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TEMA 15 – SÉRIE O GRANDE CONFLITO

POR QUE O PECADO FOI


PERMITIDO?
ROMANOS 5:18-21
É verdade que um só pecado de Adão trouxe condenação a todos, mas um só ato de justiça de Cristo
removeu a culpa e trouxe vida a todos.
Por causa da desobediência a Deus de uma só pessoa, muitos se tornaram pecadores. Mas, por causa da
obediência de uma só pessoa a Deus, muitos serão declarados justos.
A lei foi concedida para que todos percebessem a gravidade do pecado. Mas, aonde abundou o pecado,
superabundou a graça.
Portanto, assim como o pecado reinou sobre todos e os levou à morte, agora reina a graça, que nos declara
justos diante de Deus e resulta na vida eterna por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.
•Muitos veem a obra do mal, com
sua dor e suas perdas, e
questionam como isso pode existir
sob o domínio dAquele que é
infinito em sabedoria, poder e
amor. Quem é propenso a duvidar
logo usa isso como desculpa para
rejeitar as palavras da Bíblia. A
tradição e as interpretações
errôneas obscureceram o ensino
bíblico em relação ao caráter de
Deus, à natureza de Seu governo e
aos princípios de como Ele lida com
o pecado.
•É impossível explicar a origem do pecado de
maneira a dar o motivo de sua existência. No
entanto, temos condições de entender o
suficiente sobre o início do pecado e sobre
seu fim definitivo para demonstrar com toda
clareza a justiça e a bondade de Deus. O
Senhor de maneira nenhuma foi responsável
pelo pecado. Ele não removeu Sua graça
divina, nem havia nada em falta no governo
divino que desse motivo para a rebelião. O
pecado é um intruso cuja presença ninguém é
capaz de explicar. Dar desculpas para sua
existência é o mesmo que defendê-lo. Se
conseguirmos encontrar uma desculpa para
ele, deixa de ser pecado. O pecado é a
expressão de um princípio que está em guerra
com a lei do amor, a qual consiste na base do
governo divino.
•Antes do início do pecado, havia paz e
alegria por toda parte no Universo. O amor a
Deus era supremo e o amor de uns para com
os outros, altruísta. Cristo, o Unigênito de
Deus, era um com o Pai eterno em natureza,
caráter e propósito – o único ser capaz de
entrar em todos os conselhos e planos de
Deus. “NEle foram criadas todas as coisas nos
Céus [...] , sejam tronos ou soberanias,
poderes ou autoridades” (Cl 1:16). Como a lei
do amor é a base do governo de Deus, a
felicidade de todos os seres criados depende
de sua harmonia voluntária com esses
princípios de justiça. O Senhor não sente
prazer na lealdade forçada e concede a todos
liberdade de escolha, para que possam optar
por servi-Lo de maneira voluntária.
Entretanto, um dos seres criados de Deus
escolheu fazer mal uso dessa liberdade. O
pecado surgiu com um anjo que, ao lado de
Cristo, tinha sido o ser a quem Deus mais
havia honrado.
•Antes da queda, Lúcifer era o chefe dos querubins
cobridores, santo e puro. “Você estava  no  Éden, no
 jardim  de Deus; todas as pedras preciosas o
enfeitavam [...]. Você foi  ungido  como um querubim
guardião, pois para isso Eu o designei. Você estava no
monte santo de Deus  e caminhava entre as pedras
fulgurantes. Você era inculpável em seus caminhos
desde o dia em que foi criado até que se achou
maldade em você. [...] Seu  coração  tornou-se
orgulhoso por causa da sua beleza, e você corrompeu
a sua  sabedoria  por causa do seu esplendor” (Ez
28:12-15, 17). “Você pensa que é sábio, tão sábio
quanto Deus” (v. 6). “Você, que dizia [...]: Subirei aos
céus; erguerei o meu  trono  acima das estrelas de
Deus; eu me assentarei no monte da assembleia [...].
Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como
o Altíssimo” (Is 14:13, 14). Cobiçando a honra que o
Pai dera ao Filho, esse príncipe dos anjos queria o
poder que só Cristo podia usar. Uma nota de discórdia
agora maculava a harmonia celestial.
•Ver alguém se exaltar espalhou um estranho temor de
algo mau em meio aos outros anjos, que consideram
suprema a glória de Deus. Os concílios celestiais instaram
com Lúcifer. O Filho de Deus lhe mostrou a bondade e a
justiça do Criador, bem como a natureza santa de Sua lei.
Ao rejeitá-la, Lúcifer desonraria seu Criador e traria ruína
sobre si. Contudo, o aviso só despertou ainda mais sua
resistência. Lúcifer permitiu que sua inveja de Cristo o
controlasse. O orgulho alimentou seu desejo de
supremacia. A elevada honra que Deus dera a Lúcifer não
o tornou grato ao Criador. Ele queria ser igual a Deus. No
entanto, todos reconheciam que o Filho de Deus era o
Governante do Céu, um com o Pai em poder e
autoridade. Cristo participava de todos os concílios com
Deus, mas Lúcifer não tinha permissão de conhecer os
planos divinos. Esse poderoso anjo questionou: “Por que
Cristo deve ter supremacia? Por que Ele é honrado assim,
acima de Lúcifer?”
DESCONTENTAMENTO ENTRE OS ANJOS
•Ao deixar seu lugar na presença de Deus, Lúcifer
saiu para espalhar descontentamento entre os
anjos. Com sigilo misterioso, escondendo seu
real propósito por trás da aparência de
reverência a Deus, tentou tornar os anjos
insatisfeitos com as leis que governavam os seres
celestiais. Sugeriu não apenas que essas leis
eram desnecessárias, mas também que estas os
restringiam. Como a natureza deles era santa,
dizia que os anjos deveriam seguir a própria
vontade. Deus havia lidado injustamente com ele
ao dar honra suprema a Cristo. Ele alegava que
não estava tentando se exaltar, mas buscando
obter liberdade para todos os seres celestiais, a
fim de que cada um deles pudesse alcançar um
nível superior de existência.
•Deus foi paciente com Lúcifer. Não o removeu de sua honrada
posição quando ele começou a fazer essas falsas alegações para os
anjos. Vez após vez, o Senhor lhe ofereceu perdão se ele se
arrependesse e fosse submisso. Deus fez esforços que somente o
amor infinito é capaz de empreender para convencê-lo do erro.
Nunca antes se ouvira falar em descontentamento no Céu. A
princípio, o próprio Lúcifer não havia compreendido a real natureza
de seus sentimentos. Quando Deus mostrou que não havia motivo
para sua insatisfação, Lúcifer se convenceu de que os argumentos
divinos estavam corretos e de que ele deveria reconhecer essa
verdade para todo o Céu. Caso tivesse feito isso, ele teria salvado a si
mesmo e muitos anjos. Se tivesse se mostrado disposto a voltar para
Deus, satisfeito em ocupar o lugar que o Senhor lhe dera, Deus o teria
recolocado em sua posição. Mas o orgulho não permitiu que ele se
sujeitasse. Ele afirmou que não tinha necessidade de se arrepender e
se comprometeu plenamente com o grande conflito contra seu
Criador. Passou então a aplicar todos os poderes de sua elevada
mente ao engano, a fim de conquistar a simpatia dos anjos.
•Deus, em Sua sabedoria, permitiu que
Satanás levasse adiante sua obra até que o
espírito de dissidência se transformasse em
revolta. Era necessário o Senhor permitir que
o inimigo desenvolvesse seus planos até o fim,
para que todos pudessem ver sua verdadeira
natureza. Lúcifer era muito amado pelos seres
celestiais, e sua influência sobre eles era forte.
O governo de Deus incluía não só os
habitantes do Céu, mas também de todos os
mundos que Ele havia criado. Satanás achou
que, se conseguisse levar os anjos consigo em
rebelião, também recrutaria os outros
mundos. Recorrendo a argumentos falsos e
fraudes, grande foi seu poder de enganar. Até
mesmo os anjos leais não conseguiam
discernir plenamente seu caráter, nem ver
para onde sua obra estava conduzindo.
Satanás havia recebido tantas honras elevadas
e revestia todos os seus atos de tanto mistério
que era difícil mostrar aos anjos a verdadeira
natureza de sua obra. O pecado não pareceria
ser tão mau até se desenvolver por completo.
Em Sua resposta ao pecado, Deus só podia usar a justiça e a verdade.
Satanás podia lançar mão de tudo aquilo que o Senhor não faria:
bajulação e engano. Todos necessitavam compreender o verdadeiro
caráter desse anjo que queria a posição divina. Ele deveria ter tempo
para se revelar por meio de suas obras más. Mesmo depois de decidir
que Satanás não podia mais permanecer no Céu, a Sabedoria Infinita
não o destruiu. A lealdade das criaturas de Deus deveria repousar na
convicção de que Ele é justo e íntegro. Os habitantes do Céu e dos
outros mundos não estavam preparados para compreender as
consequências do pecado, por isso não conseguiriam reconhecer a
justiça e a misericórdia de Deus caso Ele houvesse destruído Satanás
naquele momento. Se o Senhor apagasse a existência do inimigo de
imediato, eles passariam a servi-Lo por medo, não por amor. Deus
não destruiria por completo a influência do enganador, nem
eliminaria o espírito de rebelião. Pelo bem do Universo ao longo das
eras eternas, Satanás precisaria desenvolver seus princípios de
maneira mais completa. Então todos os seres criados seriam capazes
de enxergar a realidade por trás de suas acusações contra o governo
divino.
•Ao expulsar Satanás do Céu, Deus declarou Sua
justiça e honra. Mas, quando a humanidade pecou,
Ele deu evidências de Seu amor ao oferecer Seu Filho
para morrer pela raça caída. A expiação nos revela o
caráter de Deus. O poderoso argumento da cruz
demonstra que o pecado não foi, de maneira
nenhuma, uma falha do governo divino. Durante o
ministério terreno do Salvador, o caráter do grande
enganador foi desmascarado. A ousada blasfêmia
contida na exigência de que Cristo o adorasse, a
intenção maligna incessante que perseguia Jesus por
todos os lugares, inspirando o coração dos sacerdotes
a rejeitar Seu amor e a bradar: “Crucifica-O! Crucifica-
O!” – tudo isso despertou a perplexidade e indignação
do Universo. O príncipe do mal exerceu todo o seu
poder e suas astutas habilidades para destruir Jesus.
Satanás usou os seres humanos como agentes seus
para encher a vida do Salvador de sofrimento e
tristeza. E, no Calvário, o fogo reprimido da inveja e do
despeito, do ódio e da vingança, flamejaram contra o
Filho de Deus.
Um argumento em nosso favor
•Todo o Céu viu a justiça de Deus revelada. Lúcifer
havia argumentado que a raça pecadora estava além
da possibilidade de redenção. Contudo, a pena da lei
recaiu sobre Aquele que era igual a Deus. Os
pecadores agora estavam livres para aceitar a justiça
de Cristo e, por arrependimento e humildade,
triunfar sobre o poder de Satanás. Entretanto, Cristo
não veio à Terra morrer somente para redimir a
humanidade. Veio demonstrar para todos os mundos
que a lei de Deus é imutável. A morte de Cristo prova
que a lei é permanente e demonstra que justiça e
misericórdia são o fundamento do governo de Deus.
No juízo final, ficará claro que não existe nenhuma
causa para o pecado. Quando o Juiz de toda a Terra
perguntar a Satanás: “Por que você se rebelou contra
Mim ?”, o originador do mal não terá desculpa para
oferecer.
•O clamor de morte do Salvador, “Está
consumado!”, tocou o sino da morte
para Satanás. O grande conflito tão
antigo foi então decidido. A erradicação
final do mal se tornou garantida.
Quando o dia chegar, “ardente como
uma fornalha [...], os arrogantes e todos
os malfeitores serão como palha, e
aquele dia, que está chegando, ateará
 fogo  neles, diz o  Senhor  dos Exércitos.
Não sobrará raiz ou galho algum” (Ml
4:1). O mal nunca mais vai se levantar
novamente. A lei de Deus será honrada
como a lei da liberdade. A criação
testada e provada nunca mais vai se
afastar da lealdade Àquele que
demonstrou que Seu caráter consiste de
amor inescrutável e sabedoria infinita.
GUERRA ENTRE SATANÁS E O HOMEM
•Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua
descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e
você Lhe ferirá o calcanhar” (Gn 3:15). Essa inimizade, ou
hostilidade, não é natural. Quando Adão e Eva transgrediram a
lei divina, a natureza deles se tornou má, em harmonia com a
de Satanás. Anjos caídos e pessoas ímpias se uniram em
desesperado companheirismo. Se Deus não tivesse interferido,
Satanás e a humanidade teriam formado uma aliança contra o
Céu, e toda a família humana teria se unido em oposição a
Deus. Quando Satanás ouviu que existiria inimizade entre ele e
a mulher, entre sua descendência e o descendente dela, soube
que, de alguma forma, os seres humanos seriam capacitados a
resistir ao seu poder.
•Por que Satanás não encontra maior
resistência? Porque os soldados de Cristo
têm muito pouca conexão real com Ele. O
pecado não lhes parece tão repugnante
como era a seu Mestre. Não o enfrentam
com a mesma resistência determinada.
Tornam-se cegos para o caráter do príncipe
das trevas. Muitos não sabem que seu
inimigo é um general poderoso, que guerreia
contra Cristo. Até mesmo ministros do
evangelho negligenciam as evidências da
atuação de Satanás. Parecem ignorar até
mesmo o fato de que ele existe.
Um inimigo alerta •Esse inimigo alerta introduz sua presença
em cada lar, cada rua, nas igrejas, nos
congressos nacionais, nos tribunais de
justiça. Está ocupado causando
perplexidade, engano e sedução,
arruinando por toda parte a alma e o
corpo de homens, mulheres e crianças.
Ele separa famílias, plantando sementes
de ódio, briga, rebelião e homicídio. O
mundo parece pensar que foi Deus quem
decretou essas coisas e, por isso, elas
precisam existir. Todos aqueles que não
são seguidores comprometidos de Cristo
se tornam servos de Satanás. Quando os
cristãos optam por se associar aos ímpios,
acabam se expondo à tentação. Satanás
se esconde e coloca sua venda enganosa
sobre os olhos das pessoas.
•Seguir os costumes do mundo converte a igreja ao
mundo, nunca o mundo a Cristo. A familiaridade
com o pecado o fará parecer menos repugnante.
Quando enfrentamos provações por fazer aquilo
que Deus deseja, podemos ter a certeza de que Ele
vai nos proteger. No entanto, se nos colocamos em
uma posição na qual nos tornamos vulneráveis à
tentação, mais cedo ou mais tarde cairemos. O
tentador costuma trabalhar com mais sucesso por
meio daqueles de quem menos suspeitamos estar
sob seu controle. Talento e cultura são dons dados
por Deus; porém, quando essas coisas o afastam
dEle, elas se tornam uma armadilha. Muitas pessoas
com intelecto culto e bons modos são instrumentos
polidos nas mãos de Satanás. Nunca se esqueça da
advertência inspirada que ecoa ao longo dos
séculos até nossa era: “Estejam alertas e vigiem. O
diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão,
rugindo e procurando a quem possa devorar” (1Pe
5:8).
“Vistam toda a armadura de Deus, para
poderem ficar firmes contra as ciladas  do
diabo” (Ef 6:11).
•Nosso grande inimigo está se preparando
para sua última campanha. Todos aqueles
que seguem a Jesus terão conflitos com o
inimigo. Quanto mais os cristãos imitam de
perto o padrão divino, com certeza, mais
vão se tornar alvos dos ataques de Satanás.
Satanás atacou a Cristo com tentações
atrozes e sutis, mas Jesus o repeliu em todos
os conflitos. Cristo tornou possível que nós
conquistemos as mesmas vitórias. Ele dará
força a todo aquele que a buscar. Satanás
não pode vencer nenhuma pessoa sem seu
consentimento. O tentador não tem poder
para controlar a vontade, nem para forçar o
indivíduo a pecar. Pode causar aflição, mas
não profanação. O fato de Cristo tê-lo
vencido deve inspirar coragem em Seus
seguidores para travar a batalha contra o
pecado e contra Satanás.

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