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O réu
não está obrigado a se defender. A
apresentação da defesa representa uma
faculdade, de modo que a omissão do
réu faz presumir que não tem interesse
pelo processo. A imperfeição
Embora o CPC considere proposta a ação
processual decorre não de ausência da
quando a petição inicial for protocolada (art.
resposta, mas de não ter sido
312), a relação processual só é aperfeiçoada a
assegurada ao réu a oportunidade para
partir do momento em que o réu é citado.
a apresentação da defesa.
Relembrando...
Os pressupostos processuais se dividem em: DEFESAS DIRETAS E
pressupostos de constituição e pressupostos DEFESAS INDRETAS
de desenvolvimento válido e regular do
processo.
A defesa do réu é abrangente,
incluindo alegações de mérito, o que
Pressupostos de constituição: denominamos defesa direta. E outras
a) Petição Inicial alegações de natureza meramente
processual, conhecidas como defesas
b) Jurisdição (Se juiz não há, processo indiretas.
também não existe)
c) Citação
Defesa direta: alegações de
d) Capacidade postulatória (exclusiva do mérito; nega o fato ou o direito
advogado) apresentado pelo autor. Acarreta
a extinção do processo com a
resolução do mérito.
Pressupostos de desenvolvimento
válido e regular:
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na
a) Petição Inicial apta contestação, toda a matéria de defesa,
expondo as razões de fato e de direito com
b) Citação válida que impugna o pedido do autor e
c) Juízo competente especificando as provas que pretende
produzir.
AULA 9 (08/05/2023)
JULGAMENTO CONFORME O
ESTADO DO PROCESSO
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO
SANEAMENTO
CONTEST. / RECON. DECISÃO SANEADORA
FASE PROBATÓRIA
PETIÇÃO INICIAL RÉPLICA SENTENÇA
CITAÇÃO RAZÕES FINAIS
JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO
PROCESSO
FASE RECURSAL
Após a apresentação da
contestação e da réplica pelo
autor, o magistrado pode JULGAMENTO
extinguir o processo, proceder ao ANTECIPADO TOTAL DO
julgamento antecipado do MÉRITO (art. 355)
mérito, ao julgamento
antecipado parcial do mérito OU
sanear o processo. Art. 355. O juiz julgará
antecipadamente o pedido,
Relembrando... proferindo sentença com
resolução de mérito, quando:
Sentença é o ato fim do processo, é o
pronunciamento judicial que encerra a fase I - não houver necessidade de
de conhecimento. produção de outras provas;
Natureza jurídica
Considerando a impossibilidade da prolação
de duas sentenças no mesmo processo,
julgando a mesma ação e/ou reconvenção, o
legislador previu que o julgamento
antecipado parcial do mérito se dará por meio
de DECISÃO INTERLOCUTÓRIA e por
isso pode ser combatido pelo recurso de
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
realização da audiência de instrução e
julgamento.
INDEPENDEM DE PROVAS
PROVA EMPRESTADA
Art. 374. Não dependem de prova os
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de fatos:
prova produzida em outro processo, atribuindo-
lhe o valor que considerar adequado, observado I - notórios; conhecido por todos –
o contraditório. público
O requisito para que isso ocorra é que sejam II - afirmados por uma parte e
as mesmas partes. confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como
incontroversos; Quando o réu não
apresenta a contestação, o fato vira
ÔNUS DA PROVA incontroverso.
Art. 373. O ônus da prova incumbe: IV - em cujo favor milita presunção
legal de existência ou de veracidade.
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de
seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato Máximas de experiência comum
impeditivo, modificativo ou extintivo do
Art. 375. O juiz aplicará as regras de
direito do autor.
experiência comum subministradas
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de pela observação do que
peculiaridades da causa relacionadas à ordinariamente acontece e, ainda,
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de as regras de experiência técnica,
cumprir o encargo nos termos do caput ou à ressalvado, quanto a estas, o exame
maior facilidade de obtenção da prova do fato pericial.
contrário, poderá o juiz atribuir o ônus
O juiz pode preencher alguma falta de
da prova de modo diverso, (Inversão do
prova, por meio de vestígios, com
ônus da prova) desde que o faça por
máxima de experiência alegando que
decisão fundamentada, caso em que deverá
aquilo de fato acontece na prática.
dar à parte a oportunidade de se desincumbir
do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo
não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja DEVER DE COLABORAÇÃO
impossível ou excessivamente difícil. Art. 378. Ninguém se exime do dever
“probatio diabólica” de colaborar com o Poder Judiciário
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova para o descobrimento da verdade.
também pode ocorrer por convenção das Ou seja, a testemunha não pode
partes, salvo quando: rejeitar em dar o seu testemunho.
I - recair sobre direito indisponível da parte;
- DO DEPOIMENTO PESSOAL
O depoimento pessoal é uma forma de
confissão. Ele é feito por uma das partes, a
parte não faz prova a seu favor, somente
Privilégio contra a contra.
autoincriminação
Só o advogado da parte contrária
No processo civil, o réu não tem o direito do é que faz a pergunta a parte.
silêncio, senão pressupõe que os fatos
O autor e o réu não prestam
alegados pelo autor são verdadeiros.
compromisso de dizer a verdade,
No direito penal, o direito ao silêncio é somente a testemunha.
absoluto, ninguém pode se incriminar. Já no
direito civil, o direito ao silencia é relativo.
Art. 385. Cabe à parte requerer o
depoimento pessoal da outra parte,
PROVAS EM ESPÉCIE a fim de que esta seja interrogada na
audiência de instrução e
julgamento, sem prejuízo do poder
- DA ATA NOTARIAL do juiz de ordená-lo de ofício.
§ 1º Se a parte, pessoalmente intimada
para prestar depoimento pessoal e
Art. 384. A existência e o modo de advertida da pena de confesso, não
existir de algum fato podem ser comparecer ou, comparecendo, se
atestados ou documentados, a recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a
requerimento do interessado, pena.
mediante ata lavrada por tabelião.
§ 2º É vedado a quem ainda não depôs
Parágrafo único. Dados representados assistir ao interrogatório da outra
por imagem ou som gravados em parte.
arquivos eletrônicos poderão constar
da ata notarial. § 3º O depoimento pessoal da parte
que residir em comarca, seção ou
subseção judiciária diversa daquela
onde tramita o processo poderá ser
Os fatos simples poderão ser atestados ou
colhido por meio de videoconferência
documentados por um tabelião de notas. Ex.:
ou outro recurso tecnológico de
conversa de Whatsapp.
transmissão de sons e imagens em
O tabelião certifica a ocorrência de um fato e tempo real, o que poderá ocorrer,
confirma a autenticidade de um documento. inclusive, durante a realização da
audiência de instrução e julgamento.
Somente os fatos simples podem ser
atestados pelo tabelião, já que os complexos Art. 386. Quando a parte, sem motivo
se exige prova pericial, formulada por um justificado, deixar de responder ao que
perito expert. lhe for perguntado ou empregar
evasivas, o juiz, apreciando as demais
circunstâncias e os elementos de prova,
PROVA ORAL declarará, na sentença, se houve recusa
de depor.
A prova oral se divide em: depoimento
pessoal e oitiva de testemunha. Art. 387. A parte responderá
pessoalmente sobre os fatos
articulados, não podendo servir-se de
escritos anteriormente preparados,
permitindo-lhe o juiz, todavia, a se o regime de casamento for o de separação
consulta a notas breves, desde que absoluta de bens.
objetivem completar esclarecimentos.
Art. 388. A parte não é obrigada a
Art. 392. Não vale como
depor sobre fatos:
confissão a admissão, em juízo,
I - criminosos ou torpes que lhe forem de fatos relativos a direitos
imputados; indisponíveis.
II - a cujo respeito, por estado ou § 1º A confissão será ineficaz se feita
profissão, deva guardar sigilo; por quem não for capaz de dispor do
direito a que se referem os fatos
III - acerca dos quais não possa
confessados.
responder sem desonra própria, de seu
cônjuge, de seu companheiro ou de § 2º A confissão feita por um
parente em grau sucessível; representante somente é eficaz nos
limites em que este pode vincular o
IV - que coloquem em perigo a vida do
representado.
depoente ou das pessoas referidas no
inciso III.
Parágrafo único. Esta disposição não se Art. 393. A confissão é
aplica às ações de estado e de família. irrevogável, mas pode ser
anulada se decorreu de erro de
fato ou de coação.
Parágrafo único. A legitimidade para a
- DA CONFISSÃO ação prevista no caput é exclusiva do
confitente e pode ser transferida a seus
herdeiros se ele falecer após a
Art. 389. Há confissão, judicial ou propositura.
extrajudicial, quando a parte admite a
verdade de fato contrário ao seu
interesse e favorável ao do adversário. Art. 394. A confissão extrajudicial,
quando feita oralmente, só terá eficácia
nos casos em que a lei não exija prova
Art. 390. A confissão judicial pode ser literal.
espontânea ou provocada.
§ 1º A confissão espontânea pode ser feita Art. 395. A confissão é, em regra,
pela própria parte ou por representante com indivisível, não podendo a parte que a
poder especial. quiser invocar como prova aceitá-la no
§ 2º A confissão provocada constará do termo tópico que a beneficiar e rejeitá-la no
de depoimento pessoal. que lhe for desfavorável, porém cindir-
se-á quando o confitente a ela aduzir
fatos novos, capazes de constituir
Art. 391. A confissão judicial faz prova fundamento de defesa de direito
contra o confitente, não prejudicando, material ou de reconvenção.
todavia, os litisconsortes.
Parágrafo único. Nas ações que versarem
sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou
companheiro não valerá sem a do outro, salvo
II - o requerido tiver aludido ao documento
ou à coisa, no processo, com o intuito de
constituir prova;
III - o documento, por seu conteúdo, for
comum às partes.
- DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU
COISA