Você está na página 1de 9

ESCOLA SABATINA LIÇÃO 1 – 2º TRIMESTRE 2024

ESTUDO ADICIONAL / PR. ADOLFO SUÁREZ

Sábado 30 de março

O QUE É O GRANDE CONFLITO?


É uma metanarrativa que emoldura o plano da salvação, e tem
alguns elementos claros:
1. Abrangência: “Toda a humanidade está agora envolvida num
grande conflito entre Cristo e Satanás”
2. Objeto de discussão: “quanto ao caráter de Deus, sua lei e sua
soberania sobre o universo”.
3. Origem: “Esse conflito se originou no Céu quando um ser criado,
dotado de liberdade de escolha, por exaltação própria, tornou-se Satanás,
o adversário de Deus, e conduziu à rebelião uma parte dos anjos. Ele
introduziu o espírito de rebelião neste mundo, ao induzir Adão e Eva ao
pecado”.
4. Resultados: “Esse pecado humano resultou na deformação da
imagem de Deus na humanidade, no transtorno do mundo criado e em
sua consequente devastação por ocasião do dilúvio global, conforme
retratado no relato histórico de Gênesis 1 a 11.
5. O papel de nosso mundo no conflito: Observado por toda a
criação, este mundo se tornou o palco do conflito universal, dentro do qual
será finalmente vindicado o Deus de amor.
6. Como Deus nos ajuda no conflito? “Para ajudar seu povo nesse
conflito, Cristo envia o Espírito Santo e os anjos leais para os guiar,
proteger e amparar no caminho da salvação”.1

1
Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Nisto Cremos (p. 125).
Casa Publicadora Brasileira. Edição do Kindle.
ESCOLA SABATINA LIÇÃO 1 – 2º TRIMESTRE 2024
ESTUDO ADICIONAL / PR. ADOLFO SUÁREZ

Domingo 31 de março

SATANÁS EM EZEQUIEL 28 12-15 E ISAÍAS


14:12-14
A voz unânime dos antigos exegetas e dos mais modernos
especialistas viu, por trás da figura do rei de Tiro, outra figura ainda
mais sinistra: a do próprio diabo. Diz Ryrie: “Esta seção (Ezequiel
28:11–19), com suas referências sobre-humanas, descreve
claramente alguém diferente do governante humano de Tiro; a saber,
Satanás. Feinberg, por sua vez, comenta: “Como (Ezequiel) tinha em
vista os pensamentos e caminhos daquele monarca (de Tiro), ele
discerniu claramente atrás de si a força motivadora e a personalidade
que o impelia em sua oposição contra Deus”. Em suma, ele viu a obra
e a atividade de Satanás, a quem o rei de Tiro imitou de tantas
maneiras. E a tão citada e prestigiosa obra Search the Scriptures, no
início do estudo dos capítulos 27 e 28, diz: “Os termos usados em
referência a ele (o rei de Tiro), especialmente nos versículos 11-19,
são tais que a figura do governante humano parece fundir-se com a
do próprio Satanás, o originador dos pecados dos quais Tiro foi
culpado».
Todas as expressões nestes versículos 11–19 fazem sentido se
por trás da figura do rei de Tiro vemos a figura sinistra do próprio
Satanás, e nenhuma delas faz sentido se não vemos o diabo.2

2
Henry, M., & Lacueva, F. (1999). Comentario Bı́blico de Matthew Henry (p. 928).
Editorial CLIE.
ESCOLA SABATINA LIÇÃO 1 – 2º TRIMESTRE 2024
ESTUDO ADICIONAL / PR. ADOLFO SUÁREZ

Segunda 01 de abril

SOMOS AGENTES MORAIS LIVRES


Como agente moral livre, o ser humano deveria desfrutar de
sua liberdade com responsabilidade; afinal, enquanto os animais
têm a capacidade de se adaptar às novas circunstâncias, os
seres humanos não precisam experimentar determinadas ações,
entretanto podem avaliar as ações potenciais de antemão pelo
emprego da estratégia mental tentativa e erro. Assim, os seres
humanos podem escolher entre as ideias e, desse modo, planejar
futuras ações, definir metas e elaborar estratégias para alcançá-
las. Daí pode-se entender que os seres humanos são capazes de
ações livres ou voluntárias.
Infelizmente, Adão e Eva não usaram apropriadamente sua
liberdade, e agiram com total irresponsabilidade quando
precisaram tomar uma decisão. Isso mostra que a liberdade teve
um preço: tanto para Deus quanto para Eva e Adão. Todavia,
alguém pode perguntar: nesse caso, e para evitar qualquer
problema, não teria sido melhor que Deus tivesse “conduzido” o
processo, cuidando para que não acontecesse nenhum deslize
por parte do casal, a fim de não colocar em risco toda a
humanidade? Afinal, Deus podia fazer isso, não podia...?
Claro que podia! Mas isso implicaria em interferir na
liberdade humana, criando seres incapazes de tomar decisões
por conta própria, sendo apenas marionetes do Criador. Isso
seria inaceitável para um Deus que preza pela liberdade, a
responsabilidade e a maturidade.
ESCOLA SABATINA LIÇÃO 1 – 2º TRIMESTRE 2024
ESTUDO ADICIONAL / PR. ADOLFO SUÁREZ

Terça 02 de abril

DEUS NÃO QUERIA ROBÔS!

Aparentemente, a decisão de criar androides, e não


seres humanos, teria sido melhor do ponto de vista do
resultado, pois todos se salvariam. Sim: Deus poderia evitar
todo e qualquer problema e sofrimento se criasse androides,
e não seres humanos. Por outro lado, seres sem liberdade
jamais poderiam experimentar o prazer da escolha de todas
as coisas e, principalmente, a escolha consciente de amar a
Deus. “O amor de Deus demandava que Suas criaturas
tivessem o direito de responder livremente a Seu amor – e tal
tipo de resposta somente é possível quando os seres
possuem a liberdade de escolha.
Ao que parece, Deus queria criaturas superiores, entes
morais capazes de tomar suas próprias decisões, vivendo
com a responsabilidade de assumir os riscos de sua
liberdade. Criaturas como Ele. Ou seja, Deus não queria um
mundo onde meramente as “peças” se movessem quando Ele
apertasse os botões ou desse o comando. Ele queria um
mundo onde os seres pudessem agir por conta própria. Isso
tinha um custo. Mas Ele achou que esse custo valia a pena.
É verdade que o processo que foi gerado pelo fato de
Deus haver criado seres humanos, e não androides, está
sendo demasiadamente longo e dolorido. Mas é a melhor
maneira de garantir que sejamos entes morais capazes e
responsáveis por escolhas.

Pr. Adolfo Suárez.


ESCOLA SABATINA LIÇÃO 1 – 2º TRIMESTRE 2024
ESTUDO ADICIONAL / PR. ADOLFO SUÁREZ

Quarta 03 de abril

O PROTO EVANGELHO
Deus intervém na tragédia humana e traz esperança ao
homem e à mulher no meio do desespero. Nesse sentido, três
coisas são feitas por Deus:3
Em primeiro lugar, Deus promete vitória sobre o
diabo (3.15). O evangelho de Cristo é preanunciado a Adão,
dizendo-lhe que da semente da mulher nascerá Aquele que
esmagará a cabeça da serpente. Jesus é a semente da
mulher (Gl 4.4). Visto que o Adão natural fracassou, o
descendente da mulher, o segundo Adão, esmagará a cabeça
da serpente.24 Jesus veio ao mundo para destruir as obras
do diabo (1Jo 3.8), para amarrar o valente e saquear sua
casa (Mt 12.29), para nos arrancar da potestade de Satanás
(At 26.18) e para nos arrancar do império das trevas (Cl 1.13).
Jesus esmagou a cabeça da serpente ao assumir o nosso
lugar e morrer por nós como nosso representante e fiador.
Cristo derrotou o diabo na cruz e expôs os principados e
potestades ao desprezo (Cl 2.15).
Em segundo lugar, Deus promete vitória sobre a
desesperança (3.20). Adão creu nas promessas de Deus e
chamou sua esposa de Eva, que significa “viva”, “vida”,
“vivificante”. Eva viria a ser a mãe de todos os seres humanos

3
Lopes, Hernandes Dias. Gênesis - Comentários Expositivos Hagnos: O livro das origens (Portuguese
Edition) (pp. 98-99). Editora Hagnos. Edição do Kindle.
e dela viria ao mundo o Messias (Gl 4.4). Um de seus
descendentes tem a promessa de vencer o Maligno. Ao dar-
lhe Adão o nome de Eva, dá-se o início da esperança. Adão
revela sua restauração em relação a Deus crendo na
promessa de que a mulher fiel gerará o Descendente que
derrotará Satanás.
Em terceiro lugar, Deus promete vitória sobre o
pecado (3.21). Deus vestiu Adão e Eva com peles de
animais, e esse o primeiro símbolo do sacrifício substitutivo. É
por meio do sangue derramado que somos cobertos, e por
causa do sangue de Cristo fomos cobertos pela justiça (Rm
3.24-26). Aquele que não conheceu pecado foi feito pecado
por nós para que nEle fôssemos justiça de Deus (2Co 5.21).
Agora, não há mais nenhuma condenação sobre aqueles que
estão em Cristo (Rm 8.1).

Pr. Adolfo Suárez.


ESCOLA SABATINA LIÇÃO 1 – 2º TRIMESTRE 2024
ESTUDO ADICIONAL / PR. ADOLFO SUÁREZ

Quinta 05 de abril

HEBREUS 4:15: NOSSO SUMO SACERDOTE


PRÓXIMO A NÓS!
Jesus, totalmente familiarizado com a natureza humana,
é “tocado com o sentimento de nossas fraquezas”.4 Ele
também foi tentado – em extensão e amplitude – de todos os
modos. Nada na experiência humana é estranho a ele,
porque ele mesmo o sofreu. E ele foi tentado tão
intensamente como somos. O autor acrescenta a frase
qualificadora todavia, foi sem pecado.
Quando estava no deserto, Jesus experimentou a fome,
e o diabo o tentou pedindo que transformasse pedras em
pães (Mt 4.2–3). Enquanto estava pendurado na cruz, ele foi
zombado pelos principais sacerdotes, mestres da lei e
anciãos, que diziam, “Desça agora da cruz... pois ele disse:
‘Eu sou o Filho de Deus’ ” (Mt 27.42–43). Ele suportou toda
sorte de tentações, embora, como o escritor observa, sem
pecar. O pecado é a única experiência humana da qual Cristo
não participou.
As tentações que enfrentamos são dadas a nós de
acordo com o que somos capazes de suportar. O olho
cuidadoso de Deus está sempre sobre nós, para que não
pereçamos. Paulo diz: Nenhuma tentação tem se apoderado
de vós que não seja comum ao homem. E Deus é fiel, ele não

4
B. F. Westcott, Commentary on the Epistle to the Hebrews (Grand Rapids: Eerdmans, 1950), p. 107.
deixará que sejais tentados além do que podeis suportar. Mas
quando sois tentados, ele também providencia uma saída
para que possais ficar em pé sob ela. [1Co 10.13] Nós, no
entanto, nunca seremos capazes de sondar a profundidade
das tentações que Jesus sofreu. No entanto, ele venceu a
profundidade, assim como a força, dessas tentações. Ele as
derrotou como o Único sem pecado.
É Jesus (o sem pecado) capaz de compadecer-se de nós
(enfraquecidos pelos pecados) em nossas tentações? Por
causa de Sua natureza sem pecado, “a mente do Salvador
percebe com muito mais nitidez as formas de tentação do que
nós, que somos fracos”, não somente durante seu ministério,
mas também durante seu serviço como sumo sacerdote
exaltado.5 Ele antecipa tentações que estamos prestes a
enfrentar, compadece-se totalmente de nós e “está apto para
socorrer aqueles que são tentados” (Hb 2.18).6

Pr. Adolfo Suárez.

5
John Albert Bengel, Gnomon of the New Testament, org. por Andrew R. Fausset, 7ª ed., 5 vols.,
(Edimburgo: Clark, 1877), vol. 4, p. 384.
6
Kistemaker, S. (2013). Hebreus (C. A. B. Marra, Org.; M. Tolentino & P. Arantes, Trads.; 2a edição, p.
175–177). Editora Cultura Cristã.

Você também pode gostar