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8º Doutrina Adventista

o grande conflito
Toda a humanidade está agora envolvida num grande conflito entre
Cristo e Satanás, quanto ao caráter de Deus, Sua lei e Sua soberania
sobre o Universo. Este conflito originou-se no Céu quando um ser
criado, dotado de liberdade de escolha, por exaltação própria tornou-se
Satanás, o adversário de Deus, e conduziu à rebelião uma parte dos
anjos. Ele introduziu o espírito de rebelião neste mundo, ao induzir
Adão e Eva em pecado. Este pecado humano resultou na deformação
da imagem de Deus na humanidade, no transtorno do mundo criado e
em sua conseqüente devastação por ocasião do dilúvio mundial.
Observado por toda a criação, este mundo tornou-se palco do conflito
universal, dentro do qual será finalmente vindicado o caráter do Deus
de amor. Para ajudar Seu povo nesse conflito, Cristo envia o Espírito
Santo e os anjos leais, para os guiar, proteger e amparar no caminho da
salvação.
QUEM ERA LÚCIFER (SATANÁS)
EZEQUIEL 28:12-17

Deus o fez [a Lúcifer] bom e formoso, tão semelhante quanto possível a


Si próprio.
Review and Herald, 24 de setembro de 1901.
Deus o havia feito [a Lúcifer] nobre, havendo-lhe outorgado ricos dotes.
Concedeu-lhe elevada posição de responsabilidade. Nada lhe pediu que
não fosse razoável. Deveria ele administrar o cargo que Deus lhe
atribuíra, num espírito de mansidão e devoção, buscando promover a
exaltação de Deus, o qual lhe dera glória, beleza e encanto.
The Sabbath School Worker, 1º de março de 1893.
Embora Deus houvesse criado Lúcifer nobre e formoso, e o houvesse
colocado em posição de elevada honra entre os anjos, não o deixou
fora do alcance da possibilidade do mal. Satanás tinha o poder, se
decidisse por este caminho, de perverter seus dons.
The Spirit of Prophecy, vol. 4, pág. 317.
Lúcifer, no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o
primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. Seu semblante, como o
dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga,
demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e
majestoso. Uma luz especial resplandecia de seu semblante e brilhava ao
seu redor, mais viva do que ao redor dos outros anjos...
História da Redenção, pág. 13.

Lúcifer era o querubim cobridor, o mais exaltado dentre os seres criados.


Sua posição era a mais próxima do trono de Deus, e ele se achava
intimamente vinculado e identificado com a administração do governo de
Deus, havendo sido ricamente dotado com a glória de Sua majestade e
poder.
Signs of the Times, 28 de abril de 1890.

O próprio Senhor deu a Satanás sua glória e sabedoria, tornando-o o


querubim cobridor, bom, nobre e extraordinariamente formoso.

Signs of the Times, 18 de setembro de 1893.


Entre os habitantes do Céu, excluindo-se o próprio Cristo, foi
Satanás durante algum tempo o mais honrado de Deus, o mais
elevado em poder e glória.
Signs of the Times, 23 de julho de 1902.
Lúcifer, o "filho da alva", sobrepujando em glória a todos os
anjos que rodeavam o trono, ... [estava] ligado pelos mais
íntimos laços ao Filho de Deus.
O Desejado de Todas as Nações, pág. 435.
Lúcifer, "filho da alva", era o primeiro dos querubins
cobridores, santo e puro. Permanecia na presença do grande
Criador, e os incessantes raios de glória que cercavam o
eterno Deus, repousavam sobre ele.
Patriarcas e Profetas, pág. 35.
[Lúcifer] fora o mais elevado de todos os seres criados, e o
primeiro em revelar ao Universo os desígnios divinos.
Desejado de Todas as Nações, pág. 758.
REBELIÃO DE LUCIFER
ISAIAS 14:12-14
O grande Criador convocou os exércitos celestiais para, na
presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. O
Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial
de santos anjos reunida ao redor. O Pai então fez saber que, por
Sua própria decisão, Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual
a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu
Filho, isto valeria pela Sua própria presença.
A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a
palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade
para comandar os exércitos celestiais. Especialmente devia Seu
Filho trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e
de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho levaria a
cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si
mesmo. A vontade do Pai seria realizada nEle.
Lucifer deixou a imediata presença do Pai, insatisfeito e
cheio de inveja contra Jesus Cristo. Dissimulando seu real
propósito, convocou os exércitos angelicais. Introduziu seu
assunto, que era ele mesmo. Como alguém agravado, relatou
a preferência que Deus dera a Jesus em prejuízo dele.
Contou que, dali em diante, toda a doce liberdade que os
anjos tinham desfrutado estava no fim. Pois não havia sido
posto sobre eles um governador, a quem deviam de agora em
diante render honra servil?
Declarou que os tinha reunido para assegurar-lhes que ele
não mais se submeteria à invasão dos direitos seus e deles;
que nunca mais ele se prostraria ante Cristo; que assumiria a
honra que lhe devia ter sido conferida e que seria o
comandante de todos aqueles que se dispusessem a segui-lo
e obedecer a sua voz.
HISTORIA DA REDENÇÃO PAGS 14-15
GUERRA NO CÉU
APOCALIPSE 12:7-9

Satanás... iniciou a obra de rebelião entre os anjos que estavam sob


seu comando, procurando difundir entre eles o espírito de
descontentamento. Agiu de modo tão ardiloso que muitos dos anjos se
comprometeram com ele antes que seus propósitos fossem
plenamente conhecidos.
Review and Herald, 28 de janeiro de 1909.
Satanás... ambicionava as mais elevadas honras que Deus concedera a
Seu Filho. Tornou-se invejoso de Cristo e começou a semear entre os
anjos que o honravam como querubim cobridor, o sentimento de que
não recebera a honra que sua posição demandava.
Review and Herald, 24 de fevereiro de 1874.
Satanás estava guerreando contra a lei de Deus, por causa da ambição
de exaltar-se a si mesmo, e por não desejar submeter-se à autoridade
do Filho de Deus, o grande comandante celestial.
História da Redenção, p. 17, 18
O primeiro esforço de Satanás para destruir a lei de Deus -
esforço este feito entre os santos habitantes do Céu - pareceu
por algum tempo ser coroado de êxito. Grande número de anjos
foram seduzidos.
Patriarcas e Profetas, pág. 331.
[Lúcifer] começou a insinuar dúvidas com respeito às leis que
governavam os seres celestiais, dando a entender que,
conquanto pudessem as leis ser necessárias para os habitantes
dos mundos, não necessitavam de tais restrições os anjos, mais
elevados por natureza, pois que sua sabedoria era um guia
suficiente.
Patriarcas e Profetas, pág. 37.
Lúcifer... tentou abolir a lei de Deus. Pretendeu que as
inteligências não caídas do santo Céu não necessitavam de lei,
sendo antes capazes de governarem a si mesmas e de
preservarem imaculada integridade.
Signs of the Times, 28 de abril de 1890.
PORQUE DEUS NÃO DESTRUIU SATANÁS
Mesmo quando foi expulso do Céu, a Sabedoria
infinita não destruiu Satanás. Visto que unicamente
o serviço de amor pode ser aceito por Deus, a
fidelidade de Suas criaturas deve repousar em uma
convicção de Sua justiça e benevolência. Os
habitantes do Céu, e dos mundos, não estando
preparados para compreender a natureza ou
conseqüência do pecado, não poderiam ter visto
então a justiça de Deus na destruição de Satanás.
Houvesse ele sido imediatamente destruído, e
alguns teriam servido a Deus pelo temor em vez de
o fazer pelo amor.
O CARATER DE DEUS DIANTE DAS ACUSAÇÕES
APOCALIPSE 4-5, ROMANOS 3:4

Temos, pois, uma cena de julgamento. Está em jogo o


governo divino. Satanás é o acusador; Deus mesmo é o
acusado e está em julgamento. Foi acusado de injustiça, de
exigir que Suas criaturas façam o que não lhes é possível, e
de castigá-las, no entanto, por não o fazerem. A lei é o ponto
específico de ataque; sendo, porém, simplesmente um
transunto do caráter divino, são Deus e Seu caráter os que
estão na cena do julgamento.
A fim de que Deus prove Sua inocência, é necessário
demonstrar que não foi arbitrário em seus reclamos, que a lei
não é dura nem cruel em suas exigências, mas, pelo
contrário, é santa, justa e boa, e que os homens podem
guardá-la.
EXULTAÇÃO DE SATANÁS

Satanás declarou que demonstraria ante os mundos criados por Deus e perante as
inteligências celestiais, que é impossível guardar a lei de Deus.
Review and Herald, 3 de setembro de 1901.
O Redentor do mundo passou pelo terreno em que Adão caiu porque desobedeceu à
explícita lei de Jeová; e o unigênito Filho de Deus veio ao nosso mundo como homem, para
revelar ao mundo que os homens podem guardar a lei de Deus. Satanás, o anjo caído,
declarara que nenhum homem podia guardar a lei de Deus depois da desobediência de
Adão. Ele alegava que toda a raça humana estava sob o seu domínio.
Mensagens Escolhidas vol 3 pag 136.
Satanás exultou com seu êxito. Tinha agora tentado a mulher a descrer do amor de Deus,
a questionar Sua sabedoria e a procurar penetrar em Seus oniscientes planos. Por
intermédio dela causara também a ruína de Adão, o qual, em conseqüência de seu amor
por Eva, desobedeceu ao mandado divino e caiu com ela.
The Spirit of Prophecy, vol. 1, pág. 42.
Satanás... gabou-se orgulhosamente de que o mundo criado por Deus era seu domínio.
Havendo conquistado Adão, o soberano do mundo, ganhara toda a raça humana como seus
súditos. Possuiria o jardim do Éden e o transformaria em seu quartel-general. Ali
estabeleceria seu trono para ser o soberano do mundo.
Review and Herald, 24 de fevereiro de 1874.
A ENCARNAÇÃO DE JESUS
JO 1:1-3,14; HB 2:14-18; 4:15; 5: 5-10

“A humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a corrente de ouro


que liga nossa alma a Cristo e, por meio de Cristo, a Deus. Ela deve ser
nosso estudo. Cristo foi um homem real.”
The Youth Instructor, 13 de outubro de 1898.

“O Filho de Deus era, a cada passo, assaltado pelos poderes das


trevas. Após o Seu batismo, foi pelo Espírito levado ao deserto, onde,
por quarenta dias, sofreu tentação.
Tenho recebido cartas afirmando que Cristo não podia ter tido a
mesma natureza que o homem, pois, nesse caso, teria caído sob
tentações semelhantes. Se não possuísse natureza humana, não
poderia ter sido exemplo nosso. Se não fosse participante de nossa
natureza, não poderia ter sido tentado como o homem tem sido. Se não
Lhe tivesse sido possível ceder à tentação, não poderia ser nosso
Auxiliador. Era uma solene realidade esta de que Cristo veio para ferir
as batalhas como homem, em favor do homem.”
Como Cristo agia, assim deveis agir. Com ternura e amor,
procurai levar os errantes para o caminho certo. Isso exigirá
grande paciência e tolerância, e a constante manifestação do
amor perdoador de Cristo. Diariamente cumpre seja revelada a
compaixão de Cristo. O exemplo que Ele deixou deve ser
seguido. Ele tomou sobre Sua natureza sem pecado a nossa
pecaminosa natureza, para saber como socorrer os que são
tentados.
Medicina e Salvação pagina 181
“A perfeita humanidade de Cristo é a mesma que podemos ter
mediante ligação com Ele. Como Deus, Cristo não pôde ser
tentado, como não o foi, em relação com Sua lealdade no Céu.
Mas ao humilhar-Se assumindo a nossa natureza, podia ser
tentado. Não assumira nem mesmo a natureza dos anjos, porém
a humanidade, perfeitamente idêntica à nossa, mas sem a
mácula do pecado. …”
Cristo Triunfante, pág. 208
“Cristo […] não transgrediu a lei de Deus em nenhum detalhe. Mais que
isso, Ele eliminou qualquer desculpa do homem caído que pudesse alegar
alguma razão para não guardar a lei de Deus. Cristo estava cercado das
fraquezas da humanidade, era afligido com as mais ferozes tentações,
tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, e mesmo assim
desenvolveu um caráter reto. Nenhuma mancha de pecado foi encontrada
sobre Ele.”
ST, 16/01/1896 (Ellen White e a Humanidade de Cristo, pág. 173)
“Cristo não só morreu como nosso sacrifício, mas viveu como nosso
exemplo. Em Sua natureza humana, Ele Se apresenta completo, perfeito,
imaculado. Ser um cristão é ser como Cristo. Todo o nosso ser, nossa
alma, o corpo, o espírito, devem ser purificados, enobrecidos,
santificados, até que reflitamos a Sua imagem e imitemos o Seu exemplo.”
RH, 28/01/1882 (Ellen White e a Humanidade de Cristo, pág. 150)
“Foram tomadas amplas providências para que o homem finito e decaído
possa estar tão ligado com Deus que, por meio da mesma Fonte pela qual
Cristo venceu em Sua natureza humana ele consiga resistir firmemente a
todas as tentações, como Cristo o fez.”
Manuscrito 94, 1893 ( Ellen White e a Humanidade de Cristo, pág. 166 )
A ULTIMA GERAÇÃO DE CRISTÃO
SOF 3:13; 1° TES 5:23; 2° PED 3:11-14; 1° JO 3: 2-3; AP 14:5 FIL 2:15

As últimas passagens são especialmente claras em notar que a total


remoção do pecado da vida cristã deve ocorrer antes da segunda vinda, e
não quando esta acontecer. É por isso que Pedro exorta o cristão a
“apressar” a vinda de Jesus ao descrever a santidade prática (II Pedro
3:12), e é por esse motivo que ele exorta os crentes a serem “achados por
Ele em paz, sem mancha, e inculpáveis (verso 14). Perceba como é
necessário ser “achado” nessa condição quando Jesus vier, o que
significa que essa preparação deve ser completada antes que Ele
apareça.
O mesmo é verdade a respeito da passagem de I João. São aqueles que
tem a “esperança” na vinda de Jesus que se purificarão “assim como Ele é
puro” (I João 3:3). Isso significa que a purificação descrita é tanto uma
questão de cooperação divino- humana quanto algo atingido enquanto
ainda temos a esperança de Sua vinda. Quando Ele aparecer nas nuvens,
o retorno de Jesus não será mais uma esperança, mas uma realidade. É
enquanto Sua vinda é nossa esperança que devemos reivindicar Seu poder
para purificar nossas vidas do pecado, “assim como Ele é puro”.
Mas os que esperam contemplar uma transformação mágica em
seu caráter sem resoluto esforço de sua parte, para vencer o
pecado, esses serão decepcionados. Não temos motivo para
temer, enquanto olharmos a Jesus; razão alguma para duvidar de
que Ele seja capaz para salvar perfeitamente a todos os que a Ele
se chegam; mas podemos, sim, temer constantemente que nossa
velha natureza de novo alcance a supremacia, que o inimigo
elabore alguma cilada pela qual nos tornemos outra vez cativos
seus. Devemos operar nossa salvação com temor e tremor, pois é
Deus que opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a
Sua boa vontade. Com nossas faculdades limitadas, devemos ser
tão santos em nossa esfera, como Deus é santo na Sua. Na
medida de nossa capacidade, devemos tornar manifesta a
verdade e o amor e a excelência do caráter divino. Como a cera
toma a impressão do sinete, assim deve a alma tomar a
impressão do Espírito de Deus e reter a imagem de Cristo.
Mensagens Escolhidas vol1 pag 336
O Redentor do mundo passou pelo terreno em que Adão caiu
porque desobedeceu à explícita lei de Jeová; e o unigênito Filho
de Deus veio ao nosso mundo como homem, para revelar ao
mundo que os homens podem guardar a lei de Deus.
Mensagens Escolhidas vol 3 Pag. 136
O grande Mestre veio a nosso mundo, não somente para fazer
expiação pelo pecado, mas também para ser um mestre tanto por
preceito como pelo exemplo. Veio mostrar ao homem como
guardar a lei na humanidade, de modo que ele não tivesse
nenhuma desculpa para seguir seu próprio critério imperfeito.
Vemos a obediência de Cristo. Sua vida era sem pecado. A
obediência durante toda a Sua vida é uma censura à humanidade
desobediente. A obediência de Cristo não deve ser posta de lado
como se fosse completamente diferente da obediência que Ele
requer de nós individualmente. Cristo nos mostrou que é possível
para toda a humanidade obedecer às leis de Deus. ...
Mensagens Escolhidas vol 3 Pag. 135
Ellen White, portanto, marcha ao lado da
Escritura quando escreve:
"Cristo aguarda com fremente desejo a
manifestação de Si mesmo em Sua igreja.
Quando o caráter de Cristo for
perfeitamente reproduzido em Seu povo,
então Ele virá para reclamá-los como
Seus. É privilégio do cristão não apenas
aguardar, mas apressar a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo" (II Pedro 3:12).
Parábolas de Jesus, p. 69

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