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“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também
a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”Porque até ao regime da lei havia pecado no
mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.”Entretanto, reinou a morte desde Adão até
Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram, à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava
aquele que havia de vir.”Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa, porque, se, pela ofensa de um
só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram
abundantes sobre muitos.”O dom, entretanto, não é como no caso em que somente um pecou; porque o
julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação; mas a graça transcorre de muitas ofensas, para
a justificação.”Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a
abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.”Pois
assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por
um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.”Porque, como,
pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência
de um só, muitos se tornarão justos.”Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa, mas, onde abundou o
pecado, superabundou a graça,”a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a
graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Romanos 5.12–21)
Jesus é supremo
Jesus Cristo é a pessoa mais importante no universo – não mais importante que Deus, o Pai, ou Deus, o Espírito.
Com eles, Cristo é igual em dignidade, perfeição, sabedoria, justiça, amor e poder. Mas ele é mais importante que todas
as outras pessoas – sejam anjos ou demônios; reis ou comandantes; cientistas ou artistas; filósofos ou atletas; músicos
ou atores – aqueles que vivem agora ou que sempre viveram ou viverão continuamente. Jesus Cristo é supremo.
1) A abundância da graça
Primeiro, o versículo 15 e a abundância da graça. “Todavia, não é assim o dom gratuito [a saber, o dom gratuito
da justiça v. 17] como a ofensa, porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o
dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos”. O ponto aqui é que a graça de Deus é
mais poderosa que a ofensa de Adão. É isso que as palavras “muito mais” significam: “muito mais a graça de Deus…
foram abundantes sobre muitos”. Se a ofensa do homem trouxe morte, muito mais a graça de Deus trará vida.
Mas Paulo é mais específico que isso. A graça de Deus é especificamente “a graça de um só homem, Jesus
Cristo”. “Muito mais a graça de Deus e o dom “pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre
muitos”. Essas graças não são duas graças diferentes. “A graça de um só homem, Jesus Cristo” é a encarnação da graça
de Deus. Essa é a forma com a qual Paulo fala sobre ela, por exemplo em Tito 2.11: “A graça de Deus se manifestou [a
saber em Jesus] salvadora…”. E em 2 Timóteo 1.9: “Sua própria… graça, que nos foi dada em Cristo Jesus”. Por
conseguinte, a graça que está em Jesus é a graça de Deus.
Essa graça é a soberana graça. Ela conquista tudo em seu caminho. Veremos em um momento que ela tem o
poder do rei do universo. É a graça imperial. Essa é a primeira celebração da superioridade de Cristo sobre Adão. Quando
a ofensa de um só homem, Adão, e a graça de um só homem, Jesus Cristo, se encontram, Adão e a ofensa perdem. Cristo
e a graça vencem. São as boas-novas para aqueles que pertencem a Cristo.
2) A perfeição da obediência
Segundo, Paulo celebra a forma pela qual a graça de Cristo vence a ofensa de Adão e a morte, a saber, a perfeição
da obediência de Cristo. O versículo 19: “Porque, como, pela desobediência [a saber, de Adão] de um só homem, muitos
se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência [isto é, a de Cristo] de um só, muitos se tornarão justos”.
Assim, a graça de um só homem, Jesus Cristo, o impede de pecar – ela o mantém obediente até à morte e morte de cruz
(Fp 2.8) – de modo que ele oferece uma obediência perfeita e completa ao Pai em nome daqueles que estão unidos com
ele pela fé. Adão fracassou em sua obediência. Cristo procedeu perfeitamente. Adão foi a fonte de pecado e morte.
Cristo foi a fonte de obediência e vida.
Cristo é como Adão, que foi um tipo de Cristo – ambos são representantes de uma velha e uma nova humanidade.
Deus imputa o fracasso de Adão à sua humanidade e o sucesso de Cristo à sua humanidade, devido a como essas duas
humanidades estão unidas às suas respectivas cabeças. A sublime superioridade de Cristo é que ele não é apenas bem-
sucedido em obedecer perfeitamente, mas o faz de tal forma que milhões de pessoas são consideradas justas pela sua
obediência. Você está unido somente a Adão? Você está unido à parte da primeira humanidade destinada à morte? Ou
você também está unido a Cristo e à parte da nova humanidade destinada à vida eterna?
3) O reino da vida
Terceiro, Paulo celebra não apenas a graça abundante de Cristo e a obediência perfeita de Cristo, mas finalmente,
o reino da vida. A graça conduz à obediência de Cristo rumo ao triunfo da vida eterna. O versículo 21: “A fim de que,
como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo,
nosso Senhor”. A graça reina por meio da justiça (isto é, mediante a justiça perfeita de Cristo) para o grande clímax da
vida eterna – e tudo isso é “mediante Jesus Cristo, nosso Senhor”.
Ou, uma vez mais no versículo 17, a mesma mensagem: “Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a
morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a
saber, Jesus Cristo”. O mesmo padrão: graça por meio do dom gratuito de justiça conduz ao triunfo da vida e tudo isso
acontece mediante Jesus Cristo.
Mencionei anteriormente que a graça de Deus em Cristo, a que Paulo faz alusão nesses versículos, é a soberana
graça. Eis o termo onde se percebe esse fato, a saber, na palavra “reinar. A morte tem um tipo de soberania sobre o
homem e reina sobre tudo. Todos morrem. Mas a graça vence o pecado e a morte. Ela reina em vida mesmo sobre
aqueles que outrora estavam mortos. É graça soberana.
John Piper é um dos ministros e autores cristãos mais proeminentes e atuantes dos dias atuais, atingindo com suas
publicações e mensagens milhões de pessoas em todo o mundo. Ele exerce seu ministério pastoral na Bethlehem
Baptist Church, em Minneapolis, MN, nos EUA desde 1980.