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Conflito Árabe-Israelense
A Batalha Espiritual:
A Explicação Final para Universal Rejeição de Israel
Conforme seus próprios desíginos, na eternidade passada Deus resolveu ter um reino (I Tm.
1:17). Os súditos do Seu reino seriam dois tipos de criaturas: anjos e homens.
Os anjos, criados em primeiros lugar, formando um exércitos incontável A Bíblia fala de
miríades de miríades e milhares de milhares (Hb. 12:22; Ap. 5:11). Uma miríade é igual a 10.000.
O Homem foi o segundo súdito criado. Deus entregou o domínio da “província” da Terra a
Adão. Estava se estabelecendo uma teocracia, a forma de governo estabelecido originalmente: Desu
reinando por meio do um representante. Adão recebeu a responsabilidade de administrar a criação de
Deus, como seu representante.
O principal dos anjos criados, Lúcifer ( “luzente”), um querubim responsável por conduzir os
anjos na adoração do Criador, resolveu rebelar-se e ser igual a Deus.
Lucifer notou que para ser igual a Deus precisaria de um reino, de anjos e de homens como
súditos. Sendo incapaz de criar seus súditos ( anjos e homens), Lúcifer, doravante chamado Satanás
(adversário), resolveu aliciar seguidores dentre os seres criados por Deus. Sua primeira investida foi
contra os anjos. Ele conseguiu persuadir a muitos que passaram a servi-lo ( Mt. 12:24; 25:41; Ap.
12:7-9). A Bíblia fala de pelo um terço de anjos rebeldes.
A sedução dos homens ( Gn. 3)
Assumindo a forma enganosa de uma serpente, Satanás tenta seduzir o homem por meio da
mesma motivação que ele tinha no coração por ocasião da sua revolta – Ser igual a Deus.
Em essência, Satanás diz: até aqui Deus tem reinado sozinho, absoluto no universo. Só Ele
manda e só vocês obedecem. Mas se vocês se associarem comigo terão declarado sua independência,
serão responsáveis pelo seu destino. Adão e Eva resolveram aceitar o proposta de Satanás.
Aceitação da proposta enganosa de Satanás é o que conhecemos com a queda do Homem. A
humanidade caiu do seu estado de santidade e favor aos olhos de Deus. E imediatamente surgiram as
consequências:
O homem deixa de ser membro do reino de Deus e passa a ser membro do reino
de Satanás ( I Jo.3:10; Cl.1:13).
Isso indica que todos os não salvos são filhos de Satanás, no sentido de que perderam sua
filiação com Deus. Uma vez que a rebelião foi decidida pelos dois primeiros seres humanos, pelo
princípio de reprodução segundo a espécie, todos os seres humanos nascidos dali por diante já
chegariam ao mundo como membros do reino das trevas. A única exceção foi Jesus que foi gerado
pelo Espírito Santo
Outra consequência: a teocracia foi banida da terra - (Lc. 4:6; Jo.12:31; II Cor. 4:4 I Jo 5:19).
Deus deixou de ter um representante no governo da terra. De teocracia, a terra passou a experimentar
a “satanocracia”.
B. O propósito da História
Com a sua sedução, Satanás conseguiu instalar seu reino na Terra. Agora havia dois
poderosos reinos dentro da História. A partir daí, inicia-se uma intensa batalha espiritual entre esses
dois poderosos reinos. Essa batalha nos fornece a chave para entendermos o propósito último da
História que é “fornecer o ambiente no qual Deus glorifica a si mesmo através do fato de demonstrar
que somente Ele é soberano, e que nenhuma das suas criaturas vai destroná-lo da Sua posição de
Soberano Senhor do Universo”. Na História Humana Deus reivindica sua soberania.
Para concluir com êxito seu propósito para a História, Deus deverá fazer 3 coisas antes que a
História tenha fim :
2. Deus deve restaurar seu reino teocrático na terra: Ele precisa de um “Adão” atuando como
governante, representante dele na terra. Isto vai acontecer com Cristo, o último Adão ( I Cor. 15:45).
Ele vai restaurar a teocracia à terra. Não fazendo isso Ele terminaria como um Deus derrotado, uma
vez que seu propósito na criação do homem foi fazer surgir uma teocracia no mundo.
Sabendo dos planos divinos de destrui-lo por meio do Descendente, o trabalho de Satanás daí
por diante será tentar impedir que o Redentor chegue ao mundo. Assim, Ele vai agir
desesperadamente a fim de evitar a vinda do Filho de Deus ao mundo. E ele não vai poupar esforços
para destruir todos que possam ser intrumentos de Deus para o cumprimento da Promessa.
Neste ponto, de modo seletivo, vamos notar em alguns episódios como Satanás empreende
todo esforço para impedir a vinda do Redentor nos primórdios da história da humanidade e de Israel,
sendo derrotado por Deus em cada uma das suas tentativas.
3. O Dilúvio
Deus destruiu toda humanidade pervertida, conservando o único homem justo, com sua
Família, os quais eram descendentes de Sete.
O dilúvio foi a forma como o Senhor se contrapôs às iniciativa do inimigo de perverter a raça
humana de modo irremediável.
a. A pena capital - Gn. 9:5-6. A razão de Deus instituir a pena capital imediatamente após o
dilúvio era para que assassinos não permanecem vivendo sua rebeldia sobre a terra, espalhando essa
atitude na sociedade, como fizera Caim. A pena capital aparece como fruto da contraposição de Deus
em relação às investidas de Satanás. Era um meio de restringir o espalhar da atitude rebelde na Terra,
que se espalha por meio de assassinos vivendo na sociedade.
Junto com a pena capital, Deus institui o governo humano, o responsável pela aplicação desse
castigo. Em Rm. 13:4, Paulo fala do uso da espada (execução de homicidas) pelo governo. Fazendo
assim, o governo está participando da obra de Deus contra Satanás. Com o governo, Deus estava
tentando criar um mecanismo que evitasse a anarquia e a arbitrariedade na sociedade.
b. A história de Babel
Foi uma desobediência à ordem divina de “encher a terra”, dadas logo após o dilúvio.
Querendo tirar proveito da psicologia de massas, Satanás trabalha no sentido de manter as pessoas
juntas. Isso facilitaria o controle e criaria um ambiente propício para uma nova disseminação da
rebeldia.
Satanás trabalha nos descendentes de Noé incitando-os à construção de uma cidade: Babel.
Nela haveria uma torre-templo ou zigurate que chegasse aos céus. “Chegar aos céus” era outra forma
de dizer que pela união da religião e da cultura o homem poderia iniciar um progresso ilimitado.
Em Gn. 9:4, os homens expressam sua rebeldia contra o mandamento de “encher a terra”.
Como reação a mais essa investida satânica, Deus “confundiu as línguas”. Com isso os homens tivera
que se espalhar.
Isso deu início a outra coisa nova: as nações da terra – mais um fruto da batalha espiritual
entre Deus e Satanás.
Entre os impérios surgidos nessa época, Gn. 10:8 menciona o de Ninrode. Fontes extra-
bíblicas nos dão conta de que a esposa de Ninrode deu início à primeira seita após o dilúvio: Religião
de Mistério da Babilônia (cf.Ap. 17:5).
O termo hebraico Babel (portão de Deus) acaba sendo traduzido no restante da Bíblia como
Babilônia (confusão). Em grego, Babilônia quer dizer confusão. Também significa “porta de Bel”
(Baal). A esposa de Ninrode se autodenominou sumo sacerdotisa dessa religião. E passou a ser
adorada principais vias de acessos à cidade de Babel ou Babilônia. Nesses locais edificou pequenos
santuários com imagens de um Madona, uma mulher com uma criança no colo. As imagens a
representavam, e ela terminou dando a si o título de Rainha dos Céus. As pessoas paravam nesses
santuários e adoravam à rainha dos céus.
Nos mil anos seguintes, essa religião se espalhou por diversas nações pagãs. Conforme o
lugar, a sacerdotisa recebeu nomes diferentes. No Egito era Ísis, em Roma Vênus, na Babilônia Istar
e na Grécia Afrodite. Mas em todas as nações a deusa recebia o mesmo título: rainha dos céus.
Em vários momentos a Bíblia fala do envolvimento de Israel no culto a Baal. Por exemplo,
quando Jezabel, originária de Tiro estabeleceu a religião de Baal no reino do norte, neste culto
sempre havia rituais de adoração à rainha dos céus. Em Jeremias 44, pode-se ver o quanto o culto a
Baal estava impregnado na nação de Israel.
Assim, após o dilúvio, uma outra coisa nova surge na história: o culto a falsos deuses.
5. Aliança Abraâmica
Dez gerações após o dilúvio, quando as nações já estavam estabelecidas, Deus entra em
aliança com Abraão e promete formar uma nação especial através dele. Por meio dessa nação, todas
as nações da terra seriam abençoadas (Gn.12:3). Posteriormente fica claro que o Redentor seria um
descendente físico de Abraão, através do qual todos os povos seriam benditos.
Naturalmente, sabendo que o Redentor viria da nação de Israel, Satanás passa a agir com o
fim de destruir essa nação.