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2. Como uma verdadeira figura da ressurreição de Cristo (Pois assim está escrito: O
primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é primeiro
o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo
homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e,
como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno,
Cristo, nosso Senhor”. Romanos 5:12-21; “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu,
de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado”. 7.25).
4. Paulo contrasta Adão e Cristo. Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele
as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a
ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão
vivificados em Cristo. 1 Co 15:20-22. O autor das Epístolas Pastorais atribuiu o pecado a Eva:
“...pois porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva. E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo
enganada, caiu em transgressão”. 1 Tm 2:13,14.
Antes do Princípio
Embora Gênesis se inicie com “no princípio”, isso não significa que não tenha havido nada
antes desse “princípio”. Em João 17.24, Jesus ora a Deus Pai, dizendo: “Tu me amaste antes
da fundação do mundo”. E em João 17.5, Jesus pede ao Pai que o glorifique, ao próprio Jesus,
“com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”. Há, portanto, uma
realidade que remonta à eternidade antes da frase “no princípio”. Cristo existia, tinha glória com o
Pai, e foi amado pelo Pai antes de “no princípio”.
Em Efésios 1.4, lemos: “… [Deus] nos elegeu nele [Cristo] antes da fundação do
mundo…”. Portanto, antes de “no princípio”, existiu uma realidade diferente de uma situação
estática. Uma escolha foi feita e essa escolha demonstra pensamento e vontade. Fomos
escolhidos nele antes da criação do mundo. A mesma verdade é enfatizada em 1 Pedro 1.18-20,
afirma: “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do
vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem
defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém
manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” . Da mesma forma, em Tito 1.1-3 lemos: “Paulo, servo
de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da
verdade segundo a piedade, na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos
tempos eternos e, em tempos devidos, manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por
mandato de Deus, nosso Salvador” . Esse fato impressiona. Como uma promessa pode ser feita antes
Assim, estamos diante de uma questão muito interessante: quando começou a história? Se
alguém está pensando dentro do conceito moderno de contínuo espaço-tempo, então está
bastante óbvio que o tempo e a história não existiam antes de “no princípio”. Mas se pensamos
na história em contraste com uma outra, eterna e filosófica, ou em contraste com uma eternidade
estática, então ela começou antes de Gênesis 1.1.
Esse tema não é mera teoria. O que está envolvido é a realidade do Deus pessoal em toda
a eternidade. A realidade do Deus pessoal, em contraste com um motor teórico imóvel fixo, um
big bem ou a projeção da raça humana e das espécies por meio de uma evolução natural, ou
ainda de seres estra terrestres que povoaram esse mundo, teorias puramente subjetiva do
pensamento do homem.
Quando lemos “No princípio criou Deus os céus e a terra”, não somos deixados com algo
suspenso no vácuo: algo existia antes da criação e esse algo era pessoal, não estático; o Pai
amava o Filho; havia um plano; havia comunicação; e fizeram-se promessas antes da criação dos
céus e da terra.
os povos da terra saibam que o Senhor é Deus e que não há outro. 1 Re 8:59,60 ; Tendo Ezequias recebido a
carta das mãos dos mensageiros, leu-a; então, subiu à Casa do Senhor, estendeu-a perante o Senhor e orou
perante o Senhor, dizendo: Ó Senhor, Deus de Israel, que estás entronizado acima dos querubins, tu somente
és o Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra. 2 Re 19:14,15; Pois quem é Deus, senão o
Senhor? E quem é rochedo, senão o nosso Deus? Sl 18:31). Adorar os falsos deuses dos povos que
viviam a seu redor foi a grande tentação e o pecado no qual Israel caiu repetidamente, de modo
que Moisés e os profetas bateram sempre na tecla da unidade e da singularidade do Deus de
Israel. Até hoje, o adorador judeu devoto recita o Shema todos os dias: "Ouve, Israel, o Senhor,
nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda
a tua alma e de toda a tua força" (Dt 6:4,5). O Deus revelado nas Escrituras não tem semelhantes
nem rivais.
4. O Deus Triuno planejou a redenção. O maravilhoso plano de redenção não foi algo
improvisado para o povo de Deus escolhido em Cristo que é o que lemos em Mt 25.31-34
“Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da
sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor
separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei
aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado
desde a fundação do mundo”; e até mesmo para aqueles que não foram escolhidos, como lemos em
Ap 17:8 “E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a
fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá. A morte sacrificial do
Filho não foi um acidente, mas sim um compromisso ( Varões israelitas, atendei a estas palavras:
Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio
Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; sendo este entregue pelo determinado
desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos ; At 2:22,23; porque
verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e
Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito
predeterminaram; At 4:27,28).
Esse Deus Eterno, Triúno, único e verdadeiro, sendo ele pessoal e infinito planejou a
nossa redenção por meio da escolha de seu povo em Cristo “antes da criação do mundo”. Assim,
a história não tem início no fiat lux, mas a história “começou antes de Gênesis 1.1”.
Por que isso é importante? Porque o Deus Triúno escolheu comunicar-se também no
tempo e no espaço e isso aponta para o Deus do cristianismo em contraste infinito com as
perspectivas filosóficas do século XX, em especial os conceitos de uma divindade impessoal.
O Deus que se revela é pessoal em toda a eternidade e ele escolheu comunicar-se
conosco. Ele não estava estático antes da Criação, pois o Pai amava (e ama) o Filho, e o Espírito
Santo é o Espírito do Pai. “Havia um plano; havia comunicação; e fizeram-se promessas antes da
criação dos céus e da terra”.
O importante não é saber tudo sobre tudo, ou saber tudo o que Deus sabe, mas obedecer
a tudo o que ele nos ordena.