PODER ESTATAL O poder do Estado é indivisível: a

- Ordem formal: Poder político ou Poder divisão só se faz quanto ao exercício

Estatal: para Duguit, surgiu do domínio dos do poder: legislativo, judiciário e
mais fortes sobre os mais fracos. executivo.
- Ordem material:  Princípio da Legalidade: procedimento
 Elemento humano (o homem): se da autoridade em
qualifica em graus distintos, como concordância com o direito
população, povo e nação. estabelecido.
 Território: uma área do espaço  Legitimidade: a legitimidade é a
delimitada por fronteiras a partir de legalidade acrescida de sua valoração.
uma relação de posse ou propriedade. - Obs: é possível que um governo seja legal,
- Evolução do poder: mas ilegítimo; como também, é possível a
 Força física existência de um governo ilegal, mas legítimo.
 Capacidade econômica - Legitimidade Carismática: Baseada na
 Força espiritual veneração da santidade, do poder
- Poder Jurídico e Político: O poder não existe heroico ou do caráter exemplar de uma
sem o Direito, mas pode existir com maior ou pessoa
menor grau de juridicidade. - Legitimidade Tradicional: ordenamentos
- Por outro lado, assim como o poder não existentes e os poderes de mando e direção
existe sem o Direito, o Direito não se comportam a virtude da santidade.
positiva sem o poder, um implicando o outro. - Legitimidade legal: poder fundado no
- O Estado é manifestação de um poder estatuto, na regulamentação da autoridade.
institucionalizado. - Soberania: Significa poder supremo
- Poder estatal corresponde à soberania - Conceito para Miguel Reale: o poder de
- Poder de fato: poder repousa no uso da força organizar-se juridicamente e de fazer valer
- Poder de direito: poder busca como base de dentro de seu território a universalidade de
apoio a competência suas decisões nos limites dos fins
- Traços característicos do Poder Estatal éticos de convivência.

 Imperatividade e Natureza Integrativa: - Características da soberania:

Todo ser humano nasce no Estado,  Una;

não sendo possível a sua vida fora  Indivisível;
dele.  Inalienável;
 Capacidade de auto-organização:  Imprescritível.
poder que essa organização exerce POVO
sobre os seus componentes. - Idade média: o poder se assentava em
 Unidade e Indivisibilidade do poder: relações de propriedade
titularidade pertence ao povo, e seu
exercício aos órgãos estatais dos quais
o poder se concretiza
- Revolução Francesa: sociedade liberal
burguesa parte do povo, tendo em vista que
no absolutismo o povo era objeto, e com a
democracia ele se transforma em sujeito
- teve início com o Estado liberal,
constitucional e representativo, visto que esse
conceito político de povo prende-se a uma
concepção ideológica: a das burguesias
ocidentais
CONCEPÇÕES DE POVO
- Conjunto de nacionais de um Estado.
-Conjunto de pessoas unidas por
sentimento de nacionalidade, em virtude do
parentesco, religião, língua, cultura e até
ideais políticos. Concepção sociológica
- o que confere qualidade de “povo” ao
agrupamento humano é o próprio Estado.
- O povo está unido ao Estado por um vínculo
jurídico, Ex: cidadão brasileiro tem elo com o
ordenamento jurídico do Brasil.
- o povo é formado pela união de cidadãos
ASPECTO POLÍTICO DE POVO
- conjunto de indivíduos que possuem um
determinado vínculo com o Estado através de
sua participação no processo eleitoral
- quadro humano sufragrante, que se
politizou, participando do corpo eleitoral
daquele Estado
ASPECTO JURÍDICO
- conjunto de pessoas vinculadas de forma
institucional e estável a um determinado
ordenamento jurídico
- é o vínculo de cidadania e de nacionalidade
que prende os indivíduos ao Estado e os
constitui como povo
SISTEMAS DETERMINANTES
NACIONALIDADE
- “Jus sanguinis”: determina a nacionalidade
ou cidadania pelo vinculo pessoal
hereditário, depende da nacionalidade de
seus pais
- “Jus soli”: determina a nacionalidade pelo
vinculo territorial ex: pra ser italiano, deve ter
nascido no território italiano.
- Sistema Misto: Admite tanto Jus Soli quanto
o Jus Sanguinis. Adotado pelo Brasil.
CONCEITO DE CIDADANIA
- entende-se por nacional a pessoa vinculada a
um Estado pelo jus sanguinis ou jus solis
- Cidadão é aquele que desfruta dos direitos
um políticos
- todo cidadão é nacional, mas nem todo
nacional é cidadão, pois basta que não esteja
em gozo dos direitos políticos, quer ativos, na
prerrogativa de eleger seus representantes,
quer passivos na possibilidade de ser
candidato
- Art. 12. I - São brasileiros natos:
a) os nascidos na República Federativa
do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço de seu
país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai
brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República
Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai
brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;
- II – São naturalizados:
DE a) os que, na forma da lei, adquiram a
nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa
ou apenas residência por um ano ininterrupto e
idoneidade moral;
 b) os estrangeiros de qualquer
nacionalidade, residentes na República
Federativa do Brasil há mais de quinze anos
ininterruptos e sem condenação penal, desde
que requeiram a nacionalidade brasileira.
NACIONALIDADE
- Binacionais ou dupla nacionalidade: possuem
mais de uma nacionalidade ao mesmo tempo.
Ex: filho de pais oriundos de país que adote jus
sanguinis, nascido em Estado que adote jus
soli
- Apátridas ou sem nacionalidade: quem não
possui nacionalidade, ex: alguém que perde
sua nacionalidade antes de adquirir outra
ASPECTO SOCIOLÓGICO
- equivalência do conceito de povo e nação,
conceituado como toda continuidade do
elemento humano, projetado historicamente
no decurso de várias gerações e dotado de
valores e aspirações humanas
- compreende vivos e mortos, gerações
presentes e passadas
POPULAÇÃO
- conjunto de todas as pessoas presentes no
território do Estado, num determinado
momentos, inclusive estrangeiros e apátridas
- dados quantitativos, independe de qualquer
laço de sujeição ao poder Estatal
- conceito puramente estatístico, sendo o seu
estudo cientifico feito pela demografia
NAÇÃO
- conjunto de seres aglutinados em função de
um elemento agregador, que pode ser tanto
histórico, social, cultural, quanto biológico,
que cientes das suas peculiaridades desejam
preservá-las no futuro
- nação é formada pelos elementos comuns
entre as pessoas, como a língua, etnia, a
moral, cultura etc.
TERRITÓRIO
- Paulo Bonavides analisa teorias, agrupando
em 4 concepções:
1) Território Patrimônio: característica
do estado medieval, sem diferença
entre império e domínio
2) Território objeto: relação do Estado
com o seu território é sempre em
relação ao domínio
3) Território espaço: a extensão espacial
da soberania do Estado
4) Território competência: considera o
território o âmbito de validade da
ordem jurídica do Estado (Kelsen)
IMPENETRABILIDADE DA ORDEM JURÍDICA
- no território de cada Estado vige somente
sua ordem jurídica, sendo impossível que no
mesmo lugar ou tempo convivam duas ou
mais soberanias
- a nenhum pais estrangeiro é licito praticar
atos coativos dentro do território nacional
LIMITES TERRITORIAIS
- Espaço aéreo: Estado pode fazer valer sua
soberania sobre toda a porção aérea situada
acima da sua base geográfica. Regra infirmada
por conta dos satélites artificiais que
sobrevoam sem pedir autorização
- Mar territorial: porção de aguas oceânicas
que são considerados como integrantes do
território. Pela lei brasileira, a extensão do
mar vai até 200 milhas(370,4km)
- Plataforma continental: consiste no solo
coberto pelo mar em estreita continuação as
terras continentais (garante direito a
exploração da fauna e flora dessa plataforma)
PRINCIPIO DA TERRITORIALIDADE
- não sofre restrição pelo fato do Estado por
vezes preferir a aplicação de um direito
estrangeiro em detrimento do seu próprio
- esse princípio faz com que o estrangeiro uma preocupar só em assegurar a
vez situado dentro de um Estado, faz dele segurança.
detentor de todos os direitos de um nacional REGIMES DEMOCRÁTICOS
PRINCIPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE ORIGEM DO ESTADO DEMOCRÁTICO
- tolerância dos Estados em reconhecer - raízes no século XVIII, implicando a afirmação
embaixadas e representações diplomáticas em de certos valores fundamentais da pessoa
geral como uma extensão do próprio território humana. O Estado democrático nasceu das
a que pertencem lutas contra o absolutismo, sobretudo através
- aeronaves e navios em lugar internacional da afirmação dos direitos humanos
aplica-se o direito do pais ao qual está - 3 grandes movimentos conduzem o Estado
vinculado, pois são considerados Democrático
prolongamentos do território nacional  Revolução inglesa
QUARTO ELEMENTO CONSTITUTIVO DO  Revolução americana
ESTADO: FINS DO ESTADO  Revolução francesa
REVOLUÇÃO INGLESA
- Os outros 3 são uniformes: Poder, Povo e
- Influenciada por Locke, teve sua expressão
Território
mais significativa no Bill of Rights, 1689
- o quarto é: Fins do Estado, finalidade
- dois pontos básicos resumem: intenção de
genérica, o Estado deve ser compreendido
estabelecer limites ao poder absoluto do
como um ente em constante
monarca e a influência do protestantismo.
desenvolvimento. No entanto, faz-se
REVOLUÇÃO AMERICANA
necessário definição de uma finalidade
- As ideias da revolução inglesa iriam ganhar
permanente. Há 5 fins:
uma amplitude maior nas colônias da América
 Fins Universais e Objetivos: defendido
durante o século seguinte, sobretudo porque
por Platão e Aristóteles, fins comuns a
atendiam aos anseios da liberdade dos
todo o Estado
colonos
 Fins particulares objetivos: cada
REVOLUÇÃO FRANCESA
Estado tinha finalidades especificas,
- Teve a virtude de dar universalidade a seus
em razão de sua origem, nascimento,
princípios, expressos na Declaração dos
desenvolvimento etc.
Direitos do Homem e do cidadão, em 1789,
 Fins Subjetivos: produto da inter-
sob influência de Rousseau
relação entre Estado e interesses
- oposição aos ideias absolutistas e
individuais
favorecimento dos ideais de nação e
 Fins Expansivos: vê nos fins estatais
igualdade
uma grande abrangência, ao passo de
DEMOCRACIA DIRETA OU PARTICIPATIVA
se chegar a anular o próprio indivíduo,
-tem como berço em Atenas, onde o povo se
tendência ao absolutismo
reunia na Agora para o exercer o poder
 Fins limitados: busca reduzir
político
atividades do Estado, que deve se
- teve como defensor Rousseau, dizendo que o intervenção do povo ser efetiva, garantindo-
povo exerce sua vontade integralmente e de lhe poder de decisão de ultima instancia,
maneira direta supremo, definitivo e incontrastável
- Só se encontra em alguns cantões da Suíça - Referendum: com esse instrumento, o povo
- critica moderna a democracia grega devido a adquire o poder de sancionar leis, para
existência da escravidão, pois a virtude ratifica-las ou rejeitá-las. Ou seja, poder
política era para aqueles que não tem legislativo elabora a lei, mas só se faz
necessidade de trabalhar pra viver juridicamente perfeita e obrigatória depois da
- Bases da democracia grega: aprovação popular. Consulta posterior.
 Isonomia: igualdade de todos perante - Plebiscito: povo previamente consultado
a lei sobre as questões políticas. Consulta prévia.
 Isotimia: abolia da organização - Iniciativa popular: exercida pela
democrática da Grécia os títulos ou apresentação a câmara dos deputados de
funções hereditárias projeto de lei. É necessário o cumprimento de
 Isagoria: igualdade reconhecida a requisitos constitucionais, que são:
todos de falar nas assembleias  1% do eleitorado nacional;
populares  Distribuído por pelo menos 5 estados;
DEMOCRACIA INDIRETA OU  Não menos de 3 décimos por cento
REPRESENTATIVA dos eleitores de cada um deles;
- O poder é do povo, mas o governo é dos O poder legislativo se obriga tão somente a
representantes discutir e votar os projetos, mas não a aceita-
- representação como base das instituições los. Iniciativa popular válida apensas para
politicas projetos de lei ordinária e complementar e
- soberania popular, fonte do poder legitimo sem possibilidade de qualquer recurso se o
- sufrágio universal, pluralidade de candidatos Legislativo rejeitar o projeto
e partidos SISTEMAS ELEITORAIS E VOTO
- Princípio da separação dos 3 poderes SURGIMENTO DO VOTO
- Princípio da Isonomia - conquista do sufrágio universal foi um dos
- Manifesta adesão ao princípio da objetivos da Revolução Francesa e constou
Fraternidade Social dos programas de todos os movimentos
- Limitação da prerrogativa dos governantes políticos do sec. XIX, que se desencadearam
- Liberdade de opinião, reunião, associação e em busca da democratização do Estado
fé religiosa - Incoerência da Revolução Francesa:
- Temporariedade dos mandatos eletivos legisladores da Revolução foram
DEMOCRACIA SEMIDIRETA contraditórios, pois mesmo sustentando a
- há representação política, mas o povo pode igualdade a todos, admitiam que a sociedade
intervir em alguns casos no campo legislativo deveria ser dirigida pelos mais sensatos
- instituições como o Referendum, plebiscito, NATUREZA DO VOTO OU SUFRÁGIO
veto e o direito de revogação fazem a
- Alguns sustentam que se trata de um direito,
outros que é uma função, e há quem defenda
que é um dever eleitoral
- opinião preponderante é a de que se trata de
um direito e de uma função ao mesmo tempo
- direito público subjetivo e uma função social
RESTRIÇÕES AO DIREITO DE SUFRÁGIO
- as restrições foram estabelecidas ao longo
das constituições, exemplos de restrições são
por:
 Motivo de idade
 Motivo de ordem econômica
 Motivo de sexo
 Deficiência de instrução
 Deficiência física ou mental
 Condenação criminal
 Engajamento no serviço militar
PRINCIPIOS GERAIS DAS ELEIÇÕES
- Generalidade: todo cidadão adulto é sujeito
ativo e passivo de direitos eleitorais
- Paridade: todos os votos tem o mesmo valor
- Liberdade: nem aos particulares nem ao
Estado é licito exercer pressão sobre o eleitor
- Voto Secreto e Direto: secreto é uma forma
de assegurar a liberdade. Direto significa que
o eleitor vota na pessoa que deseja eleger
PARTIDOS POLÍTICOS
- Pessoa jurídica de direito privado
- Funções: formação de opinião pública;
seleção de candidatos; crítica ao governo
estabelecido ou na defesa de posições
governamentais; formação de lideranças;
comunicação entre governo e o povo
CLASSIFICAÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS
- Quanto a organização interna:
 Partidos de Quadros
o Mais elitistas
 Partidos de Massas
o Mais acessível e recursos mais
limitados
- quanto a organização externa:
 Partido único
 Bipartidarismo
 Multipartidarismo ou
Pluripartidarismo
- quanto ao âmbito de atuação dos partidos:
 Partidos de vocação universal
 Partidos nacionais
 Partidos regionais
 Partidos locais
LETRA DE LEI: DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida
pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos
termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito
anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de
dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os
estrangeiros e, durante o período do serviço
militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma
da lei:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para presidente e vice-
presidente da República e senador;
b) trinta anos para governador e vice-
governador de estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para deputado federal,
deputado estadual ou distrital, prefeito, vice-
prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os
analfabetos.
§ 5º O presidente da República, os
governadores de estado e do Distrito Federal,
os prefeitos e quem os houver sucedido ou
substituído no curso dos mandatos poderão
ser reeleitos para um único período
subsequente.
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o
presidente da República, os governadores de
estado e do Distrito Federal e os prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos
até seis meses antes do pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do presidente da
República, de governador de estado ou
território, do Distrito Federal, de prefeito ou
de quem os haja substituído dentro dos seis
meses anteriores ao pleito, salvo se já titular
de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as
seguintes condições:
I – se contar menos de dez anos de serviço,
deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será
agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da
diplomação, para a inatividade.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos
políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
I – cancelamento da naturalização por
sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em
julgado, enquanto durarem seus efeitos;
LETRA DE LEI: DOS PARTIDOS POLÍTICOS
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e
extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes
preceitos:
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos
financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo
com a lei.
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem
personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do
Fundo Partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei, os partidos políticos
que alternativamente:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos
Deputados, no mínimo, 3% (três por cento)
dos votos válidos, distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% (dois por cento) dos votos
válidos em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze
deputados federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação.
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos
políticos de organização paramilitar.