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Art. 295.
IV) Perempção:
V) Listispendência:
VII) Conexão:
A matéria está disciplinada nos arts. 7º a 13. Cuida-se agora de vários pressupostos
processuais, ou seja, de requisitos necessários para que a relação processual se estabeleça e
se desenvolva eficazmente.
Essa defesa formal é simplesmente dilatória porque, ao acolhê-la, o juiz não extingue,
desde logo o processo, mas sim enseja oportunidade à parte para sanar o vício encontrado.
Não sendo cumprida a determinação no prazo, o juiz extinguirá o processo se o defeito se
referir ao autor (art. 267, V); declarará o réu revel se a ele couber a correção da
irregularidade; ou excluirá o terceiro do processo se sua situação for a irregular. Então só
depois de, eventualmente, não ser cumprida a diligência, é que, então, haverá a extinção do
processo. Aí, sim, a defesa processual assumirá a figura de exceção peremptória.
X) Carência de Ação:
XI) Falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar:
O artigo 835 nos esclarece quanto a necessidade da prestação de caução:
A caução que o sujeito ativo da relação processual deve prestar é para assegurar o
pagamento do reembolso das custas processuais e honorários advocatícios caso saia
derrotado na causa. Deve-se reparar que basta que o autor resida fora do Brasil no momento
da propositura da ação, ou que se ausente do país na pendência do processo, juntamente
com a circunstância de ele não ser titular de bens imóveis no território, para que a caução
tenha que ser prestada, sob pena de extinção do processo.
Além desta prestação que a lei exige como preliminar temos as figuras do depósito de
5% sobre o valor da causa em ação rescisória ( art. 488,II), o depósito do valor
correspondente às despesas e honorários no caso de extinção anterior (art. 266) ou o
depósito das custas iniciais que a lei estadual (regime de custas) eventualmente exija.
Os parágrafos 1º, 2º e 3º, visam única e exclusivamente elucidar o que já foi falado
nos incisos supra citados, excluindo assim a necessidade de se fazer qualquer menção aos
referidos parágrafos.
O juiz poderá reconhecer de ofício qualquer das matérias citadas neste artigo exceto
a referida no inciso IX, que diz respeito a convenção de arbitragem, que somente poderá ser
argüida pelo réu e no primeiro momento a que vier a falar nos autos, ou seja, na
contestação, ficando sujeito a preclusão caso não o faço naquele momento, ficando assim
livre o magistrado para atuar no referido processo.
5. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES GERAIS
§ 2.º: Nova redação. Redação dada ao § 2.º pela Lei 5925/73 1.º. O texto revogado
era o seguinte: "§ 2.º É idêntica a outra, ação que tem as mesma partes, a mesma causa de
pedir e o mesmo pedido".
Identidade de ações: As partes devem ser as mesmas, não importando a ordem delas
nos pólos das ações em análise. A causa de pedir, próxima e remota (fundamentos de fato e
de direito, respectivamente), deve ser a mesma nas ações, para que se as tenha como
idênticas. O pedido, imediato e mediato, deve ser o mesmo: bem da vida e tipo de sentença
judicial. Somente quando os três elementos, com suas seis subdivisões, forem iguais é que
as ações serão idênticas.
Coisa julgada. Proferida sentença, que tenha efetivamente julgado o mérito, de que já
não caiba mais recurso, ocorre a coisa julgada material (auctoritas rei judicatae). Destarte,
não pode a lide já julgada ser novamente submetida ao exame do Poder Judiciário. Cabe ao
réu alegar a preliminar de coisa julgada que, se acolhida, acarretará a extinção do processo
sem julgamento do mérito (CPC 267 V).
6. CONCLUSÃO
Todas essas objeções, salvo o compromisso arbitral que está dentro da disponibilidade
das partes, podem ser reconhecidas pelo juiz independentemente de alegação, mas o réu
que, por falta de alegação, causar o retardamento da decisão incide nas sanções do art. 22.
Outras matérias podem e devem também ser arguídas em preliminar de contestação.
Por exemplo: nulidades processuais, qualquer motivo de indeferimento da inicial etc.
Após as preliminares, cabe ao réu manifestar-se sobre o mérito. Neste aspecto, pode
negar os fatos alegados pelo autor (defesa direta de mérito) ou pode confessá-los; a despeito
da confissão quanto aos fatos alegados na inicial, pode o réu alegar fato novo, impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor (defesa indireta de mérito, também chamada
de exceção material) ou também negar que o direito positivo consagre a conseqüência
jurídica pretendida pelo autor (defesa também direta de mérito quanto ao direto)
Se pretender negar os fatos, deve o réu manifestar-se precisamente sobre eles,
impugnando-os, sob pena de, não o fazendo, serem considerados verdadeiros, salvo se
tratar de fatos sobre os quais não se admite confissão, se a petição inicial não estiver
acompanhada de documento público essencial ao ato que se pretende provar ou se, apesar
da omissão, resultarem tacitamente impugnados pela defesa e seu conjunto (art. 302). Este é
o chamado ônus da impugnação especificada dos fatos, regra que não se aplica ao
advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do Ministério Público.
Dentro do mérito, há uma ordem lógica na apresentação da defesa, devendo ser
apresentadas como preliminares de mérito as alegações que, se acolhidas, dispensam o
exame do mérito principal, como, por exemplo, a prescrição e a decadência.
No procedimento ordinário, a contestação será sempre escrita; no procedimento
sumaríssimo pode ser escrita ou oral (art. 278). A contestação escrita adota a forma de
petição dirigida ao juiz da causa, com um intróito com os nomes das partes e sua
qualificação, se já não completa a qualificação na inicial.
No final, deve conter o requerimento de provas com que pretende provar suas
alegações, em especial em relação aos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do
direito do autor, porque em relação a eles tem o réu o ônus da prova (art. 333).
Insta frisar que as matérias enumeradas no CPC 301 devem ser analisadas ex oficio
pelo juiz, não estão sujeitas à preclusão e podem ser examinadas a qualquer tempo e grau
ordinário de jurisdição (CPC 267 § 3.º). Só não podem ser alegadas, pela primeira vez, no
RE ou REsp, por faltar o requisito constitucional do prequestionamento (CF l02 III e 105
III), já que não teriam sido “decididas” nas instâncias ordinárias. A única matéria do rol do
CPC 30I que não pode ser conhecida de ofício pelo juiz é a convenção de arbitragem. Para
o juiz examiná-la é preciso que o réu, tomando a iniciativa, a argúa em preliminar de
contestação. No silêncio do réu, há preclusão: o processo não será extinto (CPC 267 VII) e
a ação será julgada pelo juiz estatal. V. coment. CF I02 III, 105 III; CPC 267 § 3.º.
Com a contestação devem ser apresentados os documentos que tem o réu para a prova
de sua afirmações, valendo as mesmas observações feitas quanto aos documentos a serem
juntados com a inicial bem como quanto ao instrumento de mandato. Ainda, com a
contestação, se for o caso, deve o réu apresentar a impugnação ao valor da causa em petição
separada (art. 261).
Neste diapasão, concluo que, a contestação deve resumir o que pretende, ou seja, a
extinção do processo sem julgamento do mérito, a decretação da carência da ação ou a
improcedência, total ou em parte, podendo haver subsidiariedade entre essas situações,
pedindo-se que seja acolhida uma se a anterior não for aceita. No caso, não há pedido no
sentido do art. 286, mas o pedido de declaração negativa da pretensão do autor, salvo
quanto à condenação do autor nas custas e honorários em sendo vencedor. Neste último
aspecto, a sentença de improcedência em face do réu condena o autor a tais pagamentos.