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Objetivo : Habilitar o treinando à utilizar o software CAP505.

Descrição :
O CAP505 é a ferramenta utilizada para configuração dos Terminais de proteção e controle REx54x.

Instalação do Software CAP505


1 - Requerimentos mínimos do PC:

ITEM MÍNIMO RECOMENDADO


Processador Pentium 133 MHz Pentium II 200 MHz
RAM 64MB 128 MB
Espaço no HD 150 MB 250MB
Monitor Compatível VGA – 800 x 600 – 256 Compatível VGA – 1024 x 768 – 256
cores cores
Leitor CD-ROM Qualque leitor aceito pelo sistema Qualque leitor aceito pelo sistema
operacional. (Necessário para instalar operacional. (Necessário para instalar
o software) o software)
Sistema
Operacional Microsoft Windows NT 4.0 Workstation Microsoft Windows NT 4.0 Workstation
com Service Pack 3 ou superior com Service Pack 5 ou superior
Porta Serial Uma porta seria (COM) Uma porta seria (COM)
Conta de Usuário O usuário deve ter direitos de O usuário deve ter direitos de
administrador no sistema operacional. administrador no sistema operacional

Importante: Caso o sistema MicroSCADA estiver instalado no micro onde se instalará o CAP505, certifique-
se de que as versões sejam compatíveis. A instalação de uma versão incompatível fará com que um dos
dois programas deixe de funcionar.

Versão CAP505 Versão MicroScada


Compatível
CAP505 V2.0.0 ou Superior SYS500 V8.4.3 ou Superior
CAP505 V1.0.2 ou inferior SYS500 V8.4.2A ou inferior

2 - Como Instalar

a) Insira o CD CAP505 no drive de CD-ROM.

b) No Windows Explorer dê duplo click sobre o arquivo CAP505.EXE.

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Importante: É necessário para a instalação, ter direitos de administrador no sistema
operacional do PC onde se instalará o CAP505. Caso você não tenha esse direito,
aparecerá a mensagem mostrada abaixo e a instalação será abortada.

Se isto ocorrer, solicite estes direitos ao seu departamento de informática ou ao seu


administrador de rede.

c)Após iniciada a instalação aparecerá a tela de boas-vindas, precione “OK” para continuar com a instalação
ou “Cancel” para abortá-la.

f) A tela seguinte trás informações sobre direitos, deveres, limitação de uso e responsabilidade para uso do
CAP505. Para aceitar as condições da licensa pressione “Yes” e caso discorde e queira abortar a instalação
pressione “No”.

f) Aparecerá então a tela mostrada abaixo, informando se o CAP505 já está instalado no micro e a versão
existente. Precione “Next”para continuar a instalação e “Exit” para cancelar a instalação.

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g) Na tela seguinte deve-se escolher quais componentes do CAP505 deseja-se instalar e o diretório de
instalação. No requadro inferior aparece o espaço livre no disco escolhido e o espaço requerido pelas
opções selecionadas.
Para instalar o CAP505 na unidade e diretório padrão deve-se clicar no botão “Start”.
Caso queiram instalar o CAP505 em outra unidade ou diretório, precionar o botão “Change Drive”.
Para voltar ao passo anterior pressione “BACK” e para abortar a instalação pressione “Exit”.

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h) Escolhido o local onde se deseja fazer a instalação, aparecerá uma tela, conforme mostrado abaixo,
mostrando o progresso da instalação.
Para abortar a instalação pressione “CANCEL”.

i) Caso esteja instalando-se o CAP505 por primeira vez no computador, aprecerá uma tela para definir uma
senha para o usuário MicroSCADA. Não coloque nenhuma senha, precione apenas o botão “OK”.

j) Quando a instalação estiver próxima ao 29%, aparecerá uma tela, conforme mostrado abaixo, onde deve-
se precionar o botão “Close”.

l) Quando o programa de instalação terminar de copiar todos os arquivos em seu computador aparecerá
uma tela informando que a instalação foi concluída com sucesso. Precione “OK” para fechar esta janela e
concluir a instalação.

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m) Concluída a instalação aparecerá uma tela informando que para poder executar o CAP505 é necessário
reiniciar o micro. Precione “OK” para que o micro se reinicie ou “Cancel” caso deseje reiniciar o micro mais
tarde.
Obs: O CAP505 só estara disponível para uso após o reinicio do computador.

Introduzindo a Licensa

O CAO 505 é um software protegido com licensa. Esta licensa é concedida no ato da compra do sodtware e
vem colada na capa do CD de instalação.

A primeira vez que acessar o CAP505 será apresentada a tela de introdução de licensa.

Preencher os campos com as informações da licensa e precione “OK” para concluir.


O CAP505 deverá ser fechado e aberto novamente para que este reconheça a licensa instalada.

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Introdução ao CAP505

O software CAP505 é um conjunto de ferramentas, que permitem criar aplicações, parametrizar as funções
de proteção e controle e ler e analisar registors oscilograficos, remota e localmente, dos relés
microprocessados da família RED500 finlandesa da ABB. Estas ferramentas, que são independentes,
existiam anteriormente à criação do CAP505.

O CAP505 nos permite ter acesso a todas estas ferramentas através de uma única interface, pela qual,
através de atalhos e indicadores, que centralizam informações colhidas destas ferramentas, pode-se
gerenciar o uso e a leitura destas, de forma ágil e dinâmica.

Tela de Login
Ao iniciarmos o CAP505 aparecerá a tela de Login, onde deve-se precionar “Login” para entrar ao sistema
ou “Exit” para sair.

Figura 1: Tela inicial

Após efetuado o Login, será apresentada a tela principal do CAP505, mostrada à seguir :

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Barra de Menus (padrão Windows)

Barra de Ferramentas

Lista de Ferramentas
Internas

Árvore do projeto

Figura 2: Tela principal

Tela Principal
Árvore (estrututra) do projeto.

O CAP505 permite que se trabalhe apenas com um único relé ou com uma rede completa de relés,
alimentadores e subestações, organizando estes ítens em uma estrutura de níveis.

A tela principal do CAP505 gerencia as demais ferramentas que fazem parte do pacote de recursos
disponíveis e que serão abordados posteriormente.

Figura 3: Tela principal de um projeto

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BARRA DE MENUS

A barra de menus do CAP505 term o memo conceito das barras de menus dos programas baseados em
Windows (word, excel, etc), e nos permite ter acesso, através do mouse, a todas as funções e ferramentas
do software.

Figura 4: Menu principal

A seguir apresentaremos um detalhamento dos grupos de menus e dos menus existentes no sistema.

Menu “File”

Open – Abre um projeto existente


Close – Fecha um projeto existente
Organize Projects – Organiza os Projetos existentes
Exit – Termina o programa.

Figura 5: Menu File

Menu “Edit”

Através do menu “Edit” é possível editar a estrutura do projeto, adicionando ou removendo itens. Para
adicionar, remover ou renomear os components desta estrutura deve-se proceder da mesmo forma como se
criam pastas e arquivos no “Windows Explorer”.

Insert Object – adiciona um item.


Delete Object – exclui o item.
Object Properties – acessa as propriedades do objeto

Figura 6: Menu Edit

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Menu “View”

Create View – cria uma visão


Delete View – apaga uma visão
View Properties – visualiza as propriedades
Master Design View – visualiza o Master Design

Figura 7: Menu View

Menu “System Tools”

Customize – permite customizar o próprio menu


System Configuration – configuração do sistema
Plant Structure Settings – ajuste de estrutura
DR-Collector Tools – permite acesso à ferramenta de
oscilografia

Figura 8: Menu System Tools

Menu Organize Project - Criando um Projeto

No menu “File” o usuário tem acesso ao “Organize Projects”. Nesta opção o usário terá acesso aos itens
que permitem criar um novo projeto, apagar um projeto existente, importar ou exportar um projeto.

Figura 9: Organize Projetcs

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Clique no botão “Create” para criar um novo projeto e entre com o nome do novo projeto, conforme o
exemplo abaixo e OK para continuar.

Figura 10: Criando um objeto

Em seguida, pressione o botão “Close” para fechar e retornar à janela principal do programa.
A tela principal deverá apresentar o projeto com o nome inicial “ROOT”. Para alterá-lo, clique no menu editar
e em seguida no item “Object Properties”. Altere o “Root Name” para o mesmo nome do projeto.

Para inserir um subitem ao projeto principal, pressione a opção “Insert Object” no menu “Edit”. Em seguida,
no campo “User Structure” clique em OK e entre com nome para o subitem, conforme abaixo:

Figura 11: Inserindo um Objeto

O procedimento pode ser repetido e outras estruturas de usários criadas dentro do mesmo objeto, de
maneira que o projeto seja concebido de forma organizada.

Ainda utilizando o item “Insert Object” no menu “Edit” escolha a opção “Protection & Control” e em seguida
escolha uma das plataformas de terminais de proteção a ser trabalhada. Entre com o nome para o terminal
de proteção, conforme o exemplo abaixo:

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Figura 12: Inserindo um terminal de proteção ao projeto

Utilizando do mesmo recurso, crie quanto terminais de proteção forem necessários ao seu projeto.
O resultado final pode ser algo parecido como exemplo abaixo:

Figura 13: Lista de terminais de proteção criados no projeto

O usuário deve agora atribuir aos objetos (terminais de proteção) sua propriedades, ou seja, definir
exatamente qual o modelo do terminal de proteção representado pelos nomes acima será utilizado.

Assim, o usuário deve clicar sobre um dos terminais e em seguida no menu “Edit” procurar pela opção
“Object Properties”. Uma tela de atributos do objeto estará disponível para que o usuário possa escolher
devidamente o terminal apropriado.

Este procedimento deve ser repetido para todos os terminais de proteção que forem criados no projeto.

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Figura 14: Janela de atributos do objeto

Neste momento, o usuário deve escolher a opção “Attributes”, escolher a configuração do terminal de
proteção mais apropriada ao seu projeto e retornar à janela de atributos, pressionando OK.

Figura 15: Configuração do terminal

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Retornando à janela de atributos, o usuário deverá clicar na guia “Communication” para que as opções de
comunicação com o terminal sejam ajustadas. Observa-se, neste ponto que para os protocolos disponíveis
(SPA e LON) não existe uma configuração apropriada.

Figura 16: Atributos de Comunicação

O usuário deve então clicar em “System Configuration” e configurar uma porta de comunicação através do
botão “Add”. Em um projeto que se inicia, o usuário deve definir em qual porta (COM1, COM2, etc) de
comunicação do computador será feita a comunicação. Uma vez definida a porta de comunicação, basta
clicar em aplicar em “Apply” que os ajustes sugeridos pelo software serão adotados.

Figura 17: Configuração da porta serial

Confirmando esta opção com o botão OK, basta que seja fornecido o endereço apropriado da porta frontal
de comunicação do terminal de proteção. Este endereço deve ser obtido diretamente pelo IHM frontal do
terminal, através de navegação com o teclado.

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Figura 18: Endereço de comunicação SPA

Este procedimento de configuração de endereço de comunicação deve ser repetido para todos os terminais
de proteção que forem criados no projeto.

A partir deste ponto, uma configuração do terminal já pode ser inicializada.

Configuração do Terminal
Para iniciar uma configuração lógica do terminal, o usuário deve inicialmente selecionar o terminal e em
seguida acessar a ferramenta “Relay Configuration Tool” na seção “Object Tools”, com duplo clique do
mouse. Uma senha será solicitada e o nome “abb” deve ser digitado.

Login

Figura 19: Senha de acesso

Em seguida o usuário terá acesso aos componentes de configuração lógica de terminal.

Neste momento, três passos básicos deverão ser concluídos a fim de que o usuário possa ter acesso à
configuração lógica do terminal:

1. Deverão ser definidas as bibliotecas a serem utilizadas na configuração lógica.


2. Devem ser criadas as POU’s ( páginas de configuração ).
3. Deve ser definido o hardware do terminal.

Para isso, o usuario terá acesso a diferentes itens dentro da ferramenta de configuração, conforme a seguir:

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Figura 20: Ferramenta de configuração

onde:

Libraries: definição da biblioteca


Data types: definição dos tipos de dados
Logical POUs: definicação das páginas de configuração lógica
Physical Hardware: definição do hardware do terminal

Libraries

O usuário deve clicar em “Libraries” e em seguida no menu “Edit”. Clicar em “Insert” e procurar pelas
bibliotecas disponíveis no seguinte caminho: C:\CAP505\Common\IECLibs\Fi. Deve então escolher umas
das bibliotecas. Neste exemplo será escolhida a biblioteca REFLIB02.PWT.

Logical POUs

Neste espaço serão criadas as páginas com as configurações lógicas do terminal. Pode-se neste momento
serem criadas uma página para medição e uma página para proteção. Para isso, clicar em “Logical POUs” e
através do menu “Edit” escolher a opção “Insert”.

Escolher o tipo “Program” e a linguagem “FBD”, dando um nome para a página. Neste caso, inicialmente
será definida a página de medição e o nome adotado será “MEDICAO”. Posteriormente uma página de
proteção deve ser criada com o nome “PROTECAO”, seguindo o mesmo procedimento anterior.

A Figura 21 exemplifica o caso de criação da página de medição.

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Figura 21: Definindo uma página para a medição

Após as páginas de medição e proteção serem criadas, o usuário deverá ter a seguinte apresentação na
tela de configuração:

Figura 22: Configuração inicial do terminal

É necessário agora definir o hardware do terminal, que irá afetar diretamente a configuração lógica a ser
desenvolvida em breve.

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Physical Hardware

O usuário deve clicar na opção “Physical Hardware” e novamente no menu “Edit” clicar em “Insert”. A seguir,
deve dar um nome para a configuração de hardware e escolher o “PLC type”, de acordo com o terminal que
está sendo configurado. No exemplo em questão “REF54x”. Clicar em OK.

Figura 23: Configuração do hardware

Agora, o usuário deve clicar no objeto de hardware recém criado e novamente no menu “Edit” e “Insert”.
Nesta etapa deve ser escolhido o processador e o tipo “Resource”. Um nome deve ser atribuído.

Figura 24: Configuração de hardware

O resultado até este momento é apresentado na Figura 25.

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Definição da biblioteca

Definicação das páginas de


configuração lógica

Definição do hardware

Figura 25: Configuração do terminal

Dentro do contexto de “Physical Hardware”, devem ainda ser definidas as “Tasks” que representam os
ciclos de processamento das páginas lógicas, neste caso “MEDICAO” e “PROTECAO”. Para isso, clicar em
“Tasks”, menu “Edit” e “Insert”.

Figura 26: Definição das “Tasks”

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O usuário deve dar um nome a “Task” e clicando em “Settings” definir o valor do tempo. Para a página
lógica de “PROTECAO” sugere-se o tempo de 10ms e para a página lógica de “MEDICAO” o tempo de
30ms.

Em seguida, o usuário deve clicar sobre a “Task” recém criada e inserir a referência da página como um
programa. Assim, em “Program type” deve procurar pela página correspondente, adicionar um nome para
esta “Task” e definí-la como como “Type” do tipo “Program”.

Figura 27: Definição da “Task” de proteção

O procedimento deve ser repetido para a “MEDICAO” e para outras páginas que forem eventualmente
criadas.

O resultado final da configuração até este momento deverá ser:

Figura 28: Configuração de hardware até o momento

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Para a definição final do hardware o usuário deve clicar duas vezes com botão direito do mouse sobre o
ícone da definição de hardware, e depois no botão “Settings”, conforme abaixo:

Clicar duas vezes com o botão


direito do mouse e depois em
“Settings”.

Figura 29: Definição de hardware

Nesta etapa deve ser escolhida a variante de hardware do terminal que está sendo configurado. Este código
é verificado na placa frontal do terminal de proteção.

Figura 30: Escolha da variante de hardware

Após esta escolha de hardware, a configuração dos canais analógicos pode ser verificada e a freqüência de
60Hz ajustada devidamente.

A Figura 31 exemplifica este passo executado. Clicar em OK para confirmar o hardware escolhido.

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Figura 31: Definição dos canais analógicos

Clique em seguida em “Channel 2” e logo após no botão “Technical Data”. Este procedimento irá permitir
que o usuário defina os valores das relações de transformação dos transformadores de corrente/potencial
para cada canal. Assim, este procedimento deve ser repetido para todos os canais analógicos.

Figura 32: Definição das relações de transformação

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Criando uma Configuração Lógica
Uma vez que os três itens iniciais de configuração foram cumpridos, ou seja, a biblioteca de funções foi
definida, as páginas de configuração lógica foram criadas, e o hardware foi configurado incluindo as “Tasks”,
uma configuração lógica de funções de proteção e de medição já pode ser iniciada.

Para isso, inicia-se o exemplo com a parte relativas às proteções. Basta clicar duas vezes sobre o item
“PROTECAO” na parte de configuração lógica, ou mais especificamente, em “PROTECAO” em “Logical
POUs”.

Verifica-se que inicialmente uma página em branco é aberta. Para inserir um bloco de função de proteção
deve-se clicar sobre a página em branco para marcá-la e em seguida sobre o botão indicado pelo símbolo
abaixo, encontrado na barra de ferramentas na parte superior.

insere um bloco de função

Para um primeiro exemplo, uma função de sobrecorrente de fase temporizada será inserida na lógica. Esta
função é apresentada pela lógica de blocos de função através do item NOC3Low, que deve ser procurado
na guia “Function Block”. Clicar em OK e confirmar novamente a “Automatic FB Declaration”.

Figura 33: Inserindo um bloco de função

Figura 34: Bloco de função de sobrecorrente temporizada de fase

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O bloco de função inserido na lógica apresenta pontos de entrada, localizados na lado esquerdo do bloco e
pontos de saída localizados na lado direito do bloco, que devem ser definidos adequadamente. Para o
exemplo em questão serão configurados os canais de entradas analógicas de corrente e o sinal de disparo
do bloco da função de sobrecorrente.

Para a definição das entradas analógicas do bloco de função, deve-se utilizar o botão representado abaixo
que permite a inclusão de variáveis.

insere variáveis

Assim, clicar sobre a entrada analógica do bloco “IL1” e logo em seguida no botão de inclusão de variáveis,
descrito acima. Acionar o “Scope” Global e em seguida procurar por “IL1” na lista de variáveis. Confirmar
OK.

Figura 35: Definição de variáveis

Repetir este procedimento para os três canais analógicos na entrada do bloco de função.

Pode-se em seguida criar uma variável de saída do bloco de função que irá representar o nível de disparo
da função da sobrecorrente. O nome da variável é livremente escolhido pelo usuário e para este caso será
denominada NOC3Low_TRIP. Assim, o bloco configurado terá a seguinte aparência:

Figura 36: Bloco de função configurado

A configuração acima pode então ser salva e repetida para os demais blocos de função de proteção, que
são adicionados à lógica e implementados da mesma forma. Um exemplo de lógica mais completa, que
contempla as funções 50/51, 50/51N, 27 e 59 é apresentado a seguir:

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Figura 37: Lógica de um terminal para funções 50/51, 50/51N, 27 e 59

De maneira semelhante, a lógica de medição pode ser configurada. Para isso os blocos de função de
medição de corrente e de tensão devem ser configurados. Nesta etapa, blocos adicionais denominados
MMIDATA podem ser adicionados à lógica de medição para permitirem a futura amostragem da medição no
display mímico, conforme abaixo:

Figura 38: Lógica de um terminal para funções de medição

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A lógica de proteção pode ser melhorada a fim de que os sinais de disparo das funções de proteção sejam
programados para determinados contatos de saída. Desta forma, uma lógica de trip pode ser elaborada.
Para isso, será necessário adicionar blocos lógicos do tipo OR e AND. Este blocos são inseridos na lógica
de maneira similar aos blocos de funções anteriores. O botão “Duplicate FP” permite aumentar o número de
entradas do bloco OR e AND.

Figura 39: Inserindo um bloco OR na lógica de proteção

As saídas de trip dos blocos de proteção são associadas e levadas aos contatos PS1_4_HSPO1,
PS1_4_HSPO2 e PS1_4_HSPO3. Adicionalmente, os sinais de trip, ou da lógica de trip, podem ser
preparados para serem indicados nos LED’s frontais programáveis. Isto pode ser feito através do bloco de
função MMIALARM, que permitem uma integração com a programação dos LED’s frontais.

Figura 40: Configuração da lógica de trip, com interface para os LED’s frontais

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Para verificar se a lógica criada até o momento apresenta consistência, pode ser feita uma compilação do
esquema configurado. Para isso, deve-se fechar as telas de configuração, retornando ao ponto apresentado
pela Figura 25. Clicar no menu “Make” e novamente em “Make”. Em seguida, para construir o projeto, clicar
em “Build Project”.

Criando Mimicos

Para a configuração do display mímico frontal do terminal uma ferramenta apropriada pode ser utilizada.
Neste caso, retorne a tela principal do programa CAP505, conforme a Figura 13. Clique sobre o terminal e
escolha a opção “Relay Mimic Editor”, com duplo clique.

Ferramenta de Mímico

A ferramenta de mímico permite que seja construída a interface com o operador, apresentada no display
mímico frontal. Os botões definidos na barra de ferramentas na vertical esquerda definem objetos (disjuntor,
seccionadora, medição, etc) que são atualizados conforme o status dos objetos e medições.

Cria o pano de fundo da Barra de Menus (padrão Windows)


tela de mímico

Configura os LED’s frontais

Área de criação
CB – insere disjuntor
DC – insere seccionadora
0.0 – insere medição

Figura 41: Exemplo de mímico

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Definindo LED’s e Alarmes

Na barra de ferramentas horizontal superior pode ser encontrado o botão que irá permitir a configuração dos
LED’s frontais, em conjunto com os blocos de função MMIALARM que foram definidos na configuração de
lógicas.

A programação OFF State indica o estado do LED para a condição em que MMIALARM recebe bit “zero”, e
pode receber um texto explicativo para esta condição. A programação ON State indica o estado do LED
para a condição em que MMIALARM recebe bit “um”, e pode receber um texto explicativo para esta
condição.

Figura 42: Exemplo de configuração de LED’s

Download de Configuração

Uma vez que a configuração lógica e o display mímico estejam prontos, é possível carregá-los no terminal
de proteção para que os mesmos se tornem efetivos e operantes.

Uma ferramenta especial para o download desta configuração é encontrada na página principal, e
denominada “Relay Download Tool”. O usuário deve selecionar “Relay Configuration” e “Mimic
Configuration” e em seguida pressionar o botão “Send”. O terminal irá então entrar em procedimento de
configuração.

Figura 43: Ferramenta de Download

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Após o término do download, é necessário pressionar o botão “Store” nesta mesma ferramenta, para que o
terminal grave as informações enviadas em sua memória EEPROM.

Ferramenta de Ajuste – Relay Setting Tool

Uma ferramenta para parametrização dos terminais de proteção está também disponível. Para se ter acesso
a esta ferramenta, deve-se retornar à página principal do CAP505, conforme a Figura 13. Escolha a
ferramenta “Relay Setting Tool” e clique duas vezes com o mouse.

Neste momento, a ferramenta irá reconhecer que um terminal que foi configurado através de outras
ferramentas está sendo acessada para parametrização e irá solicitar que o usuário construa sua base de
menu.

Clique em OK para fechar a janela de mensagem e em seguida do botão “Build”. A ferramenta irá buscar
informações para construir a interface MMI e construir o menu.

Em seguida clique em “Close” para fechar a janela de construção de menu. A Figura 43 ilustra os
comentários anteriores.

Figura 44: Criando o menu do terminal para parametrização

Após criar o menu, a ferramenta de parametrização deverá disponibilizar a seguinte estrutura:

Figura 45: Menu principal para parametrização do terminal


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A partir deste ponto, basta navegar entre os diferentes campos de menu existente a alterar os parâmetros
conforme a necessidade e os dados fornecidos pelo estudo de proteção. Como exemplo, seja alterar os
parâmetros de sobrecorrente temporizada de fase.

Para isso, clique na guia “Protection”, em seguida na guia “NOC3Low”, que é o bloco de função da
sobrecorrente temporizada de fase, e logo após clique em “Setting Group 1” para alterar os parâmetros
relativos ao Grupo 1 de ajustes.

Estarão disponíveis os parâmetros de sobrecorrente temporizada de fase, incluindo a possibilidade de troca


do tipo de curva, conforme a seguir:

Figura 46: Alteração de parâmetros de sobrecorrente

Sugere-se que antes da alteração dos parâmetros de proteção seja feito um “upload”, ou seja, leitura dos
parâmetros que estão no terminal, a fim de que não se alterem eventuais parâmetros que não se desejam
que sejam alterados. Para isso, clique no botão de “upload” ou no menu “Transfers” e em seguida em
“upload”.

upload – leitura de parâmetros que estão no terminal

download – envia parâmetros para o terminal

Para um primeiro acesso ao terminal, é interessante escolher a opção “All” para que a ferramenta de
parametrização todos os ajustes existentes no terminal.

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Figura 47: Upload de parâmetros do terminal

Observe que após a leitura dos parâmetros do terminal a ferramenta irá preencher dois campos da tela de
ajustes. O primeiro campo “Present Value” são os valores que efetivamente estão no terminal de proteção, e
o campo “New Value” define os valores que o usuário deseja alterar.

Valores existentes Valores a serem


no terminal definidos pelo usuário

Figura 48: Valores no terminal e valores no software

Altere os parâmetros de sobrecorrente conforme a necessidade ou apenas para teste e logo após envie os
novos parâmetros para o terminal através do botão “Download” ou do menu “Transfers” e “Download”.

Observe que a ferramenta de parametrização irá num primeiro momento enviar os parâmetros para o
terminal (download) e logo em seguida irá automaticamente receber os parâmetros do terminal (upload),
atualizando-os no campo “Present Value”, garantindo desta forma que o terminal realmente recebeu os
novos parâmetros.

Este procedimento pode ser repetido para a alteração dos demais parâmetros que forem necessários.

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