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Sermão: Adoração – Primeiro Deus

Introdução:
Em Apocalipse 13, duas bestas emergem para perseguir o
remanescente de Deus nos momentos finais da história.
A primeira é representada por um monstro, uma corporificação da
anormalidade, quanto mais cabeças, dentes e chifres, maior é sua
força e ímpeto para devorar.
A segunda besta não é monstruosa, mas também não é natural,
pois é semelhante a um cordeiro e fala como o dragão, Satanás (Ap
12:9). Movidas pela ira do dragão, ambas querem devorar física ou
espiritualmente “os que guardam os mandamentos de Deus e têm o
testemunho de Jesus” (Ap 12:17).
Considere as características da primeira besta (Ap 13:1-10):
(1) ela é composta por partes dos quatro animais de Daniel 7;
(2) persegue os santos por 42 meses (que correspondem a 1.260
anos; Ap 12:6; Dn 7:25), ou seja, durante o período da Inquisição;
(3) uma de suas cabeças foi ferida de morte, quando o papado
perdeu gradualmente sua força até a prisão de Pio VI pelo general
francês Louis-Alexandre Berthier em 1798; e
(4) ela ressurgiu e maravilhou o mundo (a restauração do Vaticano
e o estrelato global do papa), que chegará ao ponto de adorá-la.
Este poder milenar, religioso, perseguidor e que ressurge no fim só
pode ser o da igreja de Roma e o papado, como Lutero já cria no
século 16.
A segunda besta (Ap 13:11-18) sobe da terra, e não das águas, que
representam povos (Ap 17:15). Não surgiu de um império que
conquistou outro antigo domínio imperial. Ela “emerge” na América,
que era muito mais ampla e menos povoada.
Essa besta tem aparência de cordeiro (é religiosa) e dois chifres ou
poderes predominantes. Ela ganha um domínio mundial no tempo
em que a ferida da primeira besta é curada (Ap 13:12). Essa mescla
de poderio global e apelo religioso não pode descrever outra nação
do mundo senão os Estados Unidos da América e, por extensão, o
protestantismo americano. Trata-se de um país marcado por duas
características (republicanismo e protestantismo) e por dois partidos
majoritários (Democrata e Republicano). É a terra da liberdade
religiosa e da democracia (aparência de cordeiro), mas ainda é uma
besta (therion) assim como a primeira e tem voz de dragão, uma
intolerância latente, que já deu sinais do que realizará no futuro.

A obra-prima de engano e opressão no tempo do fim, arquitetada


pelo dragão e operacionalizada pelas duas bestas, tem o objetivo
de cativar a adoração universal.
A estratégia final é obrigar o mundo a fazer algo para a primeira
besta: formar uma imagem dedicada a ela e então adorar essa
imagem, e, por tabela, adorar a besta e o próprio dragão.
A segunda besta, chamada de “falso profeta” no restante do livro
(16:13; 19:20; 20:10), atua para servir à primeira. Por meio de sinais
miraculosos (Ap 13:12), faz com que os habitantes da Terra a
adorem, dando-lhes o sinal de Elias no monte Carmelo: o fogo
descendo do céu, pois “o deus que responder com fogo esse é que
é Deus” (1Rs 18:24; Ap 13:13).
Ela age para seduzir o mundo com seus sinais milagrosos, dando
vida à imagem, fazendo-a falar e permitindo-lhe matar “todos os que
não adorassem a imagem da besta” (Ap 13:15). Em paralelo com
Daniel 3, a imagem da besta configura um instrumento legal pelo
qual o decreto será imposto, ou seja, uma lei.
O que é o Selo de Deus?
Logo que o povo de Deus estiver selado na fronte - não é algum
selo ou marca que pode ser visto, mas a consolidação na verdade,
tanto intelectual como espiritualmente, de modo que não possam
ser abalados - logo que o povo de Deus estiver selado e preparado
para a sacudidura, ela ocorrerá. Na realidade, já começou. The
Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 4, pág. 1.161.
O selo do Deus vivo é colocado nos que guardam
conscienciosamente o sábado do Senhor. The Seventh-day
Adventist Bible Commentary, vol. 7, pág. 980.
Os que querem ter o selo de Deus na testa precisam guardar o
sábado do quarto mandamento. The Seventh-day Adventist Bible
Commentary, vol. 7, pág. 970.
A verdadeira observância do sábado é o sinal de lealdade a
Deus. The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 7, pág.
981.
De todos os dez preceitos, só o quarto contém o selo do grande
Legislador, Criador dos céus e da Terra. Testemunhos Seletos, vol.
3, pág. 17.
A observância do memorial do Senhor, o sábado instituído no
Éden, o sábado do sétimo dia, é a prova de nossa lealdade a Deus.
Carta 94, 1900.
Satanás está agora usando cada artifício neste tempo de selamento
a fim de desviar a mente do povo de Deus da verdade presente e
levá-los a vacilar. (Ellen G. White, Primeiros Escritos, 42-43)

Daniel 3
A simbólica representação pela qual Deus tinha revelado ao rei e ao
povo o Seu propósito para com as nações da Terra, ia agora servir para
glorificação do poder humano. A interpretação de Daniel ia ser rejeitada
e esquecida; a verdade ia ser mistificada e mal utilizada. O símbolo que
o Céu designara servisse para desdobrar perante a mente dos homens
importantes eventos do futuro, ia ser utilizado para impedir a
divulgação do conhecimento que Deus desejava o mundo recebesse.
Assim mediante a imaginação de homens ambiciosos, Satanás estava
procurando frustrar o propósito divino em favor da raça humana. O
inimigo da humanidade sabia que a verdade isenta de erro é uma força
poderosa para salvar; mas que quando usada para exaltar o eu e
favorecer os projetos dos homens, torna-se um poder para o mal. (Ellen
G White, Profetas e Reis, 505)

Importantes são as lições a serem aprendidas da experiência dos


jovens hebreus na planície de Dura. Nos dias atuais, muitos dos servos
de Deus, embora inocentes de qualquer obra má, serão levados ao
sofrimento, humilhação e abuso às mãos daqueles que, inspirados por
Satanás, estão cheios de inveja e fanatismo religioso. A ira do homem
será especialmente despertada contra os que santificam o sábado do
quarto mandamento; e por fim um decreto universal denunciará a estes
como dignos de morte. Os tempos de provação que estão diante do
povo de Deus reclamam uma fé que não vacile. Seus filhos devem
tornar manifesto que Ele é o único objeto do seu culto, e que nenhuma
consideração, nem mesmo o risco da própria vida, pode induzi-los a
fazer a mínima concessão a um culto falso. (Ellen G. White, Profetas e
Reis, 512)
Como nos dias de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, no período
final da história da Terra o Senhor operará poderosamente em favor
dos que ficarem firmes pelo direito. Aquele que andou com os hebreus
valorosos na fornalha ardente, estará com os Seus seguidores em
qualquer lugar. Sua constante presença confortará e sustentará. Em
meio do tempo de angústia - angústia como nunca houve desde que
houve nação - Seus escolhidos ficarão inamovíveis. Satanás com todas
as forças do mal não pode destruir o mais fraco dos santos de Deus.
Anjos magníficos em poder os protegerão, e em favor deles Jeová Se
revelará como "Deus dos deuses", capaz de salvar perfeitamente os que
nEle puseram a sua confiança. (Ellen G. White, Profetas e Reis, 513)

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