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SUMÁRIO
CONSTITUIÇÕES E ESTADO POLÍTICO ................................................................................................................ 2
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES ........................................................................................................... 2
QUANTO AO CONTEÚDO ........................................................................................................................... 2
QUANTO À ORIGEM................................................................................................................................... 2
QUANTO À MUTABILIDADE ....................................................................................................................... 2
QUANTO À FORMA: ................................................................................................................................... 2
QUANTO À EXTENSÃO: .............................................................................................................................. 3
QUANTO À SISTEMÁTICA:.......................................................................................................................... 3
QUANTO À IDEOLOGIA: ............................................................................................................................. 3
QUANTO À FINALIDADE:............................................................................................................................ 3
ELEMENTOS DO ESTADO (POLÍTICO) ............................................................................................................. 3
FORMA DE ESTADO ................................................................................................................................... 4
FORMA DE GOVERNO ................................................................................................................................ 5
SISTEMA DE GOVERNO .............................................................................................................................. 6
REGIME POLÍTICO ...................................................................................................................................... 6

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CONSTITUIÇÕES E ESTADO POLÍTICO


CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
QUANTO AO CONTEÚDO
- MATERIAIS: conjunto de regras tipicamente constitucionais. São normas
essencialmente constitucionais, na medida em que dispõe sobre a estrutura e os poderes do
Estado e estabelecem os direitos fundamentais da pessoa humana.
- FORMAIS: Todas as regras estabelecidas no texto constitucional são formalmente
constitucionais mesmo que não essenciais, ou seja, que não façam parte da estrutura mínima
de qualquer Estado. Por exemplo, o art. 226 da Constituição de 1988 traz normas de direito
civil, porém, por estarem na Constituição promulgada em 1988, a qual é formal, são por isso
normas constitucionais. Deste modo, tratando-se de uma Constituição formal, não importa seu
conteúdo, pois todas as normas lá dispostas serão constitucionais e hierarquicamente
superiores às demais normas do ordenamento jurídico.
QUANTO À ORIGEM
- PROMULGADA OU VOTADA: fruto de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita pelo
povo para esse fim. Resultam, portanto, da vontade popular e são elaboradas por
Representantes eleitos pelos cidadãos. (As Constituições 1891,1934,1946 e 1988).
- OUTORGADA: fruto do autoritarismo elaboradas sem participação popular, por
imposição de uma pessoa ou grupo que seja detentor de poder do Estado (ex.: rei, ditador).. (As
Constituições 1824, 1937 e 1967).
- CESARISTA: São aquelas elaboradas por um ditador, mas submetidas a um referendo
(consulta popular prévia) para sua validação.
QUANTO À MUTABILIDADE
- FLEXÍVEL: não necessita (não exige) para sua alteração, qualquer processo mais
dificultoso/solene, ou seja, pode ser alterada da mesma forma que as leis ordinárias (aprovação
por maioria simples).
- RÍGIDA: para ser modificada, faz-se necessário um procedimento diferenciado
(emendas), sendo mais fácil aprovar uma lei ordinária do que uma emenda constitucional ou
incorporar a Constituição os decretos legislativos que versem sobre Tratados Internacionais e
Convenções sobre Direitos Humanos (aprovação por maioria qualificada com o quórum de três
quintos, votado em dois turnos em cada casa do Congresso Nacional).
- SEMI-RÍGIDA/SEMI-FLEXÍVEL: em parte rígida e em outra parte flexível.
- SUPER-RÍGIDA: A Constituição não pode ser mudada, é imutável. Clausulas pétreas.
QUANTO À FORMA:
- ESCRITA: conjunto de normas codificado e sistematizado em um único documento.
- NÃO-ESCRITA / COSTUMEIRA / CONSUETUDINÁRIA: formada por textos esparsos,
sedimentada em costumes derivados das decisões (Ex.: constituição da Inglaterra)
Quanto ao MODO DE ELABORAÇÃO:
- DOGMÁTICA – é aquela fruto das ideias dominantes em um determinado momento, ou
seja, dos dogmas de uma determinada sociedade.
- HISTÓRICA - surge aos poucos; os costumes vão se incorporando lentamente através do
tempo.

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QUANTO À EXTENSÃO:
- SINTÉTICAS – porque elas só tratam das matérias clássicas das Constituições (Direitos
fundamentais, estrutura do Estado e organização dos poderes). Só trazem os princípios gerais.
- ANALÍTICAS / PROLIXAS – além das matérias constitucionais, trata de assuntos alheios
ao Direito Constitucional, que poderiam ser tratados por legislação ordinárias.

menor maior
estabilidade estabilidade
Analítica Sintética
menor
flexibilidade
maior
flexibilidade
QUANTO À SISTEMÁTICA:
- REDUZIDA: quando é representada por um código único(sistematizado).
- VARIADA: textos espalhados em diversos diplomas legais (Bélgica e França).
QUANTO À IDEOLOGIA:
- ORTODOXA: formada por uma só ideologia.
- ECLÉTICA: informada por diversas ideologias conciliatórias.
QUANTO À FINALIDADE:

- CONSTITUIÇÃO-GARANTIA: limita o poder, garantindo o poder. Preocupa-se em fixar as


garantias individuais frente ao Estado.
- CONSTITUIÇÃO-BALANÇO: reflete um estágio do compromisso socialista. A Constituição
é criada para espelhar um certo período político, ou seja, o que está se passando em
determinada época.
- CONSTITUIÇÃO-DIRIGENTE: traz um projeto de Estado e estabelece compromissos
sociais (programas). O legislador constituinte “dirige” a atuação futura dos órgãos
governamentais estabelecendo metas e programas a serem cumpridos por estes.

! A Constituição Brasileira de 1988 classifica-se como:


FORMAL, PROMULGADA, RÍGIDA, ESCRITA, DOGMÁTICA, ANALÍTICA, REDUZIDA,
ECLÉTICA E DIRIGENTE.

ELEMENTOS DO ESTADO (POLÍTICO)


Sabemos que a sociedade se organiza por meio do chamado Estado, que contém os
seguintes elementos: povo, território e governo 1.
Todo Estado tem uma Constituição, que é como se define a organização do Estado, que
nada mais é do que a nossa própria convivência no modelo comunitário. Literalmente o “um
por todos e todos por um” – o tal do espírito coletivo. Ainda que insistamos em não entender
tal modelo de convivência.

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Alguns doutrinadores mais modernos acrescentam ainda como elemento do Estado a finalidade, ou seja, a
organização do Estado deve ser orientada para atingir um conjunto definido de finalidades.

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Apesar de todos os Estados terem uma Constituição, foi apenas com o surgimento das
Constituições escritas que se passou a estudar efetivamente o surgimento das Constituições.
O movimento (jurídico, político e ideológico) de criação de uma Constituição escrita,
criada como documento fundamental e supremo na organização e estruturação do Estado, e
que tem como traço principal a limitação do poder político é chamado de Constitucionalismo.
Doutrinariamente, tem-se o início do constitucionalismo com a Constituição Americana
(1787) e Constituição Francesa (1791). São Constituições marcadas pelas ideias iluministas do
século XVIII e pelo Liberalismo, valorizando as liberdades e garantias individuais.
Com a evolução do Estado o constitucionalismo avança para aspectos democráticos e
sociais, no entanto é importante estudar o instituto do Estado politicamente organizado, LOGO:
ESTADO
ESTADO: sociedade política dotada de características próprias, elementos essenciais, que
as o diferenciam das demais sociedades, quais sejam:
POVO
ELEMENTO HUMANO do Estado; determina as pessoas que mantêm vínculo jurídico-
político com o Estado, e se tornam parte dele – conceito jurídico-político.

• População – conjunto de pessoas que se encontram em determinado território de


um Estado – nacionais ou estrangeiros – conceito numérico.
• Nação – conjunto de pessoas ligadas que formam uma comunidade unida por
laços históricos e culturais – conceito sociológico.
TERRITÓRIO
• ELEMENTO MATERIAL do Estado – espaço sobre o qual o Estado exerce de modo
efetivo e exclusivo o poder de império, sua supremacia sobre pessoas e bens. Ex.:
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro.
Trata-se de um conceito JURÍDICO.

GOVERNO
• Exercício do poder soberano estatal voltado ao atingimento das finalidades do
Estado.
Alguns autores relacionam a ideia de SOBERANIA “posta em ação” (SAHID
MALUF, 1988, p.43).
FORMA DE ESTADO
O termo Estado designa uma pessoa jurídica de direito público formado por 3 elementos:
POVO, TERRITÓRIO e GOVERNO.
a) Povo: envolve os nacionais e estrangeiros (NÃO se confunde com o conceito de NAÇÃO
– indivíduos que têm as mesmas tradições, costumes, religião e mesma língua. Assim pode
existir uma Nação em Estados diferentes.
b) Território: espaço delimitado no qual o Estado exerce sua soberania. Compreende solo,
subsolo, mar territorial, espaço aéreo nacional e plataforma continental (solo e subsolo do mar
territorial).
c) Governo: é a organização política que decide os rumos do Estado. É soberano, já que
não se submete às decisões de outros países.
A forma de Estado refere-se ao modo de exercício do poder político em função do
território do Estado. Logo, a forma pode ser de Estado: Unitário (Centralização política, ou seja,

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único centro de poder político no território inteiro – Ex: Chile) ou FEDERAL (embora
aparecendo único nas relações internacionais, é constituído por Estados-membros dotados de
AUTONOMIA – que não se confunde com soberania, esta somente República Federativa do
Brasil é que detém).
O Estado Federado tem como características:
- descentralização política: embora com ente político central (União), há os entes
descentralizados (Estados-membros, DF e Municípios).
- autonomia dos entes descentralizados: com órgãos governamentais próprios e
competências exclusivas. Além de capacidade de autoadministração (recursos próprios).
- pacto federativo indissolúvel: não há direito de secessão. Os seus integrantes NÃO
podem se separar da federação.
- órgãos representativos dos Estados-Membros junto à União.
Obs.: A forma Federativa de Estado, é CLÁUSULA PÉTREA (art. 60, § 4º, CF), não podendo
ser abolida por emenda constitucional e que se resume a:
1) Soberania do Estado federal: o poder que confere ao Estado federal a independência
na ordem externa, que lhe permite não se sujeitar, jurídica ou politicamente, a quaisquer
imposições de Estados estrangeiros ou organismos internacionais.
2) Autonomia dos entes federativos: poder conferido, aos diversos entes federativos da
Federação, que lhes permite graus variáveis de auto-organização, autogoverno,
autoadministração e também de arrecadação de receitas próprias, nos termos e limites
fixados pela Constituição federal.
3) Caráter indissolúvel do vínculo federativo: uma vez formalizado o Estado federal, não
mais é permitido a qualquer dos entes que fazem parte da Federação separar-se dela,
tendo em vista seu caráter permanente (não há direito de secessão).
4) Formalização por meio de uma constituição: o Estado federal é criado por uma
Constituição, a denominada Constituição Federal, que estabelece e formaliza o pacto
federativo.
5) Repartição de competências entre o poder central e os entes parciais: a Constituição
Federal estabelece as bases em que a mesma deve funcionar, inclusive fixando as
competências materiais e legislativas de cada um dos entes que fazem parte do Estado
Federal.
6) Direito de participação das vontades parciais na vontade central (bicameralismo
do Poder Legislativo da União): para que um Estado possa ser considerado
efetivamente uma Federação, os entes parciais também devem ter o direito de participar
da formação da vontade central, por meio de representantes no Parlamento.
7) Possibilidade de intervenção federal: o texto constitucional da Constituição Federal
deve prever a possibilidade de a União agir, em nome dos demais entes federativos, não
só para a garantia da indissolubilidade do vínculo federativo, como também para o
respeito à repartição de competências.
FORMA DE GOVERNO
Refere-se tanto ao modo como se institui o poder nas sociedades, quanto à relação entre
governantes e governados, ou seja, pergunta-se se há participação popular ou não na formação
do poder.
Há 2 formas:

REPÚBLICA MONARQUIA
Hereditariedade
Eletividade (eleições)
Vitaliciedade do poder
Temporalidade no poder

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Não-representatividade popular
Representatividade popular
Ausência do dever de prestar contas
Dever de prestar contas
(irresponsabilidade).
(responsabilidade).

SISTEMA DE GOVERNO
Refere-se à forma de relacionamento dos poderes Executivo e Legislativo para escolha do
Chefe de Governo.
No sistema adotado em nosso país, o Presidencialismo, não há qualquer intervenção do
Legislativo na escolha do Chefe de Governo, vez que este é escolhido pelo VOTO. Aliás, no
Presidencialismo, o Presidente da República concentra as funções de Chefe de Estado –
representação externa – e de Chefe de Governo – responsável pelas políticas internas.

PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO
Interdependência dos poderes
Independência dos poderes
Chefia dual
Chefia monocrática
Mandatos por prazos indeterminados
Mandatos por prazo certo
Responsabilidade do governo perante o
Responsabilidade do governo perante o
parlamento
povo

REGIME POLÍTICO
O princípio democrático define o nosso regime político. Quanto ao regime político, o caput
do Art. 1o da CF afirma que o Estado brasileiro é um Estado Democrático de Direito,
consagrando assim a adoção de um regime político democrático.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos: (…)
O Regime político adotado no Brasil é o Democrático e a nossa democracia é a semidireta
(participativa), uma vez que conjuga os elementos da democracia direta com a democracia
indireta (representativa), como se extrai do Art. parágrafo único da CF:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

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