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Pelagianismo: O pecado de Adão não teve nenhuma influência sobre as almas de seus
descendentes além de, através de seu exemplo pecaminoso, encorajar outras pessoas a
também pecar. De acordo com essa opinião, o homem tem a habilidade de parar de pecar se
ele quisesse. Esse ensino vai de encontro a várias passagens que ensinam que o homem é
um escravo do pecado (quando longe da intervenção de Deus) e que suas boas obras são
“mortas”, quer dizer, sem nenhum valor para ganhar o favor de Deus (Efésios 2:1-2; Mateus
15:18-19; Romanos 7:23; Hebreus 6:1; 9:14).
Calvinismo: O pecado de Adão resultou não só na nossa natureza pecaminosa, mas também
em culpa diante de Deus, pelas quais merecemos punição. Ser concebido com o pecado
original sobre nós (Salmos 51:5) resulta em nós herdando uma natureza pecaminosa tão
perversa que Jeremias 17:9 descreve o coração humano como “enganoso ... mais do que
todas as coisas, e perverso”. Adão foi não só culpado por causa do seu pecado, mas sua
culpa e punição (morte) pertencem a nós também (Romanos 5:12,19). Há duas opiniões
sobre por que Deus deve enxergar a culpa de Adão como pertencente a nós também. A
primeira afirma que a raça humana fazia parte de Adão em forma de semente; portanto,
quando Adão pecou, pecamos nele. Isso é semelhante ao ensino Bíblico de que Levi (um
descendente de Abraão) pagou dízimos a Melquisedeque em Abraão (Gênesis 14:20;
Hebreus 7:4-9), apesar de que Levi não nasceu até centenas de anos mais tarde. A outra
opinião é de que Adão serviu como nosso representante e como tal, quando ele pecou,
tornamo-nos culpados também.
A opinião Calvinista enxerga o homem como incapaz de ter vitória sobre o seu pecado,
exceto sob o poder do Espírito Santo. Esse poder só é possuído quando alguém arrepende-se
do seu pecado e vira-se para Cristo em total dependência dEle e Seu sacrifício expiatório na
cruz. Um problema com essa opinião é como explicar como bebês e aqueles que são
incapazes de cometer pecado de forma consciente são salvos (2 Samuel 12:23; Mateus 18:3;
19:14), já que eles também são responsáveis pelo pecado de Adão. Millard Erickson, autor
de Teologia Cristã, acha que essa dificuldade é resolvida da seguinte maneira: “Há uma
posição (opinião) que….preserva o paralelismo entre nós aceitando o trabalho de Cristo e o
de Adão (Romanos 5:12-21), e ao mesmo tempo destaca de forma mais clara nossa
responsabilidade pelo primeiro pecado. Somos responsáveis e culpados quando aceitamos
ou aprovamos a nossa natureza corrupta. Há um momento na vida de cada um de nós
quando nos tornamos cientes de nossa própria tendência a pecar. Naquele ponto, podemos
abominar a natureza pecaminosa que tem estado presente todo aquele tempo.... e
arrepender-nos dela. Pelo menos haveria uma rejeição do nosso pecado. Mas se submeter-
nos à natureza pecaminosa, estamos na verdade dizendo que ela é boa. Ao estabelecer
nossa aprovação de uma forma tácita da corrupção, estamos também aprovando ou
concordando com a ação no Jardim do Edén de tanto tempo atrás. Tornamo-nos culpados
daquele pecado sem termos ainda cometido um pecado próprio”.
A opinião Calvinista do pecado original é a mais consistente com o que a Bíblia ensina e
“pecado original” pode ser definido como “aquele pecado e sua culpa que todos nós
possuímos aos olhos de Deus como resultado direto do pecado de Adão no Jardim do Éden”.