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SÉRIE O GRANDE CONFLITO – TEMA 19

A ÚLTIMA MENSAGEM E O
TEMPO DE ANGÚSTIA
APOCALIPSE 18:1,2, 4
Depois disso vi outro  anjo  que descia dos Céus. Tinha grande
autoridade, e a Terra foi iluminada por seu esplendor. E ele bradou com
voz poderosa: ‘Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela  se tornou habitação
de demônios e antro de todo espírito imundo, antro de toda ave
impura e detestável [...]’. Então ouvi outra voz dos Céus que dizia:
‘Saiam dela, vocês, povo Meu, para que vocês não participem dos seus
pecados, para que as pragas  que vão cair sobre ela não os atinjam!’
•A proclamação do segundo anjo, em Apocalipse 14:8, será repetida, mas com
a menção adicional das corrupções que entraram em Babilônia desde que a
mensagem foi dada pela primeira vez. Essa nova mensagem descreve uma
condição terrível. Toda vez que as pessoas rejeitam a verdade, sua mente se
torna mais sombria e seu coração, mais obstinado. Continuam a passar por
cima de um dos dez mandamentos até perseguirem aqueles que consideram
santa a lei de Deus. Rejeitam a Cristo pelo desprezo que demonstram por Sua
Palavra e por Seus seguidores.
•Alguns indivíduos vão dizer que são
religiosos, mas a religião será um disfarce para
os piores males. A crença nos espíritos, abre a
porta para doutrinas de demônios e, dessa
maneira, anjos maus influenciarão as igrejas.
Babilônia encheu a taça de sua iniquidade, e a
destruição está prestes a vir. Mesmo assim,
Deus ainda tem um povo em Babilônia e
precisa chamar para fora esses fiéis, para que
não participem de seus pecados, nem sejam
atingidos por suas pragas. O anjo desce do
Céu, iluminando a Terra com sua glória e
anunciando os pecados de Babilônia. O
clamor ecoa: “ Saiam dela, vocês, povo Meu”.
Esse anúncio é o aviso final que se espalha
para os habitantes da Terra.
•“Se alguém adorar  a besta e a sua imagem e
receber a sua marca na testa ou na mão,
também beberá do vinho do furor de Deus  que
foi derramado sem mistura no cálice da Sua ira.
Será ainda atormentado com enxofre ardente na
presença dos santos  anjos e do Cordeiro” (Ap
14:9, 10). Ninguém recebe a ira de Deus até que
a verdade seja esclarecida tanto à sua mente
quanto à sua consciência e a pessoa a rejeite.
Muitos nunca tiveram a oportunidade de ouvir
as verdades especiais para este tempo. O Deus
que lê cada coração não permitirá que ninguém
que deseja saber a verdade seja enganado em
relação às questões do conflito. Todos receberão
luz suficiente para tomar uma decisão
inteligente.
•O sábado, o grande teste de lealdade, é
a verdade que tem recebido ataque
especial. Ao passo que a observância do
O Grande Teste de falso sábado consiste no compromisso de
lealdade com um poder que se opõe a
Lealdade Deus, a guarda do sábado verdadeiro é
evidência de lealdade ao Criador.
Enquanto um grupo recebe a marca da
besta, o outro recebe o selo de Deus. Em
todas as gerações, Deus tem enviado
servos Seus para repreender o pecado no
mundo e na igreja. Muitos reformadores
começaram sua obra determinados a
controlar fortemente seus ataques aos
pecados da igreja e da nação. Tinham a
esperança de conduzir as pessoas de
volta à Bíblia por meio do exemplo de
uma vida cristã pura. E o Espírito de Deus
tomou conta deles. Sem temer as
consequências, não conseguiam se abster
de pregar as doutrinas claras da Bíblia.
•É assim que a mensagem será proclamada. O
Senhor trabalhará por meio de instrumentos
humildes que se consagram a Seu serviço. Os
obreiros serão qualificados pela unção do Espírito,
não pela instrução recebida em escolas. Sentirão
o ímpeto de sair com zelo santo, declarando a
mensagem dada por Deus. Os pecados de
Babilônia serão expostos. As advertências solenes
mexerão com o povo. Milhares nunca ouviram
palavras assim. Descobrem que Babilônia é a
igreja, caída por causa de seus pecados, por haver
rejeitado a verdade. Quando as pessoas procuram
seus mestres para perguntar: “Isso é verdade?”,
os ministros apresentam fábulas para acalmar a
consciência despertada. No entanto, uma vez que
muitos exigirão um claro “Assim diz o Senhor”, os
ministros populares incitarão as multidões
amantes dos prazeres a acusar e perseguir
aqueles que proclamam a mensagem.
A tempestade se
aproxima
•À medida que a tempestade se aproximar, muitos dos que
alegavam crer na mensagem, mas não haviam se santificado por
meio da obediência à verdade, abandonarão seus pontos de
vista e se unirão à oposição. Ao se unirem ao mundo, passaram
a enxergar as coisas quase da mesma forma que o mundo,
escolhendo o lado popular. Pessoas antes entusiasmadas com a
verdade usam seus talentos e sua capacidade de oratória para
desencaminhar outros. Transformam-se nos mais amargos
inimigos dos fiéis que costumavam ser seus amigos de fé. Esses
apóstatas são agentes eficazes de Satanás para deturpar e
acusar os guardadores do sábado e incitar as autoridades contra
eles. Os servos do Senhor têm dado a advertência. O Espírito de
Deus os impele. Não se preocupam com riqueza, reputação,
nem mesmo com a própria vida. A obra parece muito maior do
que são capazes de realizar. Ainda assim, não se retraem.
Quando se sentem impotentes, recorre m ao TodoPoderoso em
busca de força.
•Períodos diferentes da história têm se destacado por alguma
verdade especial que atendeu com precisão às necessidades do
povo de Deus da época. Toda verdade nova enfrentou oposição. Os
embaixadores de Cristo devem realizar sua tarefa e deixar os
resultados com Deus. Ninguém consegue servir a Deus sem
despertar a oposição dos poderes das trevas. Anjos maus atacarão
esses fiéis, alarmados de que sua influência esteja tirando vítimas
de suas mãos. Pessoas más tentarão separá-los de Deus com
tentações atraentes. Quando essas coisas não lograrem êxito,
usarão o poder para forçar a consciência. Enquanto Jesus
permanecer como nosso intercessor no santuário celestial, os
governantes e o povo sentirão a influência limitadora do Espírito
Santo. Ao passo que muitos de nossos governantes são agentes
ativos de Satanás, Deus também tem Seus agentes em meio aos
líderes da nação. Uns poucos políticos tementes a Deus
conseguirão conter a poderosa corrente do mal. A oposição dos
inimigos da verdade será restringida para que a mensagem do
terceiro anjo faça sua obra. A advertência final chamará a atenção
desses líderes, e alguns deles a aceitarão, posicionando-se junto ao
povo de Deus durante o tempo de angústia.
•O anjo que se une ao terceiro iluminará toda
a Terra com sua glória. A primeira mensagem
angélica foi espalhada em todos os postos
missionários do mundo e, em alguns países,
aconteceu o maior interesse religioso desde a
Reforma. Mas o último aviso do terceiro anjo
excederá essas demonstrações do poder de
Deus. A obra será semelhante à que
aconteceu no dia de Pentecostes. Deus fez cair

A Chuva Serôdia a “chuva temporã” no início do evangelho a


fim de fazer a preciosa semente brotar. De
igual maneira, derramará a “chuva serôdia” no
e o Alto Clamor fim com o objetivo de amadurecer a colheita
(Os 6:3, ARA; Jl 2:23, ARA). A grande obra do
evangelho não terminará com menor
demonstração do poder de Deus do que seu
princípio. As profecias que se cumpriram com
o derramamento da chuva temporã no
começo do evangelho se cumprirão
novamente com a chuva serôdia em seu
encerramento.
•Servos de Deus, com o rosto brilhando em santa
devoção, correrão de um lugar para o outro a fim
de espalhar a mensagem do Céu. Milagres
acontecerão e doentes serão curados. Satanás
também realizará milagres enganosos, chegando a
fazer fogo descer do céu (Ap 13:13). Essas coisas
levarão os habitantes da Terra a escolher um lado.
A mensagem terá sucesso não tanto por causa de
argumentos, mas pela convicção profunda do
Espírito de Deus. Os argumentos já têm sido
apresentados, e as publicações, exercido sua
influência. Satanás, porém, tem impedido muitos
de compreender a verdade por completo. Mas eles
verão a verdade com toda clareza. Vínculos
familiares e conexões com a igreja não terão poder
para deter os filhos honestos de Deus. A despeito
das forças aliadas contra a verdade, um grande
número vai se posicionar ao lado do Senhor.
ZACARIAS 4:6
'Não por força nem por violência, mas
pelo meu Espírito', diz o Senhor dos
Exércitos.
O Tempo de Angústia
DANIEL 12:1
E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se
levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de
angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele
tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele
que for achado escrito no livro.
•Quando a terceira mensagem angélica terminar, o povo
de Deus terá concluído sua obra. Os fiéis receberam a
“chuva serôdia” e estão preparados para os tempos
difíceis à sua frente. A prova final chegou ao mundo, e
todos aqueles que se mostraram leais à lei divina
receberam o “selo do Deus vivo”. Então Jesus termina Seu
ministério no santuário celestial e com alta voz exclama:
“Feito está!” “Continue o injusto a praticar injustiça;
continue o imundo  na imundícia; continue o justo  a
praticar justiça; e continue o santo a santificar-se” (Ap
22:11). Cristo fez expiação por Seu povo e apagou seus
pecados. “A soberania, o poder e a grandeza dos reinos
que há debaixo de todo o céu” (Dn 7:27) estarão prestes a
ser entregues aos herdeiros da salvação, e Jesus reinará
como Rei dos reis e Senhor dos senhores.
•Quando Ele sair do santuário, trevas cobrirão os que estiverem
vivos na Terra. Os justos viverão à vista de um Deus santo, sem
intercessor. As restrições sobre os ímpios serão removidas, e
Satanás terá controle total sobre os impenitentes. Resistiram com
persistência ao Espírito de Deus, e Ele finalmente será retirado.
Então Satanás afundará a população da Terra em uma grande
angústia final. Os anjos de Deus pararão de conter os ventos
atrozes da perversidade humana. O mundo inteiro será envolvido
em ruínas mais terríveis do que aquela vivenciada na antiga
Jerusalém. Existem forças já preparadas, aguardando somente a
permissão divina, para espalhar destruição por toda parte. As
pessoas acharão que aqueles que honram a lei de Deus são a
causa do temível conflito e derramamento de sangue que
encherá a Terra de miséria. O poder que acompanha a
advertência final encheu os ímpios de ira, e Satanás despertará
um espírito de ódio e perseguição contra todos que aceitaram a
mensagem.
•Quando o sábado se tornar o ponto especial de
controvérsia em meio ao mundo cristão, as pessoas
alegarão que os poucos que estão em oposição à
igreja não devem ser tolerados e é melhor que
sofram do que a nação inteira ser lançada em
confusão e ilegalidade. O mesmo argumento foi feito
em relação a Cristo. Caifás disse: “Não percebeis que
vos é melhor que morra um  homem  pelo povo, e
que não pereça toda a nação” (Jo 11:50). Esse
raciocínio parecerá conclusivo. Um decreto
finalmente será promulgado contra aqueles que
honram o sábado do quarto mandamento,
denunciando-os e, depois de certo tempo, dando
permissão para que as pessoas os matem. O
catolicismo romano no Velho Mundo e o
protestantismo apostatado no Novo seguirão um
rumo semelhante em relação àqueles que guardam
todos os mandamentos de Deus. O povo do Senhor
será mergulhado naquelas cenas de angústia que a
Bíblia chama de “ tempo  de angústia para Jacó” (Jr
30:5-7; Gn 32:24-30).
O Tempo da Angústia de Jacó
•Como Jacó enganou o pai a fim de obter a bênção designada a Esaú, precisou
fugir para proteger a própria vida, escapando das ameaças mortais de seu
irmão. Após permanecer em exílio por muitos anos, partiu para voltar à sua
terra natal. Quando chegou à fronteira, encheu-se de pavor diante da notícia
de que Esaú se aproximava, sem dúvida, com a intenção de se vingar. A única
esperança de Jacó estava na misericórdia de Deus. Sua única defesa seria a
oração. A sós com Deus, confessou seu pecado com arrependimento profundo.
A crise havia chegado em sua vida. Nas trevas, ele continuou a orar. De
repente, sentiu certa mão sobre seu ombro. Pensou que era um inimigo
prestes a matá-lo. Com toda a energia do desespero, lutou contra seu agressor.
Quando o dia começou a raiar, o estranho usou seu poder sobrenatural. Jacó
parecia paralisado. Caiu, aos prantos e sem esperança, sobre o pescoço de seu
misterioso inimigo. Ele soube então que havia lutado com o Anjo da aliança.
Por anos, sentira remorso pelo pecado. Precisava ter a certeza de que havia
sido perdoado. O Anjo insistiu: “Deixe-Me ir, pois o dia já desponta”, mas Jacó
exclamou: “Não Te deixarei ir, a não ser que me abençoes” (Gn 32:26). Jacó
confessou sua fraqueza e indignidade; porém, ele confiava na misericórdia do
Deus que cumpre Sua aliança. Por meio do arrependimento e da entrega do
eu, aquele mortal pecador recebeu o que mais queria da Majestade do Céu.
•Satanás havia acusado Jacó diante de Deus por causa
de seu pecado e também incitado Esaú a marchar
contra o irmão. Durante a noite de luta de Jacó, Satanás
tentou desanimá-lo e romper sua ligação com Deus.
Jacó quase foi levado ao desespero, mas havia se
arrependido sinceramente de seu pecado. Ele segurou
com firmeza no Anjo e insistiu em seu pedido com
súplicas fervorosas até prevalecer. Assim como Satanás
acusou Jacó, ele lançará suas acusações contra o povo
de Deus, mas aqueles que guardam os mandamentos
do Senhor resistirão à sua supremacia. Ele verá santos
anjos os guardando e concluirá que seus pecados foram
perdoados. O inimigo tem o conhecimento exato dos
pecados que ele os levou a cometer e declara que é
injusto o Senhor perdoar os pecados dos justos, ao
mesmo tempo em que destruirá a ele e seus anjos.
Exige que Deus entregue essas pessoas em suas mãos,
a fim de destruí-las. O Senhor permite que ele tente os
fiéis até o limite. Sua confiança em Deus e sua fé serão
severamente provadas. Satanás tentará aterrorizá-los.
Espera destruir sua fé para que cedam a tentação e
abandonem a lealdade a Deus.
•Entretanto, a angústia que o povo de Deus
sofre não é por ter medo da perseguição. Os
fiéis temem que, por alguma falha sua,
deixem de vivenciar a promessa do
Salvador: “Eu também o guardarei da  hora 
da provação que está para vir sobre todo o
mundo, para pôr à prova os que habitam na
Terra” (Ap 3:10). Caso se mostrassem
indignos por causa de seus defeitos de
Angústia de caráter, então o santo nome de Deus seria
desonrado. Apontam para o
que Deus Seja arrependimento que sentiram no passado
por seus muitos pecados e clamam pela
Desonrado promessa do Salvador: “Que venham buscar
refúgio em Mim; que façam as pazes
comigo. Sim, que façam as pazes comigo” (Is
27:5). Embora estejam sofrendo de
ansiedade e angústia, não param de orar
com fervor. Apegam-se a Deus assim como
Jacó segurou a mão do Anjo, e as palavras
de sua alma são: “Não Te deixarei ir, a não
ser que me abençoes.”
•No tempo de angústia, se os filhos de Deus
tivessem pecados não confessados que
aparecessem diante deles, enquanto torturados
pelo medo e angústia, eles seriam vencidos. O
desespero acabaria com sua fé, e não conseguiriam
suplicar a Deus que os livrasse. Mas eles não têm
nenhum pecado oculto para revelar. Seus pecados
foram examinados e apagados no juízo, não
Pecados conseguindo então trazê-los à memória. Ao lidar
com Jacó, o Senhor mostrou que não tolera o mal.
Apagados Satanás vencerá todos aqueles que justificarem os
próprios pecados, ou que omitirem esses pecados,
permitindo que permaneçam nos livros do C éu ,
sem que sejam confessados e perdoados. Quanto
mais honrosa a posição que ocupam, mais certo é o
triunfo do adversário. Aqueles que adiarem seu
preparo não conseguirão fazê-lo no tempo da
angústia, nem depois. Seu caso ficará sem
esperança.
•A história de Jacó também dá a certeza de
que Deus não rejeitará aqueles que,
ludibriados pelo pecado, voltaram para Ele
com arrependimento verdadeiro. Deus enviará
anjos para confortá-los em meio ao perigo. Os
olhos do Senhor estão sobre Seu povo. As
chamas da fornalha parecerão prestes a
consumi-los, mas o Refinador os tirará como
ouro provado pelo povo. É nesta vida que
devemos separar o pecado de nós, pela fé no
sangue expiatório de Cristo. Nosso Salvador
precioso nos convida a unir-nos a Ele, unir
nossa fraqueza à Sua força, nossa indignidade
a Seus méritos. Depende de nós cooperar com
o Céu na obra de aperfeiçoar nosso caráter ao
modelo divino.
Fé Perseverante
•O tempo de angústia e aflição exigirá de nós
uma fé capaz de suportar cansaço, demora e
fome, uma fé que não desfaleça mesmo que seja
gravemente provada. A vitória de Jacó é uma
evidência do poder da oração persistente. Todos
aqueles que tomarem posse das promessas de
Deus, assim como Jacó o fez, terão sucesso da
mesma forma que ele teve. Lutar com Deus – tão
poucos sabem o que é isso! Quando ondas de
desespero cobrem os necessitados em oração,
tão poucos se apegam com fé às promessas de
Deus! Aqueles que exercem pouca fé hoje correm
o maior risco de cair sob o poder dos enganos de
Satanás. E mesmo que suportem a prova, serão
afundados em angústia mais profunda porque
não desenvolveram o hábito de confiar em Deus.
Devemos obter agora a experiência de confiar
em Suas promessas.
O Clímax
•No clímax do grande drama de engano, o próprio Satanás
aparecerá como se fosse Cristo. A igreja tem esperado há
muito tempo a vinda do Salvador em cumprimento de
suas esperanças. Mas o grande enganador fará parecer
que Cristo voltou. Satanás se mostrará como um ser
majestoso de brilho extraordinário, assemelhando-se à
descrição do Filho de Deus no livro de Apocalipse (Ap
1:13-15). A glória que o cerca será maior do que tudo que
olhos mortais já viram. O brado de triunfo ecoará: “Cristo
voltou!” As pessoas se prostrarão diante dele. Ele erguerá
as mãos e as abençoará. Sua voz será suave, mas cheia de
melodia. Em tom compassivo, apresentará algumas das
mesmas verdades celestiais que o Salvador proferiu.
Curará doenças e então, na suposta personificação de
Cristo, afirmará ter mudado o sábado para o domingo.
Declarará que aqueles que santificam o sétimo dia
demonstram desprezo por ele. Será um engano forte,
quase que irresistível. Grandes multidões vão crer em
suas feitiçarias, dizendo: este é o “Grande Poder” de Deus
(At 8:10).
O Povo de Deus
•Mesmo assim, o povo de Deus não será enganado.
Os ensinos desse falso cristo não estarão em
harmonia com as Escrituras. Ele pronunciará sua

Não Será Enganado bênção sobre os adoradores da besta e de sua


imagem, o próprio grupo sobre quem a Bíblia diz que
Deus derramará Sua ira sem mistura. Além disso,
Deus não permitirá que Satanás imite a maneira de
Cristo voltar. O Salvador advertiu Seu povo, para que
não se deixasse enganar a esse respeito.
“Aparecerão falsos cristos e falsos profetas que
realizarão grandes sinais e maravilhas para, se
possível, enganar até os eleitos. [...] Assim, se
alguém lhes disser: ‘Ele está lá, no  deserto!’, não
saiam; ou: ‘Ali está ele, dentro da casa!’, não
acreditem. Porque assim como o relâmpago sai
do Oriente  e se mostra no Ocidente, assim será a
vinda do Filho do homem” (Mt 24:24, 26, 27; Mt
25:31; Ap 1:7; 1Ts 4:16, 17). É impossível imitar essa
vinda. O mundo inteiro a testemunhará. Somente
aqueles que estudaram cuidadosamente as
Escrituras e receberam o amor pela verdade serão
protegidos do poderoso engano que tornará o
mundo cativo.
O decreto de vários governantes cristãos contra os guardadores dos mandamentos retirará a proteção
governamental e os abandonará aos que desejam sua destruição. Nessa ocasião, o povo de Deus fugirá
das cidades e vilas e se reunirá em grupos pequenos, habitando nos lugares mais desolados e solitários.
Muitos encontrarão segurança nas fortalezas das montanhas, assim como os cristãos dos vales de
Piemonte (ver o cap. 4). Mas muitos, de todas as nações e todas as classes, altas e baixas, ricos e pobres,
negros e brancos serão jogados no mais injusto e cruel cativeiro. Os amados de Deus passarão dias
exaustivos presos atrás de grades de prisões, sentenciados à morte, aparentemente largados para
morrer em calabouços escuros e nojentos. O Senhor Se esquecerá de Seu povo nessa hora difícil? Ele Se
esqueceu do fiel Noé, Ló, José, Elias, Jeremias ou Daniel? Embora inimigos possam colocá-los na prisão,
as paredes do calabouço são incapazes de interromper a comunicação entre seu coração e o de Cristo.
Anjos aparecerão para eles em suas celas solitárias. A cadeia será como um palácio e as paredes
sombrias serão iluminadas assim como na ocasião em que Paulo e Silas cantaram à meia-noite na prisão
de Filipos.
Deus Envia as
•Os juízos de Deus recairão sobre aqueles que tentam destruir
Seu povo. Para Deus, o castigo é “obra muito estranha” (Is
28:21; Ez 33:11). O Senhor é “Deus  compassivo  e

Pragas misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade, que [...]


perdoa a maldade, a rebelião e o pecado. Contudo, não deixa de
punir o culpado” (Êx 34:6, 7; Na 1:3). Ele é longânimo com as
nações, mas quando elas encherem a taça de sua iniquidade,
por fim beberão do cálice da ira sem mistura de misericórdia.
Quando Cristo terminar Seu ministério no santuário, Deus
derramará a ira sem mistura reservada para aqueles que
adoram a besta. As pragas no Egito foram semelhantes aos
juízos mais amplos que cairão sobre o mundo pouco antes do
livramento final do povo de Deus. João, o revelador, disse:
“Abriram-se feridas malignas e dolorosas naqueles que tinham a
marca da besta e adoravam a sua imagem” (Ap 16:2). O mar “se
transformou em sangue  como de um morto” (v. 3). E os “rios e
[as] fontes [...] se transformaram em sangue” (v. 4). O anjo
declarou: “Tu és justo, Tu, o Santo, [...] porque julgaste estas
coisas pois eles derramaram o sangue dos Teus santos e dos
Teus profetas, e Tu lhes deste sangue para beber, como eles
merecem” (v. 5, 6). Ao condenar o povo de Deus à morte,
tornaram-se culpados por seu sangue, como se o tivessem
derramado com as próprias mãos. Cristo declarou que os judeus
de Sua época eram culpados pelo sangue derramado de todos
os santos desde os dias de Abel (Mt 23:34-26), pois tinham o
mesmo espírito que os assassinos dos profetas.
•Essas pragas não serão universais, porém
serão as mais terríveis aflições que já
aconteceram. Todos os juízos antes do fim
do tempo da graça eram misturados com
a misericórdia. O sangue de Cristo protege
o pecador do impacto total de sua culpa.
No juízo final, porém, a ira não será
misturada com a misericórdia. Muitos
desejarão o abrigo da misericórdia divina,
a qual tanto desprezaram. Enquanto o
povo de Deus for perseguido e afligido,
sofrendo por falta de alimento, o Senhor
não os abandonará para morrer. Anjos
suprirão suas necessidades. “ Terá
suprimento de pão, e água não lhe
faltará.” “Eu, o Senhor, lhes responderei;
Eu, o  Deus  de Israel, não os
abandonarei” (Is 33:16; 41:17).
Hostes de Anjos
•Deus posicionará anjos ao redor daqueles que
cumprirem a ordem de Cristo para perseverar.
Eles testemunharam a angústia dos fiéis e

Vigiam ouviram suas orações. Aguardam a palavra de


seu Comandante para livrá-los do perigo. Mas
precisarão aguardar um pouco mais. O povo de
Deus deverá tomar do cálice e ser batizado com o
batismo (Mt 20:20-23). Por amor aos fiéis, o
tempo de angústia será abreviado. O fim virá
antes do que as pessoas esperam. Embora um
decreto geral tenha fixado o momento em que os
guardadores do sábado poderão ser mortos, em
alguns casos, seus inimigos vão se apressar e,
antes da data, tentarão tirar a vida deles. No
entanto, ninguém conseguirá passar pelos guardi
õ es posicionados ao redor de cada fiel. Alguns
serão atacados ao fugirem das cidades, mas as
armas levantadas contra eles vão se quebrar
como a palha. Outros serão defendidos por anjos
em forma de soldados.
•Em todas as eras, seres celestiais têm participado
ativamente das questões humanas. Aceitam a
hospitalidade de lares humanos, agem como
guias para viajantes confusos, abrem portas de
prisões e libertam os servos do Senhor. Eles
vieram tirar a pedra do túmulo do Salvador. Anjos
visitam as reuniões dos ímpios pelo mesmo
motivo que foram a Sodoma, a fim de verificar se
passaram dos limites da longanimidade de Deus.
Por amor aos poucos que O servem de verdade, o
Senhor restringe as calamidades e prolonga a paz
da população. Os pecadores não entendem o
quanto devem a própria vida aos fiéis que eles
amam oprimir. Muitas vezes, nos concílios deste
mundo, anjos se pronunciaram. Ouvidos humanos
escutaram seus apelos e lábios humanos
ridicularizaram seus conselhos. Esses mensageiros
celestiais demonstraram ser mais capazes de
advogar a causa dos oprimidos do que seus mais
eloquentes defensores. Derrotaram e detiveram
males que teriam causado grande sofrimento ao
povo de Deus.
•O precioso Salvador enviará ajuda quando mais
necessitarmos. O tempo de angústia será uma provação
terrível para o povo de Deus; mas, pela fé, todo
verdadeiro fiel deve enxergar o arco-íris da promessa a
cercá-lo. “Os resgatados do Senhor voltarão. Entrarão em
 Sião  com cântico; alegria eterna coroará sua cabeça.
Júbilo  e alegria se apossarão deles, tristeza e suspiro
deles fugirão” (Is 51:11). Se o sangue das testemunhas de
Cristo fosse derramado nessa ocasião, sua fidelidade não
seria um testemunho para convencer os outros da
verdade, pois os corações obstinados recusaram as ondas
de misericórdia até elas deixarem de ser enviadas. Se os
justos fossem então mortos por seus inimigos, seria um
triunfo para o príncipe das trevas. Cristo disse: “Vá, Meu
povo, entre em seus  quarto s e tranque as portas;
esconda-se por um momento, até que tenha passado a
ira dele. Vejam! O Senhor está saindo da Sua habitação
para castigar os moradores da Terra por suas
iniquidades” (Is 26:20, 21). Como será glorioso o
livramento daqueles que aguardam com paciência a
vinda de Cristo e cujo nome está escrito no livro da vida.

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