Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONSTITUTIVOS DO
ESTADO
• População:
• Para H. Kelsen povo "é constituído pela unidade da ordem jurídica válida para os indivíduos
cuja conduta é regulamentada pela ordem jurídica nacional, ou seja, é a esfera pessoal de
validade dessa ordem". O autor entende que o povo constitui uma unidade jurídica e não
natural, pois assim como o Estado tem apenas um território cuja unidade é jurídica, tem
apenas um povo. O indivíduo só será considerado pertencente ao povo quando estiver na
esfera pessoal de validade de sua ordem jurídica.
• Paulo Bonavides ensina que a palavra povo comporta um significado político, jurídico e
sociológico. O conceito político de Povo se refere ao "quadro humano sufragante, que se
politizou, ou seja, o corpo eleitoral". Este conceito é resultado de uma concepção recente,
uma vez que o absolutismo não conhecia este aspecto, já que só identificava a comunidade
estatal como um conjunto de súditos.
• Jus sole e jus sanguini
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
§ 1º - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor
de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro nato, salvo os casos previstos
nesta Constituição.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor
de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos
nesta Constituição.
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos
casos previstos nesta Constituição.
• § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
• I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
• - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
• a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira;
(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
• b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
Território
• O conceito de território, como componente do Estado, somente aparece com o Estado Moderno. Entretanto não há que se falar que os Estados
Antigos, Grego, Romano e Mieval, não tivessem território. O que ocorre é que a concepção do termo surge no Estado Moderno. As Cidades-Estados
eram limitadas ao centro urbano, sem conflitos de fronteiras. Na Idade Média, com a estrutura de poder existente (feudos e reino), gerando conflitos
entre ordens e autoridades, foi necessária uma definição de soberania (indicação de poder) e de território (indicação onde o poder atuava). A limitação
da soberania sobre determinado território, estabeleceu uma eficácia de poder e estabilidade da ordem jurídica.
• PEDRO CALMON: “é a base física, o âmbito geográfico da Nação, onde ocorre a validade de sua ordem jurídica”
• CELSO BASTOS: “é o espaço no qual o Estado exerce sobre as pessoas que ali se encontram o seu poder”;
• DARCY AZAMBUJA: “é a base física, a porção do globo por ele ocupada, que serve de limite à sua jurisdição e lhe fornece recursos materiais” ;
• R.A.AMARAL VIEIRA: “é o espaço pelo qual o Estado tem soberania, isto é, exerce jurisdição”;
• SAHID MALUF: “é a base física, o âmbito geográfico da nação, onde ocorre a validade da sua ordem jurídica”.
• KELSEN: “a unidade territorial do Estado é uma unidade jurídica, não geográfica ou natural, porque o território do Estado, na verdade, nada mais é
que a esfera territorial de validade da ordem jurídica chamada Estado”. Anota Kelsen que “o território é o espaço dentro do qual é permitido que os
atos do Estado e, em especial, os seus atos coercitivos, sejam efetuados, é o espaço dentro do qual o Estado, e isso significa, os seus órgãos, estão
autorizados pelo Direito Internacional a executar a ordem jurídica nacional”. Assim para que isso possa ocorrer é necessário exista uma relação entre
o Estado e o Território.
• Realizada a demonstração das concepções, podemos concluir que:
a) Não existe Estado sem território: o estado surge e integra um território, sendo que a perda temporária não
desnatura o estado;
b) O território estabelece a delimitação soberana do estado: dentro dos limites do território a ordem jurídica é
mais eficaz;
c) O território é objeto de direito do Estado:
d) Reconhece-se o princípio da impenetrabilidade: monopólio de ocupação de um mesmo espaço, sendo
impossível duas soberanias ocuparem o mesmo território.
• Limites do Território
• O estudo dos limites do território é importante, principalmente se atentarmos para o conceito de território.
Observado como o espaço de exercício da soberania, limitando este poder, o conhecimento dos limites do
território serve para se reconhecer o próprio limite da soberania do Estado. O território pode ser:
a) Íntegro/compacto: constituído por uma porção compacta da superfície da terra (Paraguai)
b) Desmembrado/ dividido: formado por partes ( Estados Unidos)
c) Encravado: inteiramente cercado pelo território de outro Estado ( Bolívia)
O território, porção do Globo sobre a qual o Estado exerce sua soberania, abrange:
Dentro de um conceito positivo ou real:
1) A superfície do solo;
2) O subsolo;
3) O espaço aéreo (a coluna de ar sobre referida superfície);
4) O mar territorial;
5) As águas interiores (rios, lagos, golfo, baias, portos);
6) Áreas que o Direito Internacional atribui a cada Estado (rios, mares e lagos divisórios).
• Dentro de um conceito metafísico:
1) Os navios mercantes, em alto mar;
2) Os navios militares;
3) As sedes de Embaixadas, situadas em Estados estrangeiros.
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e
à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas,
destas, as áreas referidas no art. 26, II;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas,
destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as
referidas no art. 26, II;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da
União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de
outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
financeira por essa exploração.
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é
considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
SOBERANIA