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TEORIA GERAL DOS RECURSOS

Prof. Yuri de Oliveira Pinheiro Valente.


1) Base Legal: Arts. 994 a 1.008

2) Meios de Impugnação às Decisões Judiciais:


a) recursos;
b) ações autônomas de impugnação; e
c) decisões judiciais.

3) Recurso:
a) conceito: É um meio de impugnação da decisão judicial, prevista em lei federal, e que
mantém a mesma relação jurídica.
b) rol dos recursos: Art. 994.

Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:


I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.

4) Ações Autônomas de Impugnação:


a) conceito: meio de impugnação de decisão judicial, criando nova relação jurídica
processual. Exemplos: a) Mandado de Segurança; b) Ação Rescisória; c) Embargos de
Terceiro; e d) Ação Declaratória de Nulidade Processual.

5) Sucedâneos Recursais:
a) previsão: Nomenclatura dada por José Frederico Marques.
b) conceito: Meio de impugnação judicial que não é recurso nem ação autônoma. Exemplos:
Pedido de Reconsideração; e Reexame Necessário;

6) Natureza Jurídica Dos Recursos:


Constitui a retomada do curso. “Prolonga a litispendência”;
“Prolongar” = efeito impeditivo da preclusão ou do trânsito em julgado;
Trata-se de ônus dado à parte;
OBS.: Gradações das Imposições:
 “Ônus” = é livre para fazer ou não, mas poderá arcar com a consequência de não ter
agido;
 “Obrigação” = “tem que fazer sob pena de violar a lei”. Ex.: descumprimento de
tutela específica.
 “Dever” = tem caráter permanente e não econômico. Ex.: “boa-fé”; “probidade”.
Ônus Obrigação Dever
7) Objetivos Recursais:
a) Noção: Trata-se dos pedidos recursais que só podem ser 3 (três):
 Reforma;
 Invalidação; e
 Esclarecimento.
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b) Vícios das Decisões Judiciais:
 “Error in Procedendo”: é o “erro na condução”. Gera a invalidação, anulação ou
cassação da decisão;
 “Error in Judicando”: É o “erro no julgamento”. Gera a reforma. Aqui se percebe o
“efeito substitutivo” do recurso, que incide tanto na reforma como na mantença
substituindo a sentença
 Omissões, Contradição ou Obscuridade”: leva a necessidade de Embargos de
Declaração.
c) Pedidos de Reforma:
 NOÇÃO: O juízo “ad quem” só pode alegar este pleito quando houver “error in
judicando”.
 EXEMPLOS:
 Erro na avaliação da prova;
 Aplicação errada da lei; e
 Aplica a lei certa, mas de forma errada.
d) Pedido de Invalidação:
 NOÇÃO: Cabível quando se identifica o “error in procedendo”.
 EXEMPLOS:
 Julga com documento novo nos autos sem dar vista à parte contrária;
 Julga sem ouvir a testemunha arrolada pela parte;
 Falta de fundamentação.

7) Classificação dos Recursos:


a) Quanto ao Âmbito:
Total: Aquele que tem por escopo obter do Tribunal ad quem a reforma de toda a decisão do
juízo a quo. (M.H.D.)
Parcial: Aquele que é interposto para impugnar apenas uma parte da decisão. (M.H.D.)
b) Quanto a Forma:
Principal;
Adesiva.
c) Quanto a Fundamentação:
Livre: comporta qualquer tipo de crítica ao ato decisório.
Vinculada: aquele que a lei permite para aquele recurso. Ex.: Edcl e RE.

8) Princípios fundamentais dos Recursos:


a) duplo grau de jurisdição: possibilita a submissão de matéria já apreciada e decidida a
novo julgamento por órgão hierarquicamente superior. Está implicitamente previsto na
Constituição Federal como corolário do Devido Processo Legal.
b) taxatividade: considera-se recurso somente aqueles designados por lei federal, pois
compete privativamente à União legislar sobre essa matéria (art. 22, I, CF/88).
CUIDADO: HÁ PREVISÃO LEGAL DE RECURSOS QUE NÃO ESTÃO CONTIDOS NO
ROL DO ART. 994 DO CPC, COMO O RECURSO INOMINADO QUE ESTÁ PREVISTO
EM LEI ESPARÇA.
c) singularidade ou unirrecorribilidade: Cada decisão comporta uma única espécie de
recurso. Tutela Provisória proferida na sentença, não admite interposição de Agravo quanto a
questão incidental (tutela provisória) e apelação (por julgar a lide), o recurso mais amplo
abrange o menos. No exemplo só o recurso de apelação poderá ser manejado.
CUIDADO: Art. 1.031 autoriza interposição simultânea de recurso especial e
extraordinário.
d) fungibilidade: havendo dúvida objetiva a respeito de qual o recurso cabível, admite-se o
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recebimento do recurso inadequado, como se fosse o adequado. A essa conversão do recurso
impróprio como se próprio fosse, dá-se o nome de fungibilidade. Lembre-se que fungível é
substituível. No caso se está substituindo o recurso inadequado pelo adequado.
CUIDADO: Dúvida objetiva é a dúvida crível que tem sua origem em impropriedades
do ordenamento, posições doutrinárias ou jurisprudenciais conflitantes.
e) proibição da “reformatio in pejus”: É vedada a reforma da decisão em prejuízo do
recorrente e, consequentemente, em benefício do recorrido.
CUIDADO1: Se os polos da relação processual recorrerem, simultaneamente, esse
princípio não incide haja vista que o recurso de um e de outro, autoriza alteração para
pior.
CUIDADO2: Constitui exceção a esse princípio questões de ordem pública porque
conhecíveis de ofício em qualquer tempo e grau de jurisdição. (Arts. 485, §3º e 337, §5º).
f) voluntariedade: “(...). Para que o recurso seja compreendido como tal, é inarredável que o
recorrente manifeste o desejo de recorrer e, além disso, que ele exponha a extensão de seu
inconformismo” (BUENO).
g) dialeticidade: “(...) atrela-se à necessidade de o recorrente demonstrar as razões de seu
inconformismo, revelando por que a decisão lhe traz algum gravame e por que a decisão
deve ser anulada ou reformada”. (Súmula 182 STJ e Enunciados Sumulares 284 e 287 do
STF). (BUENO)
h) irrecorribilidade em separado das interlocutórias: “(...) guarda relação, em suas raízes,
com os princípios da oralidade, da concentração dos atos processuais e da imediatidade, na
busca de um processo mais célere, vedando, para o atingimento daquela finalidade, a
interposição de recursos das decisões interlocutórias e, muito menos, que esses recursos
possam comprometer o andamento dos processos”. Princípio refutado no CPC/2015

9) Juízo de Admissibilidade x Juízo de Mérito.


a) juízo de admissibilidade: consiste no exame acerca da existência de determinadas
condições que devem estar presentes nos recursos para que o tribunal possa analisar o mérito.
(DONIZETTI)
b) juízo de mérito: diz respeito a pretensão recursal, que pode coincidir com a lide
propriamente dita (mérito da demanda) ou dela diferir. (DONIZETTI)

10) Juízo de Admissibilidade dos Recursos:


a) Conceito: São os pressupostos básicos para que o recurso interposto seja “recebido” e
“conhecido”, tendo o seu mérito analisado.
OBS1.: Na essência “recebido” e “conhecido” tem o mesmo significado; a diferença reside
que se monocraticamente, será “recebido” e se “colegiado” será “conhecido”.
“Recebido”  Juízo que Afere é Singular;
“Conhecido”  Juízo que Afere é Colegiado.
OBS2.: Assim como a ação está sujeita a condições e pressupostos os recursos também estão.
b) Mérito da Ação e Mérito do Recurso:
O mérito recursal pode ou não coincidir com o mérito da ação.
Haverá identidade quando for objeto recursal a pretensão deduzida na ação e não será
quando o ponto impugnado for diverso do postulado.
c) Quais são os Requisitos?
Legitimidade; (Subjetivo)
Interesse; (Subjetivo)
Adequação; (Objetivo)
Recorribilidade; (Objetivo)
Tempestividade; (Objetivo)
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Preparo; e (Objetivo)
Regularidade Formal. (Objetivo)

Para Barbosa Moreira os requisitos são:


Legitimidade; (Pressuposto Intrínseco)
Interesse; (Pressuposto Intrínseco)
Cabimento; (Pressuposto Intrínseco).
Tempestividade; (Pressuposto Extrínseco)
Preparo; e (Pressuposto Extrínseco)
Regularidade Formal. (Pressuposto Extrínseco)
OBS1.: Observe que o referido Autor junta a “Adequação” e a “Recorribilidade”
nominando de “Cabimento”.
OBS2.: Os pressupostos intrínsecos dizem respeito à própria existência do direito de
recorrer. Já os extrínsecos são aqueles relativos ao exercício do direito de recorrer.
OBS3.: Ada Pelegrine chama os “Pressupostos Intrínsecos” de “Condições Recursais” e os
“Extrínsecos” de “Pressupostos Recursais”.

11) Requisitos aferidos no Juízo de Admissibilidade Recursal:


a) legitimidade: Para interpor deve o recorrente possuir legitimidade para devolver a matéria
ao órgão jurisdicional ad quem. O artigo 996 coloca como legitimados: a) A Parte Vencida;
b) o Terceiro Prejudicado; e c) o Ministério Público (como parte ou fiscal da ordem
jurídica).
b) interesse recursal: Assemelha-se ao “interesse processual”. “(...) por meio do recurso, se
possa conseguir uma situação mais favorável do que a obtida com a decisão ou com a
sentença”. (GONÇALVES).
ATENÇÃO1:
“Quando o autor formula pedidos alternativos, ele pretende ver seu pleito satisfeito de um ou
outro modo. Nesse caso, formulado o pedido alternativamente, a condenação também será
alternativa. Exemplo: Pedro ajuíza ação contra João pleiteando a devolução do valor pago
por uma bicicleta ou o abatimento no preço, em razão de um defeito verificado após o uso. O
juiz condena João a devolver o que Pedro pagou pela bicicleta., devidamente corrigido.
Neste exemplo não há interesse recursal por parte de João, já que na petição inicial ele
atribuiu equivalência aos pedidos, de modo que o atendimento a qualquer deles implica
procedência total da demanda.
Por outro lado, quando o autor formula um pedido principal e outro (ou outros) secundário
(cumulação eventual ou subsidiária de pedido), a análise do interesse recursal levará em
conta os seguintes aspectos:
 Se numa ordem de preferência o autor pleiteia, por exemplo, o reconhecimento de seu
direito a determinado quinhão hereditário e, consequentemente a anulação de partilha já
realizada, ou, subsidiariamente, o ressarcimento das benfeitorias realizadas no imóvel do de
cujus, e o juiz acata o último dos pedidos, estará presente o interesse recursal. Nessa hipótese
o autor interporá apelação com o objetivo de obter a procedência do pedido principal. E se o
juiz não tivesse acatado nenhum dos pedidos? Por óbvio, persistiria o interesse recursal.
 No mesmo exemplo, se o juiz reconhece o direito hereditário e determina a anulação
da partilha, não há falar em interesse recursal para a obtenção do pedido subsidiário
(indenização pelas benfeitorias). No plano fático o autor obteve a melhor situação possível,
sendo incoerente eventual acolhimento de apelação no sentido de dar provimento ao pedido
“menos importante”. Em poucas palavras, sucumbência haverá se nenhum dos pedidos for
acatado ou se apenas o subsidiário for acolhido.”
(Donizetti).
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c) cabimento: “Recurso cabível é aquele previsto no ordenamento jurídico e, nos termos da
lei, adequado contra a decisão”. (GONÇALVES).
ATENÇÃO: O artigo 994 enumera os recursos, mas não há impedimento para que lei especial
regulamente a previsão de outro recurso, desde que em observância ao artigo 22, I, da
Constituição Federal.
d) tempestividade: é a observância ao prazo para a oposição (no caso dos Embargos de
Declaração) ou interposição (para os demais recursos), do prazo fixado em lei.
Por regra, o prazo dos recursos é de 15 (quinze) dias, excepcionando, no bojo do Código de
Processo Civil, os Embargos de Declaração que tem prazo de 5 (cinco) dias.
CUIDADO 1: Fora do Código de Processo Civil temos recursos com prazos diferentes. Ex.:
Recurso Inominado (aplicável no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis – Lei 9.099/95), o
prazo é de 10 (dez) dias;
CUIDADO 2: Há dobra do prazo para recorrer quando o recorrente for Ministério Público
(art. 180), Fazenda Pública (art. 183), Defensoria Pública (art. 186) e em se tratando de autos
físicos houver litisconsortes, com procuradores diferentes, de escritórios distintos (art. 229).
CUIDADO 3: A interposição/oposição de recurso antes da publicação da intimação não leva a
intempestividade recursal, com já ventilado em tempos passados na vigência do Código
revogado.
CUIDADO 4: Artigo 1.003, § 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo
correio, será considerada como data de interposição a data de postagem.
e) preparo: é o “pagamento das despesas processuais correspondentes ao recurso interposto,
que compreendem as custas e o porte de remessa e de retorno (art. 1.007).” (Donizetti).
f) regularidade formal: observância à forma, que alcança: a) ser confeccionado por petição
escrita (vedado recurso oral ou a termo); b) juízo a quo; c) juízo ad quem; d) razões do
inconformismo; e) pedido recursal; e f) no caso de interposição por terceiro prejudicado
observância ao comando do artigo 996, parágrafo único.
g) inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer:

CUIDADO: Desistência (art. 999) x Renúncia (art. 1000).

12) Efeitos dos Recursos:


a) Conceito: São as consequências jurídicas dos recursos.
b) Efeito Impeditivo:
CONCEITO: É o que impede a preclusão da decisão.
ABRANGÊNCIA: Todo o recurso tem.
CAUSA: Evita a preclusão.
RELEVÂNCIA:
 Determina se a execução é definitiva ou provisória; e
 Determina o momento em que começa a fluir o prazo para a interposição da Ação
Rescisória.
Súmula 401 do STJ - O prazo decadencial da ação rescisória só se inicia quando não for
cabível qualquer recurso do último pronunciamento judicial.
OBS.: Consoante o Prof. Reinaldo Alves seria atécnico falar em Execução Provisória, pois
“Provisório” é o título que embasa a execução, se instável, ou seja, não certo e líquido,
como é uma decisão judicial objeto de recurso, o título é que é Provisório.
c) Efeito Devolutivo:
 CONCEITO: Indica que o recurso “remete” a demanda ao órgão “ad quem”.
Como “Devolver” se nunca esteve lá?
Só se se entender em “devolver ao Judiciário”.
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 ABRANGÊNCIA: Todo o recurso tem. O que varia é o limite da “devolutividade”.
Ex1.: Embargos de Declaração se devolve os pontos;
Ex2.: RESP e RE onde o objeto do recurso é limitado aos pontos constitucionalmente
determinados.
 ASPECTOS:
 Horizontal: “Tantum devolutum quantum apelatum”. Ex.:

Danos Materiais = 10  Recorre


SENTENÇA
Danos Morais = 20  Não Recorre

 Vertical: na profundidade da matéria levada será observada. Ex.:

MATERIAIS MORAIS LUCROS CESSANTES


Apelante Recorre Apelante não recorre. Apelante não recorre
Aqui TJ mantém ou
reforma com base em
outras provas levadas.

 ASPECTOS:
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
(Horizontal)
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões
suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que
relativas ao capítulo impugnado. (Vertical) (Assim, se devolvida a investigação de
paternidade será analisado também os alimentos).
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um
deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. (Vertical).
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde
logo o mérito quando: (Teoria da Causa Madura)
I - reformar sentença fundada no art. 485 ;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou
da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se
possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do
processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é
impugnável na apelação.

d) Efeito Translativo:
 CONCEITO: É o que permite ao Tribunal “ad quem” examinar questões de ordem
pública, ainda que sem pedido da parte.

e) Efeito Regressivo:
 CONCEITO: É a permissão de o órgão “a quo” reconsiderar a decisão por ele proferida,
retratando-se.
 ABRANGÊNCIA: Nem todos os recursos possuem.
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As sentenças e os acórdãos são inalteráveis do ponto de vista do julgador “a quo”
(“princípio da inalterabilidade da decisão para o próprio julgador”).
OBS.: Não se confunde com a preclusão “pro judicato” porque esta incide até nas
decisões interlocutórias.

f) Efeito Suspensivo:
 CONCEITO: Aquele que impede a eficácia da decisão atacada. Ex.: Apelação Cível
(regra).
 PRÁTICA:
 Se Potente (O Recurso Suspende a Decisão): Não cabe efetivação provisória.
 Se Impotente (O Recurso Não Suspende a Decisão): Cabe efetivação provisória.
 CLASSIFICAÇÃO:
 Potentes:
 Apelação Cível (Art. 1009, caput);
 Recurso Ordinário;
 Embargos Infringentes
OBS.: Suspensividade “Ope legis”.

g) Efeito Substitutivo:
 NOÇÕES: A decisão fruto da análise recursal, substitui a decisão recorrida.

h) Efeito Expansivo:
 CONCEITO: Efeito excepcional através do qual atinge pessoa que não recorreu ou algo
que não foi objeto do recurso.
 ESPÉCIES:
 Objetivo: atinge algo;
 Subjetivo: atinge pessoa (alguém).
 EFEITO EXPANSIVO SUBJETIVO:
Devedor Principal Não Recorre

Fiador Recorre

Se comum (prescrição, pagamento, etc.) alcança o devedor principal.

Se pessoal (nulidade da fiança, etc.) não se comunica.

EFEITO EXPANSIVO OBJETIVO: Atinge objeto ou questão que não foi devolvida e é
modificada.
 Efeito Expansivo Objetivo Interno: Se dá relativamente ao mesmo ato impugnado. Ex.:
Tribunal ao apreciar apelação interposta contra sentença de mérito, dá-lhe provimento e
acolhe preliminar de litispendência. O reconhecimento de litispendência faz com que a mesma
sentença impugnada seja atingida pelo resultado do provimento do recurso.

 Efeito Expansivo Objetivo Externo: Se dá relativamente a outros atos praticados no processo,


e não apenas ao mesmo ato impugnado. Ex.: Provido Agravo de Instrumento todos os atos
processuais praticados depois de sua interposição, que com a nova interposição sejam
incompatíveis, devem ser renovados. Ex3.: “Efeito Retrooperante” (Também chamado de
“Princípio da Propagação”) onde várias questões não impugnadas são eliminadas.

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