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546 BRASIL; FRANÇA. Tratado de delimitação marítima entre Brasil e Guiana Francesa. Paris, 30 de janeiro
de 1981.
547 Cf. Carte des frontières entre les États Units du Brésil el la Guyane Britannique. In: BARÃO DO RIO
BRANCO. Questões de limites. II: Guiana Britânica. Ministério das Relações Exteriores. Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1945.
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549 Sentença arbitral de Sua Majestade Victor Emmanuel III rei da Itália. In: MENCK, José Theodoro
Mascarenhas. A Questão do Rio Pirara (1829-1904). Brasília: FUNAG, 2009. p. 487-490. Tradução livre:
“Nós, Vítor Emanuel III, pela graça de Deus e vontade da Nação Rei da Itália, Árbitro para decidir a
questão da fronteira entre a Guiana Britânica e o Brasil.
[...] Tendo em conta o direito de todos, consideramos: [...]
Que, para adquirir a soberania de regiões que não estão no domínio de algum Estado, é indispensável
efetuar sua ocupação em nome do Estado que pretende adquirir o domínio;
Que a ocupação não pode ser considerada implementada exceto com a tomada de posse efetiva,
ininterrupta e permanente, em nome do Estado; e não pode bastar mera afirmação dos direitos
soberanos, ou a manifesta intenção de querer tornar efetiva a ocupação; [...]
Que, então, tudo justamente considerado, não se pode concluir que Portugal, em primeiro lugar, e
o Brasil, depois, tenham implementado a tomada de posse efetiva de todo o território em disputa;
mas se pode reconhecer unicamente que eles se puseram em posse de alguns lugares daquele, e que
exerceram os seus direitos soberanos.
Por outro lado, consideramos: [...]
Que, no entanto, o direito do Estado Britânico, na sua qualidade de sucessor da Holanda, à qual
pertenceu a Colônia, é baseado no exercício dos direitos de jurisdição da parte da Companhia
Holandesa das Índias Ocidentais, a qual, munida de poderes soberanos pelo Governo Holandês,
realizou atos de autoridade soberana sobre alguns lugares da zona em questão, regulando o comércio
que há muito tempo lá se praticava pelos holandeses, disciplinando-o, sujeitando-o às ordens do
Governador da Colônia, e conseguindo que os indígenas reconhecessem parcialmente o seu poder;
Que tais atos de competência e de jurisdição no que diz respeito aos comerciantes e às tribos
indígenas foram depois continuados em nome da soberania britânica, quando a Grã-Bretanha
tomou posse da Colônia pertencente aos holandeses;
Que tal afirmação efetiva dos direitos de jurisdição soberana foi desenvolvida por graus e não
contestada, e também passou de mão em mão, aceitando as tribos indígenas independentes,
habitantes das regiões, que não poderiam estar retidas no domínio efetivo da soberania portuguesa
e, em seguida, brasileira; [...]
Que, pesados e medidos com justiça os Documentos a Nós expostos, deles não resultam títulos
históricos e jurídicos sobre os quais basear direitos de soberania bem determinados e bem definidos,
a favor de uma ou outra das Potências litigantes, sobre todo o território em questão, mas somente
em algumas de suas partes; [...]
Que não se pode mesmo decidir com segurança se é preponderante o direito do Brasil ou o da Grã-
Bretanha;
Neste estado de coisas, devendo Nós fixar a linha de fronteira entre os domínios das duas Potências,
estamos convencidos de que, no estado atual do conhecimento geográfico da região, não é possível
dividir o território contestado em duas partes iguais em extensão ou em valor, mas que se impõe
a necessidade de parti-lo tendo em conta as linhas traçadas pela natureza, e pré-selecionar a linha
que, sendo mais determinada em todo o seu percurso, mais se preste a uma repartição equitativa do
território disputado. [...]”
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550 Sentença arbitral... In: MENCK, 2009: 489, tradução nossa. No original: “[...] allo stato attuale della
conoscenza geographica della regione, non è possibile dividere il territorio contestado in due parti
ugali per estensione o per valore, ma che s’impone la necessità di partirlo tenendo conto delle linee
tracciate dalla natura”.
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