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Gênesis 2:16,17
O QUE É O PECADO?
O pecado pode ser compreendido em dois aspectos como uma árvore: o ato do
pecado (frutos) e o pecado original (a raiz). Esta árvore é capaz de dar qualquer
espécie de fruto no catálogo dos pecados: avareza, orgulho, vaidade, ambição,
sensualidade, ciúme, etc. Não importa a forma como o pecado apareça a raiz
sempre será um "não" para Deus e um "sim" para o Eu. Muitos se preocupam em
aparar os galhos visíveis do pecado, mas se não cortarmos o pecado pela raiz não
obteremos sucesso algum.
Há um aspecto mais profundo acerca do pecado em nós. A raiz do pecado, que
chamamos de pecado original, habita em cada pessoa descendente de Adão, ou
seja, todos nós fomos afetados e desde o nascimento já contemos o vírus do
pecado(Sl 51:5 e Jo 3:6). Agora a nossa natureza foi pecaminosamente afetada ao
ponto de, não importa os frutos que produzimos, se nossa raiz é pecado, para Deus
tudo que produzimos é pecado. Isso significa que naturalmente somos inclinados a
desobedecer a Deus por que há uma força gravitacional que nos faz odiar seus
mandamentos. Ninguém faz força para pecar, pecamos naturalmente (Rm 8:5-9).
Pois fomos corrompidos e não há nada de bom em nós longe da glória de Deus. O
pecado perverteu a nossa imagem e semelhança de Deus. E agora até mesmo
nossos aparentes atos de justiça não passam de panos imundos para Deus (Isaías
64:6). Todas as tentativas de agradar a Deus e cumprir seus mandamentos foram
inutilizadas. A natureza pecaminosa do homem o torna fraco e incapaz de amar e
ser agradável a Deus. Não há um justo sequer. Todos pecaram. Todos são culpados.
(Rm 3:10-12 e Rm 3:23)
As consequências do pecado?
Pecado é um crime, e todo crime tem uma punição. Deus é amor mas também é
justiça e santidade, por isso não pode conviver com pecado e nem deixá-lo impune.
Toda sentença tem uma duração específica de acordo com a gravidade do crime,
pela dignidade da vítima e pela posição do criminoso. Nesse caso nós estávamos
no topo do governo da criação, e nos rebelamos contra um Deus que é infinitamente
santo, justo, bom e eterno. Por isso, o castigo para o pecado só pode ser eterno. O
salário do pecado é a morte (Rm 6:23), e morte não significa parar de existir, mas
simplesmente ser separado. Portanto ao pecador é dada a punição de ser separado
de Deus que é a fonte de toda bondade e prazer, o que resta é apenas dor e
sofrimento eterno. O lugar do castigo é o inferno onde somente a ira de Deus arde
como um fogo que nunca se apaga. (Mt 25:41-45 e 2 Ts 1:7-9) Ali haverá choro e
ranger de dentes por toda eternidade por que Deus justo (Mt 13:42).
O pecado também é uma maldição que afeta as 3 áreas principais da nossa vida:
O pecado afeta o relacionamento do ser humano com si mesmo. Sua visão sobre si
agora é fragmentada, distorcida e problemática pois não possuímos mais
plenamente a imagem e semelhança de Deus. Nossa carne deseja coisas que nossa
alma não quer, porque estamos separados de nós mesmos.
Não somente nós fomos afetados mas a própria criação sofre por nossa causa. A
natureza foi submetida à autoridade de Adão, logo quando Adão cai, toda a criação
cai. Desde o minúsculo átomo às galáxias do cosmos. Tudo foi submetido ao caos
por conta de nossa rebeldia (Rm 8:19-22). A natureza não enxerga mais o reflexo de
Deus em nós e não se submete. Nós não possuímos mais o caráter pleno de Deus e
não nos relacionamos bem com as coisas criadas. Há um rombo em nossos
relacionamentos com os outros seres humanos por causa da nossa maldade.
Nosso relacionamento com Deus foi afetado. Fomos separados da nossa íntima
comunhão com o Senhor por conta de nossa rebeldia. Antes éramos filhos amados
de Deus e agora somos filhos da ira de Deus, ou seja, estamos em guerra contra Ele.
(Ef 2:1-4)
Chegará um dia que Deus acertará as contas com cada um de nós e nos julgará
pelas nossas obras (Ap 20:11-15). Mas Deus é extremamente paciente, bondoso e
amoroso pois está retardando esse dia e não nos castigou de uma só vez (2 Pe 3:9).
Pelo contrário, nos fez uma promessa em Gênesis 3:15 que um Descendente da
mulher será incumbido da missão de esmagar todo o poder das trevas e nos livrar
da maldição do pecado. E assim viveram os descendentes de Adão, crendo na
promessa que um dia Deus não apenas julgaria a terra mas nos reverteria todo o
nosso caos. Aqueles que se agarram a essa promessa obtêm esperança.