Você está na página 1de 4

1 adão x 2 adão

Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que

recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por

um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre

todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça

veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como

pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim

pela obediência de um muitos serão feitos justos. Romanos 5:17-19

Paulo nos apresenta dois reinos e duas consequências: Adão-Cristo; pecado-graça;


morte-vida. Adão representa o início e a personificação da humanidade mergulhada no pecado
e caminhando para a morte.

Cristo representa o novo Adão, o início e a personificação da humanidade introduzida no


Reino da Graça e caminhando para a vida. O apóstolo nos mostra a supremacia de Cristo e do
Reino da Graça sobre Adão e o reino do pecado, pois o dom de Deus supera o pecado do
homem.

As clássicas perguntas – de onde vim? para onde vou? – são dramáticas, tanto como:
por que sou como sou? Por que sempre estou dividido entre o bem e o mal? Estas não são
somente perguntas de filosofia, e sim existenciais, porque é a nossa vida que está em jogo! De
fato nós – todos nós! – percebemos que estamos mergulhados na bondade e na maldade, na
graça e no pecado.

Há também outra sensação: carregamos algo como de herança, algo que nos
acompanha e, de certa forma, condiciona nosso modo de ser e de agir, tanto para o bem como
para o mal. Carregamos tesouros e misérias que não dependem só de nós. É um mistério e
tanto! Não nascemos em culpa pessoal, mas carregamos as marcas do pecado e sofremos as
suas consequências.

Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que

recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por

um só, Jesus Cristo. Romanos 5:17

1- AS IMPLICAÇÕES DA QUEDA DO 1 ADÃO

A) Ofensa contra Deus. Rejeição, orgulho, soberba, autossuficiência

Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto,
qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Tiago 4:4
B) Consequência. Separação, Morte, degradação

Por meio de um só, reinou a morte. Adão transgrediu o mandamento de Deus, que dizia, que
não devia comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn. 2:17). Esta ordem foi um
teste da obediência do homem a Deus. Com a entrada do pecado na experiência do homem, a
morte também entrou. A morte passou a reinar. Reinava de maneira suprema. A atitude de
Adão provocou o reino da morte.

2. AS IMPLICAÇÕES DO REGATE DO 2 ADÃO


A) Dom da Justiça

Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de
Deus. 2 Coríntios 5:21

E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das
mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o
diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à
servidão. Hebreus 2:14,15

Jesus teve a mesma carne que nós; pela morte ele aniquilou aquele que tinha o
império da morte, isso é o diabo. O diabo só tem poder através das paixões na nossa
carne. Jesus mortificou essas paixões enquanto viveu, e através disso aniquilou o poder
do diabo. Porque Jesus tinha a mesma carne que nós, essa morte nos foi atribuída –
esse é o dom da justiça.

B) Abundancia de Graça

Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça”. (João 1.16)

Na verdade, graça é a suficiência de Deus em nós! Habilidade divina para ser e fazer o
que jamais poderíamos na nossa própria capacidade humana. Por exemplo: jamais
poderíamos nos salvar sozinhos. Sem a graça de Deus, nunca, jamais seria possível
tentar fazer qualquer coisa para ser salvo. Por mais que o homem fizesse milhares de
caridade, fosse sempre uma pessoa boa, respeitosa, amorosa, e etc. Isso não poderia
salvá-lo porque não vem de mérito humano e sim do favor de Deus.

Minha graça é suficiente para você, pois o Meu poder se aperfeiçoa na

fraqueza” 2 Coríntios 12:9


Deus se refere à Sua graça como o Seu revestimento de poder. A palavra fraqueza
significa “incapacidade”. Ele está dizendo: “A Minha graça é o Meu revestimento de
poder, e ela é aperfeiçoada nas situações que estão além da sua capacidade”.

O apóstolo Pedro define a graça de Deus da mesma forma. Ele escreve:

“Graça e paz lhes sejam multiplicadas… seu divino poder (graça) nos deu

tudo de que necessitamos para a vida e para a piedade…” (2 Pedro 1:2-3;

grifo do autor).

Mais uma vez, a graça é mencionada como o “seu divino poder”.

Pedro afirma que todos os recursos ou habilidades necessários para viver uma vida
santa e temente a Deus estão disponíveis por meio do revestimento de poder da graça.

C) Reino de Vida

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai,

senão por mim. João 14:6

Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que

esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá.

Crês tu isto? João 11:25,26

Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para

condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos

os homens para justificação de vida. Romanos 5:18

Da mesma maneira, por meio de um só ato de justiça veio o dom gratuito da redenção  sobre
todos os homens com o propósito da absolvição que produz vida. Paulo declara que o efeito do
ato de justiça de Cristo, estende-se exatamente até onde se estendeu o efeito da transgressão
de Adão.

Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores,


assim pela obediência de um muitos serão feitos justos. Veio, porém, a lei para que a
ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; Para que,
assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida
eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor. Romanos 5:19-21

Como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por
meio da obediência de um só muitos se tornarão justos. A desobediência de Adão contrasta
com a obediência de Cristo.

No versículo precedente Paulo emprega o vocabulário e a estrutura de um tribunal de justiça –


condenação de um lado e absolvição de outro.

20,21. O Reino do Pecado Versus o Reino da Graça. Aqui Paulo conclui a argumentação que
começou em 5:12 sobre a pergunta: Qual dos dois é o mais poderoso – o pecado ou a graça?.

20. O escritor nos faz lembrar que embora a justificação pela fé seja o ponto central da história
humana, a Lei tem um lugar importante. A Lei veio para que avultasse a ofensa (aumentasse,
multiplicasse). Mas, onde abundou o pecado. 

As palavras ofensa e pecado foram ambas personificadas aqui, fazendo do mal um inimigo
distinto e não uma mera abstração. Superabundou a graça. Ou, esteve presente em
abundância ainda maior.

A graça é muito mais poderosa que o pecado. Todavia quando os crentes vêem o tremendo
poder do pecado, esquecem-se desta verdade.

A graça reina através da justiça que Deus concede. O fato de que a justiça de Cristo foi
concedida àqueles que crêem, significa que, além de serem declarados justos, pertencem
também ao reino e ao triunfo da graça.

Para vida eterna, mediante Jesus Cristo nosso Senhor. A graça reina com um alvo em vista – a
vida eterna. A vida eterna é uma qualidade de vida; é viver segundo a vida de Deus e para
Deus.

Os crentes, agora, têm esta vida. Mas vida eterna significa, além de viver por Deus e para Ele,
viver em um ambiente que Ele tornou perfeito - livre de todo pecado. Portanto a vida eterna é o
destino do crente, como também a realidade imediata. Como esta vida será alcançada? Por
meio de uma pessoa – mediante Jesus Cristo nosso Senhor. 

E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e

a Jesus Cristo, a quem enviaste. João 17:3

Você também pode gostar