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MINICURSO - VIDA MISSIONAL

Carlos Pinheiro

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Vida Missional

O que é vida missional?


Refere-se ao modo como cada membro da igreja local encara e vive sua vida integrada à missão de Deus no
mundo. A igreja que se mistura sem ser absorvida. Cristãos que se relacionam autêntica e intencionalmente
com as pessoas, fazendo com que Cristo seja apresentado a partir da concretude de suas vidas e testemunho.

Ser missional significa que, mais do que levar as pessoas à igreja para ouvirem de Cristo, Cristo é levado até
as pessoas por meio da presença da igreja no mundo e na vida em sociedade.
Cristãos missionais se tornam pessoas altamente interessadas em pessoas.
Eles oportunizam encontros, relacionamentos, convidam pessoas para suas casas, se relacionam com o
barbeiro, o tatuador, a manicure, o taxista, a professora, a médica, o açougueiro, o caixa do banco ou
supermercado e colegas de trabalho. Desta forma, a evangelização acontece de maneira orgânica e
intencional. Orgânica pois são cristãos tão afetados pelo evangelho que prega-lo lhes é natural, e é parte de
quem elas são. Como suas vidas transbordam de Cristo, inevitavelmente seu estilo de vida refletirá esta
realidade. Com a dose certa de ensino e discipulado, esses cristãos comunicarão o evangelho de maneira
inteligente, pessoal, contextualizada e sábia aos que estão a seu redor.
Uma vida missional é contagiante e tem relativa eficiência no testemunho, pois quebra estereótipos sobre o
que significa ser cristão e sobre o que significa evangelizar.
Pessoas não-cristãs têm um imaginário distorcido sobre o que significa ser cristão, infelizmente por
impressões e mau testemunho que são veiculados em redes sociais e na mídia. Por essa razão, o ser
missional é uma excelente estratégia missionária e evangelizadora em contextos em que as pessoas se
tornaram cínicas em relação ao cristianismo. O testemunho pessoal é altamente eficiente. A dimensão
intencional, refere-se ao fato de que a partir de relações reais e um interesse profundo pelas pessoas, cria-se
condições para trazer outros para a luz de Cristo.
Por outro lado, a noção de missionalidade faz com que cristãos descubram uma maneira alegre, natural e
encorajadora de dar testemunho de Cristo e evangelizar. Entretanto, é fato que, cristãos só podem ser
missionais se a igreja local também se envolver em prepará-los para uma vida missional. Isso significa que a
igreja deve elaborar programas e pregações que facilitem cristãos a se tornarem cheios do Evangelho,
cultural e teologicamente preparados para comunicarem Cristo de maneira que Ele atinja as tensões, dilemas
e questões contemporâneas apresentadas pelas pessoas.
E, finalmente, ser uma igreja missional implica em interesse por gente, evitando-se o isolamento cultural e
social.
Exige um “ser igual” e ao mesmo tempo “diferente”. Cristãos não podem ser estranhos para além da
estranheza e do escândalo do evangelho. Mas, também não podem ser iguais ao ponto em que as pessoas não
percebam a singularidade de uma vida afetada por Cristo. Esta é a linha tênue entre o isolamento e o
mundanismo. Por estarem centrado em Cristo e no seu Evangelho, são desafiados a se manterem longe
desses extremos.
Por mais que reconheçamos a necessidade de missionários formais, um fato bíblico e histórico é que o
cristianismo cresceu no mundo principalmente por causa do trabalho de cristãos comuns, gente normal. E,
isso, justamente por causa da capacidade de penetração social e cultural dessas pessoas:
Enfim, ser missional é redescobrir a igreja local como uma importante enviadora de missionários ordinários,
cristãos comuns, mas que são cheios do Espírito Santo, educados e discipulados, para fazerem menção de
Cristo, justamente porque estão saturados dele. Às vezes, colegas de ministério perguntam: por que
membros de nossas igrejas evangelizam pouco? Talvez a resposta seja: porque eles não foram
suficientemente evangelizados. Gente cheia do Evangelho evangelizará!
Lesslie Newbigin.2 Newbigin foi missionário na Índia por muitos anos.
-Quando ele voltou, ele percebeu que o contexto ao qual ele estava retornando era um contexto tão
missionário quanto à Índia.
- Ainda havia muitos cristãos individuais, mas o cristianismo não era mais a influencia predominante na
cultura.
O olhar de Newbigin sobre a divisão entre a verdade pública e a fé privada

- A verdade pública significa a verdade que operamos na vida pública: na política, na mídia, na educação, na
ciência e na cultura. Na verdade pública, não há lugar para conversas sobre Deus. O discurso público em
uma sociedade secular está vazio de Deus. Para Newbigin a fé e os valores são relegados para a vida
privada. Você pode manter as crenças em Deus, mas você não deve deixa-los entrar na vida pública - eles
são privados.
Esta visão de mundo está enraizada no racionalismo. A única verdade que se pode recomendar
universalmente é a verdade baseada na razão e na observação

- Então, Newbigin pediu um compromisso missional com a cultura.


Ele disse que devemos proclamar o evangelho como verdade pública. Ele queria que os cristãos pensassem
sobre as implicações do evangelho para a política, a economia, a educação e assim por diante, para que as
pessoas dentro da cultura possam ser confrontadas por suas afirmações.
Newbigin não estava defendendo o retorno à cristandade.

-Devemos proclamar o senhorio universal de Cristo, mas Cristo é o Rei que governa como Servo,
estabelecendo a vida dele. É esse modelo que molda nosso compromisso com o mundo.

Embora sempre existam sinais da graça comum em uma cultura, não há cultura terrena que seja "cristã" ou
mesmo naturalmente disposta a Jesus.
Se por um lado Jesus recebeu toda autoridade no céu e na terra (Mateus 28:18), o que vemos no momento é
uma oposição
à sua autoridade (veja, por exemplo, João 15: 18-21, Apocalipse 13: 1-7).

Quando Paulo escreveu sobre pessoas "que por sua injustiça suprimem a verdade" e "adoram e servem a
criatura em vez do Criador "(Romanos 1: 18-25), ele estava descrevendo não apenas os seus
contemporâneos, mas os nossos também.

nossa tarefa é proclamar o senhorio de Cristo e o perdão dos pecados para nossa sociedade rebelde.
Nós somos encarregados da mensagem do evangelho da reconciliação e nos tornamos embaixadores de
Cristo (2 Coríntios 5:17-21).
Nesse sentido, todos nós somos "missionários", todos enviados para fazer discípulos de Jesus (Mateus 28:
19-20).

Fronteiras antigas e atuais


Em seu livro Mission After Christendom (DLT, 2003), David Smith identifica três "fronteiras de missão".3
Cem ou duzentos anos atrás, as pessoas criam que as fronteiras da missão eram geográficas. Elas eram os
lugares onde o evangelho estava entrando em novo território. Mas as fronteiras de Smith são sociológicas ou
ideológicas:

secularização - Deus e religião não são discussões apropriadas para o fórum público;
pluralização - muitas pessoas já não acreditam em "verdade absoluta" e, em vez disso, acreditam que a
verdade é "plural";
globalização - as pessoas que vivem ao lado podem ser culturalmente diferentes de mim então, enquanto as
áreas em que vivemos não são territórios geográficos novos para o evangelho, nós, no entanto, nos
encontramos nas fronteiras de um campo missionário ideológico. Ou seja, muitas pessoas ao nosso redor não
têm lugar para Jesus da maneira que veem o mundo. Eles podem ter ouvido o nome de "Jesus", mas nunca
ouviram e muito menos entenderam o evangelho. Então, nossa vida inteira é sobre missão;

Como Darrell L. Guder diz:

“A missão não é apenas um programa da igreja. Ela define a igreja como sendo o povo enviado de Deus. Ou
somos definidos pela missão, ou reduzimos o escopo do evangelho e o mandato da igreja.”4

Esta realidade - de ser o povo missional em um contexto missionário - molda decisivamente nossa atitude
com o mundo que nos rodeia. Tim Keller identifica as seguintes características de uma Igreja missional:5

Um grupo pequeno "missional" não é necessariamente um grupo que esteja fazendo algum tipo de
Programa de "evangelismo" (embora isso seja recomendado). Mas sim:

Se seus membros gostam e falam positivamente sobre a cidade e o bairro.


Se eles falam em linguagem que não é cheia de termos e frases piedosas tribais ou técnicas e, nem
linguagem desdenhosa e agressiva.
Se, no estudo da Bíblia, eles aplicam o evangelho às principais preocupações e histórias das pessoas da
cultura.
Se eles estão obviamente interessados e envolvidos com a literatura, arte e pensam na cultura ao seu redor e
podem discutir isso com apreciação e ao mesmo tempo criticamente.
Se eles apresentam uma profunda preocupação com os pobres, generosidade com o seu dinheiro e pureza e
respeito em relação ao sexo oposto, e mostram humildade em relação a outras pessoas, raças e culturas.
Se eles não criticam outros cristãos e igrejas.

Então, os interessados e pessoas não cristãs da cidade (a) serão convidados e (b) virão e permanecerão
enquanto exploram questões espirituais. Se essas marcas não estiverem lá, só poderemos incluir crentes ou
pessoas tradicionais "cristianizadas". Precisamos passar de uma mentalidade de venham para nós, em que
achamos que se tivermos um bom culto de Domingo, então, a noticia vai se espalhar e as pessoas virão. Isso
pode ter sido verdade nas gerações anteriores. Mas não em uma sociedade cada vez mais pós-cristã. Em vez
disso, precisamos desenvolver uma mentalidade do ir para eles, em que estamos construindo
relacionamentos com incrédulos, entendendo sua visão de mundo, desarmando seus preconceitos e
encontrando-os em contextos em que eles sentem-se em casa.

A Rede, “Evangelho e Nossa Cultura” identificou doze marcas de uma igreja missional:6

A igreja missional proclama o evangelho;


A igreja missional é uma comunidade onde todos os membros estão envolvidos na aprendizagem de
tornarem-se discípulos de Jesus;
A Bíblia é normativa na vida desta igreja;
A igreja se entende como diferente do mundo por causa de sua participação na vida, morte e ressurreição de
seu Senhor;
A igreja procura discernir a vocação missional específica de Deus para todo o mundo, a comunidade e para
todos os seus membros;
Uma comunidade missional é indicada pela forma como os cristãos se comportam uns para com os outros;
É uma comunidade que pratica a reconciliação;
As pessoas dentro da comunidade se responsabilizam mutuamente pelo amor;
A igreja pratica a hospitalidade;
O culto é o ato central pelo qual a comunidade comemora com alegria e ação de graças tanto a presença de
Deus quanto o futuro prometido de Deus;
Esta comunidade tem um testemunho público vivo;
Há um reconhecimento de que a própria igreja é uma expressão incompleta do reino de Deus;
Essas características de uma igreja missional funcionam igualmente bem como características de um estilo
de vida missional. Um estilo de vida missional não é simplesmente sobre "fazer" o evangelismo, não se o
evangelismo é visto como atividade discreta. Trata-se de ver toda a vida como missão: pessoas comuns
fazendo coisas comuns com intencionalidade evangélica. Quer esteja ajudando um amigo, um dia no
escritório ou indo ao cinema, há um compromisso de construir relacionamentos, modelar a fé cristã e falar
sobre o evangelho como parte natural da conversa.

A intencionalidade evangélica é a mentalidade ou hábito em que, quando compartilhamos vidas, buscamos


oportunidades para falar sobre Jesus, encorajar, desafiar, orar, louvar.

Um estilo de vida missional não é simplesmente uma vida passada entre os incrédulos. O evangelho é uma
mensagem - é uma palavra. Deus faz sua obra no mundo através de sua palavra. Assim, a missão só ocorre à
medida que nós compartilhamos essa palavra com as pessoas. O estilo de vida missional não é simplesmente
construir uma amizade com incrédulos. Caso contrário, simplesmente formamos bons relacionamentos que
nunca levam a lugar nenhum.

Tudo o que estamos fazendo é vida comum, e todos fazem isso! De fato, se priorizarmos esses
relacionamentos, então nós podemos acabar hesitando em compartilhar o evangelho por medo de pôr em
perigo esses relacionamentos.

A cultura de qualquer igreja é, em certa medida, um reflexo da personalidade de seu líder. Nossa identidade
missional é, antes de tudo, uma identidade corporativa.

Mas se for pra essa identidade moldar a vida dos membros da igreja, então ela deve ser modelada pelos
líderes da igreja.

Conlusao

Uma igreja em que o pastor vive entre os seus livros e em seu estudo será conhecida por sua ortodoxia. Uma
igreja em que o pastor gosta de passar tempo com seu povo será conhecida pelo seu sentimento de família.
Uma igreja na qual o pastor expressa abertamente suas emoções durante os encontros de domingo será
conhecida por suas reuniões animadas. E uma igreja em que o pastor está sempre compartilhando o
evangelho com incrédulos verá frutos missionais. Então, se você quiser ver o crescimento missional, então
você precisa modelar um estilo de vida missional.

Vida Missional é uma série de estudos para pequenos grupos que tem por objetivo de trazer à
memória os princípios que estiveram vivos na História da Igreja, para que o Corpo de Cristo, e em
especial os que estão no ambiente virtual, possam viver de maneira missional. A nossa missão
diária é conhecer a Deus e fazê-lo. Também conhecido, então quero pedir a você aí Que Se
Prepare para essa jornada a gente vai caminhar juntos com simplicidade e boa vontade, muita
gente não se atualizou ainda, mas a vida é muito dinâmica, a gente precisa se preparar
constantemente para cumprir a grande comissão dada por Cristo a igreja, então vamos estudar
sobre vida missional e suas definições, sua aplicação e repercussão na vida pratica, vida
missional é geralmente confundida como missões geográficas , que em certo sentido até pode
ser, no censo comum vida missional é viajar para outros países como missionários
transcultural, na verdade a vida missional é o povo de Deus fazendo a obra de Deus em todo
tempo e localmente a semana inteira; na escola, no trabalho etc.., a vida integrada na missão que
Deus deu a cada um para ser feita em todo lugar.

Os estudiosos descobriram que aquela lógica de fazer a obra missionária tão somente
fora da sua área geográficas (ou, seja em outra nação), não contempla mais a realidade da igreja
da atualidades que enfrenta os mesmos desafios cultural, ideológicos e politico, o mundo mudou
tão rápido que, se quer nos damos conta disso, a definição atual do termo missional é
razoavelmente capaz de mostrar a necessidade de redefinição do estilo de vida dos cristãos no
que tange ao cumprimento da grande comissão, participar com mais envolvimento dentro da
comunidade local é fundamental, fazer missões na própria cidade no próprio Bairro se enquadra
nessa definição porque vida missional refere-se ao modo, como cada membro da igreja local
encara e vive sua vida integrada a missão de Deus no mundo, a igreja missional se mistura sem
ser absorvida pelas ideologias de um mundo o obscurecido e vazio de Deus. Cristãos que se
relacionam autêntica e intencionalmente com as pessoas fazendo com que Cristo seja
apresentado a partir da concretude de suas vidas e testemunho pessoal. Qual é a lógica de uma
igreja missional, ela realiza sua missão não somente dentro das quatro paredes, mas se
estabelece na ideia de que cada crente, cada pessoa que já é verdadeiro Cristão, faz a obra de
Deus Onde andar e estiver: no trabalho, na rua, na escola é um propagador da mensagem de
Cristo para outras pessoas pois sua tarefa é a sua missão permanente.

A igreja não é necessariamente uma comunidade restrita e fechada, ela estará acessível e
seus membros não poder ficar em isolamento ou dentro de uma bolha inserida num contexto
social e dela participar, pregar a palavra de Deus ganhar outras pessoas para Cristo, se
relacionar de forma intencional. A vida missional é a forma impactante de transformação da
sociedade e quando a igreja participa ela não é um jardim fechado simplesmente uma
comunidade fechada, mas á agencia de Deus na terra, ao participarmos da vida social, como
testemunhas de Cristo podemos certa realizar a nossa missão e cumprir nosso propósito.

O conceito atual de vida missional facilita a nossa compreensão de como levar o evangelho de
Cristo a outras pessoas, Observe que existe uma cultura muitas vezes difundido até no nosso
meio, que diz que os crentes não devem se misturar com o mundo para não perder a sua essência
espiritual, porem para cumprirmos com a nossa missão evangelizadora é preciso ir até as
pessoas para falar do amor de Cristo. O conceito de vida missional se estabelece na
possibilidade de estabelecermos relacionamentos com todos para cumprimento da grande
comissão. Observe que os judeus nos ensinaram muito sobre a vida missional Daniel Por
Exemplo; guardava as tradições judaicas era observador dos preceitos do Judaísmo. e ele
participou do governo como estadista em três dinastias do mundo antigo, ele não se isolou mas
participou ativamente da vida do império, foram muitas as contribuições que deu devido o seu
elevado conhecimento e sabedoria , acho que você até já escutou algumas pessoas dizerem que
nós enquanto igreja local não estamos impactando a sociedade em que vivemos, qual a sua
opinião acerca disso?, acredito que impactar a sociedade também pode significar contribuir para
a construção de um mundo melhor e mais humano, a vida missional é urgente todos por uma
vida mas missional

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