
generosamente do mármore colorido, vitrais, tetos e cúpulas pintados e
colunas retorcidas”.

Figura 66: Barroco

Fonte: Freepik.

Albuquerque (2018) afirma que


No século 18 houve o favorecimento do estilo Rococó,
demonstrando particular apreço para as porcelanas asiáticas,
desenhos florais, móveis confeccionados em materiais
elegantes, como madrepérola e casca de tartaruga.
(Albuquerque, 2018, p. 08)

Figura 67: Porcelanas

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Fonte: Freepik.
Albuquerque (2018) afirma que
Até o final do século 18, o estilo Neoclássico predominava, ou
seja, um desdobramento do desenho clássico da antiga
Roma, fazendo uso generoso do bronze, seda, veludo e
cetim. Assim, o Design de Interiores volta a ganhar toda a
monumentalidade e riqueza ornamental como nos períodos
iniciais de sua história. (Albuquerque, 2018, p. 08)

Figura 68: Neoclássico

Fonte: Freepik.

O estilo neoclássico perdurou até o final dos 1800, logo depois veio o estilo
Vitoriano, seu estilo com mais liberdade e ecletismo vieram da Europa e
América. Albuquerque (2018) afirma que

O estilo vitoriano influenciou diretamente os objetos, móveis,


roupas, tecidos, grafismo, artes, arquitetura, paisagismo e
design de interiores. Sua influência chegou a muitos outros
continentes e durou mais de um século. (...) Na arquitetura,
na decoração, no paisagismo, nas artes gráficas e nos
objetos predominavam as formas orgânicas estilizadas de
linhas marcadas e os arabescos com decoração austera e
volumes geométricos. (Albuquerque, 2018, p. 09)

A partir disso, surgiu o movimento Arts and Crafts (Arte e Ofícios) os


arquitetos, Albuquerque (2018) afirma que

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Unidade 4

A missão social do movimento Arts and Crafts era:

 Dar solução aos males da Revolução Industrial;

 Melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores;

 Levar a cultura a todos;

 Restabelecer a união das artes e os ofícios perdidos desde


o Renascimento. (Albuquerque, 2018, p. 09)

Com o passar dos anos, surgiu o movimento do Art Nouveau, com início na
França, Albuquerque (2018) afirma que

As linhas curvas, os arabescos, as formas orgânicas e


geométricas e os motivos florais que caracterizaram o estilo
do movimento Arts and Crafts se fizeram mais atrevidas e
sensuais no Art Nouveau. Arquitetura, móveis, objetos, joias,
roupa, máquinas, móveis urbanos, tudo se vestiu de linhas
onduladas. Era uma geração que aceitava a máquina, mas a
vestia de adornos floridos para naturalizá-la. Todas essas
características influenciaram diretamente a maneira de se
planejar os ambientes internos: estampas florais e sinuosas
poderiam ser vistas em cortinas, estofados e papéis de
parede. (Albuquerque, 2018, p. 10)

Figura 69: Art Nouveau

Fonte: Freepik.

Já na década de 20, após a guerra, originou o estilo decorativo Art Deco.


Caracterizado por linhas retas, formas geométricas, preferência pelo
exótico, e materiais nobres. Um estilo mais moderno e minimalista,
utilizando cores básicas. Pouco tempo depois, surge o estilo Moderno,
caracterizado pela utilização e melhores materiais, como o metal tubular,
aço e vidro.

Figura 70: Estilo Moderno

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Fonte: Freepik.

4.2 Tendências na ambientação e decoração

Com o passar dos anos, nota-se que a arquitetura e, principalmente, a de


interiores é totalmente imprescindível em um lar. Casas mais funcionais e
que transmitam mais conforto, segurança, como também o uso das cores e
móveis tornam-se elementos essenciais para que faça a composição
funcional do lar. Albuquerque (2018) afirma que

Com a ascensão do uso de materiais e soluções sustentáveis


e uma maior preocupação, com o meio ambiente, a
tendência aponta para projetos que levam em conta estas
questões e a acessibilidade dos espaços. (Albuquerque,
2018, p. 11)

IMPORTANTE

As tendências na ambientação e decoração que podemos citar são os


espaços verdes, garantindo um maior contato com a natureza, é possível
fazer essa conexão com o ser humano, como também o seu bem-estar,
através tanto de vasos com plantas como também paredes de jardim
vertical, juntamente com a iluminação natural será também mais utilizada,
pois está ligada com a sustentabilidade.

Figura 71: Jardim vertical

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Unidade 4

Fonte: Freepik.

Com os efeitos da quarentena, por causa do coronavírus, os ambientes se


tornam um só, não são mais ambientes separados, e sim transformando um
ambiente em dois ou três, fazendo da sala o home-office, cozinha ao
mesmo tempo. Com isso, os ambientes são pensados para diferentes
atividades, tornando os ambientes flexíveis, utilizando elementos de
decoração como painéis deslizantes, móveis com rodinhas, e a iluminação
que se adapte a qualquer ambiente.

Figura 72: Espaços integrados

Fonte: Freepik.

Os ambientes estão cada vez menores, com isso, os espaços devem ser
pensados para ser funcionais e não mais ter excesso de informação, por
isso, o estilo minimalista vem forte na tendência, pois está interligada com
a sustentabilidade, fazendo o uso do simples, com os ambientes e a sua
funcionalidade.

Figura 73: Minimalista

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Fonte: Freepik.

O meio ambiente foi incluso nos espaços do interior da casa, pensando na


sustentabilidade e no futuro, são utilizados nesses ambientes, elementos de
decoração sendo funcionais, com fácil acesso, e estética, como podemos
citar, mobiliários com mais durabilidade, reaproveitamento de móveis, com
preferência na iluminação natural, elementos já existentes, como pedras
naturais ou árvores.

Figura 74: Pedras naturais

Fonte: Freepik.

As cores foram cada vez mais implantadas em projeto de ambientação, pois


elas causam sensações e sentimentos, seja para acalmar ou causar uma
ação. Utilizada tanto nas paredes, como também em mobiliário. As cores
como azul, verde, fucsia, amarelo, verde, bege, estão sendo as mais
utilizadas.

Figura 75: Poltrona

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Fonte: Freepik.

RESUMINDO

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,


só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que não é possível dizer quando realmente começou a história do design de
interiores. O design é tão antigo quanto a arquitetura, no qual já era notado
uma preocupação em relação a organização dos espaços internos. Desde os
tempos mais antigos, até os dias de hoje, os assuntos como design de
interiores, móveis e itens de decoração já eram percebidos ao redor de todo
o mundo. Quem fez nascer o design de interiores foram os antigos egípcios.
Aprendeu que as tendências na ambientação e decoração que podemos
citar são os espaços verdes, os ambientes são pensados para diferentes
atividades, tornando os ambientes flexíveis, o estilo minimalista, pensando
na sustentabilidade e no futuro, elementos de decoração são funcionais,
com fácil acesso, e estética e também que as cores foram cada vez mais
implantadas em projeto de ambientação, pois elas causam sensações e
sentimentos, seja para acalmar ou causar uma ação.

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Referências

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Disponível em:
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17 out 2022

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GRIMLEY, Chris, LOVE, Mimi. Cor, espaço e estilo: Todos os detalhes


que os designers de interiores precisam saber mas que nunca
conseguem encontrar. Disponível em: <
https://editoraolhares.com.br/wp-content/uploads/2022/01/978658828036
2_Inside.pdf > Acesso em 17 out 2022

GUBERT, Marjorie Lemos. Design de Interiores: a padronagem como


elemento compositivo no ambiente contemporâneo. Disponível em:
<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/36398/000816063.pd
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GURGEL, Miriam. Projetando Espaços: Guia de Arquitetura de


Interiores para áreas residenciais. 5.ed . São Paulo. Senac, 2002.

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Disponível em: <
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Unidade 4

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Cor. s.d. Disponível em <
https://hosting.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Cor/teoria-da-cor.pdf >. Acesso
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produzidos no Brasil. Disponível em: < http://www.floresta.ufpr.br/pos-
graduacao/defesas/pdf_ms/2008/d515_0712-M.pdf > Acesso em 14 out
2022

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