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FACULDADE CASA DO ESTUDANTE – FACE

FORMAS DE DEFESA

ARACRUZ, ES
2019
FACULDADE CASA DO ESTUDANTE – FACE
CAROLINA REALI RECLA
HENRIQUE GARCIA CORREIA
LAÍS DA SILVA CANIÇALI
LEONARDO DEMUNER PATUZZO
LUZINETE GOMES DE CARVALHO GRIPPA
MILENA GORZA DE SOUZA
SOLANGE D’AGOSTINI MARQUES

FORMAS DE DEFESA

Trabalho solicitado pela


professora Kathe Menezes para
fins de avaliação na matéria de
Processo Civil I

ARACRUZ, ES
2019

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INDÍCE

1. INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------
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2. DEFESA E SUAS ESPÉCIES ------------------------------------------------------
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2.1 Defesa Processual ou Preliminar -------------------------------------------
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2.1.1 Defesa Peremptória ----------------------------------------------- 6
2.1.2 Defesa Dilatória ----------------------------------------------------- 6
2.2 Defesa de Mérito ou Substancial ou Material ---------------------------
6
2.2.1 Defesa Direta ---------------------------------------------------------
6
2.2.2 Defesa Indireta -------------------------------------------------------
7
2.3 Contestação ----------------------------------------------------------------------- 7
2.4 Exceção ----------------------------------------------------------------------------- 7
2.5 Reconvenção ----------------------------------------------------------------------
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------------- 11
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -------------------------------------------- 12

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1. INTRODUÇÃO

“O fim do Direito não é abolir nem restringir,


mas preservar e ampliar a liberdade”

John Locke

No trabalho a seguir exposto serão demonstrados os diversos tipos de defesa


que o executado dispõe em uma ação estão expressamente dispostas no
Código de Processo como formas de defesa do executado, nas quais estão
abrangidas a impugnação ao cumprimento de sentença e os embargos à
execução.

Pretende-se analisar, detalhadamente, supracitadas defesas, de modo a


esclarecer quais os requisitos exigidos, as peculiaridades de cada uma delas,
bem como a forma que devem ser processadas no feito executivo.

Por fim, busca-se apresentar as principais mudanças que o novo Código de


Processo Civil irá trazer para o processo de execução, focando nas
alterações que ocorrerão nos meios de defesa do executado, de modo a
demonstrar como se procedem as defesas do executado.

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2. DEFESA E SUAS ESPÉCIES

2.1 Defesa Processual ou Preliminar

A defesa processual ou preliminar é chamada de indireta, haja vista que o réu


não nega o direito, mas indica um defeito processual que deve ser corrigido.
Ou seja, o objetivo do réu é atrapalhar o ato da tutela jurisdicional que o autor
pretende mediante extinção do processo. Além disso, a previsão legal sobre a
defesa processual está no art. 316 do novo CPC.

Outrossim, essa defesa procura analisar o conteúdo formal, a forma do


processo, se há algo errado ou não. Ademais, as defesas processuais são
subdivididas em peremptórias e dilatórias.

2.1.1 Defesa Processual Peremptória

Art. 316. A extinção do processo dar-se-á por sentença.


Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o
juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível,
corrigir o vício. (BRASIL, 2015)

São defeitos processuais que o réu indica e se acolhidos pelo juiz, fazem com
que o processo seja extinto sem resolução de mérito. São exemplos de
alegações de defesa processual peremptórias, ou seja, antes de discutir o
mérito o réu deve verificar a inexistência ou nulidade da citação, litispendência,
coisa julgada, legitimidade das partes entre outros explícitos no art. 337 do
novo CPC.

2.1.2 Defesa Processual Dilatória

São defeitos que mesmo sendo indicadas pelo réu e acolhidas pelo juiz, não
causam a extinção do processo, haja vista que apenas ampliam ou diminuem a
tramitação do processo. Exemplos de alegações antes de analisar o mérito que
devem ser vistas na defesa processual dilatórias são incompetência do juízo,
deficiência de representação, ausência de prestação que a lei exija, entre outas
(art. 337).

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Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de
autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como
preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
(BRASIL, 2015)

Além do mais, uma defesa Dilatória pode se transformar numa defesa


Peremptória caso a parte que foi solicitada deixe de cumprir a diligência que
deveria, no prazo correto.

2.2 Defesa de Mérito ou Substancial ou Material

Geralmente é feita após a defesa processual. É uma defesa de cunho material


onde o réu manifesta-se sobre os fatos alegados no pedido inicial do processo.
Além disso, é nesse momento que as alegações do autor são contestadas,
fazendo com que aquelas que não são sejam taxadas como verdadeiras.

Ademais, a defesa de mérito é dividida em direta e indireta.

2.1.1 Defesa Direta

Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou


não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará
ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial
para substituição do réu. (BRASIL, 2015)

É uma defesa em que o réu não leva nada ao processo, ele apenas nega o que
foi posto pelo autor. Por exemplo, quando o autor alega que o contrato existe

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entre as partes, mas o réu embora entenda que existe a relação contratual,
afirma que determinada cláusula é abusiva e, portanto, mostra que não é da
forma que o autor coloca. Dessa forma, conforme o art. 336 do novo CPC:
“Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as
razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando
as provas que pretende produzir. ”

Ou seja, na verdade, essa defesa traz para o juiz uma nova interpretação por
parte do réu, das alegações feitas pelo autor.

2.1.2 Defesa Indireta

A defesa do mérito será indireta quando o réu, apesar de admitir os fatos


expostos na inicial, apresente ao magistrado novos fatos, capazes de abolir,
alterar ou deter o direito do autor.

Um exemplo seria a prescrição, pois no caso concreto, embora o autor tenha


razão em sua exposição, pelo decurso do tempo previsto em lei, houve a perda
da possibilidade de reivindicar judicialmente o direito.

Salienta-se que o autor, ao ajuizar determinada ação tem a obrigação de


provar os fatos constitutivos de seu direito. Entretanto, essa obrigação passa
para o réu, quando for elaborada uma defesa de mérito indireta, vez que o réu
levará ao processo novos fatos que impossibilitem, eliminam ou mudam o
direito do autor. Essa é a regra presente no art. 373, I e II do novo CPC:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:


I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo
ou extintivo do direito do autor. (BRASIL, 2015)

Defesa de mérito indireta, o réu reconhece a veracidade dos fatos alegados


pelo autor, porem declara ter novos fatos, capazes de impedir, alterar ou
extinguir o direito pleiteado pelo autor na inicial dentro de um determinado
prazo, conforme exposto no art. 350 do novo CPC:

Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou


extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15

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(quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
(BRASIL, 2015)
2.3 Contestação

A contestação trata-se da peça de resposta do réu para que possa se defender


contra aquilo de que lhe foi imputado, fundamental para defesa, que de forma
concentrada, deve apresentar todas as alegações de fato e de direito, em
contraposição à ação ajuizada pelo autor.

Dispõe o art. 336 do NCPC, “Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a


matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o
pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir” (BRAIL,
2015).

De acordo com Oliveira (2018) “O princípio da concentração da defesa na


contestação é amplo no NCPC, portanto cabe ao réu alegar na contestação
toda a matéria de defesa, direta ou indireta, de cunho processual, que entender
pertinente”.

Complementa ainda:

No que respeita à direta, de mérito, é de se ressaltar o princípio


da eventualidade, que permite ao réu expor, de forma
sucessiva, mais de uma linha de defesa, ainda que as linhas
não sejam compatíveis entre si. Cuida-se de emanação do
princípio da ampla defesa, que, contudo, não pode esbarrar na
má-fé processual. Não se admite, por exemplo, que, ao mesmo
tempo, o réu afirme e negue determinado fato. Isso implicaria
alteração da verdade dos fatos (OLIVEIRA,2018).

Cabe também ao réu impugnar especificamente os fatos e fundamentos


expostos pelo autor (é ônus do réu). Não admitindo, salvo em casos
excepcionais contestação genérica, por negativa geral. Dessa forma, é ônus do
réu transmudar os pontos trazidos pelo autor em questões processuais.

“Pontos são as alegações, de fato ou de direito, que o autor


traz em sua inicial. A seu respeito, o réu pode adotar três
diferentes posições: concordar com eles ou parte deles;
silenciar a seu respeito; impugná-los. Nas duas primeiras
hipóteses, o ponto torna-se incontroverso. Na terceira, porém, a
impugnação específica do réu transforma o ponto em questão
processual. Logo, questão processual é o ponto, de fato ou de
direito, controvertido pela parte contrária. E, como visto, é ônus
do réu controverter os pontos, especificamente, a fim de torná-
los questões processuais. Descumprido esse ônus, os pontos

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restam incontroversos, e o réu deixa de obter uma situação de
vantagem, que passa, então, a ser do autor” (OLIVEIRA, 2018).

A conduta do réu está ligada às regras do art. 489, §1º, IV, do NCPC, que
reputa não fundamentada qualquer decisão judicial que não enfrentar todos os
argumentos capazes, em tese, de infirmar a conclusão do julgador.

De acordo com Oliveira (2018), na medida em que algum ponto deixa de ser
impugnado especificamente, tornando-se incontroverso, afasta-se a
necessidade de que o julgador se manifeste sobre eventual argumento que
pudesse ser contrário a ele”.

Art. 489 do CPC 2015 (NCPC):

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:


[...]
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial,
seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
[...]
IV - Não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo
julgador;
V – [...] (BRASIL,2015)

A não impugnação de fatos, significa uma espécie de revelia de forma parcial


ao implicar a presunção de veracidade dos fatos. Revelia decorre da não
apresentação de defesa, tendo como consequência, a presunção de
veracidade dos fatos alegados pelo autor. Deste modo, diga-se em grau menor,
a não impugnação de fatos, não obstante apresentada a contestação, equivale
à revelia parcial (OLIVEIRA, 2018)

Ainda sobre a contestação Oliveira (2018) explica:

Em termos bastantes simples, ao mesmo tempo em que o


autor pretende a procedência de seus pedidos (tutela positiva),
o réu, com a contestação, desacompanhada de reconvenção,
pretende a improcedência (ou a extinção sem julgamento de
mérito, ou, ainda, a extinção pelo mérito indireto, decadência e
prescrição) desses pedidos. Não se alarga, portanto, o objeto
do processo, que é composto pelo(s) pedido(s) do autor,
iluminado por determinada(s) causa(s) de pedir. A contestação
não tem o condão de alargá-lo. Por mais amplo que seja o
âmbito da defesa apresentada, o juiz permanecerá adstrito a
julgar aquele (s) pedido(s), conforme aquela(s) causa(s) de

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pedir. A contestação, na verdade, alargará o âmbito de
cognição do juiz, o objeto de seu conhecimento.

Quanto aos aspectos formais, a contestação, é apresentada por meio de


petição escrita, salvo casos excepcionais, que segundo Oliveira (2018: “nos
Juizados Especiais Cíveis, [...] pode ser apresentada, oralmente [a
contestação], em audiência”. Em peça escrita, como a petição inicial, será
composta de maneira sequencial, cabendo ao réu, alegar as matérias
preliminares que houver.

Pensando-se num modelo padrão, a contestação pode ser assim redigida:

[...] a confirmação da qualificação do réu (essa qualificação já


foi feita, pelo autor, na petição inicial), lembrando-se que a
contestação deve vir acompanhada de procuração ao
advogado que a subscreve; um breve resumo sobre a matéria
de fato e de direito apresentada pelo autor; um sumário,
optativo – conquanto bastante útil para a boa compreensão da
defesa –, sobre os pontos que serão abordados; a
apresentação das preliminares a que se refere o art. 337,
NCPC (apenas se houver, de fato, preliminares, pois tem se
verificado, no dia a dia forense, que, muitas vezes, são
levantadas, a título de matérias preliminares, algumas que
tocam, na verdade, ao mérito); a defesa de mérito indireta; a
defesa de mérito direta; eventual necessidade de intervenção
de terceiros, apontando-se hipóteses de litisconsórcio
necessário, chamamento ao processo ou denunciação da lide;
reconvenção (se o caso) (OLIVEIRA, 2018).

O art. 335, do NCPC, aponta hipóteses, que precisam ser examinadas


individualmente, na integra:

Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no


prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última
sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer
ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de
conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando
ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I;
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a
citação, nos demais casos.
§ 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do
art. 334, § 6º, o termo inicial previsto no inciso II será, para
cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo
pedido de cancelamento da audiência.
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso II,
havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em

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relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá
da data de intimação da decisão que homologar a desistência
(BRASIL, 2015).

Vale ressaltar que, em qualquer hipótese, a regra é de que o prazo seja de


quinze dias úteis.

2.4 Exceção

Disciplinadas dentro da parte geral do novo CPC, no artigo 146, as Exceções


de suspeição e impedimento foram às únicas que foram mantidas como
petições apartadas. Portanto, entende-se que são defesas em que o réu alega
incompetência relativa, impedimento ou suspeição do juiz.

O artigo 146 relata que prazo para alegação da suspeição ou impedimento


será de 15 dias contados a partir da data do conhecimento do fato:

Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do


conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a
suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo,
na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la
com documentos em que se fundar a alegação e com rol de
testemunhas.
§ 1º Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a
petição, o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a
seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em
apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias,
apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de
rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do
incidente ao tribunal. (BRASIL, 2015)

Sendo assim reconhecido o impedimento ou a suspeição ao receber a petição,


o magistrado imediatamente deverá ordenar a remessa dos autos a seu
substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição
e, no prazo de quinze dias, apresentará suas razões, acompanhadas de
documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do
incidente ao tribunal. Além disso, o tribunal fixará o momento a partir do qual o
juiz não poderia ter atuado, bem como decretará a nulidade dos atos do juiz.

Outrossim, importante salientar que a exceção pode ser alegada pelo réu, mas
também pelo autor.

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2.5 Reconvenção

É a defesa em que o réu, em vez de apenas reagir, também age em face do


autor. Além disso, não se pode confundir tal defesa com o pedido contraposto.
Para tanto, no código de processo civil de 1973 a reconvenção deveria ser feita
como uma petição inicial, separada, já no novo CPC a defesa deve ser
apresentada na contestação com o devido destaque, se o réu está contestando
ou reconvindo.

Há correntes que afirmam a reconvenção não ser uma forma propriamente dita
de defesa, mas sim uma ação autônoma no processo e sua não intervenção
por parte do réu, não prejudica seu direito material.

Ademais, na reconvenção os polos do processo se invertem e o réu passar a


ser o autor da ação, tendo, um prazo de 15 (quinze) dias para utilizar da
defesa, apresentando-a “[...] simultaneamente com a contestação, sob pena de
rejeição liminar por desobediência a requisito formal, através de decisão
interlocutória, impugnável do recurso de agravo de instrumento”. (NETO, 2010)

Cabe ainda que quando o processo segue o rito sumário não há reconvenção,
haja vista que nesse caso a pretensão do réu é formulada na própria ação, por
meio de pedido de contraposto.

No novo CPC, o art. 343 e seus parágrafos tratam da reconvenção.

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção


para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal
ou com o fundamento da defesa.
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa
de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15
(quinze) dias.
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva
que impeça o exame de seu mérito não obsta ao
prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em
litisconsórcio com terceiro.
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá
afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a
reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na
qualidade de substituto processual.
§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de
oferecer contestação. (BRASIL, 2015)

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos realizados acerca das defesas que o Código Processual oportuniza


ao executado permitem concluir que, tendo em vista a peculiaridade de cada
caso, o executado deverá optar pela defesa hábil a resguardar seus direitos,
uma vez que em alguns casos deverá atacar questões de ordem pública,
enquanto em outros atacará o mérito da execução, em questões referentes ao
título executivo ou ao próprio processo executivo.

Deverá, ainda, observar questões procedimentais de cada tipo de defesa, haja


vista que, o executado tem de respeitar o prazo para oferecer sua defesa.

Por fim, pode-se observar que o novo Código de Processo Civil irá trazer
significativas alterações relacionadas às defesas do executado, uma vez que o
novo diploma legal busca tornar as defesas do executado muito mais coerentes
com processo de execução, de modo a aperfeiçoá-las.

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4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFIA

BRASIL. LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015.


Código de Processo Civil. Brasília, DF. 2015. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>
Acesso em 05 de set. de 2019;

CHGAS, Cadu. Espécies de defesa- defesa processual e defesa de mérito.


Disponível em: <http://caduchagas.blogspot.com/2012/05/especies-de-defesa-
defesa-processual-e.html> Acesso em 30 de set. de 2019;

DINIZ, Eduardo Albuquerque Rodrigues. A defesa processual. Disponível em:


<https://jus.com.br/artigos/821/a-defesa-processual> Acesso em 30 de set. de
2019;

GARCIA, Laice Alves; PEREIRA, Wander. Os meios de defesa no processo


civil à luz dos princípios do contraditório e ampla defesa. Disponível em:
<https://jus.com.br/artigos/36226/os-meios-de-defesa-no-processo-civil-a-luz-
dos-principios-do-contraditorio-e-ampla-defesa> Acesso em: 01 de out. de
2019;

GODWIN, Alexandre. A alteração do regime das exceções pelo novo CPC e


sua aplicabilidade à defesa trabalhista. Disponível em:
<https://alegodwin.jusbrasil.com.br/artigos/437277035/a-alteracao-do-regime-
das-excecoes-pelo-novo-cpc-e-sua-aplicabilidade-a-defesa-trabalhista> Acesso
em: 07 de out. de 2019;

MARTINS, Renan Buhnemann. Respostas do réu na sistemática do novo


CPC. Disponível em:
<https://rbmartins1992.jusbrasil.com.br/artigos/307620405/respostas-do-reu-
na-sistematica-do-novo-cpc> Acesso em: 07 de out. de 2019;

NETO, Melquíades Peixoto Soares. Visão sumária das formas de defesa do


processo de conhecimento. Disponível em:
<https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=4032> Acesso em 06 de out.
de 2019;

OLIVEIRA, Swarai Cervone de. Contestação. Tomo Processo Civil, Edição 1,


Junho de 2018. Disponível em:

15
<https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/178/edicao-1/contestacao>
Acesso em 05 de set. de 2019;

SOUZA, Ana Helena Lavigne. Defesas no novo código de processo civil.


Disponível em: <https://anahlsz.jusbrasil.com.br/artigos/332548209/defesas-no-
novo-codigo-de-processo-civil> Acesso em 05 de out. de 2019.

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