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2º ENCONTRO DE CATEQUESE

(Organizado por Thiago R. Miziara)

Temas Abordados:

- A queda: o pecado entra na História do Mundo.


- A Promessa de Deus quanto à restauração do Ser Humano.
- Vocação: um chamado a viver a Santidade e o Amor.
- Assunção de Nossa Senhora.

A QUEDA: O PECADO ENTRA NA HISTÓRIA DO MUNDO

“No princípio”, quando Deus criou o Universo, ele criou tanto as criaturas
materiais quanto as espirituais. As criaturas espirituais mais perfeitas eram os anjos. Eles
receberam muitos dons e habilidades.
Entre todos os anjos, havia um que se destacava. Ele era o anjo mais bonito e
poderoso do Céu. Seu nome era Lúcifer (que significa “o portador da Luz”). Lúcifer e todos os
demais anjos viviam em paz e harmonia, até que Deus decidiu criar o Ser Humano.
Maravilhados, os anjos viram que Deus havia acabado de criar um ser parecido
com Ele próprio. Tinha sua Imagem e Semelhança. Ele criou o ser humano, que, diferentemente
de toda a Criação, era uma criatura tanto material quanto espiritual.
Nesse momento da História, a matéria e o espírito humanos viviam em perene
Unidade, sem jamais se separarem um do outro. Ou seja, não existia a morte. A morte humana
não fazia parte dos desígnios de Deus. Ele não desejou que sua Obra-Prima passasse pela morte.
Contudo, um anjo do Senhor, criado perfeitamente por Deus (detentor, portanto, de
livre arbítrio e de vontade própria), não concordou com a criação do Ser Humano. Esse anjo não
admitia que uma criatura inferior pudesse possuir a Imagem e a Semelhança de Deus, enquanto
que ele próprio não podia ser como o Homem. Ademais, Deus tinha dado tudo para o Homem,
todas as criaturas do Universo, constituindo-o rei e centro da Criação. E o anjo Lúcifer também
não concordou com isso, pois assim ele próprio teria que se colocar a serviço da humanidade.
Vaidoso como era, não admitia ser servo de ninguém.
Então, ele desejou ser o único a possuir intimidade com Deus (egoísmo). E, com o
tempo, começou a desejar que ele próprio fosse maior que Deus (soberba e vaidade). Orgulhoso
de seu poder e beleza, passou a exigir que os outros seres o adorassem e o servissem, pois no
fundo desejava igualar-se ou mesmo superar a Deus.
Invejoso e sequioso de poder, esse Anjo começou a fomentar uma guerra, a fim de
derrubar Deus de Seu trono, pois em seu íntimo não aceitava mais a Vontade de Deus, e queria
ir contra a criatura humana. Ele conseguiu aliciar 1/3 de todos os anjos do céu, convencendo-os
a aderir à sua empreitada maligna. Contudo, os outros anjos do céu lutaram contra os rebeldes e
impediram que seus desígnios se realizassem. Lúcifer e seu grupo de anjos rebeldes foram
expulsos do Céu. Tiveram suas “asas” retiradas, e passaram a viver privados da presença
Divina, por vontade própria, pois nunca admitiram estar errados e não irão nunca se arrepender
e voltar para Deus. Eles mesmos, ao serem derrotados, decidiram cortar todos os laços de
intimidade com o Criador. A Igreja ensina que a opção dos anjos caídos em serem contrários à
Vontade de Deus é uma decisão que eles não querem mudar, por isso não podem ser perdoados.
Não são perdoados, não por uma deficiência da misericórdia Divina, mas por eterna teimosia e
rebeldia dos próprios anjos pecadores.
Liderados por Lúcifer, passaram a perseguir a criatura humana, jurando a Deus que
tentariam, com todas as forças, destruir a dignidade dos seres humanos. Eles iriam tentar fazer
que os espíritos dos humanos abandonassem seus corpos, dilacerando a Unidade criada por
Deus entre a matéria e o espírito humanos.
Deus criou o Universo, e no centro da Criação colocou o Homem. O Homem era
coroa da Criação. Era o rei e Senhor de tudo, pois Deus permitiu que o homem desse nome a
todas as coisas, entregando-lhes todos os bens como presentes. Ele criou todo o Universo só
para dar de presente para o Ser Humano.
De fato, Deus deu tudo ao Homem. Contudo, reservou para Si mesmo uma única
árvore.
Lúcifer, consciente disso, viu nesse fato uma oportunidade única de jogar o Ser
Humano contra Deus, provando-Lhe que a criação da criatura humana tinha sido um erro, e que
ela não seria capaz de honrá-Lo.
Foi então que o anjo rebelde enganou o Homem, mentindo para ele sobre sua
natureza. Disse que ele não era perfeito e que Deus havia proibido de comer da Sua árvore, para
que não fossem iguais a Deus. Contudo, isso era uma mentira. Os seres Humanos já tinham sido
criados perfeitamente, e viviam perenemente, em perfeita unidade de corpo e espírito.
Só que o Homem deixou-se seduzir pelas mentiras do anjo rebelde, e desobedeceu
à ordem de Deus. De todos os bens que poderia possuir, o homem quis tomar posse daquele
único bem que Deus havia reservado para Si mesmo. Ou seja, o autor bíblico ensina que todo o
Mal se origina no desejo de possuir aquilo que não é seu. Esse desejo de ser ou ter algo mais do
que lhe é devido, chama-se SOBERBA.
O Ser Humano já possuía todos os bens do Universo ao seu dispor. Os animais e a
natureza lhe serviam. Até mesmo aos anjos, o Senhor deu ordens para que protegessem e
auxiliassem os homens. Contudo, o Ser Humano, enganado pela serpente, desejou ter/ser algo
mais.
Foi assim que o Mal entrou na História. A partir do momento em que o Homem
desobedeceu a Deus, e desviou-se do caminho que Ele havia planejado para o ser humano, a
morte entrou na realidade humana. Como consequência desse “pecado original”, toda a raça
humana deveria agora passar pela experiência da Morte. Pois já não havia mais perfeita Unidade
entre matéria e espírito. Em razão do poder devastador do pecado, o espírito humano iria
gradativamente abandonar seu corpo, até que enfim se separassem. Estando sem espírito, o
corpo humano voltaria ao pó da matéria. É a morte. Portanto, o Mal e a Morte não são criações
de Deus, mas consequências de nossos pecados, de nossa Soberba e de nossa vaidade.
Deus, ao ver que o Mal tinha entrado na História, irou-se contra a serpente. Ele
resolveu dar um castigo ao anjo rebelde, tirou toda a glória que havia dado a Lúcifer, inclusive
seu nome, passando a chamá-lo de Satanás (termo hebraico que significa “inimigo”), por ter
tentado destruir o Ser Humano.

PROMESSA DE DEUS (RESTAURAÇÃO DO SER HUMANO):

Na bíblia, Deus castigou a serpente, dizendo que seu plano maléfico não iria
prevalecer. Isso pode ser considerado um castigo, aos olhos do anjo rebelde, pois ele é
realmente rebelde e quer sempre ir contra os desígnios de Deus. Como falamos, não a
possibilidade de arrependimento da parte dos anjos caídos. Sua decisão em desobedecer a Deus
é eterna e não mudará. É nesse sentido que não se constata na Bíblia algum tipo de promessa de
salvação aos anjos caídos. Porque isso seria irrelevante. Os anjos caídos não aceitariam a
proposta. Aos olhos desses anjos, a Vontade de Deus será sempre um castigo para eles.
Contudo, com relação ao homem, quando fala que o homem foi “expulso do
paraíso”, não significa que foi um castigo de Deus. Trata-se da consequência natural do pecado.
O pecado tem o poder de retirar o ser humano do seu estado de plena Graça. A “expulsão do
paraíso”, a necessidade do trabalho para o próprio sustento e, por fim, a morte são
consequências do Mal que o próprio Homem praticou, e não um castigo de Deus. Parece um
castigo, mas não é. Isso porque podemos olhar pelo outro lado, outro ponto de vista, coisa que
os anjos rebeldes não querem fazer.
A Sagrada Escritura, nesse ponto, registra a História por um ponto de vista
humano. Aos olhos do Homem, pareceu-lhe que sofria um castigo. Mas se estudarmos com
mais cuidado, e tentarmos enxergar o fato pelo ponto de vista de Deus (e não do Homem),
veremos que Ele sempre amou o ser humano.
Por exemplo: se um pai diz ao seu filho para que ele não brinque com fogo, senão
ele se queimará, e o filho mexe no fogo e se queima, parecerá à criança que seu pai lhe jogou
uma praga ou um castigo. Isso porque a criança ainda não tem a maturidade mental
desenvolvida. Mas não foi assim. Queimar-se foi uma consequência natural da desobediência da
criança. O pai, mesmo entre lições de moral, de sermão e de aparente ira, sempre correrá para
socorrer seu filho e tentar cancelar os efeitos causados pelo fogo.
Foi justamente isso que aconteceu na relação entre Deus e o Homem, após o
pecado original. Apesar do Mal cometido pelo Homem, Deus não quis castigar e abandonar sua
criatura amada à morte. Deus vê no Ser Humano a figura de um filho. Portanto, por Amor, ao
invés de retirar do homem a dignidade que lhe restava, prometeu-lhe restaurar, um dia, toda a
sua Glória, salvando-o da mácula do pecado.
Deus não abandonou a criatura humana em um estado de mácula. Ele traçou um
“Plano de Salvação”, que irá devolver a dignidade de “filhos de Deus” aos humanos.
Na História antiga, o Senhor prometeu que formaria um Povo. Esse povo seria
escolhido para levar a Salvação aos homens. Desse povo sairia Aquele que esmagaria
definitivamente a cabeça da serpente (Gen 3, 14-15), dando um basta à morte.
Portanto, as promessas feitas por Deus no Gênesis abrangem tanto os fatos do
Antigo Testamento (promessa da formação do Povo de Deus e da terra prometida), quanto dos
fatos do Novo Testamento (promessa da chegada do messias que colocaria um fim à morte,
derrotando de uma vez por todas o poder do pecado sobre o homem).

VOCAÇÃO: UM CHAMADO A VIVER A SANTIDADE E O AMOR.

As promessas de Deus para nossas vidas representam um chamado ao retorno da


santidade de vida, representam uma vocação. Deus nos convida a vivermos a santidade, a fim de
que nossa dignidade seja restaurada. E Ele faz isso de uma maneira geral, por meio do Plano da
Salvação (ou seja, através dos méritos de Jesus ao derramar seu sangue na cruz), mas também
faz isso a um nível particular, por meio do nosso esforço pessoal (Lc 13, 22-24), pois deseja o
envolvimento do Ser Humano em todo esse processo salvífico.
Ademais, o nosso esforço pessoal em viver a santidade demonstra o nosso desejo
específico de aderir ao Plano da Salvação. Pois uma coisa é Jesus oferecer-nos a salvação. Outra
coisa diferente é aceitarmos tal salvação. Já que o Homem é feito à Imagem e Semelhança de
Deus, o Plano da Salvação não pode desconsiderar o livre arbítrio e a Vontade particular de
cada pessoa. A Salvação trazida por Cristo é um convite, uma proposta, e não uma imposição.
Serão salvos aqueles que aceitarem o convite e se esforçarem para viver sua Vocação. A
Vocação, portanto, é, antes de tudo, um chamado de Deus.

De um modo didático, podemos dizer que são três os tipos de Chamado ou


Vocação:
- chamado à vida;
- chamado à santidade de vida;
- chamado a viver um caminho específico e pessoal.

1 - O primeiro chamado geral é o chamado à vida. Ele nos revela a personalidade


paterna de Deus. É Ele quem nos cria e nos chama à existência. Cria-nos por Amor, para que
possamos compartilhar da própria Vida Trinitária. Contudo, para vivermos tal relação de
amizade com Deus, devemos observar o segundo chamado geral.
2 – O segundo chamado geral é o chamado à santidade de vida. Uma vez
destituídos de nossa glória primordial, em razão do pecado original, somo todos chamados a nos
esforçar para conseguir a amizade de Deus. Devemos buscar sempre fazer o bem e trabalhar
para a realização de um mundo mais justo e solidário. Todo cristão é chamado a viver a
santidade, agindo como o próprio Senhor age (Mt 5, 43-48).
3 – O terceiro chamado é específico. É um chamado particular que será diferente
para cada ser humano. Esse chamado pode se dividir em três aspectos:
a) Vocação sacerdotal: a pessoa é chamada a viver a sacralidade da vida
sacerdotal, seguindo a Cristo na figura dos padres e bispos.
b) Vocação matrimonial: a pessoa é chamada a viver a sacralidade do
relacionamento conjugal. O casamento é visto como sacramento e vocação
justamente pela oportunidade de se formar uma família. Deus age
especificamente dentro das famílias, sendo estas as grandes células que
formam a sociedade.
c) Vocação laical (de leigos): a pessoa leiga (ou seja, que não adere à estrutura
eclesial, não sendo padre ou bispo) é também chamada por Deus a viver uma
vocação específica. Essa vocação pode ser pastoral ou profissional. Ela pode
ser chamada a servir como médica, professora, dentista, juiz, artista, etc. E
pode também ser chamada a servir em um movimento pastoral, como a
catequese, a pastoral da liturgia, a pastoral da criança, a pastoral da sobriedade,
etc. A vocação laical é a mais ampla, e contempla uma variedade infinita de
formas com as quais Deus chama as pessoas a servir e a fazer o bem.

Cada pessoa, seja ela quem for, é chamada por Deus para viver as duas vocações
gerais (de vida e de santidade), bem como uma vocação específica e pessoal, que diz respeito ao
seu próprio propósito de existência, e que dará um sentido para sua vida.

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA:

A assunção de Nossa Senhora é a crença dogmática dos cristãos católicos, dos


ortodoxos e de alguns protestantes (como os Anglicanos), no tocante à reunião perfeita entre
Matéria e Espírito realizada no corpo de Maria.
Como vimos, antes de o pecado entrar na História, a morte não fazia parte da
realidade humana. Apenas após o pecado original, o homem teve sua natureza fragilizada.
Assim, corpo e espírito humanos, antes criados para serem perfeitos em unidade, terão um dia
que se separar por completo. Essa é a experiência da Morte.
Contudo, quando respondemos ao chamado de Deus para viver nossa vocação,
tanto a geral quanto a específica, aderimos ao Plano da Salvação. Por meio desse plano, Deus
realiza a restauração da nossa dignidade, devolvendo a integridade entre nosso corpo e nosso
espírito.
A Assunção de Maria representa justamente esse fenômeno. Cremos que Maria,
por uma Graça especial concedida pelo Espírito Santo, foi totalmente preservada da mácula do
pecado original. Além disso, durante toda a sua vida terrena, Maria soube dizer “sim” a Deus,
vivendo plenamente sua vocação de mãe de Deus, criando e educando o salvador. Mesmo após
a ressurreição de Jesus, Maria continuou exercendo sua vocação maternal, agindo, a pedido de
seu Filho, a maternidade espiritual de toda a humanidade. Ele aceitou a Salvação proposta por
Cristo e também fez sua parte no Plano da Salvação, cumprindo, por meio de seu esforço e livre
adesão, a parte que lhe cabia nos desígnios de Deus.
Por ter vivido plenamente sua vocação e ter sido a primeira a aderir e a aceitar a
salvação do Cristo, Maria recebeu a Graça da Assunção, que é ter reconciliados para todo o
sempre o seu corpo material e seu espírito. Com isso, queremos dizer que Maria foi levada aos
céus de corpo, alma e espírito. É a realização das PROMESSAS DE DEUS.
Esse mistério da Assunção é para nós, junto com a Ascensão de Cristo, uma
antecipação e uma nova promessa de que se nós também seguirmos os passos de santidade de
Maria e de Jesus, teremos nossa dignidade restaurada, conforme prometido desde o gênesis.
A diferença é que para nós esse mistério se chama “ressurreição” (Jo 11, 23-27), e
é professada pela fé católica no credo niceno-constantinopolitano e no símbolo dos apóstolos.
Assim, a saber, um só é o fenômeno da união-perene entre corpo e espírito. Mas
distinguem-se os termos, apenas no tocante aos sujeitos a que se referem:
1 – com relação ao Cristo, o fenômeno chama-se “ASCENSÃO”, pois Jesus realiza
esse mistério por Si mesmo, pois é Ele próprio o autor da Vida.
2 – com relação à Maria, o fenômeno chama-se “ASSUNÇÃO”, pois Maria foi
levada aos céus de corpo e alma não por si mesma, mas pelo dom e pela Obra do Espírito Santo
em sua vida. A vivência da vocação específica e de seu esforço pessoal configurou uma Adesão
a esse plano de Salvação. Contudo, não foi unicamente pelos seus méritos que Maria foi elevada
ao céu.
3 – com relação aos demais seres humanos, chama-se “Ressurreição final”, pois diz
respeito à derradeira unificação entre o corpo e o espírito humano. Portanto, não diz respeito
propriamente àquela ressurreição pessoal e imediata na qual o espírito humano já pode conviver
com Deus após sua Morte. Mas àquela que ocorrerá no fim dos tempos, quando Deus próprio
determinará para cada pessoa que seu corpo se una definitivamente ao seu espírito.

PARALELOS ENTRE A HISTÓRIA BÍBLICA E A SUA PRÓPRIA HISTÓRIA:

A história do povo de Deus é a nossa própria história, e Deus está aqui e agora
agindo, assim como esteve agindo desde o princípio. Deus age e se revela em nossas vidas
pessoais da mesma forma como agiu e se revelou na história dos povos antigos.

DIÁRIO DA MINHA HISTÓRIA (PROPOSTA DE ATIVIDADE)

MINHAS QUEDAS:

Na história da humanidade, sabe-se que os seres humanos agiram com soberba,


dando origem ao Mal e ao pecado no mundo, que por sua vez deram origem à morte.
Mas e na sua vida, na sua história pessoal? Como você tem agido? Quais foram/são
as suas quedas, os seus deslizes e suas máculas. Todo processo de cura e salvação passa antes
pelo reconhecimento de nossos erros e falhas, bem como pelo devido arrependimento e
mudança de vida.
Anotem no diário de vocês as suas quedas, seus momentos de fraqueza, e seus
pecados. Façam um sincero exame de consciência e se coloquem frente a frente com um
espelho. Tentem perscrutar seus lados mais sombrios e escondidos, e traga à tona a verdade
sobre vocês. Escrevam as coisas que os impedem de viver a plenitude da Criação divina, coisas
que trazem a experiência de morte para vocês.
Registre os momentos ruins pelos quais vocês precisaram passar, em decorrência
de suas próprias maldades. E, por fim, reconheça que, em suas experiências de queda, não se
encontra nenhuma ação de Deus. Reconheça que tudo isso aconteceu por consequência de suas
próprias ações.

PROMESSAS DE DEUS PARA VOCÊ (SEUS SONHOS E PROJETOS DE VIDA):

Na história da humanidade, sabe-se que Deus não abandonou a criatura humana à


mácula do pecado e à degradação da morte. Prometeu-lhe uma Salvação (um Salvador), que irá
redimir todo o gênero humano. Sabe-se que Deus cumpre seu Plano de Salvação por meio de
Seu Filho Jesus (de um modo geral), e também pessoalmente para cada um de nós, por meio de
um chamado específico para viver a santidade, que funciona como uma adesão ou uma
aceitação ao convite da Salvação.
Mas e na sua vida, na sua história pessoal? Como você tem recebido o convite de
salvação? Qual a sua vocação? Qual é o seu chamado? Você já descobriu quais são os
propósitos e os desígnios de Deus para a sua vida? Será como sacerdote? Será como pessoa
casada e formadora de uma família? Será como um agente pastoral ou um profissional laico? Se
você já descobriu qual é seu chamado, tem vivido a santidade de sua vocação específica?
Anote em seu diário quais são seus sonhos, quais são os seus projetos de vida, e
quais são suas vocações. Tente entender se esses projetos e sonhos estão de acordo com a
Vontade de Deus, se eles te levarão a ser uma pessoa mais justa e honesta e te ajudarão a viver a
santidade.
Lembre-se de que toda promessa de Deus é um chamado para a realização de uma
vida renovada. Lembrem-se de que essa promessa de Deus para a vida de vocês representa uma
Vocação, um chamado à santidade e à vivência do Amor de Deus.
Se os sonhos anotados em seus diários não estão de acordo com a Vontade de
Deus, busquem orar mais, busquem a orientação do Espírito Santo, para que Ele os ilumine.
Assim, vocês poderão começar a entender o que Deus realmente quer de vocês.
Lembre-se que o seu esforço pessoal para o cumprimento das Promessas de Deus
representa uma adesão à Salvação oferecida e realizada por Cristo. E que somente aderindo a tal
convite, o ser humano pode ter sua dignidade restaurada, tal como primordialmente foi desejado
por Deus quando criou o Universo.
Tenham em mente que a sua ressurreição final depende intimamente também de
seus esforços pessoais em descobrir e cumprir a Vontade de Deus nas suas vidas (leia Lc 13, 22-
24).

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