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CENTRO DE TREINAMENTO MISSIONÁRIO QUADRANGULAR DO PARANÁ

MISSÕES URBANAS E TRANSCULTURAIS


ALINE GONÇALVES DE MORAES NOGUEIRA

INTRODUÇÃO A CONTEXTUALIZAÇÃO MISSIONÁRIA

Trabalho apresentado à
disciplina de Introdução à
contextualização missionaria.

Professor: Leonidas.

MANDIRITUBA
2020
INTRODUÇÃO A CONTEXTUALIZAÇÃO: OBJETIVOS E DEFINIÇÕES

Quando um missionário vai a uma região diferente, ele não encontra


pessoas vazias e sem personalidades, pelo contrario ele percebe que as
pessoas possuem costumes, atos bem desenvolvidos que suprem suas
necessidades essências, o que torna suas vidas possíveis. E dentro desse
aspecto encontram-se crenças e costumes religiosos que muitas vezes fogem
dos princípios bíblicos ao qual o missionário acredita. É o que supre as
perguntas filosóficas e religiosas das pessoas que não conhecem a Cristo. Por
isso é importante discernir se de fato tal crença é pecado ou simplesmente é
um costume que não afeta em nada a vida cristã.
É de extrema importância à contextualização, para que possamos
transmitir o evangelho de uma forma que as pessoas entendam, adaptando a
Palavra conforme o cotidiano de cada nativo.
Não se enquadra em contextualização o fato de queremos ensinar
nossa cultura para as pessoas, mesmo que isso pareça correto, ou que nossos
costumes pareçam melhores, Deus não quer tirar daquelas pessoas os que as
tornam singular.

Contextualização

Incluem resolver problemas sociais, econômicos, privilégios e


opressões, As culturas são dinâmicas e moveis, Pecado e sincretismo existem
em todas as culturas, por isso é preciso estudar a natureza da comunicação e
não colocar sua cultura como padrão mais sim a cultura do Reino.

Historia da contextualização

Há vários homens que colocaram suas culturas maternas como


secundarias para poder comunicar o evangelho de forma que as pessoas
pudessem entender o evangelho, homens como Gregório, o Grande, Cirilo e
Metódius, os irmãos que foram para Morávia traduzir a Bíblia, Mateus Ricci,
que contextualizou sua comunicação para alcançar a China, Robert Nobili foi
para Índia e descobriu costumes que fez toda a diferença na comunicação do
evangelho.

Missões protestantes

Zinzendorf instrui seus missionários a usar termos locais, Willian Carey


organizou uma igreja na Índia com principal objetivo de treinar e preparar os
líderes nacionais.

Era da razão teve sua repercussão em missões

Confundiram amor com paternalismo, Muitas das vezes eram sem


preparo, Jugaram pobreza e pecado e Tinham motivos mistos.
“Manifest Destiny” alguns resultados eram: 1 Aldeias cristãs. 2 Os
convertidos tinham que aprender o inglês. 3 Todos os aspectos de suas
culturas eram repudiados. 4 Muitas vezes o missionário controlava tudo.
Eles ficaram em lugares confortáveis, Não tinham o beneficio da
missiologia e deixaram exemplos de grandes homens e mulheres de Deus que
até agora são modelos para nós: Carey, Paton, Judson, Nevius, etc.

Contextualização

Os evangélicos tinham como pano de fundo a influencia de Eugene Nida


e Wycliffe. Nida ensinava que a língua expressava o coração.

Contextualização no contexto africano

1. Permanecer com os pressupostos fundamentais de


cristianismo histórico.
2. Ensinar as escrituras e as línguas originais para os
homens, com foi para os evangelistas no novo testamento.
3. Saber que a África precisa de homens que estejam prontos
a defender a fé seja qual for o preço.
O grupo em Lausanne chegou à conclusão que existem formas com
significados profundos que não podem ser mudadas como: cordeiro, sangue e
cruz, porem as demais formas literárias superficiais não tem problema, podem
ser alteradas.

O problema da contextualização

Um dos principais desafios na tarefa missionaria é a contextualização


da Bíblia. É importante que a missiologia e a teologia caminhem sempre juntos,
ainda que eu vá para o campo, me adapte a cultura, atue na área social, se eu
me esquecer do evangelho e de anunciar a Palavra de Deus de nada adianta.
A Bíblia deve estar envolvida em todo o processo da vida.

Negação do velho: Rejeição da contextualização

Os primeiro missionários geralmente tomavam decisões baseadas em


sua própria cultura julgando o que era certo e errado, sem se atentar aos
costumes da cultura nacional, assim, implantando verdades e costumes padrão
da cultura de origem do missionário.
Há problemas quando se rejeita os hábitos e costumes das culturas, pois
os velhos hábitos continuam as escondidas.

Aceitação do velho: contextualização critica

É necessário reconhecer a necessidade de lidar biblicamente com todas


as áreas da vida.
Marcar uma reunião não critica para analisar os costumes tradicionais
associados com a questão.
O líder deve direcionar a igreja a um estudo sobre as questões
levantadas.
A igreja deve avaliar seus próprios costumes do passado baseados no
novo entendimento bíblico e tomar as decisões necessárias.
É importante ensinar os rituais cristãos aos nossos filhos e aos novos
convertidos.
Mesmo que o missionário não concorde com as escolhas tomadas é
importante aceitar as decisões dos cristãos locais.
É importante fazermos discípulos nacionais, pois os nativos terão mais
eficácia com a transmissão do evangelho para as pessoas do local.

Bases bíblicas

A Palavra de Deus esta repleta de passagens que nos direcionam a


cumprir o Ide, e desde o principio Deus quer se reconciliar conosco através de
Jesus. Ele nos chamou para o ministério da reconciliação. II Coríntios 5

Missões brasileiras na área da contextualização

Com certeza Deus tem chamado os brasileiros para missões, porem


percebesse que desde muito tempo têm faltado instrumentos, preparo prático,
instrução de como fazer, tecnicabilidade, preparação teológicas praticas e
funcionais de obreiros transculturais, treinamento e envio de novos
missionários, enfim o Brasil ainda é um celeiro de missionários, onde muitos
dizem “eis-me aqui”, porem, nem todos querem pagar o preço para estar pronto
para ser enviado. E aqueles que muitas vezes estão preparados
intelectualmente estão desprovidos do caráter de Deus .

Antropologia transcultural

É explorar a possibilidade de comunicação do Evangelho a outro grupo


que, culturalmente, possua outros padrões de valores existenciais na
transmissão de uma mensagem. É a possibilidade de comunicação de dois
grupos totalmente diferentes.

Expor o evangelho de uma maneira não contextualizada pode causar


três possíveis resultados:
 Entender de uma maneira alienígena ou estranha, e não
aplicável para sua cultura, apenas para a cultura de quem esta
transmitindo.
 Entender apenas parte da mensagem, e deixar algumas
perguntas sem respostas, o que pode gerar sincretismo.
 Não entender

Teologia Bíblica

As pessoas pouco se interessam em estudar e compreender a Bíblia,


porém é muito importante conhecermos a Palavra, não apenas a Palavra, mas
também assuntos diversificados que nos ajudam a fazer as perguntas certas,
argumentar questões e estar preparado para chegar a um lugar desconhecido.

Aprendizagem da língua

Acredito que um dos primeiros passos para interagir e se contextualizar


com um lugar é a aprendizagem da língua, como poderemos traduzir a Bíblia
para os povos não alcançados se não conhecermos seus dialetos? Como
poderemos transmitir as boas novas se as pessoas não nos entenderem? É
preciso se dedicar o máximo possível para que todos possam entender
inteiramente o que esta sendo comunicado.

Abordagem

O ideal é abordar de maneira contextualizada, sem discriminação e com


amor, muitos missionários na historia, com seus erros e acertos, nos ensinam
que não há uma cultura certa, mais que o evangelho cabe a todas as culturas,
e que a melhor cultura não é a do missionário que leva o Evangelho nem do
povo local que o recebe, mais a cultura correta e a que Jesus nos ensinou, a
cultura do Reino que se baseia em Paz, Justiça e Amor.

Conclusão

A verdadeira contextualização não é aquela passiva mais aquela com


compreensão mais profunda. A contextualização do Evangelho não é aquela
que aceita tudo ou que não aceita nada, mais sim aquela equilibrada e
moderada que coloca tudo na balança da Bíblia, que é a única que nos trás o
discernimento do bem e do a mal. Precisamos ter paciência e cobrir toda a
situação com amor de Deus.
Se formos ao campo missionário com o nosso amor, provavelmente no
primeiro confronto ou na primeira atitude cruel do cidadão local, nós certamente
pegaremos nossas malas e voltaremos ao país de origem, mais se formos à
luta com o amor de Deus, vamos superar todas as adversidades, pois amor de
Deus é incondicional e imensurável.
Deus nos chamou para transpor barreiras, nos chamou para levar vida e
transformação par um mundo caído.
.

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