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PROCESSO CIVIL I

Professor Antonio Cabral

● Aula 1 - 19.10.2022:
❖ Formação, extinção e suspensão do processo:
➢ Petição inicial: É o que veicula a demanda em juízo. No processo
penal nem sempre é assim: pode ser denúncia ou queixa-crime.
É um ato solene, com diversos requisitos previstos em lei.
Art. 319, CPC - Procedimento comum:
- Vai trazer um roteiro indicando como a petição inicial deve ser feita.
➔ Foro de eleição: É o réu que faz e não o autor. A primeira indicação de
competência é feita pelo autor.
◆ Deve-se qualificar as partes (réu e autor + dados). Se não tiver todos
os dados qualitativos, deve-se explicar na inicial, pois em muitos casos
é difícil identificar o réu, em especial na DP e no Processo Penal.
319, III - causa de pedir/causa petendi. Fato (ou complexo) que serve para embasar
a ação. “ex facto oritur jus” - os fatos precedem o direito.
A norma incide quando um fato se adequa ao seu precedente.
Tradicionalmente, se afirmava que existia a divisão:
1. Causa de pedir remota - Fato ou título que fundamenta a pretensão.
a. Ativa - Fato constitutivo
b. Passiva - Fato lesivo
2. Causa de pedir próxima - “Espécie de direito pelo qual se demanda”, o
fundamento do direito.

● Aula 2 - 26.10.2022:
❖ Petição inicial: art. 319
art. 319, V - valor da causa. O valor da casa deve ser indicado na petição inicial.
O valor da causa pode ser um parâmetro de fixação de custas, pode definir
competência de um processo.
- CPC 2015: Toda ação deve indicar o valor da causa. art. 292.
obs: STJ atribuiu um requisito de relevância ao RESP, e um dos requisitos é
exatamente o valor da causa.
art. 319, VI - meios de prova. A indicação dos meios de prova na petição inicial
tende a ser mais genérica.
obs: Fase de saneamento - Juiz vai apresentar pontos controvertidos da demanda e
vai determinar as provas relevantes, chamando as partes à se manifestarem em
provas. A indicação das provas vai ser feita com maior rigor na manifestação em
provas.
Na inicial, o que os advogados tendem a fazer é indicar logo tudo (requer a
produção de todas as provas possíveis no direito), por resguardo da parte, que na
fase de saneamento pode encontrar mais provas do que as coletadas na inicial.
art. 319, VII - audiência de conciliação.
O CPC 15 tentou estimular os meios autocompositivos da resolução da
controvérsia. Uma delas é justamente a audiência de conciliação. art. 334, CPC.
Na fase postulatória, antes de começar a fazer uma produção de provas ou colocar
mais recursos no litígio,o juiz chama as partes e pergunta se existem chances de
acordo, se existe interesse em conciliação, para não movimentar
desnecessariamente a máquina judiciária.
art. 319, VII - OPÇÃO do autor de audiência já na inicial.
art. 319, II, parágrafos - o inciso II indica que devem estar indicadas todas as
informações do autor e do réu na inicial, no entanto, as vezes não se tem acesso à
essas informações do réu.
- par. 1: requerer diligências ao juiz para obtenção de informações
- par. 2: se for possível citação do réu
- par. 3: se a obtenção de informações for impossível ou tornar
excessivamente oneroso o acesso à justiça.
➔ art. 320: petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à
propositura da ação.
◆ documentos substanciais da demanda: documentos que são
necessários para propor qualquer demanda (procuração, comprovante
de residência, etc)
◆ documentos fundamentais da demanda: documentos acessórios que
não são naturais ao ajuizamento de uma ação, mas documentos
essenciais à demanda em específico.
➔ art. 321: possibilidade de emenda e complemento à inicial.
- intuito de não anular um ato processual logo de cara, dar oportunidade
à parte de sanar vícios e irregularidades formais que vão obstar e dar
mais trabalho para todo mundo.
- juiz deve indicar os vícios a serem corrigidos
➢ Pedido: Delimitação da atuação do juiz. O que ele vai poder oferecer.
art. 319, IV. art. 322.
- Limitação objetiva da demanda.
■ Pedido imediato: Providência jurisdicional requerida.
■ Pedido mediato: Bem da vida tutelado.
● Requisitos do pedido:
○ Certo
○ Determinado
○ Claro
○ Coerente
- Esses requisitos não são absolutos, todos comportam excessão.
○ Certo: Pedidos implícios - juros legais, correção monetária e verbas de
sucumbência. Interpretção do pedido. art. 322.
○ Determinado: Pedido pode ser genérico, por ex. art 324 - ações
universais.
○ Coerente: Pedido alternativo, certa incoerência.
Cumulação de pedidos: art. 325 - pedido alternativo
art. 326 - pedido subsidiário
art. 327 - requisitos
Não precisa ajuizar duas demandas distintas para uma rescisão de contratos e
indenização por danos morais.
➔ Cumulação própria: Formulação simultânea de vários pedidos nos quais se
quer todos de igual maneira e simultaneamente.
◆ Simples: Questão dos danos morais e materiais. Não possuem noção
de precedência lógica entre eles. Independência. A análise de um não
depende da análise do outro.
◆ Sucessiva: Um dos pedidos é precedente do outro. Questão de
prejudicialidade ou preminiliariedade entre eles. Precedente lógico e
análise de um direito pode impedir a análise do outro.
➔ Cumulação imprópria: Formula vários pedidos mas a cumulação não é
simultanea.
◆ Alternativa: Não tem ordem de preferência indicada.
◆ Subsidiária ou eventual: Preferência entre os pedidos
- art. 327: requisitos de cumulação.
1. pedidos compatíveis entre si (mitigado pela cumulação imprópria): verificada
na causa de pedir.
2. juízo competente para conhecer dos pedidos
3. seja adequado para todos os pedidos o mesmo tipo de procedimento
> a maneira que se cumula vincula e delimita o juiz
> as partes são as dominus litis
O réu pode formular pedidos:
1. Ações dúplices
2. Pedidos contrapostos
3. Reconvenção
4. Contradireitos: Direitos ligados a defesa, só podem ser invocados em forma
defensiva.
- art. 328

● Aula 3 - 31.10.2022:
❖ Petição inicial:
- Na visão tradicional do processo, as partes apresentavam os fatos e o juiz via
o direito. Atualmente, existe certo equilíbrio.
➢ Concurso de ações: Possibilidade de optar por uma ação. Mais de 1
caminho.
- Na common law, se obriga a litigar tudo.
- O fracionamento pode ser estratégico e o não fracionamento pode inviabilizar
a demanda. Por outro lado, o fracionamento também tem seus contras.
➔ Pedido condicional: Dizem não ser possível porque não é um pedido certo e
determinável.
◆ certo: protege o réu
◆ determinável: organiza o processo
Essa lógica está errada pois na prática, isso já acontece (pedido subsidiário).
E porque não é porque algo é condicional que não é certo e determinável.
➢ Sentenças e correlação entre requerimento e decisão:
○ Citra petita: Não analisa tudo. Foi omissa. Não analisa o que devia
avaliar
○ Ultra petita: Dá mais em quantidade do que foi pedido
○ Extra petita: Dá mais em qualidade

● Aula 4 - 07.11.2022:
❖ Estabilização da demanda:
Pode ser:
- Objetiva: objeto é conteúdo do debate
- Subjetiva: sujeitos envolvidos são conteúdos do debate.
A partir de certo momento, a demanda não poderá mais ser alterada.
Promove segurança jurídica e eficiência.
Na perspectiva do réu, cumpre uma função garantística. Se a demanda ficasse se
alterando, se tornaria muito difícil pro réu se defender.
obs: O processo penal admite mais mudança que o processo civil, mas toda vez que
isso acontece deve haver oportunização de defesa novamente.
obs2: Demanda
1. Partes
2. Causa de pedir
3. Pedido
➢ Ponto de estabilização da demanda: art. 329, I, CPC. Pode mudar
livremente até a citação. A partir do momento que o réu é citado, ele tem
direito de ação, pode se manifestar sobre o mérito.
○ art. 329, II, CPC - Com consentimento do réu, mode mudar até o
momento do saneamento.
- Após o despacho saneador, a demanda se estabiliza. Hoje, cresce o
posicionamento de que é possível uma medida de modificabilidade da
demanda mesmo após o saneador.
Exceção
- Fatos supervenientes: Fatos que ocorreram depois. art. 493, CPC.
O acréscimo de fatos ao processo deve ser EXCEPCIONAL. Toda vez que o
juiz aceitar novo fatos, deve-se dar direito a contraditório, etc.
mutatio libelli - acréscimo de fatos além dos que foram inicialmente
alegados.
- Fatos de nova notícia: Fatos que ocorreram antes, mas por algum motivo as
partes não souberam. O conhecimento das partes acontece depois. Deve
provar que existe motivo relevante para não ter trazido esse fato
anteriormente.
- Partes concordarem com uma modificação da demanda: Modificação por
acordo ou convenção processual. A princípio, o art. 329, só permite
modificação por acordo até o saneador, mas muitos defendem que isso não
faz sentido, porque depois do saneador podem ajuizar novas ações e as
ações serão conexas. Interpretação do art. 329 conjuntamente com o art.
190.
Lei de Improbidade Administrativa: Lei 8429. Tornou quase impossível mudar a
demanda.
➢ Hipóteses de mudança subjetiva da demanda:
○ Sofia Temer: Defende que a mudança subjetiva da demanda não é tão
rígida quanto a objetiva, a partir da interpretação do artigo 329 do CPC
2015.
○ A maleabilidade em relação aos sujeitos existe. Pode haver adição de
sujeitos.
■ Litisconsórcio necessário, por exemplo.
■ As intervenções de terceiros, por vezes, podem permitir
acrescentar pessoas no processo.
○ Também é possível haver exclusão de partes do processo.
■ Casos de litisconsórcio multitudinário.
■ Sucessão processual
● Habilitação

❖ Suspensão do processo:
- O núcleo das hipóteses de suspensão do processo estão no artigo 313 do
CPC.
I. morte ou perda de capacidade processual
II. convenção das partes
III. arguição de impedimento ou suspeição
IV. admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) -
art. 982, CPC
V. quando a sentença de mérito:
a. depender do julgamento de outra causa ou da declaração de
existência ou inexistência de relação jurídica
b. verificação de fato ou produção de prova
VI. por motivo de força maior
VII. quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos
da navegação de competência do Tribunal Marítimo (casinha! <3)
VIII. nos demais casos que o CPC regula
IX. parto ou concessão de adoção, quando a advogada for a única
patrona da casa
X. quando o advogado for único patrono e se tornar pai
(muitos parágrafos não irei anotar mas ler !)
● Aula 5 - 09.11.2022:
❖ Citação
- Fundamental para a litigância do processo. Muitos defendem que, sem
citação, o processo é viciado.
É um ato de comunicação.
➔ Atos de comunicação processual
◆ Citação
◆ Intimação
◆ Carta
arts. 236 e seguintes do CPC
◆ Cooperação judiciária
arts. 67 a 69 no CPC. resolução 350 de 2020 do CNJ.
- Citação só se dirige ao réu, e é a primeira forma de comunicação processual.
Para o réu, após a citação, todas as comunicações são intimações.
Carta: Possibildade de comunicação entre juízos
- Rogatória: Expedida para autoridades estrangeiras.
- Precatória: Meio de comunicação interno ao andamento processual
brasileiro.
- De ordem: Comunicação quando os juizes estão colocados em
posição hierarquica uns aos outros (na mesma estrutura).
- Arbitral: Mais recente. Introduzida pelo CPC 2015. Forma de
colaboração entre o árbitro e o juiz estatal. Ocorre por 2 motivos:
1. Muitas vezes a arbitragem precisa do poder estatal para se
instaurar
2. O árbitro não detém poderes executivos. Uma vez proferida a
sentença arbitral, pode-se fazer necessária execução estatal
dessa sentença.
obs: A jurisdição estatal é, por regra, pública. A abitragem, por sua
vez, é sigilosa via de regra - uma das maiores vantagens da
arbitragem atualmente, pois as vezes manter sigilo é interessante para
as partes. Portanto, sendo a arbitragem sigilosa, a carta arbitral
também vai correr em sigilo.
Cooperação judicial: Simplifica a comunicação entre juízos. Pode ser por
whatsapp, e-mail. As cartas precatórias perdem um pouco de sentido com o avanço
da tecnologia. Carta rogatória ainda faz mais sentido porque muitos países, por
exemplo, não tem processo eletrônico, é tudo físico.
- Para o Cabral: Não existe relação de subsidiariedade entre cooperação e
cartas, mas sim relação de adequação. Em alguns casos, a burocracia
entendida como “desnecessária” da carta é necessária, para segurança, por
exemplo.
Voltando à citação:
➢ Conceito: art. 238 CPC. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o
executado ou o interessado para integrar a relação processual.
○ Não se prende a atuação do sujeito a um ato ou a um polo. Relação
processual despolarizada.
➢ Modalidades:
○ Citação real: Certeza que o citando soube da citação, da existência do
processo.
■ E-mail: Hoje, a forma preferida de citação.
■ Oficial de justiça
■ Correio
■ Presencial
○ Citação ficta ou presumida: Não se tem essa certeza, mas como o
processo tem que andar, a lei achou formas de presumir.
- Formas excepcionais de citação:
■ Citação por hora certa: Acontece quando o OJ vai citar o
intimado e vê que há indícios que o citando ou intimando tá se
escondendo. O OJ avisa que vai voltar no dia e hora certa para
citar, não conseguindo, ele precisa voltar mais 2 vezes e a
pessoa se considera citada. Só existe no processo de cognição,
e não no processo de execução.
■ Citação por edital: Muito difícil saber se a citação foi ou não
recebida. O juízo publica um anúncio informando do processo,
na esperança do citando ou alguém que o conhece ver. Mais
raro, porque é mais difícil a pessoa ver o Diário Oficial ou
passar e ver o edital. Última opção.
- As modalidades de citação real são SEMPRE preferidas.
➢ Regulação: Não se exaure no CPC. É regulado também pela Lei do Processo
Eletrônico (L.11.419 de 2006)

● Aula 6 - 16.11.2022:
❖ Resposta do réu:
A reação como prerrogativa do contraditório e ampla defesa é facultativa. Ele não é
>obrigado< a responder.
➢ Modalidades:
➔ Contestação: Tradicionalmente, sempre foi a peça de defesa legal.
Atualmente, a contestação abrange mais coisas do que apenas a defesa. Dentro da
lógica de simplificar o procedimento, o CPC permite que o réu faça várias coisas
dentro da mesma petição, inclusive pedir coisas para si (reconvenção).
◆ Características da defesa: Outra face do direito de ação. Mas o réu
não pede nada a ele, tenta apenas contrapor os pontos do autor.
● A defesa mudou, não é mais vista como “vale tudo”. Uma série
de direitos éticos regulam o direito de ação e a defesa. arts. 5 e
6 CPC - cooperação e boa fé.
Concentração das alegações: As alegações de defesa são concentradas. Regra da
eventualidade. Tudo que tiver que argumentar com o autor, vai ser argumentado na
contestação, ainda que esses argumentos sejam incompatíveis e ilógicos entre si.
- Existem diferentes características entre a inicial e a contestação. O juiz pode
rejeitar a inicial inclusive antes da contestação. Uma das modalidades de
rejeição é a inépcia: pode se dar quando as alegações são incompatíveis
entre si, defeito de logicidade. Quando a inicial possui contradições internas e
o autor não esclarecer, o juiz pode rechaçar de cara. Mas a ilogicidade da
argumentação do réu é autorizada pelo princípio da eventualidade. Isso
acontece para facilitar a defesa do réu.
Isso acontece, porque o autor tem até a prescrição para organizar sua inicial,
tem mais tempo para organizar provas, fazer consultoria jurídica, montar
estratégia - e o réu tem apenas 15 dias para apresentar sua contestação.
Os argumentos que o réu podem trazer na contestação estão no artigo 337, mas
não é um rol taxativo, é um rol meramente exemplificativo.
V - perempção: impossibilidade de repropositura de uma ação. fenômeno raro que
acontece quando as partes abandonam ou desistem do processo por 3 vezes, isso
faz com que elas não possam mais repropor a ação.
obs: Mérito x questões prévias
Questões de mérito: Questões principais de direito, do pedido, em relação ao direito
material. Principalliter.
Questões prévias: Vem antes do mérito
- Questões preliminares: De direito processual
- Questões prejudiciais: De direito material. Incidenter tantum. Por ex, pede
alimentos alegando paternidade: o juiz vai analisar no mérito os alimentos
mas previamente precisa analisar a paternidade. A paternidade é prejudicial
em relação aos alimentos.
Além de trazer alegações, o réu vai ter que indicar em sua petição quais provas
pretende produzir, nos termos do artigo 336. Depois, haverá o momento de
especificação de provas nos quais as partes vão detalhar as provas, mas
inicialmente vão apresentar as provas que querem produzir. No geral, as partes
falam que querem produzir todas.
➔ Correção do polo passivo: arts. 338 e 339 do CPC. Quando o autor dirige sua
pretensão ao réu errado, a lei permite que o réu em defesa venha tentar
corrigir a pretensão. Se o réu alegar que não é parte legítima, ele tem dever
de alegar quem é.
Prazo de 15 dias. Mas varia o termo inicial desse prazo varia: art. 335, CPC.
❖ Rejeição da petição inicial:
➢ Regulamentado a partir do artigo 321 do CPC
- O juiz pode estabelecer o controle da inicial por algumas maneiras, como
pedir uma emenda, e não sendo cumprida, ele indefere a inicial.
art. 330: a incial deve ser sumariamente rejeitada quando
i. for inepta
- é inepta quando:
● faltar pedido ou causa de pedir
● pedido for indeterminado, resalvadas as hipóteses legais em que se
permite o pedido genérico
● da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão
ii. a parte for manifestamente ilegitima
iii. o autor carecer de interesse processual
iv. não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321
par. 2: nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente
de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de,
sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações
contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito. nessa hipótese, o valor incontroverso deverá
continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
art. 332: Nesse artigo, o juiz analisa o mérito e o direito material, inclusive, e pode
rejeitar liminarmente a inicial. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz
julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
i. enunciado de súmula do STF ou STJ
ii. acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos
iii. entendimento firmado e IRDR ou IAC
iv. enunciado de súmula de TJ sobre direito local
parágrafos (ler no artigo)

● Aula 7 - 23.11.2022:
❖ Concentração de defesas na contestação:
➔ Impedimento e suspeição: O prazo para alegar impedimento ou
suspeição é contado a partir da ciência do fato que geraria essas
situações.
➔ Incompetência: art. 340, RPL. Pode ser provocada por petição avulsa.
Classificações:
➢ Tipos de alegações
○ Exceção: Depende de provocação ou requerimento da parte (einrede).
○ Objeção: Podem ser conhecidas de ofício (einwendung). Independente
de provocação ou requerimento.
➢ Tipos de defesa
○ Questões prévias - preliminares. Incompetências, suspeição,
normalmente coisas de natureza processual que ele alega antes do
mérito.
■ Peremptórias: Se acolhidas, levam à extinção do processo. Por
exemplo, falta de capacidade processual do autor, falta de
jurisdição, ausência de competência internacional.
■ Dilatórias: Não extinguem, mas dilatam o procedimento.
○ Mérito: Discussões acerca do direito material.
- Ônus de impugnação específica: O réu tem que contrapor fato a fato.
- Contestação por negativa geral.
■ Direta: O réu se limita a se contrapor às alegações do autor. Vai
questionar o fato constitutivo de direito do autor.
■ Indireta: Vai se contrapor ao fato novo.
- Fatos modificativos
- Fatos extintivos
- Fatos impeditivos
A depender do tipo de defesa que o réu faz no mérito, os ônus probatórios podem
mudar.
❖ Revelia: Ausência de defesa do réu após a citação.
Não se pode dizer que não se manifestar é um ilícito, ainda mais no processo civil.
O direito de defesa é uma situação jurídica de vantagem, que o réu exerce se quiser
ou não.
➔ Efeitos da revelia:
◆ Efeitos materiais: Presunção de veracidade dos fatos alegados pelo
autor. A partir do momento que o réu não se manifesta, o juiz vai
assumir que os fatos alegados pelo autor são verdadeiros e o
processo segue direto para sentença.
Em certos casos, a lei vai excepcionar os efeitos da presunção de
veracidade. art. 341, CPC.
Essas presunções de veracidade também não vão acontecer em
processos nos quais a Fazenda Pública é ré.
◆ Efeitos processuais:
● Julgamento “antecipado” - art. 355, CPC. Alguns autores
chamam de julgamento imediato, pois de fato não se adianta
nada.
● Ausência de intimação do réu - art. 346, CPC. O réu pode
intervir, mas a partir do momento que se encontra. O STJ
entende que, intervindo, o réu volta a ser intimado.
Quando a revelia produz seus efeitos, existem muitas chances do autor sair
vitorioso, mas isso não é certo. O juiz pode produzir prova de ofício, e se o réu
aparecer a tempo de produzir prova, é lícito nos termos do art. 349, CPC.

● Aula 8 - 30.11.2022:
❖ Reconvenção:
obs: Ação principal = Autor x Réu
Reconvenção = Réu-Reconvinte x Autor-Reconvindo
Modalidade de resposta do réu - não é uma peça defensiva, mas uma manifestação
do réu.
➢ Hipóteses em que o réu exerce pretensão sem reconvenção:
○ Pedido contraposto
○ Ações dúplices
- A reconvenção é facultativa, uma situação jurídica neutra. Ou seja, se o réu
não reconver ele não perde a pretensão.
➔ Finalidade: Eficiência processual de interligar demandas próximas,
pretensões interligadas. art. 343
A reconvenção pode ter fundamento na ação ou na defesa.
➔ Legitimidade: O CPC ampliou a legitimidade da reconvenção.
◆ O CPC permite litisconsórcio ativo ou passivo - art. 343, pars. 3 e 4
◆ art. 343, par. 5 - Situação em que o autor é um legitimado
extraordinário, atua como substituto processual - defende em nome
próprio interesse alheio. Se houver a legitimidade extraordinária, só é
possível haver reconvenção se na reconvenção o autor também for
substituto processual.
A reconvenção é independente da ação principal. Ao ajuizar a reconvenção, o réu
ajuiza pretensão própria e essa pretensão é independente da ação principal. Não
precisam ser decididas na mesma sentença, inclusive. Podem ser decididas em
sentenças fracionárias.
➔ Interesse em reconvir: Interesse = necessidade ou utilidade. A reconvenção é
desnecessára ou inútil nas hipóteses que o réu poderia propor ação própria
(pedido contraposto e ações dúplices).
Reconvenção na reconvenção: Se diz que principalmente nos casos em que a
revoncenção é baseada na defesa se poderia reconvir sim.
❖ Impugnação ao valor da causa:
art. 319 - o autor deve indicar um valor da causa.
art. 291 - o valor da causa deve condizer ao conteúdo econômico da pretensão
Interesse em impugnar o valor da causa:
- O valor da causa que vai medir as custas processuais, que tem natureza de
taxa, de tributo. Então existe um interesse público envolvido.
- Existe também um interesse privado que é definir os custos do processo em
caso de sucumbência. As verbas sucumbenciais, inclusive honorários de
advogados, é definido com base no valor da causa.
Por vezes, a lei indica o valor da causa (art. 292).
art. 293 - o réu pode impugnar o valor da causa na própria contestação.
Tem que impugnar no prazo da contestação, porém o juiz pode fazer de ofício
posteriormente.
❖ Audiência de mediação ou conciliação: art. 334
É agendada antes do réu apresentar defesa.
A audiência pode não ser agendada. Isso tem acontecido muito em casos de bens
indisponíveis.
FLUXOGRAMA DO VISTO ATÉ AGORA:

(depois da resposta, dependendo do que for, podem ter outros desdobramentos).


FASES DO PROCESSO NA PRIMEIRA INSTÂNCIA
1. Fase postulatória: Vai até a réplica
2. Fase de saneamento e organização do processo
3. Fase instrutória: Fase de produção de provas
4. Fase decisória
❖ Providências preliminares: Vão ser definidas após a reação do réu.
➢ Réplica - Tréplica
➢ Especificação de provas
■ Despacho saneador - Juiz analisa as provas, analisa a situação
e vê se tem como julgar logo. Há ou não há provas.
- Julgamento imediato ou antecipado: Na realidade, não é uma antecipação de
nada. É o momento certo de julgar, pois se não houver especificação de
provas não tem necessidade de instrução probatória.
- Instrução probatória > Alegações finais > Sentença

● Aula 09 - 05.12.2022:
❖ Fases do processo:
- Entre a fase postulatória e instrutória, existe a fase ORDINATÓRIA.
➔ Fase ordinatória: Começa quando o juiz adentra as providências
preliminares. Fase de saneamento.
◆ Aperfeiçoamento do contraditório
◆ Especificação de provas - Na decisão de saneamento, o juiz vai
decidir os pontos controversos sobre os quais vão recair as
provas, portanto, intima as partes para especificar as provas.
obs: Como o artigo não define prazo, será o prazo geral de 5 dias. No entanto,
alguns autores defendem que se adote o prazo de 15 dias, mas isso não é pacífico
na jurisprudência.
A fase ordinatória é marcada pela concentração de atos de correção de vícios
processuais. No entanto, esses vícios ainda podem ser corrigidos em outros
momentos do processo.
❖ Julgamento conforme o estado do processo:
➢ Extinção do processo sem resolução de mérito: art. 485, CPC
➢ Julgamento antecipado de mérito: Acontece em hipóteses em que o
juiz verifica que a controvérsia é estritamente de direito, quando as
provas que as partes pretendem produzir não são pertinentes ou
quando o réu é revel.
➢ Julgamento antecipado parcial de mérito: Vai ser sempre de um dos
pedidos, nunca de parte da causa de pedir.
➢ Saneamento da causa: art. 357.

● Aula 10 - 07.12.2022:
❖ Prazos:
Definição de prazo: Dinamarco - Período definido, ou não, por lei em que se autoriza
a prática de um ato processual considerando como parâmetro o ato antecedente ou
o ato subsequente.
Objetivo de fixar prazos no processo civil:
- Garantir eficiência e segurança jurídica às partes. Duração razoável do
processo.
- Participação das partes.
➔ Prazos aceleratórios ou dilatórios:
◆ Aceleratório: Prazos que vão impulsionar e fazer andar o processo.
◆ Dilatório: Prazos que vão retardar a marcha processual. Mais ligado a
assegurar direitos do que promover eficiência.
➢ Preclusão temporal: Maior efeito da não observância dos prazos. art. 223,
CPC. Se o prazo específico para praticar o ato não for observado, existe essa
forma de preclusão para gerar estabilidade.
Quando se tiver situações que os deveres revertem em benefício da parte
contrária ou da ordem pública, os atos não plecuirão.
○ Prazos próprios: Prazos preclusivos
○ Prazos impróprios: Via de regra, os não preclusivos.
Prazos endoprocessuais x Prazos extraprocessuais ou exoprocessuais:
- Endoprocessuais: Se opera para atos dentro do processo ou do mesmo
processo. São os prazos mais comuns, os que a gente espera.
- Exoprocessuais: Vai gerar preclusão para outro processo ou para fora do
processo. O ato antecedente está em um processo e o ato a ser praticado
está em outro.
Prazos peremptórios x Prazos dispositivos:
- Prazos peremptórios: Em tese, não admitem flexibilização.
- Prazos dispositivos: Em tese, admitem flexibilização.
Prazos legais x Prazos judiciais:
> Quando não há previsão legal nem previsão no próprio ato o prazo é de 5 dias,
nos termos do art 218, par 3.
➔ Possibilidade de alteração dos prazos:
◆ Calendário processual, art. 191, CPC
◆ art. 222, par 1, CPC - Previsão expressa admitindo a redução mesmo
em prazos peremptórios
◆ art. 222, caput - Possibilidade de prorrogação dos prazos quando a
comarca for de difícil acesso, ou no interior.
◆ art. 313, II - Suspensão do processo por convenção das partes. Isso
pode implicar na suspensão de algum prazo.
➢ CONTAGEM DOS PRAZOS
○ Contagem em dias úteis: No CPC de 73 o prazo era em dias corridos.
O novo CPC trocou esse método de contagem para dias úteis - art.
219, caput.
obs: Trata-se de prazos PROCESSUAIS. Prazos de direito material
são contados em dias corridos.
○ Regra geral de cômputo dos prazos: art. 224, CPC. Como regra, os
prazos são contados excluindo o dia de início e incluíndo o dia final.
FLUIR É DIFERENTE DE CONTAR - O prazo começa a fluir no
primeiro dia em que é publicado, por exemplo, a sentença. O prazo é
contado a partir do dia útil seguinte.
○ Hipóteses de prazo em dobro:
■ arts 180, 183, 186 e 229
■ Defensoria Pública, Ministério Público, Advocacia Pública
■ art. 229 - Hipótese de litisconsorte que tiverem diferentes
procuradores de escritórios de advocacia distintos. Não se
aplica aos processos em autos eletrônicos.
○ Contagem em horas - Quando se tiver algum prazo com contagem em
horas (48h depois etc), considerar sempre a hora EXATA de intimação
e citação.
Atos extemporâneos - art. 218, par. 4, CPC. Cumprir o prazo antes do início da
fluência do prazo. Antes esse prazo era considerado INTEMPESTIVO, mas
atualmente com a previsão do CPC 15, esses atos são tempestivos.
➔ Termo inicial: art. 231, CPC
Correção do procedimento
Interrupção: Prazo reinicia. EDs - Protocolo de EDs por uma parte interrompe os
prazos de outros recursos.
Suspensão: Não conta o dia, mas não gera reinício do prazo.
Prorrogação: Prazos com vencimento naquele dia serão prorrogados para o próximo
dia útil subsequente. Um motivo é, por exemplo, erro no sistema eletrônico do
tribunal.
◆ obs: Renúncia de prazo - art. 225

● Aula 11 - 02.01.2023:
❖ Direito probatório:
➢ Acepções do conceito de prova:
○ Prova em sentido demonstrativo: O papel do direito probatório é
trazer a realidade da vida fora do judiciário. Prova seria um
mecanismo de transportar os fatos da realidade para o
processo. Fatos esses que seriam retomados na sentença.
Paradigma sujeito - objeto.
■ Paradigma cartesiano.
■ Juiz como sujeito cognoscente que analisa em concreto
os fatos pelas partes. Provas devem trazer para o juiz a
possibilidade de equivalência entre a verdade na
sentença com a verdade dos fatos.
○ Prova em sentido persuasivo: Há a possibilidade de que a
sentença seja diferente do mundo fático. Há verdade fora do
processo. Tem a ver com probabilidades, convencimento mútuo,
diálogo, aceitação. Paradigma sujeito - sujeito.
A prova em sentido demonstrativo foca apenas no resultado, na verdade por
resultado. A prova em sentido persuasivo foca no PROCEDIMENTO de
descobrimento da verdade.
➔ Objeto da prova:
◆ O que se prova no processo? Os fatos.
◆ Controvérsia: Fato probando não é o fato bruto, mas sim as narrativas
das partes.
◆ O real objeto da produção de provas são as afirmações dos
envolvidos, testemunhas, partes.
Em tese, não existem provas sobre o direito. Questões fáticas seriam provadas, e
questões de direito não. No entanto, existem exceções:
- Nem todo fato ou alegação sobre os fatos será provada, existem fatos que
não serão objeto de prova. O fato para ser objeto de prova deve ser
controverso.
- Fatos notórios: independem de prova porque são conhecidos por todos,
pertencem ao senso comum.
Regras de experiência: São obtidas pela ideia de inserção da pessoa em
determinada comunidade.
1. Regras de experiência comum: Supre a existência da prova.
2. Regras de experiência técnica
➔ Presunções: Podem ser absolutas ou relativas. São técnicas
legislativas para a simplificação da prova - dar tratamento jurídico a
partir do que comumente acontece. Quod plerumque accidit.
◆ A utilidade da presunção é simplificar a produção de provas,
pois a parte que tem presunção a favor não precisa provar.
◆ Presunção absoluta não permite contraprova.
Atualmente, existe a concepção de que a presunção absoluta
seria inconstitucional, pois, por conta da ampla defesa, deve-se
ter o direito de falar contra o fato alegado ou presumido.
A presunção absoluta está mais próxima do direito material. Já a presunção relativa
é processual, tem a vantagem de facilitar a prova para quem se beneficia da
produção.
- Nem todos os fatos são objeto de prova.
obs: Via de regra, as questões de direito não precisam ser provadas. No entanto,
isso pode acontecer na prática - O juiz conhece o direito e as partes os fatos.
art. 374 e 375, CPC
➔ Classificações:
◆ Quanto a previsão legal:
● Típicas: Expressamente previstas em lei.
● Atípicas: Não estão previstas em lei.
◆ Quanto ao momento de produção da prova:
● Causais: Colhidas no curso do processo
● Pré-constituídas: Colhidas anteriormente ao curso do processo.
Antes de ir ao judiciário.
◆ Quanto ao meio de prova:
● Documental
● Oral
○ Depoimento pessoal das partes
○ Prova testemunhal
○ Esclarecimentos de perito
➔ Fontes e meios de prova: São coisas diferentes. Quando se fala em meios
probatórios, se fala dos mecanismos que trazem as provas aos autos.
Quando se fala de fontes de prova se quer dizer das pessoas ou coisas das
quais a prova provém.
➔ Sujeito - destinatário da prova:
◆ Tradicionalmente, se tinha uma concepção autoritária dos sujeitos do
processo. A participação das partes seria indireta, subsidiária, de
menor importância.
Até hoje, o direito brasileiro é dominado por uma perspectiva
instrumentalista que coloca o juiz no centro do processo.
art. 370

● Aula 12 - 04.01.2023:
❖ Direito probatório:
➔ Lugar da produção: Varia de acordo com o tipo de prova.
Momento de produção:
1. Prova pré constituída: Prova colhida anteriormente ao ajuizamento da ação.
2. Provas urgentes: Existe periculum in mora – perigo na demora.
3. Prova antecipada: Existem duas premissas para produção de prova
antecipada:
a. Útil em cognição futura
b. Periculum in mora
O direito à prova antecipada seria instrumental em relação a outro direito.
CPC/15, arts. 381 e 281 - Produção antecipada pode ocorrer sem periculum in
mora.
- Muitas vezes, a produção antecipada da prova irá levar ao julgamento
antecipado da lide.
➢ Ciclo probatório:
1. Procedimento: Como a prova chega aos autos.
a. Proposição ou requerimento: Interessado solicita a prova indicando-a e
a sua necessidade.
b. Admissão: Juiz irá deferir ou não a produção da prova.
c. Produção: Fase na qual a prova se materializa, o meio de prova é
juntado aos autos.
2. Valoração da prova: Como a prova será avaliada.
● Sistemas de valoração da prova:
○ Na antiguidade: Ordálias (Juízo de Deus)
○ No Direito Romano: Sistema da prova legal. Prova tarifada.
○ Ênfase passou da lei para o julgador. Pré fixação do valor
probatório de cada meio de prova era ruim e levava a uma
guerra quantitativa. Dois sistemas:
■ Íntima convicção: O julgador, de acordo com sua
consciência, sobre coerência, sobre o conjunto das
provas, avaliaria as provas.
■ Sistema da persuasão racional ou o chamado livre
convencimento motivado: Sistema que quer evitar a
tarifação avaliativa. A ênfase continua sendo no juiz, mas
há controlabilidade maior, porque a ênfase é de
racionalidade na valoração da prova, então se o juiz acha
que uma prova deve ser melhor valorada do que outra,
deve justificar sua opção.
art. 371
➢ Parâmetros de valoração da prova:
○ Standart do processo civil: More likely than not.
Probabilidade de 50 a 51%. Se os elementos probatórios
existentes, que apontam na direção de que o fato
ocorreu, são mais presentes que o fato não ter ocorrido,
ainda que por margem mínima de vantagem.
○ Standart do processo penal: Beyond the reasonable
doubt. Grau de convencimento mais alto, para proteger a
vida de inocentes.
○ Outros sistemas adotam a prova clara e convincente.
Sistema das ações de improbidade, ações eleitorais,
procedimento administrativo sancionador.

● Aula 13 - 09.01.2023:
❖ Direito probatório:
➔ Prova emprestada: Ocorre o traslado da prova para outro processo.
Possível problema: Ampla defesa envolve participar da produção da
prova.
Se entende que a prova emprestada terá seu valor probatório avaliado
de maneira diferente dependendo de quem a invocar.
obs: Prova documental x Prova documentada
➔ Prova ilícita: Mais comum no processo penal.
art. 332, CPC - as partes podem produzir toda prova lícita.
A maior restrição a produção da prova é a ilicitude.
A descoberta da verdade não é um valor máximo, a própria CF estabelece limites à
produção de provas - esses limites podem decorrer de normas materiais ou
processuais.
Se entende que, quando a prova ilícita é produzida pelo réu, ele estaria em um
estado de necessidaade processual - excludente de ilicitude.
Existem hipóteses em que a ilicitude da prova contamina outras provas - ilicitude da
prova é um caso especial de nulidade por derivação.
Prova ilícita por derivação: A consequência de invalidade vai ser a atos
posteriores, mas dependentes, do ilícito. Fruit of the poisonous tree.
- Situações em que embora na origem exista ilicitude, ainda assim se vai
admitir a utilização da prova posterior:
1. Encontro fortuito de prova - Se vai numa localidade procurando
determinada prova, mas encontra prova de outra infração.
Nos EUA, se adota a doutrina da “plena vista” - pode apreender tudo
que estiver a vista, mesmo que não seja o que se esteja buscando.
2. Expectativa de intimidade - Se não existe expectativa de intimidade de
um determinado bem ou informação, não existe ilicitude (por ex, lixo).
3. Descoberta inevitável - Outro curso causal que levaria a mesma prova.
➔ Prova científica: Baseada em conhecimentos que o juiz não dispõe e
depende do exame pericial.
O foco da prova científica deve ser no procedimento de produção da perícia, na
argumentação.
◆ Control da expertise do perito

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