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DISCIPLINA: Processo Civil

PROFESSOR: Daniel Assumpção


MATÉRIA: TGP/ Conhecimento

Indicações de bibliográficas:
• Manual de Direito Processual Civil –Daniel Amorim Assumpção Neves;
• Livro do Fredie Didier Jr;
• Informativos do STF e do STJ

Leis e artigos importantes:


• Artigos: 292,V; 322, §1º; 323; 325; 326; 327, todos do NCPC

Palavras-chave:
• AÇÕES/ PEDIDO IMPLÍCITO/ ALIMENTOS/ ASTREINTES/ CUMULAÇÃO;

TEMA: Ação

PROFESSOR: Daniel Assumpção


“Ações Universais”
São aquelas que tem como objeto uma universalidade de bens. Plano do direito material a
universalidade de bens pode ser fática (ex: acervo que compõem uma biblioteca), universalidade
jurídica (ex: herança).
Ação indenizatória por ato ilícito
Nesse tipo de ação a permissão legal para o pedido genérico esta condicionada a
impossibilidade aferição do valor do dano. O ato ilícito no momento da petição inicial ainda está
gerando efeitos.
Obs¹: fixação do Valor sendo que depende de uma pericia, nesse caso vem se admitindo
pedido genérico tendo com justificativa o princípio da economia processual. A doutrina e a
jurisprudência entende que se a pericia judicial vai ser feita de qualquer forma deve se evitar a
perda de tempo e dinheiro fazendo a pericia em juízo.
Obs²: os pedidos indenizatórios de dano moral segundo o entendimento pacificado do STJ,
3º Turma, Resp 777.219/RJ, pedido de dano moral admite-se pedido genérico. No novo CPC o
art. 292, V, exige do pedido de dano moral um pedido determinado.
Fixação do valor depende de ato a ser praticado pelo réu
O autor ainda que esteja com a melhor das intenções em indicar o valor não tem como
porque enquanto o ato não for praticado pelo réu não se chega ao valor da pretensão. No novo
CPC recebe o nome de ação de exigir contas.
3.4.3 Pedido implícito

Matéria: Ação – Prof: Daniel Assumpção


É a previsão legal expressa para que o juiz conceda tutela não pedida. São exceções ao
Princípio da Congruência.
Despesas e custas processuais – a parte sucumbente será condenada a pagar as custas
e despesas adiantadas pela parte contrária mesmo que não haja pedido art. 322,§1º, NCPC.
Honorários advocatícios - o juiz pode fixar de oficio os honorários, caso não faça vai ter
uma sentença omissa com relação aos honorários transitado e julgado. S. 453, STJ, diz que
nesse caso não cabe execução de honorários e também não cabe ação de cobrança em respeito
a coisa julgada.
A doutrina no novo CPC no art. 85, §18, expressamente prevê que nessa circunstância
cabe ação autônoma de cobrança. Hoje se trabalha com revogação parcial da súmula.
Correção monetária
É a atualização do valor em dinheiro. Informativo 445, CE, Resp. 1.112. 524/DF, diz que a
concessão de correção monetária não é um plus, mas, evita um minus.
Juros moratórios
Os juros convencionais dependem de pedido expresso art. 404 e 406, CC. Com relação ao
juros moratórios temos a S. 254, STF, que acaba tirando o juros moratórios do tratamento
homogêneo dos outros pedidos implícitos.
Mesmo que o juiz não de os juros moratórios o autor ganha. Essa sumula transforma o
juros moratórios alem de pedido implícito em uma verdadeira condenação implícita, não deixa de
ser pedido implícito e é mais do que um pedido implícito porque o autor pode receber sem pedir e
pode receber sem o juiz dá.
Condenação em prestações vincendas art. 323, NCPC
Obrigações de trato continuado o resultado que para propositura da demanda já há
prestações vencidas, mas, as prestações continuaram a se vencer durante o processo.
Alimentos
O juiz pode de oficio condenar o réu a pagar alimentos?
Art. 7ª, Lei. 8.560/92, prevê que declarada a paternidade em sentença o juiz condenará o
réu a pagar alimentos essa previsão vem levando o STJ, 3ºT, AgRg no Ag 778.187/PR, pacificar
que na ação de investigação de paternidade os alimentos são pedidos implícitos.
Em outras ações como de guarda e divorcio não tem previsão expressa. Caso diga que
não esta resguardando o princípio da inércia. Caso diga sim o juiz estará atendendo ao princípio
da dignidade da pessoa humana.
Astreintes
As astreintes são pedidos implícitos?
Mariononi/ Dinamarco dizem que sim as astreintes vão gerar um direito de crédito em favor
da parte e esse é um direito de crédito obviamente estranho ao pedido do autor, mas, o juiz
concede mesmo assim.
No entanto a doutrina quando enfrenta esse tema sobre o plano da frustração da multa.
Caso pense nas astreintes que funcionam não tem como dizer que é um pedido implícito.
3.4.4. Cumulação de pedidos
a) espécies de cumulação
1. Cumulação própria ou cumulação estrito senso
Nessa espécie de cumulação todos os pedidos cumulados podem ser acolhidos.
1.1. Simples – tem uma autonomia entre os pedidos, ou seja, o acolhimento ou rejeição
de um não interfere no resultado dos demais e é por isso que a cumulação simples é
própria.

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Ex: cumulação de várias espécies de dano.
1.2. Cumulação sucessiva
Prejudicialidade. Na cumulação sucessiva se tem uma ordem entre os pedidos eu
não está prevista em lei, não depende da vontade do autor, é uma ordem lógica porque a
analise do pedido posterior depende do acolhimento do pedido anterior em razão dessa
prejudicialidade acaba construído uma ordem lógica entre os pedidos.

Pedido Anterior Pedido posterior

Rejeitado Prejudicado
Acolhido Devido

Acolhido Rejeitado
2. Cumulação imprópria - Apenas um dos pedidos pode ser acolhido.
2.1. Cumulação subsidiária ou eventual - art. 326, caput, NCPC. Tem uma ordem
entre os pedidos sendo que essa ordem decorrer exclusivamente da vontade do autor onde se
tem um pedido principal e um pedido subsidiário.

Pedido Anterior Pedido posterior

Acolhido Prejudicado
Rejeitado decidido

Acolhido Rejeitado

2.2. Cumulação alternativa – art. 326, pú, NCPC. Não há ordem entre os pedidos legal,
lógica,e não há uma ordem indicada pelo autor o que significa que o acolhimento de qualquer dos
pedidos satisfaz o autor por igual.
Obs: cumulação alternativa ≠ pedido alternativo art. 325, NCPC
O pedido alternativo é um pedido só e é sempre o mesmo. O pedido alternativo é o pedido
para o cumprimento de uma obrigação alternativa que é uma obrigação que pode ser satisfeita
por mais de uma maneira.
Na cumulação alternativa se pede A ou B, como a cumulação é imprópria o juiz só pode
dar um deles.
b) requisitos para cumulação art. 327, NCPC
caput – traz dois não requisitos para cumulação.
Os pedidos não precisam ser conexos para que possam ser cumulados. Pedidos conexos
são pedidos da mesma causa de pedir.

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O código diz que a cumulação de pedido tem que ser contra o mesmo réu sendo que
havendo litisconsorte passivo STJ, 2ºT, AgRg no Resp 953.731/ SP, é possível dirigir diferentes
pedidos para cada um dos litisconsortes.
O art. 327, §1º, NCPC trata dos requisitos
Pedidos não ser incompatíveis entre si – só pode exigir na cumulação própria.
Na cumulação imprópria só um dos pedidos pode ser acolhido, ou seja, se são
incompatíveis ou não são irrelevantes. Na cumulação imprópria não é requisito.
É preciso o mesmo juízo competente para todos os pedidos
Caso tenha pedido de diferentes competências absolutas é inviável a cumulação, a parte
deverá fazer diferentes ações. Caso o autor cumule mesmo assim essa hipótese será chamada
de diminuição objetiva da demanda (extinção parcial do processo).
Diferentes competências relativas
Cumulação de pedidos conexos a cumulação é admitida mesmo com a diferença de
competência porque no momento que propõe a ação o juízo de torna prevento e com a prevenção
do juízo se tem a prorrogação de competência.
Cumulação de pedidos não conexos depende do réu, caso não alegue a competência
relativa prorroga-se a competência. Agora se o réu alegar a competência relativa teremos a
diminuição relativa.
Identidade procedimental
Os pedidos cumulados tem que ter o mesmo procedimento. O art. 327, §2º, NCPC, no caso
de pedidos de diferentes procedimentos é possível cumular que desde que a cumulação seja feita
pelo procedimento comum.
O STJ, 4ºT, AgRg no Resp. 739.700/RS, entende que os procedimentos especiais são de
aplicação obrigatória, é norma cogente, ou seja, não pode abrir mão de um procedimento especial
por um comum.
Esse artigo ainda diz que pode no procedimento comum aplica a ele técnica
procedimentais diferenciadas desde que, compatíveis com o rito comum nesse caso está tratando
dos falsos procedimentos especiais.

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