Você está na página 1de 62

Treinamento e

Desenvolvimento
Cristiane Maria de oliveira

Curso Técnico em
Recursos Humanos
Treinamento e
Desenvolvimento
Cristiane Maria de oliveira

Curso Técnico em
Recursos Humanos

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

1.ed. | Setembro 2022


Professor Autor Catalogação e Normalização
Cristiane Maria de oliveira Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)

Revisão Diagramação
Cristiane Maria de oliveira Jailson Miranda

Coordenação de Curso Coordenação Executiva


Daniela Glaete Soares Lins George Bento Catunda
Renata Marques de Otero
Coordenação Design Educacional Kátia Karina Paulo dos Santos
Deisiane Gomes Bazante
Coordenação Geral
Design Educacional Maria de Araújo Medeiros Souza
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Maria de Lourdes Cordeiro Marques
Helisangela Maria Andrade Ferreira
Izabela Pereira Cavalcanti Secretaria Executiva de
Jailson Miranda Educação Integral e Profissional
Roberto de Freitas Morais Sobrinho
Escola Técnica Estadual
Descrição de imagens Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Sunnye Rose Carlos Gomes
Gerência de Educação a distância
Sumário
Introdução .................................................................................................................................... 5

1.Competência 01 | Processo de Treinamento Organizacional ....................................................... 6

1.1 Panorama atual do setor de Treinamentos ............................................................................................... 7


1.2 Processos de treinamento......................................................................................................................... 9
1.3 Fases do Processo de Treinamento ......................................................................................................... 10
1.4 Treinamento de pessoas ......................................................................................................................... 13
2.Competência 02 | Dimensões Pessoais e seu Papel no Treinamento......................................... 20

2.1 Habilidades Técnicas e Comportamentais .............................................................................................. 25


2.2 Tipos de comportamentos ...................................................................................................................... 27
2.3 Propósito da organização ........................................................................................................................ 29
2.4. Os valores ............................................................................................................................................... 32
3.Competência 03 | Mobilizando a Organização para a Qualidade .............................................. 35

3.1 Upskilling e Reskilling .............................................................................................................................. 35


3.2 Fatores que impactam a SGQ .................................................................................................................. 41
3.3 QVT – Qualidade de Vida no Trabalho .................................................................................................... 42
4.Competência 04 | Desenvolvimento como Patrimônio Empresarial .......................................... 47

4.1 Desenvolvimento .................................................................................................................................... 47


4.2 Desenvolvimento de Equipes (DE) .......................................................................................................... 52
4.3 Desenvolvimento como ferramenta de gestão eficaz ............................................................................. 53
Conclusão .................................................................................................................................... 59

Professora Cristiane Oliveira ....................................................................................................... 59

Referências ................................................................................................................................. 60

Minicurrículo do Professor .......................................................................................................... 62


Introdução
Olá, estudant@s, tudo bem?
Você já ouviu falar que o setor de RH é subdividido? O técnico de Recursos Humanos atua
em diversos ambientes como Recrutamento e Seleção, integração de novos funcionários,
planejamento de carreira e Treinamento e Desenvolvimento de Equipes que será nossa disciplina.
O E-book de Treinamento e Desenvolvimento de Equipes apresenta conceitos e práticas,
conhecidos no dia a dia das organizações, que lhe ajudarão na construção do seu perfil como técnico
de RH, com foco em estratégias de desenvolvimento de equipes e no protagonismo.
Pensando em lhe proporcionar uma agradável experiência, a ilustração do livro virtual
resgata a cultura nordestina, intencionando agraciar ao artista popular e alegrar ao leito com imagens
em xilogravura, assim, em suas páginas, estão expressas nossa identidade regional e a nossa
criatividade.
E, para entendermos melhor sobre o subsistema, o E-book está dividido em quatro
competências:
A primeira você estudará sobre conceitos de Processos, Treinamentos, Desenvolvimentos
e Organizações.
A segunda falará de dimensões pessoais e dos impactos do treinamento no dia a dia das
organizações.
Na terceira, você estudará como mobilizar a empresa para a qualidade.
Por fim, você estudará sobre o desenvolvimento como patrimônio empresarial, os
conceitos apresentados lhe darão bases para uma atuação sólida e atual.

Preparado para mais essa jornada?

5
1.Competência 01 | Processo de Treinamento Organizacional
Você certamente já ouviu falar que o setor de RH é composto por vários subsetores que
chamamos de subsistemas. Pois bem, o técnico responsável pelo treinamento e desenvolvimento de
equipe está envolvido em todos esses setores.
Nessa competência, você estudará o panorama do Treinamento de pessoas e verá o passo
a passo para a elaboração de um treinamento e desenvolvimento nas empresas.

Ah! E fique ligado no


podcast, certo?
Esse artefato fará um
passeio muito
interessante pelos
assuntos dessa
competência.

Figura 01 - imagem da professora


Fonte: Beth Miranda @bethmiranda.arte
Descrição da Figura: ao lado esquerdo da tela xilogravura de mulher branca com cabelos pretos, usando óculos e roupa
preta. Ao lado direito da tela, o balão de fala. Fim da descrição.

Agora que conheceu um pouco mais da importância do técnico de RH, vamos aprofundar
o assunto falando sobre os números que defendem o setor.
Por ser um setor em crescimento, o RH também necessita desenvolver-se, por isso
existem instituições que o avaliam anualmente. A ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e
Desenvolvimento) tem o panorama que visualiza essas mudanças constantes com métricas
atualizadas anualmente, para manter o profissional de RH informado.

6
1.1 Panorama atual do setor de Treinamentos

A ABTD desde 1971 tem como principal objetivo estudar os métodos que mais
proporcionaram crescimento do setor de treinamento e desenvolvimento nas organizações.
A associação percebeu que a visão das empresas, necessitavam ser modificadas, pois o
mercado exigia uma postura estratégica para se adequar ao novo panorama nacional. Em 2018, a
ABRH/RS alertou que no Norte e no Nordeste se concentram 17,92% dos profissionais da área de
profissionais de RH. Esse dado mostra a importância de acreditar no crescimento do setor, sobretudo
na região do Nordeste.
Nos estudos dos dois últimos anos, a ABTD coletou números expressivos sobre a
importância do investimento no setor de treinamentos, constatando que cada empresa investe de
acordo com o seu porte. Nele, é possível observar que outra forma de verificarmos como os
investimentos em T&D da sua organização estão em relação à medida das empresas brasileiras, é
como um recorte por porte de empresa.

Figura 02 - O Panorama do Treinamento no Brasil


Fonte: Beth Miranda @bethmiranda.arte com texto adaptado da Revista Panorama 2022
Descrição da Figura: Quadro com borda em forma de papiro, dentro bonecos na cor lilás, mostrando o Número de
colaboradores da Empresa para cada profissional de Treinamento e desenvolvimento. Fim da descrição.

7
E muito número, né não? Mas, tenha calma que para tudo se tem uma finalidade.

Os números apresentados apontam a mudança da educação corporativa e, para


acompanhar, as organizações necessitam fazer adaptações significativas. De acordo com estudos
feitos por Boog e Boog (2010), a educação corporativa é um dos focos para as empresas ascenderem
competitivamente no mercado, pelo desenvolvimento das inteligências internas.
O ponto negativo disso é que quanto maior a empresa, maior o número de absenteísmo
e, para minimizar esse déficit, foram criadas instituições especializadas em formar e qualificar os
profissionais internos. Assim, a chegada das UCs (Universidades Corporativas) confirmou a
importância desse trabalho.

Saiba mais: A revista Panorama irá te mostrar dados aprofundados sobre as


perspectivas para o ano de 2022 no setor de Treinamento e Desenvolvimento
de pessoas, acessando o link abaixo você terá acesso. É rápido, fácil e gratuito
https://conteudo.abtd.com.br/lp_pesquisatd2022

Como pode ver, há uma forte relação entre os resultados que a empresa deseja e o setor
de treinamento nas organizações, o que justifica a importância de estar atento para as novidades do
mercado, sobre tudo, quando se trata de alinhar as metas que se deseja alcançar.
O Treinamento é, portanto, mais que um objetivo, é uma ferramenta para o
desenvolvimento e precisa ser planejado para obter números e oferecer a base para o processo de
treinamento. Mas, você sabe como se dá o processo de treinamento?

8
1.2 Processos de treinamento

Figura 03 - Cantadores
Fonte: Beth Miranda @bethmiranda.arte
Descrição da Figura: No centro quadro de imagem, do lado direto do quadro mulher de cabelos vermelhos, flor no
cabelo, vestido azul e no lado esquerdo do quadro homem, vestindo chapéu marrom, camisa branca, calça marrom os
dois estão com violas nas mãos
Descrição do texto: A cima balões de fala o repente o Processo é uma coisa que acontece devagar e um tal de passo a
passo para não se desandar e um monte de palavra para significar! Fim da descrição.

A imagem acima mostra cantadores narrando um repente que é um poema nordestino,


nele há a explicação da palavra processo de acordo com a gramática.
Entretanto, a palavra processo tem diversos significados, pois, na área de direito, por
exemplo, é entendida como ação jurídica, no setor de gestão significa continuidade. Para nosso
interesse, você irá estudar o processo como ato contínuo e sistêmico, que é considerado um conjunto
de informações educativas, pois esclarece e orienta pessoas para o dia a dia nas organizações.
Para Chiavenato (2010), o processo é uma atividade cíclica e ininterrupta e relata que o
processo é composto por quatro etapas.

9
Figura 04 - Ciclo do processo de treinamento
Fonte: Beth Miranda @bethmiranda.arte
Descrição da figura: ao centro sol amarelo rodeado com setas caixas e escritas pretas.
Descrição do texto: diagnóstico, programação, execução, avaliação que ilustra o ciclo do processo de treinamento Fim
da descrição.

Está entendendo agora? Tudo nesse mundo tem seu momento!

Assim, o processo de treinamento é formado por fases que se completam e definem um


ciclo contínuo para auxiliar no desenvolvimento profissional dos funcionários. Como foi dito no início
da competência, os subsistemas ou setores são fontes de dados para o RH, contendo informações
para o planejamento do treinamento.
Reichel em 2008 entende que o treinamento é eficaz, porque atende às necessidades
diagnosticadas durante a execução. Entretanto, para haver eficiência no processo de elaboração dos
treinamentos, o profissional deve seguir uma sequência disciplinada que é chamada de fases do
processo de treinamento.

1.3 Fases do Processo de Treinamento

As fases do treinamento seguem uma sequência lógica norteadora do processo e é


facilitadora na execução.

10
Fase 1 - Diagnóstico: Levantamento das carências de treinamento que devem ser
atendidas com atividades para melhorar o desempenho dos grupos. Essa fase do processo é um
momento de especulação dos pontos frágeis que devem ser treinados.
Os diagnósticos são extraídos das informações cedidas através de fichas que especificam
as rupturas existentes, pela LNT – (Levantamento das Necessidades de Treinamento), documento que
qualifica e quantifica os pontos onde deve ser feito o treinamento e da avaliação de desempenho
dos funcionários, mostrando pontos frágeis no desenvolvimento.

Fase 2 - Desenho: Elaboração de um programa de treinamento para atender às


necessidades diagnosticadas nas instituições. Essa fase tem a função de criar um escopo para o
programa nas empresas. Nele serão escolhidos datas, prioridades, ambientes, número de pessoas
por treinamento, tempo de execução, orçamento e principalmente quem irá executar o treinamento.

Fase 3 - Implementação: para realização de qualquer projeto é importante que o instrutor


tenha metas claras. A execução do projeto elaborado é a fase prática, ou seja, é o treinamento
especificamente.

Fase 4 - Avaliação: são resultados obtidos na execução do programa. É feita por análise
estratégica, em que se observa um conjunto de fatores para garantir a eficácia dos projetos de
treinamento. Nessa fase, observa-se período de inscrição, número de inscritos, temas propostos,
fluidez de aplicação de conteúdo, fluxo de aprendizagem e a disponibilidade de instrutores
capacitados para a demanda.

Veja essa dica!


Apesar de ter um programa que deve ser seguido à risca, o treinamento
precisa passar por diagnósticos constantes em cada uma dessas fases para
evitar equívocos que prejudiquem o processo...

11
Por isso, as ferramentas de diagnóstico são utilizadas para avaliar a saúde das
organizações. São geralmente utilizadas como ponto de partida para o planejamento das ações
estratégicas.
Veja alguns tipos de diagnóstico que são estudados pelo Sebrae/PB.

Figura 05 - Matriz de diagnóstico empresarial para o mercado


Fonte: Bethe Miranda @bethmiranda.arte e texto adaptado do Sebrae/PB (2021).
Descrição da Figura: Quadro com alguns tipos de diagnósticos, contendo a definição de Matriz Swot, matriz BCG,
Canvas, Trello, Benchmarking.

Observe que uma gestão para ter resultados utiliza de documentos com detalhes precisos
para a avaliação, para tanto necessita encontrar os que apontam se os processos estão tendo o
desempenho desejado.
Os Indicadores são pontos específicos encontrados pelo profissional de Recursos
Humanos nos diagnósticos utilizados como eixo avaliativo do fluxo de trabalho para medir e verificar
o desempenho de uma instituição.

12
Indicadores de desempenho do processo
Indicadores são métricas para avaliar o bom andamento das organizações e são
classificados como tipos como:
❖ Competitividade ou Market share: este indicador apresenta dados sobre a
competição de mercado, com ele se pode medir a relação entre a empresa, os
clientes e os concorrentes.
❖ Eficiência: fala do quanto se produz e quanto custou a produção, o resultado
positivo desse indicador é produzir mais com menos.
❖ Eficácia: revela a forma certa de operar os processos, se a empresa obteve os
resultados almejados e levanta dados para o indicador de efetividade.
❖ Efetividade: é o resultado da eficácia e é baseada nos dados informados por ela nas
empresas e mostra se a organização está operando os processos de forma correta.
❖ Qualidade: mostra o resultado final do produto, o quanto está aceito pelo
mercado, se o total de entrega está equiparada à produção.
❖ Rentabilidade: mostra o quanto a empresa investiu e o rendimento obtido em
relação a um determinado produto, num determinado período.
❖ Valor: fala especificamente do valor que o produto chega até o cliente.

A importância dos indicadores para o setor de Recursos Humanos é relatada pela ABRH-
SP (2020), sobretudo, por conta da crise econômica do período que propôs uma reformulação na
maneira de enxergar o treinamento nas empresas. Para isso é imprescindível se conhecer o contexto
onde a organização está inserida.
Segundo Boog e Boog (2010), o treinamento de equipe é um esquema de educação
continuada com alta qualidade e flexibilidade, focada nas necessidades dos setores e ocorre a partir
da capacidade individual de aprendizado de cada pessoa.

1.4 Treinamento de pessoas

O profissional de RH já não é mais o mesmo que apenas trocava informações e fazia


seleção de pessoas. Atualmente, é considerado um cargo chave da gestão estratégica.

13
A ABRH-SP (2020) explica
que, até pouco tempo
atrás, ainda se falava que
o RH era um centro de
custos, pois não conseguia
demonstrar resultados,
nem apresentar em
números o benefício
trazido para a organização.

Figura 06 - treinamento
Fonte: imagem de Beth Miranda @bethmiranda.arte e texto adaptada da ABRH-SP 2020
Descrição da Figura: Imagem com o fundo branco, simulando uma professora dando treinamento, vestida com roupa
cor de rosa e com lápis de cor verde, descrevendo o texto Fim da descrição.

Hoje em dia, o RH mudou a visão que se tinha a seu respeito e mostrou o seu
valor, para o progresso das organizações.
Estimular o sentimento de equipe dá resultados positivos!

Dessa forma, o treinamento tornou-se uma ferramenta de desenvolvimento e educação


contínua, elaborada por profissionais de Recursos Humanos com o intuito de moldar os conceitos
pré-existentes, bem como acolher pessoas para ocupar os cargos de acordo com suas competências.
Para a GPTW (Great Place To work) 2020 “[...] uma empresa cuja gestão é baseada nas
boas práticas do dia a dia e na confiança dá mais autonomia para seus colaboradores, os quais, por
sua vez, se sentem mais à vontade para criar [...]”.
Como técnico, você não tem apenas a função de conhecer e direcionar às pessoas, mas
tem o objetivo de moldar os conceitos já desenvolvidos em outras experiências e ambientar os novos
funcionários para a função que irá exercer, procurando mantê-los informados sobre a cultura da
empresa e seguros para o dia a dia na nova jornada.

14
“Cada indivíduo traz em sua
bagagem de vivências virtudes
ou frustrações de outras
experiências”

Figura 07 - A professora
Fonte: Beth Miranda @bethmiranda
Descrição da Figura: xilogravura azul de uma mulher apontando para o quadro verde com letras brancas. Fim da
descrição.

Por isso, o profissional de Recursos Humanos deve entender a diversidade na instituição,


esse conhecimento é ponto fundamental para o crescimento mútuo e mostra a coesão das equipes.
Cada treinamento tem suas peculiaridades porque tanto requalifica, como também aproxima
pessoas, grupos, setores e em maior proporção aproxima parceiros (os stakeholders).

O jornal eletrônico Carta Capital, em 2020, já falava que a indústria têxtil de


Toritama cresceu 38% de 2000 a 2018. A cultura do jeans já é exportada para
todo Brasil e para outros países.

Mas, para que as empresas obtenham esse resultado, o treinamento deve gerar
satisfação no ambiente de trabalho, ou seja, a ausência do feedback estimula frustrações e conflitos
(às vezes irreversíveis). Segundo Robbins (2006), os resultados da insatisfação podem ser definidos
como: Saída: demonstra a busca por outro emprego e a demissão; Comunicação: é uma tentativa
construtiva de diálogo, que inclui opiniões de melhorias e discussões sobre problemas internos;
Lealdade que demonstra uma espera passiva e otimista de que as coisas melhorem apesar de haver
insatisfação; Negligência: fala descomprometimento e inclui erros constantes, redução de empenho
e culmina no absenteísmo.

15
Métodos de Treinamento
Antigamente os métodos eram restritos e os treinamento eram vistos apenas como:

Figura 08 - Tipos de treinamento


Fonte: imagem de Beth Miranda @bethmiranda.arte e texto adaptada de Chiavenato
Descrição da Figura: varal com bordar pretas. Quadros pendurados em forma de bandeirolas a cor rosa e azul
Descrição do texto: xilogravura escrito treinamento formal planejados com antecedência e outro amarelo com letras em
preto escrito treinamento informal não estruturados e nem adaptados à situação com formato estruturado. Fim de
descrição.

Considerando a diversidade e a inclusão de pessoas os treinamentos precisam atender a


normas que viabilizem o aprendizado. Resumindo, cada treinamento deve ter em sua execução uma
linguagem para que todos os grupos sejam beneficiados e inclusos de acordo com as normas da
empresa e especificidades de cada setor.

Essa dica é massa!!


O treinamento precisa ter um tempo definido de acordo com a proposta. Ele
pode ser curto ou de longa duração a depender também das necessidades da
organização.
No vídeo sugerido você vai ver que para cada situação existe um tipo de
treinamento é só clicar no Link
https://www.youtube.com/watch?v=9IbF_Lpr3Io

16
Você deve ter percebido no link que, para conquistarem êxito, os treinamentos devem
ser executáveis e precisam ter algumas características.

Características do Treinamento de Pessoas


Uma das premissas do treinamento de pessoas é modificar comportamentos e, nesse
sentido, o profissional de Recursos Humanos usará técnicas sutis para obter o resultado sem mostrar
imposição. Assim, a elaboração da atividade deve ser:
❖ Lúdica e educativa: o treinamento deve dar a possibilidade do colaborador, pensar em
todos os conteúdos de maneira leve, divertida, com temas que sejam direcionados à
finalidade, objetivando a educação em primeiro lugar
❖ Economicamente acessível e ter tempo determinado: as empresas normalmente
trabalham com limites financeiros e para que os projetos sejam aprovados, o limite de
recursos econômicos nos treinamentos, não podem ultrapassar os limites
estabelecidos e isso inclui o tempo determinado para concluir o treinamento.
❖ Planejada e executada por profissionais qualificados e ser tecnológico: essa
característica é imprescindível, pois o profissional estará preparado para qualquer
incidência que possa haver durante o treinamento: em tempos de trabalho remoto, é
importante ter acesso às mídias digitais para efetivar as propostas.
❖ Ter um ambiente propício e um número determinado de pessoas por atividade: a
empresa deve oferecer ambiente com a claridade, climatização, limpeza e
acessibilidade. É importante não conter um número grande de pessoas no mesmo
ambiente, por questões de segurança e para facilitar a execução da atividade.
❖ Conhecer e está integrada à cultura da empresa e ter comunicação assertiva: todos
os treinamentos são orientados pela cultura da instituição, então, as atividades devem
ser integradas para atender às demandas da organização, assim, a comunicação é
primordial, pois, a concretização dos treinamentos só acontece quando os funcionários
entendem claramente os objetivos propostos.

17
Objetivos de Treinamento de pessoas

A atenção nos detalhes da atividade pode evitar o efeito Halo, que é a resposta contrária
e prejudica a evolução dos grupos no ambiente laborativo. Por isso, os objetivos devem estar
definidos previamente como mostram os quadros a seguir.

Sensibilizar: em alguns
Acolher: por ser o setor momentos a insatisfação
Desenvolver: encontra nos
responsável pela captação pode promover situações
seus colaboradores às
de novos funcionários, fazer de incômodo que são
qualidades, que algumas
o acolhimento, dos novos conflitantes, os
vezes estão escondidas e as
colaboradores, é extremante treinamentos para
desenvolve, com o intuito
importante, pois um dos sensibilização trazem
de estimular o
objetivos é o estimulo e o novas perspectivas para as
engajamento das equipes.
engajamento das equipes pessoas e dissolve
conflitos.

Qualificar: em alguns Dá resultados: os


Difundir a cultura: procura
setores existem treinamentos são
estimular o
treinamentos específicos, ferramentas
comprometimento dos
que necessitam ser administrativas que além
grupos através da educação
atualizados, assim, a de estimular a produção e
com a disseminação da
qualificação continuada é engajamento deve trazer
cultura da instituição
necessária para trabalhador resultados.
e empresa

Quadro 01 - Objetivos do Treinamento


Fonte: A autora

Pensando em um propósito maior, Boog e Boog, em 2012, falaram sobre a aprendizagem


corporativa e mostraram as pessoas como parte do crescimento das empresas. Foi assim que os
treinamentos receberam nova roupagem, as avaliações tornaram-se cada vez mais detalhadas e com
resultados significativos. Para finalizar, o resultado alcançado de cada treinamento, deve ser
apresentado periodicamente à diretoria, através de relatórios técnicos, feito pelo setor de recursos
humanos.

18
Objetivos da aprendizagem corporativa
Boog e Boog, em 2012, relatam que o sentido dado à aprendizagem é definido por dois
fatores integrados entre si e entre o meio inserido, que são: a necessidade e o objetivo. A carência
determina, desde a simples manutenção de um espaço, objeto e/ou relação, até a sobrevivência de
alguém, como tomar água, comer, dormir, viver em grupo e outros.
Diz ainda os autores que “[...] para haver o aprendizado deve haver um ciclo que permita
a aprendizagem e a sucessão da experimentação até que se torne um comportamento natural” e se
o objetivo de cada indivíduo está ligado às competências técnicas necessárias, para chegar ao seu
objetivo, ele deve entender os caminhos a percorrer para alcançá-los.
Na próxima competência você estudará as dimensões que o comportamento pode atingir
no ambiente laborativo.

Anime-se, criatura, vá assistir à vídeoaula, que a caminhada tá só


começando!!!

19
2.Competência 02 | Dimensões Pessoais e seu Papel no Treinamento
Na competência anterior você estudou os processos de treinamento e ficou entendendo
a importância e objetivos do setor para as organizações. Viu também que para se aprender é
necessário ter um ciclo. Agora, você verá conteúdos que abordam as dimensões e perspectivas
humanas nos treinamentos organizacionais.

No podcast dessa
competência você terá
outras noções sobre o
tema.
Não esquece não visse?

Figura 09 - A professora
Fonte: Beth Miranda @bethmiranda
Descrição da Figura: xilogravura ao lado direito da tela. Mulher branca, cabelos pretos curtos, com enfeite na cabeça
usa óculos e vestido verde. Quadro com fundo cinza. Fim da descrição.

Competências Pessoais e aprendizado


Você já deve ter ouvido falar das três dimensões que constituem as habilidades do
indivíduo que é conhecido como CHA: Conhecimento (Saber), Habilidades (Saber Fazer), Atitudes
(Querer fazer). Mas essas dimensões foram refeitas e atualmente já se fala em duas outras, utilizadas
para medir o grau de eficiência, são elas: os Valores e as Emoções. Já se entende que não se pode
separar as pessoas de seus sentimentos. Em um período de ampla divulgação de informações, o
conhecimento tornou-se rápido, principalmente o tecnológico.
Francis Bacon foi um filósofo inglês nascido no século XVII e diz que o conhecimento é
uma fonte inesgotável de poder. Para o autor, deter o conhecimento é estar consolidado, o seu
pensamento é uma a maneira de refletirmos a condução dos grupos, pois demonstra controle, por
isso é imprescindível se apropriar dos conteúdos ministrados durante o treinamento.

20
Figura 10 - Francis Bacon
Fonte: https://www.alamy.com/francis-bacon-1561-1626 adaptado por Beth Miranda @bethmiranda.arte
Descrição da Figura: xilogravura ao centro da tela homem branco com barba e cabelos pretos, usa chapéu preto. Ao
lado direito da tela os anos de nascimento e morte 1561 – 1626. Do lado esquerdo da tela está escrito: conhecimento é
poder. Fim da descrição.

Na década de 90, Chiavenato descreve o desenvolvimento de pessoas como um processo


fundamental e mostra um quadro explicativo sobre o treinamento baseado no cargos e
competências.
T&D BASEADO EM T&D BASEADO EM
CARGOS COMPETÊNCIAS
Preparar o ocupante Desenvolver Competências
Objetivo primário
para o desempenho nos Individuais
cargos ocupados
Ocupantes de Cargos Competências disponíveis
Objetivo Final
Treinados para serem aplicadas a
qualquer momento na
organização
Rapidez, qualidade e Rapidez na construção e no
baixo custo de Eficiência desenvolvimento de
treinamento competências necessárias

Força de trabalho Construção de novas


adequadamente competências aplicáveis na
Eficácia
treinado e preparado organização
para o desempenho de
cargos
Cargos ocupados com Pessoas dotadas de
ocupantes treinados e Indicador competências essenciais
preparados para o sucesso do negócio

21
Ocupantes de cargos Retorno sobre os Pessoas competentes e
treinados e custos de investimentos custos de treinamento
treinamento

Quadro 06: Treinamento baseado em cargo e competência


Fonte: Adaptado de Chiavenato/2014

Para Chiavenato o treinamento é um conjunto de ações simultâneas, em que juntas,


constroem a melhor forma de dar resultados e por consequência, melhora o desempenho de toda
organização, inclusive nos relacionamentos interpessoais.
E assim, como as pessoas têm diferentes formas de aprender, o treinamento necessita de
métodos que conduzam o direcionamento, nas empresas. A Pedagogia empresarial é responsável por
educar as pessoas e, nesse caso, é importante entender que a diversidade de pensamentos nas
organizações enriquece a cultura das empresas e indica o caminho de treinamentos mais criativos.
Assim, a Pedagogia Empresarial é utilizada no ambiente de trabalho, gerando soluções
práticas para questões diárias, a partir do cotidiano vivido pelas pessoas, pois se os funcionários tem
conceitos formados, necessitam apenas ser alinhados à cultura da empresa.
Na verdade, treinar pessoas requer didáticas facilitadoras no processo de
aprendizagem e adaptação nas informações passadas para os colaboradores durante os
treinamentos. Desse modo, o técnico de RH deve aplicar métodos para engajar e estimular a
motivação diária nas pessoas. Atender às necessidades da instituição e conservar o otimismo nos
grupos é um trabalho diário, talvez, seja um dos maiores desafios do setor de recursos humanos.
As diferentes formas de educar são conhecidas como conceitos educacionais. No item
seguinte vou falar sobre grupos nos treinamentos, e você poderá estudar melhor esses conceitos.

Aproveitando!!! O link, que está ofertado logo abaixo, faz uma breve
explicação sobre diferentes didáticas e irá ajudá-lo a planejar treinamentos
para públicos diversos.
É só clicar e aproveitar!!!
https://www.clipescola.com/conceitos-educacionais/

22
Como fala o link as diversas maneiras de apresentar conteúdos está ligada aos grupos e
suas formas de aprender, por isso processo de aprendizado é individual e acontece de formas
diferentes. É por esse motivo que os profissionais de RH devem diminuir a distância entre instrutor e
aprendiz, construindo processos com base na bagagem dos funcionários e na cultura da empresa,
isso trará melhores resultados ao gerenciamento dos grupos.

Os grupos e as equipes nos treinamentos

Apesar de terem
significados parecidos,
grupos e equipes se
formam por razões
diferentes.

Figura 11 - A professora
Fonte: Beth Miranda @bethmiranda.arte
Descrição da Figura: xilogravura ao lado direito da tela. Mulher branca, cabelos pretos curtos, usa óculos e blusa azul.
Quadro com fundo amarelo. Fim da descrição.

As equipes são identificadas pela coesão que as integram, são um grupo de pessoas
comprometidas com os resultados, alinhadas com os propósitos da empresa. Já os grupos são
formados apenas pelas necessidades e objetivos afins e podem ser desfeitos ao final de um ciclo.
Como você deve ter percebido, os grupos se formam por razões diferentes e por esse
motivo devem ser desenvolvidos de acordo com os objetivos desejados. É fundamental entender que
as ações podem causar equívocos entre os grupos.
Um comentário ou julgamento sem prévia avaliação ou visão geral da consequência, pode
gerar o efeito cascata (HALO) que levará inevitavelmente ao insucesso dos projetos implantados pelo
setor de capital humano, por esse motivo é importante gerir o comportamento com eficácia.

Habilidade e Gestão Comportamental

23
Quando você era criança, deve ter ouvido frases como essas faladas por João:

Esse menino tem um


comportamento
azucrinado, ou então:
essa menina me
aperreia muito.

Figura 12 - violeiro
Fonte: Beth Miranda @bethmiranda.arte
Descrição da Figura: ao lado direito da tela xilogravura de homem branco com cabelo e barba preto, usando chapéu
marrom, camisa quadriculada, com um violão amarelo. Ao lado esquerdo da tela balão de fala. Fim de descrição.

Provavelmente você não se deu conta de que expressa suas emoções. Por esse motivo, é
importante entender o comportamento humano nas organizações, pois essa é a base de todo
planejamento eficiente e , como não há a cultura de se entender as razões de nossas emoções e o
que delas resulta, a falta de compreensão causa interferências e demissões.
Hoje em dia se fala muito em comportamento como um forte indicador na gestão de
pessoas. É importante lembrar que cada pessoa pensa de um jeito diferente e que a diversidade
desses pensamentos, enriquecem a cultura das organizações, pois trata as competências
socioemocionais como prioridade, mas Skinner em 2003 nega o gerenciamento dos
comportamentos. Ele fala que o comportamento é uma ação contínua e que por esse motivo pode
ser modificado através de estímulos.

24
Por exemplo: uma pessoa que tenha exercido por muito tempo a mesma
função pode rejeitar a cultura da empresa por entender que a maneira antiga
de executar a atividade é a mais correta, mas sua função atual exige uma nova
adaptação. Para esse caso, é necessário aproveitar a experiência, porém o
funcionário precisa ter a um treinamento técnico, para que seja acolhido e as
dúvidas sejam aos poucos diluídas, pois as aptidões não podem ser anuladas.

Fiorelli (2006) discorda sobre o comportamento não ser gerenciamento como fala skinner
e afirma que o comportamento pode ser desenvolvido com treinamentos que viabilizem a qualidade
em todos os setores. Nas organizações, as técnicas utilizadas são suporte para remanejamento de
função e para adequação dos novos colaboradores.
Na qualidade de Técnico você desenvolvera a percepção para criar ações de
aproveitamento do capital intelectual interno, contribuir e ampliar a qualidade na execução das
funções, pois o funcionário estará adequado a cultura da empresa, essa atitude inclusive reduz os
gastos com indenizações.
Entretanto, para se conseguir os objetivos almejados a gestão do comportamento é uma
ferramenta utilizada pelos profissionais de RH para entender as dinâmicas dos grupos e com isso
elaborar estratégias, para elevar o padrão das habilidades técnicas e comportamentais ensinando os
seus funcionários a lidar consigo mesmos, com outras pessoas e com novos desafios.

2.1 Habilidades Técnicas e Comportamentais

Com as mudanças nos setores, a era da inclusão digital também chegou ao RH. O que
conhecemos como habilidades técnicas e comportamentais hoje são chamadas de Soft Skills e Hard
Skills .
Comportamentos são atitudes geradas por ações conscientes ou inconscientes que
podem ser observadas por outras pessoas. De acordo com o dicionário online, são um “conjunto das
atitudes específicas de alguém diante de uma situação, tendo em conta seu ambiente, sociedade,

25
sentimentos etc” ou seja, os comportamentos influenciam e podem ser influenciados pelo ambiente
organizacional.
Você sabia que a habilidade (Saber fazer) é uma característica individual? E que ela diz
respeito às atividades na prática? Em 2009, no livro Competências Organizacionais, Stephen P.
Robbins associa habilidades às capacidades de um indivíduo, em executar diversas tarefas de uma
mesma função. Isso significa estar preparado para exercer a função laborativa com as especificidades
que cada uma delas tem.

Cintra e Dalbem (2016) dizem que uma empresa, por mais moderna e
automatizada que seja, precisa de pessoas para fazê-la funcionar.

Como dizem Cintra e Dalbem, “sem as pessoas nenhuma ação é executada e mesmo
quando a empresa é operada por máquinas há a necessidade de pessoas especializadas para conduzi-
las”. As personalidades pode tornar o convívio complexo, todavia perfeitamente administrável.
Apesar de existirem diversas maneiras de se expressar, as pessoas necessitam ser
adequadas ao ambiente. É função do RH entender que expressões, às vezes negativas não
determinam a qualidade do serviço prestado. O RH necessita ter neutralidade.

Cooperação Manipulação

Pró atividade Individualismo

Criatividade Felicidade

Figura 13 - quadro das emoções


Fonte: A autora

26
Descrição da Figura: da esquerda para a direita de cima para baixo vários balões de fala.
Fim da descrição.

As habilidades são características que podem ser técnicas e comportamentais. No


ambiente funcional são observadas nos relacionamentos intrapessoais (relacionamentos com os
próprios conflitos), interpessoais (relacionamento com os colegas), para o setor de Recursos
Humanos são indicativos da estratégia usada para trabalhar as pessoas.
Assim, o setor de RH é responsável por criar projetos para acelerar o desenvolvimento técnico
e criar situações favoráveis ao protagonismo individual e coletivo. Robbins ainda lembra que, tendo
em vista que todas as pessoas são naturalmente diferentes, pontos fortes e frágeis individuais devem
ser observados e desenvolvidos.

Saiba mais
A inovação trouxe novos significados para as competências comportamentais e
necessitas entender melhor. Ficasse curioso? agora é só acessar o link
https://www.youtube.com/watch?v=eN34V1N7QiY

Como fala no link, estar em grupo é um desafio diário e pode custar tempo, mas, se você
estiver atento, terá um olhar mais amplo na hora de planejar as suas atividades.

2.2 Tipos de comportamentos

De acordo com a escola Behaviorista da psicologia, existem dois tipos de comportamentos


importantes para o entendimento da ação e reação dos indivíduos, que são: o respondente e o
operante.

27
Meu cumpade dê licença
para eu não me perdê, pois Se atente meu amigo pra não
com tanta novidade vou se esquecê, a inovação
custar a entendê, eu careço chegou pra todo mundo vê, e
de ajuda, pois se não vou me é função do RH ensinar pra
esquecê. vosmicê.

Figura 14 - repentistas do RH
Fonte: Beth Miranda @bethmiranda.arte
Descrição da Figura: No centro um homem cangaceiro vestido com roupa marrom e chapéu vermelho de estrela com
lápis vermelho na mão e outro com cabelos e barbas pretos camisa amarela e viola marrom. Fim de descrição

Comportamento clássico ou respondente:


São comportamentos chamados de condicionados, ou seja, necessita de um estímulo
reconhecido. É basicamente o que estamos acostumados a fazer, como por exemplo: Se nós fazemos
o mesmo caminho para ir ao trabalho ou à escola repetidas vezes, seu condicionamento ficará preso
a esse trajeto.

Comportamento operante:
No ambiente laboral existem regras de comportamento que facilitam nosso dia a dia,
como por exemplo não falar alto, evitar comentários desastrosos, usar roupas inadequadas, entre

28
outros. Para Banov “esse tipo de comportamento é chamado operante porque o comportamento de
uma pessoa opera uma transformação no ambiente e o ambiente opera em uma pessoa”.
O profissional de Gestão do Capital Humano deve ficar atento, pois o comportamento
dos funcionários é um indicador de orientações para sensibilização, incentivo e engajamento,
minimizando os conflitos entre as pessoas.
Comportamentos são atitudes geradas por estímulos internos (emoções) e externos (o
ambiente, as pessoas). Esses impulsos acontecem naturalmente e alguns deles podem ser
considerados como pontos cegos, ou seja, atitudes que praticamos, mas não percebemos as
dimensões que podem alcançar.

Atitude Profissional
É muito comum se perceber atitudes (às vezes grosseiras) que destoam do ambiente de
trabalho como: roupas inadequadas, expressões vulgares ou comunicações equivocadas. Essas
atitudes repetidas continuamente são chamadas comportamento condicionado. Para ajustar os
comportamentos condicionados o RH promove treinamentos de sensibilização para evitar discussões
improdutivas. Esse é também um momento propício para apresentar o propósito corporativo, que
está impresso nos valores da empresa.

2.3 Propósito da organização

O propósito da empresa ou a missão, visão e valores, é o que a empresa representa, a


razão de ser para o mercado. Com o mercado cada dia mais exigente, toda empresa necessita que a
sua mensagem fique clara, nesse sentido é importante que tenham seu propósito massificado, com
os valores definidos na cultura orgânica e expressos pelas ações praticadas para o desenvolvimento
do capital humano.
Mas... você sabia que a cultura apesar de ser o eixo norteador pode se modificar?
As mudanças de gestão, por exemplo, são muito comuns quando a instituição está em
expansão, e com essa dinâmica o setor de gestão pode atribuir novas percepções para melhoramento
do fluxo de atividades, que culmina mudança da cultura da empresa.
Existem empresas que já alcançaram o mercado mundial por manter a sua cultura como
base. É o caso da Baterias Moura, uma organização que está no mercado a quase 70 anos e

29
permanece com sede aqui em Belo Jardim, Pernambuco. Nas suas premissas está a ênfase aos
vínculos, na sustentabilidade e no empreendedorismo social.

O instituto Conceição Moura é uma organização privada sem fins lucrativos


que atua como promotores de atividades educacionais voltadas para
desenvolvimento da cultura local de crianças e jovens.
Acesse o link e saiba mais https://www.icmoura.org/o-que-fazemos/nosso-
publico/

Em 2014, fomentados pela cultura do desenvolvimento regional, o Grupo Moura criou a


fundação Conceição Moura, que agrega ações com atuação em 4 seguimentos: formação de jovens,
engajamento Social, educação de qualidade e primeira infância.
Como você pode perceber, a proposta da uma empresa é visível ao público externo e é
um dos nortes para elaboração dos modelos de treinamento.

Modelos de treinamento
Até pouco tempo os objetivos do treinamento eram outros. O profissional era visto
apenas como responsável por fazer eventos, e isso, realmente, causou muito impacto, pois havia
pouco resultado. Esses profissionais eram condicionados a fazer atividades fora de suas funções.
Hoje já se sabe que o setor de treinamento das organizações é importante para o
desenvolvimento das empresas, estão interligados à cultura da empresa e a seus objetivos. Os
treinamentos podem ser classificados como: motivacionais e técnicos.

A - Treinamento Motivacional
Por falar em motivação, é natural que os liderados sejam influenciados pelo gestor, e,
como estudado na disciplina de liderança e motivação, a instabilidade, que é gerada pelas mudanças
constantes do modelo de gestão, provoca interferências no comportamento dos grupos.

B - Treinamento Técnico
Esse tipo de treinamento é aconselhado para desenvolver ou atualizar as competências
necessárias para atuação do profissional no dia a dia das suas funções, por isso existem determinados

30
tipos de setor que necessitam de treinamentos periódicos. São os casos de empresas do setor de
logística e os profissionais de segurança e saúde do Trabalho, entre outros.

C - Treinamento de Sensibilização
O treinamento de sensibilização tem o objetivo de construir novos conceitos para os
funcionários, sua principal função é falar de temas delicados com o intuito de orientar e melhorar o
ambiente de trabalho. Entretanto, a pergunta sobre isso é:
Por que, embora façam tantos treinamentos, alguns funcionários não conseguem se
adaptar facilmente à cultura das empresas?

A Qualicast (empresa digital) fez uma pesquisa e trouxe dados importantes sobre os
motivos das pessoas não se engajarem nas organizações. 25% dos leitores disseram que a falta de
exemplo da liderança, falta de significado, integração com estratégia, resistência à mudança e falta
de incentivo causam desinteresse nos funcionários.

Figura 15 - Gráfico das classificações dos fatores de rejeição ao engajamento


Fonte: Adaptada da revista Qualicast
Descrição da Figura: Gráfico pizza constando percentuais de classificação. Fim da descrição.

31
Como você pode observar, o maior desafio do Recursos Humanos está em manter o
estímulo diário, principalmente em momentos de crise, onde a insegurança prevalece, e essas
questões se tornam pontos de discussão constante.

Ficou interessado?
Acessando o link do podcast da Qualicast, você encontrará o conteúdo
detalhado, https://qualicast.com.br/023-cultura-organizacional/

2.4. Os valores

Como já foi dito antes, os valores estão ligados diretamente ao propósito da empresa, é
o legado que ficará para o futuro e estará impresso nos documentos, nos arquivos, nos resultados,
na história da empresa, por esse motivo, é necessário cultivar um bom relacionamento internamente
e no merco. Esses devem ser massificados e reconhecidos tanto pelos clientes, que é o maior
divulgador, pois podem dar opiniões positivas ou provocar danos irreparáveis, porque também
conhecem as dificuldades internas.

As Emoções e as organizações
A psicologia afirma que as nossas emoções são parte de seu eu mais íntimo e estão
atreladas a todas as suas experiências, mas será que é possível se desligar das emoções para ter um
dia de trabalho produtivo?
Nessas situações, se deve ficar atento para não sair da linha e perder o equilíbrio, e como
se desenvolver quando o ambiente está inquieto? Você já sabe que é possível usar recursos de
autodisciplina, para que em momentos mais sensíveis as nossas atitudes não sejam motivo de
desajuste do ambiente de trabalho, mas devemos educar as nossas emoções para usufruir das
possibilidades que nos cercam em todos os ambientes.
Daniel Goleman afirma que o aprendizado não pode ocorrer isolado das emoções, pois
ser emocionalmente educado é tão importante quanto ser profissionalmente preparado. Esse
pensamento reforça o quanto é importante que você como técnico de RH tenha entendimento de
que as emoções são indicadores e estarão impressas no clima da empresa.

32
O clima pode ser visto como a atmosfera do ambiente. A sensação mais aquecida ou
resfriada e pode atingir os Stakeholders que são as empresas interessadas no produto, os chamados
parceiros de negócio. O clima organizacional é fator importante para que as organizações se tornem
competitivas. Como você pôde perceber, a dinâmica de uma organização fala diretamente de como
os funcionários veem o trabalho que exercem. Manter qualidade nas suas ofertas (sejam produzindo
algo para consumo do mercado ou prestando serviços especializados) torna o produto mais
competitivo e por isso mais aceito pelo mercado.
Pode ser mensurado por meio da pesquisa que vai indicar o grau de satisfação dos
colaboradores, pois é exatamente nesse ponto onde se pode entender se a empresa está atendendo
as perspectivas almejadas.
Durante o período que deflagrou a Pandemia em 2019, as empresas passaram usaram
recursos técnicos que auxiliaram para uma melhor condução do clima nas organizações.

No link abaixo você pode estudar melhor e ver itens que são úteis para
aferição do ambiente de trabalho. É só clicar no link e aproveitar.
https://www.enquetefacil.com/pesquisas/pesquisas_online_recursos_human
os.aspx

Como você pode notar, organizações têm personalidades próprias e características


individualizadas. Por esse motivo, estratégias e orientações claras e objetivas são dois pontos que
trazem grandes par as organizações.
Entretanto, em função das demandas diárias o técnico de Recursos Humanos, terá
inúmeros desafios, entre esses, saber negociar conflitos é uma ótima forma para gerir pessoas com
êxito.

33
Como você viu, essa competência
foi recheada de novidades, mas a
próxima será ainda mais
importante, falará sobre a QVT na
Organizações.
Simbora meu povo!!

Figura 16 - A Cangaceira da educação


Fonte: Beth Miranda @bethmiranda.arte
Descrição da Figura: ao lado esquerdo da tela xilogravura de cangaceira, vestindo chapéu rosa com estrelas, cabelos
pretos, vestido rosa com lápis verde nas mãos, apontando para o balão no lado direito da tela. Fim da descrição.

Agora é hora de assistir aos vídeos da competência de que tenho certeza,


você vai gostar.

34
3.Competência 03 | Mobilizando a Organização para a Qualidade
Na competência anterior, muito se falou sobre grupos e consequentemente sobre tipos
de treinamentos, sobre a influência do clima e cultura organizacional. Como você pode perceber, a
falta de um bom relacionamento entre o RH e os funcionários é fator decisivo para se manter a
qualidade contínua dos produtos ofertados ou serviços prestados.

Vai começar o novo assunto,


Que você vai estudar,
Preste muita atenção,
No que vou recomendar,
Qualidade é uma coisa,
Que se pode melhorar!!

Figura 17 - xilogravura de mulher repentista


Fonte: Beth Miranda
Descrição de Figura: ao lado direito da tela xilogravura de mulher morena com cabelos longos pretos, flor no cabelo,
vestido azul de estrelas amarelas violão de cor amarelo, com, tocando e cantando repente. Fim da descrição.

Em suas experiências você já pôde perceber que a qualidade contínua é uma exigida em
todos os setores de uma empresa. Robbins diz que melhorar continuamente é uma necessidade
humana, por isso a qualidade contínua é uma cobrança em qualquer setor das empresas, inclusive no
RH. E para manter-se adaptado às cobranças, você precisa estar por dentro de novos conceitos como
Reskilling e Upskilling.

3.1 Upskilling e Reskilling

O Upskilling é um movimento de automotivação que estimula o melhoramento individual.


São os chamados especialistas, e a Reskilling é um movimento interno em mão dupla em que o
profissional busca o aprimoramento e/ou a empresa movimenta treinamentos para a requalificação
do colaborador

35
Como técnico de Recursos Humanos sua maior atuação está exatamente em observar as
habilidades e planejar a qualidade dentro das organizações, como um dos atores principais, você deve
estar pronto para propor e se adequar às mudanças ocorridas nos grupos.
O link abaixo você aprenderá mais sobre o assunto, basta clicar.

O futuro das empresas e dos empregos estão diretamente ligados ao


desenvolvimento dos profissionais e à transformação digital. Por isso, os
conceitos de upskilling e reskilling estão se tornando cada dia mais
importantes para o mercado de trabalho.
https://www.gupy.io/blog/reskilling-e-upskilling-o-que-e

Saiba mais: Assista ao vídeo que fala do conceito de Upskilling: responsabilidade


do RH ou dos líderes? https://www.youtube.com/watch?v=CwD2KJKVFPY

Mas, para essa mudança, você também deve estar preparado e por isso deve estar se
perguntando como irá fazer a diferença. Vou te dar umas dicas:
• Invista em qualidade nas relações, para trabalhar harmonicamente em todos os
setores.
• Verifique junto ao seu gestor se há um comitê de melhoria contínua na sua empresa.
Caso ainda não tenha, sugira a criação de um grupo de melhoria contínua, que
envolva diversos setores, para implantação e avaliem sistematicamente os processos
de melhoria contínua.
• Verifique a existência de alguma ferramenta de avaliação da organização, pois, após
a criação do comitê, o RH terá que acompanhar as métricas da implantação de
melhoria contínua, e para isso utilize a ferramenta PDCA constantemente. Como já
foi explicado antes, o ciclo PDCA é uma ferramenta que lhe auxiliará no
planejamento, desenvolvimento, controle e avaliação da qualidade contínua nas
organizações.

36
Qualidade e Organização
De acordo com o dicionário online Dicio, qualidade quer dizer, entre outras coisas, uma
característica particular de um objeto ou de um indivíduo. Para as organizações a qualidade está
impressa desde o início dos processos até o produto oferecido para o mercado, e por isso precisa ser
constantemente avaliado e melhorado.
Lembras do professor Chiavenato? Pois bem, em 2009, ele dizia que os objetivos da
qualidade são divididos em dois pontos: os organizacionais e os individuais. Nesse sentido, um dos
objetivos centrais para o desenvolvimento das organizações é a “qualidade nos produtos e serviços e
a qualidade de vida no trabalho”. Pois é, manter uma empresa em constante progresso, demanda
muito esforço e compromisso.
E aproveitando o que disse Chiavenato, você verá agora como os objetivos
organizacionais e individuais são mais parecidos do que imaginamos.

Objetivos Organizacionais
Como o próprio nome diz, os objetivos organizacionais fazem parte das metas que a
organização almeja. Mas, para que o objetivo tenha utilidade ele deve ter critérios que o validem
como ser mensuráveis, realísticos, desafiadores, ter tempo definido, relevante e motivador. Ou seja,
está diretamente ligada à missão e à visão da empresa, que são norteados através de três níveis:
curto, médio e longo prazo de execução.
A missão é ligada à filosofia da empresa, na forma de pensar qual caminho a seguir para
da que a organização obtenha os resultados almejados. Dessa forma, inevitavelmente você vai
encontrar três questões que devem ser respondidas pela missão que são:

Por que fazemos o que


Quem somos nós? O que fazemos?
fazemos?

Quadro 03 - setas norteadoras


Fonte: A autora

Embora a missão seja fixa, também precisa ser atualizada, de acordo com as necessidades
do mercado. A Visão deve mostrar as metas desejadas, é um olhar sobre si mesma e sobre o seu
futuro, nesse caso a organização deve observar inclusive:

37
• Os recursos que dispõem;
• O relacionamento com cliente e mercado;
• Que necessita fazer para satisfazer continuamente o público;
• Como alcançar os objetivos da empresa

Dentro de um contexto geral, a visão é o olhar do que a empresa deseja ser para os
clientes internos e externos. Dentro desse planejamento, os objetivos organizacionais devem estar
ligados aos objetivos individuais

Objetivos Individuais
Os objetivos individuais são os motivos que levam o funcionário a manter o empenho
diário. Os objetivos são os mais diversos e estão ligados aos sonhos de cada um e pode ser: uma casa
nova ou uma reforma, a compra de um carro, uma viagem, uma cirurgia, ou seja, qualquer coisa que
o poder aquisitivo, promovido pelo trabalho lhe estimulem.
Assim como os objetivos organizacionais, os objetivos individuais devem ser instigados,
para que o colaborador se sinta seguro e dê melhor resultado na execução dos serviços. Silva, Correia
e Alves em (2019) já nos alertava que a importância dada ao funcionário faz com que sua participação
deixe de ser apenas por obrigação, passe a ser visto como um indivíduo que possui necessidades,
desejos que se transformam em motivação.

Mas, para que isso aconteça, precisamos

entender melhor o Sistemas de Gestão da

Qualidade (SGQ)

38
Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ)
Como você já deve ter percebido, o técnico de RH deve acompanhar todo o processo de
implantação da Qualidade na organização. E como em tudo nessa há uma sequência para execução,
para a que a implantação tenha êxito também segue um passo a passo.
Em 2021 o Sebrae lançou um artigo intitulado Passo a passo de como implantar a solução
de gestão de qualidade que fala “Permanecer no mercado com sucesso é uma missão difícil para
qualquer empresa e requer alguns cuidados”.

No link sugerido você encontrará o artigo que desenvolve melhor o seu


pensamento sobre o tema, Vamos lá? Basta clicar.
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/passo-a-passo-
de-como-implantar-a-solucao-de-gestao-de-
qualidade,f22186062e60f510VgnVCM1000004c00210aRCRD

O Sistema de Gestão de qualidade (SGQ) é um conjunto de atividades que provocam


mudanças estruturais e de comportamento, que partem do princípio da qualidade contínua,
entretanto, como se trata de um processo, requer normatizações específicas como por exemplo a
International Organizations for Standardization (ISO)

ISO 14000 – É uma norma


ISO 9000 – É um conjunto ISO 26000 – Norma
que está pautada na ISO
com 5 normas da qualidade, internacional que dá o
9000, e estabelece diretrizes
que auxiliam o selo de empresa com
que garante a efetividade da
monitoramento da responsabilidade social,
implementação do Sistema
qualidade contínua pautada pela ISO.
de Gestão Ambiental (SGA)

Quadro 04: ISOs


Fonte: A autora

39
Existem normativas diferentes para a SGQ? Sim, existem. Leis normativas são leis que
orientam e pautam as ações das empresas para seguirem padrões rígidos internacionais. Dentro
dessas normas estão, além da ISO, o PPRA, o PCMSO, a NR-10 e a NR-12. Com essas normas
implantadas, a organização tem uma imagem fortalecida no mercado e alcance de parcerias.

❖ PPRA ou NR9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


❖ PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
❖ NR-10 – Trata dos cuidados com energia elétrica
❖ NR-12 – Fala do manuseio de máquinas e equipamentos

Vamos falar mais sobre esses programas? Acesse o podcast e ouça mais sobre o assunto
https://verdinha.verdesmares.com.br/podcast/normas-regulamentadoras-do-trabalho-
8415393241412842160886

Figura 18 - Podcast
Fonte: https://verdinha.verdesmares.com.br/podcast/normas-regulamentadoras-do-trabalho-
8415393241412842160886
Descrição da Figura: Ao lado direito da tela imagem verde e amarela. Seu Direito Trabalhista. Normas
regulamentadoras do trabalho. Abaixo link de acesso. Fim de descrição

Com esses programas implantados, a organização tem a imagem fortalecida e alcance de


parcerias significativas. Para isso, são utilizadas ferramentas de sistemas de Gestão da Qualidade que
gerenciam o fluxo dessas atividades.

Ferramentas de Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ)


Em tudo o que fazemos, há um estímulo quase que automático em verificar a qualidade
das coisas que utilizamos. Nesse caso, a qualidade é avaliada para a compra de objetos ou na
contratação de um serviço.

40
Para que o produto chegue ao consumidor, as empresas investem em ferramentas de
aprimoramento da qualidade, métodos utilizados par avaliar, mensurar e propor soluções para as
organizações que são: o Fluxograma, o Diagrama Ishikawa (Espinha-de-Peixe), a Folha de Verificação,
o Diagrama de Pareto, o Histograma, o Diagrama de Dispersão e as Cartas de Controle.

Você já leu sobre as ferramentas da qualidade. Pois é, o link sugerido é uma


forma de entender mais claramente esse assunto. Clique e aproveite!!
https://www.youtube.com/watch?v=ScYJQshfvSg&t=155s

E, como qualquer projeto implantado, as ferramentas necessitam ser acompanhadas,


para que os fatores que impactam a sua efetividade sejam minimizados.

3.2 Fatores que impactam a SGQ

Todo sistema para ter eficácia na proposta precisa ser sistematicamente monitorado e
avaliado, os fatores que impactam o sistema de Gestão da Qualidade são divididos entre fatores
individuais e organizacionais.
Os Fatores individuais são elementos que interferem na qualidade da função exercida
pelo funcionário. Eles estão ligados às emoções que são: Inteligência Emocional, Resiliência e
Estratégia de Coping.
Já os Fatores Organizacionais são os elementos ligados às empresas como
Responsabilidade Social, Cidadania Organizacional etc.
Em 2021 o Instituto Brasileiro de Coaching IBC desenvolveu um artigo que fala da
experiência Hawthorne. O artigo diz que a empresa Western Eletric Company de Chicago, em 1927,
observou a queda de produção e, por isso, contratou um grupo de pesquisadores da Universidade de
Harvard para entender a influência da intensidade da luz sobre a produção.
Os pesquisadores entenderam que a intensidade da iluminação, a ergonomia, a
temperatura eram fatores de impactos importantes na produção, e, de acordo com evolução das
pesquisas, outros fatores foram observados. Logo entenderam que a fadiga, a rotatividade, os
acidentes e as condições de trabalho também influenciavam.

41
No vídeo sugerido, você entenderá melhor o tema. Basta acessar o link e
aproveitar
https://www.ibccoaching.com.br/portal/o-que-o-efeito-hawthorne-pode-te-
ensinar-sobre-produtividade/

Notou que o ambiente em que trabalhamos pode ser um fator desestimulante e


prejudicar a qualidade de vida do trabalhador. Vamos ver mais?

3.3 QVT – Qualidade de Vida no Trabalho

A QVT- Qualidade de Vida no Trabalho é um dos assuntos mais destacados nos últimos
anos. Durante décadas a classe trabalhadora buscou apoio para ser entendido como ser pensante e
atuante dentro das organizações, foi quando as leis foram adotadas e representadas por normas que
conduzem padrões de orientação, que foram faladas na competência anterior.
Essas normas, asseguram que a empresa tenha estrutura para oferecer ambientes sadios,
ergonomia adequada a cada setor.

Ambientes insalubres

Vamos falar sobre


insalubridade?
Insalubre quer dizer
prejudicial.

Figura 19 - A professora
Fonte: Beth Miranda
Descrição da Figura: Ao lado direito da tela uma mulher com cabelos pretos, com enfeite amarelo na cabeça, usa
óculos, vestindo blusa amarela, fundo rosa. A lado esquerdo balão de fala. Fim de descrição

42
Uma das funções do técnico de Recursos Humanos é entender as necessidades dos
funcionários e, consequentemente, estar atento para as possíveis dificuldades que surgirem no
ambiente, se este for insalubre.
Um ambiente sadio para a execução das funções deve fornecer equipamentos de
segurança e assistência dinâmica para diminuir os riscos de acidente. A insalubridade pode ser
percebida em ambientes de relacionamentos hostis.

Você já deve ter visto que em alguns momentos basta ter opiniões diferentes e
o conflito se instala. As relações ácidas como o assédio são as, maiores
provocadoras de transtornos. Nesse caso, gerir o ambiente organizacional quer
dizer, torná-lo adaptado para convivência, um lugar em que o funcionário é
ouvido.

Mas, não esqueça que um ambiente propício para o trabalho, deve ter uma estrutura
ergonômica adaptada.

Ergonomia
Como falamos antes, ambientes insalubres são locais que podem provocar doenças ao
trabalhador. É onde entra o estudo das condições adequadas para o ambiente de trabalho, a
ergonomia. Via de regra, é um conjunto de ações que dão melhores condições de trabalho para o
funcionário.
As empresas são classificadas por segmentos e para que suas atividades sejam exercidas
conforme as leis que as normatizam, é importante que haja um plano de treinamento sistematizado
e periódico.
Por esse motivo é função do Técnico de RH estar atento aos treinamentos que são feitos
para atualizar o colaborador das normativas de que necessita para atuação no seu trabalho.

43
A empresa Catho lhe dará muitas informações, basta acessar, vamos nessa?
https://www.catho.com.br/profissoes/tecnico-em-recursos-humanos/

Desenvolvimento de competências
Antes de dar continuidade ao assunto, quero lembrar que treinar e desenvolver, embora
estejam ligados um ao outro, são diferentes. Treinar quer dizer ensinar e desenvolver aprender, não
entender essa diferença pode causar conflitos, durante o processo.
É natural que haja ausência de concordância entre opiniões sobre determinados assuntos
ou objetivos dentro das organizações. Isso é extremamente positivo e saudável, pois indica
movimento. Todavia, a condução dos conflitos deve ser cautelosa para evitar danos ao grupo.
Durante o dia de trabalho, existem diversas demandas de urgência que em alguns casos
podem dificultar as informações, como quebra de informações. Isso pode gerar ruídos e por isso nem
sempre as lideranças estão a par de atualizadas.
Isso reflete uma comunicação travada e quando as opiniões têm objetivos diferentes. A
estrutura administrativa pode ser atingida severamente, os liderados ficaram à mercê de notícias
antigas ou atuais que não são repassadas e isso causará danos nas produções.
Lembre-se de que as pessoas devem ter conhecimento de suas atividades
antecipadamente, para evitar ruídos desnecessários.

Isso traduz um ambiente conflituoso. Eis a


importância do RH: coibir ou minimizar os
danos. Nesse caso a melhor forma de reduzir
esse problema é ter um planejamento de
treinamentos periódicos

Figura 20 - A professora
Fonte: Beth Miranda
Descrição da Figura: Ao lado direito da tela uma mulher com cabelos pretos, usa óculos, vestindo blusa colorida, fundo
rosa. A lado esquerdo balão de fala. Fim de descrição

44
Vou dar umas dicas a você:

Primeiro passo: organizar reuniões com os gestores por setor, para que os líderes sejam
lembrados de apresentar o calendário de remanejamento de pessoal. Isso evitará que as lacunas nos
horários dos treinamentos interfiram na fluidez das entregas do setor em que será feito o
treinamento.
Segundo passo: Os Líderes devem apresentar o calendário aos funcionários com
antecedência para organização individual e em grupo desses funcionários durante o período dos
treinamentos.
Terceiro passo: Lembrar aos líderes de que é necessário enviar um relatório da atividade,
com quantidade de pessoas treinadas, avaliação da empresa ou funcionário interno que aplicou os
treinamentos, métodos aplicados e documentos comprobatórios de que participou do treinamento
de atualização.

Agora que você entendeu que treinar consiste


em reduzir danos físicos e emocionais, você já
lembrou de que terá de aposentar alguns
desses funcionários?

Figura 21 - A senhora professora


Fonte: Beth Miranda
Descrição da Figura: Ao lado esquerdo da tela xilogravura de mulher com cabelos preto e branco, usa óculos, vestindo
blusa preta. No lado direito balão de fala. Fim de descrição

45
Planejamento para aposentadoria
Essa é uma situação muito delicada, e por que não falar sobre o assunto, com o respeito
que merece? Afinal esses colaboradores foram algumas vezes o alicerce para manter a empresa em
pleno funcionamento.
No link sugerido, você ouvirá uma frase impactante dita por funcionário quando foi
abordado sobre o que é aposentadoria, você irá se surpreender. Clique no link e ouça os dois Podcasts
curtinhos que falam um pouco sobre o quanto gerir a aposentadoria pode transformar a vida das
pessoas.
https://podcasts.google.com/feed/aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy8zOTU5ZjY2Yy9wb2RjYXN0L3J
zcw/episode/ZWEyYTdiOTItMTNlZS00NmVhLWExYTktZTViOGIyYjJlYmE1?hl=pt-
BR&ved=2ahUKEwiuzPCDl7T2AhX-qpUCHV_zAIYQjrkEegQIAhAL&ep=6

Figura 22 - Podcast
Fonte:
https://podcasts.google.com/feed/aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy8zOTU5ZjY2Yy9wb2RjYXN0L3Jzcw/episode/ZWEyY
TdiOTItMTNlZS00NmVhLWExYTktZTViOGIyYjJlYmE1?hl=pt-BR&ved=2ahUKEwiuzPCDl7T2AhX-
qpUCHV_zAIYQjrkEegQIAhAL&ep=6
Descrição da Figura: Ao centro da tela homem branco, sem cabelos, vestindo roupa preta. MagaldiCasti. Pílulas sobre a
gestão do amanhã! Aposentadoria é quando você deixa se sonhar. Fim de descrição.

Assim como cada caso em particular merece sua atenção, o desenvolvimento é


considerado um patrimônio organizacional, por ser a lei de progresso que faz com que todos cresçam
simultaneamente.

46
4.Competência 04 | Desenvolvimento como Patrimônio Empresarial
Chegamos ao final de mais uma disciplina, durante esse tempo você viu processos,
treinamentos, dimensões pessoais e qualidade. Nessa competência você entenderá mais
detalhadamente sobre o impacto do desenvolvimento de pessoas nas organizações.

Mas, antes de iniciar os estudos, não se


esqueça de ouvir o podcast, combinado?

Figura 23 - A professora
Fonte: Beth Miranda
Descrição da Figura: A lado esquerdo mulher com cabelos negros, usa óculos, veste blusa azul de bolinhas, fundo rosa.
A lado direito balão de fala. Fim de descrição

Durante a três semanas você estudou que o setor de treinamento tem a missão de suprir
a necessidade de desenvolver pessoas de acordo com as demandas diárias e periódicas, adequando
as pessoas a seus cargos, para obter delas os resultados favoráveis para a empresa.
Na verdade, tem tudo a ver, pois o desenvolvimento é o objetivo do treinamento. Vamos
abordar melhor sobre esse assunto em seguida.

4.1 Desenvolvimento

Durante os treinamentos aplicados nas equipes, a forma de entender a eficácia do


trabalho é verificando o nível de desenvolvimento das equipes. Chiavenato (2014) observa a
importância e define T&D como processo sistêmico com quatro fases conceituais, vamos ver?

❖ Transmissão de informações: ter conhecimento sobre as pessoas, informações sobre

as organizações, seus clientes, seus produtos e serviços, políticas e diretrizes, regras


e regulamentos. É considerada uma auditoria que revela se os objetivos estão a
contento como deveriam.

47
❖ Desenvolvimento de habilidades: melhorar as habilidades e destrezas, habilitar as

pessoas para execução e a operação de tarefas, manejo de equipamentos, máquinas


e ferramentas,
❖ Desenvolvimento de atitudes: desenvolver ou modificar comportamentos: mudar
atitudes negativas pata atitudes favoráveis, conscientização das relações e melhoria
da sensibilidade com as pessoas, com os clientes internos e externos,
❖ Desenvolvimento de conceitos: Elevar o nível de abstenção: desenvolver ideias e

conceitos para ajudar as pessoas a pensar em termos globais e estratégicos.

Pois então, Harduim (2008) concorda com Chiavenato e diz ainda que, quando o
treinamento está alinhado à gestão estratégica, a empresa atinge suas funções básicas que envolve
as mudanças de comportamento, ou seja, o desenvolvimento dos grupos.
Observando a essa dinâmica, em 2019 a revista Veja RH fez um estudo sobre os temas
mais interessantes para as empresas, entre eles os mais cotados são: aprendizado in the job, Portais
de ensino e Desenvolvimento de plano de ação de ensino. Esse estudo sinaliza que o setor de
treinamento e desenvolvimento de pessoas está crescendo significativamente porque mostra
resultados positivos para as empresas, entretanto, os processos ainda precisam ser adaptados
constantemente para acompanhar as mudanças.
Nesse processo de mudanças, o desenvolvimento desenha o papel transformador do RH,
que através da atuação sistematizada auxilia no crescimento das empresas.
No início do E-book você viu que grupos e equipes têm diferentes significados, nesse
momento, você estudará um pouco mais detalhadamente sobre a influência do desenvolvimento
para os grupos e equipes.

Os grupos e as equipes nos treinamentos

Nas organizações, os termos usados para grupo e equipe têm significados diferentes.
Essas diferenças podem ser entendidas e usadas como oportunidades e por isso devem ser
desenvolvidas de acordo com os aspectos que cada um traz.
Como já iniciamos esse diálogo na competência 3 os grupos se formam por objetivos
independentes e se diluem com frequência. São criados por necessidade em comum, como por
exemplo, executar um determinado projeto e ao final de sua execução esses grupos se desfazem.

48
As equipes, por sua vez, são um conjunto de pessoas que estão unidas por um objetivo
central e para que a organização se mantenha fortalecida, como exemplo o setor de produção de
uma empresa, que trabalha por tempo indeterminado
Assim uma equipe pode gerar vários grupos. Nesse vai e vem de formações e dissoluções
constantes, os conflitos acontecem com frequência, o que não significa que você está errado ou certo,
mas que, se você puder observar fora da caixa, perceberá que há grandes oportunidades de
transformar grupos em equipes.
Como já foi dito antes, o conflito é um constante desafio no desenvolvimento de pessoas
e grupos, mas pode ser usado a seu favor.

Conflito

Embora o tema seja extremamente delicado, saiba que o conflito pode ser um grande
aliado para os líderes. Uma estudiosa dos grupos chamada Fela Moscovici entendeu que o conflito
em si, não é exatamente “danoso ou patológico”. É uma constante da dinâmica interpessoal,
reveladora do nível energético do sistema, resultante de fatores internos e externos que afetam os
grupos, por isso podem ser negociados.
Portando, como técnico de recursos humanos você deve entender que cada fator externo
é um potencial conflito e deve ser metrificado. Essa etapa pode ser verificada a partir da avaliação de
desempenho e da pesquisa de clima, após os pontos de conflitos serem encontrados, serão
devidamente tratados nas suas especificidades.
Por se tratar de uma questão mais constante do que gostaríamos, o conflito não é apenas
mal interpretado. Fela Moscovici em 1994 já falava que, “[...] os conflitos têm inúmeras funções
positivas [...]” e que podem dar resultados satisfatórios. Para isso, o gestor de RH deve diagnosticar
as causas e planejar ações de reaproveitamento da situação, do contrário promove a desestabilidade
dos grupos, como vamos ver abaixo.

49
CONFLITO BEM CONDUZIDO CONFLITO MAL CONDUZIDO

• Romper a barreira do equilíbrio da • Desarmonizar o ambiente de


rotina trabalho
• Mobiliza a energia latente do • Estagna o desenvolvimento
sistema • Inibe as ideias
• Desafia a acomodação de ideias e • Esconde dificuldades
posições • Desenvolve e camufla a percepção
• Desvenda problemas escondidos • Estimula a imaginação
• Aguça a percepção e o raciocínio negativamente
• Excita a imaginação • Coíbe o processo de criatividade
• Estimula a criatividade

Quadro 04 - Conflito
Fonte: a autora

Conviver com pessoas e pensamentos diferentes está na rotina do RH, por isso, você deve
ver no conflito apenas uma situação, que é muito comum a todas as empresas, pois a diversificação
de ideias é extremamente positivo, em que os pontos negativos são facilmente entendidos. O desafio
é perceber os pontos positivos e usá-los para o crescimento das organizações

É tanta coisa, que só quem tem a mente fora da caixa pode ver, não é mesmo?

Moscovici diz que o primeiro e talvez o mais importante passo é aceitar que existe um
conflito e depois enfrentá-lo. Para isso, existem duas modalidades de negociação que são: as táticas
de luta/fuga e a de diálogo.
Desde essa época Fela Moscovici já dizia que o futuro das organizações seria pautado na
gestão dos conflitos:
As táticas de Luta/fuga: como o próprio nome diz é abrupta, invasiva e ineficaz;
As táticas Diálogo: é usada com coerência, é muito eficaz.
As táticas são formas estratégicas de lidar com os conflitos, vamos ver?

50
AS TÁTICAS DE LUTA/FUGA AS TÁTICAS DIÁLOGO

Competição: Reconhecer o conflito e se Apaziguamento: Ajuda outrem a apaziguar o


engajar na luta aberta contra o adversário conflito interpessoal

Repressão: Uso da força para aniquilar o Negociação: Deve se ter equilíbrio emocional
conflito para conduzir o problema e dar alternativas
de solução

Evasão: Abranda as emoções sem tratar o Confrontação: exige maior habilidade


conflito interpessoal de negociação entre as partes
em conflito

Resolução dos problemas: Inicia-se em um


diálogo e tem duas partes: a diferenciação e a
integração.

❖ Diferenciação é a compreensão
aprofundada dos sentimentos das
duas partes do conflito
❖ Integração é a reformulação dos
problemas existentes como tarefa
participativa

Quadro 05 - Táticas
Fonte: adaptado de Moscovici (1994)

Como técnico de RH você deve estar atento a essas oportunidades para atuar com táticas
para coibir os conflitos ou usá-lo a seu favor.
Percebeu? As táticas são formas de interagir com as equipes para se obter os resultados
e por tanto desenvolvê-las.

51
4.2 Desenvolvimento de Equipes (DE)

O processo de desenvolvimento de equipes pressupõe que uma comunicação eficaz, e


por esse motivo, saber transmitir informações é tão importante quanto saber ouvir as pessoas, pois
é nesse momento que você transfere seus conhecimentos para os grupos liderados e estabelece o
acordo imprescindível para que as diretrizes internas sejam executadas de forma fluida.

Moscovici (1994)
diz que os grupos
são formados de
acordo como sua
forma de operar.

Figura 24 - A professora
Fonte: Beth Miranda
Descrição da Figura: A lado esquerdo mulher com cabelos negros, veste blusa rocha, fundo em formato de estrela. A
lado direito balão de fala. Fim de descrição

Chamaram a essa dinâmica de curva do desempenho de Equipe que podem ser


classificados em:

v Pseudoequipe - este grupo se preocupa apenas com o trabalho a ser desenvolvido


entre o grupo, mas não se preocupam com o desempenho coletivo, são individuais.
v Grupos de trabalho – Esse grupo de pessoas não veem nenhuma razão de se
transformarem em equipe, dividem conhecimento e informações em grupo, mas as
entregas são individuais.

52
v Equipe potencial – Tem interesse real em desenvolver trabalho conjunto, é uma
equipe em fase de construção
v Equipe real – De todos as transições, este é o grupo que traduz maior desempenho
para a mudança. Uma equipe real é composta por pessoas que tenham habilidades
complementares para dar êxito ao resultado do trabalho.
v Equipe de elevado desempenho – Este grupo atende a todos os requisitos de uma
equipe real, além de serem extremamente comprometido com o desempenho pessoal
de cada dos integrantes e na qualidade do trabalho desenvolvido

4.3 Desenvolvimento como ferramenta de gestão eficaz

Para a empresa moderna ter bom rendimento de seus colaboradores deve desenvolver
os grupos a partir de suas especificidades, pois o resultado de cada grupo é avaliado segundo a sua
performance. Desenvolver é por tanto, estímulo e avaliação contínua do desempenho, nesse
processo de ajustes o comportamento é fator de muita relevância.
Um psicólogo chamado Fiorelli, diz que Jung (1986) estudou o comportamento humano
e cogitou o que seria hoje o pensamento holístico, global, em outras palavras, isso quer dizer que
,quando uma pessoa exerce seu papel com uma postura diferente, significa que o comportamento
está se dirigindo para a mudança desejada, ou seja, a mudança está acontecendo, o que não quer
dizer, que será automaticamente após cada treinamento, visto que cada indivíduo tem sua forma de
agir diante das situações.

Fiorelli (2006) relata que a mudança de comportamento é um trabalho


sistêmico, e por esse motivo, a eficácia do desenvolvimento deve ser
questionada periodicamente pelo setor de desenvolvimento das empresas.

Como Técnico de Recursos Humanos, você naturalmente estará na equipe que promove
o desenvolvimento nas empresas, e consequentemente irá ouvir uma frase: se contrata pelo
currículo e se demite pelo comportamento que faz parte da realidade, mas, o que fazer para que
isso seja dirimido nas organizações?

53
Como já foi falado no início do estudo, partindo da ideia de que a relação de trabalho
pode ser interferida, gerir o comportamento é uma das ferramentas mais eficazes no
desenvolvimento das pessoas, dos relacionamentos e conduz os grupos para uma alta performance.
As relações de trabalho são os meios de ligação entre funcionários e empregador; assim,
são caracterizadas pela ação de contrato fixado entre o empregado e a organização. Por esse motivo,
é importante que como profissional do setor de capital Humano você precisa estar atento às
novidades referentes aos direitos e garantias fundamentais.

Figura 15: podcast idp economisto


Fonte: https://www.idp.edu.br/wp-content/themes/idp_principal_2020/img/logo-economisto.png
Descrição da Figura: imagem de fundo azul com mulher de óculos, descrevendo a palavra economisto.

No link sugerido, você terá informações sobre a legislação trabalhista. Basta clicar para
acessar o site e aproveitar o podcast https://www.idp.edu.br/podcasts/economisto/temporada-1-
episodio-7-legislacao-trabalhista-com-bruno-ottoni/

E para seu trabalho ter


maior visibilidade, você
precisa ter uma equipe de
alta performance. Vamos
falar sobre assunto.

54
Figura 24 - Cangaceiro da educação
Fonte: Beth Miranda
Descrição da Figura: Cangaceiro com lápis na mão. Fim da descrição.

Desenvolvimento para alta performance

Todos os dias no mundo, conhece-se alguém que tem o pé na bola, são pessoas com
habilidades especiais para o esporte que com seu talento se destaca e vira uma mina de ouro, nas
organizações. Isso é chamado de habilidades individuais e o desenvolvimento é responsável por
visualizar essas pessoas e usá-las para elevar a performance das equipes. Nesse contexto, a liderança
é maior referência para a alta performance.
Quando uma equipe está dando certo, é muito natural ouvirmos frases como: “tá
batendo um bolão”, “você fez um golaço”, mas, de onde vieram essa relação entre as equipes
esportivas?

Vou explicar!

As expressões relacionadas ao mundo do esporte surgiram da necessidade de motivar as


pessoas para se obter resultados positivos. Então se observou que as equipes de alta performance no
esporte tinham em comum com o mundo corporativo, as equipes.
Repare, para que uma equipe de futebol por exemplo, seja reconhecida, todos os
jogadores devem estar trabalhando incessantemente para a vitória do grupo. Logo se entendeu que
esses profissionais possuíam um grande potencial de desenvolvimento porque não focam apenas
expectativas, mas, nos resultados, estão sempre empenhados na execução das funções.
Assim, as expressões que são usadas hoje nas corporações são retiradas do mundo
esportivo, porque relaciona a motivação dos jogadores e o trabalho cinestésico, fator
preponderante para o resultado das equipes de alta performance.
Mas ter esse resultado não é simples, pois requer um trabalho consciente de
entrosamento, agrupamento, motivação, confiança, visão holística entre a empresa e seus
colaboradores.

55
Dá uma olhada nessa dica.
A revista Forbes criou um super glossário de expressões corporativas. Basta
clicar lá e você encontrará termos que lhe ajudarão no dia a dia, como técnico
de RH https://forbes.com.br/escolhas-do-editor/2019/09/corporatives-
glossario-com-245-termos-do-mundo-corporativo/

Pois é, de um ponto de vista geral, a equipe é o reflexo da liderança que a desenvolve, e


para que as pessoas se engajem é importante se ter um ambiente com condições favoráveis ao
desenvolvimento contínuo com a finalidade de criar e mante equipes que alcancem a alta
performance

Profissionais de alta performance

Se o ambiente é um ponto chave para a evolução das competências, então é certo que
para conseguir a dinâmica máxima ou resgatar as potencialidades se deve ter treinamento
estratégico, metas igualmente estimulantes, mas é necessário ter.
Como gestor de RH é imprescindível que que seleção seja voltada para competências, pois
além das habilidades natas, cada candidato deve ter um potencial que o destaque, a inteligência
emocional.
Segundo o artigo publicado pela Universidade de Harvard em 2018 é uma capacidade de
gerenciar nossos ímpetos e pode ser entendida e educada em 4 aspectos:

Autoconhecimento Autogestão

Autoconhecimento emocional: a aptidão de ler Autocontrole: a capacidade de manter sob


e compreender suas emoções assim como de controle emoções e impulsos desintegradores.
reconhecer seu impacto no desempenho
profissional, nos relacionamentos, etc. Confiabilidade: uma demonstração consistente
de honestidade e integridade.
Precisão na autoavaliação: uma avaliação
realista de suas forças e de suas limitações. Conscienciosidade: capacidade de lidar consigo
mesmo e com suas responsabilidades.

56
Autoconfiança: uma noção forte e positiva de Adaptabilidade: aptidão para se adaptar a
eu próprio valor. situações de mudança e para superar
obstáculos.

Disposição para conquistas: o ímpeto para


atingir um padrão interior de excelência.

Iniciativa: prontidão para aproveitar


oportunidades.

Consciência social Destreza social

Empatia: aptidão para se colocar no lugar do Liderança visionária: aptidão para assumir o
outro, compreender seu ponto de vista e comando e inspirar os outros por meio de uma
assumir um interesse ativo por suas visão convincente.
preocupações.
Influência: aptidão para manejar uma gama
Consciência organizacional: capacidade de ler ampla de táticas de persuasão.
as tendências da vida organizacional, construir Desenvolvimento focado nos outros: propensão
redes de tomada de decisão e lidar com para incrementar a capacitação de outros
questões de natureza política. profissionais mediante feedback e orientação.

Disposição para atender ao cliente: capacidade Comunicação: aptidão para ouvir e enviar
de reconhecer e ir ao encontro das mensagens claras, convincentes e afinadas.
necessidades dos clientes.

Quadro 25 - aspectos da inteligência emocional


Fonte: adaptada de Golleman 2018

O ambiente e as equipes de alta performance

Você lembra que para produzir mais e melhor o ambiente deve estar livre de estímulos
negativos? Em nossa conversa anterior, lhe mostrei a experiência de Hawthorne e o que aconteceu
em função das intervenções promovidas por barulho, oscilações climáticas ou de iluminação no
ambiente de trabalho?
Não basta ter bons profissionais, ótimas intenções e excelentes planos, se o ambiente não
coopera com o planejamento ou não dialoga com as intenções da empresa, certamente os bons

57
resultados demoraram um tempo maior para acontecer, pois a marca de todo empresa está na
imagem refletida do profissional que vai ao trabalho por desejo.

Figura 25: Imagem do grupo


Fonte: Beth miranda
Descrição da Figura: de um grupo de pessoas, com fundo amarelo, com três mulheres de cabelos pretos vestidas azul e
uma mulher com roupa de amarela e marrom, dois homens com roupa marrom e amarelo cabelo preto e chapel. Fim
das descrições.

58
Conclusão

O objeto de estudo deste Ebook são as pessoas e por isso, como técnico de RH, sua missão
estará em observar a importância de cada um dos seus liderados e tornar possível que esses
desenvolvam suas capacidades e com isso elevem as equipes.

Treinar e desenvolver os profissionais de uma organização para obter uma alta


performance no mercado é um desafio estimulador e as empresas carecem de uma visão mais
aprofundada para não perder a oportunidade. O gestor de RH é o ponto mais forte entre a
transformação e o planejamento, porque está na execução dos planos de treinamento, então, seu
desafio é ter uma equipe engajada, fortalecida e estimulada e isso é perfeitamente possível.
Quero aproveitar o momento para agradecer e parabenizar especialmente à artista
plástica Beth Miranda, que ilustrou nessas páginas a sua delicadeza de mulher, a força e a criatividade
nordestina.
Enfim, parece muito difícil, não é mesmo? Mas acredite, você pode fazer muito além de
sua imaginação, afinal só existe uma pessoa entre você e seu sucesso, você mesmo. Seja a mudança
que o mundo necessita, até a próxima!
Professora Cristiane Oliveira

59
Referências

BOOG, Gustavo, BOOG, Madalena, Manual de Treinamento e Desenvolvimento: gestão e estratégias


Ed. Pearson, SP, 2006

CINTRA, Josiane, DALBEM, Eloísa, Comportamento organizacional, Ed. Educacional S.A. PR 2016.

COIMBRA, Joaquim Luís, PARADA, Filomena, IMAGINÁRIO, Luís, Formação ao Longo da Vida e Gestão
da Carreira, Direcção-Geral do Emprego e Formação Profissional, Ministério do Trabalho e da
Solidariedade, Lisboa, 2001.

CHIAVENATO, Idalberto, Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações,
4. ed. -- Barueri, SP, 2014.

FIORELLE, José Osmir , Psicologia para Administradores: integrando teoria e prática, 5. Ed., SP, Atlas,
2006

GOLEMAN, Daniel, Gerenciando pessoas [recurso eletrônico] [Harvard Business, . Rio de Janeiro,
Sextante, 2018.

GPTW (Grate Place To work) Entenda o papel do RH na formação de equipes de Alta Performance,
Revista Eletrônica, disponível https://gptw.com.br/conteudo/artigos/equipes-de-alta-performance/
Acessado dia 13/06/2022

--------------------_______________________Top 6 competências necessárias para líderes em 2022,


Revista Eletrônica, disponível https://gptw.com.br/conteudo/artigos/competencias-para-lideres/
Acessado dia 13/06/2022

________________________Melhores Empresas de 2020: alto nível de inovação e confiança são


destaques do ranking, Revista Eletrônica Disponível em
https://gptw.com.br/conteudo/artigos/melhores-empresas-de-2020/ Acessado dia 10/11/2021

HILAIRE, Chris St., PADWA, Lynette, 27 Poderes da persuasão: estratégias simples para seduzir
plateia e criar aliados, Ed. Alta Books, RJ, 2012

MAXWELL, John C., O Livro de Ouro da Liderança, RJ, Thomas Nelson, 2008.

MEDEIROS, David Roberto, LIMA, Elaine Leite de, Comunicação e Educação Corporativa, Londrina,
Ed. Educacional S.A., 2018.

MOSCOVIVI, Fela, Equipes Dão Certo, José Olympio, RJ, 2001

REVISTA ELETRÔNICA PANORAMA DO TREINAMENTO NO BRASIL Indicadores de Tendências em


Gestão de T&D, 14 ª Ed. SP, 2019/2020, Disponível em https://abtd.com.br/blog/pesquisa-
panorama-do-treinamento-no-brasil-20202021 Acessado 15/10/2021

60
LIMA, Ana, As cinco novas regras para liderar no modelo hibrido, Disponível em;
https://vocerh.abril.com.br/futurodotrabalho/as-cinco-novas-regras-para-liderar-no-modelo-
hibrido/VOCÊ RH Acessado 14/06/2022

REICHEL, Harduim, Treinamento e Desenvolvimento, Curitiba, IESDE Brasil, 2008

REIS, Ana Maria Viegas, Tonet, Helena, Becker Jr., Luiz Carlos, Costa, Maria Eugênia Belczak,
Desenvolvimento de Equipes, 2ª ed., RJ, FGV, 2009.

ROBBINS, Stephen, Comportamento Organizacional, SP Pearson Prentice Hall, 2005.

SANTOS, Michele Fernanda Schmidt dos, WEIMAR, Paulo Renato, OLIVEIRA, Elisete Alice Zanpronio
de, RICIERI, Marilucia, Cultura Organizacional – Londrina, Distribuidora Educacional S.A., 2014.

SEBRAE, 6 ferramentas para o planejamento estratégico da sua empresa, Paraíba, Disponívem em


https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/6-ferramentas-para-o-planejamento-
estrategico-da-sua-empresa,281479e90d205510VgnVCM1000004c00210aRCRD acessado
(14/06/2022)

ZANELLI, José Carlos, Borges-Andrade, Jairo Eduardo, Bastos, Antônio Virgílio Bittencourt, Psicologia,
organizações e trabalho no Brasil [recurso eletrônico], 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

61
Minicurrículo do Professor

Cristiane Maria de Oliveira


Formada em Gestão de Recursos Humanos pela UNIBRA, Licenciada em
Pedagogia no IFRN, Pós-graduada em Psicologia Organizacional e do
Trabalho com ênfase em pesquisa de clima organizacional pela FAFIRE,
Especialista em Práticas Assertivas ao Ensino Jovens e Adultos com
ênfase na Didática, Professora Formadora, Tutora e Produtora de
Conteúdos do Curso Técnico de Recursos Humanos na ETEPAC.

62

Você também pode gostar