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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES – ARTIGOS 286 A 333

Simone Helen Drumond Ischkanian


Gabriel Nascimento de Carvalho

1. CESSÃO DE CREDITO – ARTIGOS 286 – 298 CC/2002

Interpretação dos artigos: A cessão de crédito é uma operação pela qual o credor (cedente)
transfere seu direito de crédito a um terceiro (cessionário). O contrato de cessão de crédito é regulado
pelos artigos 286 a 298 do Código Civil Brasileiro de 2002.
De acordo com o artigo 286, a cessão de crédito deve ser feita por escrito e notificada ao
devedor para que produza efeitos perante ele. O artigo 287 estabelece que o cedente é responsável pela
existência e legitimidade do crédito cedido.
O artigo 288 determina que a cessão de crédito não produz efeito em relação ao devedor e aos
terceiros enquanto não for notificada ao devedor ou por ele aceita. Já o artigo 289 estabelece que o
cedente pode ceder todo o seu crédito ou parte dele.
O artigo 290 determina que o devedor cedido pode opor ao cessionário as mesmas exceções
que poderia opor ao cedente, salvo se a cessão tiver sido feita com cláusula de proibição de novação. O
artigo 291 estabelece que o cessionário pode exigir do cedente a garantia do crédito cedido, desde que
prevista em contrato.
O artigo 298 prevê que a cessão de crédito não se presume em relação a terceiros, devendo ser
registrada em caso de cessão de crédito de título representativo, como a duplicata ou a nota
promissória.
Em resumo, a cessão de crédito é uma operação regulada pelo Código Civil que permite
a transferência de um direito de crédito de um credor para um terceiro. O contrato de cessão de
crédito deve ser feito por escrito, notificado ao devedor e pode ser total ou parcial. O devedor
cedido pode opor ao cessionário as mesmas exceções que poderia opor ao cedente, salvo se
houver cláusula de proibição de novação.

Artigos:
Artigo. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a
lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao
cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação.
Artigo. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus
acessórios.
Artigo. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se
mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1 o do art. 654.
. Artigo. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro
do imóvel.
Artigo. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este
notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou
ciente da cessão feita.
Artigo. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a
tradição do título do crédito cedido.
Artigo. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a
tradição do título do crédito cedido.
Artigo. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário
exercer os atos conservatórios do direito cedido.
Artigo. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as
que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
Artigo. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica
responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma
responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
Artigo. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
Artigo. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por
mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão
e as que o cessionário houver feito com a cobrança.
Artigo. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver
conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado,
subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro.

2. ASSUNÇÃO DE DIVIDA – ARTIGOS 299 – 303 CC/2002

Interpretação dos artigos: A assunção de dívida é uma operação em que uma pessoa
(cessionária) assume a dívida de outra (cedente), tornando-se o novo devedor perante o credor original.
A operação de assunção de dívida é regulada pelos artigos 299 a 303 do Código Civil Brasileiro de
2002. O artigo 299 define a assunção de dívida como o ato pelo qual um terceiro assume a obrigação
do devedor perante o credor. O artigo 300 estabelece que a assunção de dívida depende do
consentimento expresso do credor.
O artigo 301 determina que, na assunção de dívida, o cedente continua sendo responsável pela
dívida assumida pelo cessionário perante o credor original, salvo se houver expressa novação da
dívida. A novação ocorre quando há acordo entre o credor e o cessionário para extinguir a dívida
original e criar uma nova obrigação.
O artigo 302 estabelece que, em caso de novação, o cedente fica liberado da obrigação
original, e o cessionário passa a ser o único devedor perante o credor. Já o artigo 303 prevê que, em
caso de insolvência do cedente, o cessionário pode sub-rogar-se nos direitos do credor para cobrar a
dívida.
Em resumo, a assunção de dívida é uma operação regulada pelo Código Civil que
permite a transferência de uma dívida de um devedor para um terceiro. A operação depende do
consentimento expresso do credor e pode ou não envolver novação da dívida original. O cedente
continua sendo responsável pela dívida assumida pelo cessionário perante o credor original,
salvo se houver novação. Em caso de insolvência do cedente, o cessionário pode sub-rogar-se nos
direitos do credor para cobrar a dívida.

Artigos:
Artigo. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso
do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era
insolvente e o credor o ignorava.
Artigo. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Artigo. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas
garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a
obrigação.
Artigo. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao
devedor primitivo.
Artigo. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito
garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á
dado o assentimento.

3. QUEM DEVE PAGAR – ARTIGOS 304 – 307 CC/2002

Interpretação dos artigos: Os artigos 304 a 307 do Código Civil Brasileiro de 2002 tratam
da questão de quem deve pagar a dívida assumida por meio de assunção de dívida.
O artigo 304 estabelece que, na assunção de dívida, o cessionário (quem assumiu a dívida) é o
responsável pelo pagamento da dívida ao credor original, salvo se houver expressa convenção em
contrário.
O artigo 305 estabelece que, em caso de convenção em contrário, em que se estabelece que o
cedente (quem cedeu a dívida) continuará responsável pelo pagamento, o cessionário pode exigir do
cedente a garantia do pagamento da dívida, por meio de fiança ou de outra forma prevista em lei.
O artigo 306 prevê que, se o cedente não informar ao credor que a dívida foi assumida pelo
cessionário, ele continua responsável pelo pagamento da dívida, juntamente com o cessionário.
O artigo 307 estabelece que, se o cessionário pagar a dívida assumida, ele tem direito de ser
reembolsado pelo cedente. Além disso, se o cedente efetuar o pagamento da dívida assumida pelo
cessionário, ele tem direito de exigir do cessionário o reembolso do valor pago.
Em resumo, na assunção de dívida, o cessionário é o responsável pelo pagamento da
dívida ao credor original, salvo se houver convenção em contrário. Se o cedente não informar ao
credor que a dívida foi assumida pelo cessionário, ele continua responsável pelo pagamento. Em
caso de pagamento da dívida assumida, o cessionário tem direito de ser reembolsado pelo
cedente, e se o cedente efetuar o pagamento da dívida, ele tem direito de exigir do cessionário o
reembolso do valor pago.

Artigos:
Artigo. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se
opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Artigo. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a
reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. Parágrafo único. Se pagar
antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
Artigo. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não
obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.
Artigo. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito
próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena: detenção, de três meses a um ano, ou multa, se
o fato não constitui elemento de crime mais grave.

4. A QUEM SE DEVE PAGAR – ARTIGOS 308 – 312 CC/2002

Interpretação dos artigos: Os artigos 308 a 312 do Código Civil Brasileiro de 2002 tratam
da questão de a quem se deve pagar a dívida assumida por meio de assunção de dívida.
O artigo 308 estabelece que o cessionário (quem assumiu a dívida) deve pagar a dívida
diretamente ao credor original, salvo se houver convenção em contrário.
O artigo 309 estabelece que, se o cessionário pagar a dívida ao cedente (quem cedeu a dívida),
ele não está liberado da dívida, salvo se o credor expressamente consentir no pagamento feito ao
cedente.
O artigo 310 prevê que, se o cedente não informar ao credor que a dívida foi assumida pelo
cessionário, e o cedente receber o pagamento da dívida do devedor, ele deve repassar imediatamente o
valor recebido ao cessionário.
O artigo 312 estabelece que, se o cessionário efetuar o pagamento da dívida assumida e o
cedente continuar a receber pagamentos do devedor, o cessionário pode exigir a cessação desses
pagamentos e o repasse dos valores recebidos pelo cedente.
Em resumo, na assunção de dívida, o cessionário deve pagar a dívida diretamente ao
credor original. Se o cessionário pagar a dívida ao cedente, ele não está liberado da dívida, salvo
se o credor expressamente consentir no pagamento feito ao cedente. Se o cedente receber o
pagamento da dívida do devedor, ele deve repassar imediatamente o valor recebido ao
cessionário. E se o cessionário efetuar o pagamento da dívida assumida e o cedente continuar a
receber pagamentos do devedor, o cessionário pode exigir a cessação desses pagamentos e o
repasse dos valores recebidos pelo cedente.
Artigos:
Artigo. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só
valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.
Artigo. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não
era credor.
Artigo. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não
provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
Artigo. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as
circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
Artigo. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou
da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão
constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor.

5. OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA – ARTIGOS 313 – 326 CC/2002

Interpretação dos artigos: Os artigos 313 a 326 do Código Civil Brasileiro de 2002 tratam
do objeto do pagamento e sua prova.
O artigo 313 estabelece que o pagamento deve ser feito conforme o disposto no título que o
originou ou no contrato entre as partes, sendo que, na falta de disposição expressa, o pagamento deve
ser feito em moeda corrente.
O artigo 314 determina que o pagamento deve ser feito ao credor ou a quem ele indicar, e que
o devedor só pode exigir a quitação do pagamento mediante a apresentação de documento que
comprove a quitação da dívida.
O artigo 315 prevê que, se o credor recusar o pagamento, o devedor poderá consignar o
pagamento em juízo, desde que o faça na forma e no prazo previstos na lei.
O artigo 316 estabelece que o pagamento feito por terceiro em nome do devedor só será
válido se o credor aceitar expressamente ou se o terceiro tiver interesse jurídico em pagar a dívida.
O artigo 317 prevê que o pagamento feito por consignação é válido, desde que seja feito nos
termos da lei.
O artigo 318 estabelece que o pagamento parcial da dívida só será válido se o credor
concordar expressamente ou se a dívida for divisível.
O artigo 319 determina que, em caso de dúvida sobre a pessoa a quem deve ser feito o
pagamento ou sobre o objeto do pagamento, o devedor poderá efetuá-lo sob condição, devendo
notificar o credor para que este se manifeste sobre a questão.
Os artigos 320 a 326 tratam da prova do pagamento, estabelecendo que o devedor deve
guardar os comprovantes do pagamento e que, em caso de pagamento em dinheiro, o recebimento deve
ser atestado pelo credor ou por seu representante.
Em resumo, os artigos 313 a 326 do Código Civil estabelecem as regras sobre o objeto do
pagamento e sua prova. O pagamento deve ser feito conforme o disposto no título que o originou
ou no contrato entre as partes. O devedor só pode exigir a quitação do pagamento mediante a
apresentação de documento que comprove a quitação da dívida. O pagamento feito por terceiro
em nome do devedor só será válido se o credor aceitar expressamente ou se o terceiro tiver
interesse jurídico em pagar a dívida. O pagamento parcial da dívida só será válido se o credor
concordar expressamente ou se a dívida for divisível. Em caso de dúvida sobre a pessoa a quem
deve ser feito o pagamento ou sobre o objeto do pagamento, o devedor poderá efetuá-lo sob
condição, devendo notificar o credor para que este se manifeste sobre a questão. E para
comprovar o pagamento, o devedor deve guardar os comprovantes e, em caso de pagamento em
dinheiro, o recebimento deve ser atestado pelo credor ou por seu representante.

Artigos:
Artigo. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que
mais valiosa.
Artigo. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser
obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
Artigo. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo
valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes.
Artigo. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
Artigo. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da
prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo
que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
Artigo. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como
para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na
legislação especial.
Artigo. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto
não lhe seja dada.
Artigo. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e
a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do
pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante.
Artigo. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o
devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido.
Artigo. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até
prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
Artigo. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos.
Artigo. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. Parágrafo único.
Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento.
Artigo. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer
aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida.
Artigo. 326. - É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz
conheça do posterior, quando não acolher o anterior. Parágrafo único - É lícito formular mais de um
pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.

6. LUGAR DO PAGAMENTO – ARTIGOS 327 – 330 CC/2002

Interpretação dos artigos: Os artigos 327 a 330 do Código Civil Brasileiro de 2002 tratam
do lugar do pagamento.
De acordo com o artigo 327, o pagamento deve ser feito no lugar estipulado no contrato ou no
título que originou a dívida. Na ausência de estipulação contratual, o pagamento deve ser realizado no
domicílio do devedor.
O artigo 328 estabelece que, se o lugar do pagamento não for determinado por contrato, título
ou lei, o devedor deverá realizar o pagamento no domicílio do credor.
O artigo 329 prevê que, se o credor não tiver domicílio certo ou se for desconhecido, o
pagamento deverá ser realizado no local de sua residência ou, na falta desta, no local de sua sede.
O artigo 330 dispõe que, se o pagamento for feito por meio de cheque ou outra forma de
pagamento bancário, considera-se realizado no lugar em que o banco sacado tem domicílio.
Em resumo, os artigos 327 a 330 do Código Civil estabelecem as regras sobre o lugar do
pagamento. O pagamento deve ser feito no lugar estipulado no contrato ou no título que originou
a dívida. Na ausência de estipulação contratual, o pagamento deve ser realizado no domicílio do
devedor. Se o lugar do pagamento não for determinado por contrato, título ou lei, o devedor
deverá realizar o pagamento no domicílio do credor. Se o credor não tiver domicílio certo ou for
desconhecido, o pagamento deverá ser realizado no local de sua residência ou, na falta desta, no
local de sua sede. Se o pagamento for feito por meio de cheque ou outra forma de pagamento
bancário, considera-se realizado no lugar em que o banco sacado tem domicílio.

Artigos:
Artigo. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.
Artigo. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a
imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem
Artigo. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado,
poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor.
Artigo. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor
relativamente ao previsto no contrato.
7. TEMPO DO PAGAMENTO – ARTIGOS 331 – 333 PARÁGRAFO ÚNICO CC/2002

Interpretação dos artigos: Os artigos 331 a 333, parágrafo único, do Código Civil Brasileiro
de 2002 tratam do tempo do pagamento.
De acordo com o artigo 331, salvo disposição em contrário, o pagamento deve ser feito no
vencimento da obrigação.
O artigo 332 estabelece que, se a obrigação não tiver prazo determinado, o credor pode exigir
o pagamento imediatamente.
Já o parágrafo único do artigo 333 prevê que, se o devedor se comprometeu a pagar a dívida
em prestações, o atraso no pagamento de uma delas implicará o vencimento das demais, desde que
estipulado expressamente no contrato.
Em resumo, os artigos 331 a 333, parágrafo único, do Código Civil estabelecem as regras
sobre o tempo do pagamento. O pagamento deve ser feito no vencimento da obrigação, salvo
disposição em contrário. Se a obrigação não tiver prazo determinado, o credor pode exigir o
pagamento imediatamente. Se o devedor se comprometeu a pagar a dívida em prestações, o
atraso no pagamento de uma delas implicará o vencimento das demais, desde que estipulado
expressamente no contrato.

Artigos:
Artigo. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento,
pode o credor exigi-lo imediatamente.
Artigo. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo
ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor.
Artigo. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no
contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o
devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se
reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.

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