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Direito Processual Civil III

1- Procedimento Ordinário;
2- Procedimento Sumário;
3- Juizado Especial Cível;
4- Processo nos Tribunais.

Bibliografia

1. Gonçalves, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual. São Paulo: Saraiva,
2014 Vls. 1 e 2
2. JR, Humberto Theodoro, Curso de Direito Processual Civil, Vls. 1 e 2;
3. Marinoni, Luiz Guilherme – Precedentes jurisprudenciais – Editora RT

CPC 73: Livro I – Processo de Conhecimento – Divide-se em procedimentos (Comum (ordinário


(é o mais complexo) e sumário (procedimentos mais céleres) e especial (codificado
(procedimento especial contemplado pelo CPC) e não codificado (leis especiais, com opor
exemplo juizado especial cível, conhecido como sumaríssimo)

Livro II – Processo de Execução;

Livro III – Cautelar;

Livro IV – Procedimentos Especiais

11/02/2015

Procedimento Comum Ordinário

Fase Postulatória

1) Petição Inicial (art. 282, CPC) e juntar os documentos (art. 283, CPC) – Princípio da
substanciação (porque na inicial devemos expor de forma substanciosa, devendo
também elencar os fundamentos jurídicos;
2) Despacho inicial (despacho preliminar):
a) Deferimento da petição inicial – Viabiliza a citação do réu – A natureza jurídica desse
provimento é uma decisão interlocutória;
b) Indeferimento da petição inicial – Acarreta a extinção do processo. Diante da
prescrição a extinção é com a resolução do mérito, ou seja, sentença definitiva. Se
estivermos diante de carência do direito de ação ou ausência de pressupostos
processuais, estaremos diante de uma sentença terminativa;
c) Art. 284, CPC – Emenda da petição inicial;
d) Art. 285-A, CPC – Trata da improcedência total e liminar dos pedidos formulados pelo
autor.;
3) Citação;
4) Resposta (arts. 241, 188 e 191, CPC)
a) Contestação – Art. 297 (faltam impugnações e ação declaratória incidental), art. 300
(princípio que norteia a contestação, chamado de princípio da concentração (ou
eventualidade) – concentrar toda a matéria defensiva na contestação). Aqui alega-se
toda a matéria defensiva. Aqui formulamos defesas processual (art. 301, CPC – enuncia
as chamadas preliminares) e também defesa meritória – o réu se insurge aos pedidos
formulados pelo autor – E se o réu constatar prescrição, decadência (estão no âmnito
meritório, ou seja, partimos para a análise DE mérito, a exemplo do art. 294-4. Regra
geral (art. 333, I, II – Ônus da prova). Existe classificação doutrinária em que a defesa
poderá ser direta ou defesa indireta.

Obs.: Novo CPC:

Livro II – Processo de conhecimento

Título I – Procedimento Comum

Art. 306 – Rol de testemunhas (inicial E contestação)

24/02/2015

Processo de conhecimento

Procedimento Comum Ordinário

Defesa peremptória – É aquela que acarreta a extinção do processo sem a resolução do mérito
(Art. 301, IV,CPC) x Defesa dilatória – É aquela que não acarreta a extinção do processo (Ex.:
Art. 301, VIII, CPC.

Art. 300. Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as
razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que
pretende produzir.

Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: (Redação dada pela Lei
nº 5.925, de 1º.10.1973)

I - inexistência ou nulidade da citação; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

II - incompetência absoluta; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

III - inépcia da petição inicial; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

IV - perempção; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

V - litispendência; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Vl - coisa julgada; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

VII - conexão; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)


Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; (Redação
dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

IX - convenção de arbitragem; (Redação dada pela Lei nº 9.307, de 23.9.1996)

X - carência de ação; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. (Incluído pela
Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação


anteriormente ajuizada. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

§ 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de
pedir e o mesmo pedido. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

§ 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada,


quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba recurso. (Redação
dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

§ 4o Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada


neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

E se o autor intimado não atender a determinação judicial? Extinção do processo sem


resolução do mérito.

Coisa julgada forma não obsta que o autor ingresse com um novo processo. A coisa julgada
material impede que o autor ingresse com um novo processo.

Ver Lei 9307/96. – Lei de arbitragem.

Sentença arbitral não pode ser atacada por recurso:

Art. 475-N. São títulos executivos judiciais:


IV – a sentença arbitral;

Defesa direta e indireta

Defesa direta: O réu se insurge contra o pedido de forma frontal. Quando o réu atava o fato
constitutivo do autor, também é uma defesa direta.

Defesa indireta: O réu invoca a prescrição como defesa, pois está alegando um fato extintivo
do autor. ou então que houve novação contratual.

Doutrina:

Faz menção ao art. 333, CPC

Art. 333. O ônus da prova incumbe:


I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova
quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.

O autor alegou que havia um contrato, e que tem direito de receber um valor. O réu se
defende dizendo que já pagou. Aqui há inversão do ônus da prova.

Reconvenção

O réu formula pedido condenatório em face do autor.

Ou o autor aguarda o fim do processo para ingressar com outro processo, ou ingressa com
uma ação de Reconvenção.

Na reconvenção, o réu e denominado reconvinte, e o autor é denominado reconvindo.

Tem natureza jurídica de ação autônoma, porém, instaurada no mesmo processo.

Ex.:

A x R – Ação em que o autor pede e o réu repele.

O réu poderá no mesmo processo, instaurar uma nova ação. Uma ação reconvencional. Nesta,
o réu (reconvinte) se transforma em autor (reconvindo). Há aqui pedidos cumulados, da ação
principal e da ação reconvencional.

A reconvenção portanto, viabiliza a cumulação (ou cúmulo) objetiva, ou seja, reunião de ações
em um mesmo processo.

Cumulação objetiva é a reunião de ações.

Cúmulo de ações subjetivas, é reunião de pessoas, à exemplo do litisconsórcio.

Qual a importância processual?

Fundamentos da reconvenção:

- Economia processual – Porque no mesmo processo resolve-se várias ações, e o réu quando se
vale da reconvenção, evita a instauração de um novo processo, porém, o réu ao reconvir,
também deverá pagar para ingressa em juízo com uma ação reconvencional, não tendo que
recolher apenas a taxa de mandato.
Conexão na reconvenção = Afinidade entre as ações.

25/02/2015

Reconvenção... Natureza jurídica de ação autônoma. O cúmulo de lides serão resolvidas em


um mesmo processo, por este fato, há economia processual e segurança jurídica

 Fundamentos:
1) Economia processual:
2) Segurança jurídica:

 Requisitos:
1) Conexão:

Não possibilidade de se reconvir se o objeto não houver liame com o pedido da ação principal.

2) Competência: O juízo deve ser competente para apreciar tanto a ação principal quanto
a ação reconvencional

 Ver artigos 315 a 318, CPC (regras procedimentais):

Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a reconvenção seja
conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.

Parágrafo único (legitimidade extraordinária). Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir
ao autor, quando este demandar em nome de outrem. (§ 1º renumerado pela Lei nº 9.245, de
26.12.1995)

§ 2º (Revogado pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995)

Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa do seu
procurador, para contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias.

Art. 317. A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta
ao prosseguimento da reconvenção.

Art. 318. Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção.

Comentários ao art. 315: O autor pede rescisão contratual contra o réu, e na reconvenção o
réu alega que quem violou o contrato foi o autor, onde pede a rescisão do contrato e o valor
da multa. § único: Trata da legitimidade extraordinária, faz menção à legitimidade
extraordinária, ou seja, trata do instituto da substituição processual. Nosso sistema processual
admite a legitimidade extraordinária (art. 6º). O legitimado extraordinário nada mais é que
substituto processual, que defende em nome próprio direito alheio. Se há substituto
processual no polo ativo, é impedimento para ingressar com a reconvenção. Ex.: Foi CP
instaurada pelo MP proposta contra cidadão A, porque alega o MP que o mesmo promoveu
parcelamento clandestino do solo. Ele alegou que a área rural foi parcelada de forma ilegal,
sem autorização prévia. Então foi requerido que o processo fosse paralisado e o réu não
pudesse mais parcelar o terreno. Constata A que a ação do MP não tem fundamento, pois tem
em mãos o documento que comprova a autorização para o parcelamento da área. O réu
entende por bem contestar e reconvir, pedindo indenização pelos danos a ele causados.
Poderá o réu se valer da reconvenção? Não, pois o MP está atuando no polo ativo como
legitimado extraordinário, ou seja, substituto processual. Não teria lógica, pois, não está
demandando interesse próprio, mas sim, interesses alheios. E O atual CPC não admite
reconvenção em sede de recurso processual. Quando estivermos diante de interesses
transindividuais, o autor está defendendo interesse alheio. Não é possível resolver uma
questão transindividual, é necessário ingressar com um novo processo. Pode haver
litisconsórcio no âmbito do interesse coletivo? Sim. Por exemplo, MOSP, MPSJ, e contra uma
determinada empresa.

Não confundir interesse coletivo com litisconsórcio. Pois no litisconsórcio, cada parte defende
seu próprio interesse.

Regras procedimentais:

Observar o disposto no art. 299, CPC

Art. 299. A contestação e a reconvenção serão oferecidas simultaneamente, em peças


autônomas; a exceção será processada em apenso aos autos principais.

Observação:

 Substituto processual no polo ativo (art. 315, parágrafo único, CPC) – Impedimento
para a reconvenção.

Exemplo: ACP instaurada pelo MP, proposta contra A, onde se alega que o cidadão
promoveu o parcelamento clandestino do solo, onde a área rural foi parcelada de forma
ilegal. O réu citado constata que a ação promovida pelo MP não tinha qualquer
fundamento, porque ele tinha em mãos documentos que comprovam a autorização legal
para parcelar a área.

Não poderá A ingressar com uma ação reconvencional, pois está o MP atuando como
substituto processual.

 Causas dúplices (bifrontes) não admitem reconvenção;


 Ações de rito sumário e sumaríssimo não admitem reconvenção (arts. 278, § 1º, CPC e
17, parágrafo único, C.C. e art. 31 da lei 9.099/95). O procedimento sumário admite
pedido contraposto, ou seja, pedido condenatório na própria contestação. No
sumaríssimo (JEC), o réu pode pedir a condenação do autor na própria contestação, ou
seja, também admite pedido contraposto.
 Na ação de prestação de contas também não é admitida contestação (exigir contas ou
ofertar contas – pode ser proposta por quem tem o direito de exigir contas ou quem
tem o dever de prestar contas. Ex.: Os bancos prestam serviços. Serviços que
envolvem a administração de recursos alheios. Uma aplicação financeira, o banco gere
essas informações, ou seja, deve prestar contas, caso contrário, o cliente pode exigir a
prestação de contas em juízo. O réu pode pedir a condenação do autor na própria
contestação. Ex.: conflito entre sócios. Um dos sócios é administrator. O outro sócio
(cotista) ingressou em juízo exigindo a prestação de contas. O administrador ao
contestar, se defendeu dizendo que nunca se reusou a prestar contas, e na sociedade
o autor da ação deve a ele, pois aportou capital particular, para pagar contas da
sociedade, do autor da ação. Então requereu a condenação do autor ao ressarcimento
do que se foi gasto. Não precisa aqui o réu reconvir, mas formular pedidos
contrapostos na própria contestação.
 Na ação de consignação em pagamento (cabível quando há dúvida à quem se deve
pagar ou quando há risco de pagar mal – “quem paga mal paga duas vezes”), não se
admite reconvenção. Essa ação também admite pedido contraposto.
 Ações possessórias (gênero) (aplica-se o princípio da fungibilidade). Espécies de ações
possessórias: a) reintegração de posse (art. 922, CPC) – quando houver esbulho – b)
manutenção de posse (art. 922, CPC) – turbação – e c) interdito proibitório – quando
há iminência de violação da posse) também não admitem reconvenção Apenas
quando o pedido estiver relacionado à posse. Ex.: O autor ingressou em juízo contra o
réu em uma ação de reintegração de posse, ou seja, o réu praticou esbulho. O réu
apresentou contestação e nesta, alegou que não houve esbulho, pois existia um
contrato de comodato, que ainda não venceu. E ainda realizou benfeitorias
necessárias, ou seja, imprescindíveis à utilização do bem. Se o autor anuiu, ele tem o
dever de ressarcir os valores que desembolsou. Nesse caso, o réu não reconvirá, mas
exigirá o pedido contraposto na própria contestação, exigindo o ressarcimento que
desembolsou para a manutenção do imóvel. Se o réu quiser e puder formular um
pedido dissociado da posse, então deverá reconvir. E,: Autor ingressou com ação de
reintegração de posse e o réu se defendeu dizendo que havia entre eles contrato de
comodato (não gratuito. Contrato de comodato com encargo – obrigação de fazer,
suportar). No contrato constava que vigoraria enquanto o réu cuidasse bem de sua
mãe. O autor, não respeitando o que foi pactuado, ingressou em juízo exigindo a
reintegração da posse. O réu alegou que não houve esbulho, pois a posse é justa, pois
mantinha a contraproposta, então decide rescindir o contrato e requerendo
indenização pela multa ao autor. Nesse caso o réu reconvirá pleiteando a rescisão do
contrato e a condenação do autor ao pagamento da multa. A ações possessórias
possuem natureza dúplice sou bifrontes? Sim. Porém, pode-se ingressar com
reconvenção, quando se disser respeito a uma questão contratual.
 A renovatória de aluguel é outra ação que também não admite reconvenção, e tem
por finalidade forçar a renovação do contrato de locação não residencial. Se o autor
ingressa com ação renovatória e o réu contesta alegando que o autor perdeu o prazo
para notifica-lo, exigindo o julgamento improcedente da ação.
 A ação de divisão e demarcação de terras é a última ação que não admite reconvenção
em razão de seu objeto, ou seja, não há interesse e nem possibilidade. É uma ação que
tem por finalidade definir os pontos de confrontação da propriedade.

03/03/2015
Reconvenção

- Não será admitida:

Obs.: Novo código de processo civil – Art. 343

CAPÍTULO VII
DA RECONVENÇÃO

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar


pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado,
para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame
de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de
direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor,
também na qualidade de substituto processual.
§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

Exceções – Defesas processuais dilatórias. Não acarretam a extinção do processo. A exceção


poderá recair sobre o juiz ou sobre o juízo.

- Art. 304, CPC;

- Juiz – Exceção de impedimento ou exceção de suspeição. “O juiz encontra-se suspeito ou em


impedimento”.

- Juízo (órgão judicial – vara) – Exceção de incompetência territorial. Essa é a incompetência


relativa.

Juízo

a) Relativa: Porque incompetência absoluta deverá ser alegada em preliminares na


contestação. Pena de prorrogação (art. 114, CPC) – se não for alegada na forma e no
prazo legais, estaremos diante de preclusão do direito de combater a competência
relativa. Se não arguir no momento da contestação poderá ser alegada
posteriormente, porém, a parte que dá causa à ampliação da discussão, deverá pagar
as custas do retardamento do desfeche do processo.
b) Absoluta: Preliminar na contestação (art. 113, CPC) – Poderá ser arguida
posteriormente, e o juiz deverá declarar “ex oficio” a incompetência.

c) Legitimidade – É conferida apenas ao réu (excipiente e autor (excepto). Qual o prazo


para o réu excepcionar? 15 dias. CUIDADO – Art. 265-3 e 306, CPC. Há suspensão do
processo principal imediatamente no momento que se protocoliza a exceção.

d) Efeito: Suspenção (ver arts. 265, III e 306, CPC)

Cláusula de eleição de foro = derrogação (NÃO CONFUNDIR COM PRORROGAÇÃO (tornar


competente quem não era em razão da inércia, da não observação da norma).

Possíveis questões para avaliação:

1) Diferencie pedidos contrapostos e reconvenção.


a) Reconvenção tem natureza de ação autônoma, pedido contraposto não;
b) Reconvenção é petição separada, pedido contraposto é na própria contestação;
c) Na reconvenção haverá condenação nas verbas de sucumbência, no pedido
contraposto não, pois não instaura uma nova ação;
d) Na reconvenção devemos recolher taxas judiciárias, no pedido contraposto, não,
pois não instaura uma nova ação;
e) Na reconvenção exigimos como requisitos conexão ente fundamento da defesa e
pedido principal, Na PC deve-se contrapor diretamente ao pedido.

04/03/2015

Exceções – Continuação

Das Exceções

Art. 304. É lícito a qualquer das partes argüir, por meio de exceção, a incompetência (art.
112), o impedimento (art. 134) ou a suspeição (art. 135).

Art. 305. Este direito pode ser exercido em qualquer tempo, ou grau de jurisdição,
cabendo à parte oferecer exceção, no prazo de quinze (15) dias, contado do fato que
ocasionou a incompetência, o impedimento ou a suspeição.

Parágrafo único. Na exceção de incompetência (art. 112 desta Lei), a petição pode ser
protocolizada no juízo de domicílio do réu, com requerimento de sua imediata remessa ao
juízo que determinou a citação. (Incluído pela Lei nº 11.280, de 2006)

Art. 306. Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (art. 265, III), até que seja
definitivamente julgada.

Art. 311. Julgada procedente a exceção, os autos serão remetidos ao juiz competente.
O código prevê a regra geral (procedimento comum ordinário). Há aqui uma falha. Seria
melhor constar “juízo” competente.

Incompetência territorial: O excipiente é o réu, e o excepto, o autor.

Tratamos aqui da remessa ao juízo competente, porém, se estivermos diante de procedimento


sumaríssimo, JEC, o acolhimento da exceção territorial não acarretará a remessa, mas a
extinção do processo. Se o réu excepcionar e o juiz acolher, não teremos a remessa, mas a
extinção do processo sem a resolução do mérito, pois temos princípios peculiares, como
celeridade, economia, informalidade, etc. Deveremos então remeter ao foro competente.

Juiz: Dispensa-se a capacidade postulatória, ou seja, não há necessidade de se constituir um


advogado, podendo inclusive arrolar testemunhas ou juntar documentos, remetendo os autos
ao Tribunal. Se o tribunal entender que é fundada a exceção, será. remetido os autos ao juiz
substituto.

Há suspensão do processo quando se ingressa com essas exceções? Sim. Vide art. 265 e 306,
CPC.

Art. 265. Suspende-se o processo:

I - pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu


representante legal ou de seu procurador;

II - pela convenção das partes; (Vide Lei nº 11.481, de 2007)

III - quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal,


bem como de suspeição ou impedimento do juiz;

IV - quando a sentença de mérito:

a) depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou


inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente;

b) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de produzida
certa prova, requisitada a outro juízo;

c) tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado, requerido como declaração


incidente;

V - por motivo de força maior;

VI - nos demais casos, que este Código regula.

§ 1o No caso de morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, ou de


seu representante legal, provado o falecimento ou a incapacidade, o juiz suspenderá o
processo, salvo se já tiver iniciado a audiência de instrução e julgamento; caso em que:
a) o advogado continuará no processo até o encerramento da audiência;

b) o processo só se suspenderá a partir da publicação da sentença ou do acórdão.

§ 2o No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a


audiência de instrução e julgamento, o juiz marcará, a fim de que a parte constitua novo
mandatário, o prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual extinguirá o processo sem julgamento do
mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou mandará prosseguir no processo, à revelia
do réu, tendo falecido o advogado deste.

§ 3o A suspensão do processo por convenção das partes, de que trata o no Il, nunca
poderá exceder 6 (seis) meses; findo o prazo, o escrivão fará os autos conclusos ao juiz, que
ordenará o prosseguimento do processo.

§ 4o No caso do no III, a exceção, em primeiro grau da jurisdição, será processada na


forma do disposto neste Livro, Título VIII, Capítulo II, Seção III; e, no tribunal, consoante Ihe
estabelecer o regimento interno.

§ 5o Nos casos enumerados nas letras a, b e c do no IV, o período de suspensão nunca poderá
exceder 1 (um) ano. Findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo.

Art. 306. Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (art. 265, III), até que seja
definitivamente julgada.

Exemplo: A demanda contra o réu, que se defende e apresenta a contestação, contra-


atacando, apresentando a reconvenção. Ainda não obstante, exceção de incompetência
territorial, ainda sim, ingressarei com a exceção de suspeição.

Temos aqui 2 ações (principal e reconvencional). 2 incidentes processuais, e a contestação.

Qual exceção será julgada primeiro? Exceção de suspeição. Se definida a imparcialidade do


julgador, não sendo este suspeito, será julgada a exceção de incompetência. E só após serão
apreciados a contestação e a reconvenção.

O réu apresentou apenas a exceção de suspeição

Subseção II
Do Impedimento e da Suspeição

Art. 312. A parte oferecerá a exceção de impedimento ou de suspeição, especificando o


motivo da recusa (arts. 134 e 135). A petição, dirigida ao juiz da causa, poderá ser instruída
com documentos em que o excipiente fundar a alegação e conterá o rol de testemunhas.

Art. 313. Despachando a petição, o juiz, se reconhecer o impedimento ou a suspeição,


ordenará a remessa dos autos ao seu substituto legal; em caso contrário, dentro de 10 (dez)
dias, dará as suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver,
ordenando a remessa dos autos ao tribunal.

Art. 314. Verificando que a exceção não tem fundamento legal, o tribunal determinará o seu
arquivamento; no caso contrário condenará o juiz nas custas, mandando remeter os autos ao
seu substituto legal.
a) Impedimento (causas: art. 134, CPC) – O prazo é o de 15 dias. Porém, do momento em
que a parte toma conhecimento do impedimento ou da suspeição. Aqui o excipiente
poderá ser tanto o autor quanto o réu. E o excepto? O juiz.

Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou


voluntário:

I - de que for parte;

II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha;

III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou


decisão;

IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer
parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau;

V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta
ou, na colateral, até o terceiro grau;

VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.

Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica quando o advogado já


estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear no processo,
a fim de criar o impedimento do juiz.

b) Suspeição (causas: art. 135, CPC)

Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando:

I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;

II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes
destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau;

III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes;

IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das


partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às despesas do litígio;

V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.

Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo.

Exceções de impedimento e suspeição: procedimento previsto nos arts. 312/314, CPC.

Impugnações
Poderão recair sobre:

a) Gratuidade:

Autor demandou contra o réu, porém, o autor formulou pedido de gratuidade, juntando a
declaração de pobreza. O juiz, ao despachar a inicial decidiu deferir os benefícios da
gratuidade. O réu citado não se conformando com os benefícios da gratuidade (por ter
condições financeiras o autor), poderá impugnar, contestar, reconvir, excepcionar os
benefícios da gratuidade.

A cópia da inicial (contrafé) já consta o benefício da gratuidade, sendo esta grampeada ao


despacho do juiz, onde este determinou a citação do réu. Nesse caso, o réu se vale de um
incidente processual (impugnação à gratuidade), petição dirigida ao juiz, onde o impugnante
se insurge à impugnação, alegando e provando que o impugnado tem condições para arcar
com as despesas do processo. Aqui o impugnação pode formular pedidos (expedição de
ofícios). É um poder de requisição judicial. Deve então ser revogado o benefício da gratuidade
e não se afastando as responsabilidades criminais, por ter faltado com a verdade em juízo.
Esse incidente poderá ser apresentado no prazo de resposta. NÃO CONFUNDIR COM
EXCEÇÕES, pois estas suspendem o curso do processo, enquanto aquela, não, ou seja, o réu
não terá o benefício da suspensão do processo.

E se o réu impugnar no 5º dia e contestar no 15º dia? Sem problemas.

Se o réu não tiver excepcionado, teremos a tramitação simultânea da contestação e da


reconvenção, simultaneamente. Deve o impugnado se manifestar em 10 dias sobre o apenso
instaurado pelo réu.

Se na exceção quando o juiz decidiu (decisão interlocutória), o recurso cabível é o agravo,


quanto à impugnação, o recurso cabível é APELAÇÃO. É uma regra que não tem lógica, pois a
Lei 1060/50, prevê que contra decisão proferida em sede de impugnação à gratuidade, o
recurso cabível é a APELAÇÃO. “Porque consta na lei”.

b) Valor da causa:

Será cabível quando não forem observadas as regras que norteiam o valor da causa. – Art. 258
e 259, CPC. Natureza jurídica da impugnação ao valor da causa? Incidente processual.

Pergunta: Se for instaurada exceção de incompetência, qual será o prazo para impugnar ao
valor da causa?

Tratar das providências preliminares – Fase saneadora ***

10/03/2015

Fase Postulatória
Respostas do Réu - NCPC

Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:


I – inexistência ou nulidade da citação;
II – incompetência absoluta e relativa;
III – incorreção do valor da causa;
IV – inépcia da petição inicial;
V – perempção;
VI – litispendência;
VII – coisa julgada;
VIII – conexão;
IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X – convenção de arbitragem;
XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação
anteriormente ajuizada.
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa
de pedir e o mesmo pedido.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão
transitada em julgado.
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz
conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista
neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.

1) Contestação
2) Reconvenção – será apresentada na Contestação (NCPC)
3) Exceções – Aplica-se o art. 188? Só às exceções de incompetência territorial. E o art.
191? Apenas para a exceção de incompetência territorial.
4) Impugnação (Serão suscitas
 NCPC
 Revelia (arts. 319/322, CPC)

Fase Saneadora – Sanear o feito é afastar irregularidades, afastar questões processuais


pendentes, resolver pontos que podem ser resolvidos nesse momento
Esta fase também é denominada fase ordinatória ou então das providências preliminares ou
das providências preliminares

- Arts. 323/331, CPC.

CAPÍTULO IV
DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES

Art. 323. Findo o prazo para a resposta do réu, o escrivão fará a conclusão dos autos. O
juiz, no prazo de 10 (dez) dias, determinará, conforme o caso, as providências preliminares,
que constam das seções deste Capítulo.

Seção I
Do Efeito da Revelia

Art. 324. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando que não ocorreu o efeito da
revelia, mandará que o autor especifique as provas que pretenda produzir na
audiência. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Seção II
Da Declaração incidente

Art. 325. Contestando o réu o direito que constitui fundamento do pedido, o autor poderá
requerer, no prazo de 10 (dez) dias, que sobre ele o juiz profira sentença incidente, se da
declaração da existência ou da inexistência do direito depender, no todo ou em parte, o
julgamento da lide (art. 5o).

Seção III
Dos Fatos Impeditivos, Modificativos ou Extintivos do Pedido

Art. 326. Se o réu, reconhecendo o fato em que se fundou a ação, outro Ihe opuser
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 10 (dez)
dias, facultando-lhe o juiz a produção de prova documental.

Seção IV
Das Alegações do Réu

Art. 327. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 301, o juiz mandará
ouvir o autor no prazo de 10 (dez) dias, permitindo-lhe a produção de prova documental.
Verificando a existência de irregularidades ou de nulidades sanáveis, o juiz mandará supri-las,
fixando à parte prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.

Art. 328. Cumpridas as providências preliminares, ou não havendo necessidade delas, o


juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o que dispõe o capítulo
seguinte.

CAPÍTULO V
DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO

Seção I
Da Extinção do Processo

Art. 329. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 267 e 269, II a V, o juiz
declarará extinto o processo.

Seção II
Do Julgamento Antecipado da Lide

Art. 330. O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença: (Redação dada
pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

I - quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato,
não houver necessidade de produzir prova em audiência; (Redação dada pela Lei nº 5.925,
de 1º.10.1973)

II - quando ocorrer a revelia (art. 319). (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Seção III

Do despacho saneador
Do Saneamento do Processo
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)

Da Audiência Preliminar
(Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

Art. 331. Se não ocorrer qualquer das hipóteses previstas nas seções precedentes, e
versar a causa sobre direitos que admitam transação, o juiz designará audiência preliminar, a
realizar-se no prazo de 30 (trinta) dias, para a qual serão as partes intimadas a comparecer,
podendo fazer-se representar por procurador ou preposto, com poderes para
transigir. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

§ 1o Obtida a conciliação, será reduzida a termo e homologada por sentença. (Incluído


pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 2o Se, por qualquer motivo, não for obtida a conciliação, o juiz fixará os pontos
controvertidos, decidirá as questões processuais pendentes e determinará as provas a serem
produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se necessário. (Incluído pela Lei
nº 8.952, de 13.12.1994)

§ 3o Se o direito em litígio não admitir transação, ou se as circunstâncias da causa


evidenciarem ser improvável sua obtenção, o juiz poderá, desde logo, sanear o processo e
ordenar a produção da prova, nos termos do § 2o. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)

1) Autor formulou pedidos. O réu contestou. Na contestação, o réu suscitou preliminares


(art. 301) e também atacou o mérito. Que providência deverá o juiz tomar? NUNCA SE
ESQUECER DO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. Diante da antítese o
juiz deve determinar a manifestação do autor sobre a manifestação e documentos
juntados. Logo, estaremos diante da intimação do autor para apresentar a réplica
(prazo do art. 327, CPC), ou seja, prazo de 10 dias, permitindo-lhe a apresentação de
provas documentais. A réplica é uma manifestação importante para o autor porque
esse é o momento oportuno para o autor impugnar as provas produzidas pelo réu.
2) Caso não haja preliminares ao mérito, também haverá prazo para o autor apresentar
réplica, porém, o prazo será o previsto no art. 185 (na ausência de apontamento do
prazo pelo juiz).

3) Se réu devidamente citado “quedar inerte” (revelia) o que determinará o juiz? Se a


revelia tiver produzido efeitos, a solução será prolação de sentença, ou seja,
julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 330, II, CPC. O julgamento conforme
estado do processo é gênero de que são espécies, extinção do processo (art. 329, CPC)
e o julgamento antecipado da lide (art. 330, CPC). Se se aplicar os efeitos da revelia,
aplicamos o art. 324, CPC, ou seja, determinará a intimação do autor para especificar
as provas que pretende produzir.

4) O juiz, verificando que o autor formulou pedidos, o réu contestou. Na contestação o


réu arguiu preliminares e também formulou defesa meritória, então o autor se
manifestou em réplica no prazo de 10 dias. Na contestação o réu alegou que o autor
carecia do direito de ação, não sendo parte legítima, e o autor não comprovou a
qualidade de direito, portanto o processo deveria ser extinto sem resolução do mérito.
O autor se manifestou em réplica e alegou que é parte legítima e o instrumento é
adequada, requerendo a rejeição da defesa processual. O juiz constata que tem razão
o réu, pois o autor não comprovou a titularidade do crédito, então prolata sentença.
Qual o fundamento legal dessa sentença? O fundamento está no art. 329 (art. 267),
CPC.

5) Autor formula pedidos, o réu contestou, e na contestação arguiu preliminares e


também formulou a defesa meritória. Juntou documentos e o juiz intimou o autor para
se manifestar em réplica no prazo de 10 dias. O juiz chega à conclusão de que o autor
alegou fatos e provou e o réu também. Então ele não precisa de outras provas. A
questão nos autos é unicamente de direito, pois os fatos se encontram provados. Se
for essa a questão e o juiz já conhece o direito, há necessidade de continuar o trâmite
processual? O autor idealizava provas orais, expedição de ofícios, etc. O juiz diz que
formou o conhecimento e que não há necessidade de novas provas. O juiz pode
decidir dessa forma? Sim, art. 330, I, CPC. Quando a questão for unicamente de direito
e os fatos estiverem provados, teremos o julgamento antecipado da lide. E a parte que
se sentiu prejudicada? Poderá recorrer, ou seja, será resolvido em sede de recurso. O
juiz tem esse direito, porque ele é o destinatário das provas.

6) O autor formulou pedidos, porém, não foi juntada a procuração, ou seja, não há
regularidade na representação do autor. O réu citado apresentou a contestação, e
alegou que o autor não se encontrava devidamente representado nos autos. Qual a
providência tomará o juiz? Determinará a intimação do autor para suprir a
irregularidade processual. Há aqui a possibilidade de corrigir irregularidades ou vícios
formais.
Todas as providências acima poderão ocorrer em uma audiência, qual seja constante do art.
331, CPC (audiência de tentativa de conciliação). Essa audiência é obrigatória? Não, pois é uma
audiência de tentativa de conciliação, ou seja, facultativa, e que está em conformidade como
art. 125, CPC.

O juiz entende designar a audiência do art. 331. As partes são obrigadas a comparecer? Não, e
não sofrerão consequências. Pode o advogado comparecer sozinho? Sim, porém precisa de
procuração com poderes específicos. Se não constar os poderes específicos na procuração,
mas apenas poderes para o foro em geral? Não poderá, mas pode haver consenso por parte do
juiz, e condicionar a homologação do acordo para juntar procuração com poderes específicos.

Art. 331. Se não ocorrer qualquer das hipóteses previstas nas seções precedentes, e
versar a causa sobre direitos que admitam transação, o juiz designará audiência preliminar, a
realizar-se no prazo de 30 (trinta) dias, para a qual serão as partes intimadas a comparecer,
podendo fazer-se representar por procurador ou preposto, com poderes para transigir.

§ 1o Obtida a conciliação, será reduzida a termo e homologada por sentença.

§ 2o Se, por qualquer motivo, não for obtida a conciliação, o juiz fixará os pontos
controvertidos, decidirá as questões processuais pendentes e determinará as provas a serem
produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se necessário.

§ 3o Se o direito em litígio não admitir transação, ou se as circunstâncias da causa


evidenciarem ser improvável sua obtenção, o juiz poderá, desde logo, sanear o processo e
ordenar a produção da prova, nos termos do § 2o

A sentença que homologa o acordo julga o mérito, caso não seja atendida, aplica-se o 475-J.

Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em


liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido
de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto
no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação.

Se não obtida a conciliação o juiz observará se há obstáculos processuais. Se houverem e


forem transponíveis, determinará a regularização do processo, se não, extinguirá.

Na audiência do art. 331, CPC, o juiz não poderá adentrar no mérito.

11/03/2015

PROVAS

a. Recaem sobre fatos – Qual o objeto da prova? O fato. Fato alegado precisa ser
provado;
b. Fatos relevantes – O que são fatos relevantes? São os fatos não notórios, fatos
controvertidos. São os fatos sobre os quais não pairam a presunção de verdade;
c. Destinatário: Juiz (integrantes do judiciário);
d. Quais provas podem ser produzidas? Todas admitidas em direito. – Recomendação de
leitura: Teoria Geral das Provas no processo civil, de Renata Albuquerque. O que é
prova ilícita? Aquela que contraria o ordenamento jurídico. Admitimos interceptação
telefônica no processo civil? Não.

Resumo:

1) Réu revel:
a. Efeitos da revelia: Julgamento antecipado da lide;
b. Sem efeitos da revelia (art. 320, CPC): Intimação do autor para especificar provas
que pretende produzir;
2) Réu contestou: Réplica (10 dias ou 5 dias);
3) Réu contestou: Réplica: Obstáculo processual intransponível – Extinção (art. 329, CPC).

17/03/2015

Fase Instrutória

 Direito X Fatos (art. 337, CPC)

As provas recaem sobre fatos. O direito não precisa ser provado, porque o juiz conhece o
Direito. Porém, temos que tomar cuidado com o art. 337, CPC:

Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário,
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz.

Há um contrato entre empresa brasileira e estrangeira. Esse contrato está pactuando uma
lei para regulamentar determinada situação específica daquele contrato. O juiz brasileiro é
obrigado a conhecer os direitos de qualquer outro país, porém, deve a parte juntar o texto
da lei traduzido, mas não é obrigado a conhecer o teor e a vigência da lei estrangeira. O
juiz é não é obrigado a conhecer o direito consuetudinário.

O juiz está exercendo sua função em Piracicaba. Há necessidade das partes juntarem uma
lei municipal? Têm-se que comprovar o teor do direito da lei municipal? Sim.

Como provamos teor e vigência de direito consuetudinário (do dia-a-dia)? É possível


provar, juntando uma sentença prolatada em caso análogo. Uma sentença que se baseou
em direito consuetudinário.

Ex.: Há uma rega no CPC que não há possibilidade de se provar um fato só por
testemunhas se o valor almejado extrapolar a 10 salários mínimos. Então se extrapolar,
precisamos ter um início de prova documental. A prova oral vai apenas retificar a prova
documental.

Em um conflito que evolveu fazendeiros na região de fazendeiros (valores elevados, por há


mais de 20 anos elaboravam negócios jurídicos, e essas negociações eram todas verbais,
porque ainda embasavam os contratos com confiança. Até que um fazendeiro descumpriu
o contrato. O credor tinha como provas apenas testemunhas. Há o obstáculo supracitado,
e, nesse caso extrapolava. Então o juiz invocou osc costumes, e, diante das provas
exclusivamente orais, como o CPC prevê que não pode haver somente prova oral, o juis se
embasou dos costumes regionais, então se esse juízo não considerasse o costume que
impera na localidade, não haveria como provar o alegado. Houve recurso e o TJSP manteve
a sentença porque o juiz no caso em concreto estabeleceu o direito violado, apenas
flexibilizando a rigidez da norma.

 Prova “Todo elemento que pode levar ao conhecimento de um fato a alguém”

As provas recaem sobre fatos. Qual a finalidade da prova?

Se temos em mãos uma fotografia, ou mapa, pode servir de prova. Tudo que puder relatar
uma situação fática, consideramos como prova.

 Destinatário da prova: Juiz

 Finalidade da prova: Formar o conhecimento do jurisdicionado

Provamos de fato para formar o convencimento do juiz? Não, provamos fatos para convencer
o juízo (órgão), ou seja, provamos para o Poder Judiciário. Por que? Porque não devemos nos
preocupar apenas com órgão monocrático, mas também com os órgão colegiados.

 Objeto – Fatos: Qualquer fato pode ser provado? Não, apenas os fatos pertinentes.

Art. 334. Não dependem de prova os fatos:

I - notórios;

II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária – Fatos incontroversos

III - admitidos, no processo, como incontroversos;

IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade – Princípio geral.


A boa-fé é presumida, e a má-fé deve ser provada.

a. Relevantes

b. Pertinentes
c. Não notórios

d. Controvertidos

 Meios probatórios:
a. Depoimento pessoal (arts. 342/347, CPC)

b. Confissão (arts. 348/354, CPC)

c. Exibição (arts. 355/363, CPC)

d. Documentos (arts. 364/399, CPC)

e. Testemunhas (arts. 400/419, CPC)

f. Perícia (arts. 420/439, CPC)

g. Inspeção judicial (arts. 440/443, CPC)

 Rol legal é exemplificativo:


a. Prova emprestada (prova confeccionada em outro processo). Existe aqui uma
regra em que sua validade está condicionada à participação das partes litigantes
na prova no outro processo.

A demanda contra B. Esse processo tramitou na 1ª vara cível. Existe outro processo em que B
demanda contra A e o processo tramita na 2ª Vara cível. Então o fato que foi provado na 1ª
vara torna-se relevante para o processo que tramita na 2ª vara. A prova que foi produzida no
processo da 1ª vara foi respeitado o contraditório a ampla defesa, então essa prova pode ser
utilizada no outro processo.

Há possibilidade de terceiro se valer de prova emprestada? Não, pois as partes tem que ser as
mesmas.

E se B utilizou a prova do processo em que demandou contra o A para um processo instaurado


contra C e houve aceitação por C. Há validade da prova emprestada. Para ser utilizada as
partes tem de ser as mesmas, senão a parte não pode ser impugnada por quem participou de
outro processo. Porém, se a parte não se insurgir, a prova então será aceita no processo. Há
regras construídas pela jurisprudência.

b. Reconsideração para inspeção judicial

A reconstituição auxilia na elucidação de fatos. Podemos ter reconstituição de fatos no


processo civil? Podemos utilizar as regras o direito penal para pleitear a produção de provas de
reconsideração no processo civil Sim.

 Prova ilícita X ilegítima.

Ônus da prova: art. 333, CPC.

Ônus da prova

Art. 333. O ônus da prova incumbe:

Concepção estática do ônus da prova – A regra geral em nosso ordenamento é o


autor provar os fatos constitutivos e o réu os fatos impeditivos, modificativos ou
extintivos do direito do autor.

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do


autor.

Concepção dinâmica – Inversão do ônus da prova – Lembra-se do CDC. Se existe


relação de consumo o juiz inverte o ônus da prova, ou seja, relativiza-se os arts.
anteriores. Imputamos ao réu ônus de imputar os fatos negativos do direito do autor.

Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova
quando:

I - recair sobre direito indisponível da parte;

II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.


NCPC

Teoria (concepção) dinâmica do ônus da prova.

O juiz poderá determinar à parte que estiver em melhores condições de provar o alegado. Não
apenas condições financeiras, mas condições de provar determinado o fato.

Fato negativo, em regra, não pode ser provado.

O réu colidiu no veículo e se defende que não colidiu. Aqui ele está provando a negativa do
fato.

O réu diz que nunca esteve em tal lugar? Este é um fato negativo.

Autor ingressa em juízo contra um médico porque durante o parto a mulher sofreu
intercorrências

18/03/2015

Continuação...

 Conceito, finalidade, destinatário;

 Ônus da prova:

a. Concepção estática – art. 333, CPC;


b. Dinâmica:
1. Inversão do ônus da prova;
2. Carga dinâmica da prova (o juiz imputará à parte que estiver em melhores
condições de provar o alegado).

Em que momento o juiz pode inverter o ônus da prova? Quando da prolação da sentença.

O que é verdade? O que corresponde com a realidade.

 Verdade real X Verdade formal e poderes instrutórios do juiz (ver art. 130, CPC)

Verdade real: busca a verdade fática, pura, sobre a qual não paira dúvida (processo penal).

Verdade processual (verdade forma): O que não estiver nos autos não existe no mundo do juiz.

Verdade judicial: Adotamos a verdade judicial, ou seja, o juiz deve sim buscar a verdade,
porque é dotado de poderes instrutórios, e, por isso é dotado de mecanismos para obtenção
dessas provas. – Vide art. 130, CPC.
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo
as diligências inúteis ou meramente protelatórias.

O poder instrutório do julgador varia de acordo com a natureza da lide. Ex.: Em ação de
alimentos o filho alega que o pai tem condições financeiras para arcar com pensões no valor
“X”. Para comprovar a possibilidade econômica do réu, precisa de informações sigilosas. Se o
autor não requerer pode o juiz determinar de ofício a quebra do sigilo bancário do réu? Sim,
pois estamos diante do interesse de incapaz. Pode o juiz determinar de ofício a produção de
prova pericial? Sim. E prova testemunhal? Só testemunha referida (art. 130). A provas passam
por diversos momentos.

1) Fase de requerimento;
2) Fase do deferimento;
3) Fase da produção;
4) Fase da avaliação

As provas uma vez produzidas pertencem ao processo (ao Estado). O que existe é
requerimento da prova pelo autor e requerimento da prova pelo réu. O juiz defere ou
indefere. Se for deferida, será produzida, e depois será objeto de avaliação do juiz.

 Sistemas de avaliação das provas:


a. Prova legal (ou tarifada): Historicamente superado, resquício no art. 366, CPC;- O
juiz deverá analisar as provas de acordo com os valores estabelecidos em lei. Os
fatos podem ser provados por todos os meios de provas.
b. Livre convencimento; - Não adotamos esse sistema, mas já vigorou em nosso
direito.
c. Persuasão racional (livre convencimento MOTIVADO) (art. 131, CPC / 165 do CPC /
92, IX, CF) – Adotamos esse sistema em nosso ordenamento jurídico

 Arts. 212 e seguintes do CC também tratam das provas (normas heterotópicas –


normas que se completam).

PROVAS EM ESPÉCIE:

1) Provas orais
a. Interrogatório das partes (Pode ser declarado “ex ofício” – art. 342) – Busca-se
esclarecimento de fatos. Quem primeiramente pergunta é o juiz, após, o advogado da
parte ouvida, e ao fim, o advogado da parte contrária.
b. Depoimento pessoal (Art. 343) – Busca-se a confissão de fatos. Para que o depoimento
pessoal acarrete a confissão, deve-se observar as regras previstas no CPC. Quem
formula perguntas, primeira mente é o juiz, e depois o advogado do adversário.
c. Oitiva de testemunhas
Aqui o CPC não é muito claro, pois trata de forma conjunta depoimento pessoal e
interrogatório das partes.

2) Provas documentais

3) Provas periciais

Vedação “Non liqued”. – O juiz não pode deixar de decidir alegando que não há provas
suficientes. Nesses casos, como o juiz vai julgar? Ônus da prova. Ex.: Autor alegou o fato e não
se desincumbiu de provar os fatos constitutivos do direito do réu, e o réu não provou os fatos
modificativos, impeditivos e extintivos do direito do réu. Nesse caso, como o ônus da prova
cabia ao autor, o juiz julgará improcedentes os pedidos formulados pelo mesmo.

24/03/2015

Provas em espécie

Provas Orais

1. Depoimento pessoal X Interrogatório das partes

Vide arts. 342/347, CPC.

No depoimento pessoal, caso não haja presença da parte intimada, aplica-se a pena de
confesso. E para o juiz poder aplicar esse pena, deve seguir o art. 343, § 1º. Deve constar no
mandato a sanção. Por isso é importante a parte ao indicar as provas, o porque requer o
depoimento pessoal, caso contrário, não pode o juiz aplicar a pena de confesso. Com se dá?
Representa um marco de transição entre a fase de instrução e a fase decisória. O juiz primeiro
tenta conciliar as partes. Caso a conciliação seja infrutífera, perguntará se a parte insiste em
continuar com o interrogatório pessoal. Quem primeiro formula as perguntas é o juiz, e, após,
o advogado do adversário.

Na esquiva de resposta formuladas pelo juiz, poderá o autor ser prejudicado? Sim.

Na desistência do advogado no interrogatório do autor, poderá o juiz ainda ouvir o autor?


Sim, porém, deixará de ser depoimento pessoal e passará a ser interrogatório.

Há possibilidade do juiz determinar a saída do autor da sala de audiência enquanto está


interrogando o réu? Em regra geral, não. Mas se isso puder prejudicar a colheita das provas,
poderá, de ofício ou a requerimento da parte determinar a saída do autor da sala de audiência.
2. Prova testemunhal – Arts. 400/419, CPC

Quem pode ser testemunha? Qualquer pessoa que conhece o fato relevante, pertinente
(objeto de prova). Testemunha pode ser parte?

A demanda contra B, C e D. Há possibilidade de D testemunhar em favor de C? Não.


Testemunha é terceiro (quem não é parte, e quem não é parte, é terceiro). Testemunha é
aquela que conhece acerca dos fatos.

Deve-se declarar o que realmente sabe. As testemunhas colaboram com o Estado, por tal fato,
testemunha não pode ter seu dia descontado no trabalho. Testemunha é toda pessoa maior
de 16 anos que sabe, que conhece os fatos. Testemunha deve ser livre, desimpedida. Assume
o compromisso de falar a verdade em juízo. Se não disser a verdade, cometerá um crime e
responderá penalmente pelo crime de falso testemunho.

Se o réu juntou recibo de pagamento, não há necessidade de levar testemunha para alegar o
pagamento.

2.1. Incapacidade X Impedimento X Suspeição

Vide art. 405, CPC

A incapacidade é uma causa geral, ou seja, uma pessoa incapaz é incapaz em qualquer
situação.

Impedimento é circunstancial, ou seja, incide naquele processo, mas pode atuar em outro, por
exemplo.

Testemunha menor de 16 anos não pode ser testemunha.

Suspeição é circunstancial, ou seja, a suspeição se restringe àquele caso.

O cego e o surdo

O impedimento é objetivo. Pode-se ouvir testemunha impedida quando o poder público exigir.
Não é um obstáculo intransponível. Poderá ser ouvido quando houver interesse público, ou no
direito de família.

Suspeição são causas subjetivas.

2.2. Contradita de testemunhas – Arts. 414, § 1º, CPC

2.3. Substituição de testemunha – Art. 408, CPC

25/03/2015

Prova testemunhal (continuação)


Arts. 400/419, CPC

1. Substituição da testemunha – art. 408, CPC

2. Local: Audiência, na sede do juízo, salvo: As testemunhas são ouvidas na audiência de


instrução e julgamento, no final da fase instrutória. Há possibilidade de designar a
audiência antes desse prazo? Sim. Trata-se da chamada produção antecipada de prova
(antes do processo). Há um processo que tem por finalidade viabilizar a colheita de
prova, podendo comprovar tal fato. No curso do processo, a qualquer momento pode-
se requerer a audiência para produzir determinada prova. Todavia, a regra geral a
prova é produzida na audiência de instrução e julgamento. Há possibilidade de se ouvir
a testemunha em outra comarca? Sim, Através de carta precatória
2.1. Art. 410, CPC – Carta precatória

Art. 410. As testemunhas depõem, na audiência de instrução, perante o juiz da causa,


exceto:

I - as que prestam depoimento antecipadamente;

II - as que são inquiridas por carta;

III - as que, por doença, ou outro motivo relevante, estão impossibilitadas de comparecer
em juízo (art. 336, parágrafo único);

IV - as designadas no artigo seguinte.

A ação cautelar antecipatória de prova poderá ser realizada em outra comarca.

2.2. Art. 411, CPC;


Art. 411. São inquiridos em sua residência, ou onde exercem a sua função:

I - o Presidente e o Vice-Presidente da República;

II - o presidente do Senado e o da Câmara dos Deputados;

III - os ministros de Estado;

IV - os ministros do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal
Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006).

V - o procurador-geral da República;

Vl - os senadores e deputados federais;

Vll - os governadores dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal;

Vlll - os deputados estaduais;

IX - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, os juízes dos Tribunais de Alçada, os juízes dos Tribunais Regionais do
Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;

X - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa ao agente diplomático do Brasil.

Parágrafo único. O juiz solicitará à autoridade que designe dia, hora e local a fim de ser inquirida, remetendo-lhe cópia da petição inicial
ou da defesa oferecida pela parte, que arrolou como testemunha.

3. Ordem: Art. 413, CPC

Art. 413. O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente; primeiro as do


autor e depois as do réu, providenciando de modo que uma não ouça o depoimento das
outras.
Juiz, não permita a contaminação da prova, não permitindo que uma testemunha ouça a
outra.

Pode o juiz inverter a ordem? Sim, caso falte uma testemunha do autor, e desde que haja
concordância de ambos os advogados. O Juiz não pode ouvir uma testemunhado autor em dias
divergentes, pois, desta forma estará contaminando a prova.

Testemunhas NÃO PODEM SE COMUNICAR. Infelizmente a estrutura do judiciário é frágil, e


isso acaba acontecendo.

4. Ônus econômico: Art. 419, CPC

Art. 419. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência,
devendo a parte pagá-la logo que arbitrada, ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.

Parágrafo único. O depoimento prestado em juízo é considerado serviço público. A testemunha, quando sujeita ao regime da
legislação trabalhista, não sofre, por comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.

Art. 420. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.

Parágrafo único. O juiz indeferirá a perícia quando:

I - a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico;

II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;

III - a verificação for impraticável.

Prova pericial

Quando produzimos? Quando o fato existente no processo exigir conhecimentos técnicos.

O juiz não pode dispensar a documentação do fato, então, por mais técnica que tenha o juiz
em determinado ramo profissional, terá de nomear um perito. Há necessidade de documentar
o fato. Porém, o juiz não se restringirá ao perito, porque o juiz é o perito “peritório”.
1. Arts. 420/439, CPC.

2. Modalidades:

2.1. Exame: Pode recair tanto sobre bens móveis, quanto pessoas.
2.2. Vistoria: Recai sobre bens imóveis (conflito que envolve vizinhos – direito de
vizinhança). Tanto o exame quanto a vistoria podem envolver avaliação.
2.3. Avaliação: Quando existir a mensuração (quantificação).

3. Perito X Assistente técnico

Ao serem intimadas, as partes tem 10 dias para indicar assistentes técnicos, formular quesitos
e impugnar a nomeação do perito.

Cabem aqui as exceções de impedimento e suspeição.

Cabe impugnação quando o perito não tem conhecimento sobre o objeto que está sendo
discutido no processo. Se o juiz manter o perito, cabe agravo.

31/03/2015

Prova pericial (continuação)

Procedimento

Nomeação (art. 421, CPC) – Intimação do perito e fixação de prazo – Perito poderá se escusar
(declinar) – art. 423, CPC (5 dias) – Nomeado o perito, 5 dias para indicação de assistentes
técnicos e formulação de quesitos (arts. 421, § 1º e 426, CPC) – Intimação das partes para
acompanhar a perícia (art. 431-A, CPC) – Entrega do laudo com antecedência mínima de 20
dias da audiência (art. 433, CPC) ver art. 421, § 2º e 435, CPC – Laudo insuficiente – 2ª perícia
(arts. 437 / 439, CPC).

Não podemos confundir perito com assistente técnico, pois o perito é da confiança do juízo, e
o assistente técnico é constituído ou indicado pelas partes. O perito tem que ser imparcial. O
assistente técnico não tem obrigação de ser parcial. Quem paga o assistente técnico é a parte
que indica, e, quando é nomeado pelo juiz, quem paga é o autor. Perito e assistentes técnicos
tem prerrogativa para requererem a produção de provas.

Quando falamos em laudo pericial, manifestação do assistente técnico, qual prova tem maior
validade? Todas as provas serão analisadas pelo juiz, não existindo uma gradação. O juiz não
fica vinculado ao laudo, então pode ser que a manifestação do assistente técnico tenha
formado o convencimento do juiz.
O perito nomeado recebe um prazo para entrega do laudo, porém, não é obrigado a aceitar a
nomeação. Porém, após ser intimado, necessita ingressar em juízo declinando da função – art.
423.

Art. 423. O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por impedimento ou suspeição
(art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o juiz nomeará novo
perito.
A lei não fixa prazo para o perito recusar. Se a lei não indica prazo e também não é fixado pelo
juiz, o prazo é o do art. 183, ou seja, de 5 dias.

Se no prazo para impugnar não houver escusa, abre-se prazo para indicação de assistente
técnicos e formular quesitos.

Quando indicamos assistente técnico, necessita juntar a comprovação de tal qualificação.

Nunca se esqueça de formular quesitos suplementares. O que são? São novos quesitos que
poderão ser formulados no momento da perícia.

Se não forem intimadas as partes, falaremos de nulidade.

Art. 431-A. As partes terão ciência da data e local designados pelo juiz ou indicados pelo
perito para ter início a produção da prova.

Como cientificar as partes? Carta por AR, por imprensa oficial, por e-mail (na Trabalhista). Se o
e-mail não é lido pelo advogado, invocamos o princípio do contraditório e ampla defesa.

No dia da perícia, comparecem os advogados, peritos, assistentes técnicos e, após, o perito


dará início ao laudo pericial, dentro de um prazo prorrogável.

O prazo para impugnar o laudo, o prazo para manifestação é de 10 dias (art. 433, § único).
Quem vai requerer a manifestação sobre o laudo, quem o apresenta é o advogado da parte.

Se a audiência foi designada para o dia 20/04 (instrução e julgamento). O laudo foi juntado nos
autos no dia 05/04. Qual a consequência? Redesignação da audiência. Se foi juntado o laudo
no dia 5 dia de abril, necessariamente a audiência deverá ser redesignada. Normalmente os
juízes designam audiência sine die (sem prazo). Por que a lei prevê o prazo de 20 dias? Porque
há possibilidade da parte requerer a oitiva do perito, para esclarecer fatos. Então, o perito
pode ser ouvido em audiência à requerimento das partes, quanto à pedido do juiz.

Se o laudo for inconsistente, o juiz pode determinar uma 2ª perícia. Pode-se ter várias perícias
técnicas? Sim, pois, depende o caso em concreto. Juntado os laudos e o juiz entender que o
laudo é inconsistente, pode determinar nova perícia.

Inspeção judicial

Art. 440. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do


processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que interesse à
decisão da causa.

Art. 441. Ao realizar a inspeção direta, o juiz poderá ser assistido de um ou mais peritos.

Art. 442. O juiz irá ao local, onde se encontre a pessoa ou coisa, quando:

I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva
observar;

II - a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou graves
dificuldades;

Ill - determinar a reconstituição dos fatos.

Parágrafo único. As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando


esclarecimentos e fazendo observações que reputem de interesse para a causa.

Art. 443. Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, mencionando
nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de
1º.10.1973)

Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia.

Não confundir prova pericial com inspeção judicial.

O CPC trata a inspeção judicial como um meio de prova (arts. 440 a 443).

O juiz está presidindo um processo, e estamos diante de uma audiência de conciliação. Se a


audiência foi infrutífera, o juiz saneará o feito. O juiz afastou as questão processuais
pendentes, fixou os pontos controvertidos e disse que iria até o local do objeto do processo
(vício oculto em uma máquina). Isso é perfeitamente possível, pois estamos diante da inspeção
judicial. Isso decorre do contato direto do juiz com a prova (Ictus oculi). As partes tem controle
sobre tal meio de obtenção de prova.

Reconstituição dos fatos também é meio de prova (CPP).

Não é o juiz quem comparecerá, mas para ser válida, deve-se observar o princípio do
contraditório e ampla defesa. E, tudo o que foi observado na inspeção, será reduzido a termo.
Pode-se ter aqui fotografias, mapas, desenhos, etc.

Prova documental (arts. 364 à 399, CPC)

a. Consiste na representação física de fato.


b. Público X Particular – Observação: Art. 364, CPC.
c. Momento: Ver art. 396, CPC.

Conferimos uma grande importância para as provas documentais.


A prova documental, goza de prioridade. É uma informação verdadeira? Não

Quando se fala em documento, devem ser entendidos como aquele que pode representar de
forma física um fato. Ex.: Fotos, mapas, gravação de áudio. A gravação será degravada, ou seja,
se tiver uma gravação ambiental, juntaremos no autos do processo, e reduziremos a termo
áudio. Então, documento não é apenas aquele que apresenta uma forma escrita. Documento é
todo aquele que representa de forma física um fato.

Não confundir documento com instrumento, ou seja, o instrumento é adredi preparado. Ex.: O
contrato de compra e venda resguarda os direitos da partes, portanto, estamos diante de um
instrumento, pois, viabiliza o direito das partes. Outro ex.: procuração.

A partir do momento em que a procuração está nos autos, ele representa um documento.

Documento público: Aquele que e emanado, confeccionado por órgãos públicos (ex.: Certidão
de nascimento, BO.

Documento particular: Traz presunção de verdade para seu subscritor. Ex.: se tem um contrato
particular, esse contrato traz uma presunção da verdade. Procuração, contrato.

Art. 364, CPC

Art. 364. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que
o escrivão, o tabelião, ou o funcionário declarar que ocorreram em sua presença.

Aqueles fatos relatos ao escrivão, quando o mesmo reduz à termo no boletim de ocorrência,
estamos de fatos que NÃO são presumidos verdadeiros, pois, não se trata do conteúdo
documento, mas daquilo que foi dito ao escrivão. É presunção de verdade de que fatos foram
ditos aos escrivães.

Qual o momento oportuno para juntar documentos? O autor junta documentos na inicial, e, o
réu, na contestação. Há possibilidade de se juntar documentos no curso do processo?

Sim.

Art. 396. Compete à parte instruir a petição inicial (art. 283), ou a resposta (art. 297), com
os documentos destinados a provar-lhe as alegações.

Em fase recursal (encerrada instrução processual), o juiz não admitirá a juntada de


documentos. Somente há ressalva se houver novas provas, após o encerramento da instrução.

O art. 397 prevê a qualquer momento (diante de documento novo).

01/04/2015

Prova documental (continuação)


1. A fé do documento público ou particular cessa com a declaração judicial de sua
falsidade (art. 387, CPC).
2. Incidente de arguição de falsidade = qualquer tempo e grau de jurisdição (ver art. 390,
CPC)
a. Ação declaratória incidental (art. 389, I, CPC)

O que é? É uma ação instaurada no curso do processo. Qual a natureza jurídica da decisão
nesse incidente? Sentença. Não é decisão interlocutória, porque quando produzida a prova
pericial, a mesma ficará anexada aos autos, e o juiz vai apreciar a prova quando for prolatar a
sentença.

Considerações sobre a ação declaratória incidental.

Na prática, não é relevante uma ação declaratória incidental. O NCPC aboliu a ação
declaratória incidental.

A sentença é dividada em três.

Relatório, fundamentação e dispositivo. Qual a parte que se torna imutável? Apenas o


dispositivo. Os fundamentos constantes na sentença não são imutáveis, ou seja, não é
acobertado pela coisa julgada material.

Exemplo: Ação de usucapião.

O A alega que está no imóvel a 155 anos e a posse é mansa, ppacífica, pelo prazo mínimo
previsto em lei, e nunca foi notificado. O imóvel, no cartório encontra-se em nome de B,
porém, o mesmo pouco se importou, e, por tal motivo, o proprietário era ele. Requereu que
fosse expedido de ofício ao cartório para que passa a constar em seu nome a escritura.

B contestou alegando que não ocupou a área que estava sendo pleiteada, alegando que havia
contrato de comodato, então, se a posse antes era clandestina, pode se tornar pública. O
decurso do tempo não convalida a traição. Então, quem empresta o imóvel, nunca usucapirá. A
precariedade não se convalesce.

O comodato é uma questão prejudicial. O que é prejudicial? Algo que deve ser decidido antes.
Ara o juiz julgar, deve enfrentar se houve ou não comodato.

A ação declaratória tem por finalidade ampliar os limites dos objetivos da coisa julgada.

O incidente de falsidade tem natureza jurídica de ação declaratória incidental.

MARCO DE TRANSIÇÃO

Audiência de instrução e julgamento.

Encerra-se a instrução, mas pode ocorrer de não haver provas orais a serem produzidas.

Se a arguição de
Se a arguição da falsidade ocorrer antes do encerramento da instrução, observamos o art. 391,
ou seja, a arguição de falsidade será por simples petição (entranhada aos autos). Se ocorrer
após, observa-se o art. 393, ou seja, a petição será apensada aos autos.

Quando interpõe-se recurso, endereçada aos desembargadores. Os autos são remetidos aos
tribunais.

b. Suspende o curso do processo

Art. 365:

O advogado é goza de fé pública para declarar a autenticidade do documento? As cópias


juntadas pelo advogado são autênticas? O advogado tem autenticidade para juntar as cópias
no processo? Sim. Fazem a mesma prova que os originais.

Art. 365. Fazem a mesma prova que os originais:

I - as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das audiências, ou de


outro livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele ou sob sua vigilância e por ele
subscritas;

II - os traslados e as certidões extraídas por oficial público, de instrumentos ou


documentos lançados em suas notas;

III - as reproduções dos documentos públicos, desde que autenticadas por oficial público
ou conferidas em cartório, com os respectivos originais.

IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas autênticas


pelo próprio advogado sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a
autenticidade. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006).

V - os extratos digitais de bancos de dados, públicos e privados, desde que atestado pelo
seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na
origem; (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento, público ou particular, quando


juntados aos autos pelos órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus
auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados públicos
ou privados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração antes ou
durante o processo de digitalização. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

§ 1o Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no inciso VI do caput deste


artigo, deverão ser preservados pelo seu detentor até o final do prazo para interposição de
ação rescisória. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).

§ 2o Tratando-se de cópia digital de título executivo extrajudicial ou outro documento relevante


à instrução do processo, o juiz poderá determinar o seu depósito em cartório ou secretaria.

Os advogados podem declarar autenticidade de documento, sob sua própria responsabilidade.


Nos processos eletrônicos, quando o advogado junta as cópias aos autos, o advogado também
é responsável pelos documentos, mas, não somente pela autenticidade, mas pela legibilidade.
Ciência à parte contrária é uma norma de ordem pública.

Se a parte adversa constata que o documento juntado foi falsificado, pode instaurar um
incidente, o incidente de falsidade.

Falsidade material?

Ideológica: Falsidade de conteúdo, ou seja, nada mais é que declarar de forma falsa o fato.
Aqui pode-se provar a falsidade, através de uma ação autônoma, uma ação declaratória.

Material: Falsidade na confecção do documento. – Apenas para adulteração no documento,


assinatura falsificada, etc.

Art. 387

Art. 387. Cessa a fé do documento, público ou particular, sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade.

Parágrafo único. A falsidade consiste:

I - em formar documento não verdadeiro;

II - em alterar documento verdadeiro.

Quando nós podemos instaurar o incidente de falsidade?

Art. 390. O incidente de falsidade tem lugar em qualquer tempo e grau de jurisdição, incumbindo à parte, contra
quem foi produzido o documento, suscitá-lo na contestação ou no prazo de 10 (dez) dias, contados da intimação da
sua juntada aos autos.

O ônus da prova recai sobre quem alega, ou seja, sobre a parte que instaura o incidente de
falsidade.

Há necessidade de manifestar a parte contrária para apresentar defesa?

07/04/2015

Da exibição de documento ou coisa – Arts. 355/363, CPC

Quando se fala em exibição de documento e coisa, não confundamos com a cautelar de


exibição.

O processo cautelar não tem por finalidade satisfazer a pretensão de direito material, mas
assegurar o resultado útil do processo.

As cautelares poderão ser preparatórias ou incidentais.

Ex: Contrato bancário em que o banco não exibiu o crédito bancário e o valor debitado não
corresponde ao contratado. Pedimos ao banco e há recusa. Temos como obrigar o banco a
mostrar os documentos a partir da cautelar de exibição de documentos (ter acesso ao
documento).
Aqui trataremos do pedido incidental de exibição de documento ou coisa.

1. Pedido formulado contra a parte: Art. 357, CPC


a. Intimação – 5 dias para manifestação – deve ser exposto o “porque” da não exibição.
Caso a parte não se manifeste poderá ser aplicada a confissão (art. 359). Caso o juiz
entenda que não seja persistente a mostra do documento, poderá o juiz aplicar a pena
de confesso.

Aqui estamos diante de uma decisão interlocutória.

2. Pedido formulado contra terceiro: Art. 360, CPC

Estamos diante de um conflito societário e o documento se encontra em poder do contador, e,


os sócios pedem ao contador os documentos societários. O contador não exibe e diz que
somente exibirá se quitarem a dívida. Um dos sócios ingressam em juízo contra o outro sócio
(que não o contador), porém, a documentação importante está de posse do contador. Logo,
sem o documento não ser poderia aplicar pena de confesso.

a. Citação

Não estamos diante de um novo processo, mas sim um incidente processual, em que terceiro
citado para exibir o documento ou coisa.

Quando o pedido é formulado contra terceiro, o prazo para resposta será de 10 dias.

O NCPC prevê que quando o pedido for formulado em face de terceiro, o prazo será de 15 dias
para apresentação de manifestação.

Pode o terceiro se escusar do dever de exibir o documento ou coisa? Sim , art. 363.

Se o terceiro se recusar a exibir, aplica-se o art. 362, CPC.

Existe outro mecanismo que poderá ser adotado, qual seja o do art. 461, CPC.

Aqui estamos diante de uma sentença.

A pena de confesso será aplicada em qual momento processual?

Somente aplicará ao fina, quando da prolação da sentença.

Observação: NCPC, arts. 396/404, CPC.

O último ato da fase instrutória é um ato processual denominado ato processual complexo,
qual seja, audiência de instrução e julgamento.

Considerações doutrinárias:

É um ato processual complexo porque reúne vários atos, orais, que serão documentados.
É um ato processual complexo que constitui o “palco da oralidade”.

Isso porque os atos praticados na AIJ são atos orais, que serão reduzidos a termo. Podemos ter
a filmagem de uma audiência? Sim, pois, dessa forma estamos perpetuando a prova, o ato
processual.

A AIJ é obrigatória? Não, pois o juiz somente determinará se for necessária a produção de
prova oral. Na própria AIJ poderá o juiz prolatar a sentença.

A AIJ representa um marco transitório, pois, nela podemos ter o encerramento da fase
instrutória e a abertura da fase decisória.

Art. 452, CPC

Art. 452. As provas serão produzidas na audiência nesta ordem:

I - o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos,


requeridos no prazo e na forma do art. 435;

II - o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu;

III - finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.

O termo inicial é o pregão inicial, quando o oficial anuncia os nomes das partes e seus
advogados.

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