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■ A petição deve vir assinada por quem tenha capacidade postulatória, normalmente o advogado
regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, o defensor público e o membro do
Ministério Público.
■ leigo tem capacidade postulatória?
Ex: ação de alimentos (art. 29, da Lei n. 5.478/1968)
- habeas corpus;
- Juizados Especiais Cíveis, na primeira instância, em causas cujo valor não exceda a vinte salários-
mínimos;
- Pedido de concessão de medidas protetivas de urgência em favor da mulher que se afirme vítima de
violência doméstica ou familiar (art. 27, Lei n. 11.340/2006).
■ A petição deve conter a indicação do endereço, eletrônico e não eletrônico, do
advogado e deve vir acompanhada da procuração (art. 287, CPC).
■ Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os
endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico.
Parágrafo único. Dispensa-se a juntada da procuração:
I - no caso previsto no art. 104 ;
II - se a parte estiver representada pela Defensoria Pública;
III - se a representação decorrer diretamente de norma prevista na Constituição
Federal ou em lei.
■ 3. INDICAÇÃO AO JUÍZO A QUAL É DIRIGIDA
■ O autor tem de indicar o juízo (singular ou colegiado) perante o qual formula a sua pretensão,
observando as regras sobre competência (art.319, I, CPC).
■ O endereçamento far-se-á no cabeçalho da petição inicial.
■ Devem ser observadas as designações corretas:
■ a) comarca é unidade territorial da Justiça dos Estados; Seção Judiciária, da Justiça Federal;
■ b) juiz federal qualifica o magistrado da Justiça Federal, e juiz de direito, o da Justiça Estadual etc.
■ Segue um exemplo de endereçamento: "Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara de Família da Comarca
de Floriano, Estado do Piauí".
■ "Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 3ª Vara da Comarca de Floriano, Estado do Piauí".
■ "Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Vara Única da Comarca de Jerumenha, Estado do Piauí".
■ Art. 319. A petição inicial indicará:
■ I - o juízo a que é dirigida;
■ 4. QUALIFICAÇÃO DAS PARTES
O autor indicará quais os meios de prova de que se irá valer para comprovar as suas alegações
(art. 319, VI, CPC).
Tem pouca eficácia prática o dispositivo:
a) o órgão julgador pode determinar ex officio a produção de provas, ainda que com
limitações (art. 370 do CPC);
b) no momento próprio - fase de saneamento do processo - as partes são intimadas para
indicar de
■ Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas
necessárias ao julgamento do mérito.
■ Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou
meramente protelatórias.
a) quais meios de prova se servirão.
■ 10. Opção pela realização ou não da audiência de conciliação ou mediação
■ O autor tem de manifestar a sua opção pela realização ou não de audiência preliminar de conciliação ou
mediação (art. 319, VII, CPC).
■ Essa audiência preliminar ocorrerá antes de o réu apresentar a sua resposta,
■ Se autor e réu manifestarem expressamente a vontade de não resolver o litigio por autocomposição, a
audiência não ocorrera (art. 334,§ 4, I, CPC).
■ A manifestação do autor nesse sentido tem de ser feita na petição inicial (art. 334, § 5, CPC).
■ A manifestação bilateral de desinteresse pode ser feita em convenção processual, celebrada antes do
início do processo, em que as parte previamente dispensam a realização do ato (negocio processual
atípico
■ Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência
liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima
de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 4º A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo,
por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
■ 11. Documentos indispensáveis à propositura da demanda
O “Juízo 100% digital" é uma forma de prática e documentação do pro. cesso, em que todos os atos
processuais serão realizados exclusivamente por meio eletrônico e remoto, com a infraestrutura da rede
mundial de computadores (art. 19, parágrafo único, Resolução n. 345/2020 do Conselho Nacional de
Justiça).
Essa forma de tramitação é resultado de um negócio processual bilateral. De acordo com o art. 3° dessa
Resolução, o "Juízo 100% digital" é facultativo; cabe ao demandante manifestar-se sobre isso no
momento da distribuição da petição inicial; o demandado pode opor-se até o momento da contestação.
Até a prolação da sentença, as partes poderão retratar-se, por uma única vez (art. 3°, $1°, da Resolução
n. 345/2020 do CN)).
Assim, ao preencher a petição inicial, caso pretenda valer-se dessa tecnologia, cabe ao autor manifestar
expressamente essa escolha.
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL
■ Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou
que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará
que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que
deve ser corrigido ou completado.
■ Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
■ O juiz indicará com precisão o que deve ser corrigido ou completado
■ OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
1. se o autor deixar de manifestar-se sobre a audiência preliminar de conciliação ou mediação, o juiz
não deve mandar emendar a petição inicial. O juiz simplesmente considerará silêncio do autor como
não oposição à realização da audiência.
2. É possível, ainda, a emenda da inicial mesmo após a contestação, desde que não enseje modificação
do pedido ou da causa de pedir sem o consentimento do réu, quando então não seria emenda, mas
alteração ou aditamento da petição inicial; se não for emendada a petição, impõe-se a extinção do
processo sem resolução do mérito, Trata-se de aplicação das regras do aproveitamento dos atos
processuais e da instrumentalidade das formas (arts. 276-283 do CPC).
3. as regras decorrentes do art. 321 consagram o princípio da cooperação (art. 69, CPC). O Código
garante um direito à emenda*: não se permite ao juiz indeferir a petição inicial sem que, antes,
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO
INICIAL
■ 1. Considerações gerais
O indeferimento da petição inicial é a decisão judicial que obsta liminarmente o prosseguimento da causa
pois não se admite o processamento da demanda
■ Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I – for inepta;
II – a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual;
IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:
I – declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos
Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de
intimações;
II – comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no
prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado
■ Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição
inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo
contratados.
■ O indeferimento da petição inicial somente ocorre no início do processo: Só ha indeferimento liminar
antes da ouvida do réu. Após a citação o juiz não mais poderá indeferir a petição inicial, de resto, já
admitida, devendo, se vier a acolher alguma alegação do réu
■ A inépcia, por exemplo, pode ser reconhecida a qual tempo, mesmo após a contestação, mas, nesse
caso, não implicará indeferimento da petição, e, sim, no máximo, extinção do processo sem análise do
mérito (art. 485, IV, CPC).
■ Essa é a característica que distingue o indeferimento da petição inicial das outras formas de extinção
do processo. É o indeferimento uma hipótese especial de extinção do processo por falta de um
pressuposto processual
■ A distinção é importante pois o regramento do artigo 331 do CPC somente se aplica a decisão que
indeferiu a petição inicial bem como sendo liminar a sentença, não se condenará ao pagamento de
honorários advocatícios em favor do réu ainda não citado.
■ O indeferimento da petição inicial é um dos casos de invalidade, má-formação, inepcia, defeito da
petição inicial; por isso, essa decisão judicial não resolve o mérito da causa, limitando-se a reconhecer
a impossibilidade de apreciação do pedido (art. 485, I, CPC)
■ Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
■ O indeferimento pode ser total ou parcial. Será parcial quando o
apenas rejeitar parte da demanda (p. ex: havendo cumulação de
pedidos o juiz verifica a inépcia de apenas um deles)
■ Cabe recurso da decisão que indeferir parcialmente a petição inicial?
■ Cabe recurso da decisão que indeferir totalmente a petição inicial?