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Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores?

Nascemos pecadores?
Precisamos manter em mente que não é nosso objetivo dizer o que acontece com os
bebês que morrem enquanto ainda bebês. Sabemos que Deus não nos falou definidamente
sobre este assunto. Não nos foi revelado de forma direta se os bebês de pais ímpios, por
exemplo, serão salvos, ou se serão tratados por Deus como se nunca tivessem existido (como
no caso de alguns escravos). Ver textos no final do estudo com nome Anexo 1.

O objetivo é analisar os conceitos bíblicos sobre pecado e sobre o evangelho, e ser capaz
dizer principalmente o que NÃO acontece com os bebês. Afinal, nascemos pecadores e se
morrermos enquanto bebês, morremos perdidos?
Nota: Estudar qualquer assunto que seja, jamais deve ser com o intento de causar polêmica, discussão
acalorada, nem obter argumentos para provocar os que pensam diferente de nós. Se você ou eu assim
fazemos, é certo que Cristo não habita em nosso coração. Porém, estudar para entender melhor o caráter
de Deus e o Evangelho, isso sim é proveitoso para cada mente que se debruça a cavar verdades como
sendo tesouros escondidos.

Neste estudo vamos abordar apenas algumas das citações aparentemente mais difíceis
usadas por nossos pioneiros sobre este assunto: nascemos pecadores? Espero que todos
concordemos que pecado é a transgressão da lei. (ver estudo: O que é pecado?)

Note a advertência a seguir:

“Aqueles que permitiram que suas mentes se tornassem obscurecidas EM


RELAÇÃO AO QUE CONSTITUI O PECADO, estão terrivelmente enganados.
A menos que façam uma mudança decidida, serão achados em falta
quando Deus pronunciar o julgamento sobre os filhos dos homens. Eles
TRANSGREDIRAM A LEI e quebraram o concerto eterno e receberão de
acordo com suas obras.” EGW, T9 267.1

“Pesquise as Escrituras e descobrirá que nenhum filho ou filha de Adão é


eleito para a salvação, em desobediência aos mandamentos de Deus.”
RH, 28 de setembro de 1897 par. 4

Herdamos uma natureza pecaminosa e caída de Adão e, como resultado, possuímos


uma predisposição natural para o pecado, daí a declaração da Bíblia: "porque todos pecaram" e
o rótulo de "pecadores". Esse é o legado que Adão nos deixou e tudo o que vem com ele.
Transgressão => culpa => condenação => condição perdida => morte. Mas, felizmente, o Senhor
interveio.

Como resultado dessa natureza pecaminosa caída, ao alguém chegar à idade da "compreensão
e da responsabilidade”, não há como escapar da escravidão do pecado, situação da qual não
pode livrar-se por si mesmo. A própria natureza humana NÃO é PECADO. É aquilo que leva ao
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pecado, é a tendência para pecar, inclinação para o pecado, mas em si mesma não é O PECADO
pelo qual somos condenados e considerados perdidos desde a concepção ou nascimento.

O dever TODO do homem está contido nos Dez Mandamentos?

"A ÚNICA DEFINIÇÃO DE PECADO que temos na Bíblia é que é a


transgressão da lei. A lei é de longo alcance em suas reivindicações, e
devemos trazer nossos corações em harmonia com ela ... ela CONDENA
TODOS OS PECADOS, E REQUER TODAS AS VIRTUDES.” EGW, ST, 3 de março de
1890, par. 3.

Quantos pecados a lei condena?

"A lei condena TODO pecado e exige TODA a virtude." RH, 26 de fevereiro de
1901, par.13

A lei condena todo pecado, isso significa cada pecado. Será que existe alguma
transgressão que a lei não condena? A lei condena TODOS e CADA pecado? A lei é a única coisa
que pode dizer o que constitui pecado? A afirmação de que “o pecado é muito MAIS do que
quebrar os mandamentos de Deus” está em harmonia com a inspiração?

"À lei e ao testemunho ..." Is 8:20.

"Onde não há lei, não há transgressão" (Rm 4:15).

Qual dos dez mandamentos condena a natureza decaída? Nenhum. Portanto, a natureza
caída não é pecado. É o resultado do pecado de Adão. Não precisamos ser perdoados por possuir
uma natureza decaída.

Como a lei não condena ter uma natureza decaída, Cristo pode vir em nossa natureza e
viver uma vida sem pecado em tal natureza. É exatamente isso que a inspiração declara.

Não há pecado que a lei não condene, nem virtude que ela não exija. Seremos julgados
pela lei - é o critério da justiça de Deus, conforme demonstrado por Seu Filho. A lei deve,
portanto, condenar todo pecado e exigir toda virtude. A transgressão da lei é, portanto, a única
definição de pecado na Palavra de Deus. Alguns afirmam que possuir uma natureza decaída é
um tipo de pecado. Todos nós herdamos uma natureza decaída de nossos pais, mas não pode
haver pecado onde não há lei.

"Onde não há lei, não há transgressão." Rm 4:15

Se é pecado possuir uma natureza decaída, deve haver uma lei para isso. Deus deu uma
lei que proíbe alguém de ser concebido com uma natureza humana decaída? Se alguma vez
houvesse uma lei que fosse impossível de cumprir, seria exatamente essa; pois como alguém
poderia optar por não a violar tal lei, antes mesmo de vir a existir?!
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As escrituras ensinam que o salário do pecado, [a transgressão da lei], é a morte.

Observe a posição de Waggoner sobre a NATUREZA PECAMINOSA e sua relação com a morte:

"Adão não podia dar a seus descendentes uma natureza superior à sua,
então o pecado de Adão tornou inevitável que todos os seus descendentes
nascessem com natureza pecaminosa. Sentença de morte, no entanto, não
é transmitida a eles por terem nascido de Adão, mas porque eles pecaram.”
{18 de outubro de 1894 EJW, PTUK 658.7} Waggoner on Romans p. 5.100

Note que Waggoner entendeu que o PECADO não é a NATUREZA. Ninguém é condenado
por possuir uma natureza PECAMINOSA, pois a sentença de morte não é transmitida a alguém
por ter tal natureza, mas a alguém que pecou, transgrediu a lei de Deus - pois o salário do
pecado é a morte. Deveríamos conseguir identificar e apreciar a nítida diferença entre PECADO
e EFEITOS do pecado. O problema é que o rótulo PECADOR é frequentemente usado para
descrever a natureza pecaminosa, e não o seu efeito, o pecado.

Analogia: Um homem pode ter tido uma história familiar extremamente indesejável, na qual seu
bisavô, avô e pai eram ladrões. Ele nasceu no ambiente mais desfavorável possível, em meio ao
roubo. Ele até tem uma inclinação para roubar, mas até que se torne de fato um ladrão,
roubando pela primeira vez, seria justo que o chamássemos de ladrão, o culpássemos e o
condenássemos a cumprir pena atrás das grades? Deveríamos encarcerá-lo por causa dos
roubos de seu pai? Todos concordaríamos que esse sistema de justiça seria o mais injusto do
mundo. E é esse tipo de difamação que lançamos sobre Deus se não esclarecermos o que
queremos dizer com "pecadores desde o nascimento", "nascidos em pecado", “feitos
pecadores” etc. Como o exemplo do roubo, herdamos uma predisposição ao pecado, por isso,
diz-se que somos moldados pela iniquidade e em pecado nos concebeu nossa mãe.

A história de 6.000 anos dos nossos ancestrais é uma história de pecados e pecadores,
mas isso nos torna pecadores, condenados e perdidos no momento de nossa concepção ou
nascimento? Mesmo com nosso Salvador Jesus Cristo e Sua graça salvadora disponíveis
gratuitamente para os recém-nascidos?

Observe o entendimento de Waggoner em 1887 sobre essa questão:

"Mas todo mundo que leu a Bíblia para qualquer fim sabe muito bem que
ela não ensina que bebês ou adultos são condenados por um crime
cometido 6.000 anos ou meio minuto antes de nascerem. Nem ensina que
uma pessoa é condenada pelo crime de outra, não importa quando esse
crime tenha sido cometido. A Bíblia declara com clareza: (Ezequiel 18:20).”
{20 de janeiro de 1887 EJW, SITI 48.13}

Ninguém nasce condenado e perdido por ter nascido com uma natureza pecaminosa.
Veja essa mesma verdade a partir de outro prisma: ninguém sugeriria que havia uma parte da
humanidade de Jesus que era pecadora no nascimento, culpada, perdida e condenada, por ter
tomado sobre Si nossa natureza caída e pecaminosa – pois isto certamente não é uma
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compreensão sólida do pecado, como alguns dos defensores da “natureza como pecado”
costumam dizer. E se fosse assim, então naturalmente essa crença levaria à necessidade de
aprimoramento da natureza humana de Jesus para uma natureza sem ‘pecado’, a fim de evitar
o problema ‘NATUREZA é PECADO’ para Jesus. Pelo menos os católicos são coerentes e criaram
um sistema que faz exatamente isso. Por que deveríamos seguir Roma e prescrever uma
natureza sem pecado para Jesus?

O diabo sabe que a definição correta de pecado, bem como a visão correta da natureza
humana de Jesus e, portanto, a vitória sobre o pecado, estão intimamente ligadas à justificação,
santificação e perfeição; e se ele puder confundir os irmãos em geral sobre estas questões, então
seu trabalho está verdadeiramente sendo bem realizado. Que é mais fácil? Levar um verdadeiro
e sincero cristão ao pecado ou confundi-lo sobre o que é o pecado, para que ele esteja vivendo
uma vida de pecado enquanto professa e pensa estar vivendo em piedade? Lembre-se de que o
diabo é o grande enganador, e ele faz um trabalho fantástico nisso.

“A conduta pecaminosa de suas filhas depois de deixar Sodoma foi o


resultado de associações perversas enquanto lá estava. O senso de certo e
errado estava confuso em suas mentes, e o pecado não parecia pecado
para elas.” EGW, {T4 111.3}

“Aqueles que permitiram que suas mentes se tornassem obscurecidas EM


RELAÇÃO AO QUE CONSTITUI O PECADO, estão terrivelmente enganados. A
menos que façam uma mudança decidida, serão achados em falta quando
Deus pronunciar o julgamento sobre os filhos dos homens. Eles
TRANSGREDIRAM A LEI e quebraram o concerto eterno e receberão de
acordo com suas obras.” EGW, {T9 267.1}

Note, Deus não é apenas um Senhor justo, mas um Senhor de amor. Ele não poderia
deixar a posteridade de Adão em tal situação (Gênesis 3:15) escravizada por uma natureza
pecaminosa inclinada ao pecado, sem que a culpa fosse a deles mesmos; portanto, Ele enviou
seu próprio Filho à "semelhança" da natureza caída pecaminosa e pelo pecado condenou o
pecado nessa nossa carne, nessa nossa natureza [ou ainda, na carne que é o resultado dessa
natureza: pecaminosa], para que sejamos feitos justiça de Deus nEle. Esse é o fundamento do
evangelho! (Rm. 8:3)

Waggoner e outros disseram basicamente a mesma coisa de diversas formas diferentes,


o que é compatível com o entendimento de que herdamos natureza pecaminosa de Adão. Essa
é a questão fundamental - a natureza pecaminosa. Uma natureza que se for deixada por conta
própria resultará naturalmente em pessoas que cometem aquilo que chamamos de pecado.

Como Waggoner afirmou:

"Eles nascem numa prisão, e essa prisão é representada pela natureza


carnal." {30 de novembro de 1893 EJW, PTUK 550.10}
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Pense comigo:

Waggoner afirmou repetidamente que os bebês não estão pecando ao nascer, ou seja,
não são pecadores, não são transgressores da lei, não estão perdidos ou condenados. Dito isto,
ele também afirmou que eles não são condenados por possuírem uma natureza pecaminosa.
Portanto, esses bebês nunca pecaram, nem são condenados por possuírem natureza
pecaminosa. Como então interpretar o seguinte, que parece ser um problema para muitos de
nossos irmãos: “Todos pecaram”, “todos fomos feitos pecadores”, “... nascemos pecadores”,
“nascemos em pecado”, “em pecado me concebeu minha mãe” etc.?

Essas declarações não precisam ser um problema. Os escritores, ao afirmar que


"nascemos pecadores", "feitos pecadores por nascimento" "nascidos em pecado" etc., estão
descrevendo o resultado inevitável (ser um PECADOR) de possuir essa natureza caída
pecaminosa com a qual nascemos. A criança que emerge do útero acabará por ser um pecador
– portanto, a declaração bíblica de que “todos pecaram” permanece verdadeira; e por causa
dessa inevitabilidade, se o bebê não tiver sua vida interrompida, mas sim vier a crescer, dali
daquele nascimento emergirá um pecador. Quando lemos “nascido em pecado”, ou “feitos
pecadores desde o nascimento”, é justamente porque esse é o seu ponto de entrada no mundo
e o resultado inevitável da natureza que possui é tornar-se um pecador. Sua composição é
aquela que predispõe ao pecado e é confirmada pela observação de que “todos pecaram”. É
descrito como ocorrendo por nascimento simplesmente porque é assim que todos nós viemos
ao mundo - nascemos.

Alguém disse uma vez que “os eventos são chamados inevitáveis somente depois que
eles ocorrem” e é inevitável que sua natureza influencie o que você faz. A criança que nasce é o
veículo pelo qual a natureza pecaminosa manifestará essa inevitabilidade - aquilo que
chamamos de PECADO e PECADOR.

EGW:

“Mas Adão não passou no teste. E por rebelar-se contra a lei de Deus, todos
os seus descendentes tornaram-se pecadores.” {9MR 229.1}

"Por causa do pecado, sua posteridade nasceu com propensões inerentes à


desobediência." {13MR 18.1}

"Todos os seus descendentes tornaram-se pecadores". Por que, como resultado da


desobediência de Adão, todos os seus descendentes tornaram-se pecadores? Por que alguns de
seus descendentes não puderam ser rotulados como "NÃO PECADORES"? Porque "sua
posteridade nasceu com propensões inerentes à desobediência". É a própria natureza deles.
Essas propensões inerentes à desobediência se manifestarão em desobediência - em
transgressão da lei - daí a declaração "pecadores".

A.T. JONES declarou:

“Como pela desobediência de um só homem, você e eu fomos feitos


pecadores, assim, pela obediência de um só Homem, você e eu somos feitos
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justos. (…) Você e eu não nos tornamos sujeitos ao pecado, ou feitos


herdeiros do pecado por nosso próprio pecado; isso já estava em nós antes
que tivéssemos tempo para pecar.” {16 de outubro de 1900 ATJ, ARSH 659,8}

Observe o que Jones está dizendo. O que era isso que havia em nós? Estar sujeito ao
pecado. Feitos herdeiros do pecado. Era isso que estava em nós. E o que havia em nós que nos
FEZ sujeitos ao pecado, que nos FEZ herdeiros do pecado? Uma NATUREZA herdada de Adão
com propensões inerentes à desobediência; isso estava em nós: "Como pela desobediência de
um só homem, você e eu NOS TORNAMOS pecadores". Adão desobedeceu, por isso,
desobedecer tornou-se sua natureza e foi transmitida a nós e se tornou nossa natureza por
herança - um pai só pode dar a seu filho o que ele tem. Não fabricamos essa natureza
desobediente. Já estava em nós como resultado da herança e não por nosso próprio pecado
(desobediência), é o que Jones está dizendo, ou seja, mesmo antes de termos tido oportunidade
ou tempo para pecar, essa natureza pecaminosa e propensa à desobediência já estava em nós.
Você e eu fomos feitos pecadores como resultado da desobediência de um homem - herdamos
a mesma veia de desobediência de Adão, que está na própria fibra de nossa natureza e que
naturalmente resulta em PECADO, e por sua vez no rótulo PECADOR. Isso é completamente
diferente de dizer que estamos PERDIDOS e CONDENADOS no nascimento sem sequer exercer
essa desobediência. O próprio Jesus tinha a mesma natureza, "sujeito ao pecado". Ele próprio
"nasceu em pecado", como em (c) abaixo.

EJ WAGONER:

“A natureza humana que Ele tomou era uma natureza pecaminosa, sujeita
ao pecado. Se não fosse, Ele não seria um Salvador perfeito. Não
poderíamos, então, procurá-lo como alguém que é "tocado pelos
sentimentos de nossas enfermidades". {9 de junho de 1890 EJW, SITI 342,5}

“Os pecados cometidos por qualquer pessoa, são o resultado da natureza


pecaminosa que é comum a todos.” {31 de agosto de 1893 EJW, PTUK 344.1}

"E agora Ele ‘veio em carne’. Você pode procurar os tentados e proscritos e
dizer-lhes isto, e assegurar-lhes que Jesus Cristo veio em carne e que todo
pecado que eles cometeram, e até a natureza pecaminosa que os levou a
esses pecados, Ele os toma sobre Si, e identifica-se com eles, assumindo
toda a responsabilidade pelos pecados cometidos através das vidas
pervertidas que viveram. Oh, que bem-aventurança no fato de Deus ter
feito Aquele que não conhecia pecado ser pecado por nós; para que
sejamos feitos justiça de Deus nEle. 2 Cor. 5:21.”
{8 de março de 1894 EJW, PTUK 151.2}

Ninguém sugeriria que Jesus, na humanidade que tomou sobre Si, era um pecador por
ter assumido nossa natureza. No entanto, as pessoas que erroneamente igualam natureza
pecaminosa ao pecado, ou em outras palavras, compreendem “natureza como pecado”, podem
acabar concluindo que estamos tornando Jesus um pecador ao dizermos que Ele assumiu nossa
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natureza pecaminosa. Por essa razão, precisam criar um Jesus com uma natureza humana sem
pecado, a fim de O acomodarem à sua teologia.

WAGGONER sobre "NASCIDO em PECADO":

a) “A coisa mais desanimadora e deprimente que vem à nossa mente


quando pensamos na possibilidade de vencer o pecado é nossa herança.
Pensamos: "Nasci com essas tendências tortuosas e perversas; nasci em
pecado e isso faz parte de mim; como posso escapar disso?" {4 de setembro de
1902 EJW, PTUK 564,5}

b) “Podem surgir alegações dizendo que a criança nasce em pecado - que


tem uma natureza pecaminosa - e que, portanto, deve ser batizada para
remissão dos pecados. .... ". {8 de janeiro de 1903 EJW, PTUK 19,7}

c) “Visto que somos participantes de carne e sangue, nascidos em pecado,


o próprio Cristo também participou do mesmo; ‘para que, através da
morte, Ele pudesse aniquilar aquele que tem o poder da morte, isto é, o
diabo; e libertar aqueles que, com medo da morte, estavam por toda a vida
sujeitos à escravidão.’” (Hb. 2:14 e 15) - {1900 EJW, EVCO 117.2}

Este último, (c), soa estranho, não é? Cristo "nasceu em pecado" parece ser a conclusão
natural. Parece estranho, porque fomos condicionados a equiparar nascer com natureza
PECAMINOSA a nascer PECADOR, e a atribuir um aspecto condenatório quando não é isso que
Waggoner está dizendo, conforme mencionado acima: "... então o pecado de Adão tornou
inevitável que todos os seus descendentes nascessem com natureza pecaminosa. A sentença de
morte, no entanto, não a recebem por causa disso, mas porque eles pecaram." Portanto, não
há problema algum na participação de Jesus em nossa natureza pecaminosa.

EGW sobre "NASCIDO em PECADO":

“No entanto, ele (Sete) era filho de Adão da mesma forma que o pecador
Caim, e não herdou da natureza de Adão mais bondade natural do que
Caim. Ele nasceu em pecado; mas pela graça de Deus, ao receber as
instruções fiéis de seu pai Adão, ele honrou a Deus em fazer sua vontade.
Ele se separou dos descendentes corruptos de Caim e trabalhou, como Abel
teria feito se ele tivesse vivido, para transformar a mente dos homens
pecadores em reverenciar e obedecer a Deus.” 1SP 60.2

A mensageira do Senhor reescreveu o livro Spirit of Prophecy, vol. 1 (texto acima), e deu
um novo nome ao livro, que passou a se chamar: Patriarcas e Profetas. Na passagem paralela
de Patriarcas e Profetas, ela escreveu que Sete herdou uma natureza decaída. Isso é o que
significa nascer em pecado. Veja:
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“Contudo (Sete) não herdou mais bondade natural do que Caim. Com
referência à criação de Adão, acha-se dito: “À semelhança de Deus o fez”;
mas o homem, depois da queda, “gerou um filho à sua semelhança,
conforme a sua imagem”. Gênesis 5:1, 3. Ao passo que Adão foi criado sem
pecado, à semelhança de Deus, Sete, como Caim, herdou a natureza
decaída de seus pais. Mas recebeu também conhecimento do Redentor, e
instrução em justiça. Pela graça divina serviu e honrou a Deus; e trabalhou,
como o teria feito Abel caso ele vivesse, para volver a mente dos homens
pecadores à reverência e obediência a seu Criador.” PP 46.1

Waggoner e Ellen White estão se referindo à natureza pecaminosa ao afirmar que


"nascemos em pecado":

1) "Nasci com essas tendências tortuosas e perversas; nasci em pecado..."

2) "... a criança nasce em pecado, possuidora de uma natureza pecaminosa."

3) "... somos participantes de carne e sangue, nascidos em pecado, o próprio Cristo também
participou do mesmo."

4) "Sete ... herdou da natureza de Adão não mais bondade natural do que Caim. Ele nasceu em
pecado."

5) "Sete, como Caim, herdou a natureza decaída de seus pais."

Pontos importantes:
1. "SE UMA PESSOA É FILHA DA DESOBEDIÊNCIA E DAS TREVAS , ELA NÃO É FILHA DE
DEUS." TODOS PECARAM ; "E, PORTANTO, NINGUÉM É, POR NATUREZA, FILHO DE
DEUS". {24 DE FEVEREIRO DE 1887 EJW, SITI 123.1}

Observe o que Waggoner está dizendo, que: "... um filho da desobediência e das trevas,
não é um filho de Deus". A razão pela qual ele não é filho de Deus é por causa da DESOBEDIÊNCIA
e TREVAS, e a razão pela qual essas pessoas são assim descritas é porque "pecaram";

Note, Waggoner usa a frase "SE uma pessoa .." - portanto, é condicional, significando
que se uma pessoa NÃO É filha de desobediência e de escuridão, então ela deve ser filha de
Deus. Ao longo da passagem da qual o excerto acima foi extraído, Waggoner sustenta:

a) "Ele diz: ‘E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em


que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo.’" {24 de fevereiro
de 1887 EJW, SITI 122.5}

b) "Novamente, o apóstolo adverte os irmãos efésios contra os pecados aos


quais haviam servido anteriormente, dizendo: ‘Porque, por causa dessas
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coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.’ Ef 5:6. Ver


também Col. 3:6.” {24 de fevereiro de 1887 EJW, SITI 122.5}

c) "Juntando esses textos, aprendemos que todos os que não conhecem a


Deus são filhos da ira; eles são filhos ou destinatários da ira, porque são
filhos da desobediência, porque são filhos do diabo." {24 de fevereiro de
1887 EJW, SITI 123.1}

As declarações de Waggoner estão se referindo àqueles que atingiram a idade de


“entendimento e responsabilidade” e continuam em transgressão, filhos da desobediência,
mortos em ofensas e pecados. O significado da afirmação de que "nenhum deles é, por natureza,
filho de Deus" (1887), precisa ser contrastado e entendido à luz de suas outras afirmações abaixo
sobre bebês.

EJ Waggoner & JH Waggoner declararam de 1878 a 1903 que:

1. "Os bebês não têm pecados pessoais dos quais se arrepender, e são
salvos em virtude da vida de Deus derramada em Cristo por toda a raça.
Assim que as pessoas chegam à idade do entendimento e da
responsabilidade, elas devem aceitar pessoalmente o Senhor Jesus pela fé,
e demonstrar sua fé nEle, não porque Deus o tenha arbitrariamente
decretado, mas porque somente assim podem ser guardadas do pecado. Os
homens podem viver apenas pela fé; mas o tenro bebê ao seio de sua mãe
é a imagem perfeita da fé e confiança. É o mais longe possível de rejeitar
a graça de Deus. Mostra-nos como devemos estar ligados à Palavra viva.
Desta verdade, Cristo é testemunha, por meio de Davi, quando diz ao Pai:
"Tu me fizeste confiar quando Eu estava ao seio de minha mãe." Sal. 22:9.
{12 de dezembro de 1901 EJW, PTUK 790.12}

2. “Os bebês que não chegaram a uma idade em que possam entender o
certo e o errado por si mesmos são objetos especiais do favor de Deus. Em
virtude do sacrifício de Cristo, eles compartilham da redenção universal da
morte resultante de serem descendentes de Adão. Eles não precisam ser
batizados para que sejam vivificados desta morte, visto que esta morte é
prometida tanto aos iníquos quanto aos bons. Mas, foram vivificados desta
morte, e não podem sofrer a morte que vem da penalidade de pecado,
pois nunca tiveram culpa pessoal e, portanto, são salvos pela graça de
Deus, como todos os que são salvos, mas sem o batismo, pois lhes é
impossível cumprir as condições do batismo; não podem nem crer, nem
descrer.” {25 de agosto de 1890 EJW, SITI 461.1}

3. "O senso comum sobre o chamado batismo de crianças é o declarado por


Cipriano, em seu argumento contra a demora em se realizar esta cerimônia.
Suas palavras são: ‘Todos nós julgamos que a misericórdia e a graça de
Deus não devem ser recusadas a ninguém nascido de homem. Pois, como o
Senhor diz em seu evangelho: 'O Filho do homem não veio para destruir a
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vida dos homens, mas para salvá-los,’ na medida do possível, devemos


esforçar-nos para que nenhuma alma se perca. "- Epístola 58. Essa
declaração, por si só, está perfeitamente correta; mas quando é escrita
para oferecer razão para batizar crianças, está tudo errado, pois não
apenas atribui fascínio mágico à cerimônia, mas torna a graça e a
misericórdia de Deus totalmente dependentes do zelo ou negligência dos
homens. É uma doutrina monstruosa, horrível além da expressão, é uma
calúnia à bondade de Deus, que a salvação de um bebê inocente dependa
unicamente do fato de um rito ter ou não, sido feito sobre ele.” {12 de
dezembro de 1901 EJW, PTUK 790.2}

4. "Que Cristo tenha nascido sob a lei é uma consequência necessária de ter
nascido de mulher, assumindo a natureza de Abraão, sendo feito da
semente de Davi, à semelhança de carne pecaminosa. A natureza humana é
pecaminosa, e a lei de Deus condena todo pecado. Não que os homens
nasçam no mundo diretamente condenados pela lei, pois na infância eles
não têm conhecimento do certo e do errado e são incapazes de fazê-lo,
mas nascem com tendências pecaminosas devido aos pecados de seus
ancestrais e, quando Cristo veio ao mundo, ficou sujeito a todas as
condições às quais as outras crianças estão sujeitas.” {21 de outubro de 1889
EJW, SITI 631.10}

5. "Aqui vemos que o batismo está ligado ao arrependimento; mas é óbvio


que os bebês não podem se arrepender, e não têm nada de que se
arrepender, nunca tendo cometido pecado. Encontramos, neste caso, que
"aqueles que receberam sua palavra de bom grado foram batizados." Atos
2:41 {8 de janeiro de 1903 EJW, PTUK 19.4}

6. "Novamente, enquanto Filipe pregava Jesus ao eunuco etíope, enquanto


viajavam, a carruagem passou por uma piscina ou corrente de água, e o
eunuco proclamou: "Veja, aqui está a água: o que me impede de ser
batizado?" Filipe respondeu: "Se crês de todo o coração, podes." Aqui
vemos que a crença é um pré-requisito para o batismo. Mas uma criança
não pode crer nem descrer; portanto, não pode ser batizada.” {8 de janeiro
de 1903 PTUK 19,5}

7. "Adão como uma figura. ‘A morte reinou desde Adão até Moisés, até
sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o
qual é a figura daquele que havia de vir.’ Como será que Adão é uma figura
dEle que estava por vir, a saber, Cristo? Os versículos seguintes indicam
como. Ou seja, Adão era uma figura de Cristo, pois sua ação envolveu
muitos além de si mesmo. É evidente que Adão não podia dar a seus
descendentes uma natureza superior à sua, então o pecado de Adão
tornou inevitável que todos os seus descendentes nascessem com
natureza pecaminosa. Sentença de morte, no entanto, não é transmitida
a eles por terem nascido de Adão, mas porque eles pecaram.”
{18 de outubro de 1894 EJW, PTUK 658.7} Waggoner on Romans p. 5.100
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 11

8. "Novamente, referindo-se ao texto citado pela primeira vez, descobrimos


que o batismo, precedido pela crença no Senhor Jesus Cristo, é "para
remissão de pecados"; mas uma tenra criança não tem pecados a serem
remidos, portanto, não há ocasião para ser batizada.” {8 de janeiro de 1903
EJW, PTUK 19.6}

9. "Uma criança não tem consciência do pecado, nem vive em pecado. Não
precisa de exortação para não continuar no pecado, nem "viver mais no
pecado", pois está tão completamente morta para o pecado quanto é
possível a qualquer um estar. De fato, nunca esteve viva ainda para o
pecado. Portanto, o batismo seria para ela uma obra supere rogativa (fazer
mais do que é requerido).” {9 de janeiro de 1902 EJW, PTUK 20.9}

10. “O arrependimento é um requerimento feito apenas aos pecadores, e o


batismo é para remissão de pecados. Porém, os bebês não têm pecados
dos quais se arrepender ou serem remidos.” {1878 JHW, TOB 74.6}

11. Como no caso dos santos - os justificados – o mesmo se dá no caso dos


bebês. Eles não têm pecados pelos quais responder. Eles não podem cair
sob uma penalidade, porque são inocentes. No entanto, eles morrem; é
claro que não como pecadores condenados, mas como criaturas mortais
cortadas da árvore da vida pela ação de Adão. Seu pecado trouxe
condenação a si mesmo, e foi merecido; mas não traz condenação a esses
inocentes; eles não merecem isso, e "o filho não levará a iniquidade do pai".
{1878 JHW, TOB 81.2}

12. Haverá três classes na ressurreição. Uma, os pecadores condenados,


que nunca aceitaram o evangelho nem receberam perdão por meio de
Cristo. A segunda morte os reivindica como seus. Outra, os santos; aqueles
que tiveram seus pecados lavados pelo sangue do Redentor. Sendo
justificados, a lei não tem nenhuma reivindicação contra suas vidas.
"Nesses, a segunda morte não tem poder." A terceira, bebês, que nunca
pecaram. Claro que eles não são condenados; eles não fizeram nada
errado; em nenhum princípio de justiça eles podem ser condenados. Por
meio de Cristo, eles foram comprados da morte, é claro que não morrem
mais. A relação deles para com a lei é a mesma dos santos; não como os
santos que foram perdoados, mas como inocentes, contra os quais
nenhuma acusação pode ser apresentada. Não tendo pecado sobre eles,
eles não morrerão mais. A vida que eles ganham de Cristo é
verdadeiramente como a vida que os santos ganham. Portanto, eles podem
se unir à canção da redenção eterna, com todos os santos em glória. Se não
fosse por Cristo, eles teriam permanecido mortos. Pela vida eterna, com
suas alegrias e sua glória, eles são tão verdadeiramente devedores ao amor
e favor divinos no evangelho quanto Davi, ou Pedro, ou Paulo. Assim, é fácil
ver que os bebês são salvos pelo evangelho, mas não por meio da fé,
arrependimento e batismo. Estes são para pecadores, não para inocentes.”
{1878 JHW, TOB 82.1}
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 12

Waggoner está dizendo que nenhum de nós que atingiu os tempos da prestação de
contas é, por natureza, filho de Deus enquanto continuar em desobediência. Ele não está
dizendo que "nascemos pecadores", "perdidos" e "condenados", pois claramente as declarações
acima sobre bebês são incompatíveis com o pensamento de que nascemos perdidos e
condenados às chamas. É uma regra geral que examinemos o peso das evidências e
interpretemos afirmações que parecem ambíguas ou contraditórias pelas declarações mais
claras sobre um assunto de um autor. Aplicamos os mesmos princípios aos testemunhos da irmã
White para obter o significado adequado do que ela está dizendo.

Os trechos a seguir são algumas das citações mais claras e inequívocas de Waggoner
sobre bebês; e suas frases como "nascidos pecadores", "todos os homens são por natureza
pecadores", "por natureza, todos os homens são pecadores", "não somos responsáveis por
termos nascido pecadores" precisam ser entendidas à luz de sua posição muito clara sobre os
bebês. Creio que não haverá dificuldade alguma nas declarações, se entendermos que o que ele
quer dizer: que nascemos com natureza caída pecaminosa. Quais os resultados inevitáveis dessa
natureza? Pecado => pecadores. Ele simplesmente declara o resultado inevitável do que
seremos – pecadores – no momento em que chegamos ao mundo através do nascimento, ou
seja, um "pecador" nasce.

Waggoner:

a). "Os bebês não têm pecados pessoais dos quais se arrepender ..." Em outras palavras, eles
não são pecadores, perdidos e condenados e não se enquadram no seguinte molde: "Se uma
pessoa é filha da desobediência e das trevas, ela não é um filho de Deus". Um filho da
desobediência e das trevas é alguém que pecou, e os bebês não entram nessa categoria. Eles
não podem ser classificados como fazendo parte do grupo: "Todos pecaram; e, portanto,
ninguém é, por natureza, filho de Deus." O EP afirma que: "A palavra ‘portanto’ implica em uma
conclusão, uma inferência do que foi dito antes." (MDC 76.1) Neste caso, a razão pela qual
"ninguém é por natureza filho de Deus" se refere ao que foi dito antes, que é: Todos pecaram;
e, portanto, ninguém destes é por natureza filho de Deus." Waggoner está simplesmente
afirmando que todos possuímos natureza caída pecaminosa que naturalmente leva à
desobediência e às trevas quando "chegamos à idade do entendimento e da responsabilidade",
e isso é testemunhado pelo fato de que todos pecaram e carecem da glória de Deus, e é em
virtude do fato de que "todos pecaram" que "ninguém é, por natureza, filho de Deus".

E quanto a Cristo? Ele possuía uma natureza caída e pecaminosa? Ele era filho de Deus?

Waggoner não pode estar dizendo que alguém que tenha uma NATUREZA CAÍDA
PECAMINOSA, não é filho de Deus. Por uma razão: ele também afirmou que "Adão não podia
dar a seus descendentes uma natureza superior à sua, então o pecado de Adão tornou inevitável
que todos os seus descendentes nascessem com natureza pecaminosa. Sentença de morte, no
entanto, não é transmitida a eles por terem nascido de Adão, mas porque eles pecaram.”
[Note que não é pecado ter natureza pecaminosa, pois a sentença de morte (que é o salário do
pecado) não é passada a quem tem essa natureza, mas a quem comete pecado.] Waggoner
também afirmou: "Não que os homens nasçam no mundo diretamente condenados pela lei, pois
na infância eles não têm conhecimento do certo e do errado e não são capazes de fazer nem o
certo, nem o errado, mas nascem com tendências pecaminosas devido aos pecados de seus
ancestrais e, quando Cristo veio ao mundo, esteve sujeito a todas as condições às quais as outras
crianças estão sujeitas.”
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 13

Cristo com a nossa NATUREZA pecaminosa foi/é Filho de Deus. Como assim? Filho de Deus com
natureza pecaminosa se ele disse que ninguém é, por natureza, filho de Deus? A razão é
justamente o que Waggoner afirmou, ele disse que, apesar de Jesus possuir nossa NATUREZA
pecaminosa, que não é pecado em si, Ele não era filho da desobediência nem das trevas, e não
pecou. Portanto, a natureza pecaminosa não pode ser dada como razão de não sermos filhos de
Deus, mas sim, o fato de que "todos pecaram", desobedeceram a lei. Cristo possuía nossa
natureza e era um Filho de Deus nessa natureza, pois Ele não transgredia a lei.

b) Eles (bebês) "são salvos em virtude da vida de Deus derramada em Cristo por toda a raça."
Eles são salvos de verdade, de acordo com Waggoner.

c) "O tenro bebê ao seio de sua mãe é a perfeita imagem de fé e confiança. É o mais longe
possível de rejeitar a graça de Deus."

d) "Os bebês que não chegaram a uma idade em que possam entender o que é certo e errado
são objeto especial do favor de Deus".

e) "Eles não podem sofrer a morte que é a penalidade do pecado, pois nunca tiveram culpa
pessoal." Eles não têm culpa ou condenação.

f) "Não que os homens nasçam no mundo diretamente condenados pela lei, pois na infância eles
não têm conhecimento do certo e do errado e não são capazes de fazer nem o certo, nem o
errado.” Não são capazes de fazer o mal.

g) "...mas é óbvio que crianças pequenas não podem se arrepender e não têm nada do que se
arrepender, nunca tendo cometido pecado.”

h) "... então o pecado de Adão tornou inevitável que todos os seus descendentes nascessem
com natureza pecaminosa. Sentença de morte, no entanto, não é transmitida a eles por terem
nascido de Adão, mas porque eles pecaram.”

i) "...mas uma tenra criança não tem pecados a serem remidos, portanto, não há ocasião para
ser batizada."

j) "Mais uma vez, uma criança não tem consciência do pecado, nem está vivendo em pecado."

Entendidas corretamente, percebemos que as declarações a seguir não oferecem


nenhuma dificuldade:

2. "A relação do homem com Deus, então, é simplesmente esta: Por


natureza todos os homens são pecadores, - servos do pecado, - filhos de
Satanás, - sob a lei, - condenados à morte.” {17 de novembro de 1887 EJW, SITI
695.11}

3. “Todos os homens são pecadores por natureza.” {30 de novembro de 1893


EJW, PTUK 550,10}
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 14

a) “Por natureza, todos os homens são pecadores” - É inevitável que, com uma natureza
pecaminosa e decaída, acabemos por ser pecadores. Para um leitor superficial, pode parecer
que Waggoner se contradiz, mas este não é o caso se entendermos que ele está se referindo ao
resultado inevitável de nossa natureza pecaminosa caída.

b) “servos do pecado” - A natureza pecaminosa naturalmente resulta em cometer pecado e ser


servos do pecado. Somos naturalmente escravos do pecado como resultado de uma natureza
pecaminosa. Mas louvado seja Deus, Ele quebrou o domínio desta natureza pecaminosa e
colocou no homem a inimizade, a fé que vence, a luz que ilumina todo homem e a graça de Deus
que traz a salvação.

c) “Filhos de Satanás” - E naturalmente, se intencionalmente servos do pecado, nós nos


tornamos filhos de Satanás.

d) “sob a lei” - a natureza pecaminosa naturalmente leva ao pecado, nos colocando sob a
condenação da lei.

e) "condenado à morte" - o resultado inevitável de uma natureza pecaminosa caída é o pecado


e o salário do pecado é a morte. Como observado anteriormente, Waggoner está dizendo que
não somos condenados à morte porque possuímos uma natureza pecaminosa, mas porque
pecamos.

Em nenhum lugar conseguimos perceber que Waggoner esteja inferindo que nascemos
pecadores ou que nossa natureza é o pecado que nos condena à destruição eterna se
morrermos logo após o nascimento. Ele usa a frase "nascidos pecadores" (apenas duas vezes no
CD-ROM. Ellen White não a usa nenhuma vez), mas, se corretamente entendida como expressa
acima, a frase quer dizer que nascemos com natureza pecaminosa que inevitavelmente resulta
em pecado. Portanto, podemos dizer que "nascemos pecadores" apenas se quisermos inferir
que nascemos com natureza pecaminosa que resultará em pecado. Particularmente, creio que
devamos evitar usar essa frase "pecadores de nascença" a fim de evitar qualquer mal-entendido
de nossa posição e por ser extremamente próximo do conceito do pecado original. Da mesma
forma, devemos evitar "nascidos em pecado" ao notar que alguém possa pensar que estamos
dizendo que a criança é um pecador NO nascimento e não inevitavelmente um pecador POR
nascimento. Waggoner esclareceu sua posição sobre o que significa "nascer em pecado",
conforme observado anteriormente e repetido a seguir:

“Podem surgir alegações dizendo que a criança nasce em pecado - que tem
uma natureza pecaminosa - e que, portanto, deve ser batizada para
remissão dos pecados. .... ". {8 de janeiro de 1903 EJW, PTUK 19,7}

“Mas a morte veio pelo pecado, e como Satanás é o autor do pecado, ele
tem o poder da morte. Visto que somos participantes da carne e do sangue,
nascidos em pecado, o próprio Cristo também participou do mesmo; "para
que pela morte Ele pudesse destruir aquele que tem o poder da morte, isto
é, o diabo; ..." - {1900 EJW, EVCO 117.2}

Portanto, "nascer em pecado" significa possuir uma natureza pecaminosa e o próprio Cristo
também participou dela e pode-se dizer que "nasceu em pecado", não pecador.
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 15

4. "Fomos feitos pecadores por nascimento; somos feitos justos


pelo novo nascimento. {15 de julho de 1897 EJW, PTUK 434.4}

De que forma fomos feitos pecadores por nascimento? Claramente não


estávamos pecando no nascimento: "Ora, uma criança não tem consciência do pecado, nem vive
em pecado", "as crianças não têm pecados pessoais dos quais se arrepender, ...", "... mas é óbvio
que as crianças pequenas não podem se arrepender e não tem nada do que se arrepender,
nunca havendo pecado. "

Então, como nos tornamos pecadores por nascimento? Por herdar de Adão uma
natureza pecaminosa caída. Essa nossa herança é o que fundamentalmente leva ao resultado
final – o pecado; daí o rótulo "pecadores por nascimento". Nossa herança é uma natureza que
leva ao pecado, culpa, condenação e morte, se continuarmos voluntariamente nesse caminho.

WAGGONER:

"Por natureza, todas as pessoas estão em estado de escravidão. Elas


nascem em uma prisão, e esta prisão é representada pela natureza carnal.
Os homens podem não perceber o fato, como os judeus que disseram a
Cristo: "Somos semente de Abraão, e nunca fomos escravos de nenhum
homem;” mas a verdade não é afetada pela ignorância do homem. “Todo
aquele que comete pecado é escravo do pecado.” João 8:34. Todos os
homens são pecadores por natureza. “Porque de quem alguém é vencido,
do tal faz-se também servo” 2 Pedro 2:19. Satanás é o autor do pecado.
Satanás venceu Adão e, assim, toda a família humana foi levada à
escravidão do pecado.” {30 de novembro, 1893 EJW, PTUK 550,10}

5. “Não somos responsáveis por termos nascido pecadores.” {12 de janeiro


de 1899 EJW, PTUK 21.4}

6. "Não fizemos nada para nos tornar pecadores; nascemos assim, antes o
primeiro Adão nos arrastou com ele em sua queda.” {23 de novembro de
1899 EJW, PTUK 746.11}
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 16

7. "Não por culpa nossa, mas "pela desobediência de um só homem", pelo


pecado de nosso primeiro pai, Adão, todos nascemos pecadores.” {23 de
novembro de 1899 EJW, PTUK 746.8}

Novamente, para entender corretamente os argumentos de Waggoner, é necessário


entender que ele não está falando que nascer pecador seja o mesmo que o ato de cometer
pecado no nascimento, mas está simplesmente dizendo que nascemos com natureza
pecaminosa caída como resultado do pecado de Adão e nomeando essa herança de ‘nascemos
pecadores’; pecado o qual, é claro, não participamos e, portanto, não somos responsáveis
pela situação, condição em que agora nos encontramos, ou seja, com uma natureza
pecaminosa caída que sem ajuda só resultará em PECADO. Waggoner está fazendo uso da
conclusão antecipada da vida de cada ser humano; ou seja, nos tornarmos inevitavelmente
pecadores; e ele está ligando esse fato (todos acabam se tornando pecadores) ao ponto de nossa
entrada no mundo quando nascemos - “pecadores por nascimento”.

8. "Todos nós sentimos os movimentos do pecado operando em nossos


membros e nos forçando a fazer coisas que não faríamos, testificando o
fato de que fomos feitos pecadores por nascimento." {1 de maio de 1902 EJW,
PTUK 288,2}

Observe que ele diz: "Todos nós sentimos os movimentos do pecado operando em
nossos membros e nos forçando a fazer coisas que não faríamos, ..." Em outras palavras, quando
chegamos à idade da compreensão, passamos a ser sensíveis à operação dessa natureza
pecaminosa com a qual nascemos; passamos a notar a prisão em que estamos e, como Paulo,
ficamos frustrados com ‘o que eu não quero, isso faço’, testificando o fato de que nos tornamos
pecadores por virmos ao mundo com uma natureza pecaminosa caída que agora é claramente
percebida com a nossa maioridade e consciência; natureza esta, que só pode trazer o pecado e
o clamor: "Desventurado homem que sou..." Observe que ele diz "nos tornamos pecadores por
nascimento," não "pecadores no nascimento."

9. "Como pela desobediência de um só homem, você e eu fomos feitos


pecadores, assim, pela obediência de um só Homem, você e eu somos feitos
justos. (…) Você e eu não nos tornamos sujeitos ao pecado, ou feitos
herdeiros do pecado por nosso próprio pecado; isto já estava em nós antes
que tivéssemos tempo para pecar.” {16 de outubro de 1900 ATJ, ARSH 659,8}

10. “Pelo pecado de quem muitos foram feitos pecadores? – De Adão.”


{25 de fevereiro de 1897 EJW, GCDB 156.6}
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 17

11. “Como é que pela desobediência de alguém nós fomos feitos


pecadores? – Por herança.” {25 de fevereiro de 1897 EJW, GCDB 156,9}

12. Assim como nós fomos feitos pecadores, nascidos pecaminosos, através
da desobediência de Adão, também podemos ser feitos justos, nascidos de
novo filhos obedientes de Deus, através da obediência de Jesus.” {4 de julho de
1901 EJW, PTUK 426,10}

De que maneira, ou, por meio de qual mecanismo nos tornamos pecadores? Pela
desobediência de um. Então, o que herdamos que nos tornou pecadores? Herdamos o
mecanismo do pecado - a natureza desobediente [pecaminosa] de Adão. A expressão dessa
natureza resulta em pecado, daí a declaração “pecadores”. E foi dessa forma que fomos feitos
pecadores: Herdamos a natureza desobediente de Adão.

Finalmente, compare essas declarações; o significado delas deve ser óbvio após a
discussão acima:

1. “Se uma pessoa é filho da desobediência e das trevas, não é filho de Deus.
“Todos pecaram”; e, portanto, ninguém é por natureza filho de Deus.” {24 de
fevereiro de 1887 EJW, SITI 123.1}

1. "Os bebês não têm pecados pessoais dos quais se arrepender, e são salvos em virtude da vida
de Deus derramada em Cristo para toda a raça. ...Os homens podem viver apenas pela fé; mas
o tenro bebê ao seio de sua mãe é a perfeita imagem da fé e confiança. É o mais longe possível
de rejeitar a graça de Deus. Mostra-nos como devemos estar ligados à Palavra viva. Desta
verdade, Cristo é testemunha, por meio de Davi, quando diz ao Pai: "Tu me fizeste confiar
quando Eu estava ao seio de minha mãe." Sal. 22:9. {12 de dezembro de 1901 EJW, PTUK 790.12}

2. "A relação do homem para com Deus, então, é simplesmente esta: Por
natureza todos os homens são pecadores, - servos do pecado, - filhos de
Satanás, - sob a lei, - condenados à morte.” {17 de novembro de 1887 EJW, SITI
695.11}

2. “Os bebês que não chegaram a uma idade em que possam entender o certo e o errado por
si mesmos são objetos especiais do favor de Deus. Em virtude do sacrifício de Cristo, eles
compartilham da redenção universal da morte resultante de serem descendentes de Adão. Eles
não precisam ser batizados para que sejam vivificados desta morte, visto que esta morte é
prometida tanto aos iníquos quanto aos bons. Mas, foram vivificados desta morte, e não podem
sofrer a morte que vem da penalidade de pecado, pois nunca tiveram culpa pessoal e,
portanto, são salvos pela graça de Deus, como todos os que são salvos, mas sem o batismo, pois
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 18

lhes é impossível cumprir as condições do batismo; não podem nem crer, nem descrer.” {25 de
agosto de 1890 EJW, SITI 461.1}

3. “Todos os homens são pecadores por natureza.” {30 de novembro de 1893 EJW,
PTUK 550,10}

3. " Aqui vemos que o batismo está ligado ao arrependimento; mas é óbvio que os bebês não
podem se arrepender, e não têm nada de que se arrepender, nunca tendo cometido pecado.
Encontramos, neste caso, que "aqueles que receberam sua palavra de bom grado foram
batizados." Atos 2:41 {8 de janeiro de 1903 EJW, PTUK 19.4}

4. “Fomos feitos pecadores por nascimento; somos feitos justos pelo novo
nascimento. {15 de julho de 1897 EJW, PTUK 434,4}

4. "Novamente, referindo-se ao texto citado pela primeira vez, encontramos que o batismo,
precedido pela crença no Senhor Jesus Cristo é "para a remissão de pecados"; mas uma tenra
criança não tem pecados para serem remidos, portanto, mais uma vez, não há motivo para ser
batizada.” {8 de janeiro de 1903 EJW, PTUK 19.6}

5. “Não somos responsáveis por termos nascido pecadores.” {12 de janeiro de


1899 EJW, PTUK 21.4}

5. "Uma criança não tem consciência do pecado, nem vive em pecado. Não precisa de exortação
para não continuar no pecado, nem "viver mais nele", pois está tão completamente morta para
o pecado quanto é possível a qualquer um estar. De fato, nunca esteve viva ainda para o
pecado. Portanto, o batismo seria para ela uma obra supere rogativa (fazer mais do que o
requerido).” {9 de janeiro de 1902 EJW, PTUK 20.9}

6. "Não fizemos nada para nos tornar pecadores; nascemos assim, antes o
primeiro Adão nos arrastou com ele em sua queda.” {23 de novembro de 1899
EJW, PTUK 746.11}

6. “Como no caso dos santos - os justificados – o mesmo se dá no caso dos bebês. Eles não têm
pecados pelos quais responder. Eles não podem cair sob uma penalidade, porque são inocentes.
No entanto, eles morrem; é claro que não como pecadores condenados, mas como criaturas
mortais cortadas da árvore da vida pela ação de Adão. Seu pecado trouxe condenação a si
mesmo, e foi merecido; mas não traz condenação a esses inocentes; eles não merecem isso, e
"o filho não levará a iniquidade do pai".” {1878 JHW, TOB 81.2}
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 19

7. "Não por nossa culpa, mas "pela desobediência de um só homem", pelo


pecado de nosso primeiro pai, Adão, todos nascemos pecadores.” {23 de
novembro de 1899 EJW, PTUK 746.8}

7. Haverá três classes na ressurreição. Uma, os pecadores condenados, que nunca aceitaram o
evangelho nem receberam perdão por meio de Cristo. A segunda morte os reivindica como seus.
Outra, os santos; aqueles que tiveram seus pecados lavados pelo sangue do Redentor. Sendo
justificados, a lei não tem nenhuma reivindicação contra suas vidas. "Nesses, a segunda morte
não tem poder." A terceira, bebês, que nunca pecaram. Claro que eles não são condenados; eles
não fizeram nada errado; em nenhum princípio de justiça eles podem ser condenados. Por meio
de Cristo, eles foram comprados da morte, é claro que não morrem mais. A relação deles para
com a lei é a mesma dos santos; não como os santos que foram perdoados, mas como inocentes,
contra os quais nenhuma acusação pode ser apresentada. Não tendo pecado sobre eles, eles
não morrerão mais. A vida que eles ganham de Cristo é verdadeiramente como a vida que os
santos ganham. Portanto, eles podem se unir à canção da redenção eterna, com todos os santos
em glória. Se não fosse por Cristo, eles teriam permanecido mortos. Pela vida eterna, com suas
alegrias e sua glória, eles são tão verdadeiramente devedores ao amor e favor divinos no
evangelho quanto Davi, ou Pedro, ou Paulo. Assim, é fácil ver que os bebês são salvos pelo
evangelho, mas não por meio da fé, arrependimento e batismo. Estes são para pecadores, não
para inocentes.” {1878 JHW, TOB 82.1}

EGW:

“Terrível condenação está reservada ao pecador, e, portanto, é necessário


que saibamos o que é pecado, para que possamos livrar-nos de seu poder.
João diz: “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei,
porque o pecado é a transgressão da lei.” 1 João 3:4. Temos aqui a
verdadeira definição do pecado; ele “é a transgressão da lei”. Quantas
vezes o pecador é incentivado a abandonar os seus pecados e a ir a Jesus;
será, porém, que o mensageiro que quis conduzi-lo a Cristo indicou
claramente o caminho? Apontou ele claramente para o fato de que “o
pecado é a transgressão da lei” e que o pecador precisa arrepender-se e
abandonar a transgressão dos mandamentos de Deus? Cristo virá para
consumir o falso profeta, para varrer as hostes da apostasia, para tomar
vingança sobre os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao
evangelho de Deus; e é da maior importância para cada um de nós que
conheçamos as condições pelas quais escaparemos da condenação do
pecador. É muito importante que compreendamos a natureza de nossa
queda e as consequências da transgressão. A consciência do homem se
tornou endurecida pelo pecado, e sua compreensão obscurecida pela
transgressão, e seu julgamento se tornou confuso quanto ao que é pecado.
Ele ficou entorpecido pela influência da iniquidade, e é essencial que sua
consciência seja despertada para compreender que o pecado é a
transgressão da santa lei de Deus. Aquele que não obedece aos
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 20

mandamentos de Deus é um pecador aos olhos de Deus.” {ST, 20 de junho de


1895 par. 5}

Evidência extra:

1. "Mas não se deve supor que fazer "uma boa confissão" significa lembrar
e reconhecer cada ato de pecado que já foi cometido. Isso é uma
impossibilidade. Em primeiro lugar, a vida não seria longa o suficiente para
um o homem recontar todos os seus pecados, mesmo que os conhecesse; e
em segundo lugar, homem algum pode conhecer todos os seus pecados. Os
pecados que estão escondidos no coração, - a natureza pecaminosa, - são
tão mortais quanto aqueles pecados que vieram à luz.” {31 de agosto de 1893
EJW, PTUK 337,7}

2. "Os pecados que jazem escondidos no coração, - a natureza pecaminosa,


- são tão mortais quanto aqueles que vieram à luz. Portanto, a confissão
envolve reconhecer diante de Deus que não há nada de bom em nós, e orar:
“Purifica-me das faltas que não conheço." Salmos 19:12. E isso por si só é
suficiente para mostrar que a confissão deve ser feita apenas a Deus, e não
ao homem, exceto ao homem a quem tenhamos ofendido. Pois a confissão
não significa contar novidades, mas reconhecer as faltas conhecidas.” {31 de
agosto de 1893 EJW, PTUK 337,7}

3. "Há muitas pessoas, até mesmo cristãos, que se perguntam por que é
que na oração que Jesus ensinou a seus discípulos, há a constante petição
pelo perdão dos pecados, quando é ensinado, providenciado e esperado,
que Seus discípulos não pecarão de forma alguma. Esta petição é como
aquela oração com o mesmo propósito de que não pequemos, como uma
defesa segura contra nosso pecado. O pecado está em nós. Nossa natureza
humana é uma natureza pecaminosa, uma natureza cheia de pecado. No
entanto, ainda que isso seja sempre verdade, e reconheçamos, e
confessemos e ofereçamos oferta que é sempre aceitável a Deus, tão
verdade também é o fato de que o pecado é perdoado e nós somos feitos
"participantes da natureza divina"; e o pecado de nossa natureza humana
não é manifestado, mas a justiça da natureza divina é manifestada em seu
lugar.” {12 de agosto de 1908 ATJ, MEDM 646.3}

4. "Uma criança não tem consciência do pecado, nem vive em pecado. Não
precisa de exortação para não continuar no pecado, nem "viver mais nele",
pois está tão completamente morta para o pecado quanto é possível a
qualquer um estar. De fato, nunca esteve viva ainda para o pecado.
Portanto, o batismo seria para ela uma obra supere rogativa (fazer mais do
que o requerido).” {9 de janeiro de 1902 EJW, PTUK 20.9}
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 21

5. "Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo


para remissão dos pecados." Atos 2:38. Aqui vemos que o batismo está
relacionado com o arrependimento; mas é óbvio que crianças pequenas não
podem se arrepender e não têm nada do que se arrepender, nunca tendo
cometido pecado. Encontramos, neste caso, que "os que de bom grado
receberam a sua palavra foram batizados". Versículo 41. {8 de janeiro de 1903
EJW, PTUK 19.4}

A seguir, você poderá encontrar algumas citações que mostram o outro lado em relação
aos bebês. São ideias que não deveriam encontrar lugar na mensagem do terceiro anjo. As ideias
expressas são muito semelhantes às que ex-católicos que se tornaram adventistas se lembram
de ouvir quando crianças, e relatam que os assustavam muito. Compare-os com as citações de
nossos antepassados, que estarão em negrito. Estas citações estão no CD "Words of the
Pioneers". Pensamos que deveríamos compartilhá-las com você:

1. "E João Calvino, da memória de Servetus, descarta crianças menores como pecadoras sem
cerimônia. Ele nos diz: "As crianças trazem então a condenação com elas desde o ventre de sua
mãe, sendo passíveis de punição, não pelos pecados de outrem, mas pelos seus próprios; pois,
embora ainda não tenham produzido os frutos de sua iniquidade, elas têm as sementes
encerradas em si mesmas; sua natureza inteira é, por assim dizer, uma semente do pecado;
portanto, só pode ser odiosa e abominável para Deus." {UrSe, 22 de agosto de 1865, ARSH 91.9}

"O arrependimento é um requerimento feito apenas aos pecadores, e o batismo é para


remissão de pecados. Porém, os bebês não têm pecados dos quais se arrepender ou serem
remidos.” {1878 JHW, TOB 74.6}

2. O Rev. Jonathan Edwards diz: "Crianças repróbadas são víboras da vingança, que Jeová
manterá sobre o inferno nas línguas de Sua ira, até que se virem e cuspam seu veneno de seu
rosto." {UrSe de 22 de agosto de 1865, ARSH 91,8}

"Assim como no caso dos santos – os justificados – o mesmo se dá em relação aos bebês. Eles
não têm pecados pelos quais responder. Eles não podem cair sob uma penalidade, porque são
inocentes. No entanto, eles morrem; é claro que não como pecadores condenados, mas como
criaturas mortais cortadas da árvore da vida pela ação de Adão. Seu pecado trouxe
condenação a si mesmo, e foi merecido; mas não traz condenação a esses inocentes; eles não
merecem isso, e "o filho não levará a iniquidade do pai".” {1878 JHW, TOB 81.2}

3. O reverendo Thomas Vincent, um clérigo calvinista do século XVII, se entrega à seguinte


vertente: "Isso os encherá (os santos) de surpreendente admiração e maravilhosa alegria,
quando virem alguns de seus parentes próximos indo para o inferno; seus pais, mães, filhos,
maridos, esposas, amigos íntimos e companheiros, enquanto eles próprios estão salvos.
...Aquelas afeições que agora sentem por parentes que estão fora de Cristo, cessarão; e eles não
irão nem ao menos tremer ao vê-los condenados ao inferno e lançados na fornalha ardente!”
{22 de agosto de 1865 UrSe, ARSH 91.6}

“Haverá três classes na ressurreição. Uma, os pecadores condenados, que nunca aceitaram o
evangelho nem receberam perdão por meio de Cristo. A segunda morte os reivindica como
seus. Outra, os santos; aqueles que tiveram seus pecados lavados pelo sangue do Redentor.
Sendo justificados, a lei não tem nenhuma reivindicação contra suas vidas. "Nesses, a segunda
morte não tem poder." A terceira, bebês, que nunca pecaram. Claro que eles não são
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 22

condenados; eles não fizeram nada errado; em nenhum princípio de justiça eles podem ser
condenados. Por meio de Cristo, eles foram comprados da morte, é claro que não morrem
mais. A relação deles para com a lei é a mesma dos santos; não como os santos que foram
perdoados, mas como inocentes, contra os quais nenhuma acusação pode ser apresentada.
Não tendo pecado sobre eles, eles não morrerão mais. A vida que eles ganham de Cristo é
verdadeiramente como a vida que os santos ganham. Portanto, eles podem se unir à canção
da redenção eterna, com todos os santos em glória. Se não fosse por Cristo, eles teriam
permanecido mortos. Pela vida eterna, com suas alegrias e sua glória, eles são tão
verdadeiramente devedores ao amor e favor divinos no evangelho quanto Davi, ou Pedro, ou
Paulo. Assim, é fácil ver que os bebês são salvos pelo evangelho, mas não por meio da fé,
arrependimento e batismo. Estes são para pecadores, não para inocentes.” {1878 JHW, TOB 82.1}

4. O reverendo Thomas Boston, um divino ortodoxo, em seu livro ‘Four-fold State’, diz: "A esposa
piedosa aplaudirá a justiça do Juíz na condenação de seu marido ímpio. O marido piedoso dirá:
Amém, à condenação daquela que se reclinava no seu peito! Os pais piedosos dizem: Aleluia, ao
proferir a sentença sobre sua ímpia criança. E o filho piedoso aprovará de coração a condenação
de seu pai perverso que o gerou, e da mãe que lhe deu à luz." - Página, 336. {UrSe de 22 de agosto
de 1865, ARSH 91,5}

"Sem dúvida, muitos além dos espiritualistas adotarão linguagem como a sua, e imaginarão
que, ao fazê-lo, estejam apresentando um argumento irrespondível contra as doutrinas do
cristianismo. Mas qualquer um que tenha lido a Bíblia, sabe muito bem que ela não ensina
que bebês ou adultos são condenados por uma ofensa cometida 6.000 anos atrás ou meio
minuto antes de nascerem. Nenhuma pessoa é condenada pela ofensa de outra, não importa
quando a ofensa tenha sido cometida. A Bíblia declara claramente: Ezequiel 18:20.” - { 20 de
janeiro de 1887 EJW, SITI 48.13}

5. Emmons diz: "A felicidade dos eleitos no Céu consistirá em parte em testemunhar os
tormentos dos condenados ao inferno. E entre aqueles podem estar suas próprias crianças, pais,
maridos, esposas e amigos na terra. Uma parte das bem-aventuranças é celebrar a doutrina da
reprovação. Enquanto o decreto da reprovação está eternamente em execução nos vasos da ira,
a fumaça de seu tormento estará eternamente ascendendo à vista das vasilhas da misericórdia,
que, em vez de tomarem parte com esses objetos miseráveis dirão: 'Amém, aleluia, louvado seja
o Senhor.' ”- Sermões, XVI. {UrSe de 22 de agosto de 1865, ARSH 91.3}

"João pregou o "batismo de arrependimento para remissão dos pecados". Esse fato, dita que
ele não batizava crianças. Sua mensagem era: Arrependam-se e creiam. Arrependimento e fé
eram as condições indispensáveis. Sem essas coisas ninguém poderia ser batizado por João.
Mas os bebês não podem se arrepender e crer. Eles não têm conhecimento do pecado, e
nenhuma habilidade para crer. Portanto, aqueles que assumem e continuam a obra de João
Batista, - a obra de preparar um povo para a vinda do Senhor, -não terão nada que ver com o
chamado batismo de crianças. Eles não irão, portanto, caricaturar uma das ordenanças mais
solenes do Evangelho.” {3 de maio de 1894 EJW, PTUK 276.5}

6. “Existe um inferno sem fim, e dores sem fim; onde as crianças devem morar com os demônios,
na escuridão, fogo e correntes.” {UrSe de 22 de agosto de 1865, ARSH 91,10}

Rm 6:1-6 [citado] "Você não consegue ver que esse texto se aplica àqueles que têm vivido uma
vida de pecado, e que conscientemente vêm a Cristo para a salvação do pecado, para que não
vivam mais em pecado: e que, portanto, de forma alguma aplica-se a crianças? O mesmo
apóstolo que escreveu isto, disse das cerimônias judaicas, que elas nunca poderiam tornar
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 23

ninguém perfeito, e que se aquelas cerimônias pudessem torná-los perfeitos, não seria
necessário repeti-las ano após ano, “porque purificados uma vez os ministrantes, nunca mais
teriam consciência de pecado." Hb. 10:1,2. Uma criança não tem consciência do pecado, nem
vive em pecado. Não precisa de exortação para não continuar no pecado, nem "viver mais
nele"(Hb 6:2), pois está tão completamente morta para o pecado quanto é possível a qualquer
um estar. De fato, nunca esteve viva ainda para o pecado. Portanto, o batismo seria para ela
uma obra supere rogativa (fazer mais do que é requerido).” {9 de janeiro de 1902 EJW, PTUK 20.9}

7. “Tenha a mesma fé na vergonha eterna para toda a raça humana; pois o inferno está
abarrotado de crianças malditas, sem um dia de graça.” --Dr. Watts. {UrSe de 22 de agosto de 1865,
ARSH 91,11}

"Mas não vou deixar o assunto por aqui. Não posso ler a Bíblia toda para você a fim de mostrar
que ela não menciona o batismo infantil; mas posso apresentar a você a natureza e o objetivo
do batismo, para que você possa ver que é claramente algo com o qual os bebês não podem
ter nada que ver; ou, melhor, que não pode ter nada que ver com eles. Portanto, vamos
estudar o assunto brevemente. Não podemos fazer melhor do que começar com as palavras
de Pedro cheias do Espírito Santo: "Arrependam-se e sejam batizados cada um de vocês em
nome de Jesus Cristo para a remissão dos pecados." Atos 2:38. Aqui vemos que o batismo está
relacionado com o arrependimento; mas é óbvio que crianças pequenas não podem se
arrepender e não têm nada do que se arrepender, nunca tendo cometido pecado. Vemos,
neste caso, que “os que de bom grado receberam a sua palavra foram batizados.” Versículo
41. {8 de janeiro de 1903 EJW, PTUK 19.4}

Não confundamos nossa NATUREZA humana pecaminosa (que não pudemos escolher,
e por isso, não somos responsáveis por ter nascido com ela, nem condenados por isso), com o
PECADO, (que é a transgressão da lei pelo qual somos responsabilizados na idade da
responsabilidade e, no final, perderemos a vida eterna como resultado).

Graças a Deus por Jesus que tomou sobre Si a nossa natureza pecaminosa e decaída e
nessa natureza foi vitorioso sobre essa “coisa” chamada PECADO, deixando-nos um exemplo de
que devemos seguir os Seus passos, que não pecou e em quem não foi encontrado engano.

"Aqueles que Cristo louva no Juízo, talvez tenham conhecido pouco de


teologia, mas nutriram Seus princípios. Mediante a influência do Divino
Espírito, foram uma bênção para os que os cercavam. Mesmo entre os
gentios existem pessoas que têm cultivado o espírito de bondade; antes de
lhes haverem caído aos ouvidos as palavras de vida, acolheram com
simpatia os missionários, servindo-os mesmo com perigo da própria vida.
Há, entre os gentios, pessoas que servem a Deus ignorantemente, a quem a
luz nunca foi levada por instrumentos humanos; todavia não perecerão.
Conquanto ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes
por meio da natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. Suas obras
testificam que o Espírito Santo lhes tocou o coração, e são reconhecidos
como filhos de Deus.” DTN 451.5
Vinde e arrazoemos juntos: Nascemos pecadores? 24

“Como adventistas; no entanto, não acreditamos no pecado original.”


The Witness that our Fathers Bore (ML Andreasen página 55)

ANEXO 1

“Indagais quanto a serem salvos vossos pequenos. São vossa resposta as palavras de Cristo:
“Deixai vir a Mim os meninos, e não os impeçais, porque de tais é o reino de Deus.” Lucas 18:16.

“Lembrai-vos da profecia: “Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro
amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles. ... Assim diz o Senhor:
Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho,
diz o Senhor, pois eles voltarão da terra do inimigo. E há esperança no derradeiro fim para os
teus descendentes, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os seus termos.” Jeremias
31:15-17.

“Esta promessa vos pertence. Podeis confortar-vos e confiar no Senhor. O Senhor muitas vezes
me instruiu de que muitos pequeninos hão de ser removidos antes do tempo de angústia.
Havemos de ver de novo nossos filhos. Havemos de encontrar-nos com eles e reconhecê-los nas
cortes celestes. Ponde vossa confiança no Senhor, e não temais.” — Carta 196, 1899. ME2 259.3-
ME2 259.4

“Ao surgirem os pequenos, imortais, de seu leito poento, imediatamente seguirão caminho,
voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca mais se separarem. Muitos
dos pequeninos, porém, não terão mãe ali. Em vão nos pomos à escuta do arrebatador cântico
de triunfo por parte da mãe. Os anjos acolherão os pequeninos sem mãe e os conduzirão para
junto da árvore da vida.” ME2 260.1

“Conversei com o Pastor [J. G.] Matteson a respeito de se os filhos de pais descrentes serão
salvos. Relatei que uma irmã me fizera esta pergunta com grande ansiedade, declarando que
alguns lhe haviam dito que os filhinhos de pais descrentes não seriam salvos.

“Devemos considerar isto como uma das questões sobre as quais não estamos em liberdade de
expressar uma posição ou uma opinião, pela simples razão de que Deus não nos falou
definidamente sobre este assunto em Sua Palavra. Se Ele achasse ser essencial que o
soubéssemos, no-lo teria informado claramente.” ME3 313.1-ME3 313.2

“Eu disse ao irmão Matteson: “Não podemos dizer se todos os filhos de pais descrentes serão
salvos, porque Deus não tornou conhecido o Seu propósito a respeito desse assunto, e convém
que o deixemos onde Deus o deixou e que nos demoremos em assuntos elucidados em Sua
Palavra.” ME3 315.1

“Deus não pode levar para o Céu o escravo que tem sido conservado em ignorância e
degradação, nada sabendo de Deus ou da Bíblia, nada temendo senão o açoite do seu senhor, e
conservando-se em posição mais baixa que a dos animais. Mas Deus faz por ele o melhor que
um Deus compassivo pode fazer. Permite-lhe ser como se nunca tivesse existido, ao passo que
o senhor tem de enfrentar as sete últimas pragas e então passar pela segunda ressurreição e
sofrer a segunda e mais terrível morte. Estará então satisfeita a justiça de Deus.” PE 276.1

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