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Arrependei-vos

A uma mensagem que está em nossas bíblias que por muitas vezes nos
esquecemos de falar: a mensagem do arrependimento.
O percursor de Jesus (João Batista) anunciava essa mensagem de
arrependimento aos Judeus (Mateus 3:1-2). A mensagem que ele trazia tinha
uma conotação de que só experimentaria o reino de Deus, que estava próximo,
aqueles que se arrependessem (arrependimento é metanoeo que significa uma
mudança de ideia, que sucessivamente, leva a mudança de ação) e assim poderiam
discernir o agir desse reino. Posteriormente a João Batista ser encarcerado
Jesus começou a falar sobre o arrependimento e a chegada do reino de Deus
(Mateus 4:17). Jesus havia vindo justamente para isso, para chamar os
pecadores ao arrependimento. Aquele que reconheciam que eram doentes
(pecadores) se assentavam a mesa com ele para poder aprender mais sobre o
seu reino e aqueles que se achavam justos (sãos) não tinha sua atenção
(Mateus 9:13). Até a consumação do ministério terreno de Jesus não havia
nenhum justo, afinal ninguém havia sido feito justiça de Deus pelo ato de Cristo
(2 coríntios 5:21), assim todos eram pecadores (doentes), contudo somente
aquele que reconheciam isso eram os que experimentavam o agir do reino.
Vemos então que a mensagem de arrependimento fazia parte dos ministérios
de João Batista e do Messias. Certamente essa mensagem deve fazer parte
também das nossas vidas.
Quando a bíblia diz que o Espírito Santo convence o mundo do pecado, ela fala
de um pecado bem especifico e isso não tira a nossa responsabilidade de
falarmos sobre o arrependimento. Muitos pensam que o Espírito Santo acusa
as pessoas de seus pecados, mas a Palavra de Deus não nos ensina isso
(Romanos 8.33). Deus não no acusa nem nos condena. O único pecado que a
bíblia relata do qual o Espírito convenceria o mundo é o de não crer no filho de
Deus, este é o ministério do Espírito para os não crentes (João 16: 8-9). Para
entendermos melhor sobre qual o pecado O Espirito Santo convence o homem,
temos que voltar no início da criação.
Gn 2:15- 3:1-6
Todos sabemos que o pecado de Adão e Eva foi desobediência, porém se
analisarmos veremos que Deus disse que se eles comessem iriam morrer e a
serpente disse que se eles comessem eles não iriam morrer – teriam o
conhecimento que Deus tem, mostrando que isso seria uma coisa boa para
eles. Eles comeram do fruto do conhecimento do bem e do mal, ouvindo a voz
da serpente, ou seja, eles deixaram de acreditar em Deus e passaram a
acreditar na mentira da serpente (diabo), demonstrando assim não somente a
desobediência, mas também a incredulidade. Se analisarmos bem a
incredulidade que levou a desobediência e não o oposto (creram no que a
serpente falou – incredulidade – e depois comeram – desobediência). Assim
podemos dizer que o principal pecado de Adão e Eva foi não crer em Deus e
sim na serpente. Quando eles comem do fruto eles passam a ter o
conhecimento do bem e do mal (assim como Deus), porém esse conhecimento
abrange duas áreas distintas: o conhecimento teórico e a prática. Se
analisarmos minuciosamente a conversa da serpente com Eva, veremos que
ela já tinha o conhecimento teórico do que era bem o do que era mal. Ela sabia
que não comer do fruto era o bem (não morrer e não desobedecer a Deus) e
sabia que comer era o mal (morrer e desobedecer). Então quando no versículo
cinco diz que eles conheceriam o bem e o mal, estava dizendo que eles seriam
participantes do bem e do mal na prática. Eles morreram porque não creram
em Deus e resolveram experimentar o mal, esse é então o principal pecado de
ambos, a incredulidade na palavra de Deus. Com isso eles passaram a estar
separados, destituídos da glória de Deus.
Agora para que o homem fosse religado a Deus, era necessário que o cordeiro
de Deus viesse religar o homem a Deus, mas para isso acontecer ele tira que
tirar o pecado do mundo “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele,
e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29”. Note
que João diz pecado e não pecados, justamente porque se tratava somente de
um, a incredulidade que foi o pecado que ficou entre o homem e Deus. Quando
vemos no evangelho de João que Jesus veio para o que era seu, mas os seus
não o receberam. E que todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de se
tornarem filhos de Deus, ou seja, aos que crêem no seu Nome. Esse que
receberam o poder de filhos, são os que receberam aquilo que ele veio trazer
(libertação da incredulidade) e esses teriam o poder de se tornar como Adão
foi, ou seja, voltaram a forma original da criação do homem.
Não que todos outros pecados não nos afastem de Deus, eles, uma vez que
você foi religado a Deus, que você acredita Nele e que a palavra Dele é a
verdade, a palavra de Deus nos purifica de todo o pecado. O pecado que
cometemos hoje, não é Cristo que nos livra dele, e sim nós que nos livramos
(uma vez que estamos com ele). Foi justamente isso que o autor de Hebreus
nos disse “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão
grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que
tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está
proposta,” Hebreus 12:1. Os pecados que nos rodeia devemos fugir deles e
não esperar que o Espirito Santo no convença do erro, nós que temos que ter a
consciência do que é errado e não mais praticar as obras da carne. Assim
quando Jesus disse que o Espirito Santo convenceria o mundo do pecado, é
justamente do pecado que ainda faz separação daqueles que não acreditaram
em Jesus e no que ele trouxe e Deus: a incredulidade.
Vemos na bíblia, qual é de fato o acusador dos nossos pecados: a nossa
consciência (I João 3.20-21). A consciência é a voz do nosso espirito recriado,
é a voz do que chamamos de homem interior. Ela é um guia seguro, uma vez
que somos novas criaturas. Em João 8:9 vemos que a consciência dos fariseus
denunciou os pecados que cada um tinha e assim eles reconheceram que
eram pecadores e não poderiam atirar a pedra na mulher adúltera, pois Jesus
havia dito: que não tem pecado seja o primeiro a atirar a pedra.
Os fariseus tinham o conhecimento das leis de Moisés, e foi esse
conhecimento que os fez ver seus próprios pecados. Assim é com nós quando
temos o conhecimento das verdades das escrituras, a nossa consciência “liga o
sinal vermelho” para nos alertar sobre o erro (Romanos 2:15). Temos que ter
sempre a consciência pura diante de Deus e dos homens, isso traz uma
conotação de uma vida íntegra perante aos mandamentos de Deus e uma vida
sem reprovação do que se prega diante dos homens (1 Coríntios 9:27).
Fato é que aqueles que não tem o conhecimento das verdades que estão
contidas nas escrituras não são acusados pelas suas consciências do que é
pecado, então cabe a nós que conhecemos pregar o arrependimento. Essa
mensagem tem um peso muito importante, ele é uma percursora da volta de
Cristo. Em 2 Pedro 3 temos uma menção sobre a vinda do Senhor. Vemos que
as pessoas que receberam essa carta estavam impacientes com a demora da
volta de Cristo (vers. 4). Pedro então no verso 9 explica porque a promessa da
vinda ainda não se concluiu. “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que
alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que
alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.” A vinda de
Cristo para nos levar para sua glória, só não havia acontecido porque Deus não
quer que todos sejam salvos.
No livro de atos no capitulo 3, vemos que no discurso de Pedro no templo, ele
faz uma ligação clara com o arrependimento, a volta de Cristo (Jesus) e com o
fato dele estar detido nos céus até que tudo seja restaurado. Assim como no
tempo de Jesus ouve que restaurasse (restaurar é por me bom estado) é todas as
coisas (Mateus 17: 11-13), devemos restaura todas as coisas para a sua volta.
João Batista veio e deixou o caminho pronto para que Jesus viesse com o
reino, manifestasse o seu poder e a Glória de Deus, assim devemos fazer
também. Que possamos pregar o arrependimento a todos os homens e assim
preparar o caminho para a volta de Jesus.
I tm 2:4

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