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“A única definição de pecado na Palavra de Deus nos é dada em I João 3:4: ‘Pecado é o
quebrantamento da Lei’.” Nossa Alta vocação, p.139.
“Cada pecado é uma quebra do que Jesus chamou de o primeiro e grande mandamento,
não apenas o fracasso de amar
a Deus com todo o nosso ser, mas também a recusa ativa de reconhecê-lo e obedecer-lhe
como o nosso Criador e Senhor.” John Stott.
Uma vez que tenhamos visto que cada pecado que cometemos é uma expressão (em
diferentes graus de autoconsciência) desse espírito de revolta contra Deus,
Pecado original
Agostinho ensinou que “o pecador somente pode querer o pecado. Antes da queda
tínhamos liberdade para pecar e para não pecar. Mas depois da queda e antes da redenção
a única liberdade que nos resta é a de pecar.
Agostinho ainda argumentou que “o pecado original não é voluntário, mas procede da
vontade do primeiro homem. Foi introduzido pela má vontade de Adão. Está em nós por
causa da unidade do gênero humano. Em virtude desta unidade todos incorremos no
pecado de Adão. Condenado Adão, todos fomos condenados. Essa condição histórica,
explica no homem sua tendência ao mal.”
Nascemos todos no pecado, e a transmissão dá-se «por descendência, não por imitação»
Concílio de Trento.790. 3.
Se alguém afirmar que esse pecado de Adão – que é um pela origem e transmitido pela
propagação e não pela imitação, mas que é próprio de cada um -789. 2.
Se alguém negar que se devam batizar as crianças recém-nascidas, ainda mesmo quando
nascidas de pais batizados; ou disse que devem ser batizadas, sim, para a remissão dos
pecados, mas que nada trazem do pecado original de Adão que seja necessário expiar-se no
lavacro da regeneração para conseguir a vida eterna, donde resulta que neles a forma do
batismo não deve ser entendida como em remissão dos pecados – seja excomungado,
porque não é de outro modo que se deve entender o que o Apóstolo: Por um só homem
entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte e assim a morte passou a todos os
homens naquele em que todos pecaram (Rom 5, 12), senão do modo que a Igreja Católica,
espalhada por todo o mundo, sempre o entendeu; porquanto, em razão desta regra de fé,
segundo a tradição dos Apóstolos, ainda as criancinhas que não puderam cometer nenhum
pecado, também são verdadeiramente batizadas para a remissão dos pecados, a fim de ser
nelas purificado pela regeneração o que contraíram pela geração, pois, se alguém não
renascer da água e do Espírito Santo, não pode entrar no reino de Deus (Jó 3, 5).
Agostinho ensinou que Deus tinha predestinado a todos os homens, já para salvação ou
perdição completa. Calvino e Lutero seguiram esse perfil teológico e construíram sua
doutrina de justificação pela fé sobre o pressuposto da predestinação.
“Quando Adão pecou, ele perdeu a capacidade de não pecar mais; por tanto, tudo o que lhe
restou foi a habilidade de pecar. Qualquer decisão que ele fizesse era pecaminosa. Por isto
Adão depois de seu pecado só pode pecar, e nós como membros de sua família só podemos
pecar também.”
O teólogo protestante reformado suíço Heinrich Emil Brunner reagiu contra a doutrina do
pecado original em seu livro A Doutrina cristã da Criação e a Redenção, pp. 98,99, 103,
109.
“A teoria do pecado original que tem sido a norma para a doutrina cristã com relação ao
homem desde o tempo de Agostinho, é completamente estranha ao pensamento bíblico.
Primeiro, porque todo o pecado deve compreender-se como um ato, a saber, uma ‘caída’,
como uma ruptura ativa com o princípio divino, um distanciamento ativo da ordem divina
(a lei)… O pecado é um ato – é o primeiro que devemos dizer com relação a ele.”
“Consoante a doutrina do pecado original, não apenas são culposos os desejos da carne,
mas também todos os seres humanos em virtude do nascimento, por causa do pecado de
Adão. Isso explica a prática do batismo infantil para livrar da maldição do pecado. Essa
crença e prática são totalmente estranhas às Escrituras. Nem mesmo Rom. 5:12, o locus
classicus (posição clássica) da doutrina do pecado original, afirma que todos os seres
humanos são nascidos pecadores. Além disso, Paulo acrescenta que antes de Moisés, a
humanidade não pecara “à semelhança da transgressão de Adão” (verso 14).
“A Escritura ensina que a culpa não é transmissível por hereditariedade. Apenas aquele que
peca é culpado. “Não se farão morrer os pais pelos filhos, nem os filhos pelos pais; cada
qual morrerá pelo seu próprio pecado.” (Deut. 24:16; II Reis 14:6). O profeta Ezequiel
repete essa mesma lei nestes termos: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a
iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele,
e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.” (Eze. 18:20).
“Os católicos e muitos protestantes ensinam a doutrina do pecado original. Há muitos
modos de entender essa doutrina, mas o conceito básico é que somos pecadores por
nascimento, culpados simplesmente porque pertencemos à família humana como
descendentes de Adão. Desse ponto de vista, se Jesus houvesse nascido com a mesma
natureza pecaminosa como todos os outros homens, Ele seria um pecador, culpado por
nascimento. Conseqüentemente, não poderia ser nosso Salvador.
“Em razão de não haver base bíblica para a doutrina do pecado original, o adventismo
tradicional a condenou ou simplesmente a ignorou. Ellen White, em todos os seus escritos,
nunca a mencionou. Uma vez apenas ela usou a expressão “o pecado original” em relação
ao pecado cometido por Adão no princípio. “Cada pecado cometido”, escreveu ela, “reaviva
o eco do pecado original.” Hoje, alguns teólogos de outras confissões, do mesmo modo,
consideram a doutrina do pecado original como estranha ao ensino bíblico.
O pecado foi um ato da livre vontade do homem; uma escolha de seu livre arbítrio.
Adão cometeu um pecado pessoal, e assumiu uma culpa pessoal. Pecado é o ato de
transgressão mental ou física. Culpa é a responsabilidade pelo ato cometido.
Nascemos todos no pecado, e a transmissão dá-se «por descendência, não por imitação»
Concílio de Trento.
A doutrina do pecado original está muito relacionado com o batismo das crianças. Orígenes
explicou que “as crianças são batizadas para que assim sejam eliminadas as manchas do
seu nascimento.”
Este dogma alega que Maria foi preservada de pecado original desde o momento de sua
concepção até o final de sua vida.
O dogma oficial da imaculada conceição, conhecido como ineffabilis Deus, foi promulgado
pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854, por ocasião da Festa da Conceição. Na
presença de mais de 200 cardeais, bispos e outros dignitários, Pio IX solenemente definiu e
promulgou este dogma dizendo: “Nós declaramos, pronunciamos e definimos, que a
doutrina que afirma que a Bendita Virgem Maria, do primeiro momento de sua concepção,
por graça singular e privilégio do Todo-Poderoso Deus, e em vista dos méritos de Jesus
Cristo, Salvador da raça humana, foi preservada livre de qualquer mancha de pecado
original, é uma doutrina revelada por Deus e, por essa razão, precisa ser firme e
constantemente acreditada por todos os fiéis”. [31]
De acordo com a visão dualística, na concepção um corpo é formado no útero da mãe como
resultado da inseminação de um pai. No momento da concepção do corpo, uma alma é
criada e infundida no corpo. Esse processo é chamado de animação, isto é, a implantação
de uma anima (que é o termo latim para alma) no corpo. Cada alma é infundida no corpo
com a mancha de pecado original. Sobre circunstâncias normais tal mancha é
supostamente removida no batismo logo após o nascimento da criança.
No caso de Maria, no entanto, a mancha do pecado original não foi removida no batismo,
mas foi excluída por completo de sua alma no momento da concepção. Em outras palavras,
o corpo de Maria foi infundido com uma alma limpa sem a mancha de pecado original. Em
adição, uma santidade especial foi concedida a ela de tal forma que excluiu do seu corpo a
presença de todas as emoções, paixões e inclinações pecaminosas.
Este dogma vai além de atribuir concepção sem pecado a Maria, por também reivindicar
que ela viveu uma vida totalmente sem pecado. Como declarado no Catecismo da Igreja
Católica, “a Mãe de Deus ‘a toda santa’ (Panagia) . . . [era] ‘imune de toda mancha de
pecado, tendo sido plasmada pelo Espirito Santo, e formada como uma nova criatura’. Pela
graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua
vida.” Assim, de acordo com o ensinamento católico oficial, Maria foi concebida sem
nenhum traço de pecado e permaneceu sem pecado durante sua vida inteira.
PECADO E MATÉRIA
O gnosticismo
O Novo dicionário Da Bíblia o define nos seguintes termos: Termo derivado do vocábulo
grego gnosis, “conhecimento”, e tradicionalmente aplicado a um conjunto de ensino
herético que a igreja primitiva teve de enfrentar nos dois primeiros séculos de nossa era. O
ponto central do ensino gnóstico é baseado no contraste dualista e que dizia que a matéria
é inerentemente má, e o espírito, o que equivalente do lado oposto, era inerentemente bom.
Logo, a base de seu ensino era que tudo o que é material é mau, e de igual forma tudo o que
é espiritual é bom. Aqui contamos com o apoio de G. L. Borchert, que afirma o seguinte:
“Os gnósticos, obviamente, usavam fontes como o dualismo platônico e o pensamento
religioso oriental, incluindo idéias derivadas do cristianismo.”
Como consequência desse dualismo material / espiritual eles afirmavam a total separação
de Deus de qualquer coisa que fosse material.
Toda a matéria existente é má em sua essência. Nosso corpo é material. Logo,nosso corpo é
mau e seus desejos maus em sua essência devem ser suprimidos.
O mal tende a se auto-destruir. O nosso corpo é mau. Logo, nosso corpo tem a tendência de
se auto-destruir.
Eles acreditavam que o espírito não se corrompe com o que é feito pelo corpo, assim como
o ouro não perde sua pureza e essência quando mergulhado em lama.
Eles criam que o “espirito-Cristo” só veio e possui o corpo de Jesus de Nazaré (da mesma
maneira que um demônio possui o corpo de uma pessoa) na ocasião de seu batismo, mas o
espirito-Cristo não se encarnara realmente no homem Jesus de Nazaré, pois se assim
acontecesse ele estaria aprisionado pela matéria, o princípio do mal. Já que Cristo não se
encarnara, portanto não sofreu, nem morreu. Logo, não poderia ter realizado nenhum tipo
de expiação.
A QUEDA DE ADÃO
A queda de Adão causou nele a propensão ao mal. Mudou sua natureza. Para ele agora era
natural pecar, e fazer o bem lhe era antinatural.
“Quando Adão pecou, o homem ficou separado do centro prescrito pelo Céu. Um demônio
tornou-se o poder central no mundo. Onde devia estar o trono de Deus, colocou Satanás o
seu trono.” caminho a Cristo, p. 40.
“Quando o homem transgrediu a lei divina, sua natureza se tornou má, e ele ficou em
harmonia com Satanás, e não em desacordo Com ele.” O Grande Conflito, p.505.
“Seu amor por Eva era forte, e em extremo desencorajamento decidiu partilhar do seu
destino. Ele tomou o fruto e comeu-o rapidamente.” PE, 148.
“O amor, a gratidão, a lealdade para com o Criador, tudo foi suplantado pelo amor para
com Eva… Resolveu partilhar sua sorte; se ela devia morrer, com ela morreria ele…
Nenhum sinal de morte aparecia nela, e ele se decidiu a afrontar as conseqüências. Tomou
o fruto, e o Comeu rapidamente.” Patriarcas e Profetas, pp. 56 e 57.
Não herdamos o pecado- ato de Adão, nem sua culpa, nem sua condenação. Herdamos
todas as propensões, todas as tendências, os desejos para pecar e as fragilidades de uma
natureza humana pecaminosa. Deste modo a culpa e a condenação não vêem pela natureza
decaída; porém quando decidimos rebelar-nos contra a luz vinda do céu, rejeitar o
amoroso convite de perdão e salvação e transgredir voluntariamente a lei divina, então
elegemos tomar a decisão de Adão e nos tornamos culpáveis do juízo e da condenação.
“Porque Deus enviou seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para
que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está
condenado; porquanto não crê no nome do Unigénito Filho de Deus. E a condenação é
esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as
suas obras eram más.” João 3.17-19.
PECADO E CULPA
■ O judaísmo ensina que o pecado é um ato e não um estado do ser. Pecado é um ato, pois
“cada um é tentado, quando atraído e engodado pelo seu próprio desejo. Depois, havendo
concebido o desejo, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” (Tiago
1:14 e 15).
■ A inclinação a fazer o mal. Gn. 8:21.
■ Incapacidade para escolher o bem em vez do mal (Salmo 37:27).
■ O Judaísmo defende que todo o Homem nasce sem pecado, pois a culpa de Adão não
recai sobre os outros homens.
■ “O Homem é responsável pelo pecado porque é dotado de uma vontade livre (“behirah”);
o pecado é um abuso e um mal uso da liberdade individual.
■ Pecado é violação da lei divina:
■ Os pecados pessoas não são transmitidos de uma pessoa ou de uma geração para outra.
Cada pessoa comete seus próprios pecados e é responsável por eles. Os efeitos do pecado
pessoal pode afetar outras pessoas ou a progénie, é nesse sentido que se consideram como
sendo transmitidos.